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São Carlos, SP
2010
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
ENGENHARIA AMBIENTAL
São Carlos, SP
2010
AGRADECIMENTOS
i
RESUMO
ii
ABSTRACT
Brazil, according to data released by the National Information System of
Sanitation (SNIS) in 2008, has 81.2% of itʼs total population is provided with
water supply, 43.2% have their waste water collected and 34.6 % have
their waste water treated. This scenario is explained by the historical
evolution of governmental actions in the sector, which faced an institutional
abandon from the period post PLANASA until today. This work, using
documental research, has as main objective to discuss the importance of
the National Sanitation Plan - PLANSAB towards the recovery of the
planning capacity of the sanitation sector in Brazil, with emphasis on water
supply and sanitation.
Through a historical review of public policy for the sanitation sector, it
contextualizes the current situation in Brazil. The research discusses the
Federal Law 11.445, approved by the year of 2007, analyzing it and
showing the new configuration indicates that the law for the sector.
Discusses the new National Plan of Sanitation – PLANSAB, expected by
Law 11.445/07, examining its construction process and evaluating its
importance. Finally, this paper makes a suggestion for implementing
PLANSAB in conjunction with the Basin Plans, through a stroke of
investment priorities.
iii
iv
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
v
LISTA DE QUADROS
........................................................................................................................................................ 21
QUADRO 1.5 - ÍNDICE DE PERDAS DE FATURAMENTO MÉDIO DOS PRESTADORES DE
SERVIÇOS PARTICIPANTES DO SNIS EM 2008, SEGUNDO A ABRANGÊNCIA E A
vi
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1
1.
PANORAMA DO SANEAMENTO NO BRASIL ...............................................3
1.1
Histórico.......................................................................................................................... 3
1.1.1
Antes do PLANASA – Décadas de 60 e 70 ............................................................. 3
1.1.2
PLANASA ................................................................................................................................... 4
1.1.2.1
Resultados em números......................................................................................................... 6
1.1.2.2
Breve análise................................................................................................................................ 8
1.1.3
Décadas de 80/90 até os dias atuais.........................................................................10
1.2
Atual quadro do saneamento.............................................................................. 16
1.2.1
Níveis de atendimento .......................................................................................................17
1.2.2
Investimentos .........................................................................................................................20
1.2.3
Perdas de Faturamento ....................................................................................................23
1.2.4
Receitas e Despesas .........................................................................................................26
1.2.5
Qualidade dos serviços dos prestadores ................................................................27
1.3
Necessidades de investimentos ....................................................................... 29
2
Lei 1145/2007 .......................................................................................................... 30
2.1
Planejamento ............................................................................................................. 31
2.2
Regulação ................................................................................................................... 32
2.3
Interface saneamento e recursos hídricos ................................................... 34
2.4
Aspectos econômicos e sociais........................................................................ 36
2.5
Controle Social.......................................................................................................... 37
2.6
Questão Tecnológica ............................................................................................. 39
2.7
SINISA........................................................................................................................... 41
2.8
PLANSAB .................................................................................................................... 42
2.9
Análise da Lei 11.445/07........................................................................................ 42
3
PLANSAB ................................................................................................................. 45
3.1
Processo de Construção ...................................................................................... 45
3.1.1
Projeto Estratégico ..............................................................................................................46
3.1.2
Pacto pelo Saneamento ...................................................................................................49
3.1.3
Elaboração do PLANSAB ................................................................................................49
3.1.3.1
Primeira Rodada de Discussão: ...................................................................................... 50
3.1.3.2
Segunda Rodada de Discussão ...................................................................................... 50
3.1.3.3
Terceira Rodada de Discussão........................................................................................ 50
3.1.4
Aprovação e Homologação.............................................................................................50
3.1.5
Implantação e Gestão do PLANSAB .........................................................................51
3.2
Produtos ...................................................................................................................... 51
4
DISCUSSÃO E SUGESTÃO............................................................................... 54
4.1
Discussão.................................................................................................................... 55
4.2
Sugestão de Aplicação.......................................................................................... 58
5
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 67
ANEXO 1- LEI 11.445/2007 ............................................................................................1
vii
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
INTRODUÇÃO
1
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
2
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
1.1 Histórico
3
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
1.1.2 PLANASA
4
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
5
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
6
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
7
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
8
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
9
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
10
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
11
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
12
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
13
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
14
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
15
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
16
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1.2.1 Níveis de atendimento K8@B<4'54'R7B;':8L6B<258O'
Quadro 1.1- Níveis de atendimento urbano com água e esgotos dos prestadores de
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Fonte: SNIS (2008)
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18
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luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
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Fonte: IBGE (2003)
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Figura 1.2 - Representação espacial do índice de atendimento total de coleta de esgotos '
dos participantes do SNIS em 2008.
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Fonte: IBGE (2003). )6:;8?
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No Sistema, os dados sobre investimentos são estratificados segundo ]5M_c
duas funções atribuídas aos recursos: a origem (próprios, onerosos e não- d&)'
' -6C68
onerosos) e o destino (despesas capitalizáveis, água, esgotos e outros).
6P6;A2<
Os'quadros 1.3 e 1.4 a seguir apresentam os valores totais de
investimentos realizados pelo conjunto dos prestadores de serviços em
' 20
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
!"!#$%&'(&)"*(&+',$'"(-*.%&/0$!'!*1.$'!&($&%$(#*'
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Investimentos (R$ milhões)
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Esgoto Outros Total Porcentagem
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Norte
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Nordeste 84.9
I-(G\HL' 440.5 I-(G5]L'238.7I-(G5^L'
49.2 813.3
I-(G5JL' 14.47%
I-(G]]L'
Sudeste
(?8;6' 207.6\5MG' 1087.0 1737.2
\J_M]' 233.9
5^MK' 3265.7
5JM^' 58.11%
5\`M]'
Sul
(?8C69;6' 55.2 H^M`' 282.8^^GMJ'
351.4 5]HM_'
46.6 736.0
^`M5' 13.10%
H\]M]'
Centro
Oeste
!OC69;6' 19.65G_MK' 258.8 264.9\V_]_M5'
\VGH_MG' 42.7 586.0
5]]M`' 10.43%
]V5KJM_'
Brasil
!OB' 379.3JJM5' 2226.4 2616.8 ]J\M^'
5H5MH' 397.8 5620.3
^KMK' 100.00%
_]KMG'
":269;AE6:;?'I.X'EABYZ69L'
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Quadro 1.4 - Origem dos recursos investidos pelos prestadores de serviços que
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em 2008,UO6' <9' @?:;8<;<=Z69'
segundo 86P686:;69' <?'
a região geográfica.
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Fonte: SNIS (2008)
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6P6;A2<E6:;6'86<BAS<C?9V'
2'
Segundo o SNIS (2008), o valor total dos investimentos em 2008
superou o de 2007 em R$ 1,4 bilhão, correspondendo a um incremento de
32,7%. Tal crescimento sinaliza que as contratações referentes ao PAC –
Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal,
começaram a aparecer nos números dos investimentos efetivamente
realizados.
21
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
22
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
24
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Figura 1.3 - Representação espacial do índice de perdas de faturamento para o conjunto
de prestadores participantes do SNIS em 2008 !
Fonte: IBGE (2000)
6!
Como antes citado, índices de perdas elevados são consequência de
uma infraestrutura física de má qualidade e também de uma decificiente
gestão dos sistemas. Nesse sentido, são fundamentais os investimentos
na melhoria operacional e na reforma da gestão de um lado e o
recomendável não investimento em novos sistemas de produção de água
de outro, pois, como se sabe, ampliar a produção em um ambiente de
elevadas perdas pode ter como consequência perdas de água ainda
maiores.
25
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
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Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
29
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2 Lei 1145/2007
30
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
2.1 Planejamento
31
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2.2 Regulação
32
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
33
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
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Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
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Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
36
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
37
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
38
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
Da mesma maneira, em seu artigo 29º, inciso VII, que trata dos
aspectos econômicos e sociais, que a instituição das tarifas, preços
públicos e taxas para os serviços de Saneamento Básico deverá observar
como uma de suas diretrizes,
39
institucional dos municípios em lidar sozinhos com problemas tão abrangentes e complexos,
TXHGHPDQGDPXPDVLJQLÀFDWLYDTXDQWLGDGHGHUHFXUVRVÀQDQFHLURVHFRQKHFLPHQWRVWHFQR-
lógicos, geralmente inexistentes nessas localidades.
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
Assim, para a efetiva aplicação da Lei é importante o desenvolvimento ou aperfeiçoamento
GHWHFQRORJLDVTXHRWLPL]HPRXVRGRVHVFDVVRVUHFXUVRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVYLVDQGRj
saúde da população,
“o estímulo garantindo
ao uso de o acesso de todos
tecnologias a serviços
modernas seguros decompatíveis
e eficientes, saneamento,come man-
os
WHQGRDVXVWHQWDELOLGDGHGDEDFLDKLGURJUiÀFD,VVRpWHFQRORJLDDSURSULDGDTXHUHVSHLWDD
capacidadeníveis exigidosdos
de pagamento deusuários,
qualidade, continuidade
a capacidade e segurança
intelectual na prestação
dos executores, dos
e que permi-
te a sustentabilidade
serviços.” do empreendimento e uma gradual e constante melhoria nas condições
ambientais e de segurança ao acesso desses serviços.
40
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
2.7 SINISA
41
Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
2.8 PLANSAB
A Lei 11.445/07, no seu artigo 52º, estabelece que a união irá elaborar,
sob a coordenação do Ministério das Cidades, o Plano Nacional de
Saneamento Básico , PLANSAB, que conterá:
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Saneamento Básico - Contextualização do Cenário Atual e Perspectivas à luz da Lei 11.445/2007 e do PLANSAB
União deve estabelecer diretrizes para esse setor. Segundo Pereira (2008)
seu conteúdo deve ser observado:
a) pelos titulares dos serviços públicos de saneamento básico, no
planejamento e prestação desses serviços, seja diretamente ou mediante
delegação;
b) pelos prestadores de serviços públicos de saneamento básico, que
atuam mediante delegação (concessionários ou delegatários) dos
respectivos titulares;
c) pelos usuários dos serviços de saneamento básico, que tem na lei as
diretrizes quanto aos seus direitos e obrigações nesse setor;
d) pelos órgãos dos governos federal, estaduais, municipais e do Distrito
Federal, que desenvolvem ações de planejamento, de assessoramento
institucional ou técnico, ou de fomento às ações em saneamento básico.
Com a vigência da lei, é esperada uma ruptura do estado de
estagnação observado em boa parte dos municípios que detem a
titularidade dos serviços de saneamento básico e de prestadores desses
serviços, que, desde a época do PLANASA, têm deixado de investir na
ampliação e na atualização dos mesmos.
Observe-se que, até a vigência da Lei nº 11.445/2007, o setor de
saneamento se auto-regulava, sem nenhum marco legal que
estabelecesse regras mínimas, de âmbito nacional, para as relações entre
titulares, prestadores e usuários dos serviços de saneamento básico.
Como a lei estabelece diretrizes gerais, por ser este o limite de
competência da União nesse setor, os municípios, o Distrito Federal e os
estados terão de conceber legislações próprias, mais detalhadas,
referentes ao planejamento e regulação dos serviços de saneamento
básico (Pereira, 2008). Terão, também, de criar ou nomear as entidades
reguladoras, as quais poderão ter âmbito local, microrregional (consórcios
de municípios, por exemplo) ou estadual, como prevê a lei. Dependerá de
iniciativas locais, também, o estabelecimento de sistemáticas de controle
social dos serviços.
Outro ponto que merece destaque uma discussão é a questão da
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3 PLANSAB
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3.2 Produtos
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4 DISCUSSÃO E SUGESTÃO
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4.1 Discussão
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Divisão da UGRHI
6 em Sub-Bacias
3
1
5
2 4
8
1 - CASCAVEL/CÃ-CÃ
2 - RIBEIRÃO SANTA RITA 7
3 - ÁGUA VERMELHA/PÁDUA DINIZ
4 - RIBEIRÃO DO MARINHEIRO
5 - BAIXO TURVO/TOMAZÃO 9
6 - BONITO/PATOS/MANDIOCA
7 - RIO PRETO
8 - MÉDIO TURVO
9 - RIO DA CACHOEIRINHA
10 - RIO SÃO DOMINGOS 10 12
11 - RIBEIRÃO DA ONÇA
12 - ALTO TURVO
0 12 km
11
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Córregos Bebedouroe do
Bebedouro SAAEB 30 4.140 3.069
Mandembo
Quadro
Fonte: 4.2 - Relação
(1) CETESB, de Informações
2008; (2) municípios concedidas
e sua carga
pelapoluídora
Sabesp emdaagosto
UGRHIde 15
2008 n.
e 397/08
Relatório Técnico CPTI
pelos serviços municipais de água e esgoto.
Fonte: Plano de Bacia Turvo/Grande (2008)
3.5.2 Disposição e tratamento de resíduos sólidos domiciliares
25000
As áreas de disposição de resíduos sólidos podem ser consideradas como fontes
Carga poluidora (KgDBO/dia)
FIGURAPara
13 o enquadramento
- Distribuição dasdas instalações
cargas orgânicas
potenciais
como Inadequadas, Controladas enos
e remanescentes Adequadas,
municípios da
UGRHI há uma pontuação que compõe o IQR (Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos),
12.
Gráfico 4.1 - Distribuição das cargas orgânicas potenciais e remanescentes nos municípios
com variação
Fonte: CETESB, 2007 de 0 a 10, como observado no Quadro 25.
da UGRHI 12.
Fonte: CETESB, 2007
Quadro 24 – Municípios da UGRHI 15 com deficiência no tratamento de esgoto.
Carga Poluidora (KgDBO/dia)
Municípios Concessão
tratamento
(%) (2)
63
(1)
Corpo receptor (1)
Potencial Remanesc.
Álvares Florence
4 SABESP 86 151 38 Ribeirão Barreiro
Cf. Nota Técnica 6.
5
Ariranha
Cf. Nota Técnica 7. SAE 0 435 435 Córrego Ariranha
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5 BIBLIOGRAFIA
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PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Anexo
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PACTO PELO SANEAMENTO BÁSICO – mais saúde, qualidade de vida e cidadania
§ 2o (VETADO). VI - estabelecer sistema de informações sobre os
§ 3o (VETADO). serviços, articulado com o Sistema Nacional de
Informações em Saneamento;
Art. 4o Os recursos hídricos não integram os
serviços públicos de saneamento básico. VII - intervir e retomar a operação dos serviços
delegados, por indicação da entidade reguladora, nos
Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos casos e condições previstos em lei e nos documentos
na prestação de serviços públicos de saneamento contratuais.
básico, inclusive para disposição ou diluição de esgotos
e outros resíduos líquidos, é sujeita a outorga de direito Art. 10. A prestação de serviços públicos de
de uso, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de saneamento básico por entidade que não integre a
1997, de seus regulamentos e das legislações administração do titular depende da celebração de
estaduais. contrato, sendo vedada a sua disciplina mediante
convênios, termos de parceria ou outros instrumentos
Art. 5o Não constitui serviço público a ação de de natureza precária.
saneamento executada por meio de soluções
individuais, desde que o usuário não dependa de § 1o Excetuam-se do disposto no caput deste
terceiros para operar os serviços, bem como as ações e artigo:
serviços de saneamento básico de responsabilidade I - os serviços públicos de saneamento básico cuja
privada, incluindo o manejo de resíduos de prestação o poder público, nos termos de lei, autorizar
responsabilidade do gerador. para usuários organizados em cooperativas ou
Art. 6o O lixo originário de atividades comerciais, associações, desde que se limitem a:
industriais e de serviços cuja responsabilidade pelo a) determinado condomínio;
manejo não seja atribuída ao gerador pode, por decisão b) localidade de pequeno porte,
do poder público, ser considerado resíduo sólido predominantemente ocupada por população de baixa
urbano. renda, onde outras formas de prestação apresentem
Art. 7o Para os efeitos desta Lei, o serviço público custos de operação e manutenção incompatíveis com a
de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos capacidade de pagamento dos usuários;
urbanos é composto pelas seguintes atividades: II - os convênios e outros atos de delegação
I - de coleta, transbordo e transporte dos resíduos celebrados até o dia 6 de abril de 2005.
relacionados na alínea c do inciso I do caput do art. 3o § 2o A autorização prevista no inciso I do § 1o
desta Lei; deste artigo deverá prever a obrigação de transferir ao
II - de triagem para fins de reúso ou reciclagem, titular os bens vinculados aos serviços por meio de
de tratamento, inclusive por compostagem, e de termo específico, com os respectivos cadastros
disposição final dos resíduos relacionados na alínea c do técnicos.
inciso I do caput do art. 3o desta Lei; Art. 11. São condições de validade dos contratos
III - de varrição, capina e poda de árvores em vias que tenham por objeto a prestação de serviços públicos
e logradouros públicos e outros eventuais serviços de saneamento básico:
pertinentes à limpeza pública urbana. I - a existência de plano de saneamento básico;
II - a existência de estudo comprovando a
CAPÍTULO II viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação
DO EXERCÍCIO DA TITULARIDADE universal e integral dos serviços, nos termos do
respectivo plano de saneamento básico;
Art. 8o Os titulares dos serviços públicos de
saneamento básico poderão delegar a organização, a III - a existência de normas de regulação que
regulação, a fiscalização e a prestação desses serviços, prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes
nos termos do art. 241 da Constituição Federal e da Lei desta Lei, incluindo a designação da entidade de
no 11.107, de 6 de abril de 2005. regulação e de fiscalização;
Art. 9o O titular dos serviços formulará a IV - a realização prévia de audiência e de consulta
respectiva política pública de saneamento básico, públicas sobre o edital de licitação, no caso de
devendo, para tanto: concessão, e sobre a minuta do contrato.
I - elaborar os planos de saneamento básico, nos § 1o Os planos de investimentos e os projetos
termos desta Lei; relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o
respectivo plano de saneamento básico.
II - prestar diretamente ou autorizar a delegação
dos serviços e definir o ente responsável pela sua § 2o Nos casos de serviços prestados mediante
regulação e fiscalização, bem como os procedimentos contratos de concessão ou de programa, as normas
de sua atuação; previstas no inciso III do caput deste artigo deverão
prever:
III - adotar parâmetros para a garantia do
atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto I - a autorização para a contratação dos serviços,
ao volume mínimo per capita de água para indicando os respectivos prazos e a área a ser
abastecimento público, observadas as normas nacionais atendida;
relativas à potabilidade da água; II - a inclusão, no contrato, das metas
IV - fixar os direitos e os deveres dos usuários; progressivas e graduais de expansão dos serviços, de
qualidade, de eficiência e de uso racional da água, da
V - estabelecer mecanismos de controle social, nos energia e de outros recursos naturais, em conformidade
termos do inciso IV do caput do art. 3o desta Lei; com os serviços a serem prestados;
III - as prioridades de ação, compatíveis com as
metas estabelecidas;
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PACTO PELO SANEAMENTO BÁSICO – mais saúde, qualidade de vida e cidadania
II - empresa a que se tenham concedido os respectivo plano de saneamento básico em vigor à
serviços. época da delegação.
Art. 17. O serviço regionalizado de saneamento § 7o Quando envolverem serviços regionalizados,
básico poderá obedecer a plano de saneamento básico os planos de saneamento básico devem ser editados
elaborado para o conjunto de Municípios atendidos. em conformidade com o estabelecido no art. 14 desta
Art. 18. Os prestadores que atuem em mais de Lei.
um Município ou que prestem serviços públicos de § 8o Exceto quando regional, o plano de
saneamento básico diferentes em um mesmo Município saneamento básico deverá englobar integralmente o
manterão sistema contábil que permita registrar e território do ente da Federação que o elaborou.
demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de Art. 20. (VETADO).
cada serviço em cada um dos Municípios atendidos e,
se for o caso, no Distrito Federal. Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e
fiscalizadora dos serviços a verificação do cumprimento
Parágrafo único. A entidade de regulação deverá dos planos de saneamento por parte dos prestadores
instituir regras e critérios de estruturação de sistema de serviços, na forma das disposições legais,
contábil e do respectivo plano de contas, de modo a regulamentares e contratuais.
garantir que a apropriação e a distribuição de custos
dos serviços estejam em conformidade com as
diretrizes estabelecidas nesta Lei. CAPÍTULO V
DA REGULAÇÃO
CAPÍTULO IV Art. 21. O exercício da função de regulação
DO PLANEJAMENTO atenderá aos seguintes princípios:
24
PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO
X - padrões de atendimento ao público e III - acesso a manual de prestação do serviço e de
mecanismos de participação e informação; atendimento ao usuário, elaborado pelo prestador e
XI - medidas de contingências e de emergências, aprovado pela respectiva entidade de regulação;
inclusive racionamento; IV - acesso a relatório periódico sobre a qualidade
XII – (VETADO). da prestação dos serviços.
§ 1o A regulação de serviços públicos de Art. 28. (VETADO).
saneamento básico poderá ser delegada pelos titulares
a qualquer entidade reguladora constituída dentro dos CAPÍTULO VI
limites do respectivo Estado, explicitando, no ato de DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
delegação da regulação, a forma de atuação e a
Art. 29. Os serviços públicos de saneamento
abrangência das atividades a serem desempenhadas
básico terão a sustentabilidade econômico-financeira
pelas partes envolvidas.
assegurada, sempre que possível, mediante
§ 2o As normas a que se refere o caput deste remuneração pela cobrança dos serviços:
artigo fixarão prazo para os prestadores de serviços
I - de abastecimento de água e esgotamento
comunicarem aos usuários as providências adotadas
sanitário: preferencialmente na forma de tarifas e
em face de queixas ou de reclamações relativas aos
outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos
serviços.
para cada um dos serviços ou para ambos
§ 3o As entidades fiscalizadoras deverão receber e conjuntamente;
se manifestar conclusivamente sobre as reclamações
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos
que, a juízo do interessado, não tenham sido
sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros preços
suficientemente atendidas pelos prestadores dos
públicos, em conformidade com o regime de prestação
serviços.
do serviço ou de suas atividades;
Art. 24. Em caso de gestão associada ou
III - de manejo de águas pluviais urbanas: na
prestação regionalizada dos serviços, os titulares
forma de tributos, inclusive taxas, em conformidade
poderão adotar os mesmos critérios econômicos,
com o regime de prestação do serviço ou de suas
sociais e técnicos da regulação em toda a área de
atividades.
abrangência da associação ou da prestação.
§ 1o Observado o disposto nos incisos I a III do
Art. 25. Os prestadores de serviços públicos de
caput deste artigo, a instituição das tarifas, preços
saneamento básico deverão fornecer à entidade
públicos e taxas para os serviços de saneamento básico
reguladora todos os dados e informações necessários
observará as seguintes diretrizes:
para o desempenho de suas atividades, na forma das
normas legais, regulamentares e contratuais. I - prioridade para atendimento das funções
essenciais relacionadas à saúde pública;
§ 1o Incluem-se entre os dados e informações a
que se refere o caput deste artigo aquelas produzidas II - ampliação do acesso dos cidadãos e
por empresas ou profissionais contratados para localidades de baixa renda aos serviços;
executar serviços ou fornecer materiais e equipamentos III - geração dos recursos necessários para
específicos. realização dos investimentos, objetivando o
§ 2o Compreendem-se nas atividades de cumprimento das metas e objetivos do serviço;
regulação dos serviços de saneamento básico a IV - inibição do consumo supérfluo e do
interpretação e a fixação de critérios para a fiel desperdício de recursos;
execução dos contratos, dos serviços e para a correta
V - recuperação dos custos incorridos na prestação
administração de subsídios.
do serviço, em regime de eficiência;
Art. 26. Deverá ser assegurado publicidade aos
VI - remuneração adequada do capital investido
relatórios, estudos, decisões e instrumentos
pelos prestadores dos serviços;
equivalentes que se refiram à regulação ou à
fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e
deveres dos usuários e prestadores, a eles podendo ter eficientes, compatíveis com os níveis exigidos de
acesso qualquer do povo, independentemente da qualidade, continuidade e segurança na prestação dos
existência de interesse direto. serviços;
§ 1o Excluem-se do disposto no caput deste artigo VIII - incentivo à eficiência dos prestadores dos
os documentos considerados sigilosos em razão de serviços.
interesse público relevante, mediante prévia e § 2o Poderão ser adotados subsídios tarifários e
motivada decisão. não tarifários para os usuários e localidades que não
§ 2o A publicidade a que se refere o caput deste tenham capacidade de pagamento ou escala econômica
artigo deverá se efetivar, preferencialmente, por meio suficiente para cobrir o custo integral dos serviços.
de sítio mantido na rede mundial de computadores - Art. 30. Observado o disposto no art. 29 desta
internet. Lei, a estrutura de remuneração e cobrança dos
Art. 27. É assegurado aos usuários de serviços serviços públicos de saneamento básico poderá levar
públicos de saneamento básico, na forma das normas em consideração os seguintes fatores:
legais, regulamentares e contratuais: I - categorias de usuários, distribuídas por faixas
I - amplo acesso a informações sobre os serviços ou quantidades crescentes de utilização ou de
prestados; consumo;
II - prévio conhecimento dos seus direitos e II - padrões de uso ou de qualidade requeridos;
deveres e das penalidades a que podem estar sujeitos; III - quantidade mínima de consumo ou de
utilização do serviço, visando à garantia de objetivos
sociais, como a preservação da saúde pública, o
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PACTO PELO SANEAMENTO BÁSICO – mais saúde, qualidade de vida e cidadania
adequado atendimento dos usuários de menor renda e ouvidos os titulares, os usuários e os prestadores dos
a proteção do meio ambiente; serviços.
IV - custo mínimo necessário para disponibilidade § 2o Poderão ser estabelecidos mecanismos
do serviço em quantidade e qualidade adequadas; tarifários de indução à eficiência, inclusive fatores de
V - ciclos significativos de aumento da demanda produtividade, assim como de antecipação de metas de
dos serviços, em períodos distintos; e expansão e qualidade dos serviços.
VI - capacidade de pagamento dos consumidores. § 3o Os fatores de produtividade poderão ser
definidos com base em indicadores de outras empresas
Art. 31. Os subsídios necessários ao atendimento do setor.
de usuários e localidades de baixa renda serão,
dependendo das características dos beneficiários e da § 4o A entidade de regulação poderá autorizar o
origem dos recursos: prestador de serviços a repassar aos usuários custos e
encargos tributários não previstos originalmente e por
I - diretos, quando destinados a usuários ele não administrados, nos termos da Lei no 8.987, de
determinados, ou indiretos, quando destinados ao 13 de fevereiro de 1995.
prestador dos serviços;
Art. 39. As tarifas serão fixadas de forma clara e
II - tarifários, quando integrarem a estrutura objetiva, devendo os reajustes e as revisões serem
tarifária, ou fiscais, quando decorrerem da alocação de tornados públicos com antecedência mínima de 30
recursos orçamentários, inclusive por meio de (trinta) dias com relação à sua aplicação.
subvenções;
Parágrafo único. A fatura a ser entregue ao
III - internos a cada titular ou entre localidades, usuário final deverá obedecer a modelo estabelecido
nas hipóteses de gestão associada e de prestação pela entidade reguladora, que definirá os itens e custos
regional. que deverão estar explicitados.
Art. 32. (VETADO). Art. 40. Os serviços poderão ser interrompidos
Art. 33. (VETADO). pelo prestador nas seguintes hipóteses:
Art. 34. (VETADO). I - situações de emergência que atinjam a
Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da segurança de pessoas e bens;
prestação de serviço público de limpeza urbana e de II - necessidade de efetuar reparos, modificações
manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas;
conta a adequada destinação dos resíduos coletados e III - negativa do usuário em permitir a instalação
poderão considerar: de dispositivo de leitura de água consumida, após ter
I - o nível de renda da população da área sido previamente notificado a respeito;
atendida; IV - manipulação indevida de qualquer tubulação,
II - as características dos lotes urbanos e as áreas medidor ou outra instalação do prestador, por parte do
que podem ser neles edificadas; usuário; e
III - o peso ou o volume médio coletado por V - inadimplemento do usuário do serviço de
habitante ou por domicílio. abastecimento de água, do pagamento das tarifas,
Art. 36. A cobrança pela prestação do serviço após ter sido formalmente notificado.
público de drenagem e manejo de águas pluviais § 1o As interrupções programadas serão
urbanas deve levar em conta, em cada lote urbano, os previamente comunicadas ao regulador e aos usuários.
percentuais de impermeabilização e a existência de § 2o A suspensão dos serviços prevista nos incisos
dispositivos de amortecimento ou de retenção de água III e V do caput deste artigo será precedida de prévio
de chuva, bem como poderá considerar: aviso ao usuário, não inferior a 30 (trinta) dias da data
I - o nível de renda da população da área prevista para a suspensão.
atendida; § 3o A interrupção ou a restrição do fornecimento
II - as características dos lotes urbanos e as áreas de água por inadimplência a estabelecimentos de
que podem ser neles edificadas. saúde, a instituições educacionais e de internação
Art. 37. Os reajustes de tarifas de serviços coletiva de pessoas e a usuário residencial de baixa
públicos de saneamento básico serão realizados renda beneficiário de tarifa social deverá obedecer a
observando-se o intervalo mínimo de 12 (doze) meses, prazos e critérios que preservem condições mínimas de
de acordo com as normas legais, regulamentares e manutenção da saúde das pessoas atingidas.
contratuais. Art. 41. Desde que previsto nas normas de
Art. 38. As revisões tarifárias compreenderão a regulação, grandes usuários poderão negociar suas
reavaliação das condições da prestação dos serviços e tarifas com o prestador dos serviços, mediante contrato
das tarifas praticadas e poderão ser: específico, ouvido previamente o regulador.
I - periódicas, objetivando a distribuição dos Art. 42. Os valores investidos em bens reversíveis
ganhos de produtividade com os usuários e a pelos prestadores constituirão créditos perante o
reavaliação das condições de mercado; titular, a serem recuperados mediante a exploração dos
serviços, nos termos das normas regulamentares e
II - extraordinárias, quando se verificar a
contratuais e, quando for o caso, observada a
ocorrência de fatos não previstos no contrato, fora do
legislação pertinente às sociedades por ações.
controle do prestador dos serviços, que alterem o seu
equilíbrio econômico-financeiro. § 1o Não gerarão crédito perante o titular os
investimentos feitos sem ônus para o prestador, tais
§ 1o As revisões tarifárias terão suas pautas
como os decorrentes de exigência legal aplicável à
definidas pelas respectivas entidades reguladoras,
implantação de empreendimentos imobiliários e os
26
27
PACTO PELO SANEAMENTO BÁSICO – mais saúde, qualidade de vida e cidadania
X - adoção da bacia hidrográfica como unidade de a) desempenho do prestador na gestão técnica,
referência para o planejamento de suas ações; econômica e financeira dos serviços;
XI - estímulo à implementação de infra-estruturas b) eficiência e eficácia dos serviços, ao longo da
e serviços comuns a Municípios, mediante mecanismos vida útil do empreendimento;
de cooperação entre entes federados. II - à adequada operação e manutenção dos
Parágrafo único. As políticas e ações da União de empreendimentos anteriormente financiados com
desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de recursos mencionados no caput deste artigo.
combate e erradicação da pobreza, de proteção § 1o Na aplicação de recursos não onerosos da
ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante União, será dado prioridade às ações e
interesse social voltadas para a melhoria da qualidade empreendimentos que visem ao atendimento de
de vida devem considerar a necessária articulação, usuários ou Municípios que não tenham capacidade de
inclusive no que se refere ao financiamento, com o pagamento compatível com a auto-sustentação
saneamento básico. econômico-financeira dos serviços, vedada sua
Art. 49. São objetivos da Política Federal de aplicação a empreendimentos contratados de forma
Saneamento Básico: onerosa.
I - contribuir para o desenvolvimento nacional, a § 2o A União poderá instituir e orientar a execução
redução das desigualdades regionais, a geração de de programas de incentivo à execução de projetos de
emprego e de renda e a inclusão social; interesse social na área de saneamento básico com
II - priorizar planos, programas e projetos que participação de investidores privados, mediante
visem à implantação e ampliação dos serviços e ações operações estruturadas de financiamentos realizados
de saneamento básico nas áreas ocupadas por com recursos de fundos privados de investimento, de
populações de baixa renda; capitalização ou de previdência complementar, em
condições compatíveis com a natureza essencial dos
III - proporcionar condições adequadas de serviços públicos de saneamento básico.
salubridade ambiental aos povos indígenas e outras
populações tradicionais, com soluções compatíveis com § 3o É vedada a aplicação de recursos
suas características socioculturais; orçamentários da União na administração, operação e
manutenção de serviços públicos de saneamento básico
IV - proporcionar condições adequadas de não administrados por órgão ou entidade federal, salvo
salubridade ambiental às populações rurais e de por prazo determinado em situações de eminente risco
pequenos núcleos urbanos isolados; à saúde pública e ao meio ambiente.
V - assegurar que a aplicação dos recursos § 4o Os recursos não onerosos da União, para
financeiros administrados pelo poder público dê-se subvenção de ações de saneamento básico promovidas
segundo critérios de promoção da salubridade pelos demais entes da Federação, serão sempre
ambiental, de maximização da relação benefício-custo e transferidos para Municípios, o Distrito Federal ou
de maior retorno social; Estados.
VI - incentivar a adoção de mecanismos de § 5o No fomento à melhoria de operadores
planejamento, regulação e fiscalização da prestação públicos de serviços de saneamento básico, a União
dos serviços de saneamento básico; poderá conceder benefícios ou incentivos
VII - promover alternativas de gestão que orçamentários, fiscais ou creditícios como contrapartida
viabilizem a auto-sustentação econômica e financeira ao alcance de metas de desempenho operacional
dos serviços de saneamento básico, com ênfase na previamente estabelecidas.
cooperação federativa; § 6o A exigência prevista na alínea a do inciso I do
VIII - promover o desenvolvimento institucional do caput deste artigo não se aplica à destinação de
saneamento básico, estabelecendo meios para a recursos para programas de desenvolvimento
unidade e articulação das ações dos diferentes agentes, institucional do operador de serviços públicos de
bem como do desenvolvimento de sua organização, saneamento básico.
capacidade técnica, gerencial, financeira e de recursos § 7o (VETADO).
humanos, contempladas as especificidades locais;
Art. 51. O processo de elaboração e revisão dos
IX - fomentar o desenvolvimento científico e planos de saneamento básico deverá prever sua
tecnológico, a adoção de tecnologias apropriadas e a divulgação em conjunto com os estudos que os
difusão dos conhecimentos gerados de interesse para o fundamentarem, o recebimento de sugestões e críticas
saneamento básico; por meio de consulta ou audiência pública e, quando
X - minimizar os impactos ambientais relacionados previsto na legislação do titular, análise e opinião por
à implantação e desenvolvimento das ações, obras e órgão colegiado criado nos termos do art. 47 desta Lei.
serviços de saneamento básico e assegurar que sejam Parágrafo único. A divulgação das propostas dos
executadas de acordo com as normas relativas à planos de saneamento básico e dos estudos que as
proteção do meio ambiente, ao uso e ocupação do solo fundamentarem dar-se-á por meio da disponibilização
e à saúde. integral de seu teor a todos os interessados, inclusive
Art. 50. A alocação de recursos públicos federais e por meio da internet e por audiência pública.
os financiamentos com recursos da União ou com Art. 52. A União elaborará, sob a coordenação do
recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades Ministério das Cidades:
da União serão feitos em conformidade com as
diretrizes e objetivos estabelecidos nos arts. 48 e 49 I - o Plano Nacional de Saneamento Básico - PNSB
desta Lei e com os planos de saneamento básico e que conterá:
condicionados: a) os objetivos e metas nacionais e regionalizadas,
I - ao alcance de índices mínimos de: de curto, médio e longo prazos, para a universalização
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PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO
dos serviços de saneamento básico e o alcance de CAPÍTULO X
níveis crescentes de saneamento básico no território DISPOSIÇÕES FINAIS
nacional, observando a compatibilidade com os demais
planos e políticas públicas da União; Art. 54. (VETADO).
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PACTO PELO SANEAMENTO BÁSICO – mais saúde, qualidade de vida e cidadania
III - publicação na imprensa oficial de ato formal
de autoridade do poder concedente, autorizando a
prestação precária dos serviços por prazo de até 6
(seis) meses, renovável até 31 de dezembro de 2008,
mediante comprovação do cumprimento do disposto
nos incisos I e II deste parágrafo.
§ 4o Não ocorrendo o acordo previsto no inciso II
do § 3o deste artigo, o cálculo da indenização de
investimentos será feito com base nos critérios
previstos no instrumento de concessão antes celebrado
ou, na omissão deste, por avaliação de seu valor
econômico ou reavaliação patrimonial, depreciação e
amortização de ativos imobilizados definidos pelas
legislações fiscal e das sociedades por ações, efetuada
por empresa de auditoria independente escolhida de
comum acordo pelas partes.
§ 5o No caso do § 4o deste artigo, o pagamento de
eventual indenização será realizado, mediante garantia
real, por meio de 4 (quatro) parcelas anuais, iguais e
sucessivas, da parte ainda não amortizada de
investimentos e de outras indenizações relacionadas à
prestação dos serviços, realizados com capital próprio
do concessionário ou de seu controlador, ou originários
de operações de financiamento, ou obtidos mediante
emissão de ações, debêntures e outros títulos
mobiliários, com a primeira parcela paga até o último
dia útil do exercício financeiro em que ocorrer a
reversão.
§ 6o Ocorrendo acordo, poderá a indenização de
que trata o § 5o deste artigo ser paga mediante receitas
de novo contrato que venha a disciplinar a prestação do
serviço.” (NR)
Art. 59. (VETADO).
Art. 60. Revoga-se a Lei no 6.528, de 11 de maio
de 1978.
Brasília, 5 de janeiro de 2007; 186o da
Independência e 119o da República.
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