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E XPEDIENTE
Prova Material - Revista Científica do Departamento da Polícia Técnica, vinculado à Secretaria de Segurança
Pública do Estado da Bahia.
Av.Centenário, s/nº, Vale dos Barris, Salvador/ Bahia, CEP 40.100-180.
Telefone (71) 324-1692
Esta revista é um periódico quadrimestral com distribuição gratuita. Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade de seus autores. Tiragem desta edição: 1000 exemplares, 32p.
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S UMÁRIO
Editorial .................................................................................................................... 06
Fonética Forense:
Identificação dos falantes (Artigo de Discussão)
Antonio César Morant Braid ...................................................................................... 19
Normas ............................................................................................................................ 30
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E DITORIAL
VENCER FRONTEIRAS
A Polícia Técnica encerra este ano com bons resultados para apresentar. A identificação da
Bahia passa a fazer parte do Sistema Nacional de Informação Criminal – SINIC e vai dispor
ainda do Sistema Automatizado de Identificação por impressão digital – AFIS. O método ACEC
também permitiu a otimização e a modernização dos arquivos de identificação. O DNA Forense
estará implantado até abril, no DPT, permitindo à Polícia Técnica se destacar também na biologia
molecular. Reformularam-se procedimentos, projetos foram implantados. Sempre na busca da
modernização, da qualidade e do cumprimento dos prazos legais. Tem-se planejado, treinado e
informado, com a determinação de atingir os objetivos de uma contínua melhoria. A Medicina
Legal e a Criminalística também apresentam novas realidades, com destaque, nessa segunda
área, para a Balística Forense e o seu Sistema Integrado de Identificação - IBIS. Com o apoio
institucional da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, através do Exmº. Sr. Secretário General
Edson Sá Rocha, e a ajuda financeira da Secretaria Nacional de Segurança Pública, crescemos e
melhoramos em vários setores. O convênio com o Banco Expansion, da Espanha, também se
constituí em importante fonte de recursos. Assim, o DPT evoluiu na pesquisa e na qualidade da
prova material que produz. A aprovação da sua nova estrutura, que passa a vigorar a partir de 1º
de Janeiro, cria, entre outras coisas, a Diretoria de Polícia Técnica do Interior, destinada a gerir as
atividades periciais nos diversos municípios baianos, através de seis Coordenadorias Regionais.
Em breve o quadro funcional será ampliado, com profissionais que chegarão através de concurso
a ser realizado em breve. Com esses novos meios será possível investir na construção de um
novo futuro. Assim, o DPT venceu e vencerá desafios. E atravessara fronteiras.
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A MORTALIDADE E ANOS PRODUTIVOS DE VIDA PERDIDOS
PRECOCEMENTE POR HOMICÍDIOS POR ARMAS DE FOGO
NA REGIÃO METROPOLITANA DO SALVADOR
Artigo Original
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HOMICÍDIOS POR ARMAS DE FOGO NA REGIÃO METROPOLITANA DO SALVADOR
A MORTALIDADE E ANOS PRODUTIVOS DE VIDA PERDIDOS PRECOCEMENTE POR
A população economicamente ativa da região O cálculo dos APVD por causa de morte na
metropolitana de Salvador, estratificada por faixa região metropolitana de Salvador no ano de 1996
etária, mostrou maior concentração entre 30 e 39 no sexo feminino evidenciou as doenças do
anos em ambos sexos, seguida de perto pela faixa aparelho circulatório como as que apresentaram
de 20 a 29 anos e 40 a 49 anos (figuras 2 e 3). maior índice de anos perdidos seguida das doenças
neoplásicas, doenças infecto-contagiosas e causas
externas. Os homicídios por arma de fogo
individualmente como causadores de anos de vida
perdido ficou abaixo das doenças endócrino-
metabólicas.(figura 6).
Quando observamos os APVP por faixa etária
comparando as doenças circulatórias com as causas
externas no sexo feminino observamos que nas
doenças circulatórias a perda se concentrou em idades
mais avançadas, predominando de 40 a 49 anos,
seguida de 50 a 59 e 30 a 39 anos (figura 7), nas doenças
de causas externas a perda se concentrou numa faixa
etária menor, entre 10 e 19 anos e se manteve estável
nas faixas etárias seguintes (figura 8).
No sexo masculino, ao contrario do que se
observa no sexo feminino, a maior concentração
dos APVP foram nas causas externas seguida de
doenças cárdio-circulatórias. Como no sexo
feminino as doenças cárdio-circulatórias os APVP
concentrou-se nas faixas etárias mais altas,
predominando de 40 a 49 anos, seguida de 50 a 59
e 30 a 39 anos (figura 9).
As causas externas foram as principais
responsáveis pelo maior APVP e tem como segunda
O levantamento dos homicídios por lesão causa estratificada os homicídios por arma de fogo
de projétil de arma de fogo mostrou que a faixa (figura 10). Quando observamos os APVP por faixa
etária de 20 a 29 anos é a mais acometida, etária nos homicídios por arma de fogo a grande
seguida de 10 a 19 anos e 30 a 39 anos, em maioria se localiza na faixa etária de 10 a 19 anos
ambos os sexos (figuras 4 e 5). seguida da faixa etária de 20 a 29 anos (figura 11).
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DISCUSSÃO
Políticas na área de saúde têm sido
HÉLIO PAULO DE MATOS JÚNIOR
CONCLUSÕES
As causas externas são responsáveis pelo maior
índice de APVP na faixa etária de 10-29 anos
comparando-se com as demais causas de óbito.
Os APVP relacionados a homicídios por arma
de fogo correspondem a 50.2% dos APVP das
demais causas externas na mesma faixa etária.
Os homicídios por arma de fogo:
Acometem principalmente o sexo masculino
(95%)
Concentram-se na faixa etária entre 10-29
anos, em ambos os sexos.
Atingem a população em sua fase
economicamente mais produtiva.
Foram responsáveis pela perda de 31.771
anos de vida produtiva em 1996, comparando-
se com 42.824 anos para doenças circulatórias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORJA-ABURTO, V.H et al.Anos de vida
potencial perdidos en Mexico: aplicaciones en
la planificacion de serviços de salud. Salud
Pública Mex; 31(5):601-9, 1989 Sep-Oct.
BUSTAMANTE,M.L.P.et al. Efectos de la
9
aplicacion del indicator de anos productivos
HOMICÍDIOS POR ARMAS DE FOGO NA REGIÃO METROPOLITANA DO SALVADOR perdidos (modelo inversion produccion consumo)
A MORTALIDADE E ANOS PRODUTIVOS DE VIDA PERDIDOS PRECOCEMENTE POR
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A MISSÃO SUPERIOR DA POLÍCIA TÉCNICA
Ponto de Vista
A vida moderna acelerou o passo, encurtou as distânci- paro, da falta de objetivos, de materiais ou de métodos por
as e tornou a sociedade altamente complexa pelas facilida- parte de quem compete estabelecê-la. O trabalho pericial
des que gerou e pelos conhecimentos que passou a exigir há de ser meticuloso e preciso, assim como há de chegar às
dos seus cidadãos. Nesse contexto, de grande velocidade e mãos da justiça na condição de permitir a justa sentença.
exigência de conhecimento, muitas pessoas tornaram-se in- Pois, ainda que uma sentença injusta possa ser revista e um
defesas diante da impossibilidade de acompanhar o ritmo inocente possa ser ressarcido nos seus direitos materiais,
das mudanças que, na vertente policial, favorece grande- jamais serão obtidas a plenitude da lei e a excelência da
mente a ação dos criminosos dado à inovação permanente justiça enquanto um inocente tiver consigo a mácula da vio-
na prática de crimes que lhes permite fazer uso da maior lência moral e um culpado, a sensação de que possa haver re-
das estratégias: o elemento surpresa. A surpresa é um alia- compensa no crime. Em todas essas situações, a verdade não se
do poderoso da criminalidade porque atinge a sua vítima na estabelece e a sociedade perde por se alimentar do erro e por
boa-fé, desarmada para a defesa, impulsionando os dese- perpetuar um estado de coisas não desejado. O foco nos crimes
quilíbrios no já frágil tecido social, desacreditando as insti- de natureza penal visa concentrar esforços para preservar os
tuições e fortalecendo o equívoco de que a cada um cabe cidadãos quanto à conduta ética e moral, não se ocupando das
promover a sua própria segurança. Contrária a essa conjun- questões materiais relacionadas aos contratos e à propriedade,
tura é que se apresenta a Polícia Técnica, com o trabalho de cuja ação recai na esfera civil.
revelar à sociedade a sua complexidade, traduzida e simpli- Uma vez esclarecido o caráter superior da missão, como
ficada no esclarecimento dos fatos, com resposta rápida para em todo processo de qualificação, é necessário que ela ve-
quebra do elemento surpresa ainda nas primeiras ações, ao nha associada a um programa, no qual se proponha plane-
tornar o “modus operandis” conhecido e compreensível aos jar e levantar informações, traçar um diagnóstico da situa-
olhos de todos e em especial daqueles que têm o ofício de ção vigente e apontar as soluções de melhoria através de
julgar os atos praticados por seus cidadãos. Com isso, con- um plano de ação. Durante a aplicação do plano de ação,
tribui para o estabelecimento da verdade e o cumprimento devem ocorrer avaliações para aferir os pontos fortes e os
da lei, devolvendo a todos a confiança nas instituições e pontos fracos do programa, devendo estes últimos ser rees-
fazendo o próprio cidadão mais cauteloso e elemento ativo truturados através de ações corretivas para início de um novo
na segurança da sociedade, inibindo a ação criminal de ciclo de atividades: mais aprimorado e adequado aos obje-
maneira eficaz. Para esse mister, o homem da Polícia Téc- tivos da organização. É um ciclo que se repete progressiva-
nica há de se manter na vanguarda da sociedade, aprimo- mente, planejando e executando ações, avaliando resulta-
rando o seu comportamento e o seu conhecimento para dos para novo diagnóstico e aplicando ações corretivas num
maior eficácia da sua organização, onde deverá continua- planejamento de ações melhoradas.
mente contribuir na redefinição dos papéis e dos métodos, Pelo que se pode depreender, o primeiro passo do pro-
objetivando o cumprimento da sua missão superior, qual seja a grama foi estabelecer a missão da organização, ou seja, de-
de estabelecer a verdade dos fatos nos crimes de natureza penal, finir a sua razão de existir, porque isso orienta o foco das
de forma a permitir o pleno cumprimento da lei, contribuindo suas ações. Em seguida, para a consecução da missão, vêm
para a excelência da justiça e da sociedade. as políticas para definir o que será feito e por que meios a
Convém reforçar que estabelecer a verdade e cumprir a missão será cumprida. Depois, vêm os procedimentos, de-
lei é retomar o fio de ligação entre o menor vestígio obser- finindo os processos produtivos, o fluxo da informação e
vado e analisado no local do crime, identificando os seus dos materiais, no contexto da inter-relação entre as pessoas
autores, o modo e os instrumentos pelos quais foi pratica- e os setores organizacionais, assim como das ferramentas
do, na forma e no tempo adequados para fornecer como de controle. Finalmente, vêm as instruções de trabalho como
resultado a liberdade dos justos e a punição dos culpados. uma ação individual no cumprimento de uma tarefa especí-
Não há verdade quando um culpado é liberto ou quando fica. Note-se que há um nível de detalhamento cada vez
um inocente é preso. Como também não existem verdades maior que se desdobra do topo da administração até o exe-
possíveis, verdades necessárias, verdades parciais ou ver- cutor final, na seguinte ordem: missão - políticas - procedi-
dades transitórias, toleradas como decorrentes do despre- mentos - instruções de trabalho. Como sistema de controle,
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há a necessidade permanente de se verificar se a 1) MISSÃO DO ICAP/DPT
instrução de trabalho, na ponta final do processo,
A MISSÃO SUPERIOR DA POLÍCIA TÉCNICA
está em consonância com a missão estabelecida Estabelecer a verdade dos fatos nos crimes de
no topo da organização, tanto no nível normativo, natureza penal, de forma a permitir o pleno cum-
pela coerência das políticas e dos procedimentos, primento da lei, contribuindo para a excelência da
quanto no nível executivo, pelo fiel cumprimento justiça e da sociedade.
deles. Veja-se que a missão é de caráter superior, ele-
É importante perceber que um processo de vado e filosófico, arremessando os seus agentes
qualificação de uma organização começa neces- para uma ação de melhoria contínua na busca da
sariamente de cima para baixo. Isso significa excelência. É a missão que determina em cada um
tratar a questão da qualidade como a vontade o nível de satisfação e o sentimento do dever cum-
do líder maior da organização, imbuído do pro- prido, por isso deve impulsioná-los para além das
pósito e revestido da autoridade necessários para tarefas de apenas fazer perícias e elaborar laudos,
levar à cabo a árdua tarefa de mudar comporta- levando-os a perseguir o ideal de fazê-las preci-
mentos e redefinir rumos. Mas, para lograr su- sas, no tempo hábil para o cumprimento da lei e
cesso, é necessário o envolvimento de toda a com qualidade continuamente crescente, colocan-
comunidade na qual se destina regular as rela- do-os no mais alto nível das aspirações humanas:
ções das pessoas e os processos de produção. É a satisfação de contribuir para a construção de um
de fundamental importância o envolvimento de mundo melhor.
toda a comunidade e é esse o maior desafio,
porque papéis escritos não mudam comporta- 2) POLÍTICAS DO ICAP/DPT
mentos se não forem assimilados no nível da
consciência, com a aceitação de que as mudan- a) Realizar perícias relacionadas a crimes de natu-
ças são necessárias e que produzirão melhores reza penal com elevada precisão científica, aten-
resultados para todos. É sabido que as pessoas dendo aos prazos processuais;
têm resistência natural às mudanças, que é enor- b) Desenvolver um ambiente de trabalho com cres-
memente agravada quando se sentem alijadas cente padrão de atendimento e comprometimen-
do processo criativo da nova forma de trabalho, to com a sociedade;
independentemente da boa intenção dos seus c) Estabelecer programas de permanente desen-
agentes. As boas intenções, embora essenciais, volvimento pessoal e técnico-científico do cor-
por si mesmas não têm força suficiente para po pericial;
alavancar um processo de qualificação. As ações é d) Promover programas de integração com os sis-
que determinam o sucesso ou o fracasso de um pro- temas policiais e judiciários.
grama bem intencionado. É preciso envolver a todos,
informar, ouvir, convidar, realizar encontros e semi- Veja-se que as políticas ainda são macro-
nários, fazer perceber que o espaço está aberto, que a diretrizes para alcançar a missão estabelecida e
mudança é pra valer e que é irreversível, mostrando que deverão nortear a organização dos procedi-
que todos podem contribuir verdadeiramente. É mentos.
preciso que o responsável pelo programa faça o
seu papel de motivador e facilitador, ainda que 3) PROCEDIMENTOS DO ICAP/DPT:
muitos se recusem a exercer o direito de partici-
par dele, sendo quase certo que os descontentes a) Procedimentos administrativos
atribuirão as conseqüências das suas omissões a Procedimento para o recebimento de solicitação
terceiros, mas, em verdade, elas são o reflexo da de perícias
falta do alinhamento que não se permitiram reali- Procedimento para concessão de férias
zar, frustrando as suas aspirações mais profundas: Procedimento para uso e condução de viatura
o desejo de reconhecimento e de aceitação na co- Procedimento para concessão de treinamento
munidade da qual faz parte. Procedimento para o recebimento de material
No nível concreto da realização, cabe ao co- para perícia
mando da organização disponibilizar os recursos Procedimento para expedição de laudo peri-
materiais e humanos necessários para a organiza- cial, etc.
ção do programa, traçar o plano de ação, desen- b) Procedimentos técnicos
volver procedimentos, instruções de trabalho e sis- Procedimento da Coordenação de Perícias In-
temas de controle, assim como para assegurar o ternas
cumprimento deles. Procedimento da Coordenação de Perícias Ex-
Como uma sugestão de roteiro, desenha-se a ternas
seguir uma estrutura organizacional voltada para Procedimento da Coordenação de Fonética
a qualidade na Polícia Técnica. Forense
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Procedimento da Coordenação de Crimes con-
tra a Pessoa, etc.
JOÃO FREITAS NETO
4) INSTRUÇÕES DE TRABALHO
PARA O ICAP/DPT:
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O CALIBRE DE ARMAS E MUNIÇÕES
Artigo de Revisão
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metro entre os cavados do raiamento, levemente Saliente-se que, embora seja corrente na lin-
superior, e dimensionado na exata medida do cali- guagem coloquial, tecnicamente é incorreto afir-
ENG.º ADEIR BOIDA DE ANDRADE
bre do projétil a ser utilizado. É esta diferença a mar que um revólver é do calibre 38 ou .38" (trinta
maior no diâmetro que vai forçar o projétil de en- e oito centésimos da polegada). Afinal, nem o cano
contro ao raiamento, para adquirir a rotação ne- nem o projétil que a arma dispara têm este calibre
cessária à estabilização da sua trajetória. (9,65mm) restando, ainda, a dúvida: se não se tra-
O calibre nominal, ou a nomenclatura desig- taria do .38 ACP, do .38 Long Colt, do .38 Smith
nativa das munições e armas de fogo de cano raia- & Wesson, do .38 Short Colt ou do .38 Super Auto.
do, não segue uma regra determinada, como ocor- Da mesma forma, o 7,65mm poderia ser o 7,65
re com as espingardas. O calibre nominal de uma mm Roth-Sauer, 7,65mm Borchardt, 7,65mm Mas,
munição, em verdade, corresponde a uma identi- ou o 7,65mm Luger.
dade e tem por objetivo sua individualização, num Nas munições, deve-se considerar que os car-
universo de muitas outras constituídas por projé- tuchos +P (recurso utilizado pela indústria apenas
teis do mesmo “calibre”, porém com característi- para velhos calibres, dotando-os de mais energia,
cas balísticas e estojos de dimensões distintas. conforme permite a tecnologia das armas moder-
No sistema inglês ou norte-americano, o ca- nas) não caracterizam novos calibres nominais. Ex.:
libre nominal é sempre indicado por números cartucho do calibre nominal .380 Auto, com ins-
(relativos a uma dimensão em fração da pole- crição (ou carga propelente) +P.
gada e, portanto, sempre
precedidos por um ponto),
seguidos de palavras ou
letras destinados à sua in-
dividualização. O sistema
é, de certa forma anárqui-
co, já que os números, ora
indicam o diâmetro entre
cheios do cano (calibre
real), ora o diâmetro do
projétil, e, muitas vezes,
nem uma coisa nem outra!
No sistema métrico de-
cimal, os calibres são usu-
almente designados por
dois números, em milíme-
tros, seguidos ou não por le-
tras ou palavras. O segun-
do número sempre se refe-
re ao comprimento do esto-
jo, podendo ser dispensado
no caso de calibres muito
conhecidos como o
9x19mm (9mm Luger ou
9mm Parabellum).
No caso das armas de
fogo, o calibre nominal indi-
ca a munição para a qual a
arma foi dimensionada. Im-
portante consignar no Laudo
Pericial a eventual constatação da conversão ilegal
(proibida pela lei brasileira) do calibre nominal da arma REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
examinada. É o caso dos revólveres fabricados para o RABELLO, Eraldo. Balística forense. 3ª ed. Por-
calibre .38 Special, quando convertidos para o calibre to Alegre: Sagra Luzzatto, 1995. 488p
.357 Magnum (mediante a simples extensão da câ- TOCHETTO, Domingos. Balística forense: as-
mara), e, mais recentemente, da conversão de pisto- pectos técnicos e jurídicos. 3ª ed. Campinas, São
las 7,65mm Browning para o calibre .380 Auto Paulo: Millennium, 2003. 352p.
(feito mediante a reabertura do cano e feitura de Introduction to Ballistics. Website Firearmsid.
um novo raiamento), como tem sido constatado Disponível em www.firearmsid.com. Acessado em
nas pistolas Taurus modelo PT-57. 08.07.2004 às 15h25min.
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A PERÍCIA NOS CASOS DE POLUIÇÃO SONORA DESENVOLVIDA PELA
COORDENADORIA REGIONAL DE POLÍCIA TÉCNICA DE SANTO
ANTÔNIO DE JESUS, PERÍODO 2000 - 2003.
Artigo Original
CONCLUSÃO
Os dados acima citados, embora ainda re-
presentem uma pequena amostra, diante da mag-
nitude em que se apresenta o problema, refle-
tem o descaso por parte dos infratores com a
saúde ambiental coletiva, ocorrida, principal-
mente na cidade de Santo Antônio de Jesus.
Torna-se necessário, entretanto, um melhor apa-
relhamento da Regional e maior envolvimento
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A PERÍCIA NOS CASOS DE POLUIÇÃO SONORA DESENVOLVIDA PELA COORDENADORIA REGIONAL DE
POLÍCIA TÉCNICA DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS, PERÍODO 2000 - 2003.
FONÉTICA FORENSE: IDENTIFICAÇÃO DE FALANTES
Artigo de Discussão
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mento adequado de lábios e língua, como em [p], ticas fisiológicas que podem ser refletidas na
[t] e [g]. fala, como anomalias, protusões ou ausênci-
Pode-se perceber que, apesar das pessoas as dentárias e gagueira;
procurarem produzir sons padronizados para • Idiossincrasias: constatando a forma própria
serem compreendidos e interpretados pelo ou- do falante de reagir e empregar a fala.
vinte, há diferenças entre as falas. Este fato se
deve às naturais diferenças motoras, anatômi- A conjugação adequada de todos os fatores
cas e fisiológicas dos aparelhos fonadores dos de caráter perceptual permite se estabelecer um
indivíduos, resultando em configurações geo- perfil do falante e também se obter elementos
métricas e texturas de material distintas, agra- qualitativos de sua fala de modo a compará-la
vando-se pelo alto dinamismo do ato de falar. com a de outros indivíduos.
Além disso, por ser a fala um fenômeno apren- Apesar de toda a capacidade perceptiva da
dido, a formação lingüística do indivíduo exer- audição, a fala é um ato que se realiza de modo
ce forte influência no comportamento da sua transiente e não deixa vestígios no ar. Portanto,
FONÉTICA FORENSE: IDENTIFICAÇÃO DE FALANTES
fala, acentuando ainda mais as distinções entre logo após a sua produção, todos os seus efeitos
elas. O exame de identificação de falantes, as- físicos desaparecem, só podendo ser resgatados
sim, exige um método que permita analisar a recorrendo-se à memória auditiva. Entretanto,
fala como o resultado acústico de tubos resso- os eventos da fala mais marcantes lingüística
nantes do aparelho fonador associado às influ- ou foneticamente, em geral, se sobrepõem quan-
ências exercidas pela formação lingüística do to à fixação das informações, fazendo com que
indivíduo. Este método corresponde à análise os de incidência menos acentuada sejam pobre-
perceptual conjugada com a análise acústica. mente fixados na memória auditiva, e nem sem-
Numa primeira fase da identificação de falan- pre os eventos mais marcantes lingüística e fo-
tes, a impressão auditiva serve para determinar os neticamente são os mais importantes na com-
traços fonéticos do indivíduo, fazendo uma sele- paração de detalhes acústicos. Também, os even-
ção dos aspectos de sua fala, para comparação per- tos acontecem de modo muito rápido e dinâmi-
ceptual com os traços de outro locutor. co, e a quantidade de informações acústicas reu-
A análise perceptual é fundamental e cor- nidas é enorme. Assim, torna-se indicada a rea-
responde a exames qualitativos que enfocam lização de exames que permitam observar to-
desde a Fonética articulatória da produção dos dos os detalhes acústicos que não podem ser
sons da fala, passando pela Fonologia, até a Lin- examinados e mensurados mediante a análise
güística. Trata-se de exames que atuam sobre perceptual, registrando-os eletronicamente em
as falas dos locutores visando a compará-las, sistemas de processamento e análise acústica.
observando-se aspectos do tipo: Portanto, associada à análise perceptual,
deve estar a análise acústica, sendo possível,
• Segmentais: estudando os padrões de vogais dessa forma, se obter informações além da im-
e consoantes, suas qualidades, aplicações e ar- pressão auditiva, mas também acústica, obser-
ticulações; vando em modelos gráficos, numéricos e esta-
• Supra-segmentais: analisando os padrões de tísticos, o comportamento acústico da fala e os
entonação e acentuação, o ritmo de fala e seu efeitos das configurações do aparato vocal.
comportamento temporal; A análise acústica possibilita a mensuração,
• Fatores paralingüísticos: observando fenô- através de valores numéricos de freqüência,
menos relativos à qualidade de voz do falante energia e tempo, de fenômenos da fala que in-
e à sua velocidade de fala, além de ocorrênci- dicam os efeitos produzidos a partir de confi-
as como cacoetes, risos, tosses e outros even- gurações específicas do aparelho fonador, como
tos afins; devido às geometrias na cavidade oral e as vi-
• Dialetais: investigando a aplicação de pala- brações das pregas vocais.
vras nas sentenças, o uso das regras gramati- A análise de espectrogramas, por exemplo,
cais, a prosódia típica e demais aspectos que fornece informações para se observar o com-
denotam hábitos adquiridos pelo falante a par- portamento dos parâmetros das vozes investi-
tir do grupo do qual ele faz parte; gadas e para se extrair valores de freqüência,
• Socioleto: estabelecendo inferências sobre o energia e tempo. A figura abaixo mostra dois
nível social do falante a partir do modo de se espectrogramas, correspondentes à palavra “Ge-
expressar pela fala; raldo”, utilizados como um dos exames acústi-
• Idioleto: verificando características individu- cos num caso real de verificação de locutor que,
ais do falante, como sexo, faixa etária, estado quando comparados, forneceram informações
emocional e outros fatores correlatos; convergentes quanto à unicidade do locutor que
• Fatores fisiológicos: constatando caracterís- produziu as falas.
20
ENG.º ANTONIO CÉSAR MORANT BRAID
CONCLUSÃO
A identificação de falantes, assim, tem o obje-
tivo de determinar a autoria de uma voz e, portan-
to, serve como meio de prova, na área forense,
para atribuir a alguém a autoria de um crime, a sua
participação nele, ou a ele relacionar. Na maioria
dos casos, é um meio suficiente de prova e, em
outros, e não pouco freqüentes, o único, sem o
qual jamais poderá ser comprovado o autor do
delito. Um exame de identificação de falante tam-
bém é capaz de desvincular o envolvimento de
um inocente num crime que lhe possa estar sendo
imputado, o que talvez seja até mais importante
do que incriminar um culpado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Braid, Antonio César Morant. Fonética Forense.
2. ed. - Campinas, SP: Millennium, 2003.
21
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA ECONOMIA DO CRIME
Artigo Original
22
Dos conceitos aplicados ao crime organizado, dem seu espectro de atividades para ações ilícitas,
nos remetemos aos dois principais discursos a ele mergulhando parte de sua estrutura na economia
ELSON JEFFESON NEVES DA SILVA
23
O Brasil, na conexão formada na América pelas forças de mercado. Ampliado pelos efeitos
Latina, tem como função principal o refino e dis- da reengenharia e do enxugamento da produção,
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA ECONOMIA DO CRIME
tribuição das drogas. Isso ocorre em virtude de sua intensamente aplicado nas décadas de 1980 e 1990,
larga extensão territorial e pelo fato de ter frontei- que trouxe um sentimento de precariedade, au-
ras com a Colômbia, a Bolívia e o Peru, que são mentando as desigualdades sociais e criando um
grandes produtores de tóxicos. Consta que pelo ambiente propício para o fortalecimento da eco-
corredor brasileiro do tráfico passam cerca de 120 nomia do crime.
toneladas de cocaína por ano. Com essa cifra, pode- Em síntese, o crime organizado na sua faceta
se imaginar o poder de sedução desse segmento globalizante compromete a autonomia e a capaci-
do crime organizado. dade de decisão do Estado, fragilizando-o. Por isso,
Na análise sobre o crime organizado, deve-se a importância do fortalecimento do aparelho re-
evitar as teorias simplistas que defendem que o pressivo do Estado, principalmente no campo da
crime organizado tem como causa exclusivamen- inteligência e Polícia Científica, não deixando de
te a criminalidade, excluindo da análise as respon- lado as políticas sociais inclusivas.
sabilidades do capital financeiro internacional que,
aliado às elites conservadoras dos países do Ter- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ceiro Mundo, criam as condições adequadas à ex- CASTELLS, Manuel. Fim do milênio. A era da
pansão da criminalidade em termos globais e, even- informação: economia, sociedade e cultura. Vo-
tualmente, de organizações criminosas locais, que lume 3, Paz e Terra. São Paulo - SP.
estão vinculadas ao aumento da pobreza e da ex- PEDRÃO, Fernando. Economia Urbana. Edito-
clusão social que lhes oferece mão de obra abun- ra da UESC. Ilhéus-Ba.2002.
dante e barata. FERNANDES, Newton. Criminologia integra-
da. Editora Revista dos Tribunais São Paulo-SP
CONCLUSÃO 2002.
As estratégias utilizadas para reduzir a crimi- YOUNG, JOCK. A Sociedade Excludente. Ex-
nalidade tornaram-se ineficientes frente à moder- clusão social, criminalidade e diferença na mo-
nização e à organização do crime, que se vale de dernidade recente. Coleção Pensamento Crimi-
métodos empresariais. Somente uma polícia inves- nológico vol. 7 Editora Revan 2002 Rio de Janei-
tigativa e científica bem equipada, atuando com ro-RJ.
tecnologia de ponta, pode minimizar os efeitos de- ZAFFARONI, EUGENIO RAÚL. Crime orga-
vastadores desse crescimento. nizado: uma categorização frustrada, in Discur-
Levando em conta que todo sistema crimino- sos sediciosos, 1 (1996), p. 59-63.
so só faz sentido, do ponto de vista empresarial, se
os lucros gerados puderem ser aplicados e rein-
vestidos na economia legal, a lavagem do dinhei-
ro é a grande matriz do crime organizado. E não
devemos deixar de reafirmar que a inserção do di-
nheiro ilícito na economia legal se dá através do
sistema financeiro, via bancos ou instituições fi-
nanceiras, por isso o combate a essa modalidade
criminosa deve-se empenhar, com mais afinco, no
combate à lavagem de dinheiro, criando mecanis-
mos legais para esse fim.
Não podemos esquecer que, aliado à moder-
nização do aparelho repressivo do Estado, é extre-
mamente necessário políticas públicas com a fina-
lidade de distribuição de renda, com o intuito de
evitar a convocação, pelo crime organizado, das
classes subalternas que se encontram nos níveis
mais baixos de distribuição de renda/bens, que, no
estágio de exclusão em que se encontram, têm
como única estratégia de sobrevivência a aliança
com a economia do crime que lhes garante a sua
reprodução e sobrevivência.
O crescimento da criminalidade e, por conse-
qüência, a economia do crime, estão intrinseca-
mente ligados aos efeitos excludentes de segmen-
tos sociais gerados pelo projeto social moldado
24
INVESTIGAÇÃO DO SEXO ATRAVÉS DE MENSURAÇÃO
DE SUTURAS CRANIANAS
Artigo Original
fenótipo cor da pele, estatura e idade. de do Estado da Bahia, celebrado dentro dos
O sexo não oferece dificuldade na sua iden- valores éticos e legais vigentes.
tificação quando diante de um cadáver íntegro As mensurações foram feitas tomando-se
e recente, no entanto, em condições especiais como base as seguintes distâncias: lambda-breg-
como putrefação, carbonização, esqueletização, ma (arco); lambda-bregma (corda); sutura sagi-
esta tarefa torna-se difícil, incerta e às vezes im- tal palatina anterior; sutura sagital palatina pos-
possível por métodos antropológicos. terior; sutura sagital palatina (total); distância
As suturas cranianas têm sido vistas do pon- entre a espinha nasal posterior e borda anterior
to de vista investigatório, direcionadas para a do forame magno.
questão da idade através das sinostoses. Parece
importante, portanto, que se faça estudo destas RESULTADOS
suturas relacionando as dimensões com o dado Os dados obtidos foram submetidos à aná-
biotipológico sexo. lise estatística, verificando-se os seguintes re-
GALVÃO (1998)1 mensurou 151 crânios de sultados: foi estabelecido a média e intervalo
indivíduos com mais de 20 anos, todos de pro- de confiança para cada uma das medidas efetu-
cedência, sexo e idade conhecidos, estudando o adas, no entanto o teste X2 apresentou valor de
comprimento da curva frontal. Após a análise P> 0,05, o que indica que a investigação do sexo
estatística, obteve um modelo de regressão lo- pela média e intervalo de confiança nesta meto-
gística com acerto de 80,3%. dologia pode ser vista com reserva, pois a mar-
SALIBA (1999)2 estudou medidas crania- gem de erro é próxima de 39%.
nas em 198 crânios, sendo 93 femininos e 105
masculinos, de pessoas adultas com mais de 23
anos de idade, e elaborou-se uma fórmula que
permite grau de confiabilidade de 69,33% para
sexo feminino e 73,08% para o masculino.
MACHADO et al. (2000)4 pesquisaram 51
crânios e analisaram o índice condílio de Bau-
doin e concluíram que houve concordância de
58,1% dos casos analisados, e discordância de
39,4%, sendo 2,5%, casos duvidosos. Finali-
zaram, afirmando que a metodologia empre-
gada por Baudoin, quando aplicada em brasi-
leiros, é factível de erros na demonstração do
dimorfismo sexual.
GALVÃO (2003)6 estudou 170 mandíbu-
las, sendo 70 femininas e 100 masculinas. Não
foram levadas em consideração variáveis
como fenótipo cor da pele, idade adulta, e es-
tatura dos indivíduos a quem as mandíbulas
pertenceram. Os resultados permitiram esta-
belecer uma fórmula por regressão logística
com índice de acerto de 84% na investigação
do sexo em avaliações futuras.
MATERIAL E MÉTODOS
Os autores estudaram 200 crânios de indi- Pela regressão logística pôde-se estabelecer a
víduos adultos, sendo 100 masculinos e 100 fe- fórmula:
mininos, que faleceram com idade superior a
20 anos, com sexo e idade conhecidos com ab-
soluta segurança. Os crânios eram de indigen-
tes ou de pessoas cujas famílias não reclama-
ram os ossos em tempo hábil administrativo es- Legenda:
tabelecido pela Instituição e que teriam como e = constante neperiana 0,71828
destino final o crematório ou inumação em vala ssag - arco - comprimento do arco da sutura sa-
comum. O presente estudo foi viabilizado atra- gital
vés do convênio existente entre a Universidade sps - total - comprimento da sutura palatina
26
espnas - formag - distância da espinha nasal pos- o feminino.
terior à borda anterior do forame magno A análise de função discriminante e regres-
JEIDSON ANTÔNIO MORAIS MARQUES
27
4. Machado SR et al. Verificação da aplica-
DE SUTURAS CRANIANAS bilidade do índice de Baudoin para a deter-
INVESTIGAÇÃO DO SEXO ATRAVPES DE MENSURAÇÃO
28
R ESENHA LITERÁRIA
A NOVA LEI DAS ARMAS DE FOGO (Comentários pressões Digitais, os Afis. A obra segue com estudos a res-
à Lei n. 10.826, de 23 de dezembro de 2003), Autor: peito da identificação humana através do DNA, a técnica
José Geraldo da Silva, 1ª Edição, Editora Millennium. de PCR, Genética dePopulações e as probabilidades asso-
Existem no país, cerca de 8 milhões de armas de fogo, ciadas ao exame do DNA, investigação de crimes sexuais e
um terço das quais em condições ilegais. Mais de 45.000 determinação de paternidade, sendo comentados uma série
pessoas morrem por ano, vítimas de homicídios provo- de casos reais e interessantes. Minuciosa abordagem é feita
cados por armas de fogo, e os números não param de à Perícia Odontolegal, sendo tratada a investigação pelos
crescer. Para reverter esse quadro, os nossos legislado- dentes, arcos dentários, Identificação Antropológica e ou-
res, de forma responsável e decidida, se apressaram na tras técnicas nas investigações criminais, inclusive relacio-
aprovação do projeto de lei que proíbe os portes e regis- nando a odontologia legal à identificação humana pelo DNA
tros indiscriminados de armas de fogo em todo o territó-
rio nacional. Sancionada a Lei n. 10.826, de 23/12/03 LEIS PENAIS ESPECIAIS ANOTADAS – Autores:
pelo Presidente da República, foi regulamentada pelo De- José Geraldo da Silva, Wilson Lavorenti e Fabiano
creto n. 5.123, de 1º de julho de 2004. Genofre, 6ª Edição Editora Millennium . Prefaciado por
Guilherme de Souza Nucci, Luiz Flávio Borges D’Urso
GUIA QL – 2004/IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS e Fernando da Costa Tourinho Filho Esta sexta edição,
– Autores: Victor Manoel Quintela e Orlando Laitano revista e atualizada, reúne agora 22 principais Leis Pe-
Lionella Filho, 4ª Edição, Editora Millennium. Publicada nais Especiais. Comenta a recém regulamentada Lei das
pela primeira vez em 1986 pela Associação de Criminalís- Armas de Fogo, Estatuto do Idoso e Lei das Contraven-
tica do Rio Grande do Sul com o título de “Identificação de ções Penais. O escopo desta obra é fornecer aos estudio-
Veículos”, esta obra encerrava dados e informações coleta- sos e operadores do direito penal uma visão esquemáti-
dos ao longo de mais de 40 anos de atividades de perícias ca das leis penais especiais que surgiram nos últimos
em veículos, passando a ser largamente utilizada por opera- decênios, sem a preocupação de detalhar cada emissão
dores de licenciamento, vistoriadores de companhias de se- normativa de forma exaustiva. A intenção dos autores
guros e revendedores de veículos, além dos peritos crimi- não foi a de esgotar o assunto pertinente a cada matéria,
nalistas. As edições subseqüentes foram atualizadas com mas sim, delinear as usuais indagações formuladas em
informações fornecidas por fabricantes, representantes e re- torno de cada uma das leis. As considerações dispendi-
vendedores de marcas nacionais e estrangeiras, além de das a cada uma das leis permitem, tanto ao acadêmico
contribuições de inestimável valor oferecidas por leitores, quanto ao profissional, não só uma análise contextuali-
a quem dedicamos os nossos esforços. Esta quarta edição, a zada de cada lei, como também uma resposta às princi-
mais completa no gênero no Brasil e agora sob a denomi- pais questões relativas ao tema em análise.
nação de Guia QL 2004 – Identificação de Veículos, passa
a ter periodicidade anual. É apresentada em novo formato, MANUAL DE REDAÇÃO PROFISSIONAL - Autor:
nova organização das partes e impressão em duas cores sobre José Maria da Costa, 2ª Edição, Editora Millennium . Des-
papel especial na cor bege, facilitando, sobremaneira, as tinada não só a advogados, mas a profissionais de todas as
consultas pelos usuários. áreas, constitui guia seguro na redação de petições, recur-
sos, relatórios, textos, cartas, teses, livros, poemas, discur-
IDENTIFICAÇÃO HUMANA – Autores: Adriano Ro- sos, etc. Sobre o livro, assim se referiu Saulo Ramos, advo-
berto da Luz Figini, José Roberto Leitão e Silva, Luiz gado e ex-Ministro da Justiça: “Esta obra é fantástica! ...
Fernando Jobim, Moacyr da Silva, Edição,Editora Mil- um trabalho monumental de pesquisa e inteligente organi-
lennium Este livro apresenta algumas das principais técni- zação, em ordem alfabética, das expressões em português e
cas utilizadas para se estabelecer uma investigação a partir em brasileiro, tudo bem comentado, explicado em lingua-
de vestígios que podem ser encontrados em local de crime. gem simples, com exemplos didáticos e enriquecido, com
É organizado em quatro partes, cada qual consignada a re- citações de outros autores quase todos os que contribuíram
nomado especialista. Aborda, inicialmente, as impressões para a construção da catedral do idioma. Melhor do que as
digitais, apresentando breve história da identificação, suas quase noventa mil páginas da internet, melhor que todos os
características técnicas e processos de revelação mais co- autores de trabalhos sobre “a arte de escrever”, melhor que
muns. Trata, a seguir, das suas divisões e dos principais todas as respeitáveis obras até hoje publicadas como orien-
sistemas de classificação. Um capítulo é dedicado à intro- tadores lingüísticos e gramaticais, ou como auxílio e tira-
dução aos Sistemas Automáticos de Identificação de Im- dúvidas da língua portuguesa.
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N ORMAS PARA PUBLICAÇÃO
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