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790/0001-95
ABNT
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Procedimento
1.2 Esta Norma se aplica a paredes constituídas por NBR 7200 - Revestimento para paredes e tetos com
concreto moldado no local, por painéis pré-moldados de argamassas - Materiais, preparo, aplicação e manu-
concreto e por alvenarias de tijolos maciços cerâmicos, tenção - Procedimento
blocos cerâmicos, blocos vazados de concreto simples e
blocos sílico-calcáreos. NBR 7211 - Agregados para concreto - Especificação
2 NBR 8214/1983
Fresta regular entre dois componentes distintos. Pode-se empregar água potável retirada de poço ou
fornecida pela rede de abastecimento público; águas não
3.3 Junta de assentamento potáveis devem atender ao disposto na NBR 6118.
b) o diâmetro máximo característico do agregado 4.1.2.2.1 O cimento e a cal devem ser armazenados em
miúdo deve ser: locais suficientemente protegidos da ação das intem-
péries e da umidade do solo, e devem ficar afastados de
- menor ou igual a 4,8 mm para chapisco; paredes ou tetos dos depósitos.
- menor ou igual a 2,4 mm para emboço e ar- 4.1.2.2.2 A cal virgem para construção ao ser recebida em
gamassa de assentamento. obra deve ser imediatamente extinta.
1)
Face à inexistência no momento de normas brasileiras relativas a estes produtos, os mesmos podem ser empregados, desde que
satisfaçam ao disposto em 4.3.5, seja comprovada sua adequação por laboratório nacional idôneo e que sua utilização seja
autorizada pela Fiscalização.
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4.1.2.2.3 Não se recomenda a formação de pilhas com Na3PO4 para cada litro de água) ou com solução de hipo-
mais de 15 sacos de cimento, quando o período de arma- clorito de sódio (4 a 6% de cloro ativo), seguindo-se com
zenamento for de até 15 dias, e com mais de 10 sacos, lavagem abundante com água limpa.
quando o período de armazenamento for superior a
15 dias. 4.2.2 Preparo da superfície
4.1.2.3 Areia
4.2.2.1 As superfícies lisas, pouco absorventes ou com
absorção heterogênea de água devem ser preparadas
A areia deve ser estocada em local limpo, de fácil dre- previamente ao assentamento de azulejos com arga-
nagem e sem possibilidade de contaminação por ma- massa tradicional ou à execução de camada de regula-
teriais estranhos que venham a prejudicar sua qualidade; rização, mediante a aplicação uniforme de chapisco no
na armazenagem deve-se evitar a mistura de areias com traço 1:3 ou 1:4 (cimento e areia, em volume). As super-
diferentes granulometrias. fícies de concreto podem, opcionalmente, ser picotadas.
4.1.2.4 Adesivos 4.2.2.2 O desvio de prumo das paredes não deve exceder
H/600, sendo H a altura total considerada. Caso contrário,
Os adesivos com e sem cimento devem ser armazenados deve ser executada camada de regularização sobre a
em suas embalagens originais, hermeticamente fecha- superfície preparada de acordo com 4.2.1 e 4.2.2.1 e pre-
das, em locais secos e frescos, ao abrigo das intempéries. viamente umedecida conforme procedimento descrito em
Devem ser seguidas as instruções do fabricante quanto 4.2.2.2.1 e 4.2.2.2.8.
ao período máximo de armazenamento.
4.2.2.2.1 A camada de regularização deve ser executada
4.2 Superfície de aplicação com a máxima antencedência possível, com vistas a ate-
nuar-se o efeito da retração da argamassa sobre o reves-
Deve ser convenientemente preparada para o recebi- timento, empregando-se argamassa mista de cimento,
mento da camada de assentamento ou da camada de cal e areia com traços, em volume, podendo variar de
regularização; de maneira geral, a superfície a ser reves- 1:1:6 a 1:2:9, no caso de utilização de cal hidratada e
tida não deve apresentar áreas muito lisas ou muito úmi- 1:0,5:6 a 1:1,5:9, quando do emprego de pasta de cal ex-
das, pulverulência, eflorescência, bolor ou impregnações tinta em obra.
com substâncias gordurosas. Os serviços de revestimento
somente devem ser iniciados se: 4.2.2.2.2 No caso de empregar-se argamassa com traço
distinto ao citado em 4.2.2.2.1, recomendam-se:
a) as canalizações de água e esgoto estiverem ade-
quadamente embutidas, se for o caso, e ensaiadas
a) a relação entre o volume de agregado e o volume
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quanto à estanqueidade;
de cimento não deve ser superior a 9;
4 NBR 8214/1983
sidade de regularização com maior espessura, esta deve régua sobre duas mestras consecutivas, conforme in-
ser executada em duas ou mais camadas, obedecendo dicado na Figura 2.
ao seguinte:
4.2.2.2.8 O acabamento da superfície da camada de re-
gularização deve ser áspero.
a) o acabamento da superfície da camada executada
deve ser adequadamente áspero; se necessário, 4.3 Revestimento
a superfície deve ser escarificada;
4.3.1 Disposição de assentamento
b) a argamassa deve estar adequadamente endu-
Quanto à forma de aplicação, os azulejos podem ser
recida e a superfície deve ser umedecida antes da
assentados em diagonal (a), com junta a prumo (b) ou
execução da camada subseqüente.
em amarração (c), conforme a Figura 3.
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1 Guias ou mestras
2 Argamassa lançada entre duas guias
Figura 3
6 NBR 8214/1983
Unid.: mm
110 x 110 1 2
110 x 220 2 3
150 x 200 2 3
200 x 200 2 4
4.3.2.2.1 As juntas de movimentação, longitudinais e/ou Não deve haver afastamento superior a 2 mm entre as
transversais, devem ser executadas nos seguintes casos: bordas de azulejos teoricamente alinhados e a borda de
uma régua com 2 m de comprimento, faceada com os
a) em paredes internas com área igual ou maior que ladrilhos extremos.
32 m2, ou sempre que a extensão do lado for maior
que 8 m; 4.3.5 Aderência
selante flexível, conforme indicado na Figura 4. b) sempre que a Fiscalização julgar necessário, con-
sideradas seis determinações de resistência de
4.3.2.2.3 A largura “ ” da junta (ver Figura 4) deve ser di- aderência, efetuadas nas condições descritas em
mensionada em função das movimentações previstas 6.2, após cura do material utilizado no assenta-
para a parede e da deformabilidade admissível do selante; mento (28 dias, caso possua cimento), pelo menos
como regra prática, e na inexistência de um dimen- quatro valores devem ser iguais ou superiores a
sionamento mais preciso, recomenda-se adotar para as 0,3 MPa (3,0 kgf/cm2).
juntas os valores indicados na Tabela 2 a seguir.
4.3.6 Proteção do revestimento ao calor
4.3.2.2.4 As juntas de movimentação podem ainda ser
executadas com tiras pré-formadas constituídas por ma- Os azulejos após assentamento devem ser protegidos
teriais resilientes; essas tiras devem ser colocadas du- de insolação direta ou de qualquer outra fonte de calor
rante o assentamento dos azulejos e devem ter confi- durante 72 h.
guração adequada para absorver as movimentações do 5 Condições específicas
revestimento de azulejo e propiciar estanqueidade à
junta. 5.1 Processo convencional de assentamento com
argamassa
4.3.3 Planeza
5.1.1 Preparo da superfície
4.3.3.1 Na verificação da planeza do revestimento de azu-
lejo, devem-se considerar as irregularidades graduais e A limpeza e o preparo da superfície devem ser efetuados
as irregularidades abruptas. conforme descrito em 4.2.
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5.1.4.2 Para garantir o prumo das fiadas verticais, deve- de cada vez, tomando-se como referência a linha esticada
se colocar, utilizando-se o mesmo procedimento indicado ou uma régua, empregando-se o procedimento descrito
em 5.1.4.1-a) a g), um azulejo-guia em cada extremidade em 5.1.4.1, conforme a Figura 7.
superior da parede, devidamente aprumado e nivelado
conforme mostra a Figura 6. 5.1.4.4 As juntas de assentamento e de movimentação,
5.1.4.3 Em seguida devem ser assentados os azulejos no se for o caso, devem ser executadas conforme previsto
espaço compreendido entre os azulejos-guia, uma fiada em 4.3.2.
Tabela 2 - Disposições construtivas das juntas de movimentação executadas com selantes flexíveis
≤ 3,0 8 8 10 8
4,0 10 8 12 8
5,0 12 8 15 10
6,0 12 8 15 10
7,0 15 10 - -
8,0 15 10 - -
(A)
Para as distâncias intermediárias, adotar os valores correspondentes ao limite imediatamente superior.
(a) (b)
Figura 5 - Detalhe da colocação da argamassa de assentamento sobre a face não vidrada do azulejo
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5.1.5 Rejuntamento dos azulejos 5.1.5.4 O excedente da pasta deve ser removido com pano
úmido, assim que iniciar o endurecimento, a fim de evitar
O rejuntamento dos azulejos deve ser iniciado após três a aderência da pasta à superfície do azulejo.
dias, pelo menos, de seu assentamento, verificando-se
5.2 Processo de assentamento com produtos pré-
previamente, por meio de percussão com instrumento
fabricados
não contundente, se não existe nenhum azulejo apresen-
tando som cavo; em caso afirmativo, devem ser removidos
A superfície a ser revestida deve estar limpa e preparada
e imediatamente reassentados. O rejuntamento deve ser
conforme descrito em 4.2.1 e 4.2.2.
realizado conforme descrito em 5.1.5.1 a 5.1.5.4.
5.2.1 Adesivos à base de cimento
5.1.5.1 Preparar pasta de cimento branco e alvaiade, na
proporção 3:1 em volume, caso se deseje rejuntamento 5.2.1.1 Preparação dos azulejos
na cor branca.
5.2.1.1.1 Os azulejos não precisam ser umedecidos antes
do assentamento; todavia devem ser mantidos à sombra
5.1.5.2 Umedecer as juntas de assentamento dos azulejos.
em local bem ventilado.
5.1.5.3 Aplicar a pasta de cimento branco e alvaiade em 5.2.1.1.2 O corte de azulejos deve ser efetuado conforme
excesso com auxílio de rodo e/ou espátula. descrito em 5.1.3.2.
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5.2.1.2 Preparação da argamassa ou adesivo à base de b) limpeza da superfície a ser revestida, prumo e pre-
cimento paro da superfície;
5.2.1.2.1 Preparar a argamassa adicionando-se água ao c) dosagem, mistura e tempo de validade das arga-
produto pré-misturado a seco, na proporção recomenda- massas;
da pelo fabricante. Misturar até obter-se uma argamassa
com consistência homogênea. d) execução do revestimento, verificação das dimen-
sões das juntas;
5.2.1.2.2 Manter a argamassa em repouso durante aproxi-
madamente 15 min, remisturando-a antes da aplicação. e) alinhamento das juntas, nivelamento e prumo do
revestimento de azulejo;
5.2.1.2.3 O emprego da argamassa deve ocorrer no máxi-
mo até 2,5 h após o seu reparo, ou conforme reco- f) rejuntamento e limpeza.
mendação do fabricante, sendo vedada a adição de água
ou de outros produtos neste período. 6.2 Verificação da resistência de aderência
5.2.1.3.1 Para a aplicação da argamassa sobre a superfície Para a determinação da resistência de aderência do re-
a ser revestida, deve ser utilizada desempenadeira metá- vestimento de azulejo, é necessária a aparelhagem cons-
lica que possa uma das arestas lisa e outra com dentes. tante em 6.2.1.1 e 6.2.1.2.
5.2.1.3.2 Estender a argamassa com o lado liso da de-
6.2.1.1 Equipamento de tração
sempenadeira formando uma camada uniforme de 3 a
4 mm, sobre uma área não superior a 1 m2. O equipamento deve permitir a aplicação lenta e progres-
siva da carga, possuindo articulação para assegurar a
5.2.1.3.3 Em seguida, aplicar a desempenadeira com o
aplicação do esforço de tração simples e dispositivo para
lado denteado sobre a camada de argamassa, formando
leitura da carga com capacidade igual ou superior a
sulcos que facilitarão o nivelamento e a fixação dos azu-
10000 N e resolução igual a 1% do fundo de escala.
lejos.
6.2.1.2 Suportes
5.2.1.3.4 O azulejo, seco e limpo, deve ser aplicado sobre
a camada de argamassa, fazendo-o deslizar um pouco
Consistem em placas metálicas de largura e comprimento
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NBR 8214/1983 11
6.2.3.3 A carga deve ser aplicada após cura do material 6.2.4 Resultados
utilizado no assentamento do azulejo, lenta e progres-
sivamente, sem interrupções, perpendicularmente ao cor- Para o conjunto de determinações realizadas devem ser
po-de-prova, de maneira a não introduzir esforços late- consignados os valores individuais da resistência de
rais, até o deslocamento do suporte. aderência, em MPa, juntamente com as informações
descritas a seguir:
6.2.3.4 Após o deslocamento, a superfície do suporte deve
ser examinada para verificação de eventuais falhas de a) ocorrência do deslocamento e/ou ruptura citado
aderência entre o adesivo usado e a superfície vidrada em 6.2.3.5-b), com as respectivas incidências
do azulejo. Caso sejam constatadas falhas desse tipo, o percentuais em relação à área do suporte;
resultado desta determinação deve ser desprezado e o
b) o sinal ≥ (maior ou igual) deve ser acrescentado à
procedimento repetido em outro corpo-de prova.
frente do valor da resistência de aderência, quando
não ocorrer o deslocamento total do azulejo (100%
6.2.3.5 Caso não haja falha de aderência do adesivo,
da área do suporte).
devem ser registrados:
7 Aceitação e rejeição
a) a resistência de aderência, em MPa, calculada
pela relação entre a carga necessária para o 7.1 O revestimento deve ser aceito se atender às pres-
deslocamento do suporte e a área do suporte; crições desta Norma.
b) ocorrência dos seguintes fenômenos com as 7.2 O revestimento mal executado, apresentando
respectivas incidências percentuais em relação à qualquer espécie de defeito, deve ser reexecutado ou
área do suporte: reparado.
- descolamento entre azulejo e argamassa ou ade- 7.3 Todo revestimento reexecutado ou reparado deve ser
sivo de assentamento; novamente submetido à Fiscalização para inspeção.
- descolamento entre a argamassa ou adesivo de 7.3.1 O revestimento deve ser aceito se os reparos efetua-
assentamento e a parede; dos colocarem-no em conformidade com o disposto nesta
Norma.
- ruptura da argamassa ou adesivo de assenta-
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