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Hyvf vrjlulçºAs línguas originalmente faladas em Angola, como em qualquer país africano, são

as dos povos africanos residentes na região. A implantação geográfica destes povos, hoje
designados como etnias, no fim da era colonial depreende-se do mapa constante desta página;
apesar das vicissitudes das décadas pós-coloniais, esta distribuição espacial continua no
essencial inalterada. Convém reter que, em termos globais, a esmagadora maioria dos
angolanos – perto de 90% – é de origem bantu.

O principal grupo étnico bantu é o dos Ovimbundu que se concentra no centro-sul do país, ou


seja, no Planalto Central e algumas áreas adjacentes, especialmente na faixa litoral a Oeste do
Planalto Central. Os Ovimbundu constituem hoje um pouco mais da terceira parte da
população, e a sua língua, o umbundu, é por conseguinte a segunda língua mais falada em
Angola (a seguir ao português) com quatro milhões ou mais de falantes [nota 3]. Por causa
da Guerra Civil Angolana, muitos Ovimbundu fugiram das zonas rurais para as grandes
cidades, não apenas para Benguela e Lobito, mas também para Luanda e até para cidades
geograficamente periféricas como Lubango, transportando assim a sua língua para regiões
onde esta antes não era falada.

Em termos de importância numérica, o segundo grupo são os Ambundu que representam cerca


da quarta parte da população. A sua língua, okimbundu, é falada por cerca de três milhões de
falantes, maioritariamente na zona centro-norte, no eixo Luanda-Malanje e no Kwanza-Sul. O
kimbundu é uma língua com grande relevância, por ser a língua tradicional da capital, hoje
provavelmente com mais de 5 milhões de habitantes. O kimbundu legou muitas palavras
à língua portuguesa e importou desta, também, muitos vocábulos.

No norte, nas províncias do (Uíge, do Zaire) e parte do Kwanza-Norte, concentra-se a maior


parte dos Bakongo que representam hoje pouco mais de 10% da população. A sua
língua kikongo (ou kikoongo) era a do antigo Reino do Kongo e tem diversos dialectos (tal
como também as tem o umbundu e o kimbundu). Em consequência da guerra pela
independência muitos Bakongo refugiaram-se na hoje República Democrática do Congo onde
boa parte aprendeu também o francês e o lingala, língua de comunicação na parte ocidental
daquele país. A maioria dos refugiados Bakongo, e/ou seus filhos e netos, regressou para
Angola a seguir à independência, reinstalando-se em geral no seu habitat de origem, mas
formando também núcleos populacionais importantes nas cidades situados fora desta área,
principalmente em Luanda. Deste modo, também o kikongo, está hoje de algum modo presente
em boa parte de Angola, com mais de um milhão de falantes.

Os Côkwe estão presentes numa boa parte do leste de Angola, desde a Lunda


Norte ao Moxico e mesmo ao Bié. Enquanto mais a norte constituem, juntamente com os lunda,
a população exclusiva, a sua presença mais a sul e cada vez mais dispersa e se mistura com a
dos pequenos povos da região, habitualmente designados pelo termo Ganguela. A
línguacôkwe tem vindo a sobrepor ao lunda, mas aparentemente não às línguas de outros
povos.

Os povos designados como Ganguela - Lwena, Luvale, Mbunda, Lwimbi etc. - não constituem
uma etnia abrangente, e cada um fala a sua língua, embora estas sejam de certo modo
aparentadas. A que frequentemente se designa como "língua nganguela" é na verdade apenas
a de uma população residente a leste e sul de [[Menongue}}.

Um outro conjunto de povos é, desde os tempos coloniais, classificado como Nyaneka-Khumbi,


mas tão pouco constituem uma etnia abrangente, nem pela sua identidade social, nem por uma
língua comum.

Diferente é o caso dos Ovambo que são um grande grupo étnico existente principalmente na


Namíbia, mas em parte significativa também na província do Cunene, no sul de Angola. A sua
língua é o Oshivambo, a língua africana mais importante da Namíbia. Em Angola esta língua é
geralmente falada na forma dos dialectos próprios dos diferentes subgrupos. O subgrupo de
maior destaque é aqui o dos Kwanyama (também escrito "cuanhama"), mas há ainda os
Kwamatu, os Kafima, os Evale e os Ndombondola.

No sudoeste de Angola existem pequenos povos aparentados aos Herero, principalmente os


Vakuval ("Mucubais"), os Himba e os Dimba.

A situação étnica e linguística actual no extremo sudeste de Angola, na província do Cuando


Cubango, é mal conhecida e constitui neste momento o objecto de um estudo em curso.

Finalmente existem no sul de Angola grupos residuais de khoisan, descendentes de povos não
bantus que falam as suas línguas especificas.

Por último, cerca de 3% da população actual é caucasiana (maioritariamente de


origem portuguesa) ou mestiça, população que se concentra primariamente nas cidades e tem
oportuguês por língua materna. De referir, ainda, a existência de um número considerável de
falantes das línguas francesa e lingala, explicada pelas migrações relacionadas com o período
da luta de libertação e pelas afinidades com as vizinhas República do Congo e República
Democrática do Congo.

[editar]Promoção das línguas nacionais


Durante o período colonial, o uso das línguas indígenas estava praticamente circunscrito ao
ensino do catolicismo. Contudo, a língua portuguesa não conseguiu fixar-se em todo o território
devido à limitada utilização que as populações africanas dela faziam, principalmente nas zonas
rurais, permanecendo as línguas indígenas, relativamente intactas.

Com a independência do país, algumas dessas línguas adquirem o estatuto de línguas


nacionais, coexistindo com a língua portuguesa como veículos de comunicação e expressão,
teoricamente em pé de igualdade.
Com vista à valorização, utilização e promoção das línguas locais, o Instituto de Línguas
Nacionais de Angola fixou normas ortográficas dos
idiomas côkwe, kikongo, kimbundu,nyemba (gangela), oshikwanyama e umbundo, estudando
os aspectos fonéticos, fonológicos, morfossintácticos, lexicais e semânticos. Os resultados
deste trabalho de investigação serviram de base à elaboração de material didáctico para a
futura introdução destas línguas no ensino primário, em paralelo com o português.

Nos media as línguas africanas são também utilizadas, por exemplo, pela emissora de rádio
Ngola Yetu (Nossa Angola, em kimbundu), que emite diariamente programas e notícias em
sete idiomas.

[editar]Situação do português
Ver artigo principal: Português de Angola

A adopção da língua do antigo colonizador como língua oficial foi um processo comum à


grande maioria dos países africanos. No entanto, em Angola deu-se o facto pouco comum
de uma intensa disseminação do português entre a população angolana, a ponto de haver
uma expressiva parcela da população que tem como sua única língua aquela herdada
docolonizador.

São vários os motivos que explicam esse fenómeno. O principal foi a implantação,
pelo regime colonial português, de uma política assimiladora que visava a adopção, pelos
angolanos, de hábitos e valores portugueses, considerados "civilizados", entre os quais se
encontrava o domínio da língua portuguesa. Por outro lado, há que ter em conta também
a presença de um elevado número de colonos portugueses, espalhados por todo o
território, bem como dos sucessivos contingentes militares portugueses que, durante o
longo período da Guerra Colonial, se fixaram no interior do país.

Apesar de ser um processo impositivo, a adopção do português como língua de


comunicação corrente em Angola propiciou também a veiculação de ideias de
emancipação em certos sectores da sociedade angolana. Principalmente a partir de
meados do século XX, a língua portuguesa facilitou a comunicação entre pessoas de
diferentes origens étnicas. O período daguerra colonial foi o momento fundamental da
expansão da consciência nacional angolana. De instrumento de dominação e clivagem
entre colonizador e colonizado, o portuguêsadquiriu um carácter unificador entre os
diferentes povos de Angola.

Com a independência em 1975, o alastramento da guerra civil, nas décadas


subsequentes, teve também um efeito de expansão da língua portuguesa,
nomeadamente pela fuga de populações rurais para as cidades—
particularmente Luanda -- levando ao seu desenraizamento cultural e forçando a rápida
adopção do português.
A própria implantação do novo Estado nacional reforçou a presença do português, usado
no exército, no sistema administrativo, no sistema escolar, nos meios de comunicação,
etc.

Embora, oficialmente, o governo angolano declarasse defender as línguas nacionais, na


prática, tendeu sempre a valorizar exclusivamente aspectos que contribuíssem para a
unificação do país—o português como a única língua unificadora—em detrimento de tudo
o que pudesse contribuir para a diferenciação dos grupos e a tribalização — a miríade de
línguas e dialectos regionais e étnicos.

Embora as línguas nacionais ainda sejam as línguas maternas da maioria da população,


o português é já a primeira língua de 30% da população angolana—proporção que se
apresenta muito superior na capital do país -- e 60% dos angolanos afirmam usa-la como
primeira ou segunda língua[4][5].

Língua oficial e do ensino e um dos factores de unificação e integração social,


o português encontra-se aqui em permanente transformação. As interferências
linguísticas resultantes do seu contacto com as línguas nacionais, a criação de novas
palavras e expressões forjadas pelo génio inventivo popular, bem como certos desvios
à norma padrão de Portugal, imprimem-lhe uma nova força, vinculando-a e adaptando-a
cada vez mais à realidade angolana. Alguns dos muitos exemplos são as palavras:
"kamba", "kota", "caçula" ou "bazar", que provêm de vocábulos kimbundu, di-
kamba (amigo), dikota (mais velho), kasule (o filho mais novo) e kubaza (fugir),
respectivamente. Para além dos já plenamente dicionarizados na língua portuguesa,
batuque, bobó, bunda, bumbar, bué, cambolar, capanga, catinga, curinga, dendê, gingar,
ginguba, jimbolo, jingo, machimbombo, maxim, minhoca, missanga, mocambo, mocotó,
moleque, munda, mupanda, mutula, muzungo, pupu, quibuca, quilombo, quitanda, samba,
sibongo, tacula, tamargueira, tanga, tarrafe, tesse, ulojanja, umbala, xingar e muitos
outros.

A língua literária em Angola distinguiu-se sempre pela presença das línguas locais,


expressamente em diálogos ou interferindo fortemente nas estruturas do português.
Embora quase exclusivamente em língua portuguesa, a literatura angolana conta também
com algumas obras em kimbundu e umbundo.

1. A língua oficial da República de Angola é o português", artigo 19.º § 1[1]


2. ↑ Supostamente existem 37 línguas e 50 dialectos em Angola[3], mas estas indicações não são
nem fiáveis nem criteriosos; nesta matéria convém esperar pelos resultados do grupo de

trabalho que actualmente está encarregado deste assunto em Angola.


3. ↑ Como não há neste momento, em 2010, quaisquer estatísticas demográficas válidas, à espera
do censo populacional previsto para 2013, todas as indicações numéricas constituem

estimativas.
Referências

A visão de que a norma lingüística é um sistema único, homogêneo e fechado em sua lógica interna,
respalda-se na idéia de que a língua se impõe decisivamente ao indivíduo. Vista por esse ângulo, a norma
lingüística estaria imune às intervenções sociais. O ponto de superação do rígido uso da língua ancora na
discussão entre o social e o individual.

Essa contradição entre o plano social da língua na sua homogeneidade e o plano do indivíduo falante
perpetua-se ao longo do estruturalismo lingüístico e, então, somente por meados dos anos sessenta, a ciência
Sociolingüística vem fazendo investigações sobre a atuação do indivíduo nesta estrutura, conforme sua inserção
no contexto social.

O fato é que não existe nenhuma língua onomatopaica primitiva, comum a todos os povos e,
como veremos, tal língua jamais existiu nem poderia ter existido. A língua é uma criação da
sociedade, oriunda da intercomunicação entre os povos provocada por imperativos econômicos;
constitui um subproduto da comunicação social, que implica sempre populações numerosas
(Marr, apud Bakhtin, 1997: 102).

Diante dessas reflexões, pretende-se buscar argumentos que justifiquem a hegemonia da norma
lingüística. Porém, propõe-se, também, sustentar que o mito do seu “mal” uso é discriminadamente um
preconceito.

Considerações sobre a norma lingüística e a gramática tradicional contribuem para o enriquecimento de


abordagens a respeito do preconceito lingüístico, favorecendo a identificação de alguns mitos que no decorrer
dos tempos impedem um avanço considerável dos estudos lingüísticos.

O entendimento da norma lingüística, como preconceito ou mal necessário, depende do aspecto como é
vista a função principal da língua, ou seja, instrumento de interação verbal ou de valorização social. Para tanto,
é necessário aceitar que a língua, como todos nós, quer crescer, tornar-se flexível e expandir, enfim, viver.
“Viver é modificar-se: vale para pessoas e línguas” (Luft, 1985: 24).

NORMA LINGÜÍSTICA E A GRAMÁTICA TRADICIONAL

Existe na gramática tradicional o domínio político e ideológico das línguas. Ela institui pensamentos
dicotômicos entre o “certo” e o “errado”.

A norma culta não deriva de nada intrínseco ao português. Não há formas ou construções
intrinsecamente erradas ou certas [...] Assim, o certo ou errado deriva apenas de uma contingência
social. Em todas as comunidades sempre se atribui à determinada classe uma ascendência sobre as
demais. A classe de prestígio dita as normas de comportamento, a moda, o gosto por certo tipo de
música... Assim também a escolha das variedades lingüísticas entre as que estão à disposição dos
falantes. Ao escolher uma, essa classe condena as outras variedades (Castilho, 2002, apud Bagno,
2004: 185).

A norma é o limite no processo de uniformização e nivelamento da língua de uma comunidade.


Constitui-se no seu “uso” uma fixação em lei lingüística. É a sociedade que estabelece a norma e, porém, ela
mesma se encarrega de preservá-la. Há uma incessante preocupação em todos os níveis de cada comunidade
em aceitar esse acordo lingüístico imposto, pois em termos de língua, muito complexo é saber o que é certo ou
errado.

Segundo Preti (1930: 31), “A acomodação do indivíduo a uma norma lingüística pode levá-lo a um
condicionamento na própria articulação dos seus pensamentos e, de certa forma, há um condicionamento do
pensamento”.

O processo que implica a uniformização de uma língua é, puramente, conseqüência dos usos da mesma,
o que resulta, teoricamente nas “normas”. Isso significa dizer que a comunidade, de comum acordo, escolhe as
maneiras que melhor pode se comunicar.
A norma tem como papel primordial avaliar padrões elitizados. Porém, ela tem necessidade de atender,
também, a situações não só lingüísticas como as extralingüísticas. Esses padrões passam a definir os falantes
de uma comunidade e a posição dos mesmos em diversas situações sociais.

No entendimento de Preti (1974: 33), “três são os principais fatores que agem sobre o ‘uso’ e,
posteriormente, sobre a norma lingüística numa sociedade: a escola, a literatura e os meios de comunicação de
massa”.

A escola procura uniformizar a língua, nivelando a linguagem através do seu uso. Leva em consideração
a língua escrita, estabelecendo-a como padrão para o que é certo.

A literatura acompanha os padrões estéticos da linguagem. Assume assim, uma postura que ora aceita
uma feição “purista”, ora uma feição “popular”.

Já os meios de comunicação de massa constituem maior importância dentre todos. Atuam sobre o “uso”
e a “norma” criando um condicionamento lingüístico e até social. Divulgam a língua comum, a norma geral das
comunidades cultas, contribuindo para o nivelamento das estruturas e do léxico. Particularmente, também,
estão a serviço da sociedade, uma vez que proporcionam ao homem a possibilidade de aprender a pensar e
articular lingüisticamente as soluções para determinados problemas. Além do que, esses meios têm exercido
uma importante e considerável influência, aproximando a língua escrita da língua falada.

Quando se entende a língua como fator de unificação, diminui-se a importância do fenômeno da


diversidade. “Se uma língua fosse obra de um só indivíduo, seria provavelmente bem estruturada, bem regular;
da mesma maneira, se ela fosse obra de um grupo de homens inteiramente de acordo sobre as idéias que
deveria exprimir” (Preti, 1974: 36).

A língua não pode ser um bem de um só e sim um bem de todos. Muitos indivíduos contribuem para
modificá-la e transformá-la, daí entendê-la e aceitá-la como uma diversidade na uniformidade lingüística. Dessa
forma, o que se entende ou ousa-se chamar de norma culta representa o uso ideal da comunidade. A gramática
tradicional precisa buscar caminhos, ou melhor, abrir e descobrir meios para adequar essas “regras”,
denominadas normas da língua culta, a contextos sociais que atendam as necessidades individuais dentro de
um padrão próprio de cada comunidade.

O indivíduo já nasce envolvido por uma língua e dela se faz dono. A gramática tradicional não pode
querer representar a identidade de nenhum ser. O homem pode reconhecer determinadas particularidades da
língua culta para poder fazer uso em certos momentos e em certas situações, porém não pode considerá-la
suprema, afinal, apesar da tentativa de homogeneizar a língua, o que deve realmente prevalecer é a riqueza de
sua diversidade.

O grande furo na história da gramática tradicional e de seus objetivos deu-se no momento que ela não
se preocupou com a língua falada e enfatizou, exclusivamente, à língua escrita.

Não é surpresa afirmar que, em pleno século XXI, milhões e milhões de pessoas nascem, vivem e
morrem sem saber ler e escrever. No entanto, sabem, perfeitamente, fazer uso de sua língua.

Não se pode usar um mesmo modelo de padrão lingüístico para toda a população de um país, uma vez
que essa mesma é constituída de indivíduos que representam atitudes sociais, culturais, econômicas e
ideológicas diferentes.

PRECONCEITO LINGÜÍSTICO: ALGUNS MITOS

Dentre tantas questões lingüísticas fomentadas, vale a que ressaltar se a língua portuguesa está,
realmente, indo muito mal no país. O mito de que a língua materna é difícil, complicada, ficou marcado em
todos que dela precisam para se comunicar.

Estudiosos afirmam que o padrão ideal da língua não está somente em saber usá-la de forma correta
em todos os seus moldes, mas também valorizá-la sem julgamentos pré-concebidos, aproveitando o
conhecimento adquirido e usado pelos falantes. Parte-se do pressuposto, que o que vale aqui é a intenção de se
comunicar e ser entendido, criando, então, o elo de comunicação, sem normas específicas ou de prestígios que
a gramática normativa valoriza e determina através de seus estudos.

Numa sociedade diversificada estratificada como a brasileira, haverá inúmeras normas


lingüísticas, como, por exemplo, a norma característica de comunidades rurais tradicionais, aquela
de comunidades rurais de determinada ascendência étnica, a norma característica de grupos juvenis
urbanos, a(s) norma(s) característica(s) de populações das periferias urbanas, a norma informal da
classe média urbana e assim por diante (FARACO, 2002: 38).
Sendo assim, o que se combate é a superficialidade do padrão brasileiro, sem esquecer que “existem
mais de duzentas línguas ainda faladas em diversos pontos do país pelos sobreviventes das antigas nações
indígenas. Além disso, muitas comunidades de imigrantes estrangeiros mantêm viva a língua de seus
ancestrais: coreanos, japoneses, alemães, italianos, etc” (Bagno, 2005: 18).

Difícil é traçar um único caminho e querer enquadrar todo falante nele. Isso seria descaracterizar todas
as variedades lingüísticas existentes. Bagno (2005) sugere que não há como suplantar a diversidade, que
permeia o Brasil em todas as regiões, seja ela geográfica, social, cultural, econômica e escolar. Daí não se pode
afirmar que o português falado em um determinado lugar seja melhor ou pior que o de outros lugares.

O português não deve estar voltado a um conjunto de regras e exceções que acabam em si mesmas,
como propõe a gramática normativa, nem deve discriminar e desprestigiar os que não o conhecem. No entanto,
é preciso entender que, cada pessoa tem a sua língua própria e exclusiva, mas também não pode deixar que
ela a separe da comunidade em que está inserida.

Mesmo aqueles que conhecem a norma padrão, não a usam em todos os momentos que se comunicam.
O modelo ideal, empregado por muitos que dominam a língua portuguesa, perde o sentido de ser quando
inserido nas mais variadas situações comunicativas.

De acordo com Bagno (1999), vale ressaltar que o preconceito lingüístico decorre a partir de vários
mitos que devem ser levados em consideração:

1- A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente;

2- Brasileiro não sabe português. Só em Portugal se fala bem o português;

3- Português é muito difícil;

4- As pessoas sem instrução falam tudo errado;

5- O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão;

6- O certo é falar assim porque se escreve assim;

7- É preciso saber gramática para falar e escrever bem;

8- O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social.

Embora todos os mitos sejam uma verdade absoluta na compreensão de muitos, o que se percebe são
ideologias que sustentam o círculo vicioso sobre o saber equivocado da língua portuguesa. Isso provoca um
discurso preconceituoso.

Essas ideologias abafam os talentos naturais, causam insegurança no uso da linguagem, geram aversão
ao estudo do idioma, medo à expressão livre e autêntica de si mesmo.

A transformação da sociedade não se dá frente à aquisição da norma culta. O que gera o maior
preconceito é, na verdade, o fator econômico que rege as relações de poder na sociedade.

Todos os mitos se impõem como legítimos. Tomando como base as teorias de Bourdieu
(1990, apud Calvet, 2004) sobre mercado lingüístico unificado, o que acontece, na realidade, é uma
dissimulação de força da classe dominante.

A troca lingüística é também uma troca econômica, que se estabelece em determinada relação
de forças simbólicas entre um produtor, detentor de certo capital lingüístico, e um consumidor (ou
um mercado), e que é feita para proporcionar certo lucro material ou simbólico. Isso significa que
para Bourdieu, para além da simples comunicação de sentido, os discursos são signos de riqueza,
signos de autoridade, eles são emitidos para serem avaliados e obedecidos, e que a estrutura social
está presente no discurso (CALVET, 2004: 107).

Segundo Bernstein (1996), é a estrutura social que determina o comportamento lingüístico e que gera
diferentes códigos lingüísticos. Tais códigos não apenas refletem tal estrutura de relações sociais como também
a regula.

Em toda comunidade de fala onde convivem falantes de diversas variedades regionais, como é o
caso das grandes metrópoles brasileiras, os falantes que são detentores de maior poder – e por isso
gozam de mais prestígio – transferem esse prestígio para a variedade lingüística que falam. Assim,
as variedades faladas pelos grupos de maior poder político e econômico passam a ser vistas como
variedades mais bonitas e até mais corretas. Mas essas variedades, que ganham prestígio porque
são faladas por grupos de maior poder, nada têm de intrinsecamente superior às demais (Bortoni-
Ricardo, 2004: 33).

As relações de classe geram, distribuem, reproduzem e legitimam formas distintivas de comunicação, as


quais transmitem códigos dominantes e dominados.
 

LÍNGUA E SOCIEDADE

A sociedade assume importante papel de regulamentação da língua, já que a mesma desvaloriza e


discrimina aqueles que não possuem o padrão culto. Ela se esquece de que “o português não padrão
étransmitido  de geração para geração, é um patrimônio lingüístico que é compartilhado no convívio com a
família e com as pessoas da mesma classe social” (Bagno, 2005: 37). Essas questões acontecem com
naturalidade porque são adquiridas com o decorrer do tempo, com o uso da oralidade e não preocupadas com
regras que são fragmentadas no decorrer dos estudos escolares e da cobrança imposta pela sociedade.

Segundo Bagno (2005: 37), “o português não-padrão é inovador porque se deixa levar pelas forças
vivas de mudança que estão sempre ativas na língua”. Em contrapartida, o português padrão se apega a regras
e explicações para determinados conceitos a fim de jamais alterá-los e se torna, dessa forma, conservador.

A sociedade privilegia aqueles falantes escolarizados que pertencem a um grupo pequeno e se distingue
por questões econômicas e culturais. Embora seja sabido que todas as convenções da língua muitas vezes em
nada ajudam. Além do mais, já ficou comprovado que tais convenções lingüísticas não são usadas com
freqüência e que na prática não se fazem tão necessárias.

A língua foi vista, e para muitos continua sendo, como um sistema homogêneo através da história e os
estudos já puderam mostrar que, dentro dessa homogeneidade, ela é pluralizada. Ela não pode ser interpretada
como uma parte estática, formada de um conjunto de normas que a regulamenta e não oferece mudanças.

O uso da língua é inerente ao indivíduo, uma vez que ele não precisa se escolarizar para cotidianamente
se comunicar. Tal atitude é particular de todo e qualquer indivíduo, a partir do momento que ele constrói uma
língua própria, utilizando talvez até inconscientemente as regras que a mesma impõe.

NORMA: UM MAL NECESSÁRIO?

A língua toda: semântica, léxico, morfologia, fonologia e fonética – tudo é questão de uso. Vale
o que a comunidade dos falantes tacitamente (raro explicitamente) determina que vale. A língua é
autodeterminada pelos seus usuários. (...) Só o costume pode determinar o que é certo e errado,
não o veredito de gramáticos, eminentes que sejam (Luft, 1985: 17).

A língua não depende dos gramáticos para se desenvolver, embora alguns deles não aceitem essa
verdade. Infelizmente, muitos estudiosos continuam a desprezar os fatos concretos e ainda condenam o que
milhões de pessoas falam e escrevem há séculos.

O que é rejeitado nos fenômenos lingüísticos são regras gramaticais que não fazem sentido, que não
exprimem na verdade o que se quer dizer; regras que soam estranhas e que acabam, realmente, tornando-se
agramaticais.

O ensino das variantes da Língua Portuguesa é de suma importância e não constitui o empobreamento
da língua. O falante precisa perceber que sua variante não é a única e nem a “errada”, ela é apenas mais uma
dentre as muitas que ele pode usar.

[...] o caráter não preconceituoso da Lingüística Moderna que, em oposição à gramática


tradicional, caracteriza-se por se abster de qualquer julgamento de valores, tais como: existem
línguas primitivas, com vocabulário rudimentar, que refletem o estágio pouco desenvolvido de
cultura de seus povos: existem línguas melhores, assim como variedades de línguas melhores que
outras (Lima, apud Silva, 2002: 248).

Para a Lingüística, não há variedade de língua inferior ou superior, o uso de uma língua, mesmo dentro
de sua variedade, é lógico, complexo e regido por regras gramaticais.

A escolha de uma como superior às demais são considerações culturais e/ou políticas e/ou econômicas
e/ou sociais. O mais importante é o uso dos enunciados, e não a avaliação que se pode fazer deles: como
“certos” ou “errados”.

O erro pressupõe que há uma forma (única) de se falar e escrever corretamente, segundo
padrões predeterminados pela linguagem escrita. Há um caráter ideológico presente nessa
afirmação: geralmente quem fala e escreve bem, domina os chamados setores econômicos e
sociais. Transforma-se a gramática em um padrão escolhido, entre vários, e obriga-se o respeito às
regras, segundo um critério de avaliação social (Murrie, 1994: 70).

Quando se usa a expressão “norma” como um pré-requisito para encontrar em todas as manifestações
lingüísticas, faladas e escritas, um ideal de língua, esse padrão preestabelecido torna-se lei e parece que todos
têm obrigação de conhecer e respeitar.

Assim, segundo Bagno (2005: 52), “como é virtualmente impossível encontrar esse modelo abstrato na
realidade da vida social, os defensores dessa noção de norma culta consideram que praticamente todas as
classes sociais falam ‘errado’”.
Logo, a norma se torna um mal necessário, se entendida e vista como um alicerce e base para que os
indivíduos se comuniquem, respeitando os limites de cada comunidade e as diversidades que regem o
fenômeno lingüístico. Caso contrário, a norma, simplesmente, não passará de lei imposta por uma tradição que
a história ainda não deu conta de mostrar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que o processo comunicativo que envolve qualquer sociedade é um forte aliado para o
crescimento e desenvolvimento do indivíduo enquanto usuário da língua. Todo falante, independentemente de
como processa a construção de seu ato comunicativo, participa de uma interação quando assume ou não as
particularidades que envolvem o fenômeno lingüístico.

A língua, mesmo com todas as suas complexidades, já é uma propriedade do homem desde o seu
nascimento. Mesmo não conhecendo as regras que regem a interação verbal, ele a domina através da sua
própria gramática, deixando evidente que a gramática tradicional não é o suporte imprescindível para se
comunicar.

O talento de bem falar e escrever tem a ver com a gramática. Mas com a gramática natural, o
sistema de regras que formam a estrutura da língua, e que os falantes interiorizam ouvindo e
falando. No manejo pessoal de tais regras é que se revelará o talento maior ou menor de cada
indivíduo, determinando toda a escala, tão variada, de artistas das palavras (Luft, 1985: 21).

Muitos estudiosos têm argumentado sobre o fato de a norma lingüística ter gerado tantas intempéries
aos usuários da língua buscando saídas na tentativa de romper com o preconceito lingüístico. Percebe-se certo
radicalismo quanto ao tratamento da norma, afinal não seria ela um mal necessário?

Mal no que diz respeito à discriminação, que na verdade tem fundo social com o intuito de poder, pois a
aceitação do indivíduo como ser está vinculada diretamente ao uso “adequado” da língua considerada padrão.
Nesse sentido, para sustentar uma autonomia e autoridade, o indivíduo decide pelo uso da língua que lhe dará
prestígio e lhe proporcionará ascendência social – nesse ínterim, ela é sim, um mal necessário.

No entanto, vista pelo ponto de vista da interação verbal, ela camufla a riqueza do seu caráter
heterogêneo, criando mitos que estimulam cada vez mais falácias do tipo “As pessoas sem instrução falam tudo
errado”.

É preciso ressaltar menos as regras, dando asas a nossa criatividade. Dessa forma, o português
brasileiro será mais valorizado e usado com satisfação e confiança, afinal, todos nós, que o temos como língua
materna, somos muito competentes.

1. ORTOGRAFIA* Língua falada / língua escrita Língua escrita Fator de unificação linguística
Transformações lentas no tempo e no espaço *Sistema escrito destinado a representar os signos sonoros numa língua
Reformas ortográficas pouco frequentes Evolução da fala constante e natural Defasagem entre dois sistemas (sonoro
e escrito) Ortografia fonética individual

2. ELEMENTOS SUPRA-SEGMENTAIS* Signos prosódicos Elementos supra-segmentais Ortografia


fonética individual Expressões de situação Marginais à dupla articulação da linguagem Ritmo Entoação Fluência
relativa da fala “ Dinâmica vocal” * Todos os fatos prosódicos são chamados de supra-segmentais porque não se
acomodam à segunda articulação da linguagem e porque sempre vêm superpostos aos fonemas.

3. RELAÇÕES AUTOR-PERSONAGEM Discurso indireto livre Fazer a linguagem da personagem passar


pelo crivo do narrador Reprodução dos dialetos sociais e dos níveis de fala Até que ponto pode o artista interferir na
linguagem das personagens Ainda que procure aproximar-se o mais possível do individuo cuja linguagem esteja
reproduzindo

4. Fala da personagem Linguagem do autor Correntes literárias Determinaram interesses diferentes pela
realidade Realista-naturalista Arte documental Descrição dos costumes e dos fatos Modernista Penetra nas raízes
populares Urbanas ou regionais Romântica Fixa-se no imaginário Fonte de criação artística Costumes típicos
5. - Que tenho sido no seio de sua família e de sua existência, alice? Um germe de contrariedades e desgostos.
Quando criança, as lágrimas que derramou, fui eu que as arranquei; quando moça, foi a minha chegada que veio
perturbar a alegria de sua feliz primavera. Minha alma é como um desses lagos sinistros, que envenenam com seus
miasmas; desgraçado de quem os respira!...¹ ¹ José de Alencar, O tronco do ipê ² José de Alencar, Senhora ³ Visconde
de Taunay, Inocência

o O velho debulhou uma risadinha que lhe era peculiar.

o Han!han!... Então quer saber? Pois lá vai, não faço mistério, não me convinha que a pequena
se deixasse iludir pelas lábias de um desses bigodinhos que lhe andam ao faro do dote. Então soube que ela
outrora gostara do senhor; e como pelas informações que tinha me quadrava, fui procurá-lo. Agora o resto é
por sua conta, maganão.²

- Vassuncê não acredita! Protesta então com calor. Pois encilhe seu bicho e caminhe como eu lhe disser. Mas assunte
bem, que no terceiro dia de viagem ficará decidido quem é cavoqueiro e embromador . Uma coisa é maniar à toa,
outra andar com tento por estes mundos de Cristo.³ 4. O PROBLEMA DA REPRESENTAÇÃO DA VARIEDADE
LINGUÍSTICA NA LITERATURA BRASILEIRA
6.
o Vi na televisão que as lojas bacanas estavam vendendo adoidado roupas ricas para as
madames vestirem no reveillon.

o Vi também que as casas de artigos finos para comer e beber tinham vendido todo o estoque.

o - Pereba, vou ter que esperar o dia raiar e apanhar cachaça, galinha morta e farofa dos
macumbeiros.

o Pereba entrou no banheiro e disse:

o Que fedor.

o Vai mijar noutro lugar, tô sem água.

o Pereba saiu e foi mijar na escada.

o - Onde você afanou a TV? - Pereba perguntou.

o - Afanei, porra nenhuma. Comprei. O recibo está bem em cima dela. Ó Pereba! você pensa
que eu sou algum babaquara para ter coisa estarrada no meu cafofo ?

o - Tô morrendo de fome, disse Pereba.

o - De manhã a gente enche a barriga com os despachos dos babalaôs - eu disse, só de


sacanagem.

“ Feliz Ano Novo” de Rubem Fonseca


7. A GÍRIA COMO UM ELEMENTO DA INTERAÇÃO VERBAL NA LINGUAGEM URBANA

o Gíria de grupo

o Usada por grupos sociais fechados e restritos, que têm comportamento diferenciado. Possui
caráter criptográfico, ou seja, é uma linguagem codificada de tal forma que não seja entendida por quem não
pertence ao grupo.

o O uso de termos gírios dá aos falantes um sentimento de superioridade, serve como signo de
grupo, contribuindo para o processo de auto-afirmação do indivíduo. Expressa a oposição aos valores
tradicionais da sociedade e preserva a segurança do grupo, pois em determinadas situações a comunicação é
nula com aqueles que não pertencem a ele.
o Gíria comum

o Quando o uso da gíria de grupo expande-se, passa a fazer parte do léxico popular e torna-se
uma gíria comum. É usada para aproximar os interlocutores, passar uma imagem de modernidade, quebrar a
formalidade, possibilitar a identificação com hábitos e falantes jovens e expressar agressividade e injúria
atenuada. Torna-se um importante recurso da comunicação devido a sua expressividade. A gíria comum é
usada na linguagem falada por todas as camadas sociais e faixas etárias, por isso deixa de estar ligada à falta de
escolaridade, à ignorância, à falta de leitura. Na linguagem escrita é usada pela imprensa e por escritores
contemporâneos, e muitos termos são dicionarizados.

8. Gíria comum Gata ou gato = mulher bonita, homem bonito Baranga = mulher feia Coroa = pessoa idosa
Corno = pessoa traída Magrela = bicicleta Abrir o jogo = contar a verdade Arrancar os cabelos = ficar desesperado
Cabeça-dura = pessoa teimosa Com o pé na cova = próximo da morte Dar o troco = fazer vingança Pagar o mico =
passar vergonha Gíria de grupo Prancha = carta (gíria maçon) Dar um fio = telefonar (gíria skatista) Grampeado =
preso (gíria da malandragem) Tocossauro - Prancha velha, amarelada, pesada. (gíria surfista)

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRETI, Dino. Sociolinguística:Os níveis de fala: Um Estudo


Sociolinguístico do diálogo na Literatura Brasileira. 9.ed. São Paulo. Edusp, 2003. __________. A gíria como um
elemento da interação verbal na linguagem urbana . In: Estudos de Língua Oral e Escrita . Rio de Janeiro. Lucerna,
2004. __________. Transformações no fenômeno sociolinguístico da gíria . In: Estudos de Língua Oral e Escrita. Rio
de Janeiro. Lucerna, 2004.

SOCIALIZAÇÃO  DAS DIVERGÊNCIAS DO PORTUGUÊS:  ESTRATÉGIA


PARA UMA POLÍTICA EFICAZ DE DIFUSÃO DA LÍNGUA
 
Suzana  Alice Marcelino Cardoso (Universidade Federal da Bahia-Brasil)
 
 
         O tema desse Encontro – A   internacionalização do Português: que perspectivas
para o Português como terceira língua européia mais falada no mundo? – traz, como
foco dois aspectos relevantes. Primeiramente, a questão da extensão e expansão do uso
da língua e dos aspectos políticos de que se reveste o processo de internacionalização.
Em segundo lugar, o que compete ao Português, como terceira língua européia mais
falada no mundo, na construção da sociedade moderna, no alvorecer de um novo
milênio. A esses dois aspectos, adjugem-se, e a título de especificação, dois outros mais:
(i) que expressão de uso da língua portuguesa a internacionalizar-se e (ii) como
concretizar-se um conjunto de medidas que possam viabilizar esse desiderato.
 
Uma preliminar necessária
         A diversidade de usos da língua portuguesa, o que vale dizer-se, a inexistência de
uma unidade lingüística, entendida como uniformidade e homogeneidade, é fato sentido
desde os primeiros séculos de consolidação da língua, como destaca Fernão de Oliveira,
ao descrever, em 1936,  na sua Gramática da linguagem portuguesa os diferentes usos
que se registravam em Portugal àquele tempo, como se vê do que afirma no cap.
XXXVIII da obra. Descrito à moda da época, identifica-se uma cadeia de variantes
percebidas pelo gramático: são as, hoje, identificadas como  variantes
diatópicas,  diastráticas e diageracionais .
         Se nos primórdios da língua portuguesa a diversidade era inconteste, no presente,
quando se encontra dispersa pelos vários continentes, servindo a culturas diversas,
veiculando informações de variada natureza e procedência, atendendo às necessidades
de comunicação de povos etnicamente distintos, maiores razões passam a existir no
sentido de que a pluralidade de usos se avulta e tece uma imensa rede marcada pela
diferenciação, mas identificada pela presença de uma única língua como foco das
comunicações.
A diversidade de usos reflete a vasta geografia do mundo lusófono onde a
pluralidade toma conta de cada região e estabelece os elementos distintivos e de
confronto inter-regiões.
Em cada área, circulam usos diferenciados quanto ao espaço em que se
localizam e pela natureza sociocultural dos utentes. As implicações históricas, os fatores
demográficos, a natureza geral do povoamento, as levas de migrantes, a presença e a
interferência dos meios de comunicação são alguns dos fatores que determinam a
diversidade espacial e capacitam cada região no uso de variáveis emblemáticas e
definidoras de suas individualidades na perspectiva da diatopia e da variação social.
Com essa preliminar, passo a algumas considerações sobre o português
brasileiro para, a seguir, focalizar os dois pontos a que me proponho dar destaque: (i) a
discussão do processo de expansão da língua portuguesa, levantando a questão relativa
às diversas formas de expressão a à(s) modalidade(s) a ser(em) internacionalizada(s) e
(ii) o exame de medidas que possam viabilizar esse desiderato.
 
Breves considerações sobre o português brasileiro
         Sobre o português brasileiro tem perpassado, no curso da história dos estudos
lingüísticos,  a idéia de unidade e de diversidade de usos. A primeira, palidamente
defendida, é superada pelo reconhecimento, extensivo e majoritário, da pluralidade de
usos que se documenta de Norte a Sul do País, decorrente do pluriculturalismo que  se
constitui em marca indelével de nossa identidade nacional.
         Essa pluralidade de usos do português brasileiro vem sendo objeto de tratamento
por grupos de pesquisadores envolvidos com projetos de cunho nacional,  expressão do
reconhecimento da pluralidade de que se reveste a língua majoritariamente falada no
país. Os estudos no campo da Sociolingüística têm fluído desde os projetos de maior
amplitude, como o “Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta no Brasil ”
(Projeto NURC), buscando estabelecer confrontos de espectro mais amplo, até estudos
parciais de itens específicos que se têm constituído em teses de Doutorado ou
dissertações de Mestrado, ou apenas em comunicações a reuniões científicas. No campo
da diatopia,  está em curso o Projeto Atlas Lingüístico do Brasil (Projeto ALiB) que,
buscando fundamentalmente atestar as peculiaridades dialetais de regiões, mantém sob
controle a pesquisa de variáveis sociolingüísticas (idade, sexo e escolaridade) que
permitirão  acrescentar à visão diatópica, dados referentes à variação diagenérica,
diastrática e diageracional.
         A referência ao português brasileiro vem apenas ou principalemente para
demonstrar que se pensarmos na modalidade brasileira de uso do português ela não será
facilmente definida uma vez que diferentes usos se estabelecem no país, entre os quais
se inclui  a norma culta.
         Se a realidade assim se apresenta para o português falado em um país política e
geograficamente definido como uma unidade, de igual modo consubstancia-se para o
que se constitui o mundo da lusofonia e no tocante ao conjunto de países que têm o
português como língua oficial.
          
Que expressão de uso da língua portuguesa  internacionalizar-se?
          Dessa forma, há de perguntar-se: que expressão de uso da língua
portuguesa  internacionalizar-se?
         O reconhecimento da diversidade inconteste das variedades do português passa
necessariamente pela afirmação de dois princípios. Primeiramente, de que se está diante
de uma língua única, em que pesem as diferenças semântico-lexicais, morfossintáticas e
fonéticas. Há, do ponto de vista sistêmico, uma unidade vista em cada uma das áreas
geopolíticas  – e pelo menos até o presente – que se reproduz no contexto global de
usuários da língua. Em segundo lugar, uma diversidade ampla de possibilidades de
realização passará, necessariamente, pelo crivo da escolha e da preferência social que
findam por definir critérios de hierarquização de usos com valoração diferenciada,
estabelecida a partir do julgamento que fazem os utentes da sua própria língua materna e
do processo de seleção e escolha que pode caracterizar, por razões as mais diversas, as
preferências do usuário da língua portuguesa como uma segunda língua. Neste último
caso entram critérios de natureza política, econômica, cultural e, por que não admitir, de
mero gosto e preferência pessoais. Determinadas situações político-econômicas vividas
por cada um dos países lusófonos poderão funcionar, e de fato funcionam, como
elementos catalisadores da atenção nacional e, por conseqüência, condutores ao
aprendizado da língua nacional e oficial das áreas em destaque.
         Se unidade e diversidade caminham, assim, juntas e a pluralidade de usos
constitui-se na realidade específica de cada região e, conseqüentemente, do mundo
lusófono, a resposta à pergunta inicialmente  formulada deve pautar-se pelo esforço
coletivo da comunidade de língua portuguesa  no sentido  de:
(i) afirmar a validade de todas as modalidades de uso da língua portuguesa;
(ii) defender o reconhecimento de cada um dos usos como veículo difusor da
língua comum;
(iii) reconhecer o status de L2, enquanto instrumento formal de ensino  e de
divulgação cultural, para todas essas manifestações de uso da língua;
(iv) implementar o conhecimento e a divulgação de cada uma dessas variedades
do português;
(v) criar e estimular uma mentalidade de aceitação e respeito para cada um dos
usos, ou da pluralidade de usos, nacionais.
         Tal entendimento requer a definição de princípios e medidas capazes de permitir
atingir-se o objetivo desejado.
 
Que  medidas para viabilizar a expansão da língua portuguesa?
          E se levanta a questão final: que  medidas de política lingüística para viabilizar a
expansão da língua portuguesa devem ser implementadas?
         Tais medidas passam necessariamente por, pelo menos, três linhas de atuação: i) a
definição do espaço e do papel da língua portuguesa na preservação dos bens culturais;
ii) a implementação de medidas de ordem política geral e de política lingüística para
socializar a informação e o conhecimento no mundo dos países lusófonos; iii) o
estabelecimento de estratégias para o ensino da língua portuguesa enquanto língua
estrangeira (L 2).
         A definição do espaço e do papel da língua portuguesa não pode perder de vista
três aspectos relevantes: i) o fato de ser a língua portuguesa a 3ª língua mais falada na
Europa; ii) a posição do Brasil no MERCOSUL que assegura, nesse âmbito, à língua
portuguesa e status de língua falada pelo maior número de usuários; e iii)  o papel que
pode vir a desempenhar como instrumento de integração entre os países africanos de
expressão portuguesa. Nesses diferentes âmbitos de atuação a língua deverá sempre
constituir-se em instrumento de preservação das culturas dos países do mundo da
lusofonia.
         A implementação de medidas de ordem política geral e de política lingüística para
socializar a informação e o conhecimento no e do mundo dos países lusófonos requer
uma ação conjunta e coordenada dos países envolvidos na tentativa de encontrar
caminhos para a sua viabilização. Assim, algumas medidas se apresentam como
possíveis de permitir esse desiderato:
i)   A criação de um banco de dados de língua portuguesa, com representação das
modalidades de uso dos 7 países, que venha a contemplar tanto a realidade oral quanto a
documentação escrita, disponibilizado também via internet.
ii) Produção de uma amostra das falas em CD-ROM para conhecimento e
divulgação das variedades nacionais do português.
iii) Divulgação da produção literária e científica entre os países da comunidade
lusofônica e para fora dela.
iv) Estabelecimento de um dicionário de terminologia lingüística, não
necessariamente para unificar os usos mas, sobretudo, para permitir o
conhecimento da nomenclatura que transita nessas áreas.
Quanto ao estabelecimento de estratégias para o ensino da língua portuguesa
enquanto língua estrangeira (L2), fundamentalmente, se faz necessária uma articulação
entre os diversos países, o que se pode concretizar em duas diretrizes: a) pelo contato
entre as universidades, mais especificamente entre os setores responsáveis pelo ensino
do português L2, na busca de definição de princípios para uma ação coordenada; b) pelo
estabelecimento de políticas fixadas a partir dos setores do Governo responsáveis pelas
relações exteriores em cada um dos países.
A essas medidas de base, acrescentam-se: i) a formação de professores para o
ensino de L2; ii) a ênfase no conhecimento das variedades nacionais da língua
portuguesa e difusão desse conhecimento; iii) a produção de instrumentos didáticos.
 
Ainda uma linha de ação e para concluir
          O esforço coletivo para difusão e ensino da língua portuguesa como L2 não se
deve restringir ao campo acadêmico e de política lingüística. Se nesses dois campos se
encontram as bases para o êxito na qualidade do ensino, o alcance político dessa
empreitada está, porém, intrinsecamente vinculada às políticas de difusão cultural que
os organismos responsáveis pelas relações exteriores, em cada um dos países, venham a
estabelecer e sustentar.
                Nesse caso, seria de extrema importância ter-se conhecimento das medidas
políticas de difusão mantidas por cada um dos Governos e tentar um trabalho conjunto,
sem quebra, obviamente, das individualidades  mas tentando-se uma ação articulada
capaz de fortalecer o trabalho em prol da difusão e ensino da nossa língua comum.
Os meios de comunicação são instrumentos
que nos auxiliam a receber ou transmitir
informação. Dessa maneira, eles nos
ajudam a nos comunicar um com o outro.
Por exemplo: nosso tio mora em outra
cidade, mas graças ao telefone
conseguimos conversar com ele. 

Existem diversos meios de comunicação como, por exemplo,


o telefone, a televisão, o rádio e o jornal. A Internet também
nos possibilita comunicar-nos através de vários meios, como
o chat, o blog e o fotolog. 

É graças ao avanço da tecnologia que cada vez mais os meios


de comunicação permitem que nos comuniquemos com
pessoas em maiores distâncias no menor espaço de tempo. 

Cada meio permite que nos comuniquemos de uma maneira


diferente com o outro. Por exemplo: a televisão permite que
muitas pessoas vejam a mesma notícia, mas é através do
telefone que conseguimos transmitir a notícia que escutamos
para as outras pessoas. 

Telefone e Celular 
Televisão 
Rádio 
Jornal 
Revistas 
Internet 

 processo de comunicação é composto de três etapas subdivididas e, por definição, um meio


de comunicação deve compreender todos os elementos desse processo:

1 - Emissor: é a pessoa que pretende comunicar uma mensagem, pode ser chamada de fonte
ou de origem. a) Significado: corresponde à ideia, ao conceito que o emissor deseja comunicar.
b) Codificador: é constituído pelo mecanismo pelo qual a mensagem é elaborada para que
possa ser transmitida.

2 - Mensagem: é a ideia em que o emissor deseja comunicar. a) Canal: também chamado de


veículo, é o espaço situado entre o emissor e o receptor. b) Ruído: é a perturbação dentro do
processo de comunicação.

3 - Receptor: é a etapa que recebe a mensagem, a quem é destinada. a) Descodificador: é


estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a mensagem, para que o receptor a
compreenda. b) Compreensão: é o entendimento da mensagem pelo receptor. c)
Regulamentação: o receptor confirmar a mensagem recebida do emissor, representa a volta da
mensagem enviada pelo emissor (feedback).
Tipos de Comunicação
A comunicação é um processo pelo qual a informação é codificada e transmitida por um
emissor a um receptor por meio de um canal ou médio prazo. A comunicação é, portanto, um
processo pelo qual nós atribuímos e transmitir significado em uma tentativa de criar
entendimento compartilhado. Na organização existe um vasto emaranhado de redes de
comunicação. Estas, sob diversas formas e em diferentes direcções, percorrem a estrutura no
seu conjunto: Comunicação pessoal/impessoal Comunicação
descendente/ascendente/lateral/diagonal Comunicação escrita/comunicação oral

A Comunicação não pode ser dissociada da sua relação custo/eficácia

Vivemos formas diferentes de comunicação, que expressam múltiplas situações pessoais,


interpessoais, agrupais e sociais de conhecer, sentir e viver, que são dinâmicas, que vão
evoluindo, modificando-se, modificando-nos e modificando os outros. A comunicação aparente:
É um processo de "comunicação" onde as pessoas falam e respondem, sem prestarem
verdadeiramente atenção ao outro e ao que ele está dizendo. Cada um precisa "desabafar", ter
alguém com quem conversar. Se a necessidade é forte e de ambas as partes, a "comunicação"
se transforma num diálogo animado, mas "de surdos", porque cada um fala de si, extravasa
suas ideias, sentimentos, necessidades.

comunicação superficial

É uma inteiração limitada, com trocas previsíveis sobre temas socialmente definidos e com
limites preestabelecidos – culturalmente ou pelos grupos e indivíduos. São trocas de
mensagens sobre assuntos específicos e que não expõem muito a intimidade de cada um, por
exemplo sobre futebol ou fofocas de pessoas ou artistas, em reuniões sociais, festas, bate-
papos. Fala-se animadamente, mas sem inteiração pessoal, sem revelar o eu profundo a não
ser neste campo específico. São processos úteis de manutenção dos vínculos dentro de um
grupo ou comunidade, mas que pouco revelam dos indivíduos, porque eles se escondem, não
querem se expor ou o fazem somente em outros espaços mais restritos.

A "comunicação" autoritária

É uma troca ou inteiração dentro de um sistema fechado, onde se expressam relações de


poder, de dominação. É uma troca desigual – em que um fala e o outro assente – baseada no
poder económico, político, intelectual ou religioso. É uma fala onde quem tem algum poder
procura dominar o outro, impor seus pontos de vista, controlar. O outro se transforma em
"receptor", destinatário e só pode concordar com o emissor.

Meio e Canal
Meio de Comunicação não se confunde com canal, que se refere ao aparato tecnológico
utilizado para realizar o processo da comunicação, incluindo a transmissão
de informação(geralmente, idéias humanas). Dependendo das características do meio utilizado,
pode-se transmitir ou armazenar informação, ou ambos os processos.

Por exemplo:

 Fala, discurso, gestos, telefone
 Stone scores, gravações de áudio e vídeo, discos rígidos
 Papel, cartas
 Meios de Comunicação de Massa: pronunciamentos, jornais, revi

Factores
A língua portuguesa é uma das línguas mais difíceis de escrever do mundo!
Agora nos resta a duvida para que tantas regras de ortografia se dificilmente
utilizaremos todas as regras??? Muitas pessoas acham que a regra de português
é mais importantes que o senso critica da pessoa que faz algum artigo, se até os
principais jornais e revistas erram na língua portuguesa (e olha que muitos
deles passam pela aprovação de pessoas que realmente entendem das regras de
português), ta certos que existem alguns erros que são até grotesco em partes, ai
vem alguns que criticam as suas idéias falando da ortografia e esquecem do foco
principal da mensagem do texto, será que a falta de senso critico faz só analisar
o texto sem saber a real mensagem dele?

Muitos que criticam falam que esta errado o texto, mas não aponta a falha em si,
será que quem tenta corrigir algum texto não sabe o que precisa corrigir?
(existem exceções), no Brasil existe um movimento que é formado por alguns
lingüistas (obs. em outros paises também existem movimentos iguais) que
valorizam mais a fala popular do que as normas cultas da língua portuguesa, o
texto abaixo retirado do site wikipedia diz um comentário a respeito sobre a fala
versus escrita.
Fala versus escrita
Alguns lingüistas contemporâneos acham que a fala é um objeto de
estudo mais importante do que a escrita. Talvez porque ela seja uma
característica universal dos seres humanos, e a escrita não (pois existem
muitas culturas que não possuem a escrita). O fato de as pessoas
aprenderem a falar e a processar a linguagem oral mais facilmente e
mais precocemente do que a linguagem escrita também é outro fator.
acham que o cérebro tem um “módulo de linguagem” inato e que podemos
obter conhecimento sobre ele estudando mais a fala que a escrita.
A escrita também é muito estudada e novos meios de estudá-la são
constantemente criados. Por exemplo, na intersecção do corpus
linguístico e da linguística computacional, os modelos computadorizados
são usados para estudar milhares de exemplos da língua escrita do Wall
Street Journal, por exemplo. Bases de dados semelhantes sobre a fala já
existem, um dos destaques é o Child Language Data Exchange
System  ou, em tradução livre, “Sistema de Intercâmbio de Dados da
[3]

Linguagem Infantil”.(…)
Será que algum dia a língua portuguesa se tornara mais simples? A língua
inglesa é mais simples que a nacional e não existe tantas regras quanto o que ha
aqui  no Brasil (no caso a língua portuguesa), e é bem provável que não
simplifiquem a lingua portuguesa já que o país não gosta de simplificar as coisas
um grande exemplo é a constituição federal e também os impostos que
pagamos, não há necessidade de entender 100% é só cumprir, e assim vai ficar
também como nós meros cidadãos brasileiros nunca entenderão e usarão todas
as regras de portugues, mas nos ajudara  a diferenciar  e para que acharemos
superiores a alguns brasileiros só pelo fato de saber mais regras de uma
linguagem que nem é usado mundialmente, só é bem entendida e usada(90%
bem) em uma elite (raras exceções às outras classes sociais), já que é quase
impossível simplificar a língua portuguesa , e quem sabe um dia iremos torcer 
para que  a fala e a expressão envolvida na mensagem seja mais importante que
as regras ortográficas!

Obs. Não usei muitas das regras de português e isto é uma critica sobre a língua
portuguesa.
fonte da wikipedia:http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguística
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23 respostas a Porque a língua portuguesa é


tão complicada?

1. porrafonseca disse:
agosto 25, 2010 às 1:47 am

É, realmente, a língua portuguesa é uma das línguas mais complexas. Mas acho
que alguns erros do português ainda são relevantes, uma vez dito que é uma das
línguas mais difíceis de se seguir algumas regras. Na minha opinião esses erros
freqüentes da norma culta estão mais evidentes nos dias atuais, lembro que, em
antigos jornais era bem mais difícil de se encontrar alguns erros. Deve ser pela
queda da qualidade (em alguns casos, ausência dela) da educação. Boa matéria.

Visitem meu blog de tirinhas:

http://porrafonseca.wordpress.com/
Responder

2. Hector disse:
agosto 25, 2010 às 1:54 am

Você está certo, há muitas regras na língua portuguesa, entretanto, você não se
dá tão mal assim. Na verdade, seu desempenho em ortografia pode ser
considerado acima do nível médio. No entanto, pode-se observar que você não
tem a mesma facilidade no que diz respeito à pontuação. Pontos e vírgulas do
seu texto são colocados aleatoriamente. Note o último parágrafo do seu post:
Nele você usou apenas um ponto, logo na primeira linha. As onze linhas
restantes estão salpicadas de vírgulas, colocadas nos lugares errados. Por esse
motivo o texto de sua lavra resultou muito confuso.
Para terminar, sinta-se livre para suprimir meu comentário. Ele se destina a
você, não a seus leitores e tem o caráter de uma crítica amigável.
Abraço.
Responder

3. Twilight Haters disse:
agosto 25, 2010 às 2:27 am
 

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