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– ESTADO DO PARANÁ
MERCEARIA ALVORADA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o
número 65.399.898/0001-23, código de atividade n. 200, com sede à Rua Chile, n. 443,
Maringá-PR, CEP 87020-220, pelos fatos e fundamentos jurídicos abaixo expendidos.
I- DOS FATOS:
b) Da diferença salarial:
O Reclamante, ao ser despedido sem justa causa ao final do período de um mês
de trabalho, recebeu apenas a quantia de R$ 465,00 (quatrocentos e sessenta e cinco
reais), salário que a Reclamada se dispôs a pagar por seu trabalho.
Ocorre que o mesmo foi contratado para exercer a função de repositor de
mercadorias, sendo que a CCT, a qual possui caráter normativo conferido pelo art. 611
da CLT, estabelece como piso salarial para tal categoria o valor de R$ 620,00
(seiscentos e vinte reais).
Tendo em vista que o art. 620 da CLT dispõe que as condições estabelecidas na
CCT, quando mais favoráveis, prevalecem sobre as estipuladas em acordo, o piso
salarial acima mencionado deveria ter sido observado pela Reclamada, fato que não
ocorreu.
Diante disso, requer o Reclamante que este juízo CONDENE a Reclamada ao
pagamento da diferença salarial entre o salário efetivamente pago e aquele que
deveria ter sido considerado, no valor de R$ 155,00 (cento e cinqüenta e cinco reais),
conforme o disposto no art. 7º, V da CF/88, bem como nos arts. da CLT acima
mencionados.
O art. 67 da CLT dispõe que a todo empregado deve ser assegurado 24 (vinte e
quatro) horas consecutivas de descanso semanal, devendo este ser remunerado por
força do art. 7º, XV da CF/88.
Ainda, a Súmula 172 do TST, tratando do assunto, regulamenta que, havendo
horas extras habitualmente prestadas, como ocorre no caso em tela, estas devem ser
computadas no cálculo do descanso semanal.
Tendo em vista que, durante o período de trabalho do Reclamante, houve 04
(quatro) domingos e mais 01 (um) feriado, deve ser acrescida a remuneração o valor
de R$ 9,09 (nove reais e nove centavos) por dia de descanso, em regime de horas
extras, totalizando a quantia de R$ 45,45 (quarenta e cinco reais e quarenta e cinco
centavos).
Diante disso, o Reclamante requer a CONDENAÇÃO da Reclamada ao
pagamento do Reflexo das Horas Extras no Descanso Semanal Remunerado, no
importe de R$ 45,45 (quarenta e cinco reais e quarenta e cinco centavos), conforme o
art. 67 da CLT, art. 7º, XV da CF/88 e súmula 172 do TST.
O Reclamante foi demitido, sem justa causa, no dia 30/06/2009, de modo que,
conforme o disposto no art. 7º, XXI da CF/88, o mesmo deveria ter recebido o aviso
prévio proporcional ao tempo de serviço, no caso, trinta dias.
A Reclamada, alegando tratar-se de período de experiência, não observou a
obrigação de se efetuar o pagamento de tal aviso. Entretanto, não foi firmado
qualquer contrato de experiência entre as partes, não havendo nem mesmo a devida
anotação na CTPS, motivo pelo qual o Reclamante faz jus à referida indenização pelo
aviso prévio, a qual, já acrescida da diferença salarial, das horas extras e do reflexo das
horas extras no descanso semanal remunerado, totaliza o valor de R$ 892,69
(oitocentos e noventa e dois reais e sessenta e nove centavos).
Diante do exposto, Reclamante requer a CONDENAÇÃO da Reclamada ao
pagamento do aviso prévio indenizável no valor de R$ 892,69 (oitocentos e noventa e
dois reais e sessenta e nove centavos), bem como a contar o tempo do aviso como
período trabalhado.
Tendo em vista o disposto no art. 7º, XVII da CF/88, e nos arts. 129, 142 e 147
da CLT, o Reclamante ainda tem direito ao recebimento das férias e de seu terço,
baseados no valor da remuneração.
Portanto, o Reclamante requer a CONDENAÇÃO da Reclamada ao pagamento
da indenização pelas férias, bem como seu terço, com base na respectiva
remuneração, no importe de R$ 198,38 (cento e noventa e oito reais e trinta e oito
centavos), conforme os arts. acima mencionados.
Diante do contido no art. 7º, III da CF/88, o Reclamante tem direito, ainda, ao
recebimento do Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço, o qual deve ser calculado
sobre o valor da Remuneração, do Aviso Prévio e do 13º salário
Tendo em vista que este fato este não foi observado pela Reclamada, a Lei
8.036/90 ainda dispõe que o valor do FGTS deve ser acrescido de 40% (quarenta por
cento) como multa pela demissão do Reclamante ter sido feita sem justa causa.
Assim sendo, o Reclamante requer a CONDENAÇÃO da Reclamada ao
pagamento do valor do FGTS, acrescido da multa de 40% (quarenta por cento), no
valor total de R$ 216,62 (duzentos e dezesseis reais e sessenta e dois centavos),
conforme os arts. acima mencionados.
Diante do fato de que o Reclamante foi dispensado pelo Reclamado, sem aviso
prévio, e sem recebimento das Verbas Rescisórias, o mesmo tem o direito de receber
multa pelo atraso no pagamento das mesmas, conforme o disposto no art. 477, §§ 6º e
8º da CLT, no valor de um salário mínimo do piso da categoria.
Assim, o Reclamante requer a CONDENAÇÃO da Reclamada ao pagamento da
Multa pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias, no importe de R$ 620,00
(seiscentos e vinte reais), que é o valor do salário do Reclamante.
2.8- A multa prevista pela CCT, no valor de um salário de acordo com o piso da
categoria, no caso, R$620,00 (seiscentos e vinte reais);
2.9- A Multa pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias, no importe de
R$ 620,00 (seiscentos e vinte reais), que é o valor do salário do Reclamante.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
________________________
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OAB/PR nº 00.000
Advogado
MEMÓRIA DE CÁLCULO
1) DIFERENÇA SALARIAL:
Mês: 06/2009
Valor recebido: R$465,00
Valor devido: R$620,00
Diferença: R$155,00
Valor das horas extras/ número de dias úteis x número de dias não úteis =
Reflexo
227,24/ 25 x 5 = R$45,45
3) VERBAS RESCISÓRIAS
d) FGTS e multa:
892,69 + 148,78 + aviso prévio (892,69) = 1934,16 (8%) = 154,73 (FGTS) + 40%
de multa = 154,73 + 61,89 = R$216,62
e) Multa da CCT:
Piso da categoria: R$620,00
TOTAL R$ 3124,16