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DIREITO PENAL II

Prof. Julianna Sabóia


Juliana.saboia@faculdadeviasapiens.com.br
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
Sanção Penal

Penas Medida de Segurança

Detentiva (internação em hospital de Restritiva (sujeição a tratamento


Privativas de liberdade Restritiva de direitos Multa
custódia e tratamento psiquiátrico) ambulatorial)

- Prestação pecuniária
- Reclusão; - Perda de bens e valores
-Detenção; -Prestação de Serviços à comunidade
-Prisão Simples -Interdição temporária de direitos
- Limitação de fins de semana
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
DAS ESPÉCIES DE PENA PREVISTAS NO CP:
a) Privativas de liberdade:
• Reclusão;
• Detenção;
• Prisão simples – LCP.
b) Restritivas de direito:
• Prestação pecuniária;
• Perda de bens e valores;
• Prestação de serviço à comunidade;
• Interdição temporária de direito;
• Limitação de fim de semana
c) Multa:
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
a) Reclusão: crimes mais graves
b) Detenção: crimes menos graves
c) Prisão simples: LCP
DIFERENÇAS: RECLUSÃO DETENÇÃO
Regime inicial de Fechado, semiaberto ou Semiaberto ou aberto.
cumprimento aberto *Fechado só em caso de
regressão de regime
Efeitos secundários da Possibilidade de incapacitação Não gera incapacidade para o
condenação para o exercício do poder exercício do poder familiar
familiar (art. 92, b, II, CP)
Medida de segurança aos Regime de internação Regime de tratamento
inimputáveis ou ambulatorial
semi-inimputáveis
Prioridade de cumprimento Prioridade Cumprimento posterior
em caso de condenação por
reclusão e detenção
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CP.
- Prisão simples – art. 6° da LCP:
• Ocorre no caso de contravenções penais;
• Regime inicial em semiaberto ou aberto, sendo vedada a regressão de regime para o
fechado.
• Sem rigor penitenciário;
• Cumprimento deve ocorrer em ambiente separado dos apenados pela prática de crimes;
• Trabalho é facultativo se a pena simples não for maior que 15 dias;
OBS.: Na prática, a prisão simples só é aplicada quando o réu é reincidente e não se torna
possível a aplicação dos benefícios processuais penais.
DAS PENAS – ART. 32 AO 37,
CP.
REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA – ART. 33, §2°, CP:
- Critérios:
• Se o crime é apenado com reclusão ou detenção;
• O montante da pena aplicada na sentença;
• Se o réu é primário ou reincidente;
• Circunstâncias do art. 59, CP;
• Análise do tempo de prisão provisória, quando houver;
RECLUSÃO:
• A pena deve ser superior a 8 anos – FECHADO;
• A pena superior a 4 anos e não superior a 8 anos – SEMIABERTO, salvo reincidência que será FECHADO.
• A pena igual ou infeior a 4 anos – ABERTO, salvo se reincidente que será SEMIABERTO (circunstâncias do
art. 59 favoráveis) ou FECHADO (circunstâncias do art. 59 desfavoráveis).
E se o condenado a pena inferior a 4 anos for reincidente?
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Crimes Apenados com Reclusão

Pena acima de 8 anos Pena superior a 4 anos Pena igual ou inferior a


e não superior a 8 anos 4 anos

REINCIDENTE Fechado Fechado Fechado ou semiaberto


(se favoráveis as
circunstâncias
PRIMÁRIO Fechado Semiaberto Aberto
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OBS.:

SÚM. 269 DO STJ: É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.

SÚM. 718 DO STF: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui
motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena
aplicada.

SÚM 719 DO STF: A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada
permitir exige motivação idônea.

SÚM. 440 DO STJ: Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime
prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade
abstrata do delito.
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CRIMES HEDIONDOS:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
OBS.: Em novembro de 2017, confirmando tal entendimento, o Supremo Tribunal Federal
aprovou a tese 972, em sede de repercussão geral: “É inconstitucional a fixação ex lege,
com base no art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, do regime inicial fechado, devendo o
julgador, quando da condenação, ater-se aos parâmetros previstos no art. 33 do Código
Penal”.

JUÍZO DAS EXECUÇÕES PENAIS:


- Vedado a alteração do regime de pena fixado na sentença, salvo progressão ou regressão.
- Só fixará o regime, caso a sentença condenatória seja omissa e transite em julgado.
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DETENÇÃO:
• A pena aplicada for superior a 4 anos ou se o condenado for reincidente (ainda que a
pena seja inferior a 4 anos), deve iniciar o cumprimento da pena no regime semiaberto;
• A pena aplicada for inferior a 4 anos e o réu não for reincidente, o regime inicial deve ser
o aberto.

• A detenção admite regime fechado?


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Observação:
Se o réu reincidente for condenado, por crime apenado com detenção, a pena superior a 4
anos, o regime inicial não pode ser o fechado por falta de amparo legal. Igualmente, se o
réu tiver cometido vários crimes apenados com detenção e a soma das penas superar 8
anos. O próprio art. 33, caput, do Código Penal estabelece que somente por meio de
regressão de regime, durante a execução da pena, é que pode ser imposto regime fechado
ao condenado por crime apenado com detenção. Ex.: quem comete falta grave durante a
execução.
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A detração influencia na fixação do regime inicial de cumprimento de pena?

- Art. 42 do CP: Computam-se na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o


tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de
internação em qualquer do estabelecimentos referidos no artigo anterior.
- Art. 387, §2º CPP: O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de
internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do
regime inicial de cumprimento de pena privativa de liberdade.
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CUMPRIMENTO DAS PENAS EM REGIME FECHADO:
- Em regra, aguardar o trânsito em julgado da sentença condenatória;
- Expedição da guia de recolhimento – inaugura o processo execução penal – é emitida
pela Vara Comum e encaminhada para a Vara de Execuções;
- Juízo das Execuções é competente para a administração do cumprimento da pena.
- Lei de Execuções Penais é que regulamenta todo esse procedimento.
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- Regras:
Estabelecimento de segurança máxima ou média: penitenciárias.
Obs.: lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição ->
início de cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima (art. 2º,
§8º, Lei 12.850/13)
Cela individual de no mínimo 6m2 (dormitório, sanitário e lavatório) –87 e 88 LEP.
Penitenciária deve ser em local razoavelmente afastado do centro urbano;
Penitenciária feminina: ala para gestantes e creche – LEP.
Exame criminológico ao chegar na penitenciária;
Trabalho interno e externo (serviços ou obras públicas)
Permissões de saída (falecimento ou doença grave – com escolta – concedida pelo
Diretor)
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REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO:
- Trata-se de um tratamento diferenciado aplicável aos criminosos tidos como
especialmente perigosos em razão do mal comportamento carcerário.

• Hipóteses de decretação:
1) prática de crime doloso durante o cumprimento da pena que implique subversão da
ordem ou disciplina internas (art. 52, caput, da LEP);
2) existência de provas de que o preso apresenta alto risco para a ordem e a segurança do
estabelecimento penal ou da sociedade (art. 52, § 1º, I);
3) fundadas suspeitas de envolvimento ou participação do preso, a qualquer título, em
organizações criminosas, associação criminosa ou milícia privada (art. 52, § 2º, II).

OBS.: Para a decretação da medida, basta um desses requisitos.


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• Consequências
1) recolhimento em cela individual;
2) possibilidade de visitas semanais por apenas 2 pessoas, sem contar as crianças, e por somente 2
horas;
3) limitação a 2 horas diárias de sol;
4) Monitoramento de entrevistas, salvo com o defensor;
5) Fiscalização do conteúdo de correspondência;
6) Audiências preferencialmente por videoconferência.
• Duração
- Duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave
de mesma espécie;
• Competência para decretar a medida
O regime disciplinar diferenciado só pode ser decretado pelo juiz das execuções competente, em
razão de requerimento fundamentado do diretor do estabelecimento ou outra autoridade
administrativa, devendo o juiz, antes de decidir, ouvir o Ministério Público e a Defesa (art. 54, § 1º e
2º, da LEP). O juiz tem prazo de 15 dias para proferir sua decisão.
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CUMPRIMENTO EM REGIME SEMIABERTO:
- Regras:
Colônia agrícola ou industrial, ou em estabelecimento similar (art. 91, LEP);
A realização de exame criminológico é facultativa, a critério da autoridade penitenciária;
Trabalho dentro do estabelecimento prisional;
É permitido trabalho externo e participação de cursos;
Saída temporária (sem vigilância direta) para visitar a família e cursos – concedida pelo
Juiz;
OBS.: SÚM. 520 – STJ: O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato
jurisdicional insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento
prisional.
Poderá ser determinado o monitoramento eletrônico.
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CUMPRIMENTO EM REGIME ABERTO:
- Regras:
Casa de albergado ou estabelecimento adequado;
Baseado na autodisciplina e responsabilidade do apenado (art. 36, CP);
Durante o dia, o apenado exerce atividades externas e, durante a noite/finais de semana, se
recolhe.
Prédio localizado no centro urbano, separado dos demais estabelecimentos -> ausência de
obstáculos físicos contra a fuga
O trabalho externo do apenado segue as regras da CLT, diferente do trabalho em regime fechado
ou semiaberto;
Prisão albergue domiciliar:
- Diferente da prisão domiciliar do CPP (indiciado ou acusado);
- Recolhe-se em sua residência durante a noite e dias de folga;
OBS.: A prisão domiciliar é possível quando: a) o condenado em regime aberto tem mais de 70
anos; b) está acometido de doença grave; c) possui filho menor ou deficiente mental; d) a
condenada é gestante. O preso que se encontre em tais situações pode ser dispensado do trabalho
(art. 114, parágrafo único, da LEP).
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Obs.: Pressupõe aceitação das condições impostas pelo juiz:

a) Gerais/legais -> art. 115, LEP -> a)permanecer no local em que for designado, durante o
repouso e nos dias de folga; b) sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; c)
não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; d)comparecimento em
juízo para informar e justificar suas atividades
b) Especiais/judiciais -> estabelecidas pelo juízo da execução, sem prejuízo das condições
gerais

- Sum, 493, STJ: “É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição
especial ao regime aberto”
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AUSÊNCIA DE CASA DE ALBERGADO:
“Execução penal. Habeas corpus. Regime aberto. Réu mantido em situação mais gravosa.
Prisão albergue domiciliar. Constitui constrangimento ilegal submeter o paciente a regime
mais rigoroso do que o estabelecido na condenação. Vale dizer, é inquestionável o
constrangimento ilegal se o condenado cumpre pena em condições mais rigorosas que
aquelas estabelecidas na sentença. Se o caótico sistema prisional estatal não possui meios
para manter o detento em estabelecimento apropriado, é de se autorizar, excepcionalmente,
que a pena seja cumprida em regime mais benéfico, in casu, o domiciliar. O que é
inadmissível, é impor ao paciente o cumprimento da pena em local reservado aos presos
provisórios, como se estivesse em regime fechado, por falta de vagas na Casa de Albergados.
(Precedentes). Habeas corpus concedido” (STJ, HC 84.070/MG, 5ª Turma, Rel. Min. Felix
Fischer, DJ 01.10.2007, p. 347);
SÚM VINCULANTE 56 DO STF: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa
hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
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PROGRESSÃO DE REGIME:
- A privação da liberdade será executada de modo progressivo, passando de um regime mais rigoroso para um regime mais brando, observados os
requisitos legais.
FECHADO PARA O SEMIABERTO:
Requisito objetivo:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz,
quando o preso tiver cumprido ao menos:
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário;
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento
condicional.
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CP.
OBS.: SÚM. 715 DO STF: A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado
pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento
condicional ou regime mais favorável de execução.

Exemplo: A pessoa condenada a uma pena de 180 anos de prisão. Neste caso, só irá cumprir no máximo 40
anos. Todavia, para fins de cálculo da progressão será 16% de 180 anos e não 16% de 40 anos. Então, irá
progredir de regime após cumprir 28,8 anos no regime fechado.
O não pagamento da pena de multa imposta cumulativamente impede a progressão, salvo se comprovada a
impossibilidade de pagar?:
“Execução Penal. Agravo Regimental. Inadimplemento deliberado da pena de multa.
Progressão de regime. Impossibilidade. 1. O inadimplemento deliberado da pena de multa
cumulativamente aplicada ao sentenciado impede a progressão no regime prisional. 2. Tal
regra somente é excepcionada pela comprovação da absoluta impossibilidade econômica do
apenado em pagar a multa, ainda que parceladamente. 3. Agravo regimental desprovido” (EP
12 ProgReg-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgado em 08.04.2015, processo
eletrônico DJe-111 divulg. 10.06.2015, public. 11.06.2015).
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MULHERES GESTANTES, MÃES OU RESPONSÁVEIS POR CRIANÇAS OU PESSOAS COM DEFICIÊNCIA:
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento;
V - não ter integrado organização criminosa.
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício
previsto no § 3º deste artigo.
• Requisito subjetivo: BOM COMPORTAMENTO CARCERÁRIO
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa
conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que
vedam a progressão.
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EXAME CRIMINOLÓGICO:
“Prevalece nesta Corte o entendimento no sentido de que a alteração do artigo 112 da LEP pela Lei 10.792/2003
não proibiu a realização do exame criminológico, quando necessário para a avaliação do sentenciado, tampouco
proibiu a sua utilização para a formação do convencimento do magistrado sobre o direito de promoção para
regime mais brando” (STF, HC 112.464, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, julgado em 14.08.2012,
processo eletrônico DJe-181 divulg. 13.09.2012, public. 14.09.2012).

MOTIVAÇÃO DA DECISÃO E MANIFESTAÇÃO DAS PARTES:


§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor (…)

PROGRESSÃO EM CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:


- Além dos requisitos mencionados acima:
a) reparação do dano
b) causado ou a devolução do produto do ilícito praticado
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CP.
FALTA GRAVE DO PRESO:
- Fica sujeito a regressão de regime;
- Em caso de estar no regime fechado, interrompe a progressão e reinicia a contagem do prazo com base na
pena remanescente.
PROGRESSÃO POR “SALTOS”:
SÚM.491 DO STJ: É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.
- Não é possível ir do fechado direto para o aberto.
- É possível a regressão por saltos.
SEMIABERTO PARA O ABERTO:
- Mesmos requisitos objetivos e subjetivos para progredir do fechado para o semiaberto.
- A contagem da porcentagem se dá em relação ao tempo de pena restante, contando a partir do momento
em que o apenado preencheu os requisitos legais para progredir.
Exemplo: O apenado cumpriu 16% de sua pena em regime fechado e tem direito no dia 20 de março a progredir
para o semiaberto. Todavia, a decisão só ocorre em 20 de dezembro. O início da contagem para fins de progredir
para o aberto se dará a partir de 20 de março.
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CP.
REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA PROGREDIR PARA O REGIME ABERTO:
Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições
impostas pelo Juiz.
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente;
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios
de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime.
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117 desta Lei.
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das
seguintes condições gerais e obrigatórias:
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga;
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial;
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado.
Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério Público,
da autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim o recomendem.

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