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MANUAL DE REGULAGEM E
MANUTENÇÃO EM GUITARRAS,
CONTRABAIXOS E VIOLÕES
Edição do Autor
2003 Brasília
Revisado
2017
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada,
gravada, reproduzida ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio
eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do autor.
ISBN 85-903604
CDD 787.1928
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iu ta
G
REGULAGEM E MANUTENÇÃO EM GUITARRAS, CONTRABAIXOS E VIOLÕES PASSO A PASSO
SUMÁRIO
- APRESENTAÇÃO
.
NOMENCLATURA DOS INSTRUMENTOS
Guitarra
Corpo Tirante
Captadores
Escala
Rebaixadores
Chanfrado de cordas
de apoio
Cabeçote
Pestana
Trastes
Casas
Ponte
Marcações de posição
Escudo
Jack
Chave seletora
canoa
Ferro da alavanca
do jack
Knobs
Potenciômetros
Chanfrado de apoio
Roldana da correia
Braço
2
Corte do tirante
Tarraxas
Placa das molas
2
NOMENCLATURA DOS INSTRUMENTOS
Violão
Caixa de ressonância
Escudo
Mosaico
Boca
Cavalete
Rastilho
Braço
Tarraxas
Fundo
Troculo
3
NOMENCLATURA DOS INSTRUMENTOS
Contrabaixo
Tirante
5
Rebaixador
Corpo de
cordas
Escala
Captadores
Cabeçote
Chanfrado Pestana
de apoio
Trastes
Casas
Marcações de posição
Ponte
Knobs
Jack Potenciômetros
(na parte interna)
Braço
Corte do tirante
4
CURSO DE REGULAGEM E MANUTENÇÃO
DE GUITARRAS, CONTRABAIXOS E VIOLÕES
PASSO A PASSO
1º PASSO - PRELIMINARES INICIAIS - Todo o conteúdo deste manual, foi elaborado base-
ado no fato de que se vá fazer prestação de serviços para clientes; que é uma situação onde se
tem uma maior exigência do Luthier no sentido de qualidade e profissionalismo que serão sem-
pre cobrados a todo momento!
Por isso baseado na experiência do autor, deve-se determinar o seguinte: que o cliente
deixe o instrumento para se fazer o serviço com calma, tranquilidade e atenção, não aceitar fa-
zer o serviço na sua presença porque ele poderá atrapalhar fazendo perguntas e tirando a sua
necessária atenção ao serviço, que deve ser feito com bastante concentração.
Estipule antes o valor do serviço a ser feito, marque a data da entrega do serviço com um
tempo suficiente para se fazer um serviço no capricho de acordo com a sua capacidade e a ur-
gência do cliente anotando o telefone dele para ligar quando estiver pronto, e diga para ele ligar
quando estiver vindo para que você possa ré-conferir alguns itens da regulagem (no caso do ins-
trumento ter ficado um dia ou mais parado à espera) como por exemplo a afinação, que tende a
ser alterada naturalmente por causa do clima, ou combinar com o cliente de só vir quando você
ligar dando o ok, ou ainda marcar um horário específico da entrega para que você possa ter um
melhor controle e evitar que tenha que mexer novamente no instrumento no ato da entrega
como por exemplo ter que tirar algum eventual trastejamento que também pode ocorrer natu-
ralmente, mesmo depois do instrumento ser totalmente testado.
EXEMPLO INCORRETO
7
Geralmente ponte alta, é um
Escala baixa e braço sem
erro comum de projeto dos
a mínima inclinação
Corda alta Instrumentos amadores
8 EXEMPLO CORRETO
Altura da ponte,
correta
Inclinação do braço correta, e altura da escala, correta
Ângulo do braço
correto e favorável à inclinação do braço
Em 99% dos instrumentos existe algo que o autor denominou como torção do braço, que
não chega a ser exatamente uma torção ficando mais somente no termo, mas que é gerado nas
colocações e retiradas das cordas de forma incorreta, se você gosta do seu instrumento e quer
conserva-lo explorando todos os detalhes, faça o seguinte: Na hora de retirar as cordas do ins-
trumento, seja violão, baixo ou guitarra, faça com que a tensão constante causada ao braço,
pelas cordas, seja eliminada de forma gradual e centralizada, (figura 11) ou seja, elimine a ten-
ção das cordas do centro do braço para as laterais do braço folgando-se 2 voltas em cada tarra-
xa das respectivas cordas : SOL- RE, SI- LA, MIZINHA e MIZONA, porque quando você folga a
corda misinha por exemplo, se está retirando do braço nada mais nada menos que 5,94 kg de
tenssão na área daquela corda fazendo com que a área oposta ou seja, da corda misona, a pres-
são da corda aumente pois vai haver tenssão mais de um lado do que do outro, e a madeira do
instrumento recebendo esta informação ao longo do tempo fatalmente ficará com esta torção.
Para se ter uma idéia mais precisa, a tensão da 1ª corda do encordoamento 009 que é a
corda MI (1ª), como, já foi visto, tensiona o braço 5.94 kg e a tensão do encordoamento comple-
to é de 38.65 kg ! Confira abaixo a tenssão individual de cada corda da nuneração 009. (Referên-
cia, D’addario)
E = 5,94 kg
B = 4,99 “ 11
Alívio de tensão das cordas,
G =6,67 “ feito de dentro para fora do braço,
D =7,17 “ para evitar a torção, que é a diferença
A =7,17 “ de curvatura nas laterais do braço, na
E = 6,71 “ região das primas e bordões.
7
DESMONTAGEM DO VIOLÃO:
- Retire as cordas velhas do instrumento, (da forma vista anteriormente) enrole-as e co-
loque-as no pacote das cordas novas que vão ser colocadas no instrumento e entre-
gue-as para o cliente, guarde-as para qualquer emergência ou jogue-as fora.
- Retire o rastilho.
. - Retire as tarraxas.
- Retire o circúito do captador, (pagina 77 figura 214 e pagina 79 figura 220).
- Retire a capelinha (se tiver) e o terminal de ajuste do tirante.
- Se o violão estiver precisando, limpe-o por dentro com um pincel comprido ou se tiver
muito sujo, use um aspirador de pó.
12
13
Tirante fixo embutido Alguns dos modelos mais comuns
em “T” para violão de rastilhos para violões
Clássico
Folk
Tirante fixo embutido
em “U”para violão
Oitavas pré-ajustadas
(existem outros vários modelos)
Modelos dos
14
variados
tipos de
terminais de
ajustes dos
tirantes Sextavado Sextavado Anel Hallen Fenda Cruz
alongado
.
15
Dentro do eixo do potenciômetro também
deve ser lubrificado como mostra a figura ao lado
9
Acúmulo de sujeira de pouco tempo
19
Limpeza no interior
18
da chave seletora
com o spray, ou
álcool isopropílico
21
Locais para o engraxamento
20 Locais para a lubrificação
5º PASSO - ENGRAXAR. Uma vez feita a lubrificação, deve-se agora fazer o engraxamento
das peças que sofrem atrito. Mas esta etapa deve ser feita já na montagem do instrumento, nos
seguintes pontos: Nas pontas dos parafusos de roscas soberbas, que são fixados em madeira,
nas roscas dos parafusos em milímetros e polegadas que são fixados em metal, ferro e alumínio,
nas cabeças e pescoços dos parafusos que sofrem algum tipo de atrito no
metal como mostra a figura 23.
23
22
VARIADOS TIPOS DE
CABEÇAS DE PARAFUSOS
Fenda Philips
Hallen Sextavado
24
VARIADOS TIPOS DE PARAFUSOS peças, com metal dos parafusos
25
10
26 Junção do braço ao corpo, engraxada
para uma total fixação sem folgas,
engraxamento tanto nas laterais da
madeira do braço, quanto nos furos
de penetração dos parafusos, e estes
Junção do braço ao corpo no
furos não podem de forma alguma
sistema de aparafusamento, mesmo
estar espanados na sua rosca!
com o calço, esta junção tem que ser
perfeita no sentido de total fixação,
sem folgas das duas madeiras (corpo
e braço) para que o instrumento vibre como
uma peça única de madeira sem perda de sustain!
Corta-se
a cabeça Abaulamento fixo
da corda Abaulamento do rastilho da base da ponte
de acordo com o
abaulamento
da escala
31
33
Engraxamento do pino da
tarraxa do violão, nos dois
locais do orifício no cabeçote
onde sofre o atrito com a
Lubrificação com óleo nas partes em
madeira, para que a tarraxa
atrito de metal com metal nas partes
rode macio
expostas da tarraxa do violão 34
38
Braço com ângulo côncavo
41
Tirante mais recente do tipo usado pelas guitarras da marca Jackson
Ferro quadrado
Ajuste junção dos dois ferros
42
Barra de ferro retangular com têmpera (transformação de
ferro para aço) não muito alta para assegurar uma correta
MODELO DE TIRANTE RECENTE
flexibilidade da movimentação do ferro
E MAIS USADO
Barra de ferro redonda Barra retangular fixada
FUNCIONAMENTO: Acionando a porca de ajuste com a chave hallen no sentido horário, acontece um re-
puxamento do ferro redondo, levantando o ferro retangular para cima em forma de arco empur-
rando internamente a madeira do braço para este formato possibilitando assim o seu desempeno
43
Dos problemas que podem ocorrer com os tirantes mais comuns, como o seu mal funciona-
mento por exemplo, existe um que é considerado muito grave para o instrumento e que ocorre
não muito raramente que é o seguinte: Quando o corte feito na madeira para receber o tirante é
feito sem precisão, ou quando existe algum tipo de folga entre o tirante e madeira ou entre os
ferros, acontece então vibração ou trepidação do ferro com ferro ou ferro com madeira ocasio-
nado pela vibração das cordas que soltas ou apertadas em alguma casa, provocam alguma fre-
quência que causam esse fenômeno totalmente desagradável e inconveniente pois causam um
som semelhante ao trastejamento e o pior, é levado ao amplificador e consequentemente ao PA.
Quando isto acontece é porque os fabricantes não colocaram nenhuma proteção de isola-
14
mento entre as partes trepidantes ou colocaram uma proteção não eficaz como uma fita do tipo
isolante que é enrolada em volta dos dois ferros com a intenção de prende-los, porém esta fita
ao longo dos anos se resseca e se parte causando este tipo de problema. Alguns fabricantes co-
locam espuma ou borracha estrategicamente posicionada (como mostra a figura abaixo), e com
isso conseguem resolver definitivamente o problema.
44
Camadas de espumas ou borrachas para evitar trepidações indesejadas
48
Ângulos de inclinações das cordas na pestana e ponte/rastilho
em guitarra, baixo e violão, fundamentais para uma boa regulagem
Inclinação do rastilho para escalas retas dos violões clássicos, por causa das
diferentes espessuras das cordas, relembrando que os rastilhos abaulados
também devem ter inclinações
55
aconselhável deixar estas distâncias ligeiramente um pouco mais elevada por causa das espes-
suras das cordas (figura 52). Procure o melhor ponto para a regulagem do instrumento, deixan-
do a ação média ou seja, as altura das cordas, nem muito alta, nem muito baixa, pois quanto
mais alta, mais compensação no ponto de comprimento da escala vai ser necessário, sacrifican-
do os harmônicos e as notas apertadas na região da 7ª casa, e quanto mais baixa a ação, menos
compensação vai ser necessário, sacrificando os harmônicos e as notas apertadas na região
da 19ª ou 24ªcasa. Deve-se ter também consciência do fato de que; a correta ação do instrumen-
to (altura das das cordas), vai depender de como toca no instrumento o seu dono, ou seja se ba-
te forte ou leve, se bater forte não dá pra deixar uma ação baixa pois acontecerão vários proble-
mas como a falta de sustain, um som percussivio (batido) das cordas e possíveis trastejamentos.
Todos os instrumentos devem ter o ajuste de inclinação das cordas na ponte ou rastilho
e nas pestanas por causa das diferentes expessuras das cordas e também por causa dos dife-
rentes abaulamentos das escalas. O ponto médio de medida como já vimos é de 2,5 mm de dis-
tância entre a primeira corda (misinha) e o último traste, e de 1 mm de distância também en-
tre a primeira corda ( misinha ) e o primeiro traste para guitarras e violões sendo que nos con-
trabaixos, as cordas são mais expessas e por isso deve-se acrescentar em média 50 % à mais
em cada medida. Isto faz com que o instrumento fique agradável e macio para execussão.
16
No caso de guitarras com pontes com alavancas tipo Fender ou Floyd Rose, deve-se fazer outros
ajustes que são ao todo mais três, além dos ajustes de abaulamento, (figura 51) altura das
cordas (figura 52) e inclinação (figuras 53, 54 e 55). São eles :
POSICIONAMENTO : Que é colocar a ponte bem centralizada nos dois parafusos que ancó-
ram a ponte, geralmente encontra-se um corte tipo meia lua para essa centralização que pode
variar nos seus detalhes, mas que deve ter como resultado final, uma boa centralização da pon-
te e isto pode ser confirmado observando se as cordas passam exatamente centralizadas no
braço, em cima de cada polo dos captadores tanto o da ponte como o do braço.
ÂNGULO : Que é deixar a ponte suavemente inclinada para frente em relação ao nível do
corpo para que além de a ponte ficar solta, possa se usar também o efeito de aumentar a
entonação da nota, até um tom para trás, (tipo bend) mais que um tom não é muito aconselhá-
vel usar com frequência pois força o instrumento principalmente nos parafusos que ancoram a
ponte e consequentemente a madeira que fixam esses parafusos podendo causar espanamento
da mesma nessa região, mesmo quando há a presença de buchas fixando esses parafusos.
FIXAÇÃO : que é fazer o ré-aperto dos três parafusos que fixam a base da ponte onde são
ancoradas as molas, ( parte debaixo da ponte que fica embutida na guitarra ) esses parafusos
sempre se folgam com o tempo trazendo problemas para o bom funcionamento da ponte,
para se ter acesso à estes parafusos, deve-se retirar todos os carrinhos da ponte pois eles ficam
logo abaixo dos mesmos.
56
Fixação
Abaulamento
Ângulo
Posicionamento
Altura
Deixe a ponte o mais solta possível, livre e flutuante e como já foi visto, com um ângulo
ligeiramente diagonal ao corpo da guitarra. Lembrando também que no caso da alavanca
modelo Fender não se tem o trava cordas e por isso, para se ter um bom funcionamento da pon-
te, a pestana deve ter um papel importante para isso, ou seja ela deve ser de um material de boa
qualidade como o osso ou metal por exemplo e deve estar perfeitamente moldada e lapidada
para isso como já foi visto (figuras 46 e 47) não podendo ser de plástico comum como nessas
guitarras mais baratas pois o plástico, prende as cordas obstruindo o seus movimentos ge-
rando problemas de afinação e problemas deste tipo, não pode em hipótese nenhuma acontecer
e para ajudar nesse sentido, mesmo com o uso de bons materiais e todo o trabalho de remode-
lagem da pestana, guitarristas estão adotando o uso de grafite na pestana para um melhor des-
lizamento das cordas na hora do bend ou uso da alavanca.
17
CONHECENDO O SISTEMA FLOYD ROSE 57
58 Parafuso de
fixação da Pino da
base das Parafuso micro
Parafuso de molas fixação do cubinho afinação
regulagem da
afinação Cubinho
Orifício
alavanca
Suporte para
os parafusos
da fixação dos
Carrinho
cubinhos
Base da
ponte
A boa ponte é
aquela que possui uma
têmpera alta (transformação
do ferro em aço de alta resistência)
da sua chapa de base, do corpo e
telhinhas do trava cordas (figura 61)
e parafusos de fixação da
ponte, bem como uma Base do
suporte
alta têmpera dos Parafuso de fixação
parafusos gerais, pois do trava das
molas
isso vai fazer com que
ela funcione mais solta, Base das
molas
sem o desgaste do
atrito dos ferros,
assegurando de
forma bem mais
Molas
eficaz, a afinação Trava das
do instrumento. molas
18
REGULAGENS DA PONTE
Altura da ponte
Parafuso de regulagem
da altura da ponte e das cordas
59
Bucha de fixação
No caso
do trava Trava cordas montado
cordas, além
de toda limpeza
Parafuso 61
e lubrificação que trava
já foi visto, verifique
Peça de Parafuso de
a sua total fixação, pois
trava fixação da base
toda segurança da afinação, (telhinha)
depende disso!!! Agora
começaremos a fazer as
verificações principais para
os ajustes da afinação do
Base do
instrumento onde é regulado os trava
harmônicos e as oitavas em todas Parafuso de cordas
fixação
as cordas, em todo o braço.
de início do tamanho
BATTERY
da escala (como é
pré-ajustado na fábrica AUTOMATIC GUITAR TUNER
apertada também na
12ª casa. Faça isso
19ªcasa: Em todas as cordas
também na 7ª, 19ª
casas e na 24ª casa CENT
-50
0 CENT
+50 Corda solta,
quando houver duas
BATTERY
Harmônico e
oitavas, esse
AUTOMATIC GUITAR TUNER
nota apertada
procedimento deve 66
Na 12ªcasa, o ponteiro
deverá ficar exatamente
0 67
Nesse sentido, desce a entonação da nota Nesse sentido, desce entonação da nota
Quando se torna difícil atingir o ponto zero do afinador, nos pontos das oitavas, provavel-
mente seja porque a escala não está 100% dentro de um padrão de
0
qualidade, pois existem instrumentos amadores que saem desse 70
A verificação do espectro das cordas, também é válido para cordas novas pois é comum
virem com problemas de fábrica, quando se tira do pacotinho, ela já está com o som mudo,
abafado, com alteração no seu espectro, com um som estranho. A segunda coisa a ser verifica-
da é o ângulo do braço, que em alguns casos podem estar para o côncavo ou para o convexo de
forma não adequada para o instrumento e principalmente se não há torção no braço como já
foi visto no 8º passo pois a torção é uma grande causadora de trastejamentos visto que ela li-
75
74 espectro
correto
vibração da corda, em um da corda
movimento de oito, nova ou
440 vezes por segundo velha
(hertz ciclos por segundo)
76
espectro
incorreto
da corda
nova ou
velha
24
mita uma perfeita regulagem, principalmente com relação a altura das cordas. Outro fator a ser
observado, é o perfeito estado da madeira com relação à resistência dela ao longo dos anos fren-
te ao clima pois ocorrem casos de instrumentos apresentarem dilatação ou contração na made-
ira da escala ou da parte traseira do braço que é talvez o maior causador de trastejamentos!
77
Dilatação ou inchaço da madeira
Não se pode esquecer que as vezes o problema pode estar na ponte, quando ela é do
tipo com abaulamento fixo, um ou outro carrinho mais baixo, colocará a altura da corda tam-
bém mais baixa o que podera causar trastejamentos.
Também não se pode esquecer do fator: Desgaste natural dos trastes que em alguns casos
é necessário troca-los para resolver problemas de trastejamentos, (o que deve ser feito por um
Luthier especializado, se você ainda não tem
condição para daze-lo ).
80
79
Abaulamento fixo
Abaulamento fixo
da base da ponte ponte Floyd Rose
relembrando que cada peça (carrinho)
tem o seu correto posicionamento!
82
Desgaste natural dos trates,
traste bem colocado trastes mal colocados
causado pela ação das cordas!
81
A terceira coisa a ser observado é a má colocação dos trastes desde a fábrica, e a expu-
são ou repuxamento dos trastes na madeira da escala que também podem ocorrer. Em resumo,
os tratejamentos nos instrumentos podem ser causados por :
- Cordas visivelmente velhas
- Tempo de vida das cordas
- Suor das mãos
- Sujeira acumulada na escala
- Cordas velhas ou novas com problemas no espectro
25
- Ângulo incorreto do braço (tirante)
- Dilatação/contração na madeira da escala ou do braço
- Abaulamento fixo da ponte incompatível com o da escala
- Desgaste natural dos trastes
- Má colocação dos trastes
- Expulsão ou repuxamento dos trastes
- Ação muito baixa das cordas
83
Deve-se observar
o refléxo da corda
no traste para
ajudar a visualizar
se a distância
está padrão!
do instrumento) um pano seco de algodão, (menos flanela, pois este solta fiapos) para se passar
nas cordas todas as vezes após tocar no instrumento. Passe o pano por cima e por baixo das
cordas (onde a sujeira mais se acumula) em todo seu comprimento, para limpar o suor deposi-
tado em baixo das cordas, para poder amenizar o problema causado por isso. Para a sujeira na
escala, limpe periodicamente com cera polidora nº 1 (cera automotiva) e após a limpeza, pas-
se um óleo natural de madeira, (óleo de cedro ou peroba) para tratar a madeira. Cordas velhas
ou novas com o espectro incorreto, troque-as por outras novas de boa qualidade.
Dilatação da madeira
84
85
Contração da madeira
26
O ângulo do braço deve estar perfeitamente ajus- 86
tado, se o braço estiver com alguma torção, anali-
se qual o melhor ponto da regulagem do tirante pa- Ferramenta para
ra definir o ângulo do braço na 1ª e na 6ªcorda em ajustes da pressão dos
relação as outras. A depressão ou dilatação na ma- trastes mal colocados
deira, é um problema grave, mas se for pouco é
possível contorna-la. Atue em cada traste estrate-
gicamente, rebaixando-o ou levantando-o (como
veremos mais a frente) ou ainda em último caso,
limando-o, quando não houver outra saída. Este
limamento, obrigatoriamente deverá ser seguido
de: Arredondamento, lixamento e polimento (como
também veremos mais a frente). Para fazer o reba-
ixamento dos trastes, confeccione uma pequena
ferramenta para ajuda-lo nesta tarefa (veja figura
86). Acione o parafuso para pressionar a chapa de
ferro e empurrar o traste para baixo para assenta-
lo corretamente. Confeccione também uma outra
ferramenta para complemento dessa função que
pode ser denominada de ponteiro rebaixador de
trastes (figura 90), um pequeno ferro maciço para 87
Chapa de ferro
Abaulada como
o abaulamento da
escala
27
90 PONTEIRO REBAIXADOR DE TRASTES
Corte uma pequena barra de ferro maciço quadrado Ponteiro rebaixador de trastes
Quando for o caso de dilatação grave da madeira da escala, e todos esses recursos não
forem suficientes, deve-se levar o instrumento para um luthier especializado em fabricação de
instrumentos musicais, pois os procedimentos a serem tomados, requerem outros conhecimen-
tos, habilidades e prática para fazer o serviço que consiste em retirada dos trastes, e plaina-
mento da escala, que só quem fabrica poderá faze-lo com mais segurança, sem colocar o ins-
trumento em risco de algum dano. Estes conhecimentos e habilidades, serão passados posteri-
ormente aos interessados em outras futuras edições do autor, sobre fabricação que terá todo o
seu conteúdo exclusivamente focado para uma maior abrangência sobre o assunto!
91
Para se trabalhar com o
ponteiro, começe do centro do
braço para fora, retirando
primeiro os trastejamentos
das cordas SOL e RE e
depois nas laterais,
nas cordas SI, LA e Chapa entre
MI (1ª) e MI (6ª), pois o impácto
o traste acompanha o e o traste
abaulamento da escala
e esse procedimento
ajuda a não se soltar numa ponta,
quando se estiver atuando na outra,
corra com o ponteiro enquanto se martela
na direção do meio do braço para fora como
mostra a figura 92 para que o traste fique bem assentado.
28
A força com que se deve 92
martelar, nunca pode e nem deve ser
grande, pois pode danificar o traste,
salvo exceção, quando se deve sim,
atuar com maior força, mas no sentido
plano do martelo como já foi visto,
(figura 88) essa força vai depender de
alguns fatores, que são: Se espessura
do corte que foi feito na fábrica para
receber o traste for apertada ou folgada,
se há um aprofundamento do corte que Atuação com
martelo e
recebe o traste, (figura 93) se a espessura
ponteiro, do
do corte for apertada, vai precisar um meio do braço
pouco mais de força, se for folgada, só para fora
um pequeno toque será o suficiente
para assentar corretamente o traste, se
em ambos os casos, houver o aprofundamento do corte,
93
Observando se o traste
está levantado
Movimentos do formão
94
95
do corte folgado, e se começar com uma força maior do traste com o martelo
atuando no sentido plano
que a necessária, o traste entrará na madeira da escala
mais que o correto, o que complicará mais a situação
porque será preciso usar outro recurso para sanar este
erro, que é o levantamento deste mesmo traste, com a
colocação de um calço (que deve ser de plástico tipo acetato
transparente para ficar discreto) em baixo do próprio traste, para
recuperar novamente a sua altura de forma que ele não desça (figura 95),
e para isso autor sugere que se faça uma reciclagem; recortando as capas plásticas
transparentes de acetato das embalagens em geral, ou adquirindo as folhas que são vendidas!
29
RETIRANDO OS TRASTEJAMENTOS
Para se trabalhar com a lima, também é necessário experiência e habilidade para não
danificar o instrumento, e essa experiência, se adquire com o tempo praticando este tipo de ser-
viço várias e várias vezes, e em vários tipos de instrumentos, mas só se deve fazê-lo quando o
traste não está devidamente assentado, e lembrando que as vezes é necessário o levantamento
do traste, (figura 94 e 95) por isso deve-se observar bem se o caso é mesmo de limamento que
como já foi dito, é o último recurso!
Mas as regras são as seguintes : usa-se a lima deitada na mesma direção das cordas, dei-
tada em todos os trastes que ela alcançar, faz-se o movimento de vai e vem, apoiando-a com
os dedos na área dos trastes a serem trabalhados e com a polpa da mão na sua extensão para
que ela já abranja e corrija o nivelamento de possíveis imperfeições nos trastes posteriores e
anteriores, observe afigura abaixo no seus detalhes.
97
Faz-se o movimento até o traste problemático, em seguida, até o traste seguinte e assim
por diante, abrangendo uma área de duas, três, quatro ou mais casas e a cada casa, com menor
pressão sobre os trastes.
Dependendo do caso, no primeiro traste faz-se uma pressão adequada da lima de acordo
com o estado de poder de corte dela e do tanto que se deseja rebaixar o traste, essa pressão
deve ser menor a cada traste seguinte. Deve-se considerar ainda com respeito aos trastes, que
alguns fabricantes usam uma régua grande de aço para verificação da perfeita colocação dos
trastes com intuito de detectar qual está mal colocado, porém na opinião do autor é mais apro-
priado o uso das próprias cordas, (quando afinadas) pois por si só, elas já são excelentes réguas
que abrangem toda a extensão do braço.
30
98 Traste problemático 1 Traste limado 2 Traste arredondado
Faça primeiro a verificação auditiva dos trastejamentos para se ter uma idéia geral de
quais e quantos pontos deverão ser trabalhados, se necessário, refaça toda a leitura técnica do
12ºpasso para que não fique nenhum detalhe sobre trastejamento sem entendimento, pois mui-
tas vezes os trastejamentos, não existem auditivamente, mas sim, tecnicamente e a qualquer
momento podem virar auditivos (página 83).
Deve-se usar todas as ferramentas disponíveis de acordo com a sua preferência pois se
trata de um trabalho delicado, difícil e chato de se fazer e que requer bastante prática e habili-
dade, e é o ponto mais verificado pelos clientes; principalmente por aqueles que estão come-
çando a tocar, mas também por aqueles que já começaram a algum tempo mas que não tocam
nada, e por músicos de alto nível profissional!!! Como se pode observar, os trastejamentos são
verificados por todos. As ferramentas, devem ser fabricadas uma vez que são ferramentas
simples (como mostram as figuras 86, 89, 90 e 100) e com materiais fáceis de se encontrar no
mercado, caso não queira fabrica-las, é possível comprar alguns outros modelos na net!
100
Limamento do traste nas laterais
para o arredondamento
Bloco de
Ferramenta para madeira
99 lixamento
dos trastes
Folha de
Apoio de uma lâmina (do tipo estilete)
lixa d’agua
para não marcar a escala
Base de
borracha macia
Lixando o traste
para o polimento Observe que o bloco de
madeira com a base de borracha,
é posicionado de forma inclinada
para facilitar o arredondamento
do traste já pré-limado pela lima
101 que se dá através do lixamento
feito pela lixa d’água colocada
sobre a borracha.
31
Comece primeiramente pelos trastejamentos auditivos mais graves, aqueles em que a
nota nem sai, depois, para os auditivos menos graves, até chegar nos trastejamentos técnicos.
Lembrando que trastejamentos técnicos, são trastejamentos que existem por causa da
movimentação dos traste, que ocorre quando a madeira se movimenta nas mudanças do clima,
onde ela tanto pode se contrair, quanto se dilatar, puxando ou empurrando os trates para ci-
ma ou para baixo fazendo com que o som da corda, soem como trastejamento, embora não se-
ja trastejamento real, mas que de uma forma ou de outra interferem no som da corda, fazendo
com que ela raspe nos próprios trastes ao longo do braço por causa do espectro da própria cor-
da ao ser tocada, fazendo com que o seu som, não seja limpo e solto como deve ser, e geral-
mente esse trastejamento técnico, mais cedo ou mais tarde, sempre se torna trastejamento au-
ditivo, que é o trastejamento real, aquele em que as vezes, a nota nem sai, ou sai suja, com o
seu som de uma forma que se pode denominar, como metálico, distorcido ou saturado demais!
pode-se colocar
uma cabeça de
madeira na base
do ponteiro
Bend na guitarra
13º PASSO - TESTANDO OS BENDS. A maioria dos clientes não solicitam esta regula-
gem, porém é muito importante que se verifique os bends porque eles funcionando perfeita-
mente, será a confirmação de que realmente o instrumento ficou bom com relação aos trasteja-
mentos ou seja, ficou com trastejamento zero.
Quando se tira os trastejamentos de cada corda com a lima, se trabalha com ela com
movimentos no sentido horizontal da corda, como já foi visto na figura 97, mas com os bends
estes movimentos devem atuar no mesmo sentido perpendiculares das cordas, para que se faça
uma espécie de pente fino aos trastejamentos, eliminando qualquer possível vestígio deles.
Os bends devem ser de um tom e meio no máximo para não forçar muito a ponte no
instrumento, pois um exagero faz com que a tenção das cordas se eleve consideravelmente for-
çando o braço que já sofre uma tenssão constante das cordas que é em média 40 kls como vi-
mos no 4º passo, além de forçar os parafusos de fixação da ponte o que pode leva-los ao espa-
namento na madeira podendo também até em casos extremos, soltar os carrinhos dos seus po-
sicionamentos no caso da Floyd Rose como já ocorreu, testemunhando o próprio autor, e o mais
frequente; que é quebrar as cordas. Algumas guitarras suportam bem, isto, outras nem tanto!
Os bends necessitam de uma altura da ação média baixa, ou seja não se pode deixar a
altura das cordas muito baixa principalmente se for uma escala muito abaulada como nas gui-
tarras Fenders antigas porque esses dois fatores limitam os bends mesmo o instrumento estan-
do perfeitamente regulado e ajustado, já as guitarras mais contemporâneas possuem a escala
mais reta facilitando consideravelmente esta regulagem.
Por isso deve-se fazer a melhor análise de acordo com o que se deseja com relação a
técnica, estilo, pegada etc... pois quanto mais baixa as cordas menos probabilidade de bends
soltos e menos o principal, que é o sustain (quando se toca a nota, e o som se prolonga por
muito tempo), que será com certeza bastante sacrificado!
33
14º PASSO - FAZENDO ANOTAÇÕES. Todas as regulagens feitas no instrumento, não
vão fazer com que este instrumento dure eternamente sem apresentar problemas, mesmo com
todos os cuidados que se possa ter.
Felizmente ou infelizmente, todos os bons instrumentos são fabricados de madeira
porque ainda não existe outra matéria prima que dê melhor resultado na questão de qualidade
sonora e timbre, que a madeira, apesar dos todos os seus problemas, sem falar na beleza e
estética visual que ela proporciona, mas existem aqueles que não são de madeira, os que usam
outros tipos de materiais, porém estes, ainda não conseguiram superar a madeira!
Por causa disso todos os instrumento de madeira sofrem com as mudanças climáticas
de temperatura pois a madeira depois de cortada da árvore, não morre, continua vivendo e rea-
gindo com as mudanças climáticas. Esse é o principal fator que faz com que o instrumento ne-
cessite de manutenções periódicas, que variam de instrumento para instrumento dependendo
do tipo e modelo do seu projeto e as madeiras para os quais foram utilizadas.
Por isso é importante que se faça as anotações do que foi feito e quando foi feito, pa-
ra que a partir daí se tenha um controle da resistência e da qualidade da madeira que foi utiliza-
da nesse instrumento, uma vez que quanto mais antiga a madeira ou quanto mais antigo tenha
sido feito o seu corte da árvore, mais mudanças de estações de clima ela terá passado e con-
sequentemente mais resistência terá, levando-se em consideração que a madeira leva muito
tempo para secar totalmente.
104
Corte da madeira
em quartie
Corte da madeira
em pranchas
Madeiras simétricas
106
35
Não é preciso gastar mais dinheiro que o necessário com produtos importados que
prometem mil vantagens com total eficácia, do tipo, um único produto resolver todos os pro-
blemas de uma só vez, pois existem no mercado nacional os mesmos tipos de produtos para
a mesma finalidade, com a diferença, só, de não terem o seu rótulo específico para instrumen-
tos musicais, mas que fazem a mesma função com uma qualidade igual ou até superior aos im-
portados por um preço bem mais em conta.
Para a limpeza de sugeira acumulada pode-se usar cera polidora automotiva Nº 2
(esta cera é uma espécie de lixa em pasta, ela além de limpar, já faz o polimento) e no caso
daquela sujeira mas impregnada como esmalte, tinta ou cola de adesivo, se a cera Nº 2 não
estiver sendo capaz de remover a sujeira, use a cera Nº 1 que é mais grossa e portanto come
mais a sujeira, é aconselhável ter cuidado pois a Nº 1 pode comer até a tinta da pintura do ins-
trumento quando não tem uma camada protetora de verniz transparente!
Use também um polidor líquido para polimento do tipo ‘’braço’’ ou similar, use-o na
sequência do polimento da cera em pasta, ou para limpeza de sujeiras superficiais, ou ainda
para polir as partes em metais cromadas, douradas ou oxidadas.
E por fim, depois da cera, e do líquido, para trazer totalmente o brilho, use um óleo
para lustrar, do tipo lustra móveis (uso doméstico) ou também similar, existem algumas boas
marcas que dão ótimos resultados, mas dê preferência para os perfumados como o de lavanda
por exemplo.
E na limpeza da escala use um óleo de madeira que pode ser óleo de cedro, peroba,
ou pinho como foi visto no 4ºpasso. Esses produtos estão em lojas de tintas, supermercados,
etc, por um preço bem mais em conta, e que são tão bons ou melhores que os importados!
Polidor líquido
Prepara para
o brilho
36
GUARDANDO O INSTRUMENTO
! O!
A DO AD
R R
ER ER
Instrumento encostado
assim na parede, é a
forma mais usada
pelos leigos, e é
Pendurado pela
a forma mais
parede, aumenta
errada.
a tensão braço,
causada pelo
peso do próprio
instrumento.
108
109
37
O!
R AD
ER 110
O!
R AD
112
ER
Guitarra com alavanca, e deitada com as cordas para
baixo, força a alavanca e consequentemante o braço.
38
Boa parte dos instrumentos que já saem das fábricas com seus estojos ou cases,
originais, apresentam um problema em comum, que é o fato de ficar guardado dentro do pró-
prio estojo ou case, apoiado pelo braço como mostra a figura abaixo, e isso ocorre até mesmo
em instrumentos de marca renomada, e na opinião do autor, isso ‘’talvez’’ se deva pelo fato
de economia de material, de custo, desconhecimento de causa, considerar irrelevância, opiniões
contrárias, etc, então fabricam-se estojos com pouca altura das caixas, deixando o instrumento
deitado, ancorado pelo braço, e isto acontece ainda mais, quando há a inclinação do cabeçote,
pois quanto maior for esta inclinação, ( como por exemplo de uma guitarra Gibson Les Paul ),
maior deve ser a altura da caixa para que o instrumento fique apoiado somente pelo corpo, ( e
não pelo braço, que já sofre uma constante tensão das cordas ) deixando o cabeçote e o braço
livre de qualquer outra tensão que não seja à das cordas.
O!
RAD 113
ER
Estojo que deixa o instrumento
apoiado pelo braço.
O!
114
RAD
Guardar a guitarra com o ferro da alavanca ER
dentro do estojo.
O!
RAD
ER Guardar a guitarra com o ferro da alavanca
115
dentro da capa.
39
O ! 116
RAD
ER
Guardar o instrumento
dentro de casa ou em
algum recinto perto
de paredes que dão
para áreas externas
abertas expostas
ao calor do sol,
umidade da chuva
ou o vento frio que
fatalmente afetará
os instrumentos
causando-lhes
problemas.
118
Guardar o instrumento
40
O! 119
R AD
ER
Guardar o
instrumento
em cima
de um
guarda roupa que
o submeta à
ficar perto da telha,
fará com que ele
receba todo o
mormaço do calor
que esse local
absorve em
dias quentes.
DO!
RA
ER Deixar o instrumento no palco, de forma inadequada,
muito próximo dos holofotes ou diretamente sob suas
quentes e fortes luzes.
120
41
TO! 121
C ER
Deixar o instrumento
encostado em um sofá,
exatamente como mostra
a figura ao lado, faz com que o braço
dele, fique livre de alguma outra tensão
além da tensão das cordas que já é
constante no braço do instrumento,
esta é uma boa e prática forma de
guardá-lo, principalmente para
quem precisa do instrumento
à toda hora para tocar.
TO!
122
C ER
TO!
C ER
Providenciar um bom suporte para
o instrumento (do modelo mais
recente) que o apóie somente pelo corpo,
e não pelo braço (como nos modelos
antigos) esta é uma ótima forma de
guarda-lo, desde que seja em
locais de boa ambiência da casa ou recinto.
42
Providenciar um bom estojo, de preferência desses feito
por encomenda e sob medida para o seu instrumento, onde
O !
T possa solicitar que não deixe descansar apoiado pelo braço
43
17º PASSO - USANDO SEMPRE CORDAS DA MESMA NUMERAÇÃO. Uma vez feita a
regulagem do instrumento para cordas de Nº específico, deve-se então a partir daí usar sempre
encordoamento de mesmo Nº para manter a mesma tensão no braço, pois é muito importante
que a tensão seja sempre a mesma para que a madeira acostume ficando firme e estável, sem
ficar oscilando e apresentando variações que trazem problemas.
Se o instrumento tiver sido regulado para 009 por exemplo, e se colocar uma corda
que seja de outra numeração, já poderá aparecer problemas em curto prazo ou de imediato
no caso de guitarras com alavancas. Hoje em dia existem vários tipos de cordas no mercado
que são fabricadas das mais variadas matérias primas como cobre, níquel, prata, bronze, ferro,
aço, náilon. E cada um tipo, tem características de sons e timbres peculiares. Existe ainda cor-
das lixadas ou semi lixadas (figura126) que tem outras características. E as cordas híbridas
(numerações misturadas) que são muito comuns hoje em dia.
Também hoje é muito comum o uso de afinações alternativas como; um tom ou mais,
abaixo do 440 hertz, e outras que nem seria preciso abordar aqui, pois os procedimentos para
regulagem, são os mesmos para qualquer tipo de afinação, sendo necessário somente antes,
definir entre elas qual será utilizada, sem falar daquelas que os próprios músicos inventam para
experimentação! Mas as afinações padrões mais usadas são: (contando-se as cordas de baixo
para cima):
Guitarra e violão :............................ MI - SI - SOL - RE - LA - MI
Contrabaixo de 4 cordas :................. SOL - RE - LA - MI
5 cordas :................ SOL - RE - LA - MI - SI
6 cordas :.................DO - SOL - RE - LA - MI - SI
Cavaquinho :.................................... RE - SI - SOL - RE
Bandolim:......................................... MI - LA - RE - SOL
Viola de 10 cordas :.......................... MI - SI - SOL(sustenido)- SI- MI
Violino :............................................ MI - LA - RE - SOL
Guitarra baiana :............................... RE - SI - SOL - RE
Guitarra de blue :.............................. RE - SI - SOL - RE - LA - RE
Guitarra meio tom abaixo :............... D - A - F - C - G - D
Guitarra um tom abaixo :.................. D -A -F -C -G -D
Ukulele ............................................ A - E - C - G
126
Alma (ferro aço ou nylon)
Enrrolamento lixado
44
127 diapazão de metal
acionado por vibração,
é o mais preciso!
Bata com ele em
algum obstáculo,
e coloque-o próximo
ao ouvido para ouvir
a sua ressonância
128
emitindo a nota
Diapazão de seis
notas, (do violão)
de sôpro, que pode
ser de metal ou
de plástico
129
Diapazão de
uma única nota,
(geralmente nota A)
de sôpro, que pode
ser de metal ou plástico
DC IN ON BATT.
130 BATTERY
OFF
AUTOMATIC GUITAR TUNER
OUTPUT R
INPUT
AUTOMATIC GUITAR TUNER
AG - 6
Captação automática
Microfone, afina sem precisar plugar
das notas
131
fica que ele nunca mais vai dar proble- umidade excessiva Vita Pac Vita Pac
132
Os primeiros sintomas que indicam a necessidade de uma nova regulagem são: Mes-
mo colocando-se cordas novas, o instrumento não afina direito, mudança na altura das cordas
percebida sensível e visualmente, trastejamentos isolados ou em todas as cordas em determi-
nada região do braço, falhas na parte elétrica, bends mudos ou sem sustain dentre outros.
Só lembrando que as cordas, são as primeiras a apresentarem problemas pois tem um
tempo de vida útil já pré-determinado pelo fabricante, que dura em média no máximo um mês
para guitarras e violões e dois a três meses em média para contrabaixo (dependendo do quanto
se toca, do quanto se transpira, e de alguns outros fatores como visto no 12º passo).
Esta durabilidade de vida das cordas, refere-se a condição delas continuarem respon-
dendo à afinação da mesma forma que quando nova, pois quando elas começarem a não afi-
nar mais direito, tem de ser trocadas até mesmo para eliminar eventuais suspeitas de que o ins-
trumento esteja com outros problemas que não são nada mais que apenas cordas velhas e não
adianta recursos como ferver as cordas e colocar para secar no sol, como fazem principalmente
os baixistas pois esse recurso só melhora um pouco o som das cordas deixando-o mais claro e
nítido porque retira toda a sujeira impregnada nas entranhas do enrolamento da corda, mas a
afinação que é o principal fator, não é recuperado, sem esquecer do fato de que, quando as cor-
das ficam velhas, a tensão exata e precisa da numeração (009, 040 etc...) Se perde mais rápido
que a afinação, fazendo com que a madeira perca aquela tensão exata e precisa das cordas no-
vas mudando a sua estabilidade, passando para a instabilidade, aí é onde começam os proble-
mas que podem ser dos mais variados. Por isso quando perceber que o som está sem brilho,
mudou o ângulo do braço, a altura das cordas se alteraram, a ponte abaixou, começou a traste-
jar, não pense duas vezes, troque as cordas imediatamente!
É bom lembrar que hoje em dia, existe um luthier em cada esquina, e tem de se ter
muito cuidado para não deixar o instrumento na mão de qualquer um que possa coloca-lo
em risco de danos irreparáveis. Pois a cada dia que passa, os músicos profissionais em geral
estão ficando mais atentos, mais informados e descobrindo que tanto o violão quanto a guitarra
e o contrabaixo, necessitam de cuidados especiais periódicos que vão além de simplesmente
botar cordas, e sair tocando por aí.
Existe em cada instrumento des-regulado, pelo menos vinte itens a serem observados
e regulados. E para ser um bom luthier é preciso saber muito mais do que a exigência do cliente
em todos sentidos, estando constantemente atualizado com as novidades que surjam e vão
sempre surgir, (figuras 135 à 149) sem falar que o luthier tem de saber tocar um pouco ou
pelo menos saber como funciona os tipos de técnicas mais usadas pelos músicos seus clientes,
para conferir tudo antes deles, e dar a aprovação de que está realmente bom de acordo com
47
que se desejava relacionado a estilo musical, técnica, pegada (forte, média ou leve do músico),
e outras pre-exigências do cliente etc, etc, etc... Tem de entender um pouco de sons e timbres
dos principais seguimentos musicais, quando fala-se um pouco de conhecimento, é porque ho-
je em dia existem muitas variações de efeitos, simuladores de sons, o advento da informática,
que trouxeram uma variada gama de novos sons e timbres personalizados e somente os princi-
pais timbres se mantiveram fiéis as raízes e praticamente não se alteraram tanto como é o caso
do blues, jazz, cowntry etc.
Todo esses conhecimentos de timbres são importantes para quem vai mexer na parte
elétrica do instrumento que também está incluído na regulagem pois as vezes a guitarra, contra-
baixo ou o violão não está com um bom som, ou não está rendendo como estava, ou como po-
deria render! Tudo isso às vezes por causa de problemas na parte elétrica do instrumento.
Pois todos os sons e timbres, estão primeiramente relacionados aos captadores dos
instrumentos, e no caso das guitarras e contrabaixos cada captador pode vir até com cinco fios
cada, somando-se dez fios quando for dois captadores, e qualquer mudança na ligação de ape-
nas um fio, é suficiente para alterar o som e o timbre.
Está relacionado ao som : Volume, ganho, intensidade, qualidade etc, e ao timbre:
grave, médio, agudo, presença, drive, sustain etc. Também tem que se conhecer um pouco dos
modelos de instrumentos famosos que fizeram parte da história do rock, blue, jazz etc, sobre-
tudo as guitarras e baixos, uma vez que as guitarras vieram dos violões, que saíram do fundo
das grandes orquestras, com o advento do captador magnético que amplificavam o seu som, e
permitindo a ela, se sobresair mais que o piano e os instrumentos de sopro, (figuras 150 à 157).
Segue a relação das principais novidades que apareceram ao longo dos anos trazendo
mudanças para atender as exigências e necessidades dos músicos que evoluíram considerável-
mente as técnicas dos mais variados tipos e gêneros musicais, (figuras 135 à 149).
Captador humbucker
5 fios
133
Negativo/bobina 1
Positivo/bobina1
Terra
Positivo/bobina 2
Captador single-coil
Negativo/bobina 2
2 fios
134
Positivo
Negativo
48
NOVIDADES QUE MARCARAM NA HISTORIA DOS INSTRUMENTOS
136
Circúito de
pré amplificação
e equalização
Captador midi
137
49
138
139
Alavancas Winkinson
flutuantes, com trava
na regulagem de seu
abaulamento e com
têmpera alta do ferro
140
Ponte para
contrabaixo
com trava no
seu abaulamento,
projetada para
total ausência
de trepidações
ou vibrações
para explorar
o máximo de
sustain e timbre,
existe bastante
variações quanto
ao seu formato
50
Contrabaixo de cinco, seis e sete cordas,
com várias mudanças no design e
anatomia, dois tirantes e circuitos
elétricos ativos
141
142
143
51
144
Contrabaixo fretlees
(sem trastes)
Contrabaixo acústico
com captador piêzo-elétrico
146
Contrabaixo Steinberger
Headless (sem cabeçote)
com sistema de afinadores
traseiros instalados no
corpo do instrumento,
e captação ativa
52
Violão Godin sem trastes, com 11 cordas de nylon 147
fixadas com os cravos que são usados para fixar
cordas de aço, e com captação midi
149
Úsa-se também outro
recurso para fazer a correção da
entonação do instrumento, que é o sistema
Buzz Feiten. Consiste em projetar as posições
cordas na pestana, levemente para frente (em
direção ao corpo como, mostra a seta na figura
acima) um pouco mais à frente do que o seu
posicionamento padrão, praticado pela
maioria dos outros fabricantes
53
R
150
Guitarra Stratocaster, foi a guitarra revolucionária da época, mantendo-se até hoje como tal, pois em um
só instrumento, foram lançadas várias novidades que até então eram completamente desconhecidas
para sua época, como a presença de corte (cutway) também na parte superior do corpo, chanfrados
na parte dianteira do corpo para o antebraço e na parte traseira para o peito ou barriga,
ponte com sistema de alavanca de molas, chave seletora dos captadores,
três captadores individuais que geravam um som agudo e cristalino
que agradou em cheio os guitarristas de rock e country,
dividindo com a Gibson, a sua maior concorrente,
o mercado de consumidores ao meio,
151
O contrabaixo precision, surgiu em uma época em que estava à todo vapor o sucesso das guitarras,
e numa visão de gênio, o Luthier Leo Fender lançou-o no mercado fazendo a alegria
dos contrabaixista que teriam à partir daí, uma instrumento elétrico, como
a guitarra, pequeno, leve e prático ao contrário do
antecessor o grandalhão e pesado
contrabaixo acústico
152
153
55
As guitarras Gibsons de corpos sólidos vieram dos famosos violões acústicos da época e surgiram com
sucesso quando a empresa contratou o melhor guitarrista da época para projetar e assinar o modelo
para o qual, emprestaria o seu nome, que seria o modelo Les Paul, onde foi um dos pioneiros na
descoberta de que o corpo sólido eliminava o grande problema da microfonia causada
pelos captadores colocados em corpos acústicos dos violões, (que até então
era o grande fantasma e fracasso dos protótipos de guitarras anteriores)
trabalhando paralelamente à sua maior concorrente, a Fender porém
por caminhos completamente diferentes, enquanto a Fender 154
gerava um som agudo e cristalino, a Gibson gerava
um som grave e denso que agradou em cheio
os músicos jazz e blues atendendo outra
metade dos consumidores
155
Os modelos Explorer (acima) e Flay V (abaixo), surgiram basicamente do fato de que, o corpo da
guitarra podendo ser sólido, (e não acústico ou semi-acústico) proporcionava um ilimitado
convite à criatividade dos projetistas pois não havia nenhum obstáculo que impedisse
isso (como nos corpos acústicos dos protótipos de guitarras anteriores), era só
pegar o bloco de madeira sólido, e cortar no formato que se desejasse, e
esses e outros modelos dos mais variados e inusitados, também de
outras marcas, são o reflexo desta época em que havia uma
espécie de corrida para descobertas de um produto que
nascia com um grande potencial, e que explodia em
sucesso no mundo inteiro, o que fazia com
que as principais empresas da época
se empenhassem para conquistar
o domínio de um mercado
promissor cada vez
mais crescente e
lucrativo
157
57
PARTES ELÉTRICAS
Enrolamento da bobina
Espessura do fio
Ligação no sistema
58
Enrolamento da bobina Polo positivo do ímã de alnico
159
direita para esquerda
160
Enrolamento da bobina
esquerda para direita Polo negativo do ímã
161
Fio do enrolamento interno bobina 1
Terra
Vermelho
Preto Verde Branco
O tipo de ímã tem uma grande influência no resultado final. Se o ímã for de alnico,
como é o caso das guitarras Fender o som será agudo e cristalino, se o ímã for de ferrite como
é o caso das guitarras Gibson, o som será grave e encorpado. Existem também outros tipos,
como ímãs cerâmicos, que dão um resultado mais aveludado ao som.
Mas de qualquer forma a regra básica para todos é, quanto mais forte for o ímã, mais
ganho de volume vai ter, acontecendo também o contrário.
Todas estas características dos captadores magnéticos vistas até aqui, podem ser al-
teradas na sua forma de ligação no sistema, como a união de dois tipos diferentes de captado-
res em um mesmo sistema, posicionamento correto dos polos dos ímãs, direcionamento do
enrolamento, definição do papel de cada fio relacionada a cor da sua extensâo etc.
Todas estas informações são muito importantes para se iniciar no mundo das partes
elétricas, porém o mais aconselhável é copiar as várias ligações e começar a praticar em vários
instrumentos, usando-os como cobaias!
59
CAPTADORES DE VIOLÃO. O princípio de funcionamento é outro, existe um material
que se chama piezo-elétrico como já foi dito, esse material é responsável pela captação do som
do violão, e por ser um material muito sensível, funciona por vibração.
O piezo na verdade é uma lâmina onde de um lado é ligado o positivo, e do outro, o
negativo do sistema elétrico, o positivo é isolado e o negativo ligado na carcaça ou base do
captador.
Por si só isto já é suficiente para captar o som do violão quando ligado a um amplifi-
cador, por causa da sensibilidade do piezo que é colocado exatamente no ponto de maior vi-
bração do violão que é no meio do tampo, no cavalete onde se fixam as cordas que acionam
essa vibração, mas geralmente se coloca ainda mais um circuito de pré-amplificação e equali-
zação alimentado por uma bateria de 9 volts para timbrar e aumentar ainda mais o volume do
violão conforme mostra a figura 136.
Os problemas que aparecem com frequência relacionados ao som do violão, quando
não são provenientes de detalhes que já vimos como cordas velhas, trastejamentos ou outros,
com certeza estará no rastilho incorreto, mal colocado ou mal projetado o que trará consequên-
cias diretamente ligadas à parte elétrica do circuito.
Esses problemas com o rastilho resultam em instrumento com falhas no som das cor-
das, timbres diferentes entre as cordas ou o mais comum que é uma corda com o volume mais
baixo do que outra.
As figuras 163, à 176, e 184, 187 e 188 mostram porque isso acontece e figuras 178
à 183 mostram como fazer para evitar esses problemas comuns aos violões, leia os textos
das figuras, e observe-as com atenção.
Positivo
163
Piezo-elétrico
Negativo
Carcaça do captador
164
Corda sem inclinação 165
167
168
169
Contato incorreto
com o captador Calços na frente ou
atrás do rastilho
170
171
61
Rastilho com base imperfeita 174
Corte na madeira do cavalete, apertado para o rastilho, dificultando o contato com o captador
176
Os problemas mais comuns são : As fiações das conexões estarem soltas e quando o
músico vai tocar dançando ou pulando, acontece o rompimento do fio ou da soldagem do mes-
mo, podendo até acontecer internamente no circuito.
Existem umas presilias próprias para fixação das fiações do circuito que são coladas
internamente na caixa acústica no tampo (internamente) para amarrar os fios soltos e resolver
este problema, verifique se há a presença deste acessório no seu violão, (figura 214).
Quando for o caso de manutenção no próprio circuito, cada um tem a sua forma de
des-parafusamento e desmontagem, valendo à pena, uma boa observação antes de mexer nele
para tira-lo completamente do violão sem colocá-lo em risco de algum dano permanente! (Figu-
ra 220).
177
178
62
Corte na madeira do cavalete, Base do rastilho corretamente plana
179
nem apertado, nem folgado demais,
na medida certa da espessura do rastilho,
180
181
Base totalmente plana de todo rastilho, em contato com toda superfície do captador nas suas extenções
182
Base interna do corte na madeira do cavalete corretamente plana para acomodar captador
e corte na madeira do cavalete para receber o captador, feito na madida exata
183
Outro problema muito comum, é o uso do violão que tenha circúito de equalização que
seja alimentado com a bateria de 9 walts, e que se use o violão por muito tempo deixando a
bateria quase sem carga, isso pode trazer algum tipo de dano ao circúito.
As veses também todo o problema se encontra na conexão da bateria que pode ter
folga nas extencões dos polos positivo e negativo (figura 184) ou ainda perda da elasticidade
das molas ou das hastes metálicas que forçam esse contato, causando um interronpimento na
corrente, (figuras 185 e 186)
Outro fator de problemas no bom funcionamento do circúito, é o acúmulo de sujeira
que se armazena dentro do circúito e dentro da caixa da bateria pode haver ferrugem nos me-
tais que dão contato à corrente, ou uma espécie de fungos que se chama zinabre quando estes
metais são latão, (figura 187) e sempre é bom dar uma olhada nas soldagens dos fios para ver
se está tudo ok.
63
184 185 186
Rompimento do fio
188
187
Presença de ferrugem
Da mesma forma que existem vários tipos de captadores para guitarras, contrabaixos
e violões, também existem várias formas de ligações que são exclusivas dos captadores magné-
ticos ( ao contrário dos captadores piezo-elétricos que são utilizados mais no violões, que tem
só uma forma de ligação, que é positivo com positivo, e negativo com negativo).
Os captadores magnéticos, podem ser passivos ou ativos, (os ativos são aqueles que
precisam de uma bateria de 9 volts para funcionar).
Cada ligação tem as suas peculiaridades que atuam consideravelmente no resultado
final, pois existem várias formas de se ligar um só captador, ou a combinação de dois ou mais.
Existe também um padrão de numeração e especificação de peças como, potenciôme-
tros, capacitores, jacks e chaves seletoras que são o seguinte:
O potenciômetro deve ser 250 ou 500 K Logaritimo (e não Linear) para instrumento
passivo, como guitarra e baixo, (figura 189) e 25 K ou 50 K Logarítimo para instrumento ativo,
(ambos sem chave para volume, e podendo ser com chave para tonalidades).
Existem potenciômetros com o eixo recartilhado e eixo liso, para os recartilhados
usa-se geralmente knobs de plásticos de encaixe recartilhado, e para os lisos, usa-se knobs de
metal ou plástico, mas com a fixação de parafuso.
O capacitor deve ser de poliester de 0.045 K 250 MKT (ou 250 volts), (figura 193). As
chaves seletoras podem ser de 2, 3 ou 5 posições dependendo do que se deseja, (figuras 190
e 191) as de 2 posições podem ter 3 ou 6 conexões traseira para ligações na parte elétrica do
instrumento, (figura 192).
Os jacks devem ser monos para instrumentos passivos e estéreis para os ativos, os
monos tem duas conexões, e os estéreis, três conexões.
64
189 Potenciômetro logaritimo,
500 k para volume, (sem chave)
e 250 k para tonalidade, (geralmente sem chave)
500 k Log
para guitarras ou baixos passivos.
50 k para volume, (sem chave)
e 25 k para tonalidade, (geralmente com chave)
para guitarras ou baixos ativos.
Para os violões, devem ser
mantidas as especificações dos componentes
de projeto do circuito elétrico
de cada respectivo modelo.
190
191
192
194
Volume Tonalidade
Capacitor
Esta é a forma mais simples de ligação de um captador ao sistema com volume e to-
nalidade podendo também ser feita com o captador duplo com dois condutores ( positivo e ne-
gativo).
Para se colocar mais um ou dois captadores nesse sistema, é preciso que se tenha al-
guma forma de seleciona-los individualmente, que pode ser através de chaves seletoras ( figu-
ras 190, 191, e192 ) ou de volumes individuais como mostra o exemplo 197.
66
LIGAÇÃO FENDER COM 3 SINGLE COILS E 3 POTENCIÔMETROS,
( 1de volume e 2 de tonalidade )
COM CHAVE SELETORA DE 3 POSIÇÕES MODELO FENDER (figura 190)
195
Volume
master
Tonalidade
do captador 1
Tonalidade
do captador 2
Terra
Capacitor 1
Capacitor 2
67
LIGAÇÃO GIBSON COM 2 CAPTADORES DUPLOS, 4 POTENCIÔMETROS
(2 de volume e 2 de tonalidade)
COM CHAVE SELETORADE 3 POSIÇÕES MODELO GIBSON (figura 191)
196
- Negativo
- Positivo
Terra
Tonalidade 1
Chave seletora
de 3 posições
(figura 191)
Volume do captador 1
68
LIGAÇÃO DE CONTRABAIXO FENDER JAZZ BASS
COM 2 CAPTADORES E 3 POTENCIÔMETROS
(2 de volume e1de tonalidade)
197
- Negativo
- Positivo
Volume captador 1
Volume captador 2
Terra
69
LIGAÇÃO DE 2 CAPTADORES DUPLOS E 1 SIMPLES
COM CHAVE SELETORA DE 5 POSIÇÕES MODELO FENDER
COM DIVISÃO DAS BOBINAS DOS CAPTADORES DUPLOS
198
- Negativo
- Positivo
- Malha
Negativo
Obs.: Cores dos fios,
padrão Dimarzio
Positivo
Preto Vermelho
Branco Verde
Volume
Terra
Malha
Verde
Malha
Vermelho
Tonalidade
Verde
Preto Branco
Preto
Branco
Esta ligação, proporciona a divisão das bobinas dos captadores duplos, ou seja desli-
ga uma das duas bobinas do captador, deixando somente uma funcionando.
Isto faz com que o captador duplo, que tem um som médio-grave, encorpado e denso,
funcione como um captador simples que tem um som médio-agudo, cristalino e metálico, o que
dá bastante versatilidade à guitarra no sentido de mudanças de timbre, pois a guitarra terá tan-
to o timbre grave dos captadores duplos (humbuckers), quanto o timbre agudo dos captadores
simples (single coils).
Observe na figura 199, as combinações desta ligação com as posicões da chave seleto-
ra, e as divisões das repectivas bobinas dos captadores.
70
POSIÇÕES DA CHAVE SELETORA
COM AS RESPECTIVAS DIVISÕES DAS BOBINAS
Posição 1 Posição 2
199
LIGAÇÃO EM SÉRIE
200
LIGAÇÃO EM PARALELO
Negativos juntos,
ligados ao terra
do sistema
Positivos juntos,
ligados ao
positivo
do sistema
71
LIGAÇÃO FENDER COM CHAVE SELETORA DE 5 POSIÇÕES
E 1 ÚNICO CAPACITOR PARA OS 2 POTENCIÔMETROS DE TONALIDADE
201
Volume
master
Tonalidade
do captador 1
Tonalidade
do captador 2
Terra
Capacitor único
para os dois captadores
72
LIGAÇÃO COM CHAVE DE 2 POSIÇÕES E 6 CONEXÕES (figura 192)
PARA MUDANÇA DE TIMBRE
OBS.: PADRÃO DE CORES DIMARZIO
202 Preto
Verde
Branco
Malha
(terra) Vermelho
Positivo do sistema
Negativo do sistema
Preto 203
Branco
Verde
Vermelho
Malha
(terra)
Positivo do sistema
Negativo do sistema
204
Volume master
Tonalidade do captador 1
Tonalidade do captador 2
Terra
205
COMBINAÇÕES
DAS POSIÇÕES
2 1 0 Braço
1 2 0 Centro
1 1 2 Ponte 206
2 2 0 Braço e centro em paralelo
2 1 2 Braço e ponte em paralelo Obs.: Esta ligação também pode
1 2 2 Centro e ponte em paralelo ser feita usando o próprio
1 1 0 Braço e centro em série potenciômetro do tipo Push-Pull
2 1 1 Braço e ponte em série por ele ser também, de 2 posições
1 2 1 Centro e ponte em série (figura 206) como chave para
2 2 2 Braço, centro e ponte em paralelo substituir as chaves do braço e do
1 1 1 Braço, centro e ponte em série centro, e também outras, como as
2 2 1 Braço, centro e ponte em série/paralelo ligações das figuras 202 e 203
74
DICAS
207
209
problema em um BATTERY
OFF
instrumento, é conferir AUTOMATIC GUITAR TUNER
CALIB.
se ele está afinado AUTOMATIC GUITAR TUNER
AG - 6 BATT.
precisamente na altura
certa (de 440 hertz) do
afinador, diapazão, pedaleira,
teclado ou outro, desde que seja uma referência correta, pois, para um diagnóstico seguro do instrumento,
depende fundamentalmente disto, ou seja, se não estiver afinado na altura certa, não se vai ter um ângulo
do braço correto, o que vai interferir diretamente na altura das cordas que por sua vez vai interferir
diretamente na afinação, dentre outras coisas, e o mais importante é que, se a madeira do braço não tiver
sempre uma referência precisa e constante, ela vai se comportar de forma instável e não estável!
Então para não se perder tempo, primeiramente, afine o instrumento!
75
Ao retirar os parafusos
de um instrumento, 210
principalmente os
parafusinhos pequenos,
coloque-os em um ímã
para evitar perdas! Pois
por mais cuidados que se
tenha, eles sempre escapam
das nossas mãos, caindo quase
sempre em direção à locais
difíceis de se acha-los!
Os parafusos (que ficam nos carrinhos) de algumas pontes vem com alturas diferentes (no seu tamanho)
coloque-os nas posições corretas, (como mostra a figura abaixo) Os mais baixos nas laterais e os mais
altos no centro da ponte, para acompanhar de forma uniforme o abaulamento das cordas na ponte.
211
212
76
Deixe a ponta da
chave de fenda ou
213
philips descançar
sobre um ímã (como
sucata de auto-falante
por exemplo) para
que ela também
fique imantada e
segure na ponta,
pequenos parafusos
que são colocados em
locais de difícil acesso
como na capelinha,
tarraxas, circuitos
de violões etc, este
simples detalhe, traz
bastante eficiência
para estas funções!
Amarre a fiação interna do circuito do violão, nas presilias que são fixadas internamente no
tampo do instrumento, e que são próprias para isso (ou confeccione-as como as que vem
junto aos cicuitos elétricos, caso não às tenha), para evitar mau-contatos ou até mesmo o
rompimento dos fios quando estes estão soltos e são submetidos à bruscas movimentações
que geralmente ocorrem no palco na hora do show.
214
Passe um pouquinho de graxa e espalhe homogeneamente nas laterais do rastilho para garantir o seu total
contato com o captador que está logo abaixo, para isso, também lixe ou passe a lima nas quinas da base
inferior do rastilho (como mostra o detalhe da figura abaixo) para que ele desça sem encontrar nenhuma
resistência causada pela madeira do cavalete.
215
Graxa para lubrificação
do rastilho.
Quina do rastilho,
arredondada.
77
Para saber se os captadores estão corretamente ligados em fase, teste-os ligando a guitarra em um
amplificador (ouça o som dos captadores ligados juntos, aos pares, e observe se não há nenhuma perda
de ganho ou densidade do som em relação a eles ligados separadamente ), pata não haver duvidas, faça
também este teste, pegue um ímã (sucata de captador) para conferir se todas as polaridades dos ímãs dos
estão nas posições corretas, confirmação a igualdade destas polaridades, como mostra a figura 216.
Faça também um teste com o multímetro para conferir o correto direcionamento do enrolamento
das bobinas, ajuste o multímetro análogo de ponteiro na marca Rx1000 da escala de resistência e encoste
a ponta vermelha no positivo do captador, e a preta no negativo, use o ferro da chave como mostra a figu-
ra 217 para encostar nos polos do captador, ao aproximar o ferro, o ponteiro deverá se movimentar sem-
pre para o mesmo sentido, em todos os captadores do instrumento deve acontecer a coincidência de dire-
ção quando está em fase.
Pontas do multímetro
negativo e positivo
Quando for fazer a regulagem da pestana usando a Nas lojas existem pestanas
serrinha, passe-a devagar sem força, para ter de plástico e osso que vem
noção da resistência do material de de forma bruta necessitando
que ela é feita, para evitar de ser lapidada e moldada. Nos
cortar mais que o instrumentos de fábrica elas podem
necessário. ser de resina, acrílico, grafite, fibra de carbono,
metal e outros. Quando tiver que confeccionar
uma pestana, faça os cortes das distâncias entre
218
as cordas, precisamente medidos na régua!
222
Afrouxe os parafusos
da moldura do captador
e apóie as cordas sobre
eles, para deixar o
espaço livre no final do
braço e ter melhor
precisão quando estiver
trabalhando com a lima
nessa região, livrando
também as cordas de
danos, e não esqueça
também de proteger o
captador, cobrindo-o,
podendo usar para isso,
fita adesiva!
79
Para que todos os trastejamentos técnicos e auditivos que estão escondidos no braço do 223
instrumento apareçam de uma só vez, baixe bastante a altura das cordas na ação, porém
deixe o ângulo do braço exatamente na posição correta que é levemente concavado como
se explica na página 13, à partir do 9º passo.
A maioria dos violões vem com tampo laminado, (laminados de madeiras coladas).
Alguns tem o tampo maciço, o que é uma vantagem para o violão, não por ser, absurda
e infinitamente melhor, mas por proporcionar uma
sonoridade mais equilibrada naturalmente.
224
Maciço: Laminado:
Os veios do tampo Os veios do tampo
continuam na boca. são interrompidos.
80
226
Quando o instrumento
apresentar o braço côncavo
mais que o normal,
é sinal de que
ele foi, ou está
sendo submetido
de alguma forma,
ao calor excessivo!
Quando o instrumento
227
apresentar o braço convexo
mais que o normal,
é sinal de que
ele foi, ou está
sendo submetido
de alguma forma,
à umidade excessiva!
Cole um calço no corte da corda na pestana (corte com tesoura uma fina lâmina do plástico acetato
transparente da espessura da corda à qual vai ser apoiada sobre o calço, e cole-o com uma destas
cola de secagem instantânea, ou ponha uma gota dela no corte da corda, e deixe secar bem, ou
use resina (do tipo auto-polimerizável, produto que seca em minutos com uso de catalisador)
para este mesmo procedimento, e esta resina, pode ser usada para outras situações, como 228
na restauração da própria pestana quebrada, em rastilhos, e para retoques na pintura,
pois proporciona um alto brilho, quando faz seu o polimento,
e esta resina se encontra em casas de materiais para protético)
Calço colado Gota de resina
estes calços, são indicados para quando precisar ou quiser
na pastana na pestana
aumentar a distância entre as cordas e o 1º traste, porém
depois devem ser feito a regulagem dos cortes, pois esta
distância devem ser precisamente bem regulada de forma
que não fique nem muito perto, nem muito longe do
primeiro traste, (figuras 45, 46, 47, 49 e 218) porém, s
e antes de tudo, todas as cordas já estiverem muito
próximas do primeiro traste mais que o aceitável,
é mais aconselhável retirar a pestana, colocar
um calço de acetato plástico ou lâmina
de madeira, recortado sob medida,
229
e colado em baixo dela, para que
se levante todas as cordas de
uma só vez
81
Quando tiver que fazer uma limpeza dentro do violão, nunca coloque 230
a mão sem antes dar uma boa olhada por dentro com um espelho,
pois nunca se sabe o que pode haver lá! (Pois o próprio autor já passou
pela desagradável experiência de encontrar até rato morto dentro de um violão).
E se houver muita sujeira do tipo poeira ou pó,
use também um aspirador de pó!
231
232
É possível conseguir
o desempenamento
de um braço que
não tem o tirante,
através da técnica
dos trastes dentados,
ou seja, amassando-se
a base do traste que penetra
na madeira para que ele entre
abrindo forçosamente a madeira
fazendo com que aja uma forte pressão
de todos os trastes, empurrando a madeira para o lado convexo
desempenando-o! Obs.: Esta, é uma excelente técnica, porém requer
bastante treinamento, de preferência em cobaias!!!
82
É possível desempenar o braço de um violão que 233
não tenha tirante, e abaixar consideravelmente
a altura de suas cordas através da técnica de
ré-colagem do troculo, ou seja fazer um corte
em cunha atrás do braço (troculo), e ré-cola-lo
dando um ângulo exato e preciso da inclinação
do braço para desempenar e consequentemente
abaixar a altura das cordas, para isso, use três
tipos de lâminas de serra, uma grossa, com o corte
aproximadamente de 2 mm, uma média, com o
corte de 1,5 mm, e uma fina, com corte de 1mm,
divida o espaço à ser cortado em 3, e corte cada
parte com uma lâmina, (como mostra a figura 234)
Treine primeiramente em cobaias para obter prática,
e posteriormente conseguir uma precisão exata
do ângulo da inclinação da ré-colagem). Para isso,
também use uma barra de ferro ou madeira dura,
como apoio no fundo do violão colocando calços
de borracha para não arranhar a pintura e pressione
com dois grampos (como mostra a figura 233).
Corte da
234 lâmina grossa
Corte da
lâmina média
Corte da
lâmina média Calço de
borracha
83
Quando estiver fazendo manutenção interna de parte elétrica, em guitarra ou 236
contrabaixo, que possua vários parafusos de fixação
do escudo, depois de finalizar todo o serviço,
na hora ré-colocar o escudo, para fixa-lo
novamente, faça-o com apenas dois
parafusos, somente para que ele não
fique caindo, nunca aparafuse todos
outros, sem antes fazer os testes de
funcionamento, ligando o instrumento ao
amplificador, e confirmando que tudo ficou
funcionando corretamente, pois se aparafusar
todos, sem checar, provavelmente vai ter que
desparafusa-los todos novamente, pois quase
sempre acontece de dar erro, ficando algo com
mal funcionamento, que pode ser desde um simples
curto circuito do sinal, uma ligação que se rompe
durante a movimentação, até um fio que ficou ligado
em local errado, obrigando a des-parafusar todos novamente,
isto evita de ficar ré-tirando e ré-colocando a toda hora,
sabendo que é muito prazeroso quando se faz todo o
aparafusamento certo de que não há
nada errado!
237
238
Use sempre máscara de
proteção para o nariz quando
trabalhar com produtos químicos
como a fumaça do ferro de solda por
exemplo, que parece inofensiva, mas que ao
longo dos anos pode fazer efeito acumulativo.
84
Quando o instrumento está com sons ruins ou com trastejamentos, mesmo com as
239
cordas novas, a primeira coisa à ser feita é, identificar de quais cordas, estão vindo tais sons
ruins, ou tais trastejamentos; e troca-las por outras novas, pois todo o problema pode estar
vindo delas próprias, para então só depois, analisar outros itens pertinentes ao problema, e se for o caso,
troque todo o encordoamento, uma vez que, mesmo estando novas as cordas, elas podem ter vindo
já com problemas da fábrica, o que às vezes
acontece!
240
241
85
Troque as borrachas
242
das bases dos captadores
dos modelos: jacaré ,
precision, single de guitarra
e outros para ré-adiquirir
o movimento do captador
através da elasticidade
da borracha, que faz
a regulagem de sua altura
(aproximação do captador
às cordas) ou corte uma
243
fatia da borracha do próprio
captador e coloque junto a outra
para obter o mesmo resultado.
Ao colocar cordas novas no instrumento, quando estiver afinando, puxe cada uma delas com uma
certa força para eliminar as folgas que ficam no enrolamento do eixo da tarraxa, e na fixação na ponte,
faça esse processo várias vezes até que a afinação do instrumento pare de cair, faça esse procedimento
principalmente em guitarras com alavancas ou com micro-afinação e trava cordas, e só depois de várias
vezes afinando e puxando as cordas, e confirmando que a afinação parou totalmente de cair, é que o
instrumento estará pronto para o uso, sem problemas na afinação.
No caso de Floyd Rose, trave o trava cordas, mas antes verifique se os parafusos da micro, estão
posicionados exatamente no meio do seu comprimento, para que se tenha afinação para cima (sustenido),
ou para baixo (bemol) e a guitarra não te deixe na mão no palco!
Este procedimento, também é válido para violões de cordas de aço, e principalmente os de cordas
de nylon, como também para os contrabaixos em geral.
245
86
Para fazer o escurecimento de certos 247
tipos de madeiras das escalas, pode-se
usar a técnica da soda cáustica:
Use luvas quando usar Dilua uma colher de soda cáustica
246
os produtos para limpeza com água em um copo de vidro, e
e lubrificação ou produtos com um bastão com algodão na
químicos como tintas, colas extremidade, passe sobre
ou resinas. a madeira de uma vez,
espere alguns minutos
pelo efeito e passe mais
de uma vez para conseguir
uma tonalidade mais
escura, porém, algumas
madeiras, escurecem
mais que outras. Pode-se
usar também, anilina líquida
ou em pó,
preta ou
marron!
248
88
Corte o excesso da corda para não
ficar um bôlo de corda
amontoado no eixo da
tarraxa, o que, além de
errado (e feio), atrapalha na
firmeza da
afinação!
252
253
254
Enrolador de
cordas
Mão esquerda
Mão direita
255
Broca quebrada
260
261
264
A boa capa, para destros, é aquela onde o braço do instrumento, fique posicionado para esquerda,
quando vista de fundo, como mostra a figura acima, a alça manual, também deve ficar em cima, a alça à
tira colo do tipo lateral, também deve ficar em cima, da mesma forma que o ziper também em cima, e o
ziper, de preferência, deve ter dois feixes.
A bolsa para carregar objetos, deve estar posicionada na parte de cima da capa, e deve ter, velcro,
ziper ou feixes plásticos para o seu fechamento.
266
Se tiver alça à tira colo do tipo duplas, deve ficar posicionadas na parte de trás da capa, como
mostra a figura acima, e deve ter também regulagens de abertura ou fechamento das suas extensões,
através de feixes plásticos, como aqueles das correias de guitarras.
92
O bom estojo semi-anatômico, pode ter algumas vantagens em relação à outros, quando confeccionado
por um bom profissional, que atenda as seguintes solicitações: Faze-lo de forma que fique posicionado
descansando em duas posições, em pé, na posição vertical, e também em
pé, na posição horizontal, como mostram as figuras ao lado, o que traz
267 bastante comodidade para o manuseio e transporte. E não esquecendo
de que, ao encomendar a fabricação deste bom estojo para o seu
instrumento, feito sob medida, o mesmo deve ser de madeira, que
tenha espessura correta para que não ficar muito pesado, e deva
ser térmico (todo preenchido internamente com isopor exatamente
ao molde do instrumento), forrado internamente com uma pelúcia
de boa qualidade e com um bom acabamento externo que
tenha uma boa napa e fechaduras resistentes, sem
desconsiderar nenhum item importante
que explica a figura 124.
Ao segurar a maioria dos estojos ou cases, inclusive os de marcas famosas, observe se eles ficam na
posição horizontal, como mostra a figura ao lado à direita, se isso ocorrer, você vai ter problemas na hora
de subir uma escada, tendo que vira-lo para não bater as nas quinas
dos degraus!
268
269
271
O instrumento deve entrar justo, sem folgas, sobre o corte feito sob medida no isopor, na silhueta
exata do formato (principalmente) do corpo do instrumento, seja guitarra, contrabaixo, violão ou outros, e
esta peça de isopor (Figura abaixo) deve ser totalmente forrada com pelúcia, com foi visto anteriormente.
272
O case ou estojo tem que proporcionar ao instrumento, que ele fique apoiado pelo corpo, e não pelo
braço quando ele ficar deitado na posição horizontal, (como mostra a figura abaixo) deixando o braço
livre da tensão do peso do instrumento.
273
274
94
Quando for retirar trastejamentos com o uso da lima, faça-o com as cordas que já estão
velhas no seu instrumento, desde que elas estejam ainda com tensão correta de acordo
com sua numeração, ou seja, não coloque cordas novas para esse tipo de trabalho, para
275 não correr o risco de danificá-las, deixando isso para as velhas!
276
Quando for fazer uma ligação de parte
Captador 1 Captador 2 elétrica complexa, que tenha vários
Captador 3
captadores, potenciômetros e chaves
seletoras, divida por parte, ou seja,
ligue primeiro o captador 1, na
chave seletora 1, no potenciômetro
1, no jack, e teste para ver se
está ok, depois passe para o
número 2, e depois, os
potenciômetro 1 potenciômetros de
tonalidade e seus
potenciômetro 2 capacitores e por
fim, o terra, passo
à passo, sempre
potenciômetro 3 testando cada
finalização, para
ter total controle
de possíveis
erros, ou para
detectar
possíveis
peças com
Chave seletora 1 Chave seletora 2 Chave seletora 3 Capacitores
defeitos que
Terra
se identificarão
no processo.
277
95
Quando colocar cordas novas, de boa qualidade no instrumento, e antes mesmo de tocar, alguma
delas se quebrar, não fique no prejuízo, recupere-a!
Faça o seguinte : Se for a corda prima, se quebrar na cabeça, enrole a corda novamente sobre a
cabeça figura 279, depois faça um enrolamento em X figura 281, na frente faça um enrolamento em
cruz, figura 282, e por fim, corte o excesso da ponta bem no pé figura 283. Se for a corda bordão, o
procedimento é o mesmo visto nas figuras de 278 à 283, porém deve-se desenrolar o enrolamento
externo que os bordões possuem, como mostra a figura 284 e depois enrolá-lo novamente, esse
enrolamento é feito por cima do fio da corda que se chama alma, e pode ser com um, dois, ou mais fios.
E no caso do contrabaixo levando-se em consideração que a tensão da corda é bem maior, é
recomendável que se passe estanho (solda) sobre o enrolamento em “ X ” antes de se enrolar com
enrolamento externo como mostra afigura 285, para se ter mais garantia da eficiência do serviço que
deve deixar a corda firme, sem se romper, como uma nova.
Utilize alicates comuns e de bico fino para ajudar na tarefa de torcer as cordas entre si, e uma chave
philips pequena e fina para segurar a cabeça da corda como mostra a figura 278, observe uma corda nova
e tente fazer igual, pois esse enrolamento é igual ao da corda nova!
Chave Philips pequena e fina para segurar a cabeça da corda Enrolamento sobre a cabeça da corda
278
279
Enrolamento em “X”
280 281
283
282
285
284
286
287
288
OBSERVAÇÃO 1 : Esta técnica não funciona com cordas velhas, pois quando corda está velha, ela
não possui mais a maleabilidade de uma corda nova, e a ferrugem ou oxidação, não conseguem impedir
que haja novamente um rompimento da corda na hora da afinação, e isso se dá quase sempre exatamente
no local da emenda.
OBSERVAÇÃO 2 : É claro que o melhor à fazer é substituir a corda quebrada por outra nova, mas em
uma situação de emergência, alguns conhecimentos e habilidades, fazem uma grande diferença, e são
realmente muito bem vindos!
Nunca coloque as cordas nas tarraxas do instrumento de maneira inadequada, ou seja, do tipo
costurando a corda no orifício da tarraxa ou amarrando como se fosse um nó, pois se precisar tirá-la
com uma certa rapidez, em uma situação de emergência por exemplo, terá problemas para isso, além
de correr o risco de furar os dedos como inevitavelmente sempre acaba ocorrendo!
E neste caso para tira-la rapidamente, use um alicate de bico fino para puxar as costuras e
amarrações, ou uma chave de ponta fina tipo agulha como mostra a figura abaixo, o a alicate e a chave
podem ser encontrados com facilidade no mercado, mas a chave de ponta fina, faça-a você mesmo,
pegue uma chave philips velha que não esteja mais usando, e passe a ponta no esmeril moldando-a
adequadamente!
Desamarrando e descosturando
as cordas enroladas de 289
forma inadequada
nas tarraxas
97
Para abaixar a altura das cordas do violão, além da técnica mostrada na figura 233, existe
também a técnica do rebaixamento do cavalete, que é possível em alguns casos.
Observe no cavalete do seu violão o seguinte : Se as furações por onde se colocam as
cordas, estão posicionadas mais para baixo em direção ao tampo, se o rastilho e a base de
apoio do rastilho, estão altos, como mostra a figura 290.
Se houver estes itens no cavalete do violão, então poderá ser aplicada a técnica, que se
resume no seguinte: Retire alguns milímetros, do tanto necessário, da base que apóia o rastilho,
fazendo com que o rastilho fique mais alto, dando a opção de corta-lo para que ele fique em
uma altura adequada, e isto fará com que se consiga abaixar bastante a altura das cordas no
braço do instrumento, observe as figuras 291 e 292, e repare a considerável diferença do antes
e o depois!
290
ANTES
291
Cordas altas Base alta, rastilho alto, consequentemente cordas altas
DEPOIS
292
98
Como vimos na página 6, figura 9, é comum o uso de calços em baixo dos braços das guitarras e
contrabaixos, na região onde eles se encaixam no corpo do instrumento, para se ter uma inclinação
precisa do ângulo do braço, resultando como consequência, uma altura baixa das cordas.
Este calço deve ser de material duro, e não de pedaços de lixas ou papelão, como vem na maioria
dos instrumentos de fábrica, até mesmo de marcas renomadas no mercado!
Para isso a dica é que se use laminados de madeiras duras, como marfim, pau ferro, imbuia, ipê
dentre várias outras, que são muito fáceis de se encontrar em qualquer madeireira, e que deve ser
recortados em pequenas lâminas como mostra a figura 293, e é interessante que se tenha essas lâminas
de várias espessuras para uma maior precisão na hora do uso!
Compre folhas de plástico acetato transparente de várias espessuras em boas papelarias, para re-
corta-los, ou pode-se também fazer uso da reciclagem de materiais de maneira eficiente e profissional
como por exemplo usar a própria caixa de produtos variados do mercado, quando estes vem embalados
com aquelas caixas de plásticos transparentes, com um plástico sintético do tipo acetato, que pode ser
recortado da forma descrita acima!
293
294
Verifique sempre a carga da bateria de 9 volts, pois alguns equipamentos e circuitos, não tem
nenhum tipo de sinal de que controlem a carga da bateria, por isso nesse caso é sempre bom
fazer essa verificação, de alguma outra forma, porque nestes modelos para guitarras, baixos e violões, até
podem funcionar bem com a bateria de 9 volts com um mínimo de carga, porém alguns podem sofrer
algum tipo de dano se usados com bateria quase sem carga!
Verifique se o seu equipamento tem medidor de carga da bateria, check da bateria através do led
que a maioria dos circuitos para violão possui.
Uma maneira simples, mas prática e eficiente de testar a carga da bateria de 9 volts, é coloca-la em
contato com a língua, de modo que encoste-a ao mesmo tempo nos seus dois polos metálicos, positivo e
negativo, fazendo com que se sinta literalmente a quantidade da carga através de um pequenino sinal de
corrente na língua, quanto mais carga tiver, mais evidente será esse sinal, valendo à pena dizer que
estando a bateria nova, com carga total, pode testar sem receio, pois é um sinal não dói, e nem incomoda
por ser fraquinho!
295
A luz (led) de alguns modelos de circuitos para violão, fica acesa quando a bateria de 9 volts está
sem carga, em outros, o led fica piscando, e em alguns, funcionam precariamente com um som distorcido
ou saturado, o que pode causar lentamente um tipo de dano em seus componentes, e tem também
aqueles que nem funcionam, com a bateria sem o mínimo suficiente de carga.
296
C D E F G A B
CHROMATIC
CEN
-10 0 10 20 30 50 T
-50-30 -20
TUNING GUIDE
PITCH
OFF
DOWN
L
UP
BOSS
H CHROMATIC CHROMATIC TUNER
TU-12 H
Digital Processing
99
Para saber se o instrumento foi bem fabricado, se possui uma escala perfeita e afinada, faça um
teste, onde não se precisa nem de cordas, para se obter essas informações!
Recorte um pequeno pedaço de papel duro ou pegue um cartão de visita, centralize a quina do
papel na pestana exatamente onde começa à vibrar a corda, e faça um risco com uma caneta exatamente
bem no centro do primeiro traste como mostra a figura 297.
Posicione novamente a quina do papel exatamente no centro do primeiro traste e faça novamente
um risco bem no centro do segundo traste, como mostra a figura 298, proceda dessa forma, traste à
traste até mais ou menos na décima segunda casa, para já se ter um bom diagnóstico.
O desenho que se formará, deverá ser exatamente ao da figura 299, ou seja com os riscos
posicionados de forma ordenada e gradual, decrescente como um trilho de trem de ferro, olhado ao
horizonte, e não de forma desordenada e não gradual como se os trilhos do trem, fossem colocados em
distâncias diferentes uns dos outros como mostra a figura 300.
O instrumento bem fabricado, com a escala perfeita, e que é realmente afinado, é o instrumento que
formar um desenho perfeito, como o da figura 299.
do primeiro traste
299
100
Dobre a ponta das molas da ponte aumentando o ângulo de inclinação, para melhorar a fixação na
hora de fixa-la na sua base, garantindo um melhor funcionamento da ponte, levando em consideração que
os próprios furos feitos na base da ponte também são, ou deveriam ser inclinados com o ângulo
direcionado para este encaixe da ponta das molas como mostra a figura 302.
Sempre que puder, limpe a sujeira que se acumula em baixo dos escudos dos modelos strato,
precision, jazz bass e outros, pois ela pode danificar internamente os potenciômetros e chave seletora,
para isso, use um pequeno pincel “seco” para limpar toda área externa, e dentro dos potenciômetros e
chave seletora, dê uma boa soprada e em seguida limpe-os internamente (página 09).
303
101
Quando finalizar uma regulagem de um instrumento de alguém, (amigo ou cliente) seja guitarra,
baixo ou violão, antes de entregá-lo ou guardá-lo, dê uma boa olhada em volta para não esquecer nada,
como correia, cabos, ferro da alavanca, palhetas, chaves hallen, cordas e outros itens que eventualmente
tenham sido tirados da capa ou estojo do instrumento.
304
102
NA HORA DE COMPRAR UM INSTRUMENTO, O QUE SE PRECISA SABER
PARA ESCOLHER O MELHOR!
PRIMEIRO COMECE PELA MADEIRA DO CORPO :
“GUITARRA OU BAIXO”,
ANALIZE O PESO, NÃO PODE SER MUITO PESADO, NEM LEVE DEMAIS. SE FOR MUITO
PESADO, VAI DOER AS COSTAS, SE FOR MUITO LEVE, NÃO TERÁ SUSTAIN E TERÁ O TIMBRE
MUITO AGUDO. SE FOR MADEIRA NATURAL, VEJA SE TEM MUITAS EMENDAS, SE TIVER 3
BLOCOS COLADOS, ESTÁ NO PADRÃO ACEITÁVEL. MAIS DE 3 EMENDAS É SINAL DE
APROVEITAMENTO DE MADEIRA. OBSERVE SE ESSAS EMENDAS SÃO DE MADEIRAS DA
MESMA COLORAÇÃO E NÃO DE EMENDAS GROSSEIRAS DE MADEIRA CLARA COM ESCURA
(GERALMENTE PARA SE ESCONDER ESSAS EMENDAS, AS FÁBRICAS TINGEM A MADEIRA COM
CORANTES DE CORES TRANSPARENTES, VERMELHO, AZUL, VERDE ETC...)
SE FOR PINTURA SOBRE A MADEIRA : SUNBURST (ESFUMAÇADA NAS LATERAIS), SE NÃO
TIVER A MARCA DA EMENDA DOS BLOCOS NO CORPO, PODERÁ SER DE COMPENSADO (POR
ISSO QUE ELES JOGAM A TINTA NAS LATERAIS, PARA ESCONDER AS EMENDAS DO
COMPENSADO), SE FOR PINTURA DE COR CHAPADA, BRANCO, PRETO, VERMELHO ETC,
OBSERVE SE NÃO HÁ MUITAS EMENDAS, ATRAVÉS DO BRILHO DA LUZ SOBRE O CORPO
(DÁ PRA VER O RISCO DA EMENDA NO BRILHO), SE NÃO HOUVER RISCOS DE EMENDAS,
PODERÁ TER UM LAMINADO COLADO EM CIMA PARA TAMPÁ-LAS OU AINDA O MAIS GRAVE,
PODERÁ SER DE PAPELÃO (DURATEX PRENSADO), FIQUE ATENTO POIS ATÉ MESMO AQUELA
MADEIRA RAJADA QUE DÁ UM REQUINTE AOS INSTRUMENTOS NO TAMPO DAS GUITARRAS,
BAIXOS E VIOLÕES, QUE É O MAPLE (FLAMED), ESTÁ SENDO FALSIFICADA ATRAVÉS DE UMA
PINTURA FEITA POR COMPUTADOR, QUE CHAMA-SE PHOTOFLAMED.
“VIOLÃO”, OLHE COM ATENÇÃO E VERIFIQUE NO SEU VIOLÃO UM DETALHE INTRESSANTE, VEJA O
TAMPO, SE É MACIÇO, OLHE NA BOCA DO VIOLÃO E VEJA SE HÁ EMENDAS DE MADEIRAS
TIPO LAMINADO, POIS A GRANDE MAIORIA TEM O TAMPO LAMINADO (ISTO NÃO É ERRADO
MAS UMA DESVANTAGEM TÉCNICA) OBSERVE O CAPTADOR E CIRCUITO, QUANDO HOUVER
A PRESENÇA SOMENTE DE POTENCIÔMETROS DO TIPO PARA GUITARRA, LIGADOS
DIRETAMENTE NO CAPTADOR DE RASTILHO, HAVERÁ UM RUÍDO QUANDO FOR LIGADO À
UM AMPLIFICADOR. OS VIOLÕES MAIS CAROS, NEM SEMPRE POSSUEM OS MELHORES
CIRCÚITOS ELÉTRICOS, E NEM SEMPRE MELHOR É AQUELE QUE POSSUI MAIS VOLUME, MAS
SIM AQUELE QUE TEM UM MELHOR TIMBRE, OU UM SOM REFINADO!
PASSANDO PARA A MADEIRA DO BRAÇO :
“GUITARRA, CONTRABAIXO E VIOLÃO”,
OBSERVE SE NÃO ESTÁ MUITO EMPENADO, (AS VEZES A CONEXÃO DO TIRANTE VEM COM
UM FERRO MOLE, FÁCIL DE ESPANAR) OBSERVE O ACABAMENTO DA COLOCAÇÃO DOS
TRASTES PRINCIPALMENTE SE TIVER FILETES BANCOS NAS LATERAIS DA ESCALA ONDE
SEMPRE SÃO MAL COLOCADOS. OBSERVE O DESGASTE DOS TRASTE, POIS NAS FÁBRICAS,
ERRADAMENTE, NO BRAÇO NOVO, JÁ FAZEM O LIXAMENTO DOS TRASTES. OBSERVE O
MATERIAL DA PESTANA, AS MELHORES SÃO DE OSSO, ALUMÍNIO OU METAL, AS PIORES SÃO
DE PLÁSTICO OU ACRÍLICO. OBSERVE O VERNIZ DO BRAÇO POIS HOJE É COMUM O USO DE
UMA FINÍSSIMA CAMADA DO VERNIZ, SÓ PARA IMPERMEABILIZAR A MADEIRA, SAINDO COM
MUITA FACILIDADE E RAPIDEZ DEIXANDO A MADEIRA FACILMENTE VULNERÁVEL À SUJEIRA.
FERRAGENS E ACESSÓRIOS : A DIFERENÇA DAS FERRAGENS DE UMA GUITARRA CARA PARA UMA GUITARRA
BARATA, É QUE NA GUITARRA CARA TODOS OS PARAFUSOS HALLENS, PHILIPS E PEÇAS DE
FERRO, COM CERTEZA TERÃO UMA ALTA TÊMPERA DE AÇO, E GUITARRA BARATA, TODOS
SERÃO DE FERRO DOCE, MOLE, QUE ESPANA RAPIDAMENTE COM O ATRITO DO USO.
CAPTADORES E OUTROS : GUITARRAS, CONTRABAIXOS E VIOLÕES, OS CAPTADORES DO INSTRUMENTO, BEM
COMO O ACABAMENTO E DETALHES DE SOFISTICAÇÃO COMO MARCAÇÕES DESENHADAS
EM MADRE-PÉROLA OU INCRUSTAÇÕES NA MADEIRA FEITAS EM ABALONE ETC, SERÁ
DEFINIDO PELA FAIXA DO PREÇO DO INSTRUMENTO! OS INSTRUMENTOS MAIS CAROS DE
UMA MANEIRA GERAL POSSUEM OS MELHORES CAPTADORES, MELHORES FERRAGENS E
ACABAMENTOS MAIS REQUINTADOS E SOFISTICADOS, MAS ISSO NÃO É REGRA DEFINITIVA!
103
Agora, que você já leu todo o manual
de regulagem e manutenção em guitarras,
contrabaixos e violões, e já está sabendo os
truques e as manhas para deixar qualquer
instrumento o mais bem ajustado possível,
então é hora de praticar, principalmente
se for fazer prestação de serviço para fora!
Por isso encare os desafios, (não fuja)
pois, essa é a melhor escola, como, por
exemplo ; regular esses instrumentos
das fotos, (que são belos
desafios!) ou até mesmo de
instrumentos mais simples,
principalmente se eles Violão Yamaha
tiverem como donos, de 10 cordas
Boas práticas...
Violão Pikasso
de 42 cordas
itars
Gu
104
OFICINA DAS GUITARRAS MOZART
No final, tudo acaba dando certo, se não deu, é porque ainda não é o final!
105
Homenagem aos mestres...
Leo Fender
Les Paul
106
SOBRE O AUTOR...
rs
iu ta
G
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BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL - CEP 720100 - FONE : (061) 3202 0992 - 96042498
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