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III MOSTRA DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS AMÉRCIAS


O DIAGNÓSTICO POR IMAGENS RADIOGRÁFICAS COMPARANDO A
DISPLASIA COXOFEMORAL ENTRE CÃES E RECÉM NASCIDOS
FERNANDES, Jaiane; POZNICOV, Larissa; VICTOR, Vinícius; Orientador: TURRI, Rodrigo.
INTRODUÇÃO Realizada uma radiografia convencional e ultrassonografia da
Recém nascidos e cães podem desenvolver displasia região do quadril, sendo utilizados métodos com manobras,
coxofemoral (DCF), adquirido a nomenclatura displasia do Ortolani e Barlow. Os sintomas da DDQ podem ser perceptíveis
desenvolvimento do quadril (DDQ) no caso dos recém logo no nascimento ou quando começam a andar. Para obter o
nascidos.¹ A mesma é caracterizada por frouxidão articular, diagnóstico preciso, é essencial uma anamnese baseada em
formação anormal do quadril e doença articular 4
evidência, histórico familiar e fatores de riscos.
degenerativa. Sintomas recorrentes são dores e limites Figura 2: radiografia da DDQ, luxação Para realizar o exame
funcionais.² O exame para estudar a parte anatômica em congênita de quadril. físico, o recém-nascido
questão é a radiografia simples, na qual há posicionamentos deve estar no berçário para
específicos, visando por uma melhor imagem devido às os métodos serem
estruturas de ambas as espécies. Cães adquirem a doença executados. O primeiro, é a
por diversos fatores, seja pela alimentação, ambiente e manobra de Ortolani, que
genética (grande porte), e os recém nascidos já nascem com identifica a redução da
a doença, que se desenvolve com o crescimento. articulação coxofemoral no
quadril. Em decúbito dorsal,
OBJETIVO flexão de 90° dos joelhos,
Apresentar as comparações dos exames de imagens coxas em adução com leve
radiográficas da displasia coxofemoral entre cães e recém- rotação interna. Já o teste
nascidos. Fonte: Prof. Frank Gaillard. de Barlow vai determinar o
METODOLOGIA potencial da displasia onde o recém-nascido vai ficar em
Este trabalho trata-se de uma análise exploratória posição de adução, uma carga será exercida sobre o joelho
explicativa, baseada em revisões bibliográfica com consulta em direção vertical do quadril, fazendo com que a cabeça
à base de dados EBSCO, minha biblioteca, google femoral se desloque do acetábulo, confirmando a DDQ, como
4
acadêmico e literatura específica. Os descritores utilizados mostra a figura 2.
Tabela 1: classificações da displasia em recém-nascidos e em cães
foram: displasia coxofemoral, imagens radiográficas,
comparações entre cães e recém nascidos e diagnóstico.
DESENVOLVIMENTO
A displasia é uma das doenças ortopédicas mais frequentes
da região coxofemoral, caracterizando uma incongruência
entre o acetábulo, colo e cabeça do fêmur. Nos cães,
normalmente, os sintomas começam entre 4 meses a 1 ano
de idade, sendo um fator de herdabilidade e degenerativo,
causando dores e dificuldade de locomoção. Uma das mais
diversas raças acometidas são os cães de grande porte, Fonte: Graf, R; Souza; Tudury.
como Golden Retriever, Labrador e Pastor Alemão. A
radiografia pélvica e a avaliação física são os principais
CONCLUSÃO
métodos para diagnosticar a displasia¹. O diagnóstico por imagem é completo e eficaz para a
Figura 1: radiografia da Para realizar o exame, foi utilizado o identificação da condição clínica displasia coxofemoral, tanto
articulação coxofemoral. método radiográfico convencional em em crianças recém-nascidas como em cães, auxiliando o
um pastor alemão com displasia reconhecimento precoce e tratamento. As técnicas,
coxofemoral grave, em decúbito semelhantes, permitem um olhar clínico ideal e conclusivo,
dorsal, com membros estendidos e por isso, é de extrema importância essa forma de análise,
rotacionados internamente para a uma vez que o desenvolvimento das duas espécies depende
patela estar sobreposta em relação ao do grau da lesão, sendo reconhecidas nos exames de
PMS do fêmur, paralelos entre si em imagem.
relação à coluna vertebral e pelve em
simetria, como figura 1 ³.
REFERÊNCIAS
1 CARNEIRO, R, K; BING, R, S; RERREIRA, M, P. Avaliação radiográfica da displasia coxofemoral
A displasia coxofemoral não afeta em cães. Revista CiÃnc. Anim, 2020.
2 VETTORATO, M, C; MARCELINO, R, S; SILVA, R, L. Evolution of radiographic placements used for
somente os cães, mas também hip joint pathologiesin humans and dogs. Revista Tehnne e logos. 2016.
3 B.D. ROCHA, R.C.S. TORRES, E.F. SILVA, F.G. MIRANDA. Avaliação radiográfica da displasia
recém-nascidos no seu coxofemoral de cães adultos: comparação entre dois métodos. 2014.
desenvolvimento causando uma DDQ 4 GUARNIERO, Roberto. Displasia do desenvolvimento do quadril: atualização. Scielo, 2010.
TÔRRES, R. C. S. Prevalência da displasia coxofemoral em cães da raça pastor alemão, 2003.
(displasia do desenvolvimento do Escola de veterinária, UFMG.
5. GAILLARD, Frank. Developmental dysplasia of the hip. Radiopaedia.
quadril), afetando até mil crianças por 6. GRAF, R. Classification of hip joint dysplasia by means of sonography. Arch Orthop Trauma Surg.
Fonte: Tôrres, 2003 ano. Para diagnosticar a doença, é SOUZA, A. F. A.; TUDURY, E. A. Displasia coxofemoral: diagnóstico clínico e radiográfico. Clínica
Veterinária, São Paulo.

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