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Figura 1. Ação eletrostática sobre os grãos de cimento (Fonte: FRACALOSSI, 2011).
Na maioria dos casos os aditivos não representam um custo adicional, pois sua
utilização resulta em economia, como redução do custo do trabalho para adensamento,
redução do teor de cimento, aumento da durabilidade. Representam formas de
economizar que, com ajustes no traço, após a implantação de aditivos, são vistas
rapidamente (NEVILLE, 1997).
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Figura 2. Estrutura molecular lignosulfonato (Fonte: FRACALOSSI, 2011)
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Neste relatório são apresentados os resultados obtidos na realização dos ensaios
para determinação teor de aditivo plastificante à base lignosulfonato a ser incorporado
nas matrizes cimentícias. A avaliação do desempenho dessa mistura foi realizada
experimentalmente através de ensaios de tempo de pega, manutenção de abatimento,
mini-slump, compressão simples e tração via compressão. A relevância do trabalho está
relacionada ao fato de que a avaliação e conhecimento do comportamento mediante a
adição de aditivos é uma contribuição para a área de tecnologia de concretos, já que o
mercado da construção civil vem cada vez mais utilizando aditivos para incrementar as
propriedades das pastas cimentícias.
OBJETIVO
METODOS E MATERIAIS
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A Figura 1 apresenta alguns materiais utilizados no ensaio de granulometria (A)
e o ensaio granulométrico sendo realizado no agitador mecânico (B).
A B
C
Figura 1 – Ensaio de Granulometria
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campo para ensaios de laboratório. Formaram-se duas amostras (m1 e m2) para ensaio
com massa mínima estabelecidas na norma. As amostras foram pesadas.
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Figura 2 – Ensaio de tempo de pega
O traço foi determinado com base na bibliografia, o traço foi utilizado nas proporções
1:4 (cimento e agregado miúdo) (PINI, 2000).
O ensaio de compressão axial foi realizado de acordo com a NBR 7215 :1997 –
Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Os CP’s (corpos-de-prova) foram
moldados e colocados na câmera úmida, após 24 horas desmoldados e colocados em
solução de água saturada de cal e levados novamente para câmera úmida onde só foram
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retirados na data de rompimento estabelecida. Os corpos-de-prova foram rompidos com
3, 7 e 28 dias de cura. Todos os CP’s foram capeados com pasta cimentícia para melhor
nivelamento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRANULOMETRIA
Curva Granulométrica
120
100
% Retida Acumulada
80
60
40
20
0
9,5mm 6,3mm 4,75mm 2,36mm 1,18mm 600µm 300µm 150µm FUNDO
Abertuda das peneiras
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Os resultados do ensaio de granulometria mostram que a areia utilizada no
trabalho é Média. Sendo seu diâmetro máximo característico de 2,36 mm e seu módulo
de finura de 1,85mm.
ENSAIO DE KANTRO
500
400
300
200
100
0
0 0.3 0.6 0.9 1.2 1.5
% de aditivo
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Observando o gráfico 2, é possível perceber que a diferença da altura em relação
a curva é menor no ponto de 1,2%, mostrando que o ponto de saturação do aditivo
lignosulfonato foi de a partir de 0,9%. Isto é confirmado quando na figura 3 a seguir
observamos o aspecto da pasta cimentícia aditivada com 1,2% de lignosulfonato.
0,3% 0,6%
0,9% 1,2%
Figura 3 – Ensaio de Kantro - teor ótimo do aditivo lignosulfonato
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TEMPO DE PEGA
A = 25,2%
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A água da pasta de consistência normal é dada em porcentagem de massa relativa
ao cimento, arredondada ao décimo mais próximo. Logo a relação água/cimento definida
para o ensaio de tempo de pega é 0,252.
Abaixo, segue a Tabela 2 com o início e o fim do tempo de pega sem aditivo e
com o teor ótimo encontrado no ensaio de Kantro.
Tempo de pega
% de aditivo Inicio de pega Fim de pega
0 4h 6h10min
0,9 4h e 45min 7h
Foi observar que à medida que se aumenta o teor plastificante na pasta de cimento, o
tempo de pega é retardado. O processo de retardo da pega já era esperado, uma vez que
trata-se de uma propriedade dos plastificantes orgânicos quando em grandes adições. O
retardo na pega pode desencadear diminuição da resistência nos primeiros dias de idade
da argamassa, já que retarda o processo de cristalização do C3S que inicia já nas
primeiras horas após a mistura (CHAGAS, 2011).
ENSAIO DE ABATIMENTO
Relação água/cimento
Quantidade de aditivo
0% 0,30% 0,60% 0,90% 1,20%
0,91 0,9 0,87 0,85 0,81
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O resultado está de acordo com o esperado para um aditivo redutor de água, houve uma
redução no consumo de água, que podemos visualizar melhor no gráfico 3 abaixo.
8% 7%
6% O
4%
4% gráfico acima
2% 1% mostra a
0%
0%
0% 0,30% 0,60% 0,90% 1,20% redução de
% de aditivo água em
porcentagem,
podemos observar que quanto maior a quantidade de aditivo maior a redução de água,
porem uma quantidade de aditivo muito elevado pode afetar outras propriedades da
argamassa, deixando-a com uma qualidade inferior.
a b
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ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL (SIMPLES)
3 dias de cura
7 6.6
6.3
6
6
5.2
5
4
MPa
3
3
2
1
0
0% 0,30% 0,60% 0,90% 1,20%
% de aditivo
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7 dias de cura
10
9 8.6
7.8 8 8.1
8
7 6.3
6
MPa
5
4
3
2
1
0
0% 0,30% 0,60% 0,90% 1,20%
% de aditivo
28 dias de cura
12 10.9 11.3
10.1 10
10 8.4
8
MPa
6
4
2
0
0% 0,30% 0,60% 0,90% 1,20%
% de aditivo
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de 0,6% mostrando que mesmo dobrando a quantidade de aditivo no resultado final não
houve um aumento considerável. Levando-se em conta que que o aditivo encarece o
preparo da mistura, seria adequado usar a dosagem de 0,6% de lignosulfonato, teor que
apresentou uma boa redução de água e também boa resistência, resultando num melhor
custo/benefício.
Compressão diametral
7
5.92
6 5.48
4.73 4.78 4.84
5
4
MPa
3
2
1
0
0% 0,30% 0,60% 0,90% 1,20%
% de aditivo
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Figura 5 – Corpo-de-prova rompido por compressão diametral.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Ambiental) – Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina
Grande, Paraíba, 2011.
MARTIN, J.F.M. Aditivos para concreto In: SAIA, G.C. (Ed.) Concreto: Ensino, Pesquisa
e Realizações. São Paulo: IBRACON,2005.
PINI. TCPO 10 - Tabela de Composição de Preços para Orçamentos – Editora PINI, 2000.
WIDMANN, D. F.; OLIVEIRA, A. L.; SOUZA, J.; PRUDÊNCIO JR, L. R.; BIANCHI.NI,
M. Avaliação do desempenho de aditivos redutos de água para uso de centrais de concreto:
estudo de caso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CONCRETO, 49.,
BENTOGONÇALVES. Anais... São Paulo: IBRACON, 2007.
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ANEXOS
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