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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 798.827 - RS (2005/0188663-5)

RELATORA : MINISTRA DENISE ARRUDA


RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RECORRIDO : ANTÔNIO EDGAR CHILELLA
ADVOGADO : VALDIR BONIATTI
RECORRIDO : CARLOS TEOBALDO GEWHER
ADVOGADO : PAULO ROGÉRIO PEREIRA MIRANDA
INTERES. : MUNICÍPIO DE BOM RETIRO DO SUL
ADVOGADO : JOÃO CLÓVIS SANDRI E OUTRO

RELATÓRIO

A EXMA. SRA. MINISTRA DENISE ARRUDA (Relatora):

Trata-se de recurso especial interposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO


DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL com fundamento no art. 105, III, a, da
Constituição Federal, contra o r. acórdão, proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul, assim ementado (fl. 316):

"AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO.


AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO. NULIDADE DAS CITAÇÕES.
A ação de improbidade administrativa prescreve em cinco anos a contar do
término do exercício do mandato, de cargo em comissão ou de função de
confiança.
Prazo prescricional de cinco anos que se inicia no primeiro dia subseqüente
ao término do mandato do Prefeito.
Tendo a ação sido proposta após a vigência da MP 2088-35/00,
posteriormente reeditada pela MP 2225/01, sem que tenha sido observada a
necessidade de notificação prévia aos demandados, para oferecer
manifestação por escrito, antes do recebimento da ação, nulas as citações
efetivadas, sem interrupção da prescrição.
Extinção do processo."

Houve a oposição de embargos de declaração, os quais foram


rejeitados pelo Tribunal de origem (fl. 337).
Sustenta o recorrente que o acórdão recorrido negou vigência aos arts.
535, II, do Código de Processo Civil, 23, I, da Lei 8.429/92, e 219, §§ 1º e 2º, do Código de
Processo Civil. Alega, em síntese, que o Ministério Público não é responsável por eventual
demora na realização da citação, e que na data do oferecimento da ação de improbidade
administrativa, o prazo qüinqüenal não havia transcorrido. Assevera que a interrupção da
prescrição da ação de improbidade ocorre na propositura da ação, e não da citação válida.
Requer o provimento do recurso para reformar o aresto impugnado, a fim de afastar a
incidência da prescrição da ação de improbidade administrativa, determinando-se o
prosseguimento do feito.
O primeiro recorrido apresentou contra-razões ao recurso especial (fls.
364/375).
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O Ministério Público Federal opinou pelo provimento do recurso
especial.
É o relatório.

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RECURSO ESPECIAL Nº 798.827 - RS (2005/0188663-5)

VOTO

A EXMA. SRA. MINISTRA DENISE ARRUDA (Relatora):

Presentes os pressupostos de admissibilidade, o recurso especial


merece ser conhecido.
Na hipótese examinada, o Ministério Público do Estado do Rio Grande
do Sul ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra Antônio Edgar
Chilella (ex-prefeito do Município de Bom Retiro do Sul/RS) e Outro, com fundamento no art.
10, IX, da Lei 8.429/92.
O Tribunal de origem, ao analisar a controvérsia, acolheu a preliminar
de prescrição, consignando no aresto impugnado (fls. 319/320):

"No caso presente, foi ajuizada ação de improbidade administrativa em 02/03/2001,


figurando no pólo passivo Antônio Edgar Chilella e Carlos Theobaldo Gewehr, ex-Prefeito e
ex-Vice-Prefeito, respectivamente, do Município de Bom Retiro do Sul, versando a ação acerca de
fatos ocorridos em 1995, tratando-se de mandato que findou em 31/12/96, sendo que o prazo
prescricional previsto no artigo 23, I, do Lei 8429/92 passou a fluir a partir de 01/01/97.
Não obstante o feito ter se iniciado com citações, não houve a observância do disposto
no artigo 17, § 7º, da lei mencionada, observada a alteração feita pela MP 2088/35, publicada em
28/12/00, sendo renovada pela MP 2225/45 de 04/09/01, significando que aos demandados não foi
oportunizada manifestação prévia ao recebimento da inicial, após regular notificação, possibilitando
que os demandados pudessem oferecer defesa prévia a fim de afastar o início da ação de improbidade
administrativa.
Assim, são nulas as citações efetuadas pela não observância do procedimento adequado,
antes narrado.
Conveniente ressaltar que as citações efetuadas não têm o condão de interromper a
prescrição porque esta somente ocorre quando há citação válida, observados os precisos termos do
artigo 219, caput, do CPC.
Inaplicável a Súmula 106 do STJ porque a ausência de notificação não pode ser
imputada somente ao Poder Judiciário, uma vez que Ministério Público não requereu tal providência,
apesar da necessidade de tais notificações, conforme antes exposto.
Prescrita, pois, a ação de improbidade administrativa, embora não esteja prescrita a
ação de ressarcimento ao erário, nos termos do que dispõe o artigo 37, § 4º, da CF."

Data maxima venia do entendimento exposto pela Corte a quo, a


prescrição da ação de improbidade não ficou configurada.
A prescrição na ação de improbidade administrativa relacionada a
ex-ocupante de cargo eletivo é regulada pelo art. 23, I, da Lei 8.429/92, que dispõe:

"Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei
podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em
comissão ou de função de confiança;"

No caso dos autos, a ação de improbidade administrativa foi ajuizada


contra ex-prefeito, inequivocamente, no prazo qüinqüenal previsto no art. 23, I, da Lei
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8.429/92, conforme expressamente reconhecido pelo Tribunal de origem.
Por sua vez, estabelece o art. 219, §§ 1º e 2º, do Código de Processo
Civil:
"Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz
litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o
devedor e interrompe a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da
ação.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 2o Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias
subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável
exclusivamente ao serviço judiciário. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)."

Portanto, sendo proposta a ação no prazo legal, eventual demora no


cumprimento da citação, em razão do próprio sistema dos serviços judiciais, não atrai a
incidência da prescrição. Nesse sentido, a orientação da Súmula 106/STJ: "Proposta a ação no
prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo
da justiça, não justifica o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência" .
Ademais, a interpretação do § 7º do art. 17 da Lei 8.429/92 ("Estando a
inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para
oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações,
dentro do prazo de 15 dias") permite afirmar que a referida regra é dirigida ao juiz e não ao
autor da ação, ou seja, a determinação da notificação do requerido para apresentação de defesa
na ação de improbidade administrativa é atribuição do magistrado responsável pelo processo.
Assim, o eventual descumprimento da notificação prévia não afeta o prazo prescricional da
ação de improbidade administrativa.
Sobre o tema, o entendimento pacífico desta Corte Superior:

"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CONTROLE DIFUSO DE
CONSTITUCIONALIDADE. EFICÁCIA ERGA OMNES. PRESCRIÇÃO
AFASTADA. LEI N.8.429/92.
1. É possível a declaração incidental de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos em sede de ação civil pública, nos casos em que a controvérsia
constitucional consista no fundamento do pedido ou na questão prejudicial
que leve à solução do bem jurídico perseguido na ação.
2. Em que pese o rito específico contido no § 7º do artigo 17 da Lei de
Improbidade, que prevê a notificação do requerido para manifestação
prévia, sua inobservância não tem o efeito de invalidar os atos processuais
ulteriores, exceto se o requerido sofrer algum tipo de prejuízo.
3. Ainda que inexistente a notificação prévia prevista no art. 17, § 7º, da Lei
n. 8.429/92, a citação tem o condão de interromper o prazo prescricional,
retroagindo, nos termos do art. 219, § 1º, do CPC, à data da propositura da
ação.
4. Recurso especial conhecido em parte e improvido."
(REsp 619.946/RS, 2ª Turma, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ de
2.8.2007, p. 439)

"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - EX-PREFEITO - LEI N. 8.429/92 -
PRESCRIÇÃO AFASTADA - PROPOSITURA DA AÇÃO - ART. 219, § 1º,
DO CPC - CITAÇÃO - FORO PRIVILEGIADO AFASTADO PELA ADIN
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2797 - DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU.
1. Ainda que inexistente a notificação prévia prevista no art. 17, § 7º, da Lei
n. 8.429/92, a citação tem o condão de interromper o prazo prescricional,
retroagindo, nos termos do art. 219, § 1º, do CPC, à data da propositura da
ação.
2. O prazo prescricional para o exercício dessa pretensão, fora dos casos de
ressarcimento ao erário, é de cinco anos, contados do término do mandato
do ex-Prefeito. (art. 23, I, da Lei n. 8.429/92) 3. Se o ex-Prefeito teve seu
mandato encerrado em 31.12.1996, e ajuizada a ação contra ele em
11.5.2001, não está prescrita a pretensão do Ministério Público para
processá-lo por ato de improbidade.
4. Em razão do julgamento da ADIn 2797 pelo STF, na qual restou declarada
a inconstitucionalidade da Lei n. 10.628/2002, os autos devem retornar ao
juiz de primeira instância, a quem caberá dar o impulso oficial para o
processamento da ação movida em face do ex-Prefeito.
Recurso especial provido."
(REsp 680.677/RS, 2ª Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJ de 2.2.2007,
p. 381)

"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EX-PREFEITO. PRESCRIÇÃO
AFASTADA. SÚMULA Nº 106/STJ. NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. ART. 17, § 7º,
DA LEI Nº 8.429/92. ATRIBUIÇÃO DO MAGISTRADO.
1. A ação civil pública decorrente de ato de improbidade administrativa,
deve ser proposta até cinco anos após o término do exercício do mandato ou
cargo em comissão, consoante o art. 23, I da Lei nº 8.429/92.
2. In casu, o mandato do ex-prefeito foi extinto em 31.12.1996 (fls. 540) e a
ação civil restou proposta pelo Ministério Público em 29.01.2001 (fls. 02),
respeitando-se, portanto, o prazo quinquenal. 3. É cediço nesta Corte de
Justiça que: O § 1º do art. 219 do CPC dispõe que 'A interrupção da
prescrição retroagirá à data da propositura da ação.'. Tendo a demanda
sido ajuizada tempestivamente, não pode a parte autora ser prejudicada pela
decretação de prescrição em razão da mora atribuível exclusivamente aos
serviços judiciários. Incidência da Súmula nº 106/STJ ('Proposta a ação no
prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos
inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da argüição
de prescrição ou decadência.') - REsp 700038 / RS, Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ 12.09.2005.
4. Consoante o art. 17, § 7º, da Lei de Improbidade, não compete ao autor da
ação civil pública por ato de improbidade administrativa, mas ao magistrado
responsável pelo trâmite do processo, a determinação da notificação prevista
pela lei.
5. Conseqüentemente, a ausência da notificação requerida pelo Ministério
Público nos termos do art. 17, § 7º, da Lei nº 8.429/92, não influi no prazo
processual, impondo-se a observância ao artigo 219, § 1º, do Código de
Processo Civil. Precedentes: REsp 704323/RS, Relator Ministro
FRANCISCO FALCÃO, DJ 06.03.2006. REsp 813700 /RS, Ministro
FRANCISCO FALCÃO, DJ 27.03.2006.
6. Recurso especial provido."
(REsp 750.187/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 28.9.2006, p. 207)

"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EX-PREFEITO. AÇÃO


CIVIL PÚBLICA. DECRETAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE OFICIO.
Documento: 3508637 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 5 de 7
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IMPOSSIBILIDADE. RETROAÇÃO DOS EFEITOS DA CITAÇÃO À DATA
DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. SÚMULA Nº 106/STJ. NOTIFICAÇÃO
PRÉVIA. ART. 17, § 7º, DA LEI Nº 8.429/92. ATRIBUIÇÃO DO
MAGISTRADO.
1. Em exame recurso especial ajuizado pelo Ministério Público do Estado do
Rio Grande do Sul, com o objetivo de desconstituir acórdão que, de ofício,
decretou a prescrição de ação civil pública movida contra o Ex-Prefeito
Municipal de Ilópolis - RS, em razão de prática de apontada ilicitude no
exercício de seu mandato. O acórdão recorrido, note-se, declarou a
prescrição da ação com sustento no art. 23, I, da Lei nº 8.429/92, por haver
decorrido mais de cinco anos entre a data do término do mandato e citação
do réu, porquanto o mandato do ex-Prefeito se encerrou em 31/12/96 e a
citação válida apenas se realizou em 05/02/2002, quando deveria ocorrer até
01/01/2002.
2. O § 1º do art. 219 do CPC dispõe que 'A interrupção da prescrição
retroagirá à data da propositura da ação.'. Havendo a demanda sido
ajuizada dentro do qüinqüênio previsto na lei de improbidade (art. 23, I),
não pode a parte autora, no caso o Ministério Público do Estado do Rio
Grande do Sul, ser prejudicada pela decretação de prescrição em razão de
mora atribuível aos serviços judiciários. Incidência da Súmula nº 106/STJ
('Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação,
por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento
da argüição de prescrição ou decadência').
3. Não compete ao autor da ação civil pública por ato de improbidade
administrativa, mas ao magistrado responsável pelo trâmite do processo, a
determinação da notificação prevista pelo art. 17, § 7º, da Lei de
Improbidade, não podendo a parte sofrer prejuízo algum em caso de
não-cumprimento.
4. O colendo Supremo Tribunal Federal, em data de 15/09/2005, apreciou o
mérito da ADI nº 2797/DF, declarando, por maioria de votos, a
inconstitucionalidade da Lei nº 10.628, de 24 de dezembro de 2002, que
acresceu os §§ 1º e 2º ao artigo 84 do Código de Processo Penal. Por essa
razão, é competente o juízo singular, de primeiro grau, para processar e
julgar as ações propostas contra ex-prefeitos.
5. Recurso especial conhecido e provido, com finalidade de que, afastada a
prescrição, sejam os autos encaminhados ao juízo singular de primeiro grau,
para que dê continuidade ao regular exame do feito."
(REsp 713.198/RS, 1ª Turma, Rel. Min. José Delgado, DJ de 12.6.2006, p.
443)

"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EX-PREFEITO. LEI Nº 8.429/92.
PRESCRIÇÃO AFASTADA. PROPOSITURA DA AÇÃO. CITAÇÃO.
I - A ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo
Ministério Público contra ex-prefeito, foi ajuizada dentro do prazo
prescricional descrito no art. 23, I da Lei nº 8.429/92, que estabelece que as
ações referentes a atos de improbidade administrativa deverão ser propostas
até cinco anos após o término do exercício do mandato ou cargo em
comissão.
II - Tendo sido expedidos os mandados de citação e até mesmo apresentada a
contestação pelo réu, não há que se alegar a prescrição em razão do não
cumprimento do disposto no § 7º do art. 17 da Lei nº 8.429/92. Hipótese em
que se aplica o art. 219, § 1º do CPC, ou seja, retroação dos efeitos da
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citação à data da propositura da ação.
III - Recurso provido."
(REsp 681.161/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 10.4.2006,
p. 135)

Ante o exposto, deve ser dado provimento ao recurso especial para


reformar o aresto recorrido, a fim de afastar a prescrição e determinar o prosseguimento da
ação de improbidade administrativa em primeiro grau de jurisdição.
É o voto.

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