Você está na página 1de 162

27-05-2013

Conceitos de Segurança do Trabalho

Elisabete Brito

Campanha europeia de segurança e saúde no trabalho 2012/13


"Juntos na prevenção dos riscos profissionais"

1
27-05-2013

Campanha Europeia de Segurança e Saúde no Trabalho 2012/13


"Juntos na prevenção dos riscos profissionais"

• Contagem decrescente para a nova campanha da Agência Europeia


para a Segurança e Saúde no Trabalho

• A próxima campanha europeia de segurança e saúde no trabalho


2012/13 "Juntos na prevenção dos riscos profissionais" será
lançada a nível europeu no próximo dia 15 de Abril em Bruxelas. Em
Portugal esta data será assinalada com abertura de uma exposição de
fotografia e uma sessão pública em Braga, associadas à Capital
Europeia da Juventude.
Esta campanha sobre segurança e saúde no local de trabalho terá como
temas a liderança da gestão de SST e a participação dos trabalhadores.
• Para mais informação consulte os sites:
www.healthy-workplaces.eu
www.act.gov.pt
• Fonte: Ponto Focal Nacional

Domínios da Segurança

2
27-05-2013

PRINCÍPIOS E DOMÍNIOS DA
SEGURANÇA DO TRABALHO

A Segurança visa a luta contra os


acidentes de trabalho, quer eliminando as
condições inseguras e/ou atos inseguros
de trabalho, quer sensibilizando os
trabalhadores à utilização de medidas
preventivas.

PRINCÍPIOS E DOMÍNIOS DA
SEGURANÇA DO TRABALHO
São as condições inseguras e/ou atos
inseguros do trabalho, capazes de
afetar a saúde, a segurança e o bem-
estar do trabalhador.

“ A dúvida é o começo da sabedoria.”


Segus

3
27-05-2013

Segurança do trabalho

Conjunto de metodologias adequadas à prevenção de


acidentes de trabalho, tendo como principal campo de
ação o reconhecimento e o controlo dos riscos
associados aos componentes materiais do trabalho.

Fonte: Autoridade para as Condições do Trabalho

Segurança no trabalho
• A segurança do trabalho propõe-
se combater, dum ponto de vista
não médico, os acidentes de
trabalho, quer eliminando as
condições inseguras do ambiente,
quer educando os trabalhadores
a utilizarem medidas preventivas.

– Segurança: Estudo, avaliação


e controlo dos riscos de
operação

4
27-05-2013

Higiene do trabalho
• Propõe-se combater, dum ponto
de vista não médico, as doenças
profissionais, identificando os
factores que podem afectar o
ambiente do trabalho e o
trabalhador, visando eliminar ou
reduzir os riscos profissionais
(condições inseguras de trabalho
que podem afectar a saúde,
segurança e bem estar do
trabalhador).

Saúde

• Segundo a O.M.S.- Organização


Mundial de Saúde, "é um estado de
bem-estar físico, mental e social e
não somente a ausência de doença e
enfermidade (privação dum sentido
ou do exercício duma função
orgânica: por exemplo, a cegueira)".

5
27-05-2013

Saúde - continuação
• O que mais o surpreende na
humanidade? Perguntaram a Dalai
Lama:
• "Os homens... porque perdem a
saúde para juntar dinheiro, depois
perdem dinheiro para recuperar a
saúde. E por pensarem ansiosamente
no futuro, esquecem o presente de
tal forma, que acabam por nem viver
o presente nem o futuro. E vivem
como se nunca fossem morrer... e
morrem como se nunca tivessem
vivido.”

Trabalho
• O trabalho, sendo um vector
fundamental para o desenvolvimento
das sociedades, não deve influenciar
negativamente a qualidade de vida
dos indivíduos.
• Cerca de um terço da vida do homem
é passada no exercício de uma
actividade profissional, por isso as
condições do seu exercício têm
reflexos importantes.

6
27-05-2013

Segurança e higiene do trabalho


• Encarrega-se de detectar os riscos existentes
ou possíveis em qualquer tipo de actividade e
propor medidas preventivas ou correctivas
com o objectivo de eliminá-los ou minimizá-
los.

Prevenção
• Acção de evitar ou diminuir os riscos
profissionais através de um conjunto de
disposições ou medidas que devam ser
tomadas no licenciamento e em todas as fases
de actividade da empresa, do estabelecimento
ou do serviço.

• Mais vale prevenir do que remediar


“Um Homem inteligente resolve os seus problemas, um
Homem sábio evita que eles aconteçam”
Einstein

7
27-05-2013

Medidas de prevenção
Protecção individual do trabalhador

Protecção contra as fontes de risco


Prevenção na fase de projecto

Eliminação das fontes de risco

• As medidas de prevenção/redução/eliminação dos riscos poderão


ser tomadas nas diferentes fases de um empreendimento:
• Prevenção na fase de projecto: Prevê-se a ocorrência de
determinados riscos na fase de laboração e tomam-se medidas
adequadas à sua prevenção. Exs.: numa zona de grande humidade
construir-se um bom sistema da drenagem e colocação de piso anti-
derrapante. Prever a instalação de um equipamento mais
seguro/tecnologia mais limpa.
• Eliminação das fontes de risco: Ex.: Substituição de um solvente
perigoso por outro inócuo.
• Protecção contra as fontes de risco: protecção colectiva contra um
determinado risco. Ex.: sistemas de despoeiramento, protecções
das partes móveis das máquinas, colocação de silenciadores em
escapes.
• Protecção individual do trabalhador: utilização de equipamentos de
protecção individual (EPI’s) adequados aos riscos. Ex.: luvas anti-
corte, capacete, óculos de protecção, etc.

27-05-2013 Fátima Martins 16

8
27-05-2013

Acidente de trabalho
• Acontecimento não esperado no local e no
tempo de trabalho de que provoca uma lesão
corporal ou perturbação funcional e resulta
em redução da capacidade de trabalho,
redução da capacidade de ganho ou morte.

Doença profissional
• Doenças contraídas em consequência da
prestação de trabalho e causadas por agentes
identificados na lista de doenças profissionais
(Decreto Regulamentar n.º 6/2001 alterado
pelo Decreto Regulamentar 76/2007, de 17 de
Julho).

9
27-05-2013

Perigo
• O perigo relaciona-se com a propriedade ou
capacidade intrínseca de um componente do
trabalho potencialmente causador de danos
(por exemplo numa faca o perigo é a lâmina);

Risco
• Deve entender-se como uma combinação de
probabilidade da ocorrência de um fenómeno
perigoso com a gravidade das lesões ou danos
para a saúde que tal fenómeno pode causar
(Por exemplo numa faca o risco é o contacto
com a lâmina).

10
27-05-2013

Risco
• O risco pressupõe a interacção
pessoa/componente do trabalho e daí, definir-
se como a possibilidade de que um
trabalhador sofra um dano provocado pelo
trabalho.

Avaliação do risco
• Processo global de estimativa da grandeza do
risco e de decisão sobre a sua aceitabilidade.

11
27-05-2013

Risco aceitável
• Risco que foi reduzido a um nível que possa
ser aceite pela organização, tomando em
atenção as suas obrigações legais e a sua
própria política de SHST.

Não conformidade
• Qualquer desvio das normas de trabalho, das
práticas, dos procedimentos, dos
regulamentos, do desempenho do sistema de
gestão, etc, que poderia directa ou
indirectamente conduzir a lesões ou doença, a
danos para a propriedade, a danos para o
ambiente do local de trabalho, ou a uma
combinação destes.

12
27-05-2013

Incidente
• Acontecimento que tem potencial de conduzir
a um acidente.
• Um incidente em que não ocorram nenhuns
danos para a saúde, ferimentos, danos
materiais, ou qualquer outra perda também
se pode designar com um “quase acidente”. O
termo incidente inclui os quase acidentes.

Condição Perigosa Vs Ato Inseguro


• As causas dos acidentes podem ser várias,
mas podem também ser resumidas a dois
grupos: actuação em condições perigosas
(causas técnicas, disfuncionamentos ou falhas)
ou existência de um acto inseguro (causas
humanas, erros).

13
27-05-2013

CAUSAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS

NEGLIGÊNCIA INCONSCIÊNCIA

IGNORÂNCIA

27

CONCEITOS
• Efeito Dominó

14
27-05-2013

ATO INSEGURO
• Acto Inseguro é uma atitude do trabalhador,
que pode ser consciente e provocada ou
inconsciente, normalmente impensada,
descuidada e/ou negligente.

Quais os motivos?
• Muitas vezes deve-se também ao facto de o
trabalhador se ver confrontado com uma de duas
situações:
a) tem pouca experiência e desconhece os perigos que
corre e resultam da sua atitude;
b) ou tem muita experiência e adopta uma atitude de
excesso de confiança, onde sobrevaloriza os seus
conhecimentos e a sua capacidade e pensa
normalmente “só acontece aos outros”, descuidando
todas as medidas de prevenção e protecção.

15
27-05-2013

CONDIÇÃO PERIGOSA
• Condição Perigosa são todas as
circunstâncias envolventes com que o
trabalhador se vê confrontado enquanto
exerce o seu trabalho e que na maioria das
vezes não dependem dele.

Reflexão…
• Nestas situações, o trabalhador tende a
“remediar” a situação e a executar mesmo
assim a sua actividade profissional,
sujeitando-se aos mais variados perigos,
conduzindo depois e também ao Acto
Inseguro e por fim ao acidente.

16
27-05-2013

Caso prático
• Trabalho de grupo:

– Escolha de uma empresa:

• Deverá possuir 50 colaboradores no mínimo;


• Deverá estar a laborar há mais de 3 anos;
• Neste período deverão existir registos de vários acidentes de trabalho;
• Não deverá possuir serviços organizados de SHST;

Caso prático - continuação


• 1- Caracterize a empresa:
– Descrição da empresa e respectivo sector no qual de
enquadra;
– Aspectos organizacionais;
– Sinistralidade laboral nos últimos 3 anos – separação
por anos ;
– Horas efectivamente trabalhadas nos últimos 3 anos
– separação por anos.
• 2- Identifique os principais perigos e os riscos
associados.

17
27-05-2013

Princípios Gerais da Prevenção


G • Eliminar os perigos
e • Avaliar os riscos não evitados Avaliação de riscos
s
t • Combater os riscos na origem
ã • Adaptar o trabalho ao homem
o • Atender ao estado de evolução da técnica Controlo de riscos
d • Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso
e • Integrar a Prevenção num todo coerente
• Prioridade da proteção coletiva face à individual
r
i
Formação e informação
s •
c Comunicação
o de riscos
s

Eliminar os perigos
• Eliminação dos perigos inerentes a qualquer
produto ou componente do trabalho

• Fase de projecto

• Automatização de determinada tarefa

• Mudança de uma matéria-prima perigosa

18
27-05-2013

Avaliar os riscos
• Perigos que não podem ser eliminados transformam-se em riscos para os
trabalhadores
• Identificação de perigos e avaliação de riscos
• Base da actividade preventiva nas empresas
• Determinar as acções a desenvolver para o controlo dos riscos
• Valorizar riscos
• Dividir a empresa em secções e estas em postos de trabalho
– Identificar cada posto de trabalho e as pessoas
que o ocupam
– Determinar os riscos de cada posto de trabalho
• Implementação de medidas

Combater os riscos na origem


• Aplica-se ao controlo de riscos

• Eficácia da prevenção associada à sua


aplicação na fonte do risco

• Controlar o risco na origem evita a sua


propagação e a interacção com outros riscos

• Aspiração localizada

19
27-05-2013

Adaptar o trabalho ao homem


• Humanização do trabalho, com respeito pelas
capacidades e características do ser humano
• Melhoria das condições físicas de trabalho
(ergonomia)
– Ferramentas
– Equipamentos
– Métodos e processos de trabalho

39

Atender ao estado de evolução da


técnica
• Evolução da tecnologia associada aos
processos de fabrico
• Evolução técnica da prevenção
• Novos riscos
• Oportunidades de melhoria inerentes à
inovação técnica e tecnológica

20
27-05-2013

Substituir o que é perigoso pelo que é


isento de perigo ou menos perigoso
• Evitar as situações de risco mesmo que
controlado

• Substituição de equipamentos, ferramentas


ou matérias-primas por outras menos
perigosas

Integrar a Prevenção num todo


coerente
• Intervenções na área de higiene e segurança
do trabalho não se devem limitar a medidas
técnicas desenquadradas

• Actuar ao nível humano, organizacional

• Gerir a segurança e saúde ao nível da


empresa, planeando, agindo e medindo o
desempenho

21
27-05-2013

Prioridade da protecção colectiva face


à individual
• Quando as medidas de eliminação de risco
não forem viáveis

• Protecção individual deve ser último


recurso ou de protecção complementar

Formação, informação e participação

• Complementares às demais medidas de prevenção

• Informação
– Sistema permanente de alimentação e circulação de
conhecimento sob diversas formas
• Formação
– Processo estruturado de transmissão de conhecimento
– Criar competências, ajustar atitudes e
comportamentos adequados

22
27-05-2013

Caso prático
• De acordo a identificação de perigos e riscos
associados, proponha medidas de controlo do
risco com base nos princípios gerais da
prevenção.

Responsabilidade na organização das


actividades SHST
• A organização da segurança, higiene e saúde
no trabalho visa a prevenção dos riscos
profissionais e a promoção da saúde dos
trabalhadores.

• A entidade empregadora deve organizar as


actividades de segurança, higiene e saúde no
trabalho de forma a abranger todos os
trabalhadores que nela prestam serviço.

23
27-05-2013

Modalidades de organização dos


serviços
• Serviços internos – são criados pela própria
empresa e abrangem exclusivamente os
trabalhadores que nela prestam serviço.

– os meios e recursos técnicos e humanos


necessários ao seu funcionamento são da própria
empresa.

Obrigatoriedade de serviços internos


• Os estabelecimentos ou empresas com pelo
menos 30 trabalhadores expostos e que
exerçam atividades de risco elevado devem
organizar serviços internos.

24
27-05-2013

Actividades de risco elevado


• Trabalhos em obras de construção, escavação,
movimentação de terras, de túneis, com riscos de
quedas de altura ou de soterramento, demolições
e intervenção em ferrovias e rodovias sem
interrupção de tráfego;
• Actividades de indústrias extractivas;
• Trabalho hiperbárico;
• Actividades que envolvam a utilização ou
armazenagem de quantidades significativas de
produtos químicos perigosos susceptíveis de
provocar acidentes graves;

Actividades de risco elevado


• O fabrico, transporte e utilização de explosivos e
pirotecnia;
• Actividades de indústria siderúrgica e construção
naval;
• Actividades que envolvam contacto com
correntes eléctricas de média e alta tensão;
• Produção e transporte de gases comprimidos,
liquefeitos ou dissolvidos, ou a utilização
significativa dos mesmos;
• Actividades que impliquem a exposição a
radiações ionizantes;

25
27-05-2013

Actividades de risco elevado


• Actividades que impliquem a exposição a
agentes cancerígenos ou tóxicos para a
reprodução;

• Trabalhos que envolvam risco de silicose.

Obrigatoriedade de serviços internos


• As empresas com, pelo menos, 400
trabalhadores no mesmo estabelecimento ou
no conjunto dos estabelecimentos situados
num raio de 50 km a partir do de maior
dimensão devem organizar serviços internos,
qualquer que seja a actividade desenvolvida.

26
27-05-2013

Dispensa de serviços internos


• Estas empresas podem pedir dispensa de serviços
internos a ACT, desde que:

– Apresente taxas de incidência e de gravidade de


acidentes de trabalho, nos dois últimos anos, não
superiores à média do respectivo sector;
– Não tenha sido punido por infracções muito graves
respeitantes à violação de legislação de segurança,
higiene e saúde no trabalho, nos dois últimos anos;
– Se verifique, através de vistoria, que respeita os
valores limite de exposição a substâncias ou factores
de risco.

Serviço comum
• O serviço comum é instituído por acordo entre
várias empresas ou estabelecimentos
pertencentes a sociedades que não se encontrem
em relação de grupo contemplando
exclusivamente os trabalhadores por cuja
segurança e saúde aqueles são responsáveis.
• O acordo que institua o serviço comum deve ser
celebrado por escrito e carece de autorização por
parte da ACT.

27
27-05-2013

Serviços externos
• Serviços externos: são prestados por uma
entidade externa que assegura os meios
técnicos e humanos necessários às actividades
de SHST na empresa.

Serviços externos
• Os serviços externos carecem de autorização por
parte da ACT (no caso de prestação de serviços
de higiene e segurança no trabalho) e da direcção
geral de saúde (no caso da saúde no trabalho).

• Prestar serviços de SHST sem autorização


constitui contra ordenação muito grave, a qual
deverá ser paga juntamente com a entidade que
contratou os respectivos serviços.

28
27-05-2013

Requisitos de autorização (Art.º 85 da


Lei 102/2009)
• Técnico superior de hst e técnico de hst;
• Instalações adequadas;
• Equipamentos e utensílios de avaliação das
condições de segurança e saúde no trabalho;
• Qualidade técnica dos procedimentos para
avaliação de riscos.

Contrato para os serviços externos


• Sempre que a modalidade de organização
adoptada seja a de serviços externos, o
contrato celebrado entre a entidade
empregadora e a entidade que assegura a
prestação de serviços deve constar de
documento escrito.

29
27-05-2013

Aspectos que devem constar no


contrato
• Identificação completa da entidade prestadora do serviço;
• O local ou locais da prestação de serviços;
• Data de início da actividade;
• Termo da actividade, quando tenha sido fixado;
• Identificação do técnico responsável pelo serviço e, se for pessoa
diferente, do médico do trabalho;
• Número de trabalhadores potencialmente abrangidos;
• Número de horas mensais de afectação de pessoal à empresa;
• Actos excluídos do âmbito do contrato.

Actividades exercidas pelo


empregador ou trabalhador designado
• No estabelecimento ou conjunto dos
estabelecimentos situados num raio de 50 km a
partir do de maior dimensão, que empregue até
9 trabalhadores e cuja actividade não seja de
risco elevado, as acções de segurança e higiene
no trabalho podem ser exercidas directamente
pelo próprio empregador ou por trabalhador por
ele designado, desde que tenha preparação
adequada e permaneça habitualmente nos
estabelecimentos.
– Para isso tem que se pedir autorização à ACT.

30
27-05-2013

Notificação à ACT
• O empregador notificará a ACT da modalidade
adoptada nos 30 dias seguintes ao início de
laboração, através do preenchimento do modelo
1360 (Portaria n.º 1179/95 – foi revogada
aquando da entrada em vigor do art.º 113 da Lei
102/2009) da INCM.

• O empregador notificará a ACT de qualquer


mudança da modalidade adotada, no prazo de 30
dias

Actividades técnicas de higiene e


segurança no trabalho
• Técnicos superiores habilitados com curso
superior e formação específica nele integrada ou
complementar, legalmente reconhecida;
– O profissional que organiza, desenvolve, coordena e
controla as actividades de prevenção e de protecção
contra riscos profissionais;
• Técnicos com, no mínimo, uma qualificação
técnico-profissional de nível 3, equivalente ao
12.º ano, específica para a área de segurança e
higiene no trabalho.
– O profissional que desenvolve actividades de
prevenção e de protecção contra riscos profissionais.

31
27-05-2013

Garantia mínima de funcionamento


• A afectação dos técnicos às actividades de
segurança e higiene no trabalho, por empresa,
é estabelecida nos seguintes termos:
• a) Em estabelecimento industrial — até 50
trabalhadores, 1 técnico, e, acima de 50, 2
técnicos, por cada 1500 trabalhadores
abrangidos ou fracção, sendo, pelo menos, um
deles técnico superior;

Garantia mínima de funcionamento


• b) Nos restantes estabelecimentos — até 50
trabalhadores, 1 técnico, e, acima de 50
trabalhadores 2 técnicos, por cada 3000
trabalhadores abrangidos ou fracção, sendo,
pelo menos, um deles técnico superior.

32
27-05-2013

Actividades dos serviços de SHST (Art.º


98 da Lei 102/2009)
• Elaborar o Plano de Prevenção
• Identificar e avaliar riscos
• Elaborar Programa de Prevenção de Riscos
Profissionais
• Elaborar o Plano de Formação em SHST
• Elaborar o Plano de Informação de SHST

Actividades dos serviços de SHST (Art.º


98 da Lei 102/2009)
• Elaborar o Plano de Monitorizações
• Fornecer informação técnica na fase de
projecto e execução
• Organização de emergência
• Análise de sinistralidade e absentismo
• Exames médicos
• Fichas clínicas
• Ficha de aptidão

33
27-05-2013

Relatório de actividades (Portaria n.º


55/2010)
• O empregador deve elaborar, para cada um
dos estabelecimentos, um relatório anual da
actividade dos serviços de SHST.

• O relatório deve ser apresentado no período


compreendido entre 16 de Março e 15 de
Abril do ano seguinte aquele a que respeita.

Relatório Único
Portaria nº 55/2010 de 21 de Janeiro
• O Relatório Único (substitui o Relatório Anual de SHST,
Portaria n.º 288/2009, de 20 de Março) (modelo 1940) deve
ser entregue por via informática entre16 de Março e 15 de
Abril, à exceção do Anexo C (formação contínua) que só
deverá ser entregue a partir de em 2011, com referência ao
ano anterior.

• Relatório único (com indicação de variados dados sobre a


entidade empregadora e a respetiva atividade)

34
27-05-2013

Relatório Único
ANEXOS

• Anexo A – Quadro de pessoal / reportado ao mês de


Outubro;
• Anexo B – Fluxo de entrada ou saída de trabalhadores;
• Anexo C – Relatório anual da formação contínua;
• Anexo D – Relatório Anual da atividade do serviço de
segurança e saúde no trabalho;
• Anexo E – Greves;
• Anexo F – Informação sobre prestadores de serviço

Entrega do relatório único

• https://www.relatoriounico.pt/ru/login.seam

35
27-05-2013

Vigilância da saúde
• A responsabilidade técnica da vigilância da
saúde cabe ao médico do trabalho.

Médico do trabalho
• Considera-se médico do trabalho o licenciado
em Medicina com especialidade de medicina
do trabalho reconhecida pela Ordem dos
Médicos.

36
27-05-2013

Médico do trabalho (continuação)


• No caso de insuficiência comprovada de
médicos do trabalho qualificados, a Direcção-
Geral da Saúde pode autorizar outros
licenciados em medicina a exercer as
respectivas funções, os quais, no prazo de três
anos a contar da respectiva autorização,
devem apresentar prova da obtenção de
especialidade em medicina do trabalho, sob
pena de lhes ser vedada a continuação do
exercício das referidas funções.

Enfermeiro do trabalho
• Nas empresas com mais de 250 trabalhadores,
o médico do trabalho deve ser coadjuvado por
um enfermeiro com experiência adequada.

37
27-05-2013

Promoção e vigilância da saúde


• As actividades de promoção e vigilância da saúde
podem ser asseguradas através das instituições e
serviços integrados no Serviço Nacional de Saúde
nos seguintes casos:
– Trabalhador independente;
– Trabalhador agrícola sazonal e a termo;
– Aprendiz ao serviço de artesão;
– Trabalhador do serviço doméstico;
– Trabalhadores de estabelecimentos que empreguem
até 9 trabalhadores e que não exerçam actividades de
risco elevado.

Exames de saúde
• O empregador deve promover a realização de
exames de saúde, tendo em vista verificar a
aptidão física e psíquica do trabalhador para o
exercício da actividade, bem como a
repercussão desta e das condições em que é
prestada na saúde do mesmo.

38
27-05-2013

Exames de saúde
• Exames de admissão, antes do início da
prestação de trabalho ou, se a urgência da
admissão o justificar, nos 15 dias seguintes;

Exames de saúde
• Exames periódicos, anuais para os menores e
para os trabalhadores com idade superior a 50
anos, e de dois em dois anos para os restantes
trabalhadores;

39
27-05-2013

Exames de saúde
• Exames ocasionais, sempre que haja
alterações substanciais nos componentes
materiais de trabalho que possam ter
repercussão nociva na saúde do trabalhador,
bem como no caso de regresso ao trabalho
depois de uma ausência superior a 30 dias por
motivo de doença ou acidente.

Ficha de aptidão
• Face ao resultado do exame de admissão,
periódico ou ocasional, o médico do trabalho
deve preencher uma ficha de aptidão (Portaria
n.º 299/2007, de 16 de Março) e remeter uma
cópia ao responsável dos recursos humanos da
empresa.

• Se o resultado do exame de saúde revelar a


inaptidão do trabalhador, o médico do trabalho
deve indicar, sendo caso disso, outras funções
que aquele possa desempenhar.

40
27-05-2013

Ficha de aptidão
• A ficha de aptidão não pode conter elementos que
envolvam segredo profissional.
• Sempre que a repercussão do trabalho e das condições
em que o mesmo é prestado se revelar nociva para a
saúde do trabalhador, o médico do trabalho deve,
ainda, comunicar tal facto ao responsável pelos
serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho e,
bem assim, se o estado de saúde o justificar, solicitar o
seu acompanhamento pelo médico assistente do
centro de saúde, ou outro médico indicado pelo
trabalhador.

Ficha clínica
• As observações clínicas relativas aos exames
de saúde são anotadas na ficha clínica do
trabalhador.
• A ficha clínica está sujeita ao segredo
profissional, só podendo ser facultada às
autoridades de saúde e aos médicos da ACT.

41
27-05-2013

Ficha clínica - continuação


• O médico responsável pela vigilância da saúde
deve entregar ao trabalhador que deixar de
prestar serviço na empresa cópia da ficha clínica.

• Em caso de cessação da actividade, as fichas


clínicas devem ser enviadas para o serviço com
competências para o reconhecimento das
doenças profissionais na área da segurança
social.

Garantia mínima de funcionamento


• O médico do trabalho deve conhecer os componentes
materiais do trabalho com influência sobre a saúde dos
trabalhadores desenvolvendo para este efeito a
actividade no estabelecimento, nos seguintes termos:
– a) Em estabelecimento industrial ou estabelecimento de
outra natureza com risco elevado, pelo menos uma hora
por mês por cada grupo de 10 trabalhadores ou fracção;

– b) Nos restantes estabelecimentos, pelo menos uma hora


por mês por cada grupo de 20 trabalhadores ou fracção.

42
27-05-2013

Garantia mínima de funcionamento


• Ao médico do trabalho é proibido assegurar a
vigilância da saúde de um número de
trabalhadores a que correspondam mais de
cento e cinquenta horas de actividade por
mês.

Comunicações
• É obrigatório comunicar à ACT os acidentes
mortais, bem como aqueles que evidenciem uma
situação particularmente grave, nas vinte e
quatro horas a seguir à ocorrência.
• A comunicação deve conter:

– identificação do trabalhador acidentado e a descrição


dos factos, devendo ser acompanhado de informação
e respectivos registos sobre os tempos de trabalho
prestado pelo trabalhador nos 30 dias que
antecederam o acidente.

43
27-05-2013

Acidente de trabalho
• É acidente de trabalho o sinistro, entendido
como acontecimento súbito e imprevisto,
sofrido pelo trabalhador que se verifique no
local e no tempo de trabalho.

44
27-05-2013

Acidente de trabalho (continuação)


• Considera-se também acidente de trabalho o
ocorrido:

– a) No trajecto de ida para o local de trabalho ou


de regresso deste;
– b) Na execução de serviços espontaneamente
prestados e de que possa resultar proveito
económico para a entidade empregadora;
– c) No local de trabalho, quando no exercício do
direito de reunião ou de actividade de
representante dos trabalhadores;

Acidente de trabalho (continuação)


• d) No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação
profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista autorização
expressa da entidade empregadora para tal frequência;

• e) Em actividade de procura de emprego durante o crédito de horas para


tal concedido por lei aos trabalhadores com processo de cessação de
contrato de trabalho em curso;

• f) Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução


de serviços determinados pela entidade empregadora ou por esta
consentidos.

45
27-05-2013

Reparação
• a) Em espécie: prestações de natureza médica, cirúrgica, farmacêutica,
hospitalar e quaisquer outras, seja qual for a sua forma, desde que
necessárias e adequadas ao restabelecimento do estado de saúde e da
capacidade de trabalho ou de ganho do sinistrado e à sua recuperação
para a vida activa;
• b) Em dinheiro: indemnização por incapacidade temporária absoluta ou
parcial para o trabalho; indemnização em capital ou pensão vitalícia
correspondente à redução na capacidade de trabalho ou de ganho, em
caso de incapacidade permanente; pensões aos familiares do sinistrado;
subsídio por situações de elevada incapacidade permanente; subsídio
para readaptação de habitação, e subsídio por morte e despesas de
funeral.

Prestações por Incapacidade


Absoluta
a) Para todo e qualquer trabalho: pensão anual e
vitalícia de 80% até à totalidade da retribuição e
subsídio por situações de elevada incapacidade
permanente.
b) Para o trabalho habitual: pensão anual vitalícia
compreendida entre 50 e 70% da retribuição.
Parcial
Permanente a) Igual ou superior a 30%: pensão anual e vitalícia
de 70% da redução sofrida na capacidade geral de
Incapacidade ganho e subsídio por situações de elevada
incapacidade permanente, em caso de IPP igual ou
superior a 70%.
b) Inferior a 30%: pensão anual e vitalícia
correspondente a 70% da redução sofrida na
capacidade geral de ganho.
Absoluta
Indemnização diária igual a 70% da retribuição.
Temporária
Parcial
Indemnização diária igual a 70% da redução sofrida
na capacidade geral de ganho (máximo 18 meses)

46
27-05-2013

Descaracterização do acidente (sem


direito a reparação)
• a) Que for dolosamente (intencional e
deliberadamente) provocado pelo sinistrado
ou provier de seu acto ou omissão, que
importe violação, sem causa justificativa, das
condições de segurança estabelecidas pela
entidade empregadora ou previstas na lei;

• b) Que provier exclusivamente de negligência


grosseira do sinistrado;

Descaracterização do acidente
(continuação)
• c) Que resultar da privação permanente ou
acidental do uso da razão do sinistrado, nos
termos da lei civil, salvo se tal privação derivar da
própria prestação do trabalho, for independente
da vontade do sinistrado ou se a entidade
empregadora ou o seu representante,
conhecendo o estado do sinistrado, consentir na
prestação;
– Exemplo: acidente provocado por embriaguez.

• d) Que provier de caso de força maior.

47
27-05-2013

Obrigatoriedade do seguro de
acidentes de trabalho
• As entidades empregadoras são obrigadas a
transferir a responsabilidade pela reparação
dos acidentes de trabalho para entidades
legalmente autorizadas a realizar este seguro.

CUSTOS DE ACIDENTES
• Prémio do seguro
– salários pagos
– assistência médica e medicamentos
– Indemnizações

Aumento prémio do seguro • Socorro das vítimas


• Quebra produtividade
• Custos administrativos
Reintegração do acidentado • Reparação de equipamentos e colocação de
protecções adequadas
• Perda de competitividade
– atraso de encomendas
Sofrimento da família – redução de capacidade de resposta
Sofrimento do acidentado • Aquisição produtos a outras empresas
• Degradação da imagem da empresa
• Despesas com substitutos ou trabalho extra
Peritagem, advogados

48
27-05-2013

Custos dos acidentes


Custo Indirecto = (5 a 8) x Custo Directo

Custo Total = Custo Indirecto + Custo Directo =


= (6 a 9) x Custo Directo

Participação do acidente por parte da


entidade empregadora
• Participar os acidentes à companhia de
seguros, nos termos estabelecidos na apólice.

49
27-05-2013

Participação do acidente pelo


sinistrado
• Deve participar o acidente à entidade
empregadora ou ao seu representante nas 24
horas seguintes à ocorrência verbalmente ou
por escrito.

• Em caso de impedimento comprovado, o


prazo será contado a partir da data de
cessação do impedimento.

Principais índices estatísticos

• De Frequência

• De Gravidade

• De Incidência

• Duração média das baixas

50
27-05-2013

Índices de sinistralidade – índice de


frequência
N.º de acidentes com baixa x 106
Índice de frequência =
N.º total de horas trabalhadas

• quantidade de acidentes ocorridos na empresa,


independentemente da sua gravidade;
• exclui acidentes “in-itenere”;
• São incluídas horas reais de exposição ao risco, sendo
excluídas as férias;

Índices de sinistralidade – índice de


frequência
• Um operário, em termos gerais trabalha cerca
de 2000 horas por ano. Um milhão de
horas/homem representa o trabalho de um
ano para cerca de 500 trabalhadores. Um
índice de 20,0 pode ser interpretado como 20
lesões incapacitantes no ano, por cada grupo
de 500 trabalhadores, o que também
representa uma lesão incapacitante por cada
grupo de 25 trabalhadores.

51
27-05-2013

Índice de frequência (continuação)


Pode avaliar-se o valor do índice de frequência pela seguinte tabela
(fonte OMS):

Muito
Bom Médio Mau
mau

< 20 20 - 40 40 - 60 > 60

Índices de sinistralidade - Índice de


gravidade

N.º de dias úteis perdidos x 103


Índice de gravidade =
N.º total de horas trabalhadas

• Gravidade dos acidentes ocorridos; indica-nos a proporção entre o número de


dias perdidos por mil horas de trabalho.
• Os casos de morte ou incapacidade permanente total, devem ser contados
como tendo causado uma perda de 7500 dias de trabalho.
• Também pode ser utilizado 10 elevado a 6.

52
27-05-2013

Índices de sinistralidade - Índice de


gravidade
• Para se avaliar o valor do índice de gravidade,
podemos atender aos intervalos apresentados
na tabela (fonte OMS) seguinte:

Muito
Bom Médio Mau
mau

< 0,5 0,5 - 1 1-2 >2

Índice de duração média das baixas

N.º de dias úteis perdidos


Duração média das baixas =
N.º de acidentes com baixa

• caracteriza o tipo de acidentes ocorridos


em termos de gravidade média.

53
27-05-2013

Índice de incidência

N.º de acidentes com baixa

Índice de incidência = X 103

N.º de trabalhadores

Este índice representa o número de acidentes com baixa, que em


média ocorrem numa população de 1000 trabalhadores.

Índice de avaliação da gravidade

Índice de gravidade

Índice de avaliação da gravidade = X 103

Índice de frequência

Com este índice pode-se estabelecer prioridades quanto às acções


de controlo através dos seus valores decrescentes, calculados para
cada departamento ou secção.

54
27-05-2013

Horas trabalhadas

Nº total de h-h trabalhadas = Te x Hd x Dt

• Te = Nº de trabalhadores expostos ao risco

• Hd = Horas trabalhadas por dia

• Dt = Dias de trabalho ou dias trabalhados

Custos e investimentos
Custos (milhares de escudos)
Nª de
Facturação
Subsector trabalhador Seguro SOSHST EPI EPC Formação Avaliações Outros Total
x 1000 Esc.
es

Estrutural 9889987 877 41047 13715 4212 8855 296 619 400 69144

Louça utilitária e decorativa 7494472 1579 25679 14437 2525 24788 3884 465 361 72139

Pavimento e revestimento 10728906 814 23204 32695 860 1680 1779 140 0 60358

TOTAL 28113365 3270 89930 60847 7597 35323 5959 1224 761 201641

Custos em SHST

1%

3%

18%

4% 44%

30%

Seguro SOSHST EPI EPC Formação Avaliações Outros

55
27-05-2013

OHSAS 18001 - 2007


• Como suporte dos conteúdos a abordar será
utilizada a OHSAS 18001 – 2007 (NP 4397 –
2008)

56
27-05-2013

Certificação do sistema de SST


• Certificação de sistemas de gestão da
segurança e saúde no trabalho é suportada
em referenciais normativos internacionais,
OHSAS 18001:2007, com correspondência a
nível nacional através da NP 4397:2008.

OHSAS 18001 - 2007


• O que significa a sigla OHSAS?

• O significado é Occupational Health and Safety


Assessment Specification, um referencial
auditável que lhe permite demonstrar a sua
capacidade de identificar, avaliar e controlar
riscos no local de trabalho.

57
27-05-2013

Objectivo
• A Implementação de um Sistema de Gestão de
SST tem por objectivo:

– Melhoria Contínua do desempenho da SST


– Prevenção dos riscos de SST
– Compromisso de cumprimento da legislação da
SST
– Capacidade de antecipação

Implementação de sistemas SST


• Compromisso da Gestão de Topo e constituição da
equipa de implementação do SGSST

• Levantamento inicial – Onde estamos? Diagnóstico


• Verificação da conformidade legal;
• Identificação, avaliação e controlo de riscos inicial;
• Análise das práticas existentes (compatibilidade com
outros Sistemas de Gestão);
• Histórico de Incidentes/ Acidentes.

58
27-05-2013

Política da SST
• A alta administração deve aprovar a política
de SST, a qual deve indicar claramente os
objectivos globais de gestão da SST e conter
os compromissos de melhoria do desempenho
e de cumprimento dos requisitos legais e
outros aplicáveis.

Caso prático
• Elaborar uma política de SST.

59
27-05-2013

Planeamento
• O planeamento é fundamental em matérias de
SST, visto que a improvisação é inimiga da
prevenção.
• Esta fase é composta por 4 requisitos:

– Planeamento para a identificação dos perigos,


avaliação e e controlo dos riscos;
– Requisitos legais e outros requisitos;
– Objectivos;
– Programa de gestão de SST.

Identificação de perigos, avaliação e


controlo dos riscos
• A organização deve identificar os perigos
associados a todas as actividades (rotina e
ocasionais), avaliá-los e classificá-los e planear o
modo como serão controlados.
• O risco é calculado através da seguinte fórmula:
– R= PxS

– R – Risco
– P – Probabilidade
– S – Severidade

60
27-05-2013

Caso prático
• Identificar perigos e riscos associados ao
sector em causa.

Requisitos legais e outros requisitos


• A organização deve estar ciente e
compreender como as suas actividades são ou
serão afectadas pelos requisitos legais e
outros aplicáveis, e deve comunicá-los ao
pessoal relevante.

61
27-05-2013

Caso prático
• Definir a principal legislação aplicável ao
sector.

Objectivos e programas de SST


• Devem-se estabelecer os objectivos do sistema
de gestão de SST.
• Devem ser mensuráveis e têm como suporte os
riscos, os requisitos legais e outros e a melhoria
contínua.
• Exemplos:
– Redução dos níveis de ruído
– Redução dos índices de frequência ou gravidade de
acidentes de trabalho
– Certificação de equipamentos

62
27-05-2013

Caso prático
• Estabelecer objectivos para a organização.

Programas SST
• O(s) programa(s) de gestão SST deve(m)
conter as acções e respectivos prazos a
implementar para atingir os objectivos. O(s)
programa(s) deve(m) identificar quem são os
responsáveis por implementar cada uma das
acções. A identificação dos recursos
necessários deve estar referida.

63
27-05-2013

Programas SST
• Deve contemplar no mínimo:

– Acções e respectivos prazos;


– Responsáveis pela sua implementação;
– Recursos atribuídos para a sua concretização.

• A sua execução deve ser monitorizada e


registada.

Caso prático
• Elaborar um programa de gestão de SST para a
Organização.

Acção n.º Actividades Responsável Início Fim Recursos

64
27-05-2013

Formação, sensibilização e
competência
• A organização deve assegurar de forma
documentada a competência dos
colaboradores para a correcta execução das
suas funções.
• Deve ser leccionada a todos os níveis
hierárquicos da organização.

Formação, sensibilização e
competência
• A organização deve encarar o processo de
formação nos seguintes aspectos:

– Os colaboradores devem possuir competências


necessárias para executar as tarefas que tenha
impacto sobre os riscos para SST;
– Os colaboradores devem compreender os sistema de
gestão da SST;
– Os colaboradores devem conhecer os riscos e
respectivas medidas de controlo.
– A formação deve ser avaliada na sua eficácia.

65
27-05-2013

Caso prático
• Efectuar um levantamento das necessidades
de formação específica na área de SST na
Organização.

Consulta e comunicação
• A organização deve incentivar o envolvimento
e a participação de todos os colaboradores, de
forma a motivá-los para a melhoria contínua
do sistema de gestão da SST. Por exemplo:

– No desenvolvimento de procedimentos e
instruções de trabalho;
– Na identificação de perigos, avaliação e controlo
dos riscos.

66
27-05-2013

Caso prático
• Definir formas de participação dos
colaboradores na Organização.

Documentação
• A organização deve documentar e manter
actualizada, toda a documentação necessária
para se assegurar que o seu Sistema de
Gestão SST seja adequadamente
compreendido e eficazmente implementado.
Seguidamente apresentam-se alguns
exemplos de documentação

67
27-05-2013

Exemplo de documentação
• Política da SST
• Manual da SST
• Procedimentos da SST
• Instruções da SST
• Registos
• Dossier de Requisitos Legais e outros

Caso prático
• Elaborar uma tabela resumo com a
documentação necessária para a sua empresa.

68
27-05-2013

Controlo operacional
• A organização deve estabelecer e manter
programas de acção para assegurar a
aplicação eficaz de medidas de controlo, onde
quer que estas sejam necessárias para
controlar os riscos operacionais, para cumprir
a política e os objectivos da SST e para
assegurar a conformidade com os requisitos
legais e outros requisitos.

Exemplos
• Instruções para subcontratados;
• Disponibilização no momento da compra de
documentação para a utilização segura de
máquinas e produtos químicos;
• Sistemas de autorização para trabalhos
perigosos;
• Condições de armazenamento e
manuseamento de produtos perigosos;
• Aquisição e fornecimento de EPI.

69
27-05-2013

Caso prático
• Elaborar uma instrução de trabalho com o
objectivo de controlar um determinado risco.

Prevenção e capacidade de resposta a


emergências
• A organização deve avaliar activamente as
necessidades de resposta a potenciais
acidentes e a situações de emergência,
planeá-las de modo a que sejam geridas de
uma forma eficiente, estabelecer e manter os
procedimentos e os processos para gerir tais
acontecimentos, testar as respostas planeadas
e procurar melhorar a eficiência dessas
respostas.

70
27-05-2013

Caso prático
• Organizar a emergência na empresa.

Verificações e acções correctivas


• Monitorização e medição do desempenho

• A organização deve identificar os parâmetros


fundamentais para monitorizar e medir o
desempenho do seu Sistema de Gestão da
SST.
• A monitorização poderá ser pró-activa ou
reactiva.

71
27-05-2013

Exemplos de monitorização pró-activa


• quantidade de pessoas treinadas em SST;
• eficácia da formação em SST;
• quantidade de sugestões do pessoal para
aperfeiçoamentos de SST;
• frequência das auditorias de SST;
• tempo necessário para implementar as
recomendações das auditorias de SST;
• frequência e eficácia das reuniões das comissões
de SST;

Exemplos de monitorização reactiva


• quantidade de actos inseguros;
• condições perigosas;
• quantidade dos “quase acidentes”;
• acidentes que só causam danos materiais;
• ocorrências perigosas informadas;
• acidentes envolvendo a ausência do trabalho por
mais de três dias;
• ausências por doença relacionada com o
trabalho.

72
27-05-2013

Acidentes, não conformidades e


acções preventivas e correctivas
• Procedimento para definir responsabilidades e
autoridade para:

– Analisar e investigar acidentes, incidentes e não


conformidades
– Executar acções destinadas a minimizar as
consequências de acidentes ou de não conformidades
– Definir o início e conclusão de acções correctivas e
preventivas
– Comprovar a eficácia das acções

Caso prático
• Elaborar um procedimento para investigar
acidentes de trabalho.

73
27-05-2013

Controlo dos registos


• Devem ser conservados os registos que
demonstrem que o Sistema de Gestão da SST
funciona de modo eficaz. Os registos da SST
devem ser legíveis e organizados, conservados
e adequadamente identificados.

Exemplos de registos
• Registos de Formação
• Relatórios de inspecção de SST
• Relatórios de Auditorias
• Registos de Acidentes
• Actas de reunião de SST
• Registos de distribuição de EPI’s
• Relatórios de simulacros
• Registos de Identificação, Avaliação e Controlo de
Riscos
• Registos Médicos (Confidencialidade)

74
27-05-2013

Caso prático
• Identificar registos no âmbito da SST que a
organização necessite.

Participação e motivação dos


trabalhadores

75
27-05-2013

151

Participação dos trabalhadores


• A participação dos trabalhadores nas
actividades de SHST é um factor determinante
para o êxito destas.
• O trabalhador deve ter consciência de que é
um recurso importante da empresa e como tal
deve ser preservado.
• Participar não é uma obrigação, mas sim um
direito.

76
27-05-2013

Participação dos trabalhadores


• Os responsáveis da empresa devem envidar os
seus esforços para conseguir a participação
dos trabalhadores
• A opinião dos trabalhadores é importante
porque cada trabalhador é um profundo
conhecedor do seu posto de trabalho e como
tal fornece informações importantes acerca
dos riscos existentes e das melhorias a
introduzir

Formas de participação
• Formais:
– Comissão de Higiene e Segurança;
– Representantes dos trabalhadores;
• Informais:
– acções de formação promovidas pela empresa;
– emitindo de opiniões, sempre que tal seja oportuno;
– respeitando as normas, princípios e recomendações sobre
a Higiene e Segurança estabelecidas na empresa;
– respeitando a sinalização de segurança existente na
empresa;
– utilizando correctamente os equipamentos de protecção
individual;
– colaborando em todas as iniciativas no âmbito da
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

77
27-05-2013

Princípios de ética e deontologia


profissional
• Enquadramento Legal:

– Decreto – Lei n.º 110/2000 de 30 de Junho -


Estabelece as condições de acesso e de exercício
das profissões de técnico superior e técnico de
segurança e higiene.

Princípios de ética e deontologia


profissional
• Considerar a segurança e
saúde dos trabalhadores
como factores
prioritários da sua
intervenção;
• Basear a sua actividade
em conhecimentos
científicos e competência
técnica e propor a
intervenção de peritos
especializados, quando
necessário;

78
27-05-2013

Princípios de ética e deontologia


profissional
• Adquirir e manter a
competência necessária
ao exercício das suas
funções;
• Executar as suas funções
com autonomia técnica,
colaborando com o
empregador no
cumprimento das suas
obrigações;

Princípios de ética e deontologia


profissional
• Informar o empregador,
os trabalhadores e seus
representantes, eleitos
para a segurança, higiene
e saúde no trabalho,
sobre a existência de
situações
particularmente
perigosas que requeiram
uma intervenção
imediata;

79
27-05-2013

Princípios de ética e deontologia


profissional
• Colaborar com os
trabalhadores e seus
representantes,
incrementando as suas
capacidades de
intervenção sobre os
factores de risco
profissional e as
medidas de prevenção
adequadas;

Princípios de ética e deontologia


profissional
• Abster-se de revelar segredos
de fabricação, comércio ou
processos de exploração de
que, porventura, tenham
conhecimento em virtude do
desempenho das suas funções;
• Proteger a confidencialidade
dos dados que afectem a
privacidade dos trabalhadores;

80
27-05-2013

Princípios de ética e deontologia


profissional

• Consultar e cooperar
com os organismos
da rede nacional de
prevenção de riscos
profissionais.

Suspensão ou cassação do CAP


A ACT pode promover a
suspensão ou cassação do
CAP, durante um período
máximo de dois anos, caso
conclua pela falsidade de
qualquer elemento
comprovativo dos requisitos
para a respectiva emissão,
bem como pela violação
grave dos princípios de
deontologia profissional.

81
27-05-2013

SUSPENSÃO OU CASSAÇÃO DO CAP

Caso esta situação se


verifique, a ACT deve
notificar o infractor no
sentido deste
proceder,
voluntariamente, à
entrega do referido
CAP, sob pena de o
mesmo ser
apreendido.

Perfil do técnico de SHT


• formação básica compatível - compreensão do
processo produtivo e dos meios de assegurar
as medidas de prevenção
• capacidade e disponibilidade para
actualização dos conhecimentos
• grande empatia, ou seja capacidade de
relacionamento pessoal, capacidade de
diálogo, espírito observador

82
27-05-2013

Perfil do técnico de SHT


• receptivo a sugestões, ideias e propostas e
capacidade de aprendizagem de novos processos,
métodos, ideias
• gosto pelo ensino, fundamentado em
conhecimentos técnicos e pedagógicos
• aptidão para trabalhar em equipa, capacidade de
decisão, gosto por um trabalho difícil e de grande
responsabilidade
• dedicação consciente à tarefa de manter o estado
de saúde e bem estar dos trabalhadores

Construção civil
• Construção civil – processo complexo, onde
entram vários intervenientes:

– Dono da obra
– Projectista
– Empreiteiro
– Subempreiteiro
– Trabalhadores independentes
– Visitas

166

83
27-05-2013

Acidentes na construção civil


• As condições de segurança, higiene e saúde no
trabalho nos estaleiros temporários ou móveis
geralmente são deficientes, originando acidentes
graves e mortais provocados principalmente por:

– Quedas em altura

– Esmagamentos

– Soterramentos
167

Plano de segurança e saúde


Principal
Aprovação Validação técnica
alteração
pelo dono do
introduzida pelo
da obra. desenvolvimento
D.L. 273/2003
e eventuais
alterações ao
PSS coordenador
de segurança em
obra.

Plano de segurança deve ser


elaborado a partir da fase de
projecto, sendo Entidade executante
posteriormente desenvolvido e ou dono da obra se a
especificado antes de passar à realizar por
execução da obra. administração
directa.
168

84
27-05-2013

Plano de segurança e saúde


• O plano deve ser elaborado a partir da fase do
projecto da obra, sendo posteriormente
desenvolvido e especificado antes de se passar à
execução da obra, com a abertura do estaleiro.
• Trata-se de um único plano de segurança e saúde
para a obra, cuja elaboração acompanha a
evolução da fase de projecto da obra para a da
sua execução.
• O desenvolvimento do PSS da fase de projecto
para a fase de obra decorre sob o impulso da
entidade executante (geralmente o empreiteiro).

169

PSS –fase de projecto


• O dono da obra deve elaborar ou mandar
elaborar, durante a fase do projecto, o plano de
segurança e saúde para garantir a segurança e a
saúde de todos os intervenientes no estaleiro.

• O plano de segurança e saúde é obrigatório em


obras sujeitas a projecto e que envolvam
trabalhos que impliquem riscos especiais ou a
comunicação prévia da abertura do estaleiro.
170

85
27-05-2013

Âmbito de aplicação
• Escavação;
• Terraplenagem;
• Construção, ampliação, alteração, reparação,
restauro, conservação e limpeza de edifícios;
• Montagem e desmontagem de elementos
prefabricados,
• andaimes, gruas e outros aparelhos elevatórios;
• Demolição;

171

Âmbito de aplicação - continuação


• Construção, manutenção, conservação e
alteração de vias de comunicação rodoviárias,
ferroviárias e aeroportuárias e suas infra-
estruturas, de obras fluviais ou marítimas, túneis,
barragens, silos e chaminés industriais;

• Trabalhos especializados no domínio da água, tais


como sistemas de irrigação, de drenagem e de
abastecimento de águas e de águas residuais,
bem como redes de saneamento básico;
172

86
27-05-2013

Âmbito de aplicação - continuação


• Intervenções nas infra-estruturas de
transporte e distribuição de electricidade, gás
e telecomunicações;
• Montagem e desmontagem de instalações
técnicas e de equipamentos diversos;
• Isolamentos e impermeabilizações.

Coordenação de segurança

• Em projecto, o dono da obra tem que nomear um


coordenador de segurança:
– Se o projecto da obra for elaborado por mais de um
sujeito, desde que as suas opções arquitectónicas e
escolhas técnicas impliquem complexidade técnica
para a integração dos princípios gerais de prevenção
de riscos profissionais ou os trabalhos a executar
envolvam riscos especiais previstos no artigo 7.º;
– Se for prevista a intervenção na execução da obra de
duas ou mais empresas, incluindo a entidade
executante e subempreiteiros.

174

87
27-05-2013

Coordenação de segurança

• Em obra, o dono da obra tem que nomear um


coordenador de segurança:

– Se nela intervierem duas ou mais empresas,


incluindo a entidade executante e
subempreiteiros.

175

Coordenação de segurança
• A actividade de coordenação de segurança em
projecto ou em obra deve ser objecto de
declaração escrita do dono da obra.

• A nomeação dos coordenadores de segurança


em projecto e em obra não exonera o dono da
obra, o autor do projecto, a entidade
executante e o empregador das
responsabilidades em matéria de SHST.

176

88
27-05-2013

Coordenação de segurança
• O coordenador de segurança em obra não
pode intervir na execução da obra como
entidade executante, subempreiteiro,
trabalhador independente (entendido com
alguém que participa numa parte da obra).

• O fiscal da obra pode cumular a função de


coordenador de segurança em obra.
177

Separação de responsabilidades
• A entidade executante é responsável pela
execução da obra.

• O planeamento da segurança no trabalho e a


verificação do seu cumprimento são
atribuídos ao coordenador de segurança.

178

89
27-05-2013

Esquema – nomeação do coordenador


de segurança

179

Implantação do estaleiro
• A entidade executante só pode iniciar a
implantação do estaleiro depois da aprovação
pelo dono da obra do plano de segurança e
saúde para a execução da obra.

180

90
27-05-2013

Cumprimento do PSS
– Todos os intervenientes no estaleiro,
nomeadamente os subempreiteiros e os
trabalhadores independentes, devem cumprir o
plano de segurança e saúde para a execução da
obra.

Acompanhamento por parte do


coordenador de segurança em
obra e da entidade executante
de todas as actividades dos Coimas recaem
subempreiteiros e trabalhadores sobre a
independentes. entidade
executante
181

Esquema – plano de segurança e


saúde (PSS)

182

91
27-05-2013

Fichas de procedimentos de segurança


• Obrigatórias nos trabalhos sujeitos a riscos
especiais

• Aplicam-se naqueles casos em que não é


obrigatório o PSS.

183

Riscos especiais
• Risco de soterramento, de afundamento ou de
queda em altura
• Trabalhadores expostos a radiações ionizantes e a
riscos químicos ou biológicos susceptíveis de
causar doenças profissionais;
• Trabalhos efectuados na proximidade de linhas
eléctricas de média e alta tensão;
• Trabalhos efectuados em vias ferroviárias ou
rodoviárias que se encontrem em utilização, ou
na sua proximidade;
184

92
27-05-2013

Riscos especiais - continuação


• Em poços, túneis, galerias ou caixões de ar
comprimido;
• Que envolvam a utilização de explosivos, ou
susceptíveis de originarem riscos derivados de
atmosferas explosivas;
• De montagem e desmontagem de elementos
prefabricados ou outros, cuja forma,
dimensão ou peso exponham os
trabalhadores a risco grave.

185

Riscos especiais - continuação


• De mergulho com aparelhagem ou que
impliquem risco de afogamento;

• Que o dono da obra, o autor do projecto ou


qualquer dos coordenadores de segurança
fundamentadamente considere susceptíveis
de constituir risco grave para a segurança e
saúde dos trabalhadores.

93
27-05-2013

Comunicação prévia da abertura do


estaleiro
• O dono da obra deve comunicar previamente a
abertura do estaleiro à IGT quando for previsível
que a execução da obra envolva uma das
seguintes situações:

– Um prazo total superior a 30 dias e em qualquer


momento, a utilização simultânea de mais de 20
trabalhadores.

– Um total de mais de 500 dias de trabalho,


correspondente ao somatório dos dias de trabalho
prestado por cada um dos trabalhadores.
187

Esquema – comunicação prévia de


abertura do estaleiro

188

94
27-05-2013

Acidentes graves e mortais


• Os acidentes de trabalho mortais ou aqueles
que provoquem uma lesão grave no
trabalhador devem ser comunicados pelo
respetivo empregador à ACT e ao coordenador
de segurança em obra no prazo de 24 horas.

189

Aspectos de um PSS
• Memória Descritiva

– Objectivo do plano de segurança e saúde


– Comunicação prévia do início dos trabalhos
– Legislação aplicável
– Organograma funcional
– Horário de trabalho
– Seguros de acidentes de trabalho

95
27-05-2013

Aspectos de um PSS - continuação


• Caracterização da obra
– Caracteristicas gerais da obra
– Mapa de quantidades de trabalho
– Condicionalismos existentes no local da obra
– Plano de trabalhos
– Cronograma da mão-de-obra
– Lista de trabalhos com riscos especiais para a
segurança e saúde dos trabalhadores
– Lista de materiais com riscos especiais

Aspectos de um PSS - continuação


• Acções para a prevenção de riscos
– Projecto do estaleiro
– Plano de acesso, circulação e sinalização no estaleiro
– Planos de protecções colectivas
– Plano de protecções individuais
– Controlo de utilização dos equipamentos no estaleiro
– Registos de monitorização e prevenção
– Plano de saúde dos trabalhadores
– Registos de acidentes e índices de sinistralidade
– Informação e formação dos trabalhadores
– Plano de visitantes
– Plano de emergência

96
27-05-2013

PRINCIPAIS CAUSAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS

Formação profissional deficiente: inexistência ou deficiente


formação relativa aos riscos e aos meios de proteção a utilizar.

Má organização do trabalho: deficiente organização e conceção e


manutenção dos postos de trabalho.

Máquinas mal concebidas: máquinas antigas, deficiente ou


inexistente proteção.

Fator humano: excesso de confiança, desconcentração, pressa,


desconhecimento, etc.

Fatores ambientais: ruído, iluminação, temperatura, etc.

193

PRINCIPAIS CAUSAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS


Fatores individuais: sexo, genótipo, estado de saúde, sono, tolerância
individual ao trabalho por turnos, satisfação subjetiva do tipo de trabalho.

Fatores sociais: vida familiar, pressões sociais.

Imperativos do trabalho: carga do trabalho, tarefas repetidas, proibições


ligadas à segurança (tabaco e álcool).

Fatores psicológicos: condições de habitação, meio e duração dos


transportes.

Tipos de rotação: rotações semanais, curtas ou irregulares.

Fatores económicos: melhores salários, possibilidade de um segundo


emprego.

Fatores políticos: situação económica, recessão, relação dos parceiros sociais.

Nutrição: qualidade, frequência, horário das refeições.


194

97
27-05-2013

PRINCIPAIS VITIMAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

Trabalhadores temporários e população


estrangeira

Jovens, trabalhadores recém admitidos

Trabalhadores com idade superior a 45 anos


(excesso de confiança)

Trabalhadores que laboram por turnos

195

CAUSALIDADE DOS ACIDENTES


TEORIA DO DOMINÓ

Segundo Heinrich, o acidente é um dos cinco


fatores de uma sequência que resulta num dano
pessoal:
1 – Ascendência e ambiente social;
2 – Falha humana;
3 – Ato inseguro e/ou condição perigosa;
4 – Acidente;
5 – Dano pessoal.

A – a queda do 1º dominó precipita a queda de


toda a fila

B – a remoção do dominó central neutraliza a


ação dos precedentes
Fonte: Heinrich
196

98
27-05-2013

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS

Causalidade dos Acidentes

Comunique os Actos Inseguros e as


Condições Perigosas imediatamente.

Os Actos Inseguros e as Condições


Perigosas são a causa mais importante
dos Acidentes de Trabalho.
Um Acto Inseguro é a acção de um
trabalhador que o põe em risco de sofrer
uma lesão, ou provocar danos materiais.
A participação deve ser feito ao Chefe
directo.

O acidente é um acontecimento repentino, do qual não se pode fazer uma


previsão de ocorrência, por isso ninguém o pode evitar.

197

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS

Causalidade dos Acidentes

ATO INSEGURO:

 Atuar sem autorização;


 Atuar sem prevenir os outros;
 Trabalhar com equipamento em movimento;
 Trabalhar ou operar a velocidades inseguras;
 Uso inseguro de equipamentos ou veículos;
 Uso inseguro de materiais ou ferramentas;
 Uso de equipamentos ou veículos defeituosos;
 Uso de materiais ou ferramentas defeituosas;
 Método, processo ou operação perigosa.

198

99
27-05-2013

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS

Causalidade dos Acidentes

ATO INSEGURO:

 Carregar, colocar ou misturar de forma perigosa;


 Tornar as protecções de segurança inoperantes;
 Não usar o equipamento de proteção individual;
 Adoção de posições inseguras;
 Distração ou brincadeira;
 Arrumação e limpeza deficientes;
 Desobedecer às instrucções;
 Falta de habilidade ou de conhecimentos;
 Ato de outro que não o lesionado.

199

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS

Causalidade dos Acidentes

CONDIÇÃO PERIGOSA:

 Condições climatéricas desfavoráveis;


 Condições de higiene deficientes;
 Desenho ou construção insegura;
 Ventilação insuficiente ou inadequada;
 Iluminação insuficiente ou inadequada;
 Vestuário insuficiente ou inadequado;
 Arrumação incorrecta;
 Ordem e limpeza deficientes;
 Ausência de protecção colectiva eficaz.

200

100
27-05-2013

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS

Causalidade dos Acidentes

CONDIÇÃO PERIGOSA:

 Ausência de proteção individual eficaz;


 Instalação ou equipamento mal concebido;
 Instalação ou equipamento não protegido;
 Instalação ou equipamento mal protegido;
 Instalação ou equipamento não adequado;
 Instalação ou equipamento defeituoso;
 Instalação ou equipamento com sinalização deficiente;
 Instalação ou equipamento com ausência de sinalização.

201

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS

Causalidade dos Acidentes

CONDIÇÃO PERIGOSA:

 Máquinas ou ferramentas mal concebidas;


 Máquinas ou ferramentas não protegidas;
 Máquinas ou ferramentas mal protegidas;
 Máquinas ou ferramentas inadequadas;
 Máquinas ou ferramentas defeituosas;
 Máquinas ou ferramentas com sinalização deficiente;
 Máquinas ou ferramentas com ausência de sinalização;
 Outras.

202

101
27-05-2013

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS


ACIDENTES PROFISSIONAIS
Prevenção de Riscos Profissionais
Os processos de controlo do risco devem portanto ser aplicados
nesta sequência:

203

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS
Prevenção de Riscos Profissionais
Os processos de controlo do risco devem portanto ser aplicados nesta
sequência:

O primeiro e o segundo caso envolvem medidas que se


designam por construtivas ou de engenharia, as quais atuam
sobre os meios de trabalho (máquinas).

No terceiro caso temos medidas organizacionais, que atuam no


sistema Homem - Máquina - Ambiente.

Por último, surgem medidas individuais ou de proteção


individual, que atuam no homem.
204

102
27-05-2013

Medidas de Prevenção e de Proteção


Nível MEDIDAS ACÇÃO

1 Construtivas ou de engenharia: - Eliminar/limitar o risco (ex.: sistema de


Constitui a forma mais eficaz e por aspiração localizada);
isso mais desejável de controlo de - Envolver o risco (ex.: encapsulamento
riscos. de uma máquina que produza ruído).

2 Organizacionais: caso a - Afastar o Homem do risco (ex.:


implementação das medidas de rotatividade dos trabalhadores expostos
construção seja inviável, deve-
deve-se ao risco)
recorrer a medidas organizacionais.
3 Individuais ou de prevenção - Proteger o Homem (ex.: utilização de
individual: dado que atuam Equipamentos de Proteção Individual –
apenas ao nível do recetor, devem EPI).
ser encaradas como a última
alternativa, ou como complemento
das medidas anteriores.

205

Medidas de Prevenção e de Proteção


Nível MEDIDAS ACÇÃO

4 Formação e informação: Por ocasião de:


A entidade patronal deve - Contratação;
garantir que cada trabalhador - qualquer transferência ou mudança
receba uma formação suficiente de funções;
e adequada em matéria de - introdução ou alteração de um
Segurança e Saúde equipamento de trabalho;
- introdução de uma nova tecnologia
no seu posto de trabalho.

206

103
27-05-2013

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
DOS ACIDENTES PROFISSIONAIS
Classificação de Acidentes de Trabalho

A 10.ª Conferência Internacional das Estatisticas do


Trabalho, promovida pelo BIT (Bureau Internacional du
Travail), em 1962, adoptou o seguinte critério(1) para
classificação de acidentes.

(1) Retomado pela 16.ª Conferência Internacional, em 1998.

207

Classificação de Acidentes de Trabalho

De acordo com as respectivas consequências

208

104
27-05-2013

Classificação de Acidentes de Trabalho


 Segundo a forma do acidente:
 Quedas de pessoas;
 Quedas de objectos;
 Marcha sobre, choque contra ou pancada por objectos (com exclusão de quedas);
 Entaladela num objecto ou entre objectos;
 Esforços excessivos ou movimentos em falso;
 Exposição a/ou contacto com temperaturas extremas;
 Exposição a/ou contacto com a corrente eléctrica;
 Exposição a/ou contacto com substâncias nocivas ou radiações;
 Outras formas de acidentes não classificadas noutra parte, incluindo os acidentes
não classificados por falta de dados.

209

Classificação de Acidentes de Trabalho


 Segundo o agente material:
 Máquinas;
 Meios de transporte e de manutenção (aparelhos elevatórios, meios de transporte
por carris, meios de transporte rolantes, etc.);
 Outros materiais (recipientes sob pressão, fornos, fornalhas ferramentas, escadas,
andaimes, etc.);
 Materiais, substâncias e radiações (explosivos, poeiras, gases, radiações UV e IV);
 Ambientes de trabalho;
 Outros agentes não classificados noutra parte;
 Agentes não classificados por falta de dados suficientes.

210

105
27-05-2013

Classificação de Acidentes de Trabalho


 Segundo a natureza da lesão:
 Fraturas;
 Luxações, entorses e distensões;
 Comoções e enucleações;
 Feridas e lesões superficiais;
 Queimaduras, ulcerações pelo calor ou pelo frio;
 Intoxicações e infecções;
 Efeitos de ruído, vibrações e pressão;
 Afogamento e asfixia;
 Efeitos da corrente eléctrica;

211

Classificação de Acidentes de Trabalho


 Segundo a natureza da lesão:
 Efeitos de temperaturas extremas, luz e radiações;
 Lesões múltiplas de naturezas diferentes;
 Outras lesões ou lesões mal definidas.

212

106
27-05-2013

Classificação de Acidentes de Trabalho


 Segundo a localização da lesão:
 Cabeça (excepto olhos);
 Olhos;
 Pescoço (incluindo garganta e vértebras cervicais);
 Membros superiores (excepto mãos);
 Mãos;
 Tronco, costas e órgão internos;
 Membros inferiores (excepto pés);
 Pés;
 Localizações múltiplas;
 Local não especificado
213

Classificação de Acidentes de Trabalho. Segundo a localização da lesão:

[adaptado de Sérgio, M. (2010)]

214

107
27-05-2013

Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)


ESTATÍSTICAS

215

216

108
27-05-2013

217

Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)

218

109
27-05-2013

Atividades ou Trabalhos de Risco Elevado


No desenvolvimento das respetivas atividades profissionais,
os trabalhadores encontram-se expostos a determinados
fatores de risco que podem ter influência, quer na saúde, quer
na integridade física.

Tratando-se da execução de determinadas tarefas, a


exposição aos respetivos riscos profissionais poderá ter
consequências mais gravosas, pelo que, nestes casos, haverá
que abordar a proteção dos trabalhadores relativamente aos
fatores de risco de forma ainda mais aprofundada.
Fonte: ACT

219

A Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro considera atividades de risco elevado:

Trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de terras, túneis,


com riscos de quedas de altura ou de soterramento, demolições e intervenção em
ferrovias e rodovias sem interrupção de tráfego;
Atividades de indústrias extrativas;
Trabalho hiperbárico;
Atividades que envolvam a utilização ou armazenagem de quantidades
significativas de produtos químicos perigosos suscetíveis de provocar acidentes
graves;
Fabrico, transporte e utilização de explosivos e pirotecnia;
Atividades de indústria siderúrgica e construção naval;
Atividades que envolvam contacto com correntes elétricas de média e alta
tensão;
Produção e transporte de gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos, ou a
utilização significativa dos mesmos;
Atividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes;
Atividades que impliquem a exposição a agentes cancerígenos, mutagénicos ou
tóxicos para a reprodução;
Atividades que impliquem a exposição a agentes biológicos do grupo 3 ou 4;
Trabalhos que envolvam risco de silicose. 220

110
27-05-2013

PREVENIR PARA EVITAR

221

PREVENIR PARA EVITAR

222

111
27-05-2013

PREVENIR PARA EVITAR

223

PREVENIR PARA EVITAR

224

112
27-05-2013

PREVENIR PARA EVITAR

225

PREVENIR PARA EVITAR

226

113
27-05-2013

PREVENIR PARA EVITAR

227

PREVENIR PARA EVITAR

228

114
27-05-2013

Enquadramento da SST
• Constituição República Portuguesa;
• Lei n.º 59/2008 (Aprova o Regime do Contrato
de Trabalho em Funções Públicas);
• Lei n.º 7/2009 (Código Trabalho Revisto);
• Lei n.º 102/2009 (Regime Jurídico Promoção
SST).

115
27-05-2013

Portaria n.º 987, de 6 Outubro de 1993

Normas técnicas sobre as prescrições mínimas de segurança e de

saúde nos locais de trabalho.

231

Decreto--Lei n.º 220, de 12 de Novembro de 2008


Decreto

Aprova os regulamentos de segurança a observar nos

edifícios.

232

116
27-05-2013

Portaria n.º 53, de 3 de Fevereiro de 1971, alterada


pela 702/80 de 22 de Setembro

Aprova o regulamento de prevenção técnica dos riscos


profissionais e a higiene nos estabelecimentos industriais.

233

117
27-05-2013

Local de Trabalho

“Local de Trabalho - Todo o lugar em que o trabalhador se


encontre, ou donde ou para deve dirigir-se em virtude do seu
trabalho, e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao
controlo do empregador.”

235

Local de Trabalho

“Componente Material do trabalho – os locais de trabalho, o


ambiente de trabalho, as ferramentas, as máquinas e materiais, as
substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos, os processos
de trabalho e a organização do trabalho.”

236

118
27-05-2013

Posto de Trabalho

O sistema constituído por um conjunto de recursos (humanos,


físicos, tecnológicos e organizacionais).

Cabral, A. F. e Roxo, M. M. – Segurança e Saúde do Trabalho, 2ª


Edição / Almedina / Janeiro de 2003

237

119
27-05-2013

Edifícios Públicos Edifícios Particulares

Edifícios Tipo Hospitalares

Edifícios Tipo Escolares

Edifícios Tipo Administrativos

Edifícios Tipo Comerciais

Edifícios Tipo Industriais

239

Consideram-se edifícios Tipo Hospitalar:

“Hospitais e centros de saúde;”

“Unidades privadas de saúde;”

“Unidades de saúde das instituições privadas de solidariedade social - IPSS.”

240

120
27-05-2013

Consideram-se edifícios Tipo Escolares:

“Edifícios, ou parte de edifícios de outro tipos, a constituir, no caso de


utilização parcial para fins escolares;”

“Edifícios, ou parte de edifícios existentes, sempre que sofram alterações de


ocupação implicando a sua utilização total ou parcial para aqueles fins
escolares;”

241

Consideram-se edifícios Tipo Administrativo:

“Edifícios, ou parte de edifícios de outro tipos, a constituir, no caso de


utilização parcial para fins administrativos;”

“Edifícios, ou parte de edifícios existentes, sempre que sofram alterações de


ocupação implicando a sua utilização total ou parcial para aqueles fins
administrativos;”

242

121
27-05-2013

Consideram-se edifícios Tipo Comerciais:

“Estabelecimentos ou locais onde os trabalhadores exerçam a actividade de comercio;”

“Estabelecimentos ou locais, instituições e organismos onde os trabalhadores exerçam a


actividade tais como:

“Correios e serviços de telecomunicações;

Hotéis, pensões e similares;

Restaurantes, cantinas, cafés ou locais destinados a espectáculos…..”

Consideram-se edifícios Tipo Industriais:

“Todos os estabelecimentos industriais públicos, cooperativos ou privados onde se


exerça actividade constante da tabela anexa ao decreto n.º 46 924. de 28 de Março de
1966 e suas alterações;”

244

122
27-05-2013

 As instalações devem ser

concebidas de acordo com a

actividade a que se destinam,

de forma a não ser

necessário a sua adaptação.

246

123
27-05-2013

Localização e Implantação dos Edifícios

A implantação de um edifício, deve ter em conta os

seguintes factores:

Ambiente/relevo/hidrologia;

Acessibilidade;

Exposição solar;

Ventos dominantes.

247

Localização e Implantação de Edifícios


Em fase de projecto, deve-se proceder ao
correcto planeamento da localização e implantação
dos edifícios e seus anexos tais como :

Instalações sociais;

Armazéns;

Parqueamento;
Depósitos de resíduos.
248

124
27-05-2013

Localização e Implantação de Edifícios

Devem ser respeitadas as distâncias entre


edifícios de modo a proporcionar:

Uma boa insolação;

Uma boa iluminação e visibilidade para o exterior;

Uma distância de segurança relativamente às linhas de alta tensão


quando existam.

249

125
27-05-2013

A largura mínima dos passeios e vias de acesso é

de 2,25m.

2,25m

251

A inclinação máxima dos passeios e vias de acesso é :

No sentido longitudinal, 6 %;

Transversal, de 2 %.

2 %
6 %

252

126
27-05-2013

A altura dos lancis, nas imediações das passagens

de peões, é de 0,12 m, por forma a facilitar o

rebaixamento até 0,02 m.

0,12 m

0,02 m

Estrada
253

A abertura máxima das grelhas das tampas dos

esgotos de águas pluviais é de 0,02 m de lado ou

de diâmetro.

0,02 m

0,02 m

254

127
27-05-2013

O espaço mínimo entre os postes de suporte dos

sistemas de sinalização vertical é de 1,20 m, no

sentido da largura do passeio ou via de acesso.

1,20 m

Largura mínima - 2,25m


255

A altura mínima de colocação das placas de

sinalização fixadas em postes, nas paredes ou em

outro tipo de suportes, é de 2 m.

2m

256

128
27-05-2013

Os edifícios onde existam locais de trabalho,

devem ser construídos de forma a garantir a

segurança compatível com as características de

riscos das actividades que neles sejam exercidas.

258

129
27-05-2013

Devem ser construídos de forma a assegurar as


necessárias condições de:

Estabilidade;

Resistência;

Salubridade.

259

Não devem ser exercidas as sobrecargas máximas

admissíveis para os pavimentos.

540 kg/m2 1 100 kg/ m2

Ex.

260

130
27-05-2013


Pé--direito – 3 m

Salvo se existir outro procedimento


estabelecimento na legislação.

3.0 m

262

131
27-05-2013

Área Mínima por Trabalhador - 1.80 m2

Depois de deduzidos os espaços ocupados por:

 Móveis; 1.80 m2

 Objectos;

 Máquinas; 1.80 m2

 Vias de circulação;

 Espaços não utilizáveis entre os diversos volumes.

263

132
27-05-2013

Características

Fixos;

Estáveis;

Antiderrapantes;

Sem saliências e cavidades;

Sem inclinações perigosas;

Contínuos, para evitar a acumulação de poeiras nas juntas.

265

Características

Lisos, mas não escorregadios;

Resistentes mecanicamente e quimicamente;

Impermeáveis;

Com bom isolamento térmico;

Não inflamáveis;

Facilmente laváveis.

266

133
27-05-2013

Características

As paredes e os tectos devem ser construídos com

materiais que permitam um bom isolamento, de

forma a que não sejam demasiados sensíveis


sensíveis::

À propagação de ruídos, vibrações e humidade;

Às variações térmicas;
268

134
27-05-2013

Características

Contínuos e de fácil limpeza;

Sempre que necessário, compostas por materiais


ingnífugos;

De preferência lisos;

Revestidos ou pintados de cores não brilhantes.

269

Características
Quando necessário, as paredes devem ser revestidas com
materiais impermeáveis, até uma altura de pelo menos 1,50 m,
em locais de trabalho que exijam lavagens frequentes,
nomeadamente em:

Instalações sanitárias;
1,50 m
Balneários;

Cozinhas;

Refeitórios.
270

135
27-05-2013

Características

Devem ser construídas com materiais resistentes


resistentes,, às acções

dinâmicas, como as provocadas pelo vento, neve, chuva e

granizo..
granizo

Prever a necessidade de isolamento térmico, aberturas para

ventilação, iluminação e clarabóias


clarabóias..

272

136
27-05-2013

Características
Prever a instalação de acessos e zonas de circulação seguras,

que garantam a execução de trabalhos de limpeza e

manutenção..
manutenção

Prever sistemas de drenagem de água pluviais


pluviais,, de modo a

evitar sobrecarga exageradas (resultantes da sua obstrução

ou incapacidade de escoamento)
escoamento)..

273

137
27-05-2013

As janelas, clarabóias e dispositivos de ventilação,

devem ter características que permitam o seu

funcionamento e limpeza em segurança, para os

que se encontre no mesmo edifício ou nas suas

imediações.

275

Os locais de trabalho que não possam dispor de

iluminação natural adequada deve existir

iluminação artificial, complementar ou exclusiva,

que garanta idênticas condições de segurança e de

saúde aos trabalhadores

276

138
27-05-2013

A largura útil mínima dos vãos, das portas de


entrada nos edifícios abertos ao público é de 0,90
m.

A altura máxima das soleiras das portas de entrada é

de 0,02 m.

0,90 m

278

139
27-05-2013

Os botões de campainha ou de trinco, devem situar


situar--se

entre 0,90 m e 1,30 m de altura e devem ter alguma

diferenciação táctil, em relevo (de preferência em

braille), e dispositivo luminoso.


luminoso.

1,30 m 0,90 m
Campainha

0,90 m

279

Fechaduras / Manípulos

As fechaduras e os manípulos das portas devem


situar--se a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m do
situar
solo..
solo

1,10 m

0,90 m

280

140
27-05-2013

A posição, número, dimensão e os materiais das

portas e portões devem atender à natureza e tipo

de utilização dos locais de trabalho


trabalho..

281

Portas e Portões de Correr

Devem ter dispositivos que os impeça de saltar das

calhas ou caírem.
caírem.

282

141
27-05-2013

Portas e Portões de Funcionamento Mecânico

Não devem constituir factor de risco para os

trabalhadores, devem possuir dispositivos de

paragem de emergência facilmente identificáveis e

acessíveis..
acessíveis

283

Portas e Portões de Funcionamento Mecânico

Em caso de falha de energia, as portas e os portões

de funcionamento mecânico devem abrir


abrir--se

automaticamente ou por comando manual


manual..

284

142
27-05-2013

Portas e Portões Basculantes

Devem ser transparentes ou possuir painéis


transparentes..
transparentes

Nota:
O material dos painéis transparentes, devem

ser suficientemente resistentes, para não

constituir perigo em caso de estilhaçamento


estilhaçamento..

285

Portas e Portões Situados nas Vias de Emergência


- Não podem ser de correr, nem rotativas, nem

estar fechadas à chave


chave;;

- Devem ter sinalização adequada


adequada;;

- Ser de abertura fácil pela parte de dentro;

- e poder manterem-
manterem-se abertas.

286

143
27-05-2013

Portas e Portões Destinados à Circulação de Veículos

A sua largura deve ser suficiente para garantir a

circulação em segurança de veículos e peões.


peões.

Se os portões oferecerem risco para os peões, na

sua imediação devem existir portas sinalizadas

permanentemente desobstruídas
desobstruídas..

287

144
27-05-2013

Características das Vias de Circulação

As vias de circulação, incluindo escadas fixas,

devem permitir a circulação fácil e segura das

pessoas, por forma a que os trabalhadores na sua

proximidade não corram qualquer perigo.


perigo.

289

Vias de Circulação Destinadas só a Pessoas

Largura Mínima – 1.2 m

Devem ter iluminação adequada.

Sempre que o traçado o exija, devem ser 1.2 m

assinaladas..
assinaladas

Piso não escorregadio ou antiderrapante.

290

145
27-05-2013

Vias de Circulação Destinadas só a Pessoas

Havendo perigo de queda em altura, as vias de

circulação devem ter resguardos laterais com a

altura mínima de 0.90 m, e se necessário, rodapés

com a altura de 0.14 m.

0.90 m

291

Vias de Circulação Destinadas só a Pessoas

Havendo zonas de perigo, provocado por queda de

objectos,, ou qualquer outro factor de risco, as vias


objectos

de circulação devem estar sinalizadas de forma

bem visível, sendo o seu acesso apenas permitido a

trabalhadores devidamente autorizados


autorizados..

292

146
27-05-2013

Escadas

As escadas devem uma largura mínima de 1,50 m.


Estar equipadas com guardas exteriores dos lados.
lados.

1,50 m

294

147
27-05-2013

Escadas

As escadas devem ter corrimãos de ambos os

lados a 0,85 m ou 0,90 m de altura.


altura.

0,85 m / 0,90 m

295

Escadas

Os corrimãos devem ter entre 0,04 m ou 0,05 m

de espessura ou de diâmetro e permitir uma boa

preensão..
preensão

0,04 m ou 0,05 m
296

148
27-05-2013

Escadas e Passadeiras Rolantes

Devem estar equipadas com dispositivos de

segurança e de paragem de emergência, acessíveis e

facilmente identificáveis
identificáveis..

297

149
27-05-2013

Locais de Descanso

Sempre que a segurança e saúde dos trabalhadores

o exija, deve existir um local de descanso

facilmente acessível, quando não existe locais de

lazer equivalentes nas imediações.


imediações.

299

Características dos Locais de Descanso

Área Número de Trabalhadores

18.5 m2 até 25 trabalhadores

18.5 m2 + 0.65 m2 por pessoas a mais, entre 26 e 74 trabalhadores.

50 m2 + 0.55 m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores

por pessoa a mais, entre 150 e 499


92 m2 + 0.50 m2
trabalhadores

255 m2 + 0.40 m2 por pessoa a mais, para 500 ou mais trabalhadores

300

150
27-05-2013

Locais de Descanso

Os locais de descanso devem ter mesas e assentos

de espaldar em número correspondente ao máximo

de trabalhadores que podem utilizámos ao mesmo

tempo..
tempo

301

151
27-05-2013

Mulheres Grávidas

Deve existir um local apropriado onde as mulheres

grávidas, possam estender-


estender-se e descansar em

condições apropriadas
apropriadas..

303

152
27-05-2013

Vestiários

Se a actividade desenvolvida exigir a necessidade

da existência de vestiários, estes devem estar

situados em local de fácil acesso e ser separados

por sexos
sexos..

305

Vestiários

Não sendo necessários vestiários, cada trabalhador

deve dispor de um espaço destinado à arrumação da

sua roupa e objetos de uso pessoal.


pessoal.

306

153
27-05-2013

Características dos Vestiários

Bem iluminados e ventilados.

Comunicar directamente com a zona de chuveiros e lavatórios

Ter armários individuais possíveis de fechar à chave.

Ter assentos em número suficiente dos utilizadores.

307

Características dos Vestiários

No caso de haver mais de 25 trabalhadores, a área

ocupada pelos vestiários deverá corresponder, no mínimo

a 1 m2 por utilizador.

1 m2
Ex. 4 Trabalhadores
1 m2

1 m2

1 m2

308

154
27-05-2013

Características dos Vestiários

Quando as condições de trabalho o exigirem,

nomeadamente no caso de exposição a substâncias

tóxicas, irritantes, infectantes, à humidade e à sujidade,

os armários devem ser duplos, de forma a permitir a

separação das roupas, de uso pessoal e de trabalho.

309

155
27-05-2013

Balneários

Quando o exija o tipo de actividade ou a

salubridade, deve haver


haver::

Chuveiros na proporção de 1 para 10 trabalhadores;

Que possam ser utilizados em simultâneo;

Com água quente e fria em separado;

Separados ou de utilização separada por sexos.


311

156
27-05-2013

Instalações Sanitárias

Posto de trabalho, locais de descanso e vestiários,

devem ter na sua proximidade instalações

sanitárias, separadas ou de utilização separada por

sexos em números suficiente.


suficiente.

313

Instalações Sanitárias

Nas instalações sanitárias devem existir lavatórios


e WCs em número suficiente.
suficiente.

Os WCs devem ser instaladas


0.80m

em compartimentos com as 1.30 m

dimensões mínimas de 0.80 m


0.80m

de largura por 1.30 m de 1.30 m

profundidade..
profundidade
314

157
27-05-2013

Instalações Sanitárias

Os WCs devem ter


ter::

tiragem de ar directa para o exterior;

porta independente a abrir para fora, provida de

fecho.

315

Instalações Sanitárias

Se as divisórias que não forem inteiras devem ter a

altura mínima de 1.80 m e o espaço livre junto ao

pavimento, caso exista, não pode ser superior a 0.20 m.

3.0
m

1.80 m

0.20 m

316

158
27-05-2013

Uma das cabinas do WC, quer para o sexo masculino

quer para o sexo feminino, deve ter 2,20 m x 2,20 m,

permitindo o acesso por ambos os lados da sanita


sanita..

2,20 m

318

159
27-05-2013

Nesta cabina é obrigatória a colocação de barras de

apoio bilateral, rebatíveis na vertical e a 0,70 m do

pavimento..
pavimento

A porta deve ser de correr ou de abrir para o

exterior..
exterior

319

A altura de colocação de lavatórios situa


situa--se entre 0,70 m e
0,80 m da superfície do pavimento, devendo ser apoiados
sobre poleias e não sobre colunas.
colunas.
As torneiras são de tipo hospitalar ou de pastilha.
pastilha.

0,70 m e 0,80 m

320

160
27-05-2013

Instalações de Primeiros Socorros

O número de instalações de primeiros socorros, em


cada local de trabalho deve ser determinado
determinado::

Em função do número de trabalhadores;

Do tipo de actividade;

Da frequência dos acidentes.


322

161
27-05-2013

Instalações de Primeiros Socorros

Ter equipamento e material suficiente indispensável ao

cumprimento das suas funções;

Permitir o acesso fácil a macas;

Ter sinalização de segurança;

323

Instalações de Primeiros Socorros

Nota:: Independentemente da organização onde seja


Nota

justificado um posto de primeiros socorros,

em todos os locais de trabalho deve existir

material de primeiros socorros de fácil acesso

e devidamente sinalizado
sinalizado..

324

162

Você também pode gostar