Você está na página 1de 53

Administração Contábil e

Financeira

Módulo I

Parabéns por participar de um curso dos


Cursos 24 Horas.
Você está investindo no seu futuro!
Esperamos que este seja o começo de um
grande sucesso em sua carreira.

Desejamos boa sorte e bom estudo!

Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site


www.Cursos24Horas.com.br

Atenciosamente
Equipe Cursos 24 Horas
Sumário

Introdução ...................................................................................................................................... 3

Unidade 1 - Gestão financeira ........................................................................................................ 4

1.1 – A importância da gestão financeira ................................................................................... 5

1.2 – Atributos da Informação Contábil de acordo com o CFC .................................................. 7

1.3 – O papel da administração financeira dentro da empresa ............................................... 12

1.4 – Estrutura de capitais ........................................................................................................ 20

1.5 – Avaliação de ativos .......................................................................................................... 22

1.6 – Reservas e provisões........................................................................................................ 23

1.8 – Mercado de ações............................................................................................................ 26

Unidade 2 – Gestão de custos ...................................................................................................... 35

2.1 – Conceituações básicas ..................................................................................................... 36

2.3 – Custo-Volume-Lucro ........................................................................................................ 41

2.4 – Perspectivas de longo prazo ............................................................................................ 48

Conclusão do Módulo 1 ................................................................................................................ 53


Introdução

Olá,

Bem-vindo(a) ao Curso de Administração Contábil e Financeira, oferecido pelo


Cursos 24 horas. O objetivo deste trabalho é oferecer a você subsídios para uma melhor
compreensão do mercado e de seus complexos sistemas.

Apresentaremos, em primeiro lugar, as definições acerca de Gestão financeira e


de suas ramificações. Em seguida, abordaremos algumas questões referentes à Gestão de
custos, bem como sobre seus desdobramentos.

Também trataremos dos indicadores quantitativos e qualitativos, relacionado-os


às exigências do mercado, que se apresenta cada vez mais competitivo e dinâmico.

Por fim, apresentaremos algumas demonstrações da prática contábil, como


balanço patrimonial, fluxos de caixa, aplicações de recursos etc.

É necessário lembrar que o presente curso não tem valor acadêmico, muito
embora, possa subsidiá-lo com informações necessárias para ingressar em um curso mais
aprofundado acerca do tema.

Bom Curso!

3
Unidade 1 - Gestão financeira

Olá,

Nesta unidade, trataremos do panorama geral da gestão financeira, bem como as


funções do administrador financeiro. Abordaremos a importância que tem a
administração financeira dentro de uma organização.

Também analisaremos, de maneira pormenorizada, os objetivos e as estratégias


deste campo de atuação. Pontuaremos a necessidade de uma empresa ter uma visão
financeira contextualizada com os cenários econômicos.

Explicaremos as estruturas de giro e custo do capital, traremos de uma ideia geral


de macroeconomia, que é uma visão essencial neste campo de atuação. Será abordado
também o mercado de ações, bem como as suas ramificações. Por fim, traremos ótimas
dicas de como realizar a economia doméstica.

Bons estudos!

4
1.1 – A importância da gestão financeira

A gestão financeira compreende uma das áreas mais comuns de funcionamento


dentro de uma organização. É nela em que cabem as questões de tomada de decisão, as
análises e as ações ligadas aos meios financeiros da atividade organizacional.

Com isso, a atividade financeira compila todas as funções quanto à aquisição,


controle e emprego dos recursos financeiros para assegurar tanto o equilíbrio das
operações corporativas quanto às questões de rentabilidade.

Dentre as funções de tomada de decisão e de ações da gestão financeira, podemos


dizer que um de seus objetivos é garantir equilíbrio à estrutura organizacional sem riscos
financeiros. A medição desta linearidade pode ser realizada comparando as fontes dos
capitais com as suas aplicações.

Além disso, ela deve trabalhar a


rentabilidade de capitais investidos, tanto
os próprios quanto os de terceiros, a fim
de garantir sua otimização. Também deve
conferi-los, comparando os valores
obtidos com a estabilidade dessas
operações organizacionais.

Estão integradas dentro da função financeira, as atividades de dirigir os recursos


financeiros de acordo com as necessidades, criando vias disponíveis, bem como
estimativa de financiamentos.

Para adquirir um financiamento, é indispensável uma análise bastante cuidadosa


das fontes de suprimento de valores, políticas de juros, condições de amortização e custo

5
sobre o projeto atendido, a fim de preservar a organização quanto aos percalços do
investimento. O planejamento contábil e financeiro constitui a base de busca por capital
bem sucedido.
Aplicar de forma criteriosa os recursos financeiros, juntamente aos excedentes de
tesouraria para alcançar uma composição financeira equilibrada e apropriados níveis de
rentabilidade e eficiência, é o crivo principal deste equilíbrio, onde os retornos em
potencial dessas aplicações são as principais variáveis em uma aplicação de recursos
financeiros, considerando tanto os riscos quanto sua liquidez.

É preciso também analisar a viabilidade financeira e econômica dos


investimentos para oferecer suporte quanto a sua execução, considerando também vieses
mais administrativos, como atividades contábeis, gestão de faturamento, entre outros.

Vamos trabalhar neste capítulo todas as informações que compreendem o


conceito amplo de gestão financeira, bem como o papel dela na empresa.

O QUE SÃO FINANÇAS?

Finanças podem ser consideradas como a arte e a ciência de administrar


fundos, afetando a vida de qualquer pessoa e/ou organização.

As principais oportunidades em serviços financeiros ocorrem nas áreas de


bancos e instituições correlatas, planejamento das finanças pessoais, investimentos,
bens imóveis e seguros.

A administração financeira, que trata das responsabilidades do administrador


financeiro em uma empresa, oferece numerosas oportunidades de carreira, entre elas,
analista financeiro e analista/gerente de caixa, entre outras ocupações.

Tendo em vista que a maioria das decisões na empresa é tomada com base
financeira, o papel da administração financeira dentro da empresa é extremamente
importante.

6
Há uma grande necessidade de todas as áreas da empresa de interagirem com
a área de finanças, como produção, marketing, pesquisas, contabilidade e recursos
humanos.

Tais áreas dependem da alocação de recursos do setor financeiro, tanto para


seu funcionamento como para seu desempenho.

Cargos das pessoas que trabalham na área de finanças e suas principais


funções desempenhadas:

• Tesoureiro: funcionário responsável pelas atividades financeiras da


empresa, tais como planejamento financeiro, obtenção de fundos,
decisões sobre investimentos de capital, administração de caixa, das
atividades de crédito e do fundo de pensão.

• Controller: funcionário responsável pelas atividades contábeis da


empresa, tais como administração tributária, informática,
contabilidade de custos e financeira.

• Gerente de câmbio: profissional responsável por monitorar e


administrar a exposição da empresa às perdas decorrentes das
flutuações de moedas estrangeiras.

A administração financeira relaciona-se estreitamente com Economia e


Contabilidade, mas difere bastante dessas áreas.

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/54271596/5/A-visao-do-Administrador-Financeiro

1.2 – Atributos da Informação Contábil de acordo com o CFC

7
Pode-se afirmar que a contabilidade é uma ciência de caráter prático. Por isso, à
medida que essa ciência se organizava e se estruturava, houve a necessidade de
identificar e compilar os princípios que a orientavam, com a intenção de garantir o
melhor controle sobre o patrimônio de uma entidade.

Em 1981, foi definida a primeira versão, criada pelo Conselho Federal de


Contabilidade. Em seguida, em 1986, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu
uma deliberação, classificando alguns princípios.

Em 1993, a CVM e o Conselho Federal de Contabilidade declararam os sete


princípios fundamentais da contabilidade. Veja-os abaixo:

I) Princípio da Entidade;

II) Princípio da Continuidade;

III) Princípio da Oportunidade;

IV) Princípio do Registro pelo Valor Original;

V) Princípio da Atualização Monetária;

VI) Princípio da Competência;

VII) Princípio da Prudência

No ano de 2008, uma deliberação da CVM (539/08) revogou a deliberação


anterior e passou a dividir esses princípios em características qualitativas e pressupostos
básicos. Essa deliberação vem sendo atualizada até hoje.

8
SÍNTESE DA FUNÇÃO FINANCEIRA

De modo geral, uma empresa toma suas decisões baseadas em termos financeiros.
Por isso, não é surpreendente que a função financeira desempenhe um papel de grande
importância na operação da empresa.

Por isso, a maioria das


universidades tem investido em um
programa financeiro, tanto no que diz
respeito à graduação quanto à pós-
graduação.

Para obter a necessária


compreensão da função financeira, é preciso examinar detalhadamente o seu papel
dentro de uma empresa, quais são as funções fundamentais desempenhadas por um
administrador financeiro e qual é o objetivo global dessa função.

A administração financeira tem contato com todas as áreas da empresa, bem


como está ligada a elas. Da mesma forma, ela também tem relação direta com outros
campos do conhecimento, como a economia e a contabilidade.

No que diz respeito à economia, o administrador deve compreender bem o


funcionamento dela, pois todas as decisões financeiras são tomadas com base na
avaliação da economia, mais especificamente com base na avaliação dos benefícios e dos
custos marginais.

Já no que diz respeito à contabilidade, nem sempre é possível distinguir uma área
da outra. O contador tem como função principal fornecer dados para medir o
desempenho de uma empresa, bem como avaliar a sua posição financeira e garantir o

9
pagamento dos impostos. O administrador, por sua vez, enfatiza as entradas e as saídas
de caixas, garantindo à empresa fluidez no tempo exato para o cumprimento de suas
obrigações.
Ela se difere da contabilidade também em relação à tomada de decisões: enquanto
o contador está preocupado com a coleta de informações, o administrador financeiro
analisa os demonstrativos contábeis, desenvolve dados adicionais e toma decisões,
baseando-se em suas avaliações acerca dos riscos e retornos inerentes.

As funções do administrados financeiro

O administrador financeiro desempenha diversas funções, tais quais:

• Análise e planejamento financeiro;

• Transformação dos dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para
monitorar a situação financeira da empresa;

• Avaliação da necessidade de se aumentar ou diminuir a capacidade produtiva;

• Determinação de aumentos ou reduções dos financiamentos requeridos;

• Decisões de investimentos;

• Determinação da combinação e do tipo de ativos constantes do balanço


patrimonial da empresa;

• Decisões de financiamento;

• Combinação entre financiamentos em curto, médio e longo prazo;

• Fontes individualizadas de financiamento;

10
• Administração da qualidade total;

• Esforços contínuos para a melhoria das operações e aperfeiçoamento dos


processos, com a finalidade de atingir uma maior eficiência e atender melhor os
clientes internos e externos.

A visão do administrador financeiro

Além de ter uma visão de pesquisador, o administrador deve ter um olhar atento
voltado às tendências do mercado, pois é em virtude delas que esse profissional consegue
enxergar a lucratividade ou o prejuízo em curto, médio e longo prazo, pois as variações
do mercado são constantes.

A função do administrador
financeiro é de conhecer a estrutura
econômica do país em relação aos
investidores internos e externos,
frente às expectativas positivas ou
negativas do mercado.

É muito importante, por parte


dos profissionais, ter conhecimento a respeito de taxas cambiais, taxas dos juros, taxas de
juros básicas, juros do tomador final etc. Além de sensibilidade bastante aflorada, que
lhe permita entender e administrar as necessidades de financiamento ou possibilidades de
investimentos com maior retorno.

Logo após o conhecimento da atuação da empresa no mercado e suas


possibilidades, o administrador deve fazer um planejamento, haja vista que a empresa
não pode dar nenhum passo em falso.

11
Com o passar do tempo, o planejamento estratégico integrou-se à administração,
permitindo ao profissional uma maior participação nos diversos níveis de decisão, bem
como direcionamento da aplicação dos recursos em curto, médio e longo prazo.

O administrador tem conhecimentos que se assemelham ao de um economista,


entretanto, seus respectivos campos de atuação são opostos, pois, ao passo que o
administrador atua dentro da empresa, o economista exerce sua função fora da empresa.

1.3 – O papel da administração financeira dentro da empresa

A extensão e a importância da função financeira dependem, em grande parte, do


tamanho da empresa. Em empresas pequenas, a função financeira é geralmente realizada
pelo departamento de Contabilidade, mas, à medida que uma empresa cresce, cresce
também a importância da função financeira, que passa a necessitar de um departamento
financeiro separado.

Esse departamento financeiro pode ser compreendido como uma unidade


organizacional autônoma, com diretoria atrelada ou não ao presidente da companhia.

É responsabilidade do tesoureiro a condução das atividades financeiras, como a


administração de atividades de crédito e da carteira de investimentos.

O Controller, outro nome dado ao profissional de contabilidade que possui um


amplo conhecimento de administração, conduz as atividades contábeis relacionadas com
impostos, processamento de dados, contabilidade de custos e contabilidade financeira.
Ele é o primeiro a tomar consciência de eventuais inconstâncias, que por ventura possam
estar ocorrendo na empresa.

Neste curso, no entanto, daremos ênfase principalmente às funções do Tesoureiro


ou do Administrador financeiro.

12
A figura abaixo mostra um organograma, destacando a estrutura da atividade
financeira dentro da empresa. Reportando ao Vice-Presidente de Finanças estão o
Tesoureiro e o Controller ou Administrador financeiro.

A administração pode ser aplicada nos mais diversos campos de atuação, como
nas indústrias, no comércio, nos serviços ou nas organizações com empresas privadas ou
estatais, nas ONGs, nos setores governamentais, estudantis, recreativos, hospitalares etc.
A importância da função financeira depende, como já dissemos anteriormente, do
tamanho da empresa.

No caso de empresas de pequeno porte, o exercício da função ocorre em um


departamento de contabilidade que pode ser interno ou externo e conforme ocorre o
crescimento gradual, a criação de um departamento específico financeiro se torna
necessária.

No caso de micro ou pequenas empresas, a função financeira limita-se a um


termo conhecido como “administração de disponibilidades”, que determina as

13
necessidades de caixas diferentes, sendo um para curto e outro para médio prazo, ligados
aos recursos próprios para cada um desses caixas.

Podemos dividir as funções financeiras como de curto ou longo prazo, sendo que
as de curto prazo estão ligadas à administração do caixa, crédito e das contas a pagar e
das contas a receber, tal como financiamentos (desde que de curto prazo) e estoques.

Também compõem como funções de curto prazo: salários, contas, impostos,


cumprir compromissos com fornecedores, entre outros. Esses recebimentos listados
precisam ocorrer juntamente com os compromissos estipulados. Caso os prazos não
sejam coincidentes, há a necessidade de buscar empréstimos, para saldar pagamentos
vencíveis antes dos recebimentos necessários à sua satisfação.

Conforme verificamos, para


os diferentes prazos entre
pagamentos e recebimentos, é
preciso buscar recursos no mercado
financeiro por meio de empréstimos,
por exemplo.

Outros nomes que também


definem a administração de curto prazo: administração do capital de giro ou
administração do capital circulante.

Nas funções de longo prazo, podemos incluir as questões estratégicas (dentro do


âmbito financeiro) como, por exemplo, estrutura de capital, orçamento, relação com
investimentos, custo de capital etc.

As questões financeiras e as suas decisões abarcam o ganho de recursos para


investimentos e projetos, além de definirem os critérios necessários para optar entre as
alternativas de investimentos.

14
Numa empresa de pequeno porte, é comum aos sócios, além de funções
gerenciais, assumirem a função financeira, terceirizando a contabilidade para questões
legais.
Objetivos e estratégias empresariais

O administrador financeiro deve priorizar a maximização da riqueza dos


proprietários, representadas no preço das ações. Para a garantia de seu objetivo, o
administrador precisa analisar três fatores principais:

- Retorno: quanto mais cedo são recebidos os retornos, maiores são seus
rendimentos no futuro ao serem reinvestidos;

- Fluxo de caixa: é disponibilizado aos acionistas por meio do pagamento de


dividendos e pela venda de ações;

- Risco: os acionistas são geralmente avessos ao risco. Entretanto, é de


conhecimento universal que quanto maior o risco, maior pode ser a remuneração pelo
investimento.

Neste novo cenário, ganham cada vez mais espaço os stakeholders, que são
grupos possuidores de ligação econômica direta com a empresa, tais como fornecedores,
credores, clientes etc. Eles têm uma estreita relação com a empresa.

É necessário que a empresa mantenha um bom relacionamento com esses grupos,


pois podem influenciar na vida da empresa. São como parceiros necessários para o
desenvolvimento de qualquer organização.

É preciso também que o administrador esteja atento ao fato de que novas


aquisições podem substituir gestões pouco eficientes.

15
Em muitos casos, os acionistas se utilizam de determinados procedimentos para
a prevenção ou resolução do problema. Entretanto, essas medidas acarretam em custos
de gerenciamento. Tais medidas podem ser:

- Despesas de monitoramento: auditorias e medidas de controle das ações dos


administradores, para que somente atendam aos melhores interesses dos proprietários;

- Despesas com cobertura de seguros: protegem a empresa contra danos causados


por atos ineficazes dos administradores;

- Custos de oportunidade: devido à perda de oportunidades lucrativas, ilustrando


a inabilidade de algumas administrações;

-Despesas de estruturação: incentivam os administradores a atuarem em prol da


empresa.

Há também planos de desempenho, que concedem ações a eficientes


administrações ou pagam em dinheiro.

Outro ponto importante, para os administradores, refere-se à ética (padrão de


conduta). Sua prática dá para a empresa o espírito das leis e da moral. Uma empresa ética
tem a confiança de todos e, assim, o fluxo de caixa se valoriza, sendo reforçado.

O planejamento estratégico na atividade financeira

O termo estratégia já era utilizado há, aproximadamente, 3.000 anos pelo líder
chinês Sun Tzu, um importante general, filósofo e estrategista, que ficou conhecido por
escrever a obra A arte da guerra. Ao longo da história, a estratégia teve uma estreita
relação com as questões de guerra.

Em 450 a.C., a palavra


estratégia passou a ser utilizada por

16
Péricles, um importante general e orador da Grécia Antiga, com o sentido de habilidade
administrativa, de gestão.
A partir de Alexandre, o Grande (330 a.C.), rei da Macedônia, conhecido por ser
o mais célebre conquistador do mundo Antigo, o termo ganhou o significado de
comandar ou conduzir um exército, como um meio de se vencer um inimigo, criando um
sistema integrado de governo sob o ponto de vista global.

Em suma, o termo tinha um caráter bélico bem acentuado, mas com o passar do
tempo, graças às suas contribuições, tanto de conteúdo, quanto de conceitos e de razões
práticas, expandiu-se para outras esferas sociais: política, econômica, acadêmica,
empresarial e corporativa, mantendo, em todas essas áreas, o sentido de definir
caminhos.

Visão financeira da empresa

Sabemos que a redução de custo e o aumento da produtividade são as primeiras


preocupações de uma organização em todos os seus setores.

De acordo com uma pesquisa realizada pela revista Fortune, a redução dos custos
relacionados à área financeira e contábil nos últimos 10 anos ficou em 50%, muito em
função da implantação de softwares que diminuíram as rotinas manuais destes setores.

Podemos também destacar como


tendência a elevação das áreas financeiras a
um patamar mais estratégico, de forma que
se agregue mais valor ao negócio onde são
trabalhadas. Além de novas habilidades pró-
ativas, o papel de gestores financeiros precisa
ser orientado por uma visão que esteja
efetivamente presente em todas as áreas da
empresa.

17
Para trabalhar a implantação desta nova gestão, é preciso aplicar soluções com a
função de executar o planejamento financeiro de forma que o plano estratégico realize
um monitoramento abrangente das atividades corporativas.

Estas soluções são chamadas de Planing e BPM – Business Performance


Management. Juntas proporcionam correções imediatas no caminho das negociações
além de alinhar, de forma permanente, as operações e as estratégias.

As estratégias são responsáveis pelo fortalecimento da visão sistêmica do setor


financeiro, além de completarem e tornarem acessível às empresas dos mais diversos
portes e segmentos.

Quanto ao lado comportamental, alterar o foco da gestão financeira nas empresas


pode gerar mudanças da postura de coleta de dados e de informações financeiras de
forma submissa para uma real análise de cenário.

Neste âmbito, a mudança de foco do setor responsável pela gestão financeira nas
empresas passa pelo câmbio de informações financeiras, como coleta de dados para
análise e simulação de novos cenários e situações, de maneira a promover soluções e
melhorias.

Em posse destas informações, os executivos e colaboradores da área financeira


são capazes de entender o contexto em que a empresa está inserida,, atuando como uma
espécie de cabine de comando da empresa.

Nesta cabine de comando, fica mais fácil saber onde a empresa está ganhando ou
perdendo dinheiro, qual seria o melhor ou mais inteligente investimento, e quais rotas de
colisão a empresa deve evitar.

Esta concepção de negócio proporciona aos executivos de uma empresa uma


maior rapidez na interpretação e no recebimento dos dados e dos estímulos recebidos.

18
Apesar dos diversos softwares disponíveis no mercado, nem todos possuem a
capacidade preditiva, fundamental no âmbito empresarial. A criação de cenários e
simulações financeiras permite ao gestor se antecipar aos problemas e a criar alternativas
para eles.

Conhecidos como cenários “What if” (“E se”), esses softwares são bastante
utilizados em empresas de médio e de grande porte. O uso dessa ferramenta tornou-se
tão indispensável que nenhum gestor de finanças trabalha sem seu auxílio.

Atualmente, vem se confirmando uma outra tendência: a de elevar a área


financeira ao nível mais estratégico possível, agregando assim mais valor ao negócio.

O intuito é desenvolver novas habilidades pró-ativas, de maneira que seja


determinante no papel dos novos gestores financeiros. Hoje em dia, as empresas querem
ser orientadas por uma visão que esteja efetivamente presente nos seus mais diversos
setores, unificando-os. Isso é possível por meio da gestão financeira.

A implementação dessas mudanças está diretamente relacionada ao planejamento


financeiro. Esse, por sua vez, depende do plano estratégico estabelecido previamente
pela organização. O plano estratégico se trata de informações acessíveis tanto às grandes
empresas quanto aos microempreendedores.

Em grandes empresas, a mudança de enfoque da gestão financeira passa pela


troca de informações financeiras e pela coleta de dados, proporcionando uma análise dos
cenários mais sólidos, bem como de simulações de novas situações de mercado, e pela
criação de métodos que solucionam e impulsionam melhorias.

É fato conhecido que a área financeira está sob intensa pressão em todos os
segmentos de negócio. Essa área gera uma grande oportunidade para demonstrar seu
valor, reescrevendo suas funções, já um tanto desgastadas, e assumindo uma nova
postura perante a alta-direção.

19
1.4 – Estrutura de capitais

A estrutura de capital está relacionada à forma como uma organização financia


seus ativos, por meio de uma combinação de capitais próprios e de capitais de terceiros.

O capital de giro refere-se ao


capital necessário para financiar a
continuidade das ações de determinada
empresa, como recursos para
financiamento, manutenção de estoque,
pagamento de fornecedores e de imposto,
e outras despesas operacionais.

Está intrinsecamente ligado às


contas financeiras que movimentam a
rotina de uma empresa. E neste sentido podemos afirmar que:

- Toda empresa que vende a prazo, precisa de recursos para financiar seus
clientes.

- Toda empresa que mantém estoque de matéria-prima ou de mercadorias, precisa


de recursos para financiar estoques.

- Quando a empresa compra a prazo (matéria-prima ou mercadoria), significa


que os fornecedores financiam, em parte ou a totalidade do estoque.

- Quando a empresa tem prazo para pagar as despesas (impostos, energia, salários
e outros gastos), significa que a parte ou a totalidade dessas despesas é financiada pelos
fornecedores de serviços.

(Fonte: http://www.carlosescossia.com/2009/09/o-que-e-capital-de-giro.html)

20
Em resumo, o capital de giro relaciona-se com a necessidade da empresa em
gerar recursos que a permitam financiar suas operações, isto é, o valor de recursos
necessários para que a organização pague seus credores nos prazos de vencimento.

O custo do capital refere-se ao custo de uma oportunidade. Trata-se da taxa de


retorno almejada pelos investidores de determinado projeto. Em suma, otimiza a
lucratividade sobre outros investimentos de risco similar.

Ele é o rendimento almejado sobre os diversos tipos de financiamento, podendo


ser implícito ou explicito e expressado como custo de determinada oportunidade.

O estabelecimento do custo do capital implica, impreterivelmente, na avaliação


do risco do investimento. Há diversas formas de se calcular o custo do capital,
dependendo das variáveis consideradas pelo analista financeiro.

Em síntese, o custo do capital pressupõe o retorno que irão receber os


investidores por injetarem dinheiro na empresa, ou seja, o pagamento que receberão
pelas suas aplicações.

No caso dos acionistas, eles receberão a quantia equivalente aos seus dividendos
por ação. Já os credores se beneficiarão com os juros da quantia desembolsada.

O preço que uma organização paga por usar o capital se dá pela avaliação do
custo dele. Esse custo é estabelecido por meio de uma taxa, isto é, um índice de valor.

Há duas taxas de avaliação do custo de capital. A primeira se refere ao custo da


dívida. E a segunda está relacionada ao custo do capital próprio. Ambos os índices
formam o custo do capital.

É necessário ressaltar que o capital de uma empresa é formado pelo capital


externo, isto é, investimentos alheios feitos através de acionistas ou entidades
financeiras, e o capital interno provenientes do fluxo de caixa da própria organização.

21
Em resumo, há basicamente quatro fatores que determinam o custo do capital,
são eles:

- Condições econômicas;

- Condições de mercado;

- Condições financeiras e operacionais;

- Quantidade de financiamento destinado a novos investimentos.

Esses fatores formam o “corpus” do risco total de uma empresa. O risco total, em
seu turno, pode ser dividido em dois vieses:

O risco sistemático refere-se à incerteza dos retornos almejados. Geralmente são


causados pela oscilação do mercado como um todo;

O risco não sistemático é resultante dos aspectos peculiares de cada empresa e do


tipo de investimento.

1.5 – Avaliação de ativos

A avaliação de ativos, no caso específico das empresas, é um tema bastante


recorrente em finanças.

Trata-se da análise técnica, realizada por analistas do departamento financeiro,


com o intuito de identificar o valor de um bem. Tem a função de determinar indicadores
de viabilidade para uma possível utilização econômica com determinada finalidade.

Essa é uma definição apresentada pela Norma ABNT NBR 14653-1, que é
responsável por determinar os conceitos e procedimentos a serem adotados na realização
de laudos patrimoniais.
22
Sob um olhar empresarial, o controle do ativo, imobilizado por meio de
inventário, possibilita significantes ganhos a toda organização. Este controle de bens
ativos é de extrema importância para fins contábeis e fiscais.

O patrimônio ativo é erroneamente considerado como um fator estritamente


contábil. A falta de controle sobre o bem ativo impede que a gerência tome decisões com
base em informações seguras e confiáveis.

Em suma, o controle do patrimônio ativo permite que sejam feitos investimentos


na organização. O trabalho de organização e avaliação de ativos segue uma sequência
preestabelecida.

Alem de indicar a forma adequada de controlar e organizar os ativos, esta


avaliação oferece, ao empresário ou dirigente de dada empresa, o conhecimento exato do
valor imobilizado.

Esta avaliação é necessária para estabelecer custos e valores dos bens


imobilizados, além de nortear as tomadas de decisões com vista em investimentos e em
possíveis negociações. Trata-se de uma maneira de ter controle e conhecimento de todo o
patrimônio de uma empresa.

1.6 – Reservas e provisões

Quando se trata de
contabilidade, podemos dizer que
existe uma enorme diferença entre
reservas e provisões. Esta diferença é
uma dúvida muito comum no âmbito
administrativo e financeiro. Confira
abaixo, as diferenças.

23
Provisão: é a reserva de um valor utilizado para gastos e despesas de uma
empresa. Essa reserva tem por finalidade cobrir um determinado gasto já considerado
certo ou com grande possibilidade e ocorrência.

As provisões representam uma possibilidade de perdas de ativo, ou, ainda, podem


também tratar de um valor específico a ser desembolsado.

Quando essas perdas de bens ativos ou obrigações tornam-se definitivas, deixam


de ser consideradas como provisões. Por exemplo, uma determinada provisão para o
imposto de renda passa a ser impostos a pagar.

Alem da provisão do imposto, uma empresa deve ter provisões suficientes para
sanar gastos, como o pagamento de 13º salário, participação dos funcionários no lucro da
empresa (PLR) etc. Tratam-se de despesas que ainda não foram pagas, entretanto são
fixas .

Reservas: representam a diferença entre o patrimônio líquido e o capital de


determinada organização. São resultantes de valores entregues pelos titulares de um
capital. Não necessariamente representam aumento de capital. Trata-se apenas de um
valor não comprometido com gastos e despesas.

1.7 – Macroeconomia

A macroeconomia tem como objeto


de estudo a estrutura institucional de
determinado sistema bancário. Envolve
também as políticas econômicas de um
Governo com relação à economia mundial.

É importante ressaltar que tanto na


teoria quanto na prática, a política
macroeconômica não se limita apenas aos

24
espaços geográficos, embora visem estabelecer uma macroestrutura internacional que
possibilite o livre trânsito de informações e de recursos entre as instituições e as nações.

Ao passo que a organização opera de acordo com o contexto macroeconômico, o


administrador financeiro deve ter ciência de sua estrutura institucional. É de suma
importância que ele conheça as consequências de diferentes níveis de atividade
econômica e que saiba que mudanças na política econômica acarretam mudanças na
própria empresa.

É de fundamental relevância que este profissional conheça as várias instituições


financeiras, bem como o modo como estas operam. Isso lhe dá subsídios para avaliar os
potenciais canais de investimento e de financiamento.

Um conceito fundamental à macroeconomia é o de sistema econômico, ou seja,


uma organização que envolva recursos produtivos. A estrutura macroeconômica é
composta por cinco mercados:

• Mercado de bens e serviços: é o mercado que determina o nível de


produção agregada, bem como o nível de preços.

• Mercado de trabalho: esse mercado admite a existência de um tipo de mão


de obra, independente de características, determinando a taxa de salários e
o nível de emprego.

• Mercado monetário: é o mercado que analisa a demanda da moeda e a


oferta dela pelo Banco Central, que é quem determina a taxa de juros.

• Mercado de títulos: analisa os agentes econômicos superavitários, que


possuem um nível de gastos inferior ao de sua renda, e deficitários,
aqueles que possuem gastos superiores ao seu nível de renda.

25
• Mercado de Divisas: depende das exportações e das entradas de capitais
financeiros, determinadas pelo volume de importações e pela saída de
capital financeiro.

1.8 – Mercado de ações

Ações são títulos de caráter nominativo e negociável e correspondem a uma


fração do capital social de uma organização sendo que a compra delas pelo investidor
acarreta em uma sociedade, isto é, em um negócio. Desta forma, todos os riscos de
prejuízos e lucros são compartilhados com o acionista.

A aquisição de uma ação através da bolsa de valores significa que o acionista está
levando uma parte pequena de uma empresa e que passa a ser um sócio minoritário. Esse
tipo de aquisição tem facilidade burocrática, quando comparado à associação com uma
empresa limitada ou de capital limitado não listado na bolsa de valores.

Também a movimentação e a translação dessas ações podem ser realizadas


eletronicamente, proporcionando a liquidez deste mercado acionário ao investidor que
optar por sair da sociedade e por mudar para um negócio, que melhor atenda as suas
expectativas financeiras.

26
Uma forma segura de obter lucro no mercado de ações é comprando papéis de
empresas estáveis, com boa gestão e com lucros crescentes e sólidos, sem pressa de
negociar. O grande risco de investir em ações está na venda de seus papéis por preços
iníquos em um desses momentos voláteis, que ocorrem com frequência em um mercado
contendo liquidez.

Analisando em longo prazo, as empresas bem estruturadas prevalecem em meio


às outras, e a valorização das ações ocorre naturalmente. O histórico de crescimento
constante de uma organização proporcionará uma considerável demanda em suas ações,
levando a uma grande quantidade de ações, além de preços em crescimento, sendo que o
grande desafio é identificar empresas com este perfil.

É importante que o investidor procure critérios de avaliação de organizações para


avaliar seus princípios ignorando as oscilações que são normais em curto prazo. Neste
sentido, há dois tipos de ação, conheça-os abaixo.

Ordinárias nominativas (ON) – tratam-se dos títulos que permitem ao


acionista a participação efetiva nos resultados econômicos de uma
empresa. Geralmente, o titular tem direito a voto em assembleias na
empresa, entretanto, isso não lhe garante acesso aos dividendos.

Preferenciais nominativas (PN) – ação que atribui ao titular prioridades no


recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no
reembolso de capital. Geralmente esse tipo de ação não concede ao
acionista direito ao voto em assembleia.

1.9 – Economia doméstica

A economia doméstica consiste em


governar um lar, administrando a renda
familiar, de forma que as despesas não
excedam as receitas. A economia é de suma

27
importância para a educação de uma sociedade, pois pessoas que administram seu
próprio dinheiro tendem a ser mais bem sucedidas.

Quando pensamos em economia doméstica, temos que ter em mente 6 preceitos


básicos:

- Gastar menos do que se tem ou ganha;

- Pagar a pronto, não contraindo dívidas "sobre a que pretexto for", a não ser em
caso de doença, uma operação de urgência etc.;

- Não antecipar gastos sobre ganhos problemáticos. Não comprar nada, por mais
barato que seja, de que não se necessite;

- Um dos principais preceitos da economia é


saber comprar. Comprar bem, não quer dizer
comprar barato e sim comprar por preço
reduzido em relação à qualidade da compra;

- É preciso integrar-se à ordem, sem tornar a


si mesmo e aos outros escravos dela.

- Não desprezar nunca as pequenas coisas. Na


economia e na ordem, são elas que formam
um todo harmonioso e perfeito.

Fonte: http://tresgues.blogs.sapo.pt/51532.html

28
Contabilidade doméstica

A contabilidade doméstica é um mecanismo que permite à dona do lar ou ao


chefe de família estar sempre a par da situação financeira e das despesas do lar. Entre os
vários benefícios da contabilidade doméstica, destacam-se:

Determina um melhor emprego do dinheiro adquirido;

Impede o gasto excessivo, o que ocasiona um endividamento


desnecessário.

Para um controle efetivo, basta um caderno de anotações, agenda pautada, ou


mesmo uma planilha em seu computador para anotar as despesas.

Se você deseja fazer uma contabilidade doméstica, enumere as prioridades de


gasto, elenque os supérfluos. É imprescindível, de um modo geral, o uso de uma planilha
com organização semelhante a esta abaixo:

29
ORÇAMENTO MENSAL MÊS:
ANO:
GASTOS PREVISTOS GASTOS REALIZADOS
Aluguel
Prestação da casa própria
Financiamento
Alimentação (supermercado e
mercearia)
Verduras e frutas
Água
Luz
Gás
Telefone
Condomínio
Padaria
Transporte
Combustível
Prestações
Mensalidades (escola, clube,
convênios etc.)
Vestuário
Saúde (médico, farmácia,
dentista)
Lazer
Outras despesas
Total
Saldo (positivo ou negativo)

30
Entenda melhor o orçamento

A renda líquida de uma família baseia-se nos salários de todos os membros que a
constituem e contribuem com o pagamento das despesas mensais.

Um bom planejamento doméstico depende do controle que se tem do uso do


dinheiro, ou seja, é importante que você saiba onde e como está sendo gasto o
orçamento. Para tanto, é necessário anotar, documentar todas as despesas em uma
planilha ou em um caderno de controle, conforme já dissemos anteriormente.

Posteriormente, estipule um valor que pretende gastar por mês em cada conta. A
coluna dos gastos realizados é onde se deve anotar o valor exato desembolsado para o
pagamento da dívida.

Ao final do período estipulado, geralmente um mês, some os gastos efetivos, e


subtraia-os da coluna dos gastos
previstos. Se o resultado for positivo,
parabéns você conseguiu atingir a
meta.

Caso contrário, deve-se


escolher quais gastos estão
sobrecarregando a receita, e, assim
que identificá-los, corte-os da despesa mensal.

Atente-se para o seguinte fato. O orçamento familiar, geralmente, apresenta-se


mensalmente. Entretanto, nada o impede de fazer um orçamento semanal, quinzenal, ou
mesmo um controle diário das despesas. Dessa forma, é possível antecipar-se aos gastos
desnecessários – podendo rapidamente equilibrar as contas.

31
Gerenciando os gastos

Quando fizer compras, escolha a melhor forma de pagamento, ou seja, aquela que
não comprometa seu orçamento. É importante analisar a necessidade da compra.

À vista – opte por esta forma de pagamento, você pode obter bons descontos;

A prazo – fique atento às taxas de juros cobradas no financiamento, compare o


preço à vista com o total das parcelas e lembre-se de que:

Mesmo no parcelamento "sem acréscimo", geralmente estão embutidos


altos juros;

Atrasos no pagamento da prestação de financiamento implicam em multas


de até 2%;

É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada dos débitos, total ou


parcialmente, mediante a redução proporcional dos juros e dos demais
acréscimos.

Gerenciando os investimentos

Todos os investimentos devem ter um fim específico bem definido: fundo de


emergência, férias, previdência, compra de automóvel ou apartamento etc.

Questões importantes para as quais o investidor deve se atentar:

Há um intuito específico ao fazer este investimento?

O que eu almeja em termos de rentabilidade?

Qual o valor disponível para investir?

32
Quando vou precisar desse dinheiro?

Tenho todas as informações necessárias a respeito deste tipo de investimento?

Esses questionamentos básicos podem lhe ajudar a diminuir as chances de entrar


em um mau investimento e, consequentemente, perder dinheiro. Lembre-se de que
quanto mais souber a respeito de onde se investe, maior as possibilidades de
lucratividade.

33
Os meios de pagamento

Há hoje, com o advento da tecnologia, inúmeras formas de


pagamento nos mais diversos estabelecimentos, dos quais destacam-se:

Cheque/cartão de débito – é uma ordem de pagamento à


vista. Ao emiti-lo, lembre-se de que ele será descontado
imediatamente.

Cheque pré-datado – é um acordo informal entre


fornecedor e consumidor. Se você for utilizá-lo como forma de
pagamento, faça constar do pedido, da nota fiscal ou do orçamento os
números dos cheques e as datas previstas para os descontos. Essa é a
sua única garantia caso o fornecedor venha a depositá-lo antes do
combinado. Hoje em dia esta pratica caiu em desuso.

Cheque especial – evite entrar no limite do cheque


especial, já que as taxas de juros costumam ser muito elevadas; não
faça desse limite um segundo salário.

Cartão de crédito/parcelamento no cartão – o controle


das despesas realizadas com cartão exige cuidados. Verifique a
conveniência de ter mais de um cartão, não se esquecendo de incluir
em seu orçamento, as anuidades do(s) cartão(ões).

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/54271596/1/Administracao-Contabil-e-Financeira

O controle de fluxo ou controle de caixa é a receita de prosperidade, não só para


as pessoas físicas, mas também empresas, governos e macrossistemas econômicos.

Ao realizar o pagamento dentro da data de vencimento, você exclui a cobrança de


juros de atraso que, geralmente, são muito altos.

34
Unidade 2 – Gestão de custos

Olá,

Nesta unidade, veremos a relevância da gestão de cursos na contabilidade


administrativa. Em primeiro lugar, trataremos dos conceitos básicos referentes ao tema.
Depois traremos algumas situações práticas.

Também classificaremos os custos de acordo com sua importância, bem como o


índice custo-volume-lucro, e as perspectivas de investimento de longo prazo.

Bom estudo.

35
2.1 – Conceituações básicas

A contabilidade de custos, em virtude de se relacionar diretamente com a tomada


de decisões, gera a necessidade de uma
visão sistêmica. Dessa forma, é preciso um
profissional específico para gerir essas
informações.

Este profissional, geralmente, vale-


se de conhecimentos das mais diversas
áreas como a psicologia, a economia, a
matemática, a filosofia etc.

Esse conjunto de características forma o que chamamos de Gestão de Custos.


Essa atividade é, geralmente, voltada às decisões futuras, pois faze com que os
contadores se integrem ainda mais às facetas e aos desdobramentos administrativos de
determinada empresa, resolvendo questões dos mais diversos níveis organizacionais.

A Gestão de Custos é concebida como um sistema de informação que fornece o


conteúdo necessário de informações para que seja possível medir o desempenho
organizacional.

Isso ocorre em virtude da estreita relação entre as funções de planejamento, de


orçamento e de controle. Por esse viés, é possível estabelecer uma conexão entre as
informações de custo e a estratégia organizacional da empresa.

Ao se considerar essa ligação, é possível relacionar o custo como uma espécie de


elemento primordial para o estabelecimento de diretrizes estratégicas.

A gerência de custo, sob esta perspectiva gerencial, deve, via de regra,


concentrar-se em produzir informações puramente analíticas, resultado de análises e
interpretações mais detalhadas de dados.
36
O controle de custos permite uma diversidade de possibilidades em desenvolver
instrumentos eficazes de gestão nas operações.

Já em casos de despesas financeiras, o controle de custos possibilita uma tomada


de ações em relação à redução de estoque, giro das mercadorias de reposição, extensão
de prazo junto aos fornecedores e credores etc.

Permite também um maior controle de gestão dos custos mercadológicos que são:
os processos de transporte e de logística da mercadoria, o abastecimento de máquinas, a
tecnologia para comunicação, entre outros.

De modo equivocado, o método de gestão de algumas organizações, muitas


vezes, não considera a gestão de custos como um setor fundamental e decisivo no atual
contexto de mercado, que se mostra cada vez mais competitivo.

De um modo geral, a gestão de custos, tanto em empresas relacionadas à indústria


quanto ao comércio e serviços, objetivam os seguintes resultados:

cumprimento de exigências contábeis;

exigências fiscais;

apuração do custo dos departamentos


e dos produtos;

controles de produção;

eliminação de desperdícios;

melhoria de processos;

auxílio na tomada de decisões

37
gerenciais;
otimização de resultados.

2.2 – Classificação dos custos

Para compreendermos a classificação dos custos, temos que levar em


consideração alguns fatores intrínsecos a esta disciplina. O gerenciamento de custos e de
preços engloba os seguintes conceitos:

• Gastos: são situações em que a empresa desembolsa recursos ou contrai


uma obrigação (dívida) perante terceiros (fornecedores, bancos etc.), para
adquirir, de maneira geral, bem ou serviço que necessite para suas
operações cotidianas;

• Investimentos: tratam-se dos gastos efetuados na aquisição de ativos (bens


e direitos registrados em conta do Ativo no Balanço Patrimonial) com o
intuito de gerar benefícios econômicos em períodos futuros;

• Despesas: são os valores gastos voluntariamente com bens ou serviços


utilizados para obter receitas, seja direta ou indiretamente;

• Perdas: são as ocorrências fortuitas, ocasionais, indesejadas ou


involuntárias no ambiente das operações de uma empresa, isto é, são as
situações adversas;

• Desperdícios: são os gastos relacionados com atividades que não agregam


valor do ponto de vista do cliente, que implicam dispêndio de tempo e
dinheiro desnecessários aos produtos (ou serviços);

• Custos: são os gastos efetuados para fabricar produtos ou prestar serviços.

38
Abaixo uma ilustração em que se figura a síntese dos conceitos, bem como eles
se relacionam:

É necessário saber identificar ou distinguir os conceitos de custos, despesas,


perdas, investimentos e desperdícios. Pois dessa forma, é possível evitar o equívoco de
repassar ao preço de venda todos os gastos da empresa.

Os custos podem ser classificados de acordo com a finalidade almejada. Em


relação ao volume de produção, os custos são designados fixos e variáveis.

As despesas e os custos fixos são aqueles que não sofrem influência em razão do
aumento ou da diminuição da produção. Portanto, independem do nível de atividade
produtiva. São conhecidos como custo de estrutura. Por exemplo:

• Limpeza e conservação;

• Aluguéis de equipamentos e instalações;

39
• Salários da administração;

• Segurança e vigilância, entre outros.

As despesas acima são chamadas de custos fixos, justamente pelo fato de seus
valores estarem fixados, não importando as variações na produção.

As despesas e os custos variáveis são aqueles que sofrem oscilações de acordo


com o nível de produção ou atividades. O volume produzido é determinante no
estabelecimento deste índice. Por exemplo:

• Matérias-primas;

• Comissões de vendas;

• Insumos produtivos, como água, energia, entre outros.

Vantagens do custeio variável

O custeio variável não é contemplado pela legislação fiscal, entretanto, apresenta


uma série de vantagens. Entre elas, destacam-se:

• Apresenta o resultado operacional em função das vendas;

• Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já


que esses são deduzidos diretamente do resultado;

• Torna evidente a margem de contribuição de cada produto, muito utilizada no


processo decisório;

40
2.3 – Custo-Volume-Lucro

As micros e pequenas empresas têm forte importância social no Brasil. Além de


gerarem empregos, promovem uma manutenção de economias locais.

Entretanto, estudos revelam que essas empresas sucumbem, muitas vezes, antes
de completar um ano de funcionamento. Muitas deixam de existir em apenas alguns
meses.

Há uma diversidade de fatores que influenciam este cenário. Dentre eles,


podemos destacar a pequena utilização de técnicas de gerenciamento.

Seja por desconhecimento seja por dificuldades em viabilizar a implementação,


pouquíssimos são os empresários que empregam esta técnica em suas pequenas ou
microempresas. Ferramentas como a análise do Custo-Volume-Lucro (CVL) podem ser
a diferença entre a falência e a prosperidade de um negócio.

A análise do Custo-Volume-Lucro (CVL) é, de um modo geral, um instrumento


contábil de relevante valor no processo de planejamento das empresas.

Quando utilizada de maneira adequada, a análise CVL pode produzir resultados


bastante satisfatórios, pois proporciona importante subsídio aos administradores,
fundamentando decisões corretas em bases técnicas confiáveis. Isso ocasiona uma
redução dos riscos inerentes ao
processo de tomada de decisões.

É muito importante que as


tomadas de decisões sejam
fundamentadas nos índices da
análise CVL, pois esses fornecem
expectativas do volume de vendas.

41
A análise de Custo-Volume-Lucro, em resumo, aponta os efeitos das mudanças
nos volumes de vendas e, consequentemente, na lucratividade da organização.

Essa análise é uma das mais básicas ferramentas de avaliação utilizadas pelos
gestores financeiros. Trata-se de uma espécie de medidor de comportamento das receitas
e dos custos totais, dos resultados das operações provindos de mudanças no cenário de
vendas.

Em suma, essa ferramenta permite ao administrador se antecipar às possíveis


alternâncias, tanto na produção quanto no custo e no preço dos produtos, ajudando a
responder melhor a essas expectativas.

Trata-se de um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido em


diferentes níveis possíveis de produção e de vendas, bem como para analisar o impacto
sobre o lucro em função de modificações no preço de venda, nos custos ou em ambos.

42
A análise CVL precisa de certos pressupostos para dar validade aos seus resultados. As
hipóteses básicas requeridas para uma correta estimativa e compreensão do
comportamento das variáveis envolvidas nessa análise são:

(a) Mudanças nas receitas e custos que ocorrem devido a mudanças no


número de unidades produzidas e vendidas.

(b) Os custos totais devem ser separados em custos fixos, os quais não
variam conforme o nível de produção, e em custos variáveis, que variam
de acordo com a produção.

(c) O preço de venda, os custos fixos e os variáveis são conhecidos e


permanecem constantes dentro do período analisado.

(d) As receitas e os custos variáveis são lineares com relação à produção


dentro de um período de análise.

(e) A análise cobre um único produto ou, quando da existência de


múltiplos produtos, a proporção de venda desses produtos no todo se
manterá constante quando da alteração da quantidade total de unidades
vendidas.

(f) Todas as receitas e custos podem ser agregados e comparados sem


levar em consideração o valor do dinheiro no tempo.

Fonte: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1982-
64862011000200007&script=sci_arttext

43
A análise CVL abrange alguns conceitos como:

- Margem de contribuição: representa o valor com que cada unidade de um


produto contribui para cobrir os custos de operação. Tem-se, portanto, a margem de
contribuição, que é o valor resultante da dedução dos custos diretos ou variáveis do valor
final de venda. Por exemplo:

- Análise do ponto de equilíbrio: é chamada assim a situação na qual as vendas


totais de uma empresa se igualam aos custos totais. Trata-se de uma situação na qual as
rendas cobrem exatamente os custos e, portanto, não há nem benefícios nem perdas.
Observe no esboço a seguir:

44
Fonte:
http://www.portalcursos.com/CursoAdministracaodeEmpresas/MaterialBasico/administracionem
presas/Lecc31_5.jpg

Perceba na imagem acima que o ponto de equilíbrio está em produzir 500


unidades (na linha horizontal) ao custo de $6.000 (na linha vertical). Esse é o valor para
empatar o investimento, isto é, não ganhar, mas também não perder.

-Margem de segurança operacional: corresponde ao volume ou valor das vendas


planejadas ou realizadas acima do ponto de equilíbrio. Em resumo, indica a parte do
faturamento que efetivamente gera lucro para empresa.

Essa margem é a mensuração do nível de risco. Se a faixa de lucro está pouco


acima do ponto de equilíbrio significa que a empresa está em situação vulnerável.

Da mesma forma, se a empresa opera com o nível de vendas bem acima do ponto
de equilíbrio, significa que sua margem de segurança é elevada, e que, portanto, ela corre
menos riscos.

45
Observe todos os conceitos acima descritos no esboço a seguir:

Fonte: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/img/revistas/rco/v5n12/a07fig02.jpg

É possível observar que um significativo aumento nas vendas, de 1.000 para


1.500 unidades, representa um crescimento mais do que proporcional no lucro.

Perceba que quanto maior for a margem de segurança operacional, mais afastada
ela estará do ponto de equilíbrio.

Dentre os inúmeros benefícios proporcionados à empresa pela análise de Custo-


Volume-Lucro, destacam-se:

• Cálculo do custo de compra de todas as matérias-primas;

• Elaboração da ficha técnica dos produtos, ou seja, qual foi o consumo


efetivo de cada matéria-prima por tipo de produto;

46
• Determinação do custo total de matéria-prima de cada produto
comercializado;

• Análise de rentabilidade dos produtos vendidos através da margem de


contribuição unitária em R$ ou %, bem como da margem de contribuição
total de cada produto;

• Simulações quanto ao ponto de equilíbrio em unidades e em valor;

• Determinação do volume necessário de vendas para atingir determinado


lucro (ponto de equilíbrio econômico);

• Cálculo do volume de vendas suficiente para pagar as contas mensais


(ponto de equilíbrio financeiro);

• Determinação da margem de segurança em unidades e em reais (diferença


entre vendas efetivas e o ponto de equilíbrio);

• Simulação de cenários quanto aos aumentos ou às diminuições de custos


fixos e variáveis, preços de venda e volumes comercializados, bem como
a respectiva influência no lucro do período;

• Projeção do resultado mensal, com base nas vendas previstas;

• Determinação do resultado mensal em função das vendas efetivas


realizadas no período.

Essa análise, como vemos, é de fundamental importância, pois não só


proporciona um maior controle gerencial, como também oferece subsídios gerenciais
para tomada de decisões.

47
Não importa o tamanho de sua empresa, é perfeitamente possível a
implementação dessas técnicas para uma otimização de resultados.

Assim, serão menores as dificuldades de gerenciamento das atividades


financeiras que, em muitos casos, são levadas à falência.

2.4 – Perspectivas de longo prazo

A perspectiva de longo prazo é importantíssima, não somente no âmbito


administrativo e gerencial, mas também na vida. Nas relações interpessoais, nas relações
familiares e até mesmo em governos, parece fundamental definir uma estratégia, isso
ocorre em virtude da perspectiva de longo prazo.

É ela que permite definir uma orientação de longo prazo, ou traçar um objetivo.
De um modo geral, trata-se de uma análise baseada em informações teóricas e técnicas, a
respeito do cenário econômico futuro.

Por meio da perspectiva de longo prazo, é possível estabelecer metas


intermediárias, sinalizando e norteando o percurso a ser feito. Inicialmente, é preciso
estabelecer um grande objetivo, isto é, um objetivo geral. Posteriormente, deve-se
estabelecer as metas intermediárias, que são os objetivos específicos.

É de suma importância que uma empresa defina com clareza seus objetivos de
longo prazo, sem desconsiderar, é claro, os pequenos acidentes de percurso. Em outras
palavras, é preciso ter uma estratégia estabelecida.

Em visita ao Brasil, o professor e diretor norte-americano do Instituto de Estudos


Latino-americanos da Universidade de Columbia, Albert Fishlow, disse que “é preciso
que as soluções de curto prazo se enquadrem numa perspectiva de longo prazo”.

48
Fishlow advoga que o que falta à economia brasileira é uma estratégia de longo
prazo, isto é, objetivos bem estabelecidos, claros e sólidos, através de uma análise do
cenário econômico futuro.

Pensar em longo prazo é indispensável para que uma empresa possa vislumbrar
os rumos de seu futuro próximo. Trata-se de ter visão empreendedora.

Em resumo, são consideradas perspectivas de longo prazo, aquelas que atentam


seu olhar para um período não menor que 24 (vinte e quatro) meses da data de início da
ação, estendendo-se por mais anos.

É necessário ressaltar que não é possível buscarmos valores precisos para o


produto de longo prazo.

Perspectivas de curto prazo

Esta perspectiva de curto prazo compreende um período de tempo entre seis


meses e dois anos. Às vezes, em virtude das modificações das diretrizes, o curto prazo
pode ser estendido em, no máximo, três anos.

Em resumo, qualquer meta de curto prazo compreende os objetivos a serem


alcançados em menos de um ano.
Obviamente um objetivo em curto
prazo é mais fácil de ser alcançado.
Isso não quer dizer que devamos
desprezar os de longo prazo.

Quando você estabelece um


objetivo e define um limite de tempo,
você aumenta consideravelmente suas chances de êxito.

49
Caso tenha incertezas a respeito dos objetivos a se definir, sente, reflita e elenque
as prioridades de sua empresa. Escreva alguns resultados que pretende alcançar e quanto
tempo será preciso para colocá-lo em prática. Posteriormente, retome a lista e reavalie-a.

Modifique o percurso da estratégia, caso necessário. O importante aqui é


transformar este processo de estabelecimentos de objetivos e metas em um agente
motivador cujo papel é fundamental nas tomadas de decisões.

Outras perspectivas

A perspectiva temporal torna-se cada dia mais parte da administração.


Dependendo dos objetivos a serem alcançados, há a possibilidade de outras perspectivas
temporais, como:

- Perspectiva de curtíssimo prazo: trata-se do prazo que envolve as rodadas de


negociação entre agentes econômicos, sob uma perspectiva microeconômica. Bons
exemplos desta perspectiva são as empresas que colocam seus produtos no mercado,
efetuam as vendas, constatam uma boa rentabilidade e voltam ao mercado, mas dessa
vez, participando de outro ciclo produtivo. Os resultados devem ser imediatos;

- Perspectiva de longuíssimo prazo: corresponde ao desenvolvimento econômico de


determinada nação. São medidos em grandes prazos, isto é, em períodos de tempo não
menores que 30 anos, podendo ocorrer também em relação ao prazo de maturação de
novas tecnologias. Por exemplo, o tempo necessário para que o vapor se consolidasse
como fonte de energia, ou para que os computadores se consolidassem como meios
imprescindíveis de comunicação.

Abaixo temos um interessante texto, do importante consultor de negócios


Wlademir Pinto da Silva, a respeito do planejamento estratégico de curto, médio e longo
prazo.

50
Planejamento estratégico, de curto, médio e longo prazo

Se já é difícil entender uma língua que não se conhece ou domina,


mais grave é entender, de uma forma difusa, expressões muito usadas
em nossa própria língua, com um significado para uns e outro para
outros.

Muitos usam Estratégia com o sentido de longo prazo. Assim quando


se fala em Planejamento Estratégico pensam se tratar de planejamento
em longo prazo. Planejamento de Longo Prazo é algo que você
começa hoje para terminar daqui a algum tempo, digamos, quatro
anos depois, num cenário sem mudanças que alterem sua decisão.

Uma obra, um curso, um programa, um governo etc. Planejamento de


Longo Prazo é algo que virou quase uma lenda nas empresas. Pode
até existir, mas a maior parte dos profissionais nunca viu.

Drucker repetia sempre que "O planejamento estratégico não trata de


decisões futuras. Trata do que haverá no futuro com base nas
decisões do presente”. Estratégico é um futuro incerto e que os
elementos e indicações do presente permitem que se especule, se
desenhem cenários, se faça previsões em relação ao futuro e se atue
em função disso, operacionalmente naquela direção.

E no caminho se mantenha, corrija, ou se ajuste ao cenário projetado.


O estratégico é o incerto, sobre o qual se quer antecipar. É a
mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito global,
visando atingir objetivos definidos previamente.

É uma metodologia gerencial que permite estabelecer o caminho a ser


seguido pela empresa, visando elevar o grau de interações com os
ambientes interno e externo.

51
Num mundo como o de hoje, onde a inovação se dá a qualquer
momento e em qualquer campo e onde a obsolescência não tem prazo,
chegar na frente é ser mais competitivo que os demais. Nesse sentido,
pensar estrategicamente é o diferencial. O conhecimento da
organização, da sua arquitetura, de seus processos e a organização
como um sistema gerador de bens e serviços, fornecerá a base para o
planejamento.

As decisões existem somente no presente. O problema enfrentado por


quem toma decisões não é o que a sua organização deve fazer
amanhã. É o que devemos fazer hoje para estarmos preparados para a
incerteza do amanhã, Já que qualquer plano para o futuro depende das
ações efetivadas no presente.

As ações passam primeiro pela análise da Arquitetura Empresarial


(EA) e da simulação dos Processos (BPA), hoje, ferramentas
(softwares) sofisticadas fornecem dados e apoiam a tomada de
decisões.

Planejamento Estratégico é pensar um futuro incerto, definir objetivos


baseados em cenários desenhados (As is), cenários projetados (To be)
e investir nessa direção.

“Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas


dúvidas e hesitações de hoje”. Roosevelt.

Fonte: http://www.artigonal.com/gestao-artigos/planejamento-estrategico-
de-curto-medio-e-longo-prazo-764135.html

52
Conclusão do Módulo 1

Parabéns por ter chegado até aqui!

Esperamos que tenha compreendido os conteúdos propostos e que eles tenham


auxiliado você no processo de reflexão sobre os assuntos tratados aqui.

No próximo módulo estudaremos os indicadores qualitativos e quantitativos e as


demonstrações contábeis.

Para dar continuidade ao seu curso, faça a avaliação referente ao Módulo I em seguida
você terá acesso ao material do Módulo II.

Boa sorte!

53

Você também pode gostar