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Declaro que o trabalho apresentado é de minha autoria, não contendo plágios ou citações não
referenciadas. Informo que, caso o trabalho seja reprovado por conter plágio pagarei uma taxa
no valor de R$ 199,00 para a nova correção. Caso o trabalho seja reprovado não poderei pedir
dispensa, conforme Cláusula 2.6 do Contrato de Prestação de Serviços (referente aos cursos
de pós-graduação lato sensu, com exceção à Engenharia de Segurança do Trabalho. Em
cursos de Complementação Pedagógica e Segunda Licenciatura a apresentação do Trabalho
de Conclusão de Curso é obrigatória).
RESUMO
O trabalho dos policiais militares exige muito e com ele se carrega o preço de ficar diante de situações que com o
tempo serão vistas como algo danoso para a saúde desses profissionais, desencadeando doenças que podem gerar
consequências sérias e o afastamento destes. Tendo como base isto o estudo objetiva-se, conhecer os principais
impactos na saúde mental dos policiais militares do Ceará. Trata-se de um estudo descritivo de cunho
bibliográfico que foi realizado através da explanação de achados encontrados em artigos científicos,
monografias, manuais e outros materiais. Acerca dos resultados encontrados pode-se identificar que, esses
profissionais são mais atingidos pelo estresse recorrente do trabalho e pelo Transtorno de Estresse Pós-
Traumático (TEPT), aspectos esses que levam a refletir sobre o quanto se faz fundamental que haja uma atenção
voltada para esse assunto, trabalhando em torno de ações que visem a preservação da saúde desses agentes que
são peças fundamentais para a segurança da sociedade.
ABSTRACT
The work of military police officers demands a lot and with it comes the price of being faced with situations that
over time will be seen as something harmful to the health of these professionals, triggering illnesses that can
have serious consequences and their removal. Based on this, the study aims to know the main impacts on the
mental health of military police in Ceará. This is a descriptive bibliographical study that was carried out through
the explanation of findings found in scientific articles, monographs, manuals, and other materials. Regarding the
results found, it can be identified that these professionals are more affected by recurrent stress at work and by
Post-Traumatic Stress Disorder (PTSD), aspects that lead to reflection on how fundamental it is that there is
attention focused on this subject, working around actions aimed at preserving the health of these agents who are
fundamental for the safety of society.
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Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de
TCC.
2
Discente do curso Saúde Pública com ênfase em PSF – FABRAS.
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1 INTRODUÇÃO
Sabe-se que cada dia mais os policiais militares estão sujeitos a situações estressantes
que levam na maioria das vezes impactos diretos na sua saúde mental, aspecto esse que pode
levar ao desencadeamento de ansiedade e depressão que por consequência leva ao
afastamento desses profissionais, então tendo como base isto, esse estudo tem como tema
principal, os principais impactos na saúde mental dos policiais militares do Ceará em
decorrência de suas atividades.
A escolha do tema se deu a partir de tomar conhecimento acerca da realidade dos
policiais militares do Ceará no que concerne aos principais impactos na saúde mental destes, e
a minimização e a cessação de distúrbios mentais que infelizmente são comuns na realidade
desses profissionais que precisam estão diante diariamente de situações que acabam trazendo
inúmeros impactos para a sua saúde.
Em relação a relevância esse tema é de fundamental importância pois a partir da
exposição desses problemas que vem acometendo esses profissionais se consegue intervir
através da elaboração de ações e práticas para a redução do índice dessa problemática que
assola essa classe.
Acerca da pergunta de partida elaborada para um melhor direcionamento do que se
pretende identificar, trata-se de saber, quais os principais impactos vistos na saúde mental dos
policiais militares do Ceará?
No que concerne aos objetivos propostos têm-se como o objetivo geral, a saber:
conhecer os principais impactos na saúde mental dos policiais militares do Ceará e como
objetivos específicos, definir a relação existente entre trabalho policial e distúrbios
psicológicos e identificar os principais danos advindos do Transtorno de Estresse Pós-
Traumático (TEPT) na rotina desses profissionais.
Sobre a metodologia adotada trata-se de um estudo descritivo de cunho bibliográfico
que foi realizado através da explanação de achados encontrados em artigos científicos,
monografias, manuais e outros materiais.
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2 DESENVOLVIMENTO
O trabalho do policial pode ser definido como muito exaustivo tanto fisicamente como
emocionalmente, devido a recorrente exibição ao perigo, ameaças iminentes, horários
desiguais de trabalho, alimentação, apresentação a intempéries e muito tempo em pé
(BORGES, 2013). A função ocupada no interior da organização também foi destacada como
motivo que pode vir a auxiliar para o sofrimento psíquico (SILVA; VIEIRA, 2008).
A profissão policial é tida como uma das mais estressantes e ainda, uma das funções e
profissionais que são mais atingidos por transtornos mentais e físicos relacionados ao trabalho
(CASTRO; ROCHA; CRUZ, 2019).
O contato de forma direta ou indireta com situações violentas que trazem morte ou
ameaça dela, lesão grave e violação sexual, desencadeiam momentos traumáticos para os
participantes, que por seu turno, podem levar a várias doenças psicoemocionais e outras
conjunturas, sobretudo o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão, abuso de
substâncias, problemas sociais, frustação com o trabalho e crescimento da busca por
assistência médica (DA CUNHA; DO NASCIMENTO PINTO, 2019).
O índice de óbitos de policiais militares por razões violentas é 6,18 vezes maior que na
população habitual, além do mais, essa quantidade cresce durante a folga (2,8 %). Entre 2015
e 2017, a violência desencadeou o desligamento de 3.113 homens e mulheres por facadas,
tiros, atropelamento por bandidos, capotamento de viatura, dentre outras práticas, tanto em
serviço como nas folgas (DE GODOY SUMARIVA, 2017).
De acordo com informações da Coordenadoria de Saúde, Assistência Social e
Religiosa do Ceará (CSASR), em Fortaleza em torno de 286 policiais militares solicitam
afastamento mensalmente devido a questões psicoemocionais. Em 2019, foram contabilizados
sete suicídios abrangendo profissionais policiais (COORDENADORIA DE SAÚDE, 2019).
Também, se chama a atenção para as informações do Anuário de Segurança Pública do
Brasil que, ao trazer a vitimização de policiais, mostrou que no ano de 2019 se teve mais
óbitos de policiais na ativa por suicídio do que mortes em combates durante o serviço
(FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2020).
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Ainda de acordo com esse mesmo anuário, o índice de suicídio entre esses
profissionais (17,4 por 100 mil) foi quase o triplo do número referente à população geral do
Brasil. Os estudiosos demonstram que a possibilidade do acesso a armas pode ser um ponto
negativo na predominância de suicídio por esses profissionais, o que deixa mais substancial a
prevenção, sendo, o armamento é fundamental como instrumento de trabalho (LIMA;
NOGUEIRA, 2022).
Apesar do panorama adverso, os policiais militares se trata de uma classe pouco
analisada, com estudos científicos ainda insipientes (DA CUNHA; DICK; PIRES; DO
NASCIMENTO PINTO, 2019).
O trabalho policial é a terceira função mais frequentemente citada com sintomas
físicos, preferencialmente no aspecto ortopédico, além de psiquiátricos, devido seu recorrente
contato com os fatores causadores do estresse, produtores de cansaço físico e emocional.
Logo, os aspectos extremos são criadores de estresse nos policiais (CASTRO; ROCHA;
CRUZ, 2019).
O risco de adoecimento do policial pode ser conhecido como tempo dependente, ou
seja, quanto mais passar o tempo, mais geram danos na saúde e perda da habilidade para o
serviço, desencadeando grandes índices de absenteísmo e afastamento (ANDRADE;
GUIMARÃES, 2017).
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2.3 Metodologia
2.4 Resultados
Essa sessão traz os principais achados dos artigos que foram selecionados para servir
como base para a construção do estudo em questão.
Tendo como base os artigos acima se trouxe alguns dados que são de fundamental
importância para a discussão dos dados.
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Em uma pesquisa de Costa et al. (2007), feito com 264 policiais militares da cidade de
Natal, os dados mostram que sintomas de estresse eram presentes em menos da metade
(47,4%) dos profissionais participantes do estudo e a maior parte desses (39,8%), estavam na
fase de resistência, isto é, uma etapa inicial que com a manipulação correta das tensões se
consegue cessar os sintomas. Ainda que seja um número abaixo ao de profissionais não
atingidos por sintomas de estresse, os pesquisadores levaram em conta este ainda era um
índice que trazia preocupação. No entanto, mesmo sendo preocupante, os autores
identificaram que os índices encontrados são parecidos aos índices de estresse da população
adulta brasileira.
O índice de desligamentos totais ou parciais do trabalho pelos policiais militares
vítimas de TEPT equivale a (6%) dos atendimentos em relação aos outros transtornos mentais
que foram: depressão (36%), problemas de adaptação no serviço (35%), ansiedade (7%),
dependência química (6%), transtorno bipolar (6%) e síndrome do pânico (4%) (CUNHA et
al., 2019).
O predomínio de suspeita de TEPT em policiais militares do Ceará foi superior a 98%,
uma vez que o aparecimento de dois ou mais parâmetros do DSM-V (exposição a fato ou
ameaça de morte e mudanças negativas em cognições e no humor vinculados ao
acontecimento traumático iniciando após a ocorrência deste) foi superior a 95,0%. Com base
nisto, este estudo identificou a grave situação de exposição ao risco imediato de morte na
PMCE e o efeito disto em sua saúde mental. A exposição a acontecimento concreto, lesão
grave ou violência no Ceará se mostrou mais evidente que em outros estados do Brasil
(SENA, 2022).
As pesquisas mostram que os policiais apresentavam hesitação em exibir sintomas
emocionais ou psiquiátricos, em especial quando o profissional de saúde fazia parte da
corporação (CASTRO; CRUZ, 2015).
Esse comportamento pode vir do medo da perda da confidencialidade e apresentar
fraqueza em torno da corporação e de seus colegas. Como uma forma de trabalhar com o
estresse que a rotina pede, muitos policiais ocupam um lugar de afastamento das situações
passadas e endurecimento (SOUSA et al. 2022).
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2.5.1 Objetivo
Ela tem como finalidade propor acessibilidade aos cuidados psicológicos aos homens
e mulheres das Forças de Segurança do Ceará.
2.5.2 Público
2.5.3 Funcionamento
A ABIPS trabalha cinco dias da semana das oito da manhã às cinco horas da tarde,
com assistência psicológica e plantão psicológico, atendimento social e psiquiátrico, além de
palestras, ações e trabalhos em grupo (SSPDS, 2022).
Figura 1 - ABIPS
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3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BORGES, A. A. Polícia e Saúde: entrevista com o Diretor Geral de Saúde da Polícia Militar
do Estado do Rio de Janeiro. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, p. 677-
679, 2013.
CASTRO, M.C.; ROCHA, R.; CRUZ, R. Saúde mental do policial brasileiro: tendências
teórico-metodológicas. Psicologia, Saúde & Doenças, v. 20, n. 2, p. 525- 541, 2019.
CEARÁ. Governo do Estado. Nova estratégia de segurança pública - NESP. 2019. Disponível
em: https://www.ceara.gov.br/seguranca/. Acesso em: 30 nov. 2021.
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HOGE, C.W, Combat duty in Iraq and Afghanistan, mental health problems and barriers to
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LIPP, M.E.N.; COSTA, K.R.S.N.; NUNES, V.O. Estresse, qualidade de vida e estressores
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17, n. 1, p. 46-53, 2017.
SENA, F.T.C. Prevalência e fatores associados ao risco para transtorno de estresse pós-
traumático em policiais militares do Ceará. Dissertação, Faculdade de Medicina da
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SUMARIVA, P.H.G. Direito Penal - Parte geral: Parte Geral: Questões Comentadas e
Quadros Sinóticos. Edição Português, 2017.
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