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Revisão do Aparelho Reprodutor Feminino
O sistema genital feminino é formado por: ovários, tubas uterinas, útero, vagina e
órgãos genitais femininos externos.
Os ovários são as gônadas, homologas aos testículos. Neles encontramos os
folículos ováricos que, quando maduros, rompem-se originando os ovócitos secundários,
no processo da ovulação.
Os resquícios do folículo recebe o nome de corpo lúteo e é responsável pela
produção dos hormônios progesterona (não exerce atividade sobre a determinação das
características sexuais femininas.
A atividade da progesterona é preparar o útero para uma possível gestação,
recebendo o óvulo fecundado e estimulando a produção de leite), estrógeno (controle da
ovulação e com o desenvolvimento de características femininas.), relaxina (hormônio
produzido pelo corpo lúteo e pela placenta. Ela produz um amolecimento das articulações
pélvicas e das suas cápsulas articulares, o que dá a flexibilidade necessária para o parto)
e inibina (inibição da produção de Hormônio folículo-estimulante (FSH)) até sua
degeneração.
Tubas uterinas: transportam ovócitos secundários ou ovulo (quando fecundado)
até o útero cerca de seis a sete dias.
Útero: serve como via de acesso para os espermatozoides alcançarem a tuba
uterina e desenvolvimento do feto após fertilização tem-se o fluxo menstrual. O útero
pode ser subdividido em fundo, corpo e colo e possui três camadas o perimétrio
(externa), o miométrio (auxiliam na expulsão do feto com as contrações no trabalho de
parto) e o endométrio (constituído de camada funcional e basal, sendo que a primeira
desprende-se durante a menstruação).
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Períneo: área losângica tanto nos homens quanto nas mulheres que contém os
órgãos sexuais esternos (região perineal) e o anus (região anal).
Vagina: canal fibromuscular receptáculo do pênis e serve à passagem do fluxo
menstrual e ao parto.
Vulva: trata-se dos órgãos genitais femininos externos compostos por monte do
púbis, lábios maiores, lábios menores, clitóris, vestíbulo (região entre os lábios menores
que contém o óstio externo da uretra, o óstio da vagina, glândulas vestibulares maiores e
menores e glândulas uretrais) e os bulbos do vestíbulo.
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Tipos de Ímem
PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA
Quadro clínico e epidemiologia
Puberdade
Tem início em diferentes idades em função do clima, sexo, hereditariedade,
cultura. Caracteriza-se pela maturação dos folículos ovarianos e liberação de
estrógenos que provocam as modificações morfológicas no organismo. Com a
maturação da córtex cerebral, o hipotálamo lança os “hormônios liberadores”
que estimulam a hipófise anterior a liberarem as gonadotrofinas FSH e LH.
Outros hormônios hipofisários, como o ACTH, atuam sobre a supra-renal
provocando o aparecimento de pilosidade. O hormônio somatotrófico STH, atua
sobre a estatura. O hormônio tireoestimulante TSH, estimula a tireóide. Podemos
classificar de puberdade precoce quando a menstruação ocorre antes dos 9 anos,
e a puberdade tardia quando ocorre após os 16 anos. Os ovários sofrem
sucessivos impulsos de maturação de folículos até que um deles atinge a
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maturidade e ocorre a ovulação, é o fim da puberdade.
Adolescência
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência começa aos 10 e vai
até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa aos 12
e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e
comportamentais. No mundo todo, hoje se estima que haja 1 bilhão de pessoas
vivendo a adolescência, ou seja, quase 20% da população mundial. No Brasil,
somos cerca de 34 milhões de adolescentes, 21,84% da população total do país. O
endométrio, exposto a maturação ovariana, pode sofrer descamação (menarca),
mesmo antes da ovulação. São regras puberais anovulatórias que tem como
característica a irregularidade na duração e no volume. Os estrogênios provocam
modificações na mucosa vaginal que se espessa pouco a pouco. A vagina da jovem
contém mucosidade espessa e branca caracterizada por leucorréia funcional. A
protrusão dos mamilos é o fenômeno mais precoce em relação a caracteres
secundários (deposição de gordura nos quadris e tórax; pelos pubianos e axilares;
alargamento do quadril; mudança de entonação da voz; desenvolvimento e
maturação de ovários, útero, trompas e vagina).
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Atividade sexual;
Suspeita de DST;
Suspeita de gravidez;
Sangramento anormal;
Puberdade anormal;
Abuso sexual;
Dor abdominal ou pélvica.
O CLIMATÉRIO E A MENOPAUSA
Menopausa
Deve-se atentar para o fato da possibilidade de ovulações normais. Repercussões
clínicas (alterações da pele, esqueleto, mucosas, metabolismo lipoproteico, e
função emocional:
Fogachos, suores e sufocações (queixas mais predominantes e penosas);
Vaginite atrófica, prurido vulvar;
Dispareunia;
Alterações na libido;
“Nervosismo” intenso, irritação,insônia, fadiga, choro, medo;
Pele seca e pouco elástica, fragilidade e queda de cabelos;
Urgência urinária;
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Alteração de memória;
Osteoporose e doenças cardiovasculares.
Riscos da TRH
Câncer de endométrio (estrogênio sem progesterona associada);
Câncer de mama;
Doença tromboembólica;
Hipertensão.
Sistematização do atendimento
Atividades clínicas e educativas
Propedêutica da síndrome climatérica
Atentar para histórico familiar de câncer, obesidade, diabetes e hipertensão
Identificar doenças crônicas, como as cardiovasculares;
Realizar rastreamento de câncer
Propedêutica da osteoporose: alimentação e exercícios físicos
Possibilidades de Estruturação
Consulta de enfermagem
Visitas domiciliares
Grupos educativos
Ações na comunidade
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Avaliação dos valores pessoais que afetam o seu desempenho como enfermeiro
Tomada de decisões
Ajuda prestada ao cliente para que o mesmo tome suas decisões
Capacidade para estabelecer um relacionamento de confiança com o cliente
Manutenção de uma relação empática
Desenvolvimento de metas terapêuticas mutuamente aceitáveis
3. AVALIAÇÃO
Coletar dados relativos a:
Problemas individuais
Problemas de saúde emergentes ou potenciais sob a perspectiva da própria cliente
Considerar:
Dados do diagnóstico de territorialização
Problemas trazidos pelos agentes de saúde em suas visitas (PSF)
Os motivos que levaram as mulheres a procurarem atendimento fora dos
programas
As demandas de outras instituições que atuam na área de abragência da “Unidade
de Saúde da Família”.
Exame físico
- Mamas, abdome, inspeção da genitália externa;
- Coleta de material para citologia oncótica – Papanicolau.
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cefálico e que ela coloque as mãos atrás da nuca fazendo movimento de abrir e fechar
os braços.
Observar: presença de retrações ou exacerbação de assimetrias, além de verificar
comprometimento do plano muscular em casos de carcinoma.
Palpação
Palpação das mamas
A cliente inicialmente sentada e posteriormente em decúbito dorsal e as mãos atrás da
nuca. Iniciar a palpação com a face palmar dos dedos sempre de encontro ao gradeado
costal, suavemente, no sentido horário, partindo da base da mama para a papila,
inclusive o seguimento axilar. (global/quadrantes/digital – Manobra de Bloodgood)
Observar: presença ou ausência de massa palpável isolada.
Palpação da região axilar
A cliente permanece sentada. Apoiar o braço do lado a ser examinado, no braço do
examinador.
Palpação da região supraclavicular
A cliente permanece sentada. Palpar a região supraclavicular à procura de linfonodos
palpáveis.
Expressão da aréola e papila mamária
A cliente permanece deitada. Espremer suavemente a aréola e a papila mamária.
Observar: saída de secreção.
Exame especular
Inspecionar: o colo uterino anotando: cor, lacerações,
úlceras, neoformações; o orifício cervical anotando: tamanho,
forma, cor, presença de secreções e/ou pólipos; as paredes
vaginais anotando: presença de lacerações, alterações (deve
ser feito no momento da entrada do espéculo)
Toque bimanual
Com a mão enluvada devem ser introduzidos na vagina o dedo indicador e o
médio com o objetivo de determinar a posição, formato, consistência, regularidade,
mobilidade e hipersensibilidade do útero e ovários. O fundo de saco deve ser
palpado para identificar os ovários atentando para o tamanho, formato, consistência,
mobilidade e hipersensibilidade.
Relação das principais afecções que podem ser diagnosticadas pela simples inspeção da
genitália externa e interna:
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Processos Infecciosos
Vulva: Vulvite inespecífica, foliculite, abscesso dos lábios, bartolinite, condilomas duros
(sífilis), condilomas acuminados (HPV), herpes genital.
Vagina: Vaginite (colpite); colpite senil (atrofia do epitélio).
Colo uterino: Cervicite; erosão do colo de origem infecciosa.
Neoplasias
Vulva: Câncer; tumores benignos.
Vagina: Câncer; cistos para-vaginais.
Colo uterino: Câncer; pólipos.
Miscelânea
Vulva: Leucoplasia; mudanças de posição do útero (retroflexão/retrocessão/anteflexão)
e da vagina (prolapso uterino e vaginal) com formação de cistocele e retocele.
Colo uterino: Lacerações.
4. O EXAME COLPOCITOPATOLÓGICO
Efetividade da detecção precoce do câncer do colo do útero: quando associada ao
tratamento do câncer em seus estádios iniciais, tem resultado em uma redução das taxas
de incidência de câncer cervical invasor que pode chegar a 90%, quando o rastreamento
apresenta boa cobertura (80%, segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS) e é
realizado dentro dos padrões de qualidade.
Periodicidade recomendada no Programa Vivia Mulher – Programa Nacional
de Controle do Câncer do Colo do Útero e Mama: em mulheres de 25 a 60 anos de
idade, ou que já tenham tido atividade sexual mesmo antes desta faixa de idade, uma vez
por ano e, após 2 exames anuais consecutivos negativos, a cada 3 anos (de acordo com a
OMS, desde 1988).
Material
Espátula de Ayres
Escovinha Campos da Paz
Lâmina de vidro
Frasco
Conservante – álcool a 95% ou citospray (Propinilglicol).
Espéculo
Formulário de requisição (preenchido a lápis grafite)
Etapas
Local: ectocérvice (junção escamocolunar – JEC)
Com a extremidade da espátula, que apresenta uma reentrância, fazer um raspado
da ectocérvice, periorificial, realizando um movimento rotativo de 360º. Esse
movimento deve ser firme, semelhante ao realizado numa biópsia de superfície,
para destacar as células da mucosa. Em seguida colocar o material retirado sobre
a lâmina, num movimento perpendicular à menor medida desta.
Local: endocérvice (canal cervical)
Introduzir no canal cervical a escovinha e colher o material com movimento
rotativo. A seguir colocá-lo na lâmina, num movimento paralelo à maior medida
desta.
* O esfregaço deve ser uniforme e fino.
5. CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Inicia-se a partir de uma lesão pré-invasiva, curável em até 100% dos casos
(anormalidades epiteliais conhecidas como displasia e carcinoma in situ ou diferentes
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graus de neoplasia intra-epitelial cervical [NIC]), que normalmente progride lentamente,
por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil,
quando não impossível.
Sequência típica de eventos na história natural do câncer do colo do útero (Fonte:
WHO, 1988).
CARCINOMA CARCINOMA
NIC I e NIC II NIC III MICROINVASOR INVASOR
Condições e Recomendações
As lesões precursoras de alto grau (NIC II e NIC III) são encontradas com maior
freqüência na faixa etária de 35 a 49 anos, especialmente entre as mulheres que nunca
realizaram o exame citopatológico. No resultado compatível com NIC I recomenda-se a
repetição do exame após 6 meses. Nos resultados compatíveis com NIC II ou NIC III
recomenda-se o encaminhamento imediato para a colposcopia2, para confirmação
histopatológica de que não há invasão do tecido conjuntivo. Nos resultados compatíveis
com HPV, recomenda-se a repetição do exame após 6 meses.
ASCUS e AGUS
Estes termos foram introduzidos na nomenclatura citopatológica nacional em
1993 e correspondem às atipias de significado indeterminado em células escamosas
(ASCUS) e em células glandulares (AGUS). Sob esses diagnósticos estão incluídos os
casos com ausência de alterações celulares que possam ser classificadas como Neoplasia
Intraepitelial Cervical, porém com alterações citopatológicas que merecem uma melhor
investigação e acompanhamento. Recomenda-se a repetição do exame citopatológico
(Papanicolaou) após 6 meses.
Carcinoma e Adenocarcinoma
Ocorrem quando as alterações celulares se tornam mais intensas e o grau de
desarranjo do epitélio é tal que as células invadem o tecido conjuntivo do colo do útero
A colposcopia consiste na visibilização do colo através do colposcópio, após a aplicação de ácido acético,
entre 3% e 5% e lugol. Este exame avalia os epitélios do trato genital inferior e, quando necessário, orienta a
biópsia e a cirurgia de alta freqüência (CAF). A CAF utiliza bisturi elétrico de alta freqüência para a retirada
de uma lesão, realizando o corte e a hemostasia do leito cirúrgico sem causar danos ao tecido removido.
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abaixo do epitélio.
Fatores Associados
Fatores e Magnitude de Risco Fatores Protetores Fatores Prognósticos
6. CÂNCER DE MAMA
Prevenção
Embora tenham sido identificados alguns fatores ambientais ou comportamentais
associados a um risco aumentado de desenvolver o câncer de mama, estudos
epidemiológicos não fornecem evidências conclusivas que justifiquem a recomendação
de estratégias específicas de prevenção. É recomendação que alguns fatores de risco,
especialmente a obesidade e o tabagismo, sejam alvo de ações visando à promoção à
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saúde e a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis, em geral. Não há consenso
de que a quimioprofilaxia deva ser recomendada às mulheres assintomáticas,
independente de pertencerem a grupos com risco elevado para o desenvolvimento do
câncer de mama.
Detecção Precoce
Recomendações (Brasil, 2004):
- Rastreamento por meio do exame clínico da mama, para as todas as mulheres a
partir de 40 anos de idade, realizado anualmente. Este procedimento é ainda
compreendido como parte do atendimento integral à saúde da mulher, devendo
ser realizado em todas as consultas clínicas, independente da faixa etária;
- Rastreamento por mamografia, para as mulheres com idade entre 50 a 69 anos,
com o máximo de dois anos entre os exames;
- Exame clínico da mama e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as
mulheres pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver
câncer de mama;
- Garantia de acesso ao diagnóstico, tratamento e seguimento para todas as
mulheres com alterações nos exames realizados.
Diagnóstico
Exame clínico
O exame clínico da mama (ECM) é parte fundamental da propedêutica para o
diagnóstico de câncer. Deve ser realizado como parte do exame físico e
ginecológico, e constitui a base para a solicitação dos exames complementares.
Como tal, deve contemplar os seguintes passos para sua adequada realização:
inspeção estática e dinâmica, palpação das axilas e palpação da mama 3.
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- O diagnóstico prévio reduz o estresse da mulher quanto ao conhecimento
do procedimento cirúrgico a que será submetida, otimiza o planejamento
das atividades do centro cirúrgico, além de ser de custo inferior quando
comparado a uma internação para biópsia cirúrgica convencional.
Diagnóstico citopatológico
- Padrão citológico benigno - negativo para malignidade;
- Padrão citológico positivo para malignidade - apresenta celularidade alta,
com células epiteliais atípicas;
- Padrão citológico de malignidade indeterminada - tumor papilar, tumor
filóide;
- Padrão citológico suspeito para malignidade - lesão epitelial proliferativa
com atipias.
Diagnóstico histopatológico
- O relatório histopatológico deve conter todos os elementos necessários
para o adequado manuseio clínico da paciente sob o ponto de vista
prognóstico e terapêutico, apresentando a descrição das características da
neoplasia, do estado linfonodal, do comprometimento das margens
cirúrgicas de ressecção e o resultado dos marcadores prognósticos
avaliados por imunohistoquímica.
Estadiamento
O estadiamento do câncer de mama é baseado na classificação dos Tumores
Malignos TNM, proposta pela União Internacional Contra o Câncer UICC, conforme as
características do tumor primário, dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do
órgão em que o tumor se localiza, e a presença ou ausência de metástases à distância.
Tratamento
O câncer de mama deve ser abordado por uma equipe multidisplinar visando o tratamento
integral da paciente. As modalidades terapêuticas disponíveis atualmente são a cirúrgica e a
radioterápica para o tratamento loco-regional e a hormonioterapia e a quimioterapia para o
tratamento sistêmico.
Cirurgia
A indicação de diferentes tipos de cirurgia depende do estadiamento clínico e do
tipo histológico, podendo ser conservadora ressecção de um segmento da mama
(setorectomia, tumorectomia alargada e quadrantectomia), com retirada dos gânglios
axilares, ou não-conservadora (mastectomia).
São modalidades de mastectomia:
- Mastectomia simples ou total (retirada da mama com pele e complexo aréolo
papilar);
fornece material para diagnóstico histopatológico (por congelação, quando disponível), permitindo
inclusive a dosagem de receptores hormonais.
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- Mastectomia com preservação de um ou dois músculos peitorais acompanhada de
linfadenectomia axilar (radical modificada);
- Mastectomia com retirada do(s) músculo(s) peitoral (is) acompanhada de
linfadenectomia axilar (radical);
- Mastectomia com reconstrução imediata;
- Mastectomia poupadora de pele.
Radioterapia
É utilizada com o objetivo de destruir as células remanescentes após a cirurgia ou
para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia. Após cirurgias conservadoras deve
ser aplicada em toda a mama da paciente, independente do tipo histológico, idade, uso
de quimioterapia ou hormonioterapia ou mesmo com as margens cirúrgicas livres de
comprometimento neoplásico.
Seguimento
No seguimento das pacientes com câncer de mama após tratamento deve-se
proceder à história, exame físico, mamografia e exame ginecológico. Não há indicação
de realização de hemograma, bioquímica no sangue, radiografia de tórax, ultra-sonografia
abdominal ou trans-vaginal, cintilografia óssea e marcadores tumorais na ausência de
sintomas ou de indicações clínicas que justifiquem sua solicitação.
Intervenções Interdisciplinares
Início: a partir do diagnóstico (atuação conjunta entre todos os profissionais de
saúde, junto aos pacientes e familiares).
Objetivo: unir conhecimentos e disciplinas, que intercedam efetivamente na
qualidade de vida após o tratamento, favorecendo o seu retorno às atividades
físicas, sociais e profissionais.
A equipe interdisciplinar: médico, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta,
terapeuta ocupacional, assistente social e nutricionista.
Atuação: prevenção de complicações decorrentes do tratamento em todas as
fases (diagnóstico; durante e após o tratamento; na recorrência da doença e nos
cuidados paliativos), conhecendo e identificando as necessidades da mulher, os
sintomas e suas causas, e o impacto destes no seu cotidiano.
A intervenção visa à orientações domiciliares, tratamento ambulatorial,
tratamento hospitalar específicos e grupos educativos. Deve ser garantido o
acesso às informações relacionadas aos direitos previstos em lei e adequação dos
recursos que garantam uma atenção integral.
Enfermagem
Início: logo após o diagnóstico, por meio da consulta de enfermagem, na
internação e antes de cada modalidade terapêutica.
Pós-operatório: avaliar a ferida operatória e orientar para a alta, direcionando a
mulher para o autocuidado (cuidados com o sítio cirúrgico, dreno, além do
membro homolateral).
Alta hospitalar: encaminhar a mulher para grupos de apoio interdisciplinar que
discutem aspectos educativos, sociais e emocionais, visando à reintegração à
vida cotidiana.
Seguimento ambulatorial da ferida operatória: avaliar e realizar os curativos,
retirar dreno, realizar punção de seroma e acompanhar a mulher durante todo o
período de cicatrização.
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7. PLANEJAMENTO FAMILIAR – DIREITO CONSTITUCIONAL
A Constituição Federal no título VII da Ordem Social, em seu Capítulo VII,
Art. 226º, § 7º, diz que:
“Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade
responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado
propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício deste direito, vedada
qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas”.
Definição de Planejamento Familiar
É o direito à informação, à assistência especializada e acesso aos recursos que
permitam optar livre e conscientemente por ter ou não filhos, o número, o espaçamento
entre eles e a escolha do método anticoncepcional mais adequado, sem coação.
Definição de Controle de Natalidade
É uma ação governamental com a preocupação de estipular metas para
crescimento “ideal” da população, quer dizer, onde o governo determina quantos filhos o
casal deve ter.
PLANEJAMENTO FAMILIAR CONTROLE DE NATALIDADE
• Promove a saúde • Promove a redução ou aumento de
• É um direito do cidadão população
• Opção livre e consciente • É uma política do Estado
• É um dever do Estado • Imposição do Governo ao cidadão
• Sua execução é indiscriminada.
Métodos Naturais
Temperatura
O método da temperatura ajuda a conhecer o período da ovulação. O corpo
feminino sofre uma alteração de temperatura no período da ovulação, ou seja, no período
fértil.
Como usar o método:
Medir a temperatura a cada dia do ciclo menstrual após 3 a 5 horas de sono e anotar
em papel quadriculado comum. Ligar os pontos referentes a cada dia, formando uma linha
que vai do 1º ao 2º ao 3º, até o último dia. A temperatura deve ser medida sempre em
baixo da língua, usando o mesmo termômetro. Observar se ocorre um aumento da
temperatura de no mínimo 0,2°C por 4 dias consecutivos. O período fértil termina na
manhã do 4º dia em que for observada a temperatura elevada. Depois de um mês de
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observação, voltar ao serviço de saúde para verificar se as anotações estão certas, e após
três meses retornar para construir o gráfico. Por esse método o casal só pode ter relações
sexuais, sem risco de gravidez, no período entre o final da ovulação e a menstruação. Se
a mulher e seu companheiro desejam uma gravidez, devem ter relações no período fértil.
Principais fatores que afetam a temperatura:
- Mudanças no horário em que se verifica a temperatura;
- Bebidas alcoólicas;
- Recolher-se tarde da noite;
- Perturbações no sono;
- Doenças como: resfriados, gripes ou infecções;
- Mudanças de ambiente;
- Cansaço;
- Comer em horário próximo da hora de dormir.
Tabela
Como usar o método
Usar o calendário do ano para marcar todo mês, o ciclo menstrual.
Exemplo: Construir a tabela e anotar, durante 8 meses, quantos dias durou cada ciclo
menstrual.
1ºciclo: 28 dias/ 2ºciclo: 28 dias/ 3ºciclo: 31 dias/ 4ºciclo: 28 dias/ 5ºciclo: 28
dias/ 6ºciclo: 30 dias/ 7ºciclo: 30 dias/ 8ºciclo:
30 dias
Contar quantos dias durou ciclo menor = 28 dias e o ciclo maior = 31 dias
Em seguida, fazer a conta: Número de dias do ciclo menor: 28 menos 18 = 10/ Número
de dias do ciclo maior: 31 menos 11 = 20. Período fértil vai do 10º dia ao 20º do ciclo
menstrual.
Quando a mulher não quer engravidar, não deve ter relações neste período.
Contra-Indicações para as mulheres:
- Adolescentes, que ainda não menstruam com regularidade;
- Que acabaram de parir ou abortar;
- Que pararam recentemente de tomar a pílula;
- Que acabaram de tirar o DIU;
- No período do climatério;
- Que estão amamentando;
- Que têm uma diferença de 10 ou mais dias entre o ciclo menor e o maior;
- Que não menstruam;
- Que têm alterações psíquicas que impeçam o uso correto do método.
Muco Cervical
Como usar o método
A mulher deve examinar o muco diariamente, colocando o dedo na vagina e, em
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seguida, observando que tipo de secreção está presente. O aspecto do muco é mais
importante do que a quantidade. O que interessa é se ele é pastoso, líquido, elástico, ou
se não aparece. No início, examinar 2 ou 3 vezes ao dia. Depois, uma vez só por dia é
suficiente. Recomenda-se que o exame seja feito sempre na mesma hora. Anotar as
diferenças do muco durante todo o mês. Isto ajudará a memorizar quais são os dias férteis.
Características do muco
Logo após a menstruação algumas mulheres têm um período seco, que não é fértil,
não tem muco. O casal deve ter relações em noites alternadas para que o sêmem não
atrapalhe a observação do muco. O primeiro muco que aparece é grosso, opaco (branco,
ou amarelo), pastoso, e se quebra quando esticado. Por precaução, é melhor evitar relação
nesta época. O muco vai ficando mais elástico, transparente, parece clara de ovo à medida
que se aproxima a ovulação.
O último dia em que a mulher tem sensação de umidade é chamado dia do ápice. Só
quando o muco desaparece ou retorna à aparência de muco pegajoso, com sensação de
secura é que se identifica o dia ápice. Na 4ª noite após o dia ápice a mulher entra no
período em que não há perigo de gravidez até a menstruação. Se não deseja engravidar
pode ter relações sexuais com contato genital neste período. Se a mulher não deseja
engravidar deve evitar relações conforme orientação acima ou usar diafragma sem
espermicida e/ou a camisinha sem lubrificação. Se deseja engravidar, deve manter
relações sexuais.
Métodos de Barreira
Diafragma
O diafragma é uma capa de borracha ou silicone, que a mulher coloca, ela mesma, na
vagina, antes da relação sexual, tapando assim o colo do útero. Ele evita a gravidez,
impedindo que os espermatozoides penetrem no útero Deve ser usado com um
espermicida, para garantir maior segurança.
Como usar o método
Para começar a usar o diafragma é necessária a ajuda de um profissional de saúde
para medir o tamanho do fundo da vagina, pois existe um tamanho específico de
diafragma para cada mulher. O papel do orientador é muito importante, pois é ele que irá
explicar como colocar e retirar o diafragma, e como verificar se está colocado
corretamente.
Como colocar e retirar o diafragma
É recomendável urinar antes, pois a bexiga cheia pode dificultar a colocação
do diafragma. Antes de cada uso, examinar cuidadosamente o diafragma contra a
luz, para assegurar-se da inexistência de defeitos ou furos.
1- Colocar o espermicida no fundo do diafragma e espalhar. Depois, colocar mais
um pouco por fora ou nas bordas.
2- Escolher uma posição confortável.
3- Pegar o diafragma pelas bordas e apertar no meio, formando um oito.
4- Com a outra mão, abrir os lábios da vulva e introduzir o diafragma
profundamente. Ele se acomoda naturalmente no fundo da vagina. Se estiver mal
colocado poderá causar desconforto, e isto será facilmente percebido. Para verificar se ele
está bem colocado, a mulher deve tocar com o dedo o colo do útero. Verificar se o mesmo
está inteiramente coberto pelo diafragma.
5- Para retirá-lo, encaixar o dedo na borda e puxar o diafragma para baixo e para fora.
Contra-Indicado para as mulheres que:
- Nunca tiveram relações sexuais;
- Têm queda de bexiga ou rotura de períneo;
- Têm posição anormal do útero;
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- Têm infecções urinárias de repetição;
- Têm alterações psíquicas graves que impeçam o uso correto;
- Têm infecções vaginais.
Orientações
- Para maior conforto a mulher pode colocar o diafragma um pouco antes da relação
sexual; se o diafragma for colocado muito antes da relação o espermicida vai
perdendo o seu efeito.
- O diafragma só deve ser retirado 8 horas depois da última relação.
- Se o casal tiver mais de uma relação na mesma noite, a mulher deve colocar mais
espermicida na vagina sem retirar o diafragma, e contar 8 horas da última relação
para retirar o diafragma.
- O diafragma pode permanecer na vagina, no máximo, por 24 horas. Depois desse
tempo, se a mulher desejar continuar com ele deve retirá-lo para lavar e renovar o
espermicida.
- Se a mulher não tiver mais geléia espermicida pode continuar usando o diafragma
assim mesmo.
- Em caso de dores no baixo ventre, dor ou ardência ao urinar, encaminhar a mulher
ao serviço de saúde para avaliar se o tamanho e o tipo de diafragma estão corretos.
- O primeiro retorno ao serviço de saúde deve ser feito 1 semana após a primeira
consulta.
- O segundo em 30 dias e os seguintes anualmente.
Explicações
- Não é aconselhável fazer lavagens vaginais, banhos de assento ou de banheira,
antes da retirada do diafragma. A água pode dissolver o espermicida, tornando-o
sem efeito;
- É necessário medir novamente o fundo da vagina, depois de gravidez, aborto,
grande mudança de peso (mais de 10kg), e após operação de períneo.
Espermicida
Quando se usa espermicida, não se deve fazer lavagem vaginal,
pelo menos até 8 horas após a relação sexual.
DIU (Dispositivo Intra-uterino)
O DIU pode ser colocado após seis semanas no caso de parto normal ou cesariana. A
mulher não deve ter relações sexuais durante a primeira semana após a colocação do DIU.
O DIU tem um tempo de validade (cerca de 6 a 10 anos), dependendo do tipo.
Contra-Indicado para as mulheres:
- Grávidas ou com suspeita de gravidez;
- Com corrimento ou DST;
- Que tem sangramento fora do período menstrual;
- Que apresentam sangramento abundante e dores fortes durante a
menstruação;
- Que nunca tiveram filho;
- Que já tiveram gravidez ectópica;
- Anêmicas.
Métodos Cirúrgicos
Esterilização
437
Laqueadura
Após a indicação médica, deverá ser feito um documento para o hospital, com a
assinatura de 3 médicos aprovando a operação, onde também deve constar a assinatura
da mulher, concordando com a laqueadura.
Vasectomia
Após a vasectomia, o homem continua normalmente, a ter desejo sexual, ereção e
ejaculação.
438
Sinais e sintomas de presunção:
-Amenorreia;
-náuseas e vômitos (inicio entre 5 a 6 semanas);
-sialorreia (produção excessiva de saliva);
-Alteração do apetite e fadiga;
-Polaciúria (aumento da frequência urinaria – 6 semanas);
-Cloasma gravídico ou melasma – hiperpigmentação na face;
-linha nigra;
-sinal de Halban – lanugem na testa, nos limites do couro cabeludo;
-alterações mamárias (hipersensibilidade). Rede de Haller
Observação: com 8 semanas de gestação, surgem a aréola primaria (hiperpigmentação e
espessamento do tecido) e os tubérculos de Montgomery (aproximadamente em número
de 12 a 15 – regridem no puerpério). Com 20 semanas surgem uma pigmentação de
limites imprecisos ao redor do mamilo denominada aréola secundaria (sinal de Hunter)
Sinais de Probabilidade
Aspecto violáceo da mucosa vulvar (sinal de chadwick ou Jacquemier) e vaginal
(sinal de kluge), resultante de grande aumento da vascularidade, causado por uma
congestão venosa. Esses sinais podem ser observador 6 a 8 semanas após a concepção, e
geralmente surge como sinal precoce de gravidez.
Sinal de Piskacek – caracteriza-se pelo abaulamento e amolecimento na zona de
implantação do blastocisto.
Aumento do diâmetro anteroposterior de útero.
12 semanas – aumento do volume abdominal, quando o útero torna-se palpável
logo acima da sínfise púbica.
Amolecimento do colo do útero (cérvice) detectado
Sinal de Hegar – em torno de 6 a 8 semanas de gravidez, o útero assume
consistência elástica e amolecida, sobretudo na região do istmo. Esse fato
possibilita a flexão do corpo sobre o colo uterino, quando é realizado o toque
bimanual. A sensação é semelhante à separação do corpo do útero da cérvice.
Sinal de Nobile Budin: a matriz de piriforme fica globosa, sendo percebida pelo
toque no fundo de saco de Douglas.
439
certificar uma gestação, cabe destacar que a presença do hormônio gonadotrófico tanto
na urina como no sangue, não representa certeza de uma gravidez, pois o processo
patológico conhecido como mola hidatiforme, caracterizado pela proliferação anormal do
trofoblasto na cavidade uterina, promove alterações significativas no níveis de
gonadotrofina coriônica. Cabe esclarecer que a gonadotrofina coriônica humana (hCG) é
um hormônio sintetizado pelo sinciciotrofoblasto, composto por duas subunidades: alfa e
beta. A segunda subunidades é especifica da gonadotrofina coriônica. Uma de suas
principais funções é inibir a involução do corpo Lutero, que é a principal fonte de
progesterona nas primeiras 8 a 10 semanas de gravidez. Após esse período, essa função é
assumida pela placenta.
Teste imunológico de gravidez (TIG) e testa para gravidez (Beta-hCG) – sua
detecção, respectivamente na urina ou no sangue, indica probabilidade de
gravidez. No sangue, é possível detectar a presença do hormônio no primeiro dia
após a implantação do ovo fertilizado no endométrio, o que ocorre
aproximadamente entre o 8ª ao 10ª dia após a fecundação.
Observação: A produção de hCG se inicia logo no primeiro dia após a fecundação e
seus valores ascendem no primeiro trimestre, atingindo níveis máximos (100.000
mUI/ml) entre a 10ª e 12ª semanas, depois diminuem gradativamente, declinando para
valores de 10.000 a 20.000 mUI/ml com 20 semanas.
Sinais de Certeza
Ausculta dos batimentos cardíacos fetais a partir de 12 semanas pelo Sonar –
Doppler; ou com o estetoscópio de Pinard em gestantes não obesas: a partir da 20ª
semana, segundo o Manual de Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e
humanizada (Brasil, 2006).
Percepção pelo examinador de movimentos fetais ativos, em média após 18 a 20
semanas de gestação.
Visualização do embrião ou do contorno esquelético fetal realizado pelo exame
ultrassonográfico.
440
Abortamento infectado
Abortamento retido
Abortamento recorrente
Abortamento previsto em lei
1 – A DUM é conhecida;
3 – A DUM é desconhecida e a mulher não tem noção em que período do mês ela ocorreu.
441
resultado por sete. Teremos o resultado por semanas.
2 – Gestograma: No gestograma, basta que coloquemos a seta entre o dia e o mês
correspondentes ao primeiro dia e mês do último ciclo menstrual e observa o número de
semanas indicados no dia e mês da consulta atual.
A mulher não se lembra qual foi o primeiro dia da sua última menstruação mas se lembra
que ela teve sangramento no início, no meio ou no final do referido mês.
12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que é palpável na sínfise púbica;
16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical;
A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da
altura uterina. Porém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade
442
gestacional.
Quando não for possível determinar clinicamente a idade gestacional, solicite o mais
precocemente possível a ultrassonografia obstétrica.
Para realizar o cálculo da idade gestacional precisamos ter em mente que a média
de duração da gestação é de 40 semanas ou 280 dias:
Exemplo 1:
Exemplo 2:
443
QUESTÕES:
a) 10 semanas e 22/03/15.
b) 11 semanas e 20/02/15.
c) 12 semanas e 22/03/15.
d) 10 semanas e 20/03/15.
e) 12 semanas e 23/03/15.
444
Questão 2 – Ano: 2015 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Assunto: Cálculo da Data Provável
do Parto
P.L.S, de 25 anos, está grávida, sendo a sua segunda gestação. Ela compareceu à Unidade
Básica de Saúde para consulta de pré-natal no dia 5/3/2015. A enfermeira detectou que
era a primeira consulta e perguntou qual foi a data da sua última menstruação (DUM). A
gestante informou que foi em 9/1/2015. A data provável do parto, de acordo com a regra
de Naegele, será:
a) 10/10/2015
b) 14/10/2015
c) 15/10/2015
d) 17/10/2015
e) 16/10/2015
Comentários
Questão 1 – A questão nos pede o cálculo da idade gestacional e da data provável do
parto. Vamos aos cálculos a partir da DUM:
Cálculo da Idade Gestacional
Pegamos a soma do número de dias entre a DUM e a data da consulta e dividimos por 7.
DUM = 15/06/2014 Data da consulta = 24/08/2014
Teremos que saber quantos dias os meses dentro do intervalo DUM e data da consulta.
Junho = 30 dias
Julho = 31 dias
Agosto = 31 dias
Observação: Se você tem dúvidas quanto aos meses do ano com os seus respectivos,
consulte a imagem 1, logo abaixo.
Soma do intervalo 15/06/2014 a 24/08/2014 = 15 dias de junho + 31 dias de julho + 24
dias de agosto = 70
445
Sorologia para HIV 1º e 3º Trimestre
Sorologia de Hepatite B (HbsAg e AntiHBc)
Sorologia para Rubéola (IgG e IgM)
Sorologia para Lues (VDRL) 1º e 3º Trimestre
Tipagem sanguínea (ABO) com fator Rh (no caso de Rh negativo: Coombs
indireto –se negativo repeti-lo a cada 4 ou 8 semanas)
446
Útero
Hipertrofia, elasticidade e contratilidade uterina
O útero se modifica intensamente na consistência, no volume, no peso, na forma, na
posição e na coloração no decorrer da gestação. Além de apresentar extrema sensibilidade
a estímulos hormonais e nervosos, outro aspecto relevante na gestação é a capacidade de
o útero aumentar de tamanho, acompanhando o crescimento do concepto, assim como de
involuir rapidamente ao seu tamanho habitual em apenas algumas senas após o parto. Isso
ocorre em função da disposição simétrica dos feixes musculares entrelaçados do órgão,
que é constituído de musculatura lisa - miométrio. * Em geral, o útero tem seu peso
modificado após uma gestação. Sendo este uma estrutura quase maciça, com formato de
uma pera invertida, pesa cerca de 60g em uma mulher nuligesta, e pode alcanças um peso
médio de 70g, em uma mulher que já vivenciou o período gestacional.
Durante a gravidez, esse órgão de volume crescente, transforma-se em uma cavidade
de parede fina capaz de comportar o feto, a placenta e o líquido amniótico, podendo
alcançar, ao termino da gravidez, um tamanho de 15 a 20 vezes maior do que seu estado
pré-gravídico. Ou seja, com a distensão e hipertrofia das células musculares uterinas, ao
final da gravidez o útero pode chegar a pesar cerca de 1.100g (Ziegel, 1985).
447
Vagina e períneo
Os músculos do períneo e da vulva sofrem aumento da vascularização durante a
gravidez, assim como amolecimento do tecido conjuntivo desta região. Esse aumento do
fluxo sanguíneo proporciona uma diferença na coloração da mucosa, tornando-a mais
arroxeada ou violácea (sinal de Chadwick).
Como preparo para a distensão a que serão submetidas no processo do trabalho de
parto e parto, as células musculares lisas das paredes vaginais ficam hipertrofiadas,
aumentando a sua espessura e perdendo sua rugosidade característica. A vascularização
também aumentada causa mudança de tonalidades das paredes vaginais para um tom
arroxeado, denominado sinal de Kluge.
As secreções cervicais e vaginais estão consideravelmente aumentadas na
gravidez e consistem em um muco espesso, de coloração branca, com pH ácido (3,5-6,0)
que resulta de um aumento da produção de ácido láctico a partir do glicogênio do epitélio
vaginal por ação do Lactobacillus acidophilus (Cunningham, 2000).
Sistema circulatório
A alteração hemodinâmica é a mais importante modificação da gravidez. O debito
cardíaco * normal de 5 L da mulher não gravida começa a aumentar com 5-6 semanas,
alcançando níveis mais elevados a partir da 24ª semana e pico em torno da 32ª – 34ª
semanas, com níveis de 30 a 50% acima do normal. Permanece nesses níveis até a 36ª –
38ª semanas, com pequena queda até o parto. Contudo, o aumento volêmico dependerá
especificamente de cada mulher, relacionado com fatores como peso e estatura, número
de gestações e paridades, assim como gestação de feto único ou gemelar. Além disso, o
debito cardíaco torna-se muito sensível a alterações posturais. Essa sensibilidade aumenta
ao longo da gravidez, visto que o útero comprime a veia cava inferior, diminuindo o
retorno venoso.
Dessa maneira, o debito cardíaco eleva-se por aumento da volemia e por
diminuição da resistência vascular periférica, ocasionando, consequentemente, aumento
da frequência cardíaca em 10-15 batimentos por minuto.
Sistema respiratório
No decorrer da gravidez acontecem alterações funcionais no sistema respiratório
a fim de atender às necessidades metabólicas da mãe e do feto. Tais alterações são mais
pronunciadas no termo da gestação e retornam ao normal após o parto.
De acordo com Cunningham (2000), a função pulmonar não é comprometida pela
gravidez, entretanto, doenças do trato respiratório podem ser mais serias se desenvolvidas
nesse período.
Nas vias respiratórias superiores ocorrem vasodilatação, edema da mucosa,
congestão nasal e aumento das secreções.
448
A caixa torácica apresenta um aumento médio de 2 cm em seu diâmetro
transverso, e a circunferência torácica pode aumentar em até 6 cm. Assim, há maior
movimentação do diafragma e do tórax, que leva a gestante ao aumento da frequência
respiratória em resposta a um aumento progressivo do consumo de oxigênio.
Sistema urinário
As alterações morfológicas do sistema urinário durante a gestação estão
enfocadas: no aumento do peso do rim, de aproximadamente 30%, e um discreto aumento
no seu comprimento (cerca de 1 cm), ambos resultantes de maior vascularização; nos
ureteres dilatados, provavelmente pelo efeito da progesterona, geralmente ocasiona estase
urinarias, elevando a suscetibilidade às infecções urinarias; na compressão da bexiga
anteroposterior mente, o que faz aumentar a frequência das micções (polaciúria).
Sistema gastrintestinal
Geralmente, a mulher tende a repousar durante mais tempo, conservando energia
e melhorando a nutrição fetal. As náuseas e os vômitos são sintomas comuns do primeiro
trimestre gestacional, normalmente relacionados com os níveis elevados da gonadotrofina
coriônica, e tendem a desaparecer ao termino do primeiro trimestre, quando os níveis
desse hormônio começam a decair.
A salivação excessiva, também denominada sialorreia ou ptialismo pode surgir
por causa da dificuldade na deglutição associada a náuseas.
A arcada dentária pode sofrer degradação de peças dentarias e as gengivas podem
sangrar facilmente por efeito da carência de cálcio nos dentes, visto que o mesmo é
mobilizado para o desenvolvimento ósseo do feto.
É comum a queixa de pirose (azia), normalmente acompanhada de refluxo
gástrico, devido à diminuição dos tônus e ao relaxamento do esfíncter esofágico inferior,
em resposta ao deslocamento do estomago e ao aumento da pressão abdominal.
A motilidade gastresofágica, intestinal e biliar, bem como a tonicidade dos
esfíncteres, parece estar diminuída durante a gravidez devido ao aumento de
progesterona.
O esvaziamento gástrico é lento e o tempo do transito alimentar intestinal pode
levar a uma reabsorção de água superior ao normal, levando a situações de constipação
intestinal.
A queixa de hemorroidas é comum durante a gravidez e deve-se, em grande parte,
à constipação intestinal e ao aumento da pressão nas veias abaixo do nível do útero.
Sistema tegumentar
No decorrer da gestação, muitas mulheres desenvolvem um aumento da
pigmentação cutânea, mais evidente em determinadas regiões corporais: na face (cloasma
ou melasma gravídico), nas aréolas mamarias e também do abdome. Além do estimulo
dos melanócitos, que favorecem o surgimento de manchas, existe também o aumento da
secreção das glândulas sabáceas, tornando a pele mais oleosa, predispondo a proliferação
de acne.
As alterações pigmentares desencadeadas pela condição hormonal da gestação,
especificamente pelo aumento na produção de estrogênio e progesterona, fazem com que
a hipófise libere maiores concentrações de alfamelatropina (exerce uma ação estimulante
sobre os melanócitos). Esse é um importante fator que desencadeia as alterações
pigmentares que tendem a aumentar de acordo com a exposição solar.
A “linha nigra” corresponde à pigmentação de cor preto-acastanhada na linha
media do abdome, resultante da ação estimulante sobre os melanócitos.
449
Sistema musculoesquelético
As alterações posturais alteram a anatomia da coluna vertebral da grávida,
sobretudo da coluna lombar, o que possibilita a ocorrência frequente de lombalgia.
O peso adicional da gravidez (útero, feto e anexos) desestabiliza o equilíbrio
materno ao colocar seu centro de gravidade para frente. Para corrigir seu eixo corporal, a
gestante assume a atitude involuntária de lordose lomba. Dessa maneira, posiciona seu
tórax para trás e volta a coincidir seu centro da gravidade com o eixo do seu corpo.
Na medida em que o volume uterino aumenta, acentua-se a lordose lombar e
desloca-se o eixo da gravidade para os membros inferiores. Assim, a gestante amplia a
sua base de sustentação, afastando discretamente um pé do outro, em uma tentativa
compensatória de manter o eixo de equilíbrio, e tem, assim, modificada sua marcha. O
andar oscilante, com passos curtos e lentos, base de sustentação alargada e maior ângulo
dos pés com a linha média descreve a marcha típica da gestante denominada marcha
anserina.
Sistema endócrino
O organismo materno experimenta inúmeras alterações hormonais desde as
primeiras semanas de gestação, sendo essas mudanças fundamentais para dar
continuidade do processo gestacional, assim como para atender as necessidades do feto
em crescimento e desenvolvimento.
Gonadotrofina coriônica humana (hCG)
É um hormônico fundamental para assegurar o desenvolvimento do produto de
concepção no decorrer do primeiro trimestre gestacional, assumindo a função de manter
o corpo lúteo íntegro além da sua duração habitual (14 dias, quando não há concepção).
Progesterona
É um hormônio de grande importância, responsável diretamente pela instalação e
manutenção do crescimento e desenvolvimento fetal na cavidade uterina até o momento
do nascimento
Estrogênio
A produção de estrogênio também aumenta na gravidez, e esse hormônio é
responsável por estimular o crescimento continuo do miométrio uterino, preparando este
órgão para desempenhar uma importante função de contratilidade durante o trabalho de
parto e parto.
Lacto gênio placentário humano (hPL)
Esse hormônio placentário tem ações similares às da prolactina* e atua
diretamente no desenvolvimento da glândula mamária, juntamente com o estrogênio e
com a progesterona, assim como estimula, após o parto, as glândulas mamárias a
produzirem leite.
Relaxina
A relaxina humana é secretada inicialmente pelo corpo lúteo durante a gravidez,
por estimulação do hormônio gonadotrófico, até o momento de a placenta assumir a sua
450
produção.
Primeira semana
À medida que o ovo passa pela tuba uterina, em direção ao útero, sofre rápidas
divisões mitóticas – segmentação – responsáveis pela formação de blastômeros. No
3º dia após a fertilização, o ovo com 16 ou mais blastômeros é denominado mórula e
penetra na cavidade uterina.
No 4º dia, uma cavidade se forma na mórula, que se converte em blástula ou
blastocisto. O blastocisto é assim constituído:
(1) um grupo de células internas, embrioblasto, em um dos polos do ovo (nó embrionário)
que dará origem ao embrião;
(2) a cavidade blastocística ou blastocele;
(3) uma camada de células externas, o trofoblasto, que engloba a blastocele e o
embrioblasto.
Segunda semana
451
a se chamar vesícula vitelina primitiva. Essa cavidade, cheia de fluido, envolve a cavidade
amniótica e a vesícula vitelina, exceto onde eles estão aderidos ao cório pelo pedículo
embrionário.
Com a formação do celoma extraembrionário, a vesícula vitelina primitiva
diminui de tamanho, e se forma uma pequena vesícula vitelina secundária. A vesícula
vitelina não contém vitelo; entretanto, ela exerce importantes funções; ela poderá
desempenhar papel na transferência seletiva de nutrientes para o embrião. O mesoderma
somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto (cito e sincício) formam o
cório. O cório constitui a parede da vesícula amniótica, dentro do qual o embrião e as
vesículas vitelina e amniótica estão suspensos pelo pedículo. O celoma extraembrionário
é, então, chamado de cavidade coriônica (na gravidez, e à ultrassonografia, denominado
saco gestacional.
Terceira semana
452
cilíndrico, em forma de “C”. A formação das curvaturas cefálica, caudal e laterais é
sequência contínua de eventos que termina por circunscrever o embrião na vesícula
vitelina. Parte dela é incorporada ao embrião durante a curvatra, dando origem ao
intestino primitivo, e o restante constitui o remanescente da vesícula vitelina secundária.
Das curvaturas laterais emanam as paredes laterais e ventral do corpo.
O conjunto constituído pelo pedículo embrionário primitivo, com os vasos
sanguíneos e a alantoide, é o pedículo vitelino, que, revestido pelo âmnio, forma o cordão
umbilical.
A curvatura cefálica determina que o coração situe-se ventralmente e o cérebro
torne-se a parte mais cranial do embrião. A curvatura caudal obriga o pedículo do
embrião, então chamado umbilical, a mover-se para a região ventral.
No fim da 7ª semana quase todos os principais sistemas do organismo estão
formados.
A ultrassonografia pode exibir saco gestacional desde 5 semanas, e a técnica
tridimensional impressiona pela imagem do concepto (idade menstrual).
A morfologia externa do embrião está bastante influenciada pela formação do
cérebro, dos membros, das orelhas, do nariz e dos olhos. À medida que essas estruturas
se desenvolvem, elas afetam a imagem do concepto, que vai adquirindo figura humana
Como o início de todas as estruturas essenciais ocorre durante o período
embrionário, as 4 semanas aludidas constituem a fase crítica do desenvolvimento, na qual
podem surgir as diversas más formações congênitas, quando exposto o embrião a agentes
teratogênicos (fármacos, infecções, radiações etc. ).
Nona semana ao nascimento
Período fetal
Em torno da 9ª semana da gestação, já tendo o embrião aparência humana, inicia-
se o período fetal. A organogênese está quase completa, e o desenvolvimento
fundamentalmente voltado para o crescimento e a maturação de tecidos e órgãos
formados na fase embrionária, uma vez que poucas estruturas novas surgem durante o
período fetal.
Os vários órgãos e tecidos não se desenvolvem com ritmo idêntico, nem alcançam,
contemporaneamete, determinado grau de maturação. O feto a termo tem os aparelhos
digestivo, respiratório, circulatório e urinário praticamente prontos para a vida
extrauterina, enquanto os tecidos nervosos e ósseos permanecem imaturos, e sua
diferenciação prossegue por muito tempo após o nascimento.
Pode-se destacar os seguintes fatos acerca do período fetal:
9ª a 12ª semana: há relativa diminuição do crescimento da cabeça em relação ao corpo.
A genitália externa de fetos dos sexos masculino e feminino ainda aparece indiferenciada
até o fim da 9ª semana, e sua forma madura se estabelece apenas na 12ª;
13ª a 16ª semana: crescimento muito rápido, especialmente do corpo. Aparecimento dos
centros de ossificação aos raios X, iniciada à 16ª semana 16ª a 20ª semana: a mãe começa
a perceber os movimentos fetais, na realidade originados entre 8 e 12 semanas. Ao início
da 20ª semana surgem l anugem e cabelos, e a pele está coberta de verniz caseoso, material
constituído pela secreção gordurosa das glândulas sebáceas, e que tem por fim proteger a
delicada epiderme fetal
Até 22 a 24 semanas, embora todos os órgãos estejam desenvolvidos, o feto é incapaz
de existência extrauterina, principalmente pela imaturidade do sistema respiratório.
Entretanto, a moderna assistência aos conceptos pré-termo tem aumentado a
sobrevivência de produtos de idade gestacional muito pequena, cada dia reduzida com o
aprimoramento dos cuidados pediátricos.
O tecido adiposo se desenvolve rapidamente durante as 6 a 8 últimas semanas,
453
fase dedicada, principalmente, ao crescimento de tecidos e à preparação dos sistemas
envolvidos na transição da vida intrauterina para a extrauterina.
No período fetal, o concepto é menos vulnerável aos efeitos teratogênicos, embora
possa haver interferência com o desenvolvimento funcional, especialmente do cérebro.
Alguns aspectos da fisiologia fetal
Respiração
Com 28 semanas, quando o feto tem aproximadamente 1.000g, os pulmões estão
suficientemente desenvolvidos de modo a tornar possível a sobrevida do recém-nascido
pré-termo. Antes disso, são incapazes de proporcionar trocas gasosas adequadas: a
superfície alveolar e a vascularização são insuficientes. O desenvolvimento do aparelho
respiratório fetal está caracterizado pelo incremento da área alveolar e do número de
capilares que estabelecem contato íntimo com aquelas estruturas.
De 22 a 24 semanas até 35 semanas de gestação
A reação de metilação é a principal via de síntese da lecitina. A lecitina formada
pela via CDF-colina, embora operante desde 18 semanas, somente torna-se expressiva
após 36 semanas. A lecitina α-palmítica/β-palmítica é muito estável e, portanto, mais
efetiva como surfactante.
O FG funciona como potencializador da ação surfactante da lecitina e aparece em
quantidades apreciáveis na gestação de 37,5 semanas, crescendo sua produção até o
termo.
Início da respiração. Antes do nascimento, os pulmões estão cheios de líquido
(estágio secretório do pulmão fetal). Consequentemente, o arejamento do pulmão não se
restringe à insuflação de órgão colapsado. Há a eliminação prévia de fluido por três vias:
(1) um terço é expelido pela pressão exercida no tórax durante o parto;
(2) outro terço é absorvido pelos capilares pulmonares; e
(3) o restante passa para os linfáticos que drenam os brônquios e os vasos sanguíneos.
Quando os pulmões se inflam após o parto, forma-se interface ar-líquido na superfície da
membrana alveolar.
1ª) Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as mãos e reconheça a parte
fetal que o ocupa;
2ª) Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do útero, procurando sentir o
454
dorso e as pequenas partes do feto;
3ª) Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no estreito superior pélvico;
4ª) Determine a situação fetal, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas, deslizando-as
em direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta. As situações que
podem ser encontradas são: longitudinal (apresentação cefálica e pélvica), transversa
(apresentação córmica) e oblíquas.
Incompatibilidade do RH
O agente Rh é uma proteína sanguínea que pode ou não estar presente no sangue
humano. No primeiro caso, diz-se que a pessoa possui Rh (Rh positivo); no outro, Rh –
(Rh negativo).
455
sistema Rh do sangue materno e fetal. Ela se manifesta, quando há incompatibilidade
sanguínea referente ao Rh entre mãe e feto, ou seja, quando o fator Rh da mãe é negativo
e o do feto, positivo. Quando isso acontece, durante a gestação, a mulher produz
anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado “intruso”.
Uma vez produzidos, esses anticorpos permanecem na circulação da mãe. Caso
ela volte a engravidar de um bebê com Rh positivo, os anticorpos produzidos na gravidez
anterior destroem as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) do feto. Para compensar
essa perda, são fabricadas mais hemácias, que chegam imaturas ao sangue e recebem o
nome de eritroblastos.
O primeiro filho, portanto, apresenta menos risco de desenvolver a doença do que
os seguintes, porque a mãe Rh- ainda não foi sensibilizada pelos anticorpos anti-Rh. No
entanto, na falta de tratamento, esses anticorpos produzidos na primeira gestação podem
destruir as hemácias do sangue dos próximos fetos Rh .
Sintomas
A doença hemolítica por incompatibilidade de Rh varia de leve à grave. Os
sintomas vão desde anemia e icterícia leves à deficiência mental, surdez, paralisia
cerebral, edema generalizado, fígado e baço aumentados, icterícia, anemia graves e morte
durante a gestação ou após o parto.
Recém-nascido portador da enfermidade tem uma cor amarelada, porque a
hemoglobina das hemácias destruídas é convertida em bilirrubina pelo fígado e seu
acúmulo provoca um quadro de icterícia na criança.
Diagnóstico
A pesquisa de anticorpos anti-Rh por meio do teste de Coombs indireto é o
principal exame a ser realizado durante o pré-natal de mãe com Rh negativo cujo parceiro
é Rh positivo, ou que tenha recebido uma transfusão de sangue inadequado. Esse exame
deve ser repetido mensalmente para verificar a existência de anticorpos anti-Rh.
Em caso positivo, a mulher precisa tomar uma dose de 300 mg de gamaglobulina
anti-Rh, um concentrado de anticorpos que combate os antígenos Rh. A aplicação deve
ser feita por via intramuscular após 72 horas do parto do primeiro filho, após aborto
espontâneo ou induzido ou gravidez ectópica.
Como os anticorpos da imunoglobulina destroem as células Rh positivas do feto,
a mãe não produzirá anticorpos anti-Rh. Desse modo, na gestação seguinte, o feto não
desenvolverá eritroblastose. Administrar outra dose de imunoglobulina na 28ª semana de
gestação pode representar uma medida adicional de segurança.
Tratamento e prevenção
A prevenção é o melhor tratamento para a doença hemolítica por
incompatibilidade de RH e deve começar antes mesmo de a mulher engravidar.
No entanto, se o bebê nascer com a doença, a primeira medida terapêutica é
substituir seu sangue por meio de transfusão de sangue negativo, que não será destruído
pelos anticorpos anti-Rh da mãe que passaram ao filho através da placenta. Como vivem
cerca de três meses, as hemácias transferidas serão substituídas aos poucos pelas do bebê
cujo fator Rh é positivo. Quando isso ocorrer por completo, não haverá mais anticorpos
anti-Rh da mãe na circulação do filho.
Recomendações
* Toda mulher deve saber qual seu fator Rh e o do seu parceiro antes de engravidar;
* Tão logo seja confirmada a gravidez, mulher Rh negativo com parceiro Rh positivo
456
deve realizar o exame de Coombs indireto para detectar a presença de anticorpos anti-Rh
no sangue;
* Após 72 horas do parto do primeiro filho, nos casos de incompatibilidade sanguínea por
fator RH, a mulher deve tomar gamaglobulina injetável para que os anticorpos anti-Rh
sejam destruídos.
* Desse modo, os anticorpos presentes em seu sangue não destruirão o sangue do próximo
filho.
457
Conforme acabamos de explicar, hipertensão gestacional é uma forma de
hipertensão arterial que surge após a 20ª semana de gravidez em mulheres previamente
sadias e que não apresenta nenhum sinal de pré-eclâmpsia.
Apesar desta forma de hipertensão poder aparecer a partir da 20ª semana de
gestação, a grande maioria dos casos só surge bem no finalzinho da gravidez, já no
terceiro trimestre.
A hipertensão gestacional é uma hipertensão exclusiva da gravidez,
desaparecendo, na maioria dos casos, espontaneamente em até 1 ou 2 semanas após o
parto. Se até 12 semanas após o parto a hipertensão não desaparecer, a paciente passa a
ser considerada como portadora de hipertensão arterial crônica. A não resolução
espontânea da hipertensão ocorre em cerca de 15% dos casos.
A hipertensão gestacional é um fator de risco para o desenvolvimento futuro de
hipertensão arterial. Mesmo as mulheres que apresentaram normalização da pressão
arterial após o parto acabam, a longo prazo, tendo 4 vezes mais riscos de desenvolverem
hipertensão arterial crônica.
Como referido na introdução do conteúdo, cerca de 10 a 15% das gestantes
acabam desenvolvendo hipertensão gestacional. Algumas características clínicas
aumentam o risco do desenvolvimento da hipertensão durante a gravidez. São elas:
Primeira gravidez.
Gestantes com sobrepeso
Gestantes de etnia negra.
Gestantes com mais de 35 anos.
História familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia.
Gravidez gemelar.
Gravidez durante a adolescência.
RISCO DE PRÉ-ECLÂMPSIA
Entre as gestantes que inicialmente se apresentam com critérios para hipertensão
gestacional, cerca de 1/3 acaba por evoluir para ter critérios de pré-eclâmpsia, que é uma
forma de hipertensão muito mais grave. Portanto, toda gestante com hipertensão
gestacional deve ser cuidadosamente observada durante a gravidez, com pesquisas
frequentes de proteinúria através do exame de urina (leia: EXAME DE URINA).
Não sabemos ainda se a hipertensão gestacional e a pré-eclâmpsia são duas
doenças distintas ou apenas espectros clínicos diferentes de uma mesma doença.
Algumas características clínicas no momento da apresentação de hipertensão
gestacional predizem um aumento do risco de progressão para a pré-eclâmpsia. São elas:
458
Alterações no fluxo da artéria uterina detectáveis através do ultrassom com
doppler.
Níveis de ácido úrico elevados.
459
Diabetes Gestacional
Principais sintomas
Os sintomas da diabetes gestacional não são facilmente percebidos, pois muitos
são confundidos com as alterações comuns da gravidez, como:
Excesso de fome;
Muita sede;
Ganho de peso exagerado na mulher ou no bebê;
Aumento da vontade para urinar;
Cansaço extremo;
Inchaço nas pernas e nos pés;
Visão turva;
Candidíase ou infecção urinária frequente.
Como estes sintomas são comuns na gravidez o médico deve solicitar o exame da
glicose pelo menos 3 vezes durante a gestação e, geralmente,o primeiro exame é feito às
20 semanas. Para o diagnóstico o médico obstetra pode solicitar exames como:
460
No caso de se identificar a doença, a grávida é submetida ao controle glicêmico
em consultas de intervalos curtos e regulares.
Possíveis complicações
As complicações da diabetes gestacional podem afetar a gestante ou o bebê, podendo ser:
Riscos para a grávida Riscos para o bebê
461
desenvolvimento da diabetes gestacional ao:
Estar no peso ideal antes de engravidar;
Fazer o pré-natal;
Aumentar de peso de forma lenta e gradual;
Alimentar-se de forma saudável e
Praticar exercícios moderados.
A sífilis na gravidez pode prejudicar o bebê, pois quando a grávida não faz o
tratamento há um grande risco do bebê pegar sífilis através da placenta, podendo
desenvolver graves problemas de saúde como surdez, cegueira, problemas neurológicos
e nos ossos.
O tratamento da sífilis na gravidez, geralmente, é feito com Penicilina e é
importante que o parceiro também faça o tratamento e que a grávida não tenha contato
íntimo sem camisinha até o final do tratamento.
462
tratamento logo que a doença seja descoberta.
Felizmente a maior parte das gestantes que realiza o tratamento seguindo todas as
orientações médicas não passam a doença para o bebê.
A transmissão vertical é a infecção pelo vírus HIV passada da mãe para o filho,
durante o período da gestação (intrauterino), no parto (trabalho de parto ou no parto
propriamente dito) ou pelo aleitamento materno.
Logo que a AIDS foi descoberta os indivíduos mais acometidos caracterizavam-
se por serem homens e homossexuais; com a disseminação do vírus houve juntamente a
feminização, aumentando consideravelmente o número de mulheres portadoras do vírus
HIV.
Com isso, as crianças também começaram a ser diagnósticas como portadoras do
vírus, principalmente por meio da transmissão vertical ou materno-infantil. Segundo o
Ministério da Saúde, o primeiro caso de transmissão vertical do vírus HIV foi
diagnosticado em 1985 e os dados do boletim epidemiológico do período de 1980 a 2006
demonstraram que esta via de infecção foi responsável por 78,1% do total de crianças
acometidas pelo vírus HIV menores de 13 anos.
O maior índice de transmissão vertical ocorre durante o trabalho de parto ou no
momento do parto, totalizando cerca de 65%, enquanto os demais 35% ocorrem
intraútero, principalmente nos últimos meses de gestação e pela amamentação
considerada um risco adicional, sendo que o risco de transmissão pela amamentação
chega a 30% quando a mãe é infectada pelo vírus durante o período de aleitamento.
Visando diminuir o número de infecções pelo HIV pela transmissão vertical,
vários estudos foram feitos e comprovou-se a eficácia da utilização dos antirretrovirais
na gestante e no recém-nascido como meio de profilaxia para o não desenvolvimento da
soroconversão do filho da mãe portadora do HIV.
Entretanto, antes do tratamento ou profilaxia é necessário o diagnóstico da
463
paciente ainda na fase de gestação. Desta forma, as recomendações do Ministério da
Saúde (2007) instruem que todas as gestantes devem ser estimuladas a realizar o teste
anti-HIV na primeira consulta de pré-natal e se possível no início do terceiro trimestre de
gestação, sendo admissível a utilização de testes rápidos se necessário.
Os testes sempre serão precedidos de aconselhamento pré-teste e pós-teste,
juntamente com o consentimento da gestante. Para as gestantes que chegam à maternidade
sem testes anti-HIV ou sem o resultado da sorologia é recomendada à realização do teste
rápido para diagnóstico.
Segundo Araújo, Farias & Rodrigues (2006), o diagnóstico precoce do HIV deve
ser alcançado especialmente pelas Unidades Básicas de Saúde da Família em virtude
dessas serem responsáveis por garantir uma boa cobertura pré-natal e pelo acesso
geográfico da população em relação à unidade.
Sendo que o acompanhamento pré-natal adequado de uma gestante portadora do HIV é
iniciado pelo aconselhamento pós-teste e o apoio emocional no enfrentamento do
resultado para consigo e a família.
É importante atentar que há gestantes HIV positivas que fazem uso de
Antirretrovirais (ARV) por seu estado imunológico/clínico (TARV-Tratamento) e outras
que ingerem os ARV como meio de profilaxia da transmissão vertical sendo que nesta
segunda condição a paciente é avaliada após o término da gestação (duas semanas) para
retirada dos ARV por profissional especializado. Na Teoria Antirretroviral (TARV)
utilizada como profilaxia a idade gestacional recomendada para que a paciente inicie o
tratamento é a partir da 14° semana de gestação; já na TARV o tratamento independe da
idade gestacional, visto que o acometimento da paciente prejudica igualmente a mulher e
o feto, devendo ser tratada conforme avaliação médica.
O zidovudina (AZT) é medicamento de escolha para o uso na gestante, devendo sempre
que possível fazer parte da TARV na gestante infectada; antes do início da TARV é
necessária a realização da contagem de CD4+ e quantificação viral.
Os efeitos adversos tanto para a mulher como para o feto do uso do AZT no
período gestacional não estão totalmente explicáveis. Segundo o Ministério da Saúde,
mesmo diante do frequente número de utilização dos ARV durante a gestação não existem
estudos que demonstrem as consequências dessas drogas para o feto.
A profilaxia com ARV pode ocorrer por meio da Monoterapia com AZT ou pelo
uso da TARV; quaisquer delas devem ser iniciadas a partir da 14º semana de gestação,
sendo que o AZT em sua forma intravenosa deve ser administrado durante o trabalho de
parto e no parto, sendo mantido até o clampeamento do cordão umbilical.
Mesmo nos casos em que a terapia com ARV não foi iniciada a gestante deve
receber o AZT intravenoso conforme descrito anteriormente. Todas as gestantes que estão
sendo medicadas com AZT devem ser avaliadas diante de exames periódicos como forma
de detectar possíveis alterações hepáticas e anemia associada ao regime terapêutico, bem
como a contagem de CD4 para determinar a profilaxia das infecções oportunistas (CDC,
1994).
O esquema de ARV utilizado na gestação e recomendado pelo Ministério da
Saúde (2007) constitui-se de: AZT e Lamivudina (3TC) associados com Nelfinavir
(NFV) ou Nevirapina (NVP), sendo que em algumas situações é necessário o uso
conjunto da quimioprofilaxia para as infecções oportunistas, conforme a avaliação
médica. É muito importante a assistência de enfermagem frente à adesão da gestante ao
tratamento, sendo que se constitui como base do prognóstico dela e do concepto, assim
como a verificação dos sinais e sintomas adversos junto à gestante e encaminhamento das
situações ao médico, visto que em alguns casos pelo grau e número de efeitos adversos
poderá ser necessária a suspensão dos ARV.
464
Orientar a gestante para que suspenda os ARV somente mediante a instrução
médica, pois alguns ARV – devido à meia-vida – devem ser suspensos antes que os
outros. A mulher deve ser informada sobre a importância de se iniciar o uso do AZT oral
após a 14º semana de gestação e sobre a possível necessidade de se instituir o consumo
de TARV combinada, o que será estabelecido mediante avaliação criteriosa clínica e
laboratorial; sendo a idade gestacional um dado de suma importância para que a TARV
se inicie no período adequado.
465
por mulher HIV positiva.
A escolha da via de parto para a gestante HIV positiva é avaliada pelo médico que
acompanha a paciente, sendo que a recomendação do Ministério da Saúde é que a partir
da 34º semana gestacional a carga viral seja avaliada, tendo um resultado abaixo de 1.000
cópias/ml poderá ser optado pelo parto vaginal, já nos casos em que a carga viral for
superior a 1.000 cópias/ml ou é desconhecida a via de escolha é a cesariana eletiva; para
evitar a ruptura das membranas e dilatação maior que 3 a 4 cm a cesariana
preferencialmente deverá ser realizada entre a 38º e 39º semana (MATURANA et al.,
2007). Os medicamentos ARV que a paciente estiver em uso não devem ser
interrompidos, independente do Jejum prescrito para o procedimento, e em pacientes que
fazem uso de ARV Estavudina (d4T) a mesma deve ser suspensa 12 horas antes do início
da administração do AZT injetável.
As gestantes que possuem cesariana eletiva agendada e por ventura entrarem em
trabalho de parto anterior a data devem ser orientadas antecipadamente a qual serviço
procurar, bem como a equipe da maternidade deve estar apta a receber esta gestante.
A mãe HIV positivo bem como a criança devem ser encaminhadas ao alojamento
conjunto, não necessitando isolamento.
No parto vaginal da paciente HIV positiva a episiotomia deve ser evitada,
conforme a possibilidade; a bolsa rota (por mais de quatro horas) e o trabalho de parto
prolongado aumentam o risco de transmissão vertical (2% a cada hora).
CONTRATILIDADE UTERINA
A presença da contração uterina é uma constante em todo o ciclo gravídico-
puerperal • conhecida popularmente como dor de parto (EUA : potências) • a mulher
vivência a contração uterina como uma sensação dolorosa • em cada período clínico do
parto ela possui uma finalidade específica
Características das Contrações Uterinas
Tono ou tonus: é a pressão mais baixa exercida pelo útero entre as contrações (valores
normais: 8 e 12 mmHg) Intensidade: é a diferença (em mmHg) entre o ápice da curva e
a base – na gravidez: pequenas contrações ou localizadas: 2-4 mmHg contrações de
BRAXTONHICKS: 10-20 mmHg – no parto: > 25 mmHg, dependendo do período do
parto até 50 mmHg
Duração: fase de contração: 40 - 60 seg. fase de relaxamento rápido: 40 - 60 seg. fase de
relaxamento lento: 80 - 120 seg. (não percebido clinicamente) duração útil: tempo em que
a intensidade é > 25 mmHg duração clínica: tempo em que a intensidade permanece > 20
mmHg (palpação)
Frequência: – na gravidez: pequenas contrações de até 30 seg.: 10 contrações/hora
BRAXTON-HICKS : 1/ hora – no final da gravidez: as pequenas contrações diminuem
de freqüência e aumenta de intensidade e as de BRAXTON-HICKS, aumentam de
freqüência – no parto: dinâmica uterina = é o número de contrações em 10 minutos; vai
de 2 a 5 contrações dependendo do estágio de evolução do parto
Efeitos das contrações sobre o organismo materno: – elevação da PA, principalmente
sistólica – elevação da FC por aumento do retorno venoso à custa do esvaziamento das
paredes uterinas – compressão da aorta e veia cava inferior pelo útero
Efeitos das contrações sobre o feto: – compressão do pólo cefálico sobre as estruturas
pélvicas podendo levar à bossa, hemorragias intracranianas e estímulo vagal –
compressão do cordão umbilical – diminuição da perfusão útero-placentária – sonar
Doppler ou cardiotocógrafo – ausculta (estetoscópio de Pinard) – monitoramento fetal •
intermitente (Categoria A) x contínuo • (durante o TP deve ser feito a cada 30 minutos) –
valores normais dos BCF ( 120 a 160 bpm)
466
PARTURIENTE: Mulher grávida que se encontra em trabalho de parto TRABALHO
DE PARTO: • é o processo fisiológico pelo qual o útero expele ou tenta expelir os
produtos conceptuais (feto, líquido amniótico, placenta e membranas), corresponde ao
primeiro período clínico do parto ou período de dilatação
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO
•Período de dilatação ou primeiro período clínico (trabalho de parto)
•Período de expulsão ou expulsivo ou segundo período clínico (parto propriamente dito)
•Período de dequitação ou terceiro período
•Período de Greenberg ou quarto período
Período Premonitório
• fase de pré- trabalho de parto verdadeiro, entre 38 a 40 semanas de gestação, mais nítido
nas primíparas
• adaptação do pólo que se apresenta no estreito superior - descida do fundo uterino -
aumento da capacidade ventilatória - melhora da sensação de plenitude após alimentação
- compressão do baixo ventre - dores lombares por estiramento das articulações -
compressão da parede vesical, com polaciúria - transtornos circulatórios, com aumento
das varizes vulvares e hemorroidas
Período de Dilatação
• transição do período de pré-parto, com início difícil de precisar
• DU = 2/10 minutos (na clínica)
• contrações que produzem cervicodilatação
• dor lombar, que se irradia para o baixo ventre
EXAME VAGINAL
467
• Centralização ou anteriorização do colo uterino: é a coincidência do eixo do colo e
da vagina • classificação da bolsa amniótica (quantidade)
468
Amniotomia = rotura artificial (finalidade + repercussões maternas e fetais) •
classificação pelo momento em relação ao TP: - prematura - precoce - oportuna – tardia
Padrão evolutivo de Friedman (divisão funcional do parto) - fase latente - fase ativa:
aceleração inclinação máxima desaceleração
PERÍODO EXPULSIVO
469
abdominal eleva-se até 100 mmHg, à custa do abaixamento do diafragma e da prensa
abdominal a impulsão do feto pelo canal do parto distende passivamente as fibras
musculares da vagina a vulva fica entreaberta, o períneo distendido e abaulado e o ânus
entreaberto até que o feto é expulso, descrevendo um mecanismo
PERÍODO DEQUITAÇÃO
470
Extração da placenta: manobra de Jacobs
Tipos de partos
Parto Normal – é a saída do feto pelo canal vaginal, porém com algumas intervenções
médicas;
Natural – é aquele parto que é realizado sem intervenção alguma.
Parto cesárea – procedimento cirúrgico realizado pelo médico, quando é bem indicado,
reduz o número de morbi-mortalidade perinatal e materna.
Idade Gestacional:
RN a termo gestação entre 38 a 42 semanas de gestação. (280 dias/ Dando margem de 15
dias antes ou após o parto).
RN prematuro: é toda criança nascida de uma gestação de 28 semanas a 37 semanas de
gestação.
RN pós termo: é toda criança nascida de uma gestação com de 42 semanas de gestação.
Peso Ao Nascer
A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso > 2,5 a 4 kg
– entre percentis 10 e 90.
471
P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou inferior
a 2,5 kg, abaixo do percentil 10.
G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou superior
a 4 kg – acima do percentil 10.
RN DE ALTO RISCO: É o produto de uma gestação de alto risco, onde as
intercorrências patológicas e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio mãe-
filho, determinando morbi-mortalidade perinatal, que pode perdurar até 28 dias pós-parto.
472
Escala ou Índice de Apgar
É um teste desenvolvido pela Dra. Virginia Apgar (1909 – 1974), médica norte-americana, que
consiste na avaliação por um pediatra[1] de 5 sinais objetivos do recém-nascido, atribuindo-se a cada um
dos sinais uma pontuação de 0 a 2.
O teste, aplicado duas vezes (no primeiro e no quinto minuto após o nascimento), é utilizado
para avaliar o ajuste imediato do recém-nascido à vida extrauterina, sendo que os sinais avaliados
são: frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. O somatório da
pontuação (no mínimo 0 e no máximo 10) resultará no Índice de Apgar e o recém-nascido será classificado
como:
473
Reanimação Cardiopulmonar no RN
O Brasil é o 10o pais do mundo em número de nascidos vivos prematuros
(menores de 37 semanas) e 16o na mortalidade decorrentes de complicações relacionadas
a prematuridade, segundos dados da Organização Mundial de Saúde. A maioria desses
bebes prematuros necessita de auxilio durante a transição e adaptação a vida extra-uterina.
Dos bebes nascidos entre 23 a 34 semanas, 62 % receberam ventilação com máscara logo
ao nascer, segundo a Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais e no estudo do NICHD
(National Reserch Network) para prematuros extremos de 22 a 28 semanas, cerca de 67
% receberam ventilação com ventilação positiva, 8 % massagem cardíaca e 5 %
medicações na sala de parto. Este capítulo visa o reconhecimento de situações de asfixia
no momento do nascimento e a prática das intervenções necessárias ao pronto
atendimento dos recém-nascidos que necessitam de auxilio na transição para a vida extra-
uterina , baseadas nas últimas publicações do ILCOR (International Liaison Committee
on Resuscitation) e da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), e assim, assegurar o
adequado atendimento e assistência aos recém-nascidos e reduzir a mortalidade neonatal
precoce. A Reanimacao Neonatal consiste em práticas de cuidado imediato, devendo ser
iniciadas dentro do primeiro minuto de vida (Minuto de Ouro) que tem por objetivo
favorecer a transição bem sucedida da vida intrauterina. A cada 10 nascidos vivos, um
bebê necessita de auxílio para iniciar respiração espontânea efetiva; um bebê em cada 100
nascidos vivos necessitará de intubação traqueal e um a dois bebês de 1000 nascidos vivos
necessitarão de reanimação neonatal avançada, com intubação, massagem cardíaca e
medicações.
Medidas Antropométricas:
Peso: Balança adequada, protegida com fralda.
Comprimento: Utilização da Mesa antropométrica.
Para o RN a termo o comprimento varia entre de 45,2 a 50,6 cm nas meninas, e de 45,4 a
55 cm em meninos, sendo o seu comprimento médio de 50 cm.
474
Aquecimento: Manter RN aquecido, no berço (conforme rotina do hospital) e manter
observação rigorosa (cianose; vômito; tremores; respiração). É fundamental que o recém-
nascido seja mantido aquecido. Assim que possível, ele deve ser enrolado em panos leves
(cueiros) e a sua cabeça é coberta, para reduzir a perda do calor corpóreo.
Imunização
Primeiros Dias do RN
Durante os primeiros dias após o nascimento, os pais aprendem a alimentar, a
banhar e a vestir a criança, familiarizando-se com suas atividades e sons.
OBSERVAÇÃO GERAL
Avaliar a postura, atividade espontânea, tônus muscular, tipo respiratório, fácies, estado
de hidratação e estado de consciência. Estas características são variáveis, próprias para
cada tipo de recém-nascido, termo, prematuro e pequeno para a idade gestacional.
O crânio tem 6 ossos: 1 frontal, 1 occipital, 2 parietais e 2 temporais. Sua forma mais
comum é a ovóide, mas ao passar pelo canal vaginal pode sofrer alterações como:
475
Bregma ou Bregmática ou Anterior (>): se fecha por volta de 18 meses.
Lâmbda ou Lambdóide ou Posterior (<): se fecha por volta de 4 meses.
FACE:
Todo RN pode apresentar a face edemaciada, com manchas, em conseqüência do trabalho
de parto, regredindo espontaneamente.
Face assimétrica: O RN pode apresentar a face desigual devido a uma posição defeituosa
na vida fetal.
Millium Facial ou sebáceo: são pequenos pontos brancos provocados pela obstrução dos
poros; localizados na região frontal e nasal (1º mês).
Eritroderma neonatal: variação na coloração da pele, que vai desde o rosa ao vermelho
intenso. Causa: eritrócitos periféricos.
Icterícia fisiológica: surge após 48 horas e tem como causa a imaturidade das células
hepáticas/ hemólise exagerada (eritroblastos imaturos). Terapêutica: Fototerapia.
476
Muitos pais preocupam-se com esta mancha chegando a pensar que está relacionado com
algum traumatismo sofrido durante o parto.
Lanugem: são pêlos longos, finos e ralos, localizados na face, orelhas, dorso, MMSS,
MMII, desaparecendo por volta do 1º mês.
PULMÕES:
A respiração é abdominal, quando predominantemente torácica e com retração indica
dificuldade respiratória. A frequência respiratória média é de 40 movimentos no RN de
termo e até 60, no prematuro. Os movimentos serão contados durante dois minutos e
dividido o total por dois.
CARDIOVASCULAR:
A frequência cardíaca varia entre 120 a 160 batimentos por minuto.
Reflexos do Recém-nascido
De Busca Quando qualquer um dos extremos da boca de recém-nascido é tocado, ele vira
cabeça para esse lado. Este reflexo permite que o recém-nascido encontre
mamilo
477
A tomada da medida da pressão arterial no recém-nascido, pode ser feita pelo
método do "flush", que utiliza o processo de isquemia da extremidade onde se efetua a
medida, por meio de uma faixa de Esmarch, e observa a que medida no manômetro se
produz fluxo sanguíneo durante a diminuição da compressão pela faixa.
478
Teste da orelhinha: esse exame é realizado no primeiro ou segundo dia de vida do bebê
até os primeiros 3 meses, a fim de que se possa detectar o mais precocemente possível
qualquer deficiência.
Teste do olhinho: conhecido como também teste do reflexo vermelho é um rastreamento
que deve ser realizado na primeira semana de vida do bebê, preferencialmente antes da
alta da maternidade. Pode detectar e evitar diversas patologias oculares como retinopatia
da prematuridade, catarata congênita, glaucoma. Infecções, traumas de parto e cegueira.
O exame é feito através de uma fonte de luz que sai do oftalmoscópio e observa-se o
reflexo que vem das pupilas.
Teste da Linguinha – é realizado durante o exame físico de rotina do recém-nascido,
para identificar a presença de anquiloglossia, popularmente conhecida como língua-presa
Alojamento Conjunto:
Aleitamento Materno
Aleitamento Materno: revisando a história
• Processo fisiológico
• Amas-de-leite
• Influência de fatores sócio-culturais
• Século XVII valorização da maternidade na sociedade européia
• No Brasil Colônia -escravas para a lactação-culto ao corpo/estética.
• Conquistas de direitos femininos-redução da prática do aleitamento materno.
• Histórico familiar.
479
• Gestação na adolescência.
O profissional da saúde....precisa estar preparado, por mais competente que ele
seja nos aspectos técnicos relacionados à lactação... seu olhar deve ser atento, abrangente,
levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio
à mulher, reconhecendo a mulher como protagonista do seu processo de amamentar,
valorizando-a, escutando-a e empoderando-a.
DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO
480
• Diminui o risco de alergias
A amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui o risco de alergia
à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, incluindo
asma e sibilos recorrentes (VANODIJK et al., 2003)
Melhor nutrição
Por ser da mesma espécie, o leite materno contém todos os nutrientes essenciais
para o crescimento e o desenvolvimento ótimos da criança pequena, além de ser mais
bem digerido, quando comparado com leites de outras espécies. O leite materno é capaz
de suprir sozinho as necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis meses e
continua sendo uma importante fonte de nutrientes no segundo ano de vida, especialmente
de proteínas, gorduras e vitaminas.
481
estudos conclui que as crianças amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto quando
comparadas com as não amamentadas, principalmente as com baixo peso de nascimento.
Essa vantagem foi observada em diferentes idades, (ANDERSON; JOHNSTONE;
REMLEY, 1999) inclusive em adultos (HORTENSEN ET al., 2002).
Produção do leite
Lobos: glândulas túbulo alveolares:
15 a 25, ligados cada um a um seio lactífero com uma saída no mamilo
Lóbulos: 20 a 40
Alvéolos: 10 a 100
Rede de ductos
482
Entre os lobos: tecido adiposo, conjuntivo, nervoso, linfático, vasos sanguíneos.
483
Pontos-chaves da pega adequada
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama
Problemas no Aleitamento Materno
• Bebê que não suga ou tem sucção fraca
• Demora na “descida do leite”
• Mamilos planos ou invertidos
• Ingurgitamento mamário
• Dor nos mamilos/mamilos machucados/fissura
• Candidíase (monilíase)
• Mastite
484
• Abscesso mamário
Cuidados de enfermagem
• Início no pré-natal
• Princípios básicos de aconselhamento
(OMS/UNICEF):
_Escutar ativamente; avaliar conhecimento da nutriz
_Linguagem corporal; respeito e privacidade
_Atenção e empatia
_Tomada de decisões
• Ressaltar importância do aleitamento materno
• Promover palestras, grupos, rodas de aleitamento
• Orientar sobre grupos de apoio
• Examinar as mamas
• Estimular e orientar a ordenha manual
• Orientar sobre os direitos da mulher
São quatro as possíveis maneiras de perda de calor pelo RN: evaporação, radiação, convecção e
condução.
As principais causas dessa perda são pele ou cobertas molhadas e baixa umidade do ambiente ou
do ar inspirado. É especialmente importante em crianças em berços aquecidos.
Radiação
485
Trata-se da perda de calor do RN para objetos ou superfícies mais frias que não estão em contato
com ele.A principal causa dessa perda é a grande área da pele exposta a ambiente frio, o que pode ocorrer
no RN despido em incubadora, que perde calor para as paredes da mesma.
A utilização de incubadoras de parede dupla para RN pré-termo pequeno minimiza este efeito. É
por este mecanismo que os berços aquecidos fornecem calor aos bebês.
Convecção:
Forma pela qual ocorre perda de calor da pele do RN para o ar ao seu redor. O principal fator
desencadeante dessa perda é o fluxo de ar frio na pele ou mucosas.
A manutenção das portinholas das incubadoras fechadas, assim como a lateral dos berços
aquecidos levantadas, são importantes métodos de prevenção deste tipo de perda de calor.
Condução
Trata-se da perda de calor do RN para a superfície fria em contato com ele. Geralmente essa perda
é pequena, pois os RN são colocados em superfícies aquecidas.
DESAFIO:
o Avaliar os hábitos de vida da criança em casa de modo a promover um
ambiente doméstico no hospital.
486
Cuidado com acidentes.
Buscar apoio da psicopedagogia hospitalar:
o Propiciar atividades de acordo com a etapa de desenvolvimento da criança.
o Oferecer oportunidades recreativas para as crianças e sua família.
o Escuta terapêutica para crianças e sua família.
Complicações no puerpério
Elas podem ocorrer devido a rupturas de vasos sanguíneos, fragmentos de placenta, entre outros
motivos, mas na maioria dos casos, a hemorragia tende a cessar após alguns dias, naturalmente e
sem nenhum tipo de tratamento, apenas com a observação do fluxo sanguíneo.
Outra complicação que pode ocorrer é a contração de infecções, que podem ocorrer durante a
ruptura da bolsa, longos trabalhos de parto ou durante a cirurgia cesariana. Nesses casos, o
principal sintoma é febre acima de 38°C, que pode vir acompanhada de calafrios. As infecções
geralmente são percebidas ainda nas primeiras horas após o parto, então as providências e
tratamentos são feitos ainda no hospital; entretanto, caso a mulher perceba os sintomas em casa,
deve entrar em contato com o médico para que esse realize exames e verifique o processo de
recuperação da mulher.
A incontinência urinária também é comum durante o puerpério, pois com a passagem do bebê
e o grande esforça físico, a mulher pode ter dificuldades em controlar a saída do xixi; contudo,
487
esse problema tende a ser resolvido com exercícios físicos para fortalecimento da musculatura do
períneo ou fisioterapia, sem necessidade de tratamentos invasivos ou medicamentos.
O puerpério é dividido em quatro fases (alguns médicos consideram apenas as três primeiras):
–Puerpério imediato: Tem duração de duas a quatro horas após o parto, logo após a saída da
placenta. Nessa fase, a mulher fica em constante observação sobre a sua recuperação inicial, com
verificação dos sinais vitais periodicamente. É nesse período que a mulher tem as sensações mais
intensas e uma grande alteração hormonal.
–Puerpério mediato: A partir do puerpério imediato até o décimo É nessa fase que útero retorna
ao tamanho normal e inicia-se a saída do lóquio.
–Puerpério tardio (do décimo ao quadragésimo quinto dia). É o período de maior recuperação da
mulher, quando começa a se acostumar aos poucos com as mudanças. Ainda precisa de alguns
cuidados.
–Puerpério remoto (a partir do quadragésimo quinto dia, até o retorno da ovulação).
O tempo de puerpério é diretamente influenciado pela amamentação. Caso a mulher não amamente,
o puerpério pode durar de seis a oito semanas; para as mães que amamentam, pode durar de seis até oito
meses, dependendo da quantidade de mamadas.
Como cada mulher pode reagir a todas essas mudanças de uma forma específica, é sempre importante
passar por consultas médicas para verificar a sua recuperação, conversar sobre qualquer sintoma atípico
que perceba e, também, sobre métodos contraceptivos. Além dos cuidados físicos, também é extremamente
importante sentir-se à vontade para conversar com um psicólogo ou pessoa próxima sobre as suas
impressões com relação às mudanças que ocorreram e suas percepções, para que a mulher possa ficar
completamente saudável e feliz com a maternidade e sua nova vida.
Malformações
Microcefalia e/ou Alterações do Sistema Nervoso Central (SNC)
A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve
de maneira adequada. Essa malformação pode ser efeito de uma série de fatores de
diferentes origens, como substâncias químicas e infecciosas, além de bactérias, vírus e
radiação.
488
A Organização Mundial da Saúde (OMS) padroniza as definições segundo os
seguintes pontos de corte:
• Microcefalia: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a 2 desvios-
padrão, ou seja, mais de 2 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional
e sexo;
Diagnóstico
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários
e deve ser feito em até 24 horas a partir do nascimento. A OMS recomenda que o
perímetro cefálico seja medido entre 24 horas após o nascimento e o 6º dia de vida.
Este período é o mais recomendado para se realizar busca ativa de possíveis anomalias
congênitas. Entretanto, somente o médico que está acompanhando a gestante pode indicar
o método de imagem mais adequado para o diagnóstico.
489
suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este
acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS).
Todas as crianças com esta malformação congênita confirmada devem ser inseridas
no Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento até os três anos de idade
- período em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente.
A estimulação precoce tem como objetivo maximizar o potencial de cada criança,
englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva,
social e afetiva, que podem ser prejudicados pela microcefalia.
Os nascidos com microcefalia recebem a estimulação precoce em serviços de
reabilitação distribuídos em todo o país, nos Centros Especializado de Reabilitação
(CER), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Ambulatórios de Seguimento de
Recém-Nascidos.
HIDROCEFALIA
Diagnóstico:
No lactente, antes do fechamento das suturas cranianas, o aumento da cabeça é o sinal
predominante.
Tratamento direcionado para:
• Alívio da hidrocefalia.
Principais Complicações:
• Infecções (meningites, ventriculites, septicemia)
490
Cuidados de Enfermagem
• Exame físico e neurológico (reflexos);
• Curativo cirúrgico diário (estéril úmido e não aderente sobre a lesão – SF 0,9%);
ONFALOCELE
É um defeito congênito onde a parede abdominal anterior é desprovida de
revestimento músculo-aponeurótico e cutâneo de extensão variável. As vísceras
abdominais se herniam pela base do cordão umbilical. Normalmente estão cobertas pelo
peritônio e pelos vasos umbilicais. Tanto artérias e veias emergem na parte central do
defeito. O tamanho e o conteúdo desta “massa” de órgãos varia. O abdome é menor que
o habitual tornando a reposição das vísceras bastante difícil.
ONFALOCELE ROTA
Uma onfalocele rota é uma complicação rara, assemelhando-se à gastrosquise,
exceto pela presença do fígado e pela inserção do cordão umbilical. No centro da massa.
A placenta não mostra alterações e, ocasionalmente, detectamos a polidramnia.
Tratamento
Correção cirúrgica. Nos defeitos pequenos e moderados pode ser mobilizada a
pele do abdômen e tórax, sendo feita a sutura sobre a membrana que cobre a onfalocele,
491
criando-se uma eventração abdominal que posteriormente será corrigida.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
• Proteger o conteúdo externo, coberto com compressas estéreis umedecidas com
soro fisiológico ou utilizar um tipo de bolsa de plástico transparente, esterilizada.
Tipos de cobertura protetora (PVC; saco estéril);
• Manter acesso venoso pérveo – garantir acesso venoso central de qualidade para
administração de drogas vasoativas (epicutâneo ou umbilical);
• Monitorar sinais vitais, diurese, balanço hídrico horário, pressão arterial invasiva
(cateter umbilical arterial) e não-invasiva; Instalar protocolo de intervenção
mínima
GASTROSQUIISE
É um defeito congênito da parede abdominal, onde o intestino delgado, porção do
estômago e cólon proximal exteriorizam-se por uma abertura lateral normalmente à
direita do cordão umbilical, não possuindo revestimento. Sem comprometimento do
cordão umbilical.
492
Fatores de risco
• Baixa idade materna: < 20 anos 11x
• Raça branca
• Álcool
• Tabagismo 4x
Patogênese
• Não há etiologia definida.
• comprovada.
Diagnóstico pré-natal
• US
493
• 18º a 22º semanas.
Tratamento
O tratamento visa prevenir a infecção, prover nutrição e fechar cirurgicamente o
defeito. Dependendo do tamanho do defeito, o fechamento pode ser feito de imediato.
Nos casos em que não é possível pelo fato do conteúdo externo ser muito, utiliza-se uma
bolsa de plástico tipo de silicone, onde o conteúdo abdominal externo é colocado e a base
desta bolsa suturada no abdômen, mantendo o conteúdo estéril e a temperatura e a
umidade constante.
Diariamente o conteúdo intestinal exterior é pressionado para dentro da cavidade
abdominal pelo cirurgião, através da diminuição do espaço interno da bolsa, até que todo
o conteúdo seja colocado dentro da cavidade abdominal.
ESPINHA BÍFIDA
Falha do fechamento da coluna espinhal, devido a anomalias do desenvolvimento da
vértebra. A falha do fechamento pode ocorrer em qualquer nível, porém é mais comum
na região lombossacra da coluna.
CLASSIFICAÇÃO:
• Espinha bífida oculta
MIELOMENINGOCELE E MENINGOCELE
É uma malformação congênita que ocorre na coluna vertebral durante o primeiro mês
de gravidez, quando o feto ainda não está formado.
O defeito pode ser recoberto por pele essencialmente normal (espinha bífida oculta),
ou associar-se com uma protrusão cística, podendo conter meninges anormais e líquido
cefalorraquidiano - meningocele; ou elementos da medula espinhal e/ou nervos -
mielomeningocele.
A maioria das mielomeningoceles localiza-se na área lombar e na área lombossacra.
A causa ainda não foi totalmente esclarecida. Sabe-se que o uso de algumas medicações,
o ambiente e fatores genéticos estão envolvidos.
Consequências:
• A hidrocefalia ocorre em 90% dos casos.
494
• Deformidades de membros inferiores em alguns casos.
Tratamento:
Mieolomeningocele – tratamento cirúrgico para fechamento da coluna
Refluxo Gastroesofágico
O refluxo gastresofágico pode ser definido como uma disfunção do esôfago distal,
causando um retorno frequente do conteúdo estomacal ao esôfago. É um disfunção do
esfíncter (cárdia) na junção entre esôfago e estômago. Passa a ser uma afecção cirúrgica
nos casos graves.
495
Quadro clínico:
Irritação com choro continuo e queda geral do estado;
Vômitos frequentes;
Perda de peso (desnutrição e desidratação);
Esofagite;
Pneumonia por aspiração;
Sono interrompido com frequência, movimentos de mastigação, alguns minutos
após a alimentação;
Anemia;
Diagnóstico
Quadro clínico;
RX contrastado
Endoscopia
Cintilografia
Estudo do pH
Prognóstico
Somente com o tratamento de posicionamento e medicações antirreflexo, 51%
melhoram os sintomas aos 10 meses de idade. São raros os casos que necessitam de
cirurgia.
Terapia de posicionamento: posicionar o recém-nascido em decúbito ventral com
a cabeceira de berço elevada num ângulo de aproximadamente 45° por uma hor e
meia a duas hora após a dieta.
496
Dieta fracionada: administrar em pequenos volumes com aumento de frequência,
engrossar a fórmula, alimentação via sonda jejunal: esta sonda passa pelo
estomago indo direto ao jejuno, permitindo assim que haja uma diminuição do
conteúdo gástrico e consequentemente uma diminuição dos episódios de vômitos.
Medicamentos: dá-se preferência combinação das medicações com o objetivo de
agilizar o esvaziamento gástrico e aumentar a motilidade do sistema
gastrointestinal.
Cirúrgico (Fundoplicação de Nissen): o procedimento cirúrgico consta de uma
técnica utilizada onde é feita uma diminuição do esfíncter gastroesofágico,
dificultando assim que ocorra vômitos e refluxo.
DESIDRATAÇÃO
É a deficiência de água e eletrólitos corpóreos por perdas superiores à ingesta devido:
Anorexia
Restrição hídrica
Perdas aumentadas gastrintestinais (vômito e diarréia)
Perda urinária (diurese osmótica,insuficiência renal crônica)
Perdas cutâneas e respiratórias (queimaduras e exposição ao calor).
Causas Desidratação
A mais frequente decorre de perdas gastrintestinais
A diarréia é a causa mais importante e responsável por óbitos em crianças
menores que 5 anos
Evolução prolongado e desfavorável:
Crianças sem aleitamento materno
Desnutridas
Imunodeprimidas
Doenças crônicas.
497
Diminuição da perfusão periférica
Pulso fino e rápido
DIARRÉIA AGUDA
A diarreia aguda é uma doença caracterizada pela perda de água e outros
componentes químicos fundamentais para o bom funcionamento do organismo.
Aumento de frequência e volume das evacuações, diminuição da consistência das
fezes, pela maior eliminação de água e eletrólitos.
OMS
Qualquer episódio de diarréia com duração menor que 14 dias.
• Diarréia aguda: até 14 dias (elevado risco de morte).
• Diarréia persistente: 14-30 dias.
• Diarréia crônica: maior 30
o Maior parte das vezes é causada pela contaminação da água ou dos alimentos.
o Crianças são suas maiores vítimas.
o Diarréia aguda é a maior causa da internação de crianças de até cinco anos
o A desidratação, sua pior consequência, é uma das principais responsáveis pelas
altas taxas de mortalidade infantil em nosso país.
Quadro Clinico
Padrão de evacuações:
• varia com a idade
498
• de indivíduo para indivíduo
• tipo de alimentação
As fezes são:
• líquidas,
• com alteração de cor,
• odor,
• presença ou não de muco, pus e sangue.
Quadro Clinico
Vômitos
Febre
Anorexia
Perda de peso
Dor abdominal
Alterações do humor
Alteração do estado de hidratação.
Tratamento
1. Prevenir ou tratar a desidratação
-Aumento da oferta hídrica.
- Terapia de Reidratação Oral (TRO)
Cuidados de enfermagem
-Repouso para reduzir o peristaltismo;
-realizar higiene a cada evacuação;
- Avaliar os doentes cada hora ou cada 2 em 2 horas para verificar se estão a tomar os
SRO corretamente e para monitorizar a perda de líquidos.
- Fazer uma reavaliação completa do estado de desidratação do doente ao fim de 4 horas
e seguir o plano de tratamento adequado para a desidratação do doente.
- Determinar a quantidade de SRO a administrar durante as primeiras 4 horas
DESNUTRIÇÃO:
É uma condição em que ocorrem problemas de saúde como resultado de uma ...
Existem dois tipos principais de subnutrição: desnutrição proteico-energética e
desnutrição causada por deficiências dietéticas.
499
Distúrbios Respiratórios Prevalentes na Infância
São as doenças mais frequentes durante a infância, acometendo um número elevado
de crianças, de todos os níveis sócio-econômicos e por diversas vezes.
Bronquiolite
A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos, uma das regiões mais profundas das vias aéreas
dos pulmões.
A bronquiolite é habitualmente causada por uma infecção viral e acomete, principalmente, crianças
com menos de 2 anos. A bronquiolite – inflamação dos bronquíolos – se traduz clinicamente por
broncoespasmo (chiado no peito) e tosse com expectoração. A bronquiolite é habitualmente causada por
uma infecção viral, na maioria dos casos por uma vírus chamado Vírus sincicial respiratório (VSR).
Outros vírus também podem ser os responsáveis, como Rinovírus, Influenza, Parainfluenza e
Adenovírus. A transmissão é feita de forma semelhante a qualquer outra virose respiratória, como gripes e
resfriados.
A bronquiolite é uma infecção altamente contagiosa, que ataca preferencialmente crianças
menores de 2 anos. Os bebês com menos de 6 meses são as principais vítimas.
Prematuridade.
Baixo peso ao nascer.
Idade inferior a 3 meses.
Crianças com doença pulmonar, neurológica ou cardíaca prévia.
500
Imunodeficiência.
Fumo passivo.
Frequentar creche.
Ter irmãos mais velhos que frequentemente trazem infecções respiratórias para casa.
Morar em casa amontoado com muitas pessoas.
Ambientes frios (o vírus costuma circular com mais facilidade no inverno).
SINTOMAS DA BRONQUIOLITE
O período de incubação do VSR costuma ser de 2 a 5 dias. Os primeiros sintomas são inespecíficos,
típicos de qualquer resfriado, com coriza, espirros, tosse e febre baixa. Na maioria das crianças, o vírus fica
restrito às vias aéreas superiores e o quadro não evolui muito a partir daí. Nas crianças mais novinhas,
porém, o vírus pode alcançar áreas mais profundas da árvore respiratória, atacando os brônquios e
bronquíolos, levando à bronquiolite.
Recusa alimentar.
Cansaço para mamar.
Letargia e sonolência.
Broncoespasmo (chiado no peito).
Tosse persistente, que pode durar por mais de 2 semanas.
Em crianças menores de 2 meses um dos sintomas da bronquiolite pode ser pausas respiratórias (apneia)
de até 20 segundos.
Na maioria dos casos, a bronquiolite é uma doença autolimitada, com resolução espontânea após
alguns dias. O pico dos sintomas costuma ocorrer entre 5 a 7 dias. A recuperação completa geralmente se
dá em 1 ou 2 semanas, mas pode demorar até 4 semanas em alguns casos.
Os casos mais graves são aqueles em que o bebê apresenta dificuldade respiratória, principalmente
quando há sinais de esforço para respirar. Em geral, apenas 3% dos casos precisam de hospitalização.
DIAGNÓSTICO DA BRONQUIOLITE
501
O diagnóstico da bronquiolite é clínico, baseado nos sintomas e no exame físico. Na maioria dos
casos, não há necessidade de exames laboratoriais ou radiológicos.
TRATAMENTO DA BRONQUIOLITE
Por segurança, todo bebê menor que 6 meses com quadro de infecção respiratória deve ser avaliado
pelo pediatra.
PNEUMONIAS
Pneumonia, uma inflamação do parênquima pulmonar, é comum na infância, mas
ocorre com mais frequência na primeira infância. Clinicamente, a pneumonia pode
ocorrer como uma doença primária ou como uma complicação de outras doenças. O
agente causal é inalado diretamente para o interior dos pulmões ou chega até eles através
da corrente sanguínea.
Sinais Gerais da Pneumonia
• Febre – Geralmente alta
• Tosse – Não produtiva a produtiva com secreção esbranquiçada
• Taquipnéia
• Sons respiratórios – Crepitações, diminuição dos sons respiratórios, estertores
• Hipotimpânico à percussão
• Dor torácica
• Retrações
• Batimento de aletas nasais
• Palidez ou cianose (dependendo da gravidade)
• Radiografia de tórax – Infiltração difusa ou localizada com distribuição
peribrônquica
• Comportamento – Irritabilidade, inquietação, mal- estar, letargia
• Gastrointestinal – Anorexia, vômito, diarreia, dor abdominal
A maioria das crianças mais velhas com pneumonia pode ser tratada no domicílio se
o diagnóstico e o tratamento forem realizados precocemente. A administração de
antibiótico, o repouso, a ingesta livre de líquidos e o uso de antitérmicos são as principais
medidas terapêuticas.
Cuidados de Enfermagem
Primariamente de suporte e sintomáticos, mas necessitam de avaliação respiratória
minuciosa e administração de oxigênio suplementa (se necessário), líquidos e
antibióticos. A frequência respiratória da criança, o ritmo e a profundidade, a oxigenação,
a disposição geral e o nível de atividade devem ser avaliados frequentemente. Para
prevenir a desidratação, líquidos intravenosos são administrados frequentemente na fase
aguda
502
OTITE MÉDIA
A otite média (OM) é uma das doenças mais prevalentes na primeira infância. Sua
incidência é mais alta nos meses de inverno. Muitos casos de OM bacteriana são
secundários a uma infecção respiratória viral.
Os dois vírus que têm maior relação com a ocorrência de OM são o vírus sincicial
respiratório e o influenza. A maioria dos episódios de otite média aguda (OMA) ocorre
nos primeiros 24meses de vida, mas a incidência diminui com a idade, exceto por um
pequeno aumento entre 5 e 6 anos de idade, quando a criança entra na escola. A OM não
é frequente em crianças com mais de 7 anos de idade. Os meninos em idade pré- escolar
são mais afetados que as meninas da mesma idade. As crianças que possuem irmãos ou
pais com história de otite média crônica (OMC) têm maiores chances de desenvolver OM.
Otite média (OM) – Inflamação do ouvido médio sem referência de etiologia ou
patogênese.
Otite média aguda (OMA) – Inflamação do espaço do ouvido médio com início rápido
de sinais e sintomas de infecção aguda – ou seja, febre e otalgia (dor de ouvido)
Otite média com efusão (OME) – Líquido no espaço do ouvido médio sem sintomas de
infecção aguda
Conduta Terapêutica
O tratamento da OMA é uma das razões mais comuns para o uso de antibióticos
no ambulatório. Contudo, recentemente, preocupações com a resistência do
503
Streptococcus pneumonia e a alguns antibióticos têm levado as autoridades em doenças
infecciosas a recomendarem o uso criterioso e cuidadoso de antibióticos no tratamento
dessa enfermidade.
Considerações de Enfermagem
Os objetivos dos cuidados de enfermagem para as crianças com OMA incluem:
• Aliviar a dor,
• Facilitar a drenagem quando possível,
• Prevenir as complicações e a recorrência,
• Educar a família para o cuidado da criança e
• Fornecer apoio emocional à criança e à família.
DESAFIO:
• Permitir que os pais/responsáveis fiquem ao lado dos filhos durante a
hospitalização e procedimentos.
• Avaliar os hábitos de vida da criança em casa de modo a promover um ambiente
doméstico no hospital.
• Familiarizar a criança/família sobre as instalações da enfermaria.
• Estimular o auto-cuidado.
• Permitir e orientar que a criança/família participe de cuidados e/ou
procedimentos.
• Criar ambiente agradável e amistoso.
• Ter um local reservado para procedimentos dolorosos.
• Cuidado com acidentes.
• Buscar apoio da psicopedagogia hospitalar:
• Propiciar atividades de acordo com a etapa de desenvolvimento da criança.
• Oferecer oportunidades recreativas para as crianças e sua família.
• Escuta terapêutica para crianças e sua família.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
504
Intramuscular
Material: Seringa, agulha 13x4, 5, algodão seco e com solução antisséptica, luvas de
procedimento, medicamento prescrito.
Técnica: Reunir o material, lavar as mãos, calçar as luvas, fazer a desinfecção da ampola
ou frasco-ampola, aspirar em seringa o medicamento e trocar a agulha, selecionar o local
para aplicação, vasto lateral da coxa na face anterolateral, no terço médio, pinçar o
músculo com dedo indicador e polegar, introduzir a agulha em direção ao joelho, tracionar
o embolo para certificar que não puncionou um vaso, administrar o medicamento, retirar
a agulha e pressionar o local com algodão seco.
Intravenosa
505
Ao serem administrados medicamentos intravenosos, devem ser levados em
consideração a osmolaridade e o pH da solução, bem como a compatibilidade das
medicações quando administradas juntas.
Algumas medicações, quando adicionadas ou administradas juntas, podem ser
incompatíveis, causando precipitação da substancia.
A fixação do cateter periférico venoso e importante para prevenir seu deslocamento
fácil e permitir boa visualização do local, evitando que passem despercebidos irritação,
flebite e extravasamento do medicamento ou solução. Para a prevenção de contaminação
no local de inserção do cateter, recomenda-se a utilização de adesivo estéril transparente
(Tegaderm®), o qual deve cobrir o cateter do local de inserção até onde será feita a
conexão com a extensão.
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