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- Prestação pecuniária
- Reclusão; - Perda de bens e valores
-Detenção; -Prestação de Serviços à comunidade
-Prisão Simples -Interdição temporária de direitos
- Limitação de fins de semana
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
DAS ESPÉCIES DE PENA PREVISTAS NO CP:
a) Privativas de liberdade:
• Reclusão;
• Detenção;
• Prisão simples – LCP.
b) Restritivas de direito:
• Prestação pecuniária;
• Perda de bens e valores;
• Prestação de serviço à comunidade;
• Interdição temporária de direito;
• Limitação de fim de semana
c) Multa:
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
a) Reclusão: crimes mais graves
b) Detenção: crimes menos graves
c) Prisão simples: LCP
DIFERENÇAS: RECLUSÃO DETENÇÃO
Regime inicial de Fechado, semiaberto ou Semiaberto ou aberto.
cumprimento aberto *Fechado só em caso de
regressão de regime
Efeitos secundários da Possibilidade de incapacitação Não gera incapacidade para o
condenação para o exercício do poder exercício do poder familiar
familiar (art. 92, b, II, CP)
Medida de segurança aos Regime de internação Regime de tratamento
inimputáveis ou ambulatorial
semi-inimputáveis
Prioridade de cumprimento Prioridade Cumprimento posterior
em caso de condenação por
reclusão e detenção
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CP.
- Prisão simples – art. 6° da LCP:
• Ocorre no caso de contravenções penais;
• Regime inicial em semiaberto ou aberto, sendo vedada a regressão de regime para o
fechado.
• Sem rigor penitenciário;
• Cumprimento deve ocorrer em ambiente separado dos apenados pela prática de crimes;
• Trabalho é facultativo se a pena simples não for maior que 15 dias;
OBS.: Na prática, a prisão simples só é aplicada quando o réu é reincidente e não se torna
possível a aplicação dos benefícios processuais penais.
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA – ART. 33, §2°, CP:
- Critérios:
• Se o crime é apenado com reclusão ou detenção;
• O montante da pena aplicada na sentença;
• Se o réu é primário ou reincidente;
• Circunstâncias do art. 59, CP;
• Análise do tempo de prisão provisória, quando houver;
RECLUSÃO:
• A pena deve ser superior a 8 anos – FECHADO;
• A pena superior a 4 anos e não superior a 8 anos – SEMIABERTO, salvo reincidência que será FECHADO.
• A pena igual ou infeior a 4 anos – ABERTO, salvo se reincidente que será SEMIABERTO (circunstâncias do
art. 59 favoráveis) ou FECHADO (circunstâncias do art. 59 desfavoráveis).
E se o condenado a pena inferior a 4 anos for reincidente?
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
Crimes Apenados com Reclusão
SÚM. 269 DO STJ: É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.
SÚM. 718 DO STF: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui
motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena
aplicada.
SÚM 719 DO STF: A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada
permitir exige motivação idônea.
SÚM. 440 DO STJ: Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime
prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade
abstrata do delito.
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CP.
CRIMES HEDIONDOS:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
OBS.: Em novembro de 2017, confirmando tal entendimento, o Supremo Tribunal Federal
aprovou a tese 972, em sede de repercussão geral: “É inconstitucional a fixação ex lege,
com base no art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, do regime inicial fechado, devendo o
julgador, quando da condenação, ater-se aos parâmetros previstos no art. 33 do Código
Penal”.
• Hipóteses de decretação:
1) prática de crime doloso durante o cumprimento da pena que implique subversão da
ordem ou disciplina internas (art. 52, caput, da LEP);
2) existência de provas de que o preso apresenta alto risco para a ordem e a segurança do
estabelecimento penal ou da sociedade (art. 52, § 1º, I);
3) fundadas suspeitas de envolvimento ou participação do preso, a qualquer título, em
organizações criminosas, associação criminosa ou milícia privada (art. 52, § 2º, II).
a) Gerais/legais -> art. 115, LEP -> a)permanecer no local em que for designado, durante o
repouso e nos dias de folga; b) sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; c)
não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; d)comparecimento em
juízo para informar e justificar suas atividades
b) Especiais/judiciais -> estabelecidas pelo juízo da execução, sem prejuízo das condições
gerais
- Sum, 493, STJ: “É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição
especial ao regime aberto”
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CP.
AUSÊNCIA DE CASA DE ALBERGADO:
“Execução penal. Habeas corpus. Regime aberto. Réu mantido em situação mais gravosa.
Prisão albergue domiciliar. Constitui constrangimento ilegal submeter o paciente a regime
mais rigoroso do que o estabelecido na condenação. Vale dizer, é inquestionável o
constrangimento ilegal se o condenado cumpre pena em condições mais rigorosas que
aquelas estabelecidas na sentença. Se o caótico sistema prisional estatal não possui meios
para manter o detento em estabelecimento apropriado, é de se autorizar, excepcionalmente,
que a pena seja cumprida em regime mais benéfico, in casu, o domiciliar. O que é
inadmissível, é impor ao paciente o cumprimento da pena em local reservado aos presos
provisórios, como se estivesse em regime fechado, por falta de vagas na Casa de Albergados.
(Precedentes). Habeas corpus concedido” (STJ, HC 84.070/MG, 5ª Turma, Rel. Min. Felix
Fischer, DJ 01.10.2007, p. 347);
SÚM VINCULANTE 56 DO STF: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa
hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
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PROGRESSÃO DE REGIME:
- A privação da liberdade será executada de modo progressivo, passando de um regime mais rigoroso para um regime mais brando, observados os
requisitos legais.
FECHADO PARA O SEMIABERTO:
Requisito objetivo:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz,
quando o preso tiver cumprido ao menos:
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário;
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento
condicional.
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OBS.: SÚM. 715 DO STF: A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado
pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento
condicional ou regime mais favorável de execução.
Exemplo: A pessoa condenada a uma pena de 180 anos de prisão. Neste caso, só irá cumprir no máximo 40
anos. Todavia, para fins de cálculo da progressão será 16% de 180 anos e não 16% de 40 anos. Então, irá
progredir de regime após cumprir 28,8 anos no regime fechado.
O não pagamento da pena de multa imposta cumulativamente impede a progressão, salvo se comprovada a
impossibilidade de pagar?:
“Execução Penal. Agravo Regimental. Inadimplemento deliberado da pena de multa.
Progressão de regime. Impossibilidade. 1. O inadimplemento deliberado da pena de multa
cumulativamente aplicada ao sentenciado impede a progressão no regime prisional. 2. Tal
regra somente é excepcionada pela comprovação da absoluta impossibilidade econômica do
apenado em pagar a multa, ainda que parceladamente. 3. Agravo regimental desprovido” (EP
12 ProgReg-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgado em 08.04.2015, processo
eletrônico DJe-111 divulg. 10.06.2015, public. 11.06.2015).
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
MULHERES GESTANTES, MÃES OU RESPONSÁVEIS POR CRIANÇAS OU PESSOAS COM DEFICIÊNCIA:
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento;
V - não ter integrado organização criminosa.
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício
previsto no § 3º deste artigo.
• Requisito subjetivo: BOM COMPORTAMENTO CARCERÁRIO
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa
conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que
vedam a progressão.
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
EXAME CRIMINOLÓGICO:
“Prevalece nesta Corte o entendimento no sentido de que a alteração do artigo 112 da LEP pela Lei 10.792/2003
não proibiu a realização do exame criminológico, quando necessário para a avaliação do sentenciado, tampouco
proibiu a sua utilização para a formação do convencimento do magistrado sobre o direito de promoção para
regime mais brando” (STF, HC 112.464, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, julgado em 14.08.2012,
processo eletrônico DJe-181 divulg. 13.09.2012, public. 14.09.2012).