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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS

CURSO DE PSICOLOGIA

FERNANDA NAYARA ABREU

TRANSTORNOS PISICOLÓGICOS EM POLICIAS MILITARES EM


DECORRENCIA DE SUA PROFISSÃO.

Varginha
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS
CURSO DE PSICOLOGIA

TRANSTORNOS PISICOLÓGICOS EM POLICIAS MILITARES EM


DECORRENCIA DE SUA PROFISSÃO.

FERNANDA NAYARA DE ABREU

Trabalho de conclusão de curso como


requisito para aprovação do curso de
Bacharelado em Psicologia do Centro
Universitário do Sul de Minas.

Orientador(a): Giovanna Tereza Abreu


de Oliveira.

Varginha - MG
2023
SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................... 4
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
2.0 TRANSTORNO PISICOLÓGICO EM NÚMEROS. .......................................................... 4
2.1 NÚMEROS PELO BRASIL. ............................................................................................... 5
2.2 OS NÚMEROS DA POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO ..................................... 5
2.3 OS NÚMEROS DA POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO ............................................... 6
3.0 SUICÍDIOS DE POLICIAIS EM NÚMEROS. ................................................................... 7
3.1 SUICÍDIO EM NÚMEROS 2017/2018 ............................................................................... 8
3.2 SUICÍDIO EM NÚMEROS 2019/2020. .............................................................................. 9
3.3 SUICÍDIO EM NÚMEROS 2020/2021. ............................................................................ 10
4.0 A BUSCA PELA AJUDA, UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL. .......................................... 10
4.1 PROGRAMA DE APOIO E ACOMPANHAMENTO EM MINAS GERAIS. ................. 11
4.2 188 CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA. ............................................................... 11
4.3 TRATAMENTO PISICOLÓGICO A DISTÂNCIA ........................................................... 12
4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 12
5.0 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 14
RESUMO

A busca pela paz social, e pelo convívio harmônico, perpassa pela gerencia de
conflitos interpessoais, que podem ser realizados por diversos profissionais. Dentre eles, na
linha de frente, vivendo e presenciando tais conflitos, sob a ótica Estatal, desprovidos de
lentes que possam amenizar ou mitigar a realidade nua e crua, das mazelas humanas,
encontram-se os Policiais Militares.
Nesse sentido, observa-se o crescente número de casos de transtornos psicológico que
acometem essa parcela da população.
Logo torna-se necessário um aprofundamento nas causas deste fenômeno social.

1.INTRODUÇÃO

Sabendo-se que a busca pela paz social e pelo convívio harmônico em sociedade deve
ser perquirida por todos, e de modo especial pelas ciências humanas, donde situa-se além do
das Ciências Jurídicas, a Psicologia, (FREITAS 2012), observamos que determinadas áreas
assumem um papel de destaque, como por exemplo a Educação, a Ciência, e de modo
particular a Segurança Pública.
“Todos são iguais perante a Lei, garantido aos brasileiros e aos estrangeiros o Direito a
Segurança”, conforme dispõe o art. 5° da Constituição da República. Nesse sentido, tem-se o
art. 144 do mesmo diploma legal instituindo que a “Segurança Pública, dever do Estado,
direito e Responsabilidade de todos, será exercida” por determinados órgãos, dentre eles
encontram-se as Policias Militares Estaduais, instituições regidas sobre os princípios da
hierarquia e disciplina que ficam a cargo do exercício de fato da busca pela preservação da
Ordem Pública, pela Incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Por certo, tais instituições, não são somente uma ficção jurídica, sendo fomentadas,
mantidas, e atuante, por milhares de homens e mulheres de carne e osso, que lutam
diariamente pela busca de um convívio harmônico entre os indivíduos.
Nesse sentido, o presente trabalho, debruça-se nesses seres humanos, sobretudo, na
saúde psicológica deles.

2.0 TRANSTORNO PISICOLÓGICO EM NÚMEROS.

Realizada uma extensa pesquisa pela rede mundial de computadores, com as palavras-
chave profissões/ mais estressantes/ Brasil, foram encontrados em quase que 100% dos casos

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como resultado a profissão POLICIAL MILITAR.
Diante dos resultados, devemos primeiramente entender o conceito de ESTRESSSE.
Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde
(bvms.saúde.gov.br/2022) estresse é:

Reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou


ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando
alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica
necessária para a adaptação às situações novas.
Nesse sentido, claro-evidente que a reação natural do organismo ocorre com mais
frequência, em profissões que vivenciam situações de perigo ou ameaça, por conseguinte, não
existe outra profissão que se exponha a essas situações, tanto quanto o policial militar.
Entretanto, não é só o estresse que acomete os agentes de segurança pública.
Depressão, ansiedade, alcoolismo, são outras das doenças mentais mais comuns encontradas
entre policias militares.
Sendo dever do Estado assegurar a Segurança Pública para o cidadão, diante do
aumento sistêmico da violência no Brasil, inclusive sendo uma das “maiores causas de morte
no país, vitimando mais que o câncer, a Aids, as doenças respiratórias, metabólicas e
infeciosas, sendo a primeira causa de óbito da população de 05 a 49 anos de idade” conforme
livro Impacto da Violência na Saúde (2014, p.15), percebeu-se a necessidade de investigar
como anda a saúde psicológica dos profissionais que fomentam este direito. Nesse sentido,
grandes veículos da Mídia Nacional debruçaram-se nesta tarefa.

2.1 NÚMEROS PELO BRASIL.

Numa pesquisa realizada pela Rede Globo de Comunicações, através do programa


Fantástico, (G1.globo.com/fantástico/2019) que percorreu durante dois meses o território
brasileiro, obteve-se o número de 16.026 (dezesseis mil e vinte e seis) afastamentos de
policiais militares por transtornos psiquiátricos no ano de 2018, uma média de 43
afastamentos por dia. Ressalta-se, que nessa pesquisa, apenas 15 estados forneceram os
dados pedidos.
A pesquisa ainda concluiu que todos os estados realizam algum tipo de teste
psicológico do candidato a policial militar no ingresso da carreira, contudo, apenas dois
estados, Minas Gerais e Rio Grande do Sul promovem exames periódicos em toda a tropa.

2.2 OS NÚMEROS DA POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO


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Continua ainda a pesquisa informando que no Estado do Rio de Janeiro, houve um
aumento de 538% nos casos de afastamento militar por licença psiquiátrica, e ainda concluiu
que na iniciativa privada, a taxa de afastamento chegou a 20 pessoas a cada 10 mil, sendo que
na Instituição Militar Carioca o número chega a 800 a cada 10 mil militares, ou seja, 40
(quarenta) vezes mais, do que a população do setor privado.

2.3 OS NÚMEROS DA POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO

Noutra pesquisa realizada pela Agencia de dados Fiquem Sabendo,


(fiquemsabendo.com/2021) empresa especializada no acesso à informação, foi encaminhado
via lei de acesso à informação, solicitação, no dia 27/04/2021, sendo respondida pela Policia
Militar do Estado de São Paulo, no dia 27/05/2021 as 14:51:41.
A solicitação tratava-se de questionamento referente a quantidade de policiais
militares afastados por transtornos mentais nos anos de 2020 à 2021.
Os dados são alarmantes, conforme quadro fornecido pela Instituição Paulista,
vejamos:

A Policia Militar do Estado de São Paulo aprovou 1647 (mil seiscentos e quarenta e
sete) licenças, por transtorno mental entre janeiro de 2020 a abril de 2021. As doenças que
mais tiveram incidência sobre os policiais afastados foram, depressão, transtorno misto
ansioso e depressivo, e transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de álcool.
Conforme demonstrou a pesquisa, 1647 profissionais que lidam cotidianamente com
direitos e garantias de outros cidadãos, foram afastados no período de pouco mais de um ano,

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de seu serviço, por doenças mentais ocasionadas pela atividade.

3.0 SUICÍDIOS DE POLICIAIS EM NÚMEROS.

Noutro giro, nos anos 2000, devido a grande necessidade de se discutir, debater, e
auxiliar a atividade policial no Brasil, foi criado o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De
lá pra cá, essa importante Organização sem fins lucrativas se reuni anualmente com milhares
de especialista em Segurança Pública, objetivando a resolução dos problemas desse
indefectível direito fundamental.

Nessa esteira, anualmente tem-se publicado o Anuário Brasileiro de Segurança


Pública; um extenso relatório voltado a problematização e mutua ajuda entre os Órgãos de
Segurança Pública.
Dentre os vários capítulos desse documento, destaca-se a chamada Vitimização e
Letalidade Policial. Nesse capitulo, o documento aprofunda através de uma extensa pesquisa
de campo, os números e estatísticas relacionados a temas como: morte de policiais em
decorrência do serviço operacional, policiais feridos pelo serviço, suicídio entre policias
militares, entre outros.
Não bastasse o crescimento vertiginoso de casos onde os agentes de Segurança Pública
foram afastados do seu trabalho por transtornos psicológicos e psiquiátricos, conforme
demonstrado anteriormente, observamos no Anuário Brasileiro de Segurança Pública outro
número preocupante, os casos de autoextermínio entre policiais por todo o Brasil.
Para Viktor Frankl, no livro Teoria e Terapia das Neuroses (1975, p.19) o Suicídio está
ligado diretamente a perda do sentido da vida. Apoiando sua doutrina da Logoterapia, o
Mestre de Vienna realizou uma pesquisa em uma das universidades que lecionavam chegando
nestes números:
No que diz respeito ao suicídio foram analisados sessenta estudantes da Idaho
State University que tinham tentado dar cabo da própria vida. Em 85% desses
estudantes observou-se que “a vida não tinha sentido para eles” Entre os estudantes
que sofriam com o sentimento de falta de sentido, 93% encontravam-se em
excelente estado de saúde, tinham vida social ativa, notas exemplares nos estudos e
viviam em harmonia com suas famílias.
Analisando o estudo de Frankl, tem-se que o suicídio está ligado diretamente com a
perda do sentido da vida do sujeito.
Emile Durkheim considerado por muitos como o pai da Sociologia, em sua obra O

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Suicídio, (1897 p.385), explica que o autoextermínio não está ligado a nenhuma característica
tais como, tristeza, depressão, magoas, temperamento, ou qualquer outra condicionante. Para
o Sociólogo, o suicídio está ligado exclusivamente a um fenômeno social, onde cada grupo de
indivíduos possuem uma tendencia ao autoextermínio advindo do estado social daquela
coletividade, vejamos:
De todos esses fatos resulta que a taxa social de suicídio só se explica
sociologicamente. É a constituição moral da sociedade que estabelece, a cada
instante, o contingente de mortes voluntarias. Existe, portanto, para cada povo, uma
força coletiva, de energia determinada, que leva os homens a se matar. Os
movimentos que o paciente realiza e que á primeira vista, parecem exprimir apenas
seu temperamento pessoal são na verdade a consequência e prolongamento de um
estado social que eles manifestam exteriormente
Em que pese a diferenciação e distanciamento dos conceitos de suicídio, fato é, que no
Brasil, tem-se um alto índice de autoextermínio entre policias.

3.1 SUICÍDIO EM NÚMEROS 2017/2018

A vista disso, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública publicou os números de


suicídios entre policias, vejamos o quadro (Anuário Brasileiro Segurança Pública, pg.81)

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Pode-se observar que em números absolutos, 53, (cinquenta e três) policiais militares
retiraram sua vida no ano de 2017. Nota-se ainda que esse número aumentou
vertiginosamente no ano seguinte, confirmando 82 (oitenta e dois) casos de autoextermínio
entre policiais, no ano de 2018.

3.2 SUICÍDIO EM NÚMEROS 2019/2020.

Observamos ainda que os números continuam nos anos posteriores, vejamos o quadro
dos anos de 2019 e 2020 (Anuário Brasileiro Segurança Pública, pg.50)

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3.3 SUICÍDIO EM NÚMEROS 2020/2021.

Por fim, temos ainda a reunião do levantamento feito nos anos de 2021 e 2022, onde
podemos observar o aumento do autoextermínio, vejamos: (Anuário Brasileiro Segurança
Pública, pg.62)

Diante dos números obtidos, tem -se que 376 (trezentos e setenta e seis) agentes da
Segurança Pública, ceifaram suas vidas nos anos de 2017 a 2022. Um número alarmante, que
comprova que nossos policias estão doentes.

4.0 A BUSCA PELA AJUDA, UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL.

Em que pese o advento da lei 13.675/2018, que institui o funcionamento dos Órgãos
de Segurança Pública, em especial do inciso II do art. 4 que leciona sobre os princípios e

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institui entre outros, “proteção, valorização e reconhecimento dos profissionais de Segurança
Pública”, além do art. 6º inciso XXI e XXII que preconiza “estimular a criação de
mecanismos de proteção dos agentes públicos que compõem o sistema nacional de segurança
pública e de seus familiares”, e ainda “estimular e incentivar a elaboração, a execução e o
monitoramento de ações nas áreas de valorização profissional, de saúde, de qualidade de vida
e de segurança dos servidores que compõem o sistema nacional de segurança pública”; É
certo que a regulamentação dessa Lei, não conseguiu colocar em prática, nenhum dos
princípios atinentes ao agente de Segurança Pública, vez que, conforme demonstrado no
decorrer deste trabalho, os números de casos de afastamento de policias militares decorrentes
de doenças psicológicas/psiquiátricas, não diminuíram.

4.1 PROGRAMA DE APOIO E ACOMPANHAMENTO EM MINAS GERAIS.

Contudo, nem tudo está perdido. Conforme dito no presente trabalho, à fl. 04, a
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, observando atentamente a realidade de seus
policias através da resolução 4699 de 31 de agosto de 2018 institui o Programa de Apoio e
Acompanhamento aos Policiais Militares. Este programa visa o atendimento e
acompanhamento psicológico e psiquiátrico do policial militar que passar por determinadas
situações de confronto real, com morte de algum envolvido, além de casos relacionados ao
stress agudo, ou a casos de tentativa ou risco da sua própria integridade física.
Além do mais institui o Programa de Saúde Ocupacional do Policial Militar. Neste
programa, o policial militar passa por um atendimento individualizado com um Psicólogo da
instituição, onde o profissional busca através de uma anamnese orientar aquele profissional
para possíveis quadros relacionados ao estres, perda de sono, ou de apetite, quadros
relacionados a ansiedade generalizada, entre outros.
Com a criação desse programa, a Instituição Mineira, busca diminuir os casos de
transtornos psicológicos na sua tropa.

4.2 188 CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA.

Outro programa de grande valia, (centro de valorização da vida/2023), conhecido


nacionalmente, é o 188 onde o policial militar pode encontrar apoio e emocional com ênfase
na prevenção do suicídio. Bastando ligar 188, o cidadão será automaticamente direcionado a
um atendente que irá escutá-lo, orientando sobre as mais diversas situações. A Organização,
sem fins lucrativos, atende 24 horas por dia, durante 7 dias da semana, e garante o sigilo das
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conversas.

4.3 TRATAMENTO PISICOLÓGICO A DISTÂNCIA NA ABORDAGEM


EXISTENCIAL HUMANISTA.

No mundo pós pandemia Covid 19, o Conselho Federal de Psicologia após a devida
sistematização, e normatização vem fomentando o acompanhamento psicológico à distância.
Nesse sentido, o policial militar encontra nessa ferramenta um importante aliado para o
autoconhecimento, e busca pela ajuda. Primeiramente porque a busca pelo tratamento dá-se
de forma espontânea; segundo porque, o tratamento online gera uma certa segurança, além da
privacidade do profissional, que não precisará se expor para seus pares, e superiores
hierárquicos.
Nesse sentido, consideremos que o agente de segurança publica necessita dentre
outros fatores, primeiramente conhecer e refletir sobre sua existência, e o modo como se
comporta diante de diversos fatores, como a pressão social existente na sua profissão, bem
como a tensão que existe no ambiente militar.
Senso assim, a Abordagem Existencial Humanista, difere-se das demais abordagens
psicológicas, uma vez que busca através de sua estrutura, trazer o sentido da vida do
indivíduo, integrando seu modo de ser, de agir e de viver em comunidade, correlacionado ao
seu papel social na esfera local.
Logo, tem-se que o encontro pessoal do policial militar, consigo mesmo, na busca pelo
sentido de sua existencial, fatalmente evidenciará a grandeza de sua profissão, constituindo
um verdadeiro sacerdócio, sendo assim, um início para a resolução de diversos problemas.

4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, e por todo o apresentado, tem-se que o cenário em que o Agente de
Segurança Pública se encontra gera grande demanda física e psicológica no decorrer da
exposição cotidiana as mazelas humanas.
Diante do contexto histórico e social que o país vive, observou-se o aumento
sistemático da violência no Brasil. Paralelamente a isto, e por consequência disto, os casos
relacionados a transtornos psicológicos e psiquiátricos entre os agentes de segurança pública,
e em especial o policial militar tiveram um crescimento vertiginoso, conforme demonstrado
no decorrer deste artigo.
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Atentos a este fenômeno, os Órgãos de Segurança Publica bem como os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário empenham-se em dar uma resposta a esta importante
parcela da sociedade. Logo, vários projetos, organizações e leis foram criadas, das quais cita-
se a título de exemplo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública uma importante Organização
sem fins lucrativas se reuni anualmente com milhares de especialista em Segurança Pública,
objetivando a resolução dos problemas atinentes a este direito fundamental.
Citamos também, o advento da lei 13.675/2018, que institui o funcionamento dos
Órgãos de Segurança Pública, em especial do inciso II do art. 4 que leciona sobre os
princípios e institui entre outros, “proteção, valorização e reconhecimento dos profissionais de
Segurança Pública”, além do art. 6º inciso XXI e XXII que preconiza “estimular a criação de
mecanismos de proteção dos agentes públicos que compõem o sistema nacional de segurança
pública e de seus familiares”, e ainda “estimular e incentivar a elaboração, a execução e o
monitoramento de ações nas áreas de valorização profissional, de saúde, de qualidade de vida
e de segurança dos servidores que compõem o sistema nacional de segurança pública. Além é
claro, de não menos importante o Centro de Valorização da Vida, através do disque ajuda 188.
E ainda conforme citado, temos como exemplo o PSOPM Programa Saúde
Ocupacional do Policial Militar de Minas Gerais, que auxilia o policial militar através de
consultas com psicólogos no caminho e tratamento das diversas doenças psicológicas.
De tudo o exposto, tem-se que os desafios relacionados ao tratamento dos transtornos
psicológicos nos agentes de segurança publica são um desafio para a sociedade moderna.
Contudo, observa-se que a conscientização, além da quebra do preconceito é a principal arma
na luta contra essa guerra.
Interagindo com a disciplina, também pude refletir na extensão de um atendimento
profissional que me proporcionará a aproximação íntima enquanto alheia com o cliente e,
partindo dessa contemplação, irei me preparando não só para os desafios impostos pela
Psicologia, mas também, para o esclarecimento dos impasses na construção da subjetividade
humana, à qual eu também almejo.
E acredito que, numa perspectiva psicológica, a compreensão teórica das dimensões dessa
abordagem me permitiu uma abertura de possibilidades práticas com uma visão mais íntima
do ser humano, visto que o homem, entrelaçado às experiências do mundo, se torna
vulnerável, indeciso e por muitas vezes perdido, contudo, ele sempre é capaz de reaver sua
história, optando por uma visão diferenciada da sua vivência para a reconstrução do “seu
mundo” autêntico e mais significativo.
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5.0 REFERÊNCIAS

PLANALTO: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAUDE: https://bvsms.saude.gov.br/estresse/

IMPACTOSDAVIOLENCIANASAUDE:https://www.google.com.br/books/edition/Impactos
_da_Viol%C3%AAncia_na_Sa%C3%BAde/6BZqDwAAQBAJ?hl=pt-
BR&gbpv=1&dq=suicidio+durkheim+pdf&printsec=frontcover

FANTASTICO:.https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2019/09/15/no-brasil-pelo-menos-43-
pms-sao-afastados-por-dia-por-transtornos-psiquiatricos.ghtml

AGÊNCIA DE DADOS FIQUEM SABENDO:


https://fiquemsabendo.com.br/seguranca/dados-de-afastamento-de-policiais-por-transtorno-
mental-no-estado-de-sp/

VIKTOR, E FRANKL, Teoria e Terapia das Neuroses, 1. Ed.- São Paulo: Realizações, 2016

DURKHEIM, ÉMILE, O Suicídio, 1.Ed. – São Paulo: Marins Fontes, 2000

ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2019:


https://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/10/Anuario-2019-
FINAL_21.10.19.pdf

ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2020:


https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/07/anuario-2021-completo-v4-bx.pdf

ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2022:


https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf?v=15

LEI Nº 13.675, DE 11 DE JUNHO DE 2018:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/Lei/L13675.htm

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RESOLUÇÃO 4699 de 31 de agosto de 2018:
https://intranet.policiamilitar.mg.gov.br/conteudoportal/uploadFCK/saude/0305201916455682
9.pdf

188 CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA:


https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2021/07/disque-188-oferece-apoio-emocional-e-
prevencao-ao-suicidio

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