Você está na página 1de 6

Identificar 5 espécies exóticas presentes no nosso meio.

Descreva
os impactos positivos e/ou negativos dessas espécies para o meio
ambiente e para o homem

Abelha africana

Introduzida em todo o Brasil por iniciativa governamental, a fim de aumentar a


produção de mel do país, a Apis mellifera, também chamada de abelha
africana, espalhou-se rapidamente por toda a América do Sul. Facilmente
adaptável a diversos ambientes, desde florestas temperadas até savanas, a
abelha africana é considerada uma espécie bastante agressiva. "Ela expulsa as
espécies nativas, como o tucano e a arara, de seus habitats, passando a ser
um mega problema. Por ser muito difícil de controlar, ela gera uma
consequência ambiental e social especialmente grave", afirma a engenheira
florestal e presidente do Instituto Hórus Sílvia Ziller.
Portanto, ela beneficia no aumento da produção, mas em contrapartida expulsa
as espécies nativas dos seus habitats naturais.
Tilápia-do-Nilo

Nativa da região do rio Nilo, no Egito, a Oreochromis niloticus, mais conhecida


como tilápia-do-nilo, foi introduzida no Brasil desde o século XX, bem como em
diversos países com água tropical. Por sua grande capacidade de reprodução
e comportamento onívoro, alimentando-se de plantas e outros animais, a
tilápia-do-nilo é considerada uma grande predadora. "É um peixe que tem um
histórico de extinção de outras espécies, sendo um problema muito grave em
diversos países africanos e asiáticos. Muitas vezes, as pessoas acham que
estão fazendo uma coisa boa ao introduzir esses peixes nos rios, mas eles
passam a exterminar espécies nativas", afirma Sílvia.
Algaroba
Tendo diversos sinônimos, entre eles o nome científico Prosopis Julifora, a
algaroba é natural de regiões áridas e semiáridas dos Estados Unidos e
México, e foi introduzida no Brasil especialmente na caatinga nordestina, como
forrageira para cabras, causa problemas como invasão de pastagens e
desgaste dos dentes dos animais, sem poder se alimentar, os animais morrem
mais cedo. “Como as cabras comem as flores, que têm resinas, são muitas as
queixas de que o animal acaba morrendo antes do tempo normal. Além disso,
a algaroba tem raízes mais profundas, o que gera um aprofundamento do
lençol freático, consumindo muita água, justamente em regiões áridas”, afirma
a engenheira florestal Sílvia Ziller.
Eucalipto

Árvore da família das Mirtáceas, o eucalipto é nativo da Oceania, onde é a


espécie dominante da flora local. Com mais de 700 espécies, a maioria de
origem australiana, adapta-se praticamente à todas as condições climáticas.
Uma vantagem bastante interessante do eucalipto é a menor retenção de água,
permitindo que a água chegue ao solo mais rapidamente, além de diminuir a
evaporação para a atmosfera, ao contrário de algumas matas nativas, cujas
copas das árvores são mais densas. O fato de suas raízes chegarem até dois
metros e meio de profundidade, e assim não chegarem aos lençóis freáticos, as
faz consumirem menos água do que uma plantação de cana-de-açúcar ou café,
por exemplo.

No Brasil, o cultivo do eucalipto iniciou-se em meados de 1909, pelo engenheiro


agrônomo Edmundo Navarro de Andrade, então funcionário da Cia. Paulista, e
hoje o plantio desta árvore abrange extensas áreas, principalmente em Minas
Gerais, cujo município de Itamarantiba é há mais de trinta anos um dos maiores
produtores do país.
Javali

O javali (Sus scrofa scrofa) é um porco selvagem originário da Europa, Ásia e


norte da África. O animal tem aproximadamente 1,30 m de comprimento e pesa
cerca de 80 kg. O adulto possui presas afiadas saindo pelo canto da boca e
longos pelos de cor preta. Já os java-porcos (javali miscigenados com o porco
doméstico) possuem coloração variada, podendo atingir até 250 kg.

Inicialmente os javalis foram introduzidos como animais de criação e consumo


em várias partes do mundo. Posteriormente, devido ao seu temperamento
selvagem, acabaram fugindo e se dispersando por ambientes fora de sua
ocorrência natural. Em razão destes eventos, o javali passou a ser considerado
como Fauna Exótica Invasora.

A agressividade, a facilidade de adaptação e a ausência de predadores ou


competidores naturais levam o javali a figurar na lista das cem piores espécies
exóticas invasoras do mundo. Entre os impactos ambientais provocados, pode-
se citar: a diminuição ou morte de espécies da fauna nativa; a transmissão de
doenças para os animais nativos; a diminuição de espécies vegetais nativas,
acarretando prejuízos às formações vegetais; a aceleração do processo de
erosão e o aumento do assoreamento dos rios. Entre os prejuízos econômicos
observados estão o ataque às plantações, com perda de até 60% da safra e o
ataque às criações de animais domésticos. Também existe o risco de ataque à
seres humanos em situações específicas.

Você também pode gostar