Você está na página 1de 10

UMA REVISÃO SOBRE O

TRATAMENTO DA CAPSULITE
ADESIVA DO OMBRO
A REVIEW ON TREATMENT OF ADHESIVE
CAPSULITIS OF THE SHOULDER

Carlos Alexandre Batista Metzker1,


Geraldo Oliveira Metzker Júnior2

Resumo Abstract
A capsulite adesiva é uma das principais The adhesive capsulitis is one of the main 1
Faculdade de Ensino
causas de incapacidade funcional do om- causes of function disability of the shoul- de Minas Gerais
prof.metzker@yahoo.com.br
bro, tendo como características principais der, having as main characteristics pain 2
Prefeitura de Nanuque/MG,
a dor e a rigidez articular de origem cap- and joint stiffness of capsular origin. It is a Brasil.
sular. Trata-se de uma condição de saúde health condition that affects about 2-5% of
que atinge cerca de 2% a 5 % da população the world population and is more common
mundial, sendo mais frequente em mulhe- in women (2:1) between the fourth and fif-
res (2:1), entre a quarta e quinta décadas th decades of life. By means of the raised
de vida. Mediante o elevado número de number of patients and with the intention
indivíduos acometidos e com o intuito de to guide the large number of health profes-
orientar os diversos profissionais de saúde sionals about the pathology the aim of this
acerca da patologia, é objetivo deste estudo study is to present an updated review of
apresentar uma revisão atualizada sobre the main methods of treatment. For that,
os principais métodos de tratamento. Para a scientific literature review was carried
tanto, foi realizada uma revisão da litera- through with accessing the diverse literary
tura científica com acesso a diversas obras reports on the subject and national and in-
clássicas sobre o tema e busca de artigos de ternational articles, through the databases
periódicos nacionais e internacionais, por PubMed, SciELO and LILACS, where it was
meio das bases de dados PubMed, SciELO used the keywords: shoulder pain, adhesive
e LILACS, nas quais foram utilizados os capsulitis and bursitis. The main methods of
descritores: dor de ombro, capsulite adesiva treatment based on the use of analgesics and
e bursite. Os principais métodos de trata- anti-inflammatories, articular corticosteroid
mento baseiam-se nos uso de analgésicos e infiltration, joint manipulation under anes-
anti-inflamatórios, infiltração articular de thesia, nerve block suprascapular and a con-
corticoide, manipulação articular sob efeito tinuous and individualized physiotherapy.
de anestesia, bloqueio do nervo supraes- To the end of the study it can be concluded
capular e fisioterapia contínua e individua- that treatment should be precocious and ini-
lizada. Ao final do estudo, conclui-se que o tially conservator, where various techniques
tratamento deve ser precoce e inicialmente and procedures can be given alone or in an

REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA DO SUS/MG VOLUME 2 • N˚ 2 71


conservador, em que diversas técnicas e associated manner with. However, in cases of
procedimentos podem ser indicados isola- persistence the surgery can be recommended.
damente ou de maneira associada. Contu-
do, nos casos de persistência do quadro, a Keywords: shoulder pain, adhesive cap-
cirurgia pode ser recomendada sulitis and bursitis.

Palavras-chave: dor de ombro, capsulite


adesiva e bursite.

1. Introdução
O ombro é uma articulação complexa acometidos persistem com alguma limita-
e uma das mais móveis do corpo humano. ção ou dor residual.
Pela frouxidão capsular associada à sua Diante das questões apresentadas, uma
anatomia (forma arredondada e grande da revisão da literatura que aborde os prin-
cabeça umeral e uma rasa superfície da fos- cipais métodos de tratamento para a CA
sa glenóidea), trata-se de uma articulação torna-se relevante à medida que o núme-
pouco estável, sendo necessária uma har- ro de indivíduos acometidos tem crescido
monia sincrônica e constante entre todas as substancialmente e é evidente a necessidade
estruturas estáticas e dinâmicas que man- de uma reorientação aos diversos profissio-
têm sua biomecânica normal (METZKER, nais de saúde que atuam nesse contexto.
2010). Desta forma, qualquer alteração que Assim, é objetivo principal deste estudo é
comprometa sua estrutura e função faz apresentar uma revisão atualizada sobre os
desse complexo articular alvo de inúme- principais métodos de tratamento da CA.
ras afecções como luxações, osteoartroses,
síndrome do impacto do ombro, bursites
2. Metodologia
subacromial, tendinites e a capsulite adesiva
(CA), objeto da presente revisão. A pesquisa tratou-se de uma revisão bi-
Como uma condição de saúde que atinge bliográfica atualizada sobre os principais
cerca de 2% a 5% da população mundial, métodos utilizados no tratamento da cap-
a CA é caracterizada por um quadro de sulite adesiva do ombro. Num primeiro ins-
dor intensa, que pode ocasionar limitação tante, foi realizada a busca de bibliografias
funcional (GUYVER; BRUCE; REES, 2014). clássicas que abordassem a anatomia e a bio-
Essa é uma situação preocupante, sobretudo mecânica do complexo do ombro, bem como
no que tange à qualidade dos tratamentos a etiologia, a prevalência, o quadro clínico e
disponíveis e abordagem profissional ade- os principais métodos diagnósticos acerca da
quada, fato que poderá ser preponderante doença. Seguidamente, por meio das bases
para o prognóstico e a evolução. de dados PubMed, Scielo e Lilacs, se iniciou
Diversas formas de tratamento têm sido a busca de artigos de periódicos nacionais e
descritas na literatura, desde o modelo con- internacionais a partir dos descritores: dor
servador à abordagem cirúrgica. Contudo, de ombro “shoulder pain”, capsulite adesiva
existem controvérsias no que se refere à “adhesive capsulitis” e bursite “bursitis”. Os
sua fase e técnica indicada (RUSSELL et artigos foram acessados no período de se-
al., 2014). Além disso, a história natural tembro de 2013 a maio de 2014 e selecionados
da CA é motivo de debate, uma vez que, conforme o assunto de interesse, pela análise
apesar de haver casos de resolução espon- dos resumos. Foram excluídos aqueles que
tânea do quadro clínico, muitos indivíduos não apresentavam consistência científica.

72
3. Resultados e discussão secundária em intrínseca, extrínseca e sistê-
mica. Segundo os autores, a primeira ocorre
3.1 Etiologia da Capsulite adesiva quando a CA é desencadeada por lesão no
A CA consiste em uma condição de dor próprio ombro (tendinites do manguito
e limitação de mobilidade da articulação rotador, tenossinovite da cabeça longa do
glenoumeral (EWALD, 2011). Desde que bíceps, bursites e artroses acromioclavicu-
foi inicialmente descrita, vem sendo am- lar); a segunda, quando há associação com
plamente estudada, mas aspectos relaciona- outras patologias como nos casos de lesões
dos à sua etiopatogenia ainda permanecem do membro superior, doenças do sistema
obscuros apesar de diversas teorias terem nervoso central e periférico, lesões da colu-
sido apontadas ao longo dos anos (FER- na cervical, doenças do coração (isquemia
REIRA-FILHO, 2005; GUYVER; BRUCE; do miocárdio) e pulmão (doença pulmonar
REES, 2014). crônica, tumores do ápice do pulmão); e a
Duplay (1872), pioneiro nos estudos da terceira, quando há associação com doenças
CA, aponta que a rigidez dolorosa do ombro como diabetes e enfermidades da tireoide.
ocorre em razão da presença de aderên-
cias fibrosas na bolsa serosa subacromial. 3.2 Prevalência e quadro clinico
Já Coodman (1934), quem criou a expres- A CA é uma condição de saúde com pre-
são “ombro congelado”, acredita tratar-se valência maior no gênero feminino (2:1),
de uma patologia articular caracterizada sendo mais comum em mulheres de faixa
por dor intensa e limitação de amplitude etária entre 40 e 50 anos (FERREIRA-FI-
de movimento (ADM), tanto ativo quanto LHO, 2005; GUYVER; BRUCE; REES, 2014;
passivamente. SIEGEL; COHEN; GALL, 1999). Trata-se
Neviaser (1945) descreveu alterações his- de uma desordem relativamente comum
tológicas inflamatórias e fibrosas da cápsula que atinge cerca de 2% a 5% da população
articular e do revestimento sinovial do om- mundial (PLACZEK et al., 1998), tendo sua
bro, sendo as responsáveis pela expressão incidência aumentada para 15% a 20% em
“capsulite adesiva”. Ainda de acordo com o indivíduos diabéticos (GUYVER; BRUCE;
autor, a presença de espessamento, processo REES, 2014; SATTAR e LUQMAN, 1985;
inflamatório e retração da capsula articular, TIGHE e OAKLEY, 2008).
é característica fundamental na CA. Seu surgimento é insidioso, frequente-
Steinbrocker (1947) acrescentou, ao as- mente relacionado a períodos de desuso da
sociar a patologia com distúrbios do sis- articulação do ombro, de evolução lenta,
tema nervoso autônomo: distrofia simpá- podendo evoluir espontaneamente para a
tico-reflexa e síndrome ombro-mão. Mas cura, em média, dois anos após o início
foi somente 22 anos depois que Lundberg dos sintomas (KISNER e COLBY, 2005;
(1969) apresentou a primeira classificação, WEINSTEIN, 2000).
seguida posteriormente por Helbig, Wagner Apesar de variável, o quadro clínico ca-
& Dobler (1983). Para os autores, a doença racteriza-se por dor intensa e rigidez pro-
pode apresentar-se na forma primária ou gressiva da articulação do ombro, impor-
secundária. A primeira ocorre sem causa es- tante déficit na elevação anterior, abdução
pecífica, principalmente em mulheres após e rotação interna e externa tanto passiva
os 45 anos; a segunda ocorre quando rela- quanto ativa; situação que favorece maior
cionada à presença de patologias associadas uso de movimentos escapulotorácicos com-
como imobilizações prolongadas, traumas, pensatoriamente (VEADO e GONÇAL-
radiculopatias cervicais ou tendinites. VES, 2011). A evolução clínica consta de
Zuckerman, Cuomo & Rokito (1994), três fases ou estágios distintos: fase dolo-
além de confirmarem a classificação pro- rosa, aguda ou hiperálgica; fase de rigidez,
posta por Lundberg (1969), dividem a forma enrijecimento ou congelamento, e fase de

REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA DO SUS/MG VOLUME 2 • N˚ 2 73


descongelamento (HALL; BRODY; TA- importante para descartar outras patologias
RANTO, 2001; GUYVER; BRUCE; REES, (HARRIS; BOU-HAIDAR; HARRIS, 2014;
2014; MURNAGHAN, 1990). TURTELLI, 2001). Uma diminuição do es-
A primeira fase, denominada dolorosa, paço articular entre a cavidade glenoide e
aguda ou hiperálgica, pode durar de 2 a a cabeça do úmero, porém, pode ocorrer
9 meses e caracteriza-se pelo início insi- na incidência ântero-posterior (AP); além
dioso dos sintomas, em que a dor noturna disso, a presença de osteoporose ou osteo-
se intensifica significativamente, apesar de penia pode aparecer nos casos de desuso
também existir no período diurno (HALL; do membro (FERREIRA-FILHO, 2005).
BRODY; TARANTO, 2001; REEVES, 1975). A ultrassonografia permite identificar
Ferreira-Filho (2005) acrescenta que nesta estática e dinamicamente o espessamento
fase a dor pode estar acompanhada de fenô- e a menor elasticidade de um importante
menos vasculares como sudorese na palma ligamento na articulação (coracoumeral)
das mãos e axilas. e ajuda na detecção de lesões do mangui-
A segunda fase, de congelamento ou to rotador e/ou da cabeça longa do bíceps
rigidez, é marcada pela remissão dos sin- (BOU-HAIDAR; HARRIS; HARRIS, 2014;
tomas álgicos. Entretanto, a dor persiste no FERREIRA-FILHO, 2005). Contudo, é um
período noturno e piora ao esforço. Segun- exame operador-dependente, que requer
do Reeves (1975), a fase de congelamento longa curva de aprendizagem e formação
dura de 3 a 12 meses e há limitação global (MAEDA et al., 2009).
dos movimentos do ombro. Veado & Gon- Embora considerado invasivo e sujeito a
çalves (2011) reforçam que testes provoca- falsos positivos, a artrografia pode ser reali-
tivos para o manguito rotador podem estar zada em alguns casos (FERREIRA-FILHO,
positivos nessa fase, situação que favorece o 2005). Entretanto, é visto como um exame
falso diagnóstico da síndrome do impacto de sensibilidade moderada, sendo na maio-
do ombro. ria dos casos substituído por outro método
Na terceira fase, nomeada de desconge- (NOGUEIRA-BARBOSA et al., 2002).
lamento, há liberação progressiva dos mo- A ressonância magnética (RM) pode
vimentos, que pode estender até 24 meses. revelar espessamento da capsula articular
A elasticidade capsuloligamentar começa do intervalo rotador (>7mm), espessamento
ser restabelecida, apesar da possibilidade de do ligamento coracoumeral (>4mm) e bor-
permanência de algum grau de limitação ramento da gordura do intervalo rotador
funcional (FERREIRA-FILHO, 2005; GREY, ou subcoracoide, que pode ser parcial ou
1978; VEADO e GONÇALVES, 2011). total (SKAF et al., 2007). A artrorresonân-
cia aponta redução das dimensões do in-
3.3 Diagnóstico e exames tervalo rotador e do volume articular com
complementares capacidade volumétrica que gira em torno
A CA ocorre quando há quadro de dor de 3 ml a 15 ml – normal: de 20 ml a 25 ml
no ombro que persiste por mais de 30 dias, de líquido sinovial (VEADO e GONÇAL-
especialmente no período noturno. Na ava- VES, 2011)
liação física, observa-se limitação da ADM,
especialmente para rotação externa, que 3.4 Tratamento
comumente está diminuída 50% quan- Para o tratamento da CA, as metodolo-
do comparada ao membro contralateral gias apresentadas na literatura baseiam-se
(ROOKMONEEA et al., 2010). no modelo conservador ou na abordagem
Alguns exames favorecem o diagnós- cirúrgica (FERNANDES, 2014; GODINHO
tico de maneira a complementar a ava- et al., 1995; LECH; SUDBRACK; VALEN-
liação física. A radiografia convencional, ZUELA, 1993; VALENZUELA, 1999).
que normalmente se apresenta normal, é O primeiro, fundamentado em medidas

74
analgésicas e anti-inflamatórias (cortico- hipersensibilidade ao medicamento espe-
terapias), manipulação articular sob efeito cífico e para as contraindicações gerais nas
de anestesia (AHMAD; HASHIM; ASIM, corticoterapias.
2014), bloqueio do nervo supraescapular Outra opção no tratamento da CA é a
e fisioterapia contínua e individualizada manipulação da articulação glenoumeral
(OZKAN et al., 2012; VALENZUELA, sob anestesia, objetivando reduzir o período
1993), e o segundo, recomendado nos ca- de rigidez articular (PLACZEK et al., 2004;
sos em que o quadro clínico se mantém SMITH; HAMER; BUNKER, 2014). Estudo
inalterado mesmo após tratamento con- realizado por Levy, Wilson & Copeland
servador, consiste na liberação da cápsula (2000) evidenciou que a técnica favorece
articular por via artroscópia ou cirurgia o restabelecimento precoce dos movimen-
aberta (EWALD, 2011; FERNANDES, 2014; tos e acelera o retorno da função na forma
NEVIASER; NEVIASER, 2011). primária. Mitra et al. (2010) realizaram um
Apesar de alguns estudos apontarem estudo retrospectivo, a fim de verificar a
que a CA evolui com melhora espontânea eficácia, a curto prazo, de um protocolo de
(KISNER e COLBY, 2005; WEINSTEIN, tratamento não cirúrgico da CA de ombro.
2000), medidas terapêuticas precoces de- Os autores combinaram bloqueio do nervo
vem ser impostas com intenção de abolir ou supraescapular, infiltração intra-articular
diminuir a dor contínua de difícil controle de esteroides e manipulação glenoumeral,
na fase hiperálgica. Concomitantemente, tendo excelentes resultados no que tange à
deve ser objetivo principal do tratamento ADM passiva imediatamente após o pro-
combater a grave limitação funcional que se cedimento.
instala rapidamente, evitando possibilida- Veado e Gonçalves (2011) salientam que
des de sequelas definitivas (HANCHARD a manipulação da articulação glenoume-
et al., 2011). ral sob anestesia é um procedimento con-
O uso de analgésicos e anti-inflamató- traindicado em pacientes com osteopenia
rios não hormonais pode ajudar na recu- no úmero, osteoporose e diabéticos. Além
peração (VEADO e GONÇALVES, 2011). disso, pode apresentar riscos de complica-
A infiltração intra-articular de corticoide ções como fraturas, lesões ligamentares e
pode ser utilizada no tratamento da CA à tendinosas (JACOBS et al., 2009), devendo
medida que diminui substancialmente o ser realizada por profissional devidamen-
quadro álgico e melhora a mobilidade de te habilitado e experiente, já que sérias
maneira consequente. Método constatado complicações podem ocorrer como fratu-
por Lorbach et al. (2010), ao tratarem 25 ras e lesões intra-articulares (PLACZEK
pacientes com idade média de 50 anos e et al., 1998).
em fase de congelamento da CA. Similar- Considerando que o período de insta-
mente, Blanchard, Barr e Cerisola (2010), lação e evolução da CA, de maneira geral,
ao compararem a eficácia de injeções de gira em torno de dois anos (HALL; BRODY;
corticoides a um plano de reabilitação fí- TARANTO, 2001), outra questão a ser ob-
sica, verificaram que o primeiro método servada é quanto à manutenção dos resul-
favorece resultados mais rápidos, apesar tados obtidos após realização da técnica
da afirmativa não prevalecer ao longo de manipulação articular sob anestesia.
do tratamento. Farrell, Sperling e Cofield (2005) chamam
Os analgésicos, os anti-inflamatórios a atenção quanto à escassez de estudos que
por via oral e as infiltrações de corticoi- apontem, em longo prazo, resultados da
des intra-articular são métodos utilizados aplicação da técnica, devendo outros méto-
no tratamento da CA. Contudo, Zoorob dos ser associados ao plano de tratamento.
e Cender (1998) chamam a atenção para Bloqueio do nervo supraescapular é um
a cautela que se deve ter nos casos de método eficaz nos casos de CA refratária.

REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA DO SUS/MG VOLUME 2 • N˚ 2 75


Em estudo realizado por Ozkan et al. fisioterapia supervisionada ao uso de an-
(2012), dez pacientes com diagnóstico de ti-inflamatórios não esteroides (AINEs),
CA e sem melhora dos sinais e sintomas Ulusoy et al. (2011) obtiveram resultados
após injeções intra-articulares foram trata- satisfatórios em 86,2% dos casos, especial-
dos com bloqueio do nervo supraescapular. mente no que concerne à ADM.
Ao final do estudo, concluiu-se que os in- Das diversas técnicas e procedimentos
divíduos participantes apresentaram alívio utilizados na fisioterapia para o tratamento
da dor e ganho substancial da amplitude de da CA, destacam-se exercícios de alonga-
movimento para rotações do ombro. Do mento muscular, mobilização articular pas-
mesmo modo, Checchia et al. (2006), ao siva, crioterapia e eletroestimulação trans-
tratarem 144 ombros com diagnóstico de cutânea (CELIK, 2010; FERREIRA-FILHO,
CA, utilizando a técnica de bloqueios seria- 2005; HANCHARD et al., 2011; MA et al.,
dos do nervo supraescapular, observaram 2013; VALENZUELA, 1993). Jain e Sharma
resultado satisfatório em 91,7% dos casos e (2013) chamam a atenção para a eficácia dos
melhora da dor em 84%. exercícios terapêuticos quando aliados à
Apesar de considerar o bloqueio do ner- mobilização articular para ganho de ADM
vo supraescapular como um método muito e função. Os mesmos autores ainda refe-
utilizado no tratamento da CA, Oliva-Filho renciam o uso da eletroterapia no controle
(1992) e Fernandes et al. (2012) apontam da dor em curto prazo e o calor profundo
para as possíveis complicações descritas na como auxiliar no ganho de ADM. Yang et
literatura, como infecção local, lesão nervo- al. (2012) também referenciam a mobili-
sa periférica e toxidade sistêmica. zação articular como importante método
Independentemente da medida asso- de tratamento da limitação de ADM que
ciada, a fisioterapia deve ser inserida no ocorre na CA, especialmente quando rea-
plano de tratamento o mais breve possível, lizada na cintura escapular.
a fim de diminuir a possibilidade de limi- A fisioterapia é fundamental no proces-
tação funcional (LECH, 2005; LECH, SU- so de reabilitação do indivíduo com CA e
DBRACK; VALENZUELA, 1993; SILVA; precisa ser inserida o mais breve possível no
MARIM; LAMARI, 2009). Para Godinho plano de tratamento (GUYVER; BRUCE;
et al. (1995), apesar de a doença ter evolu- REES, 2014; SHAFFER; TIBONE; KER-
ção espontânea, é imprescindível intervir LAN, 1992; WIES et al., 2003). Contudo,
com o intuito de minimizar a incapacidade um modelo que envolva participação do-
funcional e abreviar o período de duração miciliar deve ser recomendado. Tanaka
da CA. Situação já referenciada por Shaf- et al. (2010) assinalam para a intervenção
fer, Tibone e Kerlan (1992), ao salientarem precoce e o autoexercício no ambiente do-
que a fisioterapia deve ser inserida o mais méstico como fatores mais importantes no
precocemente possível e mantida por pelo tratamento da CA, inclusive, sobressaindo
menos três meses, antes da adoção de outros à frequência de sessões de mobilização ar-
métodos de tratamento. ticular realizadas em ambiente hospitalar.
Outros trabalhos enfatizam a impor- Já Russell et al. (2014) desmontaram que
tância da fisioterapia no tratamento da CA. os exercícios em grupo (ginástica) foram
Em um estudo aleatório que envolveu fisio- mais eficazes quando comparados à fisio-
terapia e placebo para dois grupos com CA, terapia individual ou apenas a exercícios
Wies et al. (2003) concluíram que, apesar domiciliares.
de ambos os grupos apresentarem melhora Embora as diversas abordagens fisiote-
dos sintomas, o grupo tratado com reabili- rapêuticas, descritas na literatura, tenham
tação física obteve maior ganho de ADM. demonstrado melhora significativa da dor
Da mesma forma, ao selecionaram 29 pa- e ADM nos casos de CA, há pouca evidên-
cientes com diagnóstico de CA e associarem cia de que interfira no prognóstico dessa

76
condição de saúde (STRUYF e MEEUS, O procedimento cirúrgico é indicado
2013). Contrapondo essa ideia, em uma nos casos em que o quadro permanece
revisão sistemática que avaliou a eficácia inalterado, mesmo após tratamento con-
de diversas intervenções fisioterápicas em servador (FERNANDES, 2014; MUSIL et
pacientes com CA, Jain & Sharma (2013) al., 2009). Todavia, deve-se ressaltar a ne-
demonstram que exercícios terapêuticos cessidade da fisioterapia no pós-operatório,
aliados à mobilização articular foram im- com o intuito de minimizar qualquer risco
portantes tanto para ganho de ADM quanto de aderências e recorrências (NEVIASER e
funcionalidade. NEVIASER, 2011).
Apesar de os resultados deste estudo Embora a incidência da CA em pacientes
assinalarem os exercícios de alongamento diabéticos tenha sido mencionada nesse es-
muscular, mobilização articular passiva, tudo (SATTAR e LUGMAN, 1985; TIGHE
crioterapia e eletroestimulação transcutâ- e OAKLEY, 2008), em insulinodependentes
nea como métodos e procedimentos fisio- pode chegar a 36% (FERREIRA-FILHO,
terapêuticos utilizados no tratamento da 2005; LUNDBERG, 1969). Além disso,
CA de ombro, não se deve negligenciar os alguns trabalhos apontam dificuldades
diversos recursos descritos na literatura. no prognóstico para esse grupo, havendo
Hanchard et al. (2011), ao entrevistarem maior resistência às respostas do trata-
um grupo de fisioterapeutas do Reino Uni- mento e inúmeros casos de recorrências
do sobre o diagnóstico e o tratamento da após manipulação sob anestesia (JANDA
CA de ombro, constataram que 68% con- e HAWKINS, 1993; LECH; SUDBRACK;
sideraram a acupuntura como método de VALENZUELA, 1993).
tratamento. Já o ultrassom terapêutico foi
citado nos trabalhos de Valenzuela (1999),
4. Conclusão
ao avaliar os resultados de uma abordagem
fisioterapêutica para o tratamento da CA Diversos métodos e procedimentos são
de ombro, e Guyver, Bruce e Rees (2014), apresentados na literatura para o tratamen-
que apontaram para a necessidade de uma to da CA, podendo ser indicados isolada-
abordagem flexível. mente ou de maneira associada, conforme
Ainda que a maioria dos pacientes res- quadro clínico do paciente. Do tratamento
ponda satisfatoriamente ao tratamento conservador, que deve ser inicial e o mais
conservador, alguns casos, especialmente precoce possível, destacam-se medidas
de indivíduos diabéticos, evoluem de for- analgésicas e anti-inflamatórias; infiltração
ma muito lenta, sem ganhos de amplitude intra-articular de corticoide; manipulação
de movimento na fase de congelamento, articular sob efeito de anestesia; bloqueio do
sugerindo a possibilidade de cirurgia, com nervo supraescapular; e fisioterapia contí-
o objetivo de abreviar o tempo de evolução nua e individualizada. Contudo, uma abor-
da rigidez articular (NEVIASER e NEVIA- dagem cirúrgica pode ser recomendada nos
SER, 2011). A artroscopia cirúrgica no tra- casos em que o quadro clínico se mantém
tamento da CA persistente às medidas con- inalterado após tratamento conservador e
servadoras é uma opção segura e representa consiste na liberação da cápsula articular
uma alternativa muito menos traumática por via artroscópia ou cirurgia aberta.
quando comparada a manipulações do om- A ausência de evidências sobre os trata-
bro ou a cirurgias abertas (NICHOLSON, mentos expostos deve ser considerada como
2003). A sinovectomia intra-articular na limitação, e novos estudos são necessários.
glenoumeral e a liberação do ligamento Por fim, reconhece-se que tal revisão não
coracoumeral permitem o retorno breve pretende esgotar os assuntos envolvidos,
dos movimentos associado ao alívio da dor mas contribuir para aprofundamento da
(MUSIL et al., 2009). compreensão do tema abordado.

REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA DO SUS/MG VOLUME 2 • N˚ 2 77


Referências GUYVER, P. M.; BRUCE, D. J.; REES, J. L. A
stiff problem that requires a flexible approach.
AHMAD, D.; HASHIM, J. A.; ASSIM, H. M. Maturitas, v.78, n.1, p.11-6, 2014.
Outcome of manipulation under anaesthesia in
adhesive capsulitis patients. J Coll Physicians HALL, C. M.; BRODY, L. T.; TARANTO, G. Exer-
Surg Pak, v. 24, n.4, p. 293-4, 2014. cício terapêutico: Na busca da função. São Paulo:
Guanabara Koogan, 2001.
BELL, G. W.; PRENTICE, W. E. Modalidades
infravermelhas: Calor e frio. In: PRENTICE, W. HANCHARD, N. C. et al. A questionnaire sur-
E. Modalidades terapêuticas em medicina es- vey of UK physiotherapists on the diagnosis and
portiva, v.49, n.4, p.375-86, 2009. management of contracted (frozen) shoulder.
Physiotherapy, v.97, n.2, p.115-25, 2011.
BLANCHARD, V.; BARR, S.; CERISOLA, F. L.
The effectiveness of corticosteroid injections com- HARRIS, G.; BOU-HAIDAR, P.; HARRIS, C.
pared with physiotherapeutic interventions for Adhesive Capsulitis: Review of imaging and tre-
adhesive capsulitis: A systematic review. Physio- atment. J Med Imaging Radiat Oncol, v.57, n.6,
therapy , v.96, n.6, p.95-107, 2010. p.633-43, 2013.

CELIK, D. Comparison of the outcomes of two HELBIG, B.; WAGNER, P.; DOBLER, R. Mobiliza-
different exercise programs on frozen shoulder. tion of frozen shoulder under general anaesthesia.
Acta Orthop Traumatol Turc, v.44, n.4, p.285- Acta Orthop Belg, v.49, n.1-2, p.267-74, 1983.
92, 2010. JACOBS, L. G. et al. Manipulation or intra-ar-
CHECCHIA, S. L. et al. Tratamento da capsulite ticular steroids in the management of adhesive
adesiva com bloqueios seriados do nervo supra- capsulitis of the shoulder? A prospective rando-
escapular. Rev. Bras. Ortop, v.41, n.7, p.245-52, mized trial. J Shoulder Elbow Surg, v.18, n.3,
2006. p.348-53, 2009.

CODMAN, E. A. Tendinitis of the short rotators. JAIN, T. K.; SHARMA, N. K. The effectiveness of
In: Ruptures of the supraspinatus tendon and physiotherapeutic interventions in treatment of
other lesions in or about the subacromial bursa. frozen shoulder/adhesive capsulitis: A systema-
Boston: Thomas Todd; 1934. p. 216-224. tic review. J Back Musculoskelet Rehabil, v.1,
p.1-27, 2013.
DUPLAY, E. S. De la périarthrite scapulohumerale
et des raideurs de l’èpaule qui en son la conse- JANDA, D. H.; HAWKINS, R. J. Shoulder ma-
quence. Arch Gen Med, v. 20, p.513-42, 1872. nipulation in patients with adhesive capsulitis
and diabetes mellitus: A clinical note. J Shoulder
EWALD A. Adhesive capsulitis: A review. Am Elbow Surg. ,v.2, n.1, p. 36-8, 1993.
Fam Physician, v.83, n.4, p.417-22.
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêu-
FARRELL, C. M.; SPERLING, J. W.; COFIELD, ticos: Fundamentos e técnicas. 4. ed. Barueri:
R .H. Manipulation for frozen shoulder: Long- Manole, 2005.
term results. J Shoulder Elbow Surg, v.14, n.5,
p. 480-4, 2005 LECH O. Membro superior: Abordagem fisio-
terapêutica das patologias ortopédicas. Rio de
FERNANDES, M. R. Arthroscopic treatment of Janeiro: Revinter, 2005.
refractory adhesive capsulitis of the shoulder. Rev
Col Bras Cir, v.41, n.1, p.30-5, 2014 LECH, O.; SUDBRACK, G.; VALENZUELA, N.
C. Capsulite Adesiva (“ombro congelado”) Abor-
FERNANDES, M. R. at al. Bloqueio do nervo dagem Multidisciplinar. Rev. Bras. Ortop, v.28,
supraescapular: Procedimento importante na n.9, p.617-24, 1993.
prática clínica. Parte II. Rev. Bras. Reumatol,
v.52, n.4, p.610-22, 2012. LEVY, O.; WILSON, A.; COPELAND, S.A. Ma-
nipulation under anesthesia for primary frozen
FERREIRA-FILHO, A. A. Capsulite Adesiva. Rev
shoulder: Effect on early recovery and return to
Bras Ortop, v.40, n.10, p. 565-74, 2005.
activity. Journal of Shoulder and Elbow Surgery,
GODINHO, G. G. et al. Capsulite do ombro: tra- v.1, p.23-6, 2000.
tamento clínico-fisioterápico. Rev. Bras. Ortop,
LORBACH, O. et al. Good results after fluoros-
v.30, n.9, p. 660-4, 1995.
copic-guided intra-articular injections in the
GREY, R. G. The natural history of “idiopathic” treatment of adhesive capsulitis of the shoulder.
frozen shoulder. J Bone Joint Surg Am, v.60, n.4, Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc, v.18, n.10,
p.564, 1978. p.1435-41, 2010.

78
LUNDBERG, B. J. The frozen shoulder. Clinical ROOKMONEEA, M. et al. The effectiveness of
and radiographical observations. The effect of interventions in the management of patients with
manipulation under general anesthesia. Struc- primary frozen shoulder. J Bone Joint Surgery,
ture and glycosaminoglycan content of the joint v. 92-B, p.1267-72, 2010.
capsule. Local boné metabolism. Acta Orthop RUSSELL, S. et al. A blinded, randomized, con-
Scand Suppl, v.119, p.1-59, 1969. trolled trial assessing conservative management
MAEDA, E. Y. et al. O ombro em uma linha de strategies for frozen shoulder. Journal of Shoul-
produção: Estudo clínico e ultrassonográfico. Rev. der and Elbow Surgery, v.23, n.4, p.500-7, 2014.
Bras. Reumatol, v.49, n.4, p.375-86, 2009. SATTAR, M. A.; LUQMAN, W. A. Periarthritis:
MA, S. Y. et al. Effects of whole-body cryothera- Another duration–related complication of diabe-
py in the management of adhesive capsulitis of tes mellitus. Diabetes Care, v.8, p.507-10, 1985.
the shoulder. Arch Phys Med Rehabil, v.94, n.1, SHAFFER, B.; TIBONE, J. E.; KERLAN, R. K.
p.9-16, 2013. Frozen shoulder. J Bone Joint Surgery, v.74a,
METZKER C. A. B. Tratamento conservador na p.738-46, 1992.
síndrome do impacto do ombro. Rev. Fisioterapia SIEGEL, L. B.; COHEN, N. J.; GALL, E. P. Adhe-
em Movimento, v.23, n.1, p.141-51, 2010. sive capsulitis: A sticky issue. Am Fam Physician,
MITRA, R. et al. Adhesive capsulitis: A new ma- v.59, p.1843-52, 1999.
negement protocol to improve passive range of SILVA, D. D. M.; MARIM, F. R.; LAMARI, N.
motion. PM R, v.1, n.12, p.1064-8, 2009. M. Qualidade de vida de paciente com capsu-
MURNAGHAN, J. P. Frozen shoulder. In: RO- lite adesiva. Rev. Fisioterapia Brasil, v.10, n.2,
CKWOOD, C. A. The shoulder. Philadelphia: p.131-4, 2009.
Lewis Reines; 1990. p. 837-62. SKAF, A. et al. Avaliação da capsulite adesiva do
MUSIL, D. et al. Arthroscopic capsular release ombro na RM em 18 casos. In: Jornada Paulista
in frozen shoulder syndrome. Acta Chir Orthop de Radiologia. Sociedade Paulista de Radiologia
Traumatol Cech, v.76, n.2, p.98-103, 2009. e Diagnóstico por Imagem, São Paulo, 2007.
NEVIASER, J. S. Adhesive capsulitis of the shoul- SMITH, C. D.; HAMER, P.; BUNKER, T. D. Ar-
der. J Bone Joint Surg, v.19, n.9, p.536-42, 2011. throscopic capsular release for idiopathic frozen
shoulder with intra-articular injection and a con-
NEVIASER, R,J.; NEVIASER, T.J. Adhesive cap-
trolled manipulation. Ann R Coll Surg Engl, v.96,
sulitis of the shoulder. J Am Acad Orthop Surg,
n.1, p.55-60, 2014.
v.19, n.9, p.536-42, 2011.
STEINBROCKER, O. The shoulder hand syndro-
NICHOLSON, G. P. Arthroscopic capsular release
me: associated painful homolateral disability of
for stiff shoulders: Effect of etiology on outcomes.
the shoulder and hand with swelling and atrophy
Arthroscopy, v.19, n.1, p.40-49, 2003.
of the hand. Am J Med, v.3, p.402-7, 1947.
NOGUEIRA-BARBOSA, M. H. et al. Diagnóstico
STRUYF, F.; MEEUS, M. Current evidence on
por imagem nas rupturas do manguito rotador.
physical therapy in patients with adhesive cap-
Acta Ortop. Bras, v.10, n.4, p.31-9, 2002.
sulitis: What are we missing? Clin Rheumatol,
OLIVA-FILHO, A. L. Bloqueios dos nervos perifé- v.33, n.5, p.593-600, 2013.
ricos. In: POSSO, I. P. Anestesiologia. São Paulo:
TANAKA, K. et al. Joint mobilization versus
Atheneu, 1992.
self-exercises for limited glenohumeral joint
OZKAN, K. et al. Suprascapular nerve block for mobility: Randomized controlled study of ma-
the treatment of frozen shoulder. Saudi J Anaesth, nagement of rehabilitation. Clin Rheumatol,
v.6, n.1, p.52-5, 2012. v.29, n.12, p.1439-44, 2010.
PLACZEK, J. D. et al. Longterm effectiveness of TIGHE, C. B.; OAKLEY, W. S. The prevalence of
translational manipulation for adhesive capsulitis. a diabetic condition and adhesive capsulitis of the
Clin Orthop Relat Res, n.356, p.181-91. shoulder. South Med J, v.101, n.6, p.591-5, 2008.
PLACZEK, J. D. et al. Theory and technique of trans- TURTELLI, C. M. Avaliação do ombro doloroso
lational manipulation for adhesive capsulitis. Am J pela radiografia convencional. Rev. Radiol Bras,
Orthop (Belle Mead NJ), v.33, n.4, p.173-9, 2004. v.34, n.4, p.241-5, 2001.
REEVES, B. The natural history of the frozen ULUSOY, H. et al. The efficacy of supervised phy-
shoulder syndrome. Scand J Rheumatol, v.4, n.4, siotherapy for the treatment of adhesive capsulitis.
p.193-6, 1975. Bratisl Lek Listy, v.112, n.4, p.204-7, 2011.

REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA DO SUS/MG VOLUME 2 • N˚ 2 79


VALENZUELA, N. C. Fisioterapia na capsulite YANG, J. L. et al. Effectiveness of the end-range
adesiva do ombro. Rev. Fisioterapia Movimento, and scapular mobilization approach in a subgroup
v.13, n.1, p.49-60, 1999. of subjects with frozen shoulder syndrome: A
VEADO, M. A. C, GONÇALVES, E. L. N. Capsu- randomized control trial. Man Ther, v.17, n.1,
lite adesiva do ombro. Rev. Mineira de Ortopedia p.47-52, 2012.
e Traumatologia, v.2, n.2, p.16-22, 2011. ZOOROB, R. J.; CENDER, D. A different look at
WEINSTEIN, S. L. Ortopedia de Turek: Princípios corticosteroids. Am Fam Physician, v.59, p.213-
e sua aplicação. 5. ed. São Paulo: Manole, 2000. 17, 1998.

WIES, J. T. et al. A pilot randomized placebo- ZUCKERMAN, J. D.; CUOMO, F.; ROKITO, S.
controlled trial of physiotherapy and osteopathic Definition and classification of frozen shoulder:
treatment for frozen shoulder. British Society for A consensus approach. J Shoulder Elbow Surg,
Rheumatology XX Annual Meeting. 1-4 abril v.3, n.1, p.S72, 1994.
2003, Manchester, UK, 42:146.

80

Você também pode gostar