O documento descreve 5 espécies exóticas presentes no Brasil, identificando seus impactos positivos e negativos para o meio ambiente e seres humanos: a abelha africana, que aumenta a produção de mel mas expulsa espécies nativas; a tilápia-do-Nilo, que é uma grande predadora e extermina espécies locais; a algaroba, que causa problemas para o gado mas também afeta o lençol freático; o eucalipto, que tem vantagens como consumir menos água, mas pode afetar
O documento descreve 5 espécies exóticas presentes no Brasil, identificando seus impactos positivos e negativos para o meio ambiente e seres humanos: a abelha africana, que aumenta a produção de mel mas expulsa espécies nativas; a tilápia-do-Nilo, que é uma grande predadora e extermina espécies locais; a algaroba, que causa problemas para o gado mas também afeta o lençol freático; o eucalipto, que tem vantagens como consumir menos água, mas pode afetar
O documento descreve 5 espécies exóticas presentes no Brasil, identificando seus impactos positivos e negativos para o meio ambiente e seres humanos: a abelha africana, que aumenta a produção de mel mas expulsa espécies nativas; a tilápia-do-Nilo, que é uma grande predadora e extermina espécies locais; a algaroba, que causa problemas para o gado mas também afeta o lençol freático; o eucalipto, que tem vantagens como consumir menos água, mas pode afetar
Identificar 5 espécies exóticas presentes no nosso meio.
Descreva os impactos positivos e/ou negativos dessas espécies para o meio ambiente e para o homem
Abelha africana
Introduzida em todo o Brasil por iniciativa governamental, a fim de aumentar a
produção de mel do país, a Apis mellifera, também chamada de abelha africana, espalhou-se rapidamente por toda a América do Sul. Facilmente adaptável a diversos ambientes, desde florestas temperadas até savanas, a abelha africana é considerada uma espécie bastante agressiva. "Ela expulsa as espécies nativas, como o tucano e a arara, de seus habitats, passando a ser um mega problema. Por ser muito difícil de controlar, ela gera uma consequência ambiental e social especialmente grave", afirma a engenheira florestal e presidente do Instituto Hórus Sílvia Ziller. Portanto, ela beneficia no aumento da produção, mas em contrapartida expulsa as espécies nativas dos seus habitats naturais. Tilápia-do-Nilo
Nativa da região do rio Nilo, no Egito, a Oreochromis niloticus, mais conhecida
como tilápia-do-nilo, foi introduzida no Brasil desde o século XX, bem como em diversos países com água tropical. Por sua grande capacidade de reprodução e comportamento onívoro, alimentando-se de plantas e outros animais, a tilápia-do-nilo é considerada uma grande predadora. "É um peixe que tem um histórico de extinção de outras espécies, sendo um problema muito grave em diversos países africanos e asiáticos. Muitas vezes, as pessoas acham que estão fazendo uma coisa boa ao introduzir esses peixes nos rios, mas eles passam a exterminar espécies nativas", afirma Sílvia. Algaroba Tendo diversos sinônimos, entre eles o nome científico Prosopis Julifora, a algaroba é natural de regiões áridas e semiáridas dos Estados Unidos e México, e foi introduzida no Brasil especialmente na caatinga nordestina, como forrageira para cabras, causa problemas como invasão de pastagens e desgaste dos dentes dos animais, sem poder se alimentar, os animais morrem mais cedo. “Como as cabras comem as flores, que têm resinas, são muitas as queixas de que o animal acaba morrendo antes do tempo normal. Além disso, a algaroba tem raízes mais profundas, o que gera um aprofundamento do lençol freático, consumindo muita água, justamente em regiões áridas”, afirma a engenheira florestal Sílvia Ziller. Eucalipto
Árvore da família das Mirtáceas, o eucalipto é nativo da Oceania, onde é a
espécie dominante da flora local. Com mais de 700 espécies, a maioria de origem australiana, adapta-se praticamente à todas as condições climáticas. Uma vantagem bastante interessante do eucalipto é a menor retenção de água, permitindo que a água chegue ao solo mais rapidamente, além de diminuir a evaporação para a atmosfera, ao contrário de algumas matas nativas, cujas copas das árvores são mais densas. O fato de suas raízes chegarem até dois metros e meio de profundidade, e assim não chegarem aos lençóis freáticos, as faz consumirem menos água do que uma plantação de cana-de-açúcar ou café, por exemplo.
No Brasil, o cultivo do eucalipto iniciou-se em meados de 1909, pelo engenheiro
agrônomo Edmundo Navarro de Andrade, então funcionário da Cia. Paulista, e hoje o plantio desta árvore abrange extensas áreas, principalmente em Minas Gerais, cujo município de Itamarantiba é há mais de trinta anos um dos maiores produtores do país. Javali
O javali (Sus scrofa scrofa) é um porco selvagem originário da Europa, Ásia e
norte da África. O animal tem aproximadamente 1,30 m de comprimento e pesa cerca de 80 kg. O adulto possui presas afiadas saindo pelo canto da boca e longos pelos de cor preta. Já os java-porcos (javali miscigenados com o porco doméstico) possuem coloração variada, podendo atingir até 250 kg.
Inicialmente os javalis foram introduzidos como animais de criação e consumo
em várias partes do mundo. Posteriormente, devido ao seu temperamento selvagem, acabaram fugindo e se dispersando por ambientes fora de sua ocorrência natural. Em razão destes eventos, o javali passou a ser considerado como Fauna Exótica Invasora.
A agressividade, a facilidade de adaptação e a ausência de predadores ou
competidores naturais levam o javali a figurar na lista das cem piores espécies exóticas invasoras do mundo. Entre os impactos ambientais provocados, pode- se citar: a diminuição ou morte de espécies da fauna nativa; a transmissão de doenças para os animais nativos; a diminuição de espécies vegetais nativas, acarretando prejuízos às formações vegetais; a aceleração do processo de erosão e o aumento do assoreamento dos rios. Entre os prejuízos econômicos observados estão o ataque às plantações, com perda de até 60% da safra e o ataque às criações de animais domésticos. Também existe o risco de ataque à seres humanos em situações específicas.