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03/02/2021

INTRODUÇÃO
COLETA E PREPARAÇÃO DE
AMOSTRAS

EARTE Prof. Patrício Pires – patricio.pires@gmail.com

Introdução
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 Material didático
 Slides (e-mail).
◼ Material didático deste semestre atualizado. Não usar slides de
semestres anteriores.
 Apostila (*xerox).
◼ Apostila UFES (Prof. Reno) e outras de domínio público na internet.
 Livros:
◼ Experimental Soil Mechanics. Jean-Pierre Bardet.(*procedimentos
experimentais)
◼ Fundamentos de Geotecnia. Braja Das.(*conceitos)
 Normas (e-mail)
◼ http://ipr.dnit.gov.br/
◼ www.abnt.com.br/

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Coleta e preparação de amostras


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 Normas
Número Nome Obs.
NBR-6502 Rochas e solos Terminologia
NBR-13441 Rochas e solos Simbologia
NBR-2395 Peneiras de ensaio de peneiramento Vocabulário
NBR-5734 Peneiras de ensaio Especificações
NBR-9604 Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas

NBR-9941 Redução de amostras de campo de agregados para ensaios de laboratório


NBR-6484 Solo – Sondagem de simples reconhecimento com SPT – Método de Ensaio
NBR-8036 Programação de sondagens de simples reconhecimento para fundações de edifícios
NBR-7250 Identificação e descrição de amostras de solos obtidas em sondagens de simples reconhecimento dos solos

NBR-9820 Coleta de amostras indeformadas de solos de baixa consistência em furos de sondagem


NBR-6457 Amostras de Solo – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização
ASTM-2488 Standard Practice for Description and Identification of Soils (Visual-Manual Procedure)

Tipos de solo
O Senhor Deus formou, pois, o
homem do barro da terra ...
Gênesis 2:7
 Desde cedo
aprendemos que
o homem veio do
Barro, SOLO.
 Sabemos que de
fato somos muito
diferentes!!!!
 Da mesma forma
são os solos.

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Solo
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Os solos são problemáticos? O autor tem o prazer em examinar,


ensaiar e usá-los. Eles se comportam de uma forma racional, certamente
mais racionalmente que muitas pessoas. Eles permitem a construção de
edifícios, infraestrutura, diques para a canalização de rios e sistemas de
proteção contra enchentes, barragens para geração de energia dentre
muitas aplicações de engenharia.
De uma forma geral eles se comportam corretamente. Depende de
nós entender o comportamento deles e ajustar nossos requerimentos,
ou modificar o comportamento do solo por meio de técnicas de
melhoramentos de solos.
Serge Leroueil (2001)
UNIVERSITÈ LAVAL, QUEBEC

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GEOTECNIA

Toda obra ao nosso redor é


suportado por solo/rocha.
Qualquer coisa que não seja
suportada por solo/rocha, ou flutua
ou voa ou cai.
F. Marinho
USP-SP

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Obras Lineares???
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1. TUBULAÇÕES
2. ESTRADAS
3. FERROVIAS
4. LINHAS DE TRANSMISSÃO
5. TUNÉIS

Adutora Gandu-REDUC / “água pesada”

CESAN

Obras Lineares???
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Gandu-REDUC

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Obras Lineares???
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Gandu-REDUC

Obras da BR-101 ES – Anchieta.


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CARACTERIZAÇÃO DA SUBSUPERFÍCIE NA
TRANSIÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO BARREIRAS E
DEPÓSITOS QUATERNÁRIOS EM VITÓRIA– ES.
Agna Aliny Mariano dos Santos
Lucas Oliveira Bridi

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CARACTERIZAÇÃO DA SUBSUPERFÍCIE NA TRANSIÇÃO


ENTRE A FORMAÇÃO BARREIRAS E DEPÓSITOS
QUATERNÁRIOS EM VITÓRIA– ES.
Agna Aliny Mariano dos Santos
Lucas Oliveira Bridi

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A área de estudo é coberta por Depósitos Fluviais Argilo-


arenosos e Arenosos recentes (Depósitos Quaternários).
Fonte: Modificado de CPRM (2013).

Fonte: Modificado de Carta Geotécnica de Vitória - Projeto


MAPENCO (2014)

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CARACTERIZAÇÃO DA SUBSUPERFÍCIE NA
TRANSIÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO BARREIRAS E
DEPÓSITOS QUATERNÁRIOS EM VITÓRIA– ES.
Agna Aliny Mariano dos Santos
Lucas Oliveira Bridi

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Modelo NSPT

Modelo Litológico

CARACTERIZAÇÃO DA SUBSUPERFÍCIE NA
TRANSIÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO BARREIRAS E
DEPÓSITOS QUATERNÁRIOS EM VITÓRIA– ES.
Agna Aliny Mariano dos Santos
Lucas Oliveira Bridi

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CARACTERIZAÇÃO DA SUBSUPERFÍCIE NA
TRANSIÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO BARREIRAS E
DEPÓSITOS QUATERNÁRIOS EM VITÓRIA– ES.
Agna Aliny Mariano dos Santos
Lucas Oliveira Bridi

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TIPOS DE SOLOS

 Com base na origem


os solos podem ser:

Cariacica-ES
 Residuais

 Transportados

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Iraúnas-ES

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Engenharia Geotecnica/Mec. Solos

Na Engenharia Civil rochas e solos constituem os


elementos onde são instaladas as obras de engenharia.

Túnel Rebouças
Túnel dos Gaviões

ROCHA

Engenharia Geotecnica/Mec. Solos

SOLO/ROCHA

Furo direcional GASDUC III

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Classificação geológico-geotécnica de solo -


“propriedades tecnológicas”

Amostragem

Caracterização

Ensaios especiais

Propósito de uma investigação


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 Quase tudo que se sabe sobre o comportamento dos solos foi


aprendido através de ensaios de laboratório.
John Atkinson

1. Descrição e classificação
Deu problema? 2. Comportamento mecânico
3. Parâmetros de projeto

Ensaios ruins / Investigação ruim

? Solos problemáticos

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Propósito de uma investigação


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PARÂMETRO DO SOLO
?
PREVISÃO DE COMPORTAMENTO

REPETIÇÃO DAS PROPRIEDADES IN SITU.

DUTO

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Adaptado de Prof. Mário Henrique Furtado Andrade

Patrício Pires

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DUTO

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Minuciosos,
meticulosos

??????
 Prof. Mário Henrique Furtado Andrade
Adaptado de Prof. Mário Henrique Furtado Andrade

Patrício Pires

Coleta e preparação de amostras


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Em qualquer tipo de investigação de campo o engenheiro geotécnico não deve


perder a oportunidade de:
•Identificar tátil visualmente o solo obtido nos furos realizados
•Recolher amostras para determinação do teor de umidade
•Registrar as mudanças observadas no perfil de solo
•Registrar o nível de água local

Outros aspectos importantes são:


•Obtenção de amostras indeformadas para eventuais ensaios de laboratório
•Obtenção de amostras para identificação de eventual contaminação do solo.

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Coleta e preparação de amostras


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 Amostras Indeformadas  Amostras deformadas (amolgadas)

Coleta e preparação
de amostras
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Coleta e preparação de amostras


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 Amostras deformadas (amolgadas)
 Amostras Indeformadas
 Não preserva a estrutura do esqueleto do
solo;  Preserva a estrutura do solo;
 Não preserva as condições de umidade  Preserva as condições de umidade do
(pode-se determinar a umidade in situ ou campo;
coleta em recipiente adequado)

Aterro
Subestação da Light – Santa Cruz -RJ

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Coleta e preparação de amostras


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 Amostras Deformadas
 Coletada nos pontos de interesse;
 Coletar amostras dos diferentes tipos de solos que
forem detectados no local de estudo;
 Coleta em quantidade variável em função da
necessidade;
 Acondicionadas em sacos ou recipientes adequados;
 Identificação (nome da obra, local, número do “poço”,
data, locação em planta, responsável e etc.
 Para amostras que devem ser mantidas a umidade
natural acondicionar em recipiente plástico, vidro ou
alumínio hermeticamente fechados;

Coleta e preparação de amostras


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 Amostras Indeformadas
 Pode ser retirada de um poço, trincheira ou de um talude de corte;
 1 - eEstime
Formato do bloco 0,15m de aresta, no mínimo, 0,40ma massa de umno
de aresta, bloco de ou
máximo
solo com 40cm de aresta?
em tubos amostradores;
 A partir de 0,10m da face do bloco deve-se ter o cuidado para não danificar o
bloco;
 Identificar o topo;
 Depois de talhar o bloco, envolver o bloco com filme plástico, papel alumínio,
tecido em algodão e em seguida “parafinar” todo o bloco;
 Identificação (nome da obra, local, número do “poço”, data, locação em planta,
responsável e etc;
 Orientação (montante, jusante, norte, sul, etc);
2 - Para blocos abaixo do NA?
 Profundidade do topo e da base do bloco;
 Transportar para o laboratório evitando vibrações e choques ao bloco.

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Coleta e preparação de amostras


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Amostras Deformadas

solo sedimentar
Fr. Barreiras
Miranga - BA
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Coleta e preparação de amostras


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Amostras Indeformadas
solo residual
Campo grande - Cariacica

Coleta e preparação de amostras


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solo residual Amostras Indeformadas


Campo grande - Cariacica

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Coleta e preparação de amostras


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solo residual Amostras Indeformadas


Campo grande - Cariacica

Coleta e preparação de amostras


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solo residual Amostras Indeformadas


Campo grande - Cariacica

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Coleta e preparação de amostras


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solo residual Amostras Indeformadas


Campo grande - Cariacica

Coleta e preparação de amostras


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solo residual Amostras Indeformadas


Campo grande - Cariacica

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Coleta e preparação de amostras


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solo residual Amostras Indeformadas


Campo grande - Cariacica

Coleta e preparação de amostras


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3 - Para um solo sedimentar há


necessidade de orientação
do topo bases?

Solo coluvionar
Campus da PUC-Rio - 2005
Amostras Indeformadas

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solos residuais
Duque de Caxias
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Geotecnia na Arquitetura Araruna (2006)

solos residuais
Cachoeiras de Macacu-RJ
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Coleta e preparação de amostras


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Coleta e preparação de amostras


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 Coleta de amostras indeformadas de solos de


baixa consistência em furos de sondagem
 Condições gerais
◼ Amostrador tubular de parede fina;
◼ Paredes internas e externas lisas, livre de ferrugem e
poeira;
◼ Diâmetro mínimo de 100mm e em condições excepcionais
75mm;
◼ O comprimento do tubo deve está entre 6 e 10 vezes o
diâmetro do amostrador;
◼ Pode ser amostrador tipo de tubo aberto, composto ou
pistão estacionário;

Coleta e preparação de amostras


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 Coleta de amostras indeformadas de solos de


baixa consistência em furos de sondagem
 Condições gerais

◼ Índice de área ( (D22 – D12 )/ D12 ) não deve exceder ?e


a relação folga ((D3 – D1)/ D1) interna entre ?
4 – Razão de área e relação
folga ideal por norma?

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Coleta e preparação de amostras


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 Coleta de amostras indeformadas de solos de


baixa consistência em furos de sondagem
 Condições gerais
◼ Amostrador é cravado no solo na cota desejada a uma
velocidade de 15cm/s a 30cm/s;
◼ Cravar o amostrador sem interrupções ou rotações;
◼ Penetrar no máximo o seu comprimento útil;
◼ Aguardar 10 minutos após a cravação e girar a
composição para destacar a amostra do terreno (cisalhar)

Amostrador: Tubo Aberto


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 Minimiza a entrada
de água e amostra
amolgada no
interior do tubo;
 Tipos
◼ A)parede grossa
◼ B)composto
◼ C)parede fina

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Amostrador: Pistão Estacionário


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 Impede a entrada
de água e solo
amolgado no
interior do tubo;
 Pode ser cravado
sem perfuração
prévia;
 Melhor qualidade
das amostras.

Coleta e preparação de amostras


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 Coleta de amostras indeformadas de solos de


baixa consistência em furos de sondagem
 Após a coleta deve-se lacrar as extremidades dos
tubos com parafina para assegurar as condições de
umidade.
 No transporte toma-se cuidado com choque e queda
das amostras.

5 – Considerando a retirada de amostra


do tudo shelby por extrusão. Qual a
recomendação a respeito do sentido
da retirada da amostra do tubo shelby?

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Coleta e preparação de amostras


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 Tubo Shelby

Coleta e preparação de amostras


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 Tubo Shelby

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Retirada de “Shelby”
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Vale do Campo Grande Leste


Oeste Equipamento de cravação

Retirada de “Shelby”
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Retirada de “Shelby”
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Shelby
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Retirada de “Shelby”
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Retirada de “Shelby”
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Retirada de “Shelby”
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Retirada de “Shelby”
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Retirada de “Shelby”
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Exemplo de Planejamento de utilização das


amostras (unidades amostrais)

Reduzir para
Se região 80mm
pertubada >
100mm

Fonte: Silvia Polido

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Critérios de qualidade de amostras de argilas


Razão de ∆e∕e0
Autor sobreadensamento Excelente a Boa a
(OCR) Ruim Muito Ruim
Muito Boa Regular

Lunne et al (1997 1-2 < 0,04 0,04 – 0,07 0,07 – 0,14 > 0,14
apud LUNNE,
2006) 2-4 < 0,03 0,03 – 0,05 0,05 – 0,10 > 0,10

Sandroni (2006) <2 < 0,03 0,03 – 0,05 0,05 – 0,10 > 0,10

Coutinho (2007) 1 – 2,5 < 0,05 0,05 – 0,08 0,08 – 0,14 > 0,14

Onde ∆e é a variação do índice de vazios dados por ∆e=e0-e(σv0), sendo: e0 – índice de


vazios inicial da amostra; e(σv0) - índice de vazios correspondente ao nível de tensão efetiva
de campo.

Nota: segundo Almeida e Marques (2010), o critério de Coutinho (2007) é considerado mais
adequado as argilas brasileiras.

Coleta e preparação de amostras


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 Amostrador ambiental ou Amostrador com liner:


 Amostras “indeformadas”;
 Livre de contaminação por quaisquer tipo de contato;

 Preservação da umidade e estrutura natural;

 De fácil retirada;

 Obtenção de parâmetros de amostras arenosas;

 Fácil amostragem;

 Excelente para composição de estratigrafia;

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Coleta e preparação de amostras


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 Amostrados ambiental ou Amostrador com liner

Coleta e preparação de amostras


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 Amostrador ambiental ou Amostrador com liner

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Coleta e preparação de amostras


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 Amostrados ambiental ou Amostrador com liner

Amostragem em campo
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Coleta e preparação de amostras


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 Amostrador ambiental ou Amostrador com liner

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Coleta e preparação de amostras


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 Amostrador ambiental ou Amostrador com liner

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Composição de
estratigrafia

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Amostrador ambiental ou Amostrador com liner


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Composição de estratigrafia

Sondagem a Percussão SPT


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Sondagem rotativa
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Pesquisar sobre nomenclatura de revestimento,


haste e coroas para os sistema W, Q e X?
Qual diferença do sistema W e X?

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Sondagem rotativa
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Sondagem rotativa
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Sondagem rotativa
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Sondagens a trado
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Coleta e preparação de amostras


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 NBR 6502 –
Rochas e Solos:
Terminologia

Coleta e preparação de amostras


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 NBR 6502 –
Rochas e Solos:
Terminologia

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Coleta e preparação de amostras


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 NBR 13441 –
Rochas e
Solos:
Simbologia

Coleta e preparação de amostras


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 NBR 13441 –
Rochas e
Solos:
Simbologia

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Coleta e preparação de amostras


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NBR-6457 - Amostras de Solo – Preparação para
ensaios de compactação e ensaios de
caracterização
Item 5- Preparação para ensaio de caracterização
 Sem secagem prévia;

 Com secagem prévia;

◼ Por
quarteamento ou com repartidos de amostras reduzir até
a quantidade requerida para o ensaio;

Coleta e preparação de amostras


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 Com secagem prévia;


◼ Por
quarteamento ou com repartidos de amostras reduzir até
a quantidade requerida par o ensaio;
◼ Granulometria:

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Coleta e preparação de amostras


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Repartido de amostra (quarteador)


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Coleta e preparação de amostras


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 Com secagem prévia;


◼ Amostras secas até próximo a umidade higroscópica;
◼ Por
quarteamento ou com repartidos de amostras reduzir até
a quantidade requerida par o ensaio;
◼ Granulometria;
◼ De acordo com a tabela 3(NBR-6457)

◼ Limite de liquidez e plasticidade;


◼ 200g do material que passa na #0,42mm Nº40.

◼ Massa específica dos grãos;


◼ 500g do material que passa na #4,8mm Nº4 ou na #2,0mm

Nº10.
▪ #2,0mm Nº10 destinados a cálculo do ensaio de sedimentação.

Granulometria – percentagem das frações dos tipos de


solo?
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Argila

Silte

Areia

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Limites de consistência
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