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CoronaVac

O desenvolvimento da CoronaVac começou no final de janeiro de 2020 em parceria


com centros de pesquisa da China. Em abril, a vacina se mostrou promissora em
testes pré-clínicos realizados em macacos rhesus, cujos resultados foram
publicados no início de maio. Logo em seguida, testes clínicos em humanos foram
aprovados e apresentaram resultados promissores no final do mesmo mês.

Com resultados positivos das fases 1 e 2 de testes em humanos sendo oficialmente


divulgados no início de junho, os testes avançaram para a fase 3, com o resultado
geral da eficácia da vacina tendo sido divulgados no final de 2020. Esta eficácia, no
entanto, variou de país para país e foi de apenas 50,4% no Brasil.

A CoronaVac se mostrou eficaz em testes pré-clínicos e recebeu aprovação para


avançar com testes de fase 1 em humanos, em abril de 2020 Após a fase 2 dos
ensaios clínicos, feita com adultos de idade entre 18 e 59 anos é completada em
julho de 2020, os resultados foram publicados na revista científica The Lancet em
17 de novembro do mesmo ano, tendo a vacina mostrado uma imunogenicidade
desde uma baixa dose, promovendo a soroconversão de anticorpos neutralizantes
em 92% daqueles injetados com baixas doses de 3 mg e em 98% daqueles que
receberam doses de 6 mg com 14 dias de diferença entre uma e outra. Os sintomas
adversos foram leves, sendo que o principal foi dor no local da aplicação.
Em maio, a CoronaVac começou a ser testada nas fases 1 e 2 na China,
inicialmente em 422 adultos acima de 60 anos, já em setembro, 552 crianças e
adolescentes com idade entre 3 e 17 anos.

Em 21 de julho de 2020 a Sinovac começou a conduzir em parceria com o instituto


Butantan, o estudo clínico de fase 3 no Brasil para avaliar a eficácia e segurança da
vacina. 8.870 profissionais de saúde com idades entre 18 e 59 anos de seis estados
do Brasil participaram da pesquisa.
O estudo chamado PROFISCOV, foi expandido em 25 de setembro, mais 4.190
profissionais de saúde voluntários (incluindo idosos com mais de 60 anos)
receberam a CoronaVac em outros 4 centros de pesquisa, totalizando assim 13.060
voluntários em 16 centros de pesquisa, todos eles profissionais da saúde e pessoas
expostas diariamente ao vírus. Metade do grupo recebeu placebo e a outra metade
tomou a vacina e em troca, foi prometida a transferência da tecnologia da
CoronaVac para que o Butantan produzisse o imunizante.

Desde o início dos estudos, 252 pessoas foram infectadas: 167 do grupo placebo e
87 que tomaram a vacina. É importante destacar que entre os vacinados, não houve
nenhum caso grave e nem moderado.
Os resultados do estudo da fase 3 mostraram que nos casos graves e moderados a
eficácia é de 100%. Para os casos leves 78%, nos muito leves 50,38%. Isso
significa que temos 50,38% menos chances de contrair a doença, se contrairmos,
há 78% de chance de não precisarmos de qualquer atendimento médico e 100% de
certeza de que a enfermidade não vai se agravar.

Já muito utilizada entre as produções do Butantan, a tecnologia do vírus inativado


funciona da seguinte forma: o vírus é cultivado e multiplicado numa cultura de
células e depois inativado por meio de calor ou produto químico, ou seja, o corpo
que recebe a vacina com o vírus já inativado, começa a gerar os anticorpos
necessários no combate da doença.

Após tomar a vacina, quem contrair o vírus não desenvolverá a doença, mas poderá
transmiti-la. As vacinas atuam na prevenção e reduz o contágio, induzindo a criação
de anticorpos por parte do sistema imunológico.

Outras dúvidas sobre a CoronaVac

Por que a eficácia muda de uma vacina para outra?


A eficácia de cada estudo muda dependendo do ensaio clínico conduzido. Os
critérios podem ser diferentes de país para país e fatores como quantidade de
voluntários testados, nível de exposição ou contato com o vírus – inclusive a
maneira como os sintomas foram percebidos ou acompanhados durante os testes –
contribuem para diferentes resultados.

Por que a eficácia da CoronaVac é menor?


O estudo traçou um estudo diferenciado ao selecionar somente profissionais da
saúde e que atuam diretamente na linha de frente. Nenhuma das demais vacinas foi
testada em um ambiente de incidência tão alta. Nossa vacina ter apresentado uma
eficácia de 50,38% não quer dizer que não seja boa. Pelo contrário, a eficácia de
50,38% da CoronaVac está dentro do recomendado estabelecido pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) e pela Anvisa, e quando comparada a outras vacinas
como a da gripe, por exemplo, a eficácia é ainda maior.

Qual a principal vantagem dessa vacina?


A vantagem da CoronaVac comparada a outras vacinas é a logística de
armazenamento e distribuição, já que a temperatura de conservação exigida é entre
2 e 8°C, média que os freezers disponíveis no Brasil utilizam para outras vacinas.

Quais os efeitos adversos da vacina?


Os efeitos mais comuns apresentados após a vacina foram: dor no local da
aplicação e dor de cabeça após a primeira dose. Também não foram registrados
efeitos adversos graves e de interesse especial relacionados à vacinação.

Quem pode tomar a vacina e quantas doses serão necessárias?


Inicialmente, o programa de imunização terá como alvo profissionais da saúde,
pessoas com mais de 60 anos, indígenas e quilombolas. Terminada essa primeira
fase da campanha, os demais grupos serão vacinados. Crianças e grávidas não
entraram nos primeiros testes, mas participaram em breve dos estudos do Butantan.
As duas doses da vacina somam 50,38% de eficácia e, durante o estudo, a segunda
dose foi aplicada num intervalo de 14 a 28 dias em relação à primeira.

fonte de pesquisa: butantan.gov.br

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