Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Volume 2
1 CUNHA, Rogério Sanches. Lei 14.155/21 e os crimes de fraude digital. Primeiras impressões e reflexos no CP
e no CPP. Disponível em: <https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2021/05/28/lei-14-15521-e-os-crimes-
de-fraude-digital-primeiras-impressoes-e-reflexos-no-cp-e-no-cpp/>. Acesso em: 29 maio 2021.
O mencionado § 4º-B do art. 155 do Código Penal, a seu turno, assevera que
a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante
fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado
ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de
segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio
fraudulento análogo.
Assim, a referida pena de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa,
será aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime for praticado
mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional, tendo
em vista a maior dificuldade no que diz respeito à investigação nessa hipótese,
bem como haverá um aumento de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime for
praticado contra idoso, isto é, aquele que, segundo o art. 1º da Lei nº 10.741,
de 1º de outubro de 2003, tiver idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos,
ou vulnerável, vale dizer, os elencados pelo art. 217-A do diploma repressivo,
isto é, o menor de 14 (quatorze) anos, e os que, por enfermidade ou deficiência
mental, não têm o necessário discernimento para a prática do ato. O paralelo
com o referido art. 217-A do Código Penal se faz necessário, tendo em vista que
a lei tão somente se utilizou do termo vulnerável, para efeito de aplicação da
referida causa especial de aumento de pena.
Em se tratando de majorantes, ou seja, causas especiais de aumento de pena,
serão aplicadas no terceiro momento do critério trifásico previsto no art. 68 do
Código Penal.
Fraude eletrônica
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a
fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou
por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou
envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento
análogo.
§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância
do resultado gravoso, aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o
crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território
nacional.
..........................................................................................................
3 CUNHA, Rogério Sanches. Lei 14.155/21 e os crimes de fraude digital. Primeiras impressões e reflexos no CP
e no CPP. Disponível em: <https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2021/05/28/lei-14-15521-e-os-crimes-
de-fraude-digital-primeiras-impressoes-e-reflexos-no-cp-e-no-cpp/>. Acesso em: 29 maio 2021.
10
11
12