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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS CAPANEMA/CURSO DE AGRONOMIA


DISCIPLINA DE FISIOLOGIA VEGETAL

RELAÇÕES HÍDRICAS

Prof. Luana Luz


ÁGUA

Importância
97,3 salgada
100% da água do Planeta 2,0 gelo
2,7 doce 0,6 subterrânea
0,7 líquida
0,1 disponível

A agricultura consome Planta de 2kg de milho consome aproximadamente 200 kg


cerca de 70% da água de água durante seu ciclo, ou seja, utiliza somente 1% de
gasta pela população. água absorvida.
Importância

Reagente produto da atividade fotossintética

Meio de transporte de solutos e gases;

Reagente produto da atividade fotossintética;

Afeta o crescimento celular (expansão) e o crescimento vegetal;

Participa da abertura e fechamento estomático;

Afeta a translocação de fotoassimilados;

Participa da abertura e fechamento estomático;

Efeito de resfriamento, funcionando como tampão da temperatura;

Evita grande variação de pH celular (devido alto poder de diluição);

Elevado calor específico (alto reservatório de calor, alta absorção de radiação solar sem
elevar a temperatura a níveis letais a célula;

Alto calor latente (transpiração efeito refrigerante, ajuda na dissipação de calor absorvido
pela radiação.
Ciclo hidrológico

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Classificação das plantas quanto ao meio hídrico
e ao ambiente

Hidrófitas

Crescem totalmente ou parcialmente submersa na água (algumas pteridófitos e angiospermas);

Folhas finas (reduz resistência do fluxo de água);

Xilema pouco desenvolvido (sua sustentação depende principalmente da água).

Ex: Aguapé e Lótus

Higrófitas

Plantas terrestres de ambientes úmidos e sombreados (umidade relativa muito alta e solo muito úmido).
Ex.: musgos, hepáticas e algumas samambaias;

Eficientes na fotossíntese com baixa luminosidade;

Apresentam alta razão de área superfície/volume;

Podem resistem a dessecamento prolongado e reiniciando o crescimento após reidratação.


Classificação das plantas quanto ao meio hídrico
e ao ambiente
Mesófitas

Plantas que crescem geralmente em solos bem drenados e locais que sofrem grande variação na
umidade relativa do ar (maioria das espécies que ocorre em regiões tropicais e temperadas).

Cutícula bem desenvolvida;

Regulam a perda de água através da abertura e fechamento dos estômatos;

Sistema radicular extenso e xilema bem desenvolvido;

Muitas mesófilas são decíduas (época de inverno ou seca).

Xerófitas

Plantas de Caatinga, Savanas e Sertões. Encontram-se em lugares rochosos ou com escassez de água.
I. Fixação de Carbono a noite;
II. Sistema radicular profundo;
Desenvolvimento de
mecanismos de adaptação III. Cutícula de baixa permeabilidade;
IV. Armazenamento de água em cladódios (ramos achatados) ou
xilopódios (tubérculos lenhosos ou gramíferos).
A estrutura e as propriedades da água

Ligação covalente
Polaridade

Pontes de hidrogênio
Eletronegativamente
A estrutura e as propriedades da água
Calor
ALTO CALOR ESPECIFICO Substância
Específico(cal/g°C)

Alumínio 0,219

Calor necessário para aumentar a temperatura Água 1,000


Álcool 0,590

Calor específico é a quantidade calor necessária pra elevar em


Cobre 0,093

Chumbo 0,031
1ºC a temperatura de 1g de substância, sem que haja mudança Estanho 0,055
de estado físico. Ferro 0,119
Gelo 0,550
A combinação alto calor específico com alta condutividade Mercúrio 0,033

térmica capacita a água absorver e redistribuir energia Ouro 0,031

calórica sem elevar a temperatura. Prata 0,056

Vapor d'água 0,480

Zinco 0,093

CALOR LATENTE

Energia necessária para separar as moléculas da fase liquida para gasosa


O calor latente (L) nos informa a quantidade de calor que uma unidade de massa de um
determinado material necessita receber ou perder para mudar seu estado físico de
agregação.
A estrutura e as propriedades da água

Alta constante dielétrica

Mede a capacidade de uma substância para neutralizar a atração entre cargas


elétricas.
A estrutura e as propriedades da água
COESÃO ADESÃO TENSÃO SUPERFICIAL
Atração mútua Atração da água a
entre moléculas uma fase sólida

As moléculas que estão na superfície da água só são atraídas por moléculas abaixo e ao
lado delas, criando uma película elástica na superfície chamada de tensão superficial.

Essas propriedades explica a teoria coesão-


tensão ou teoria de DIXON.
PROCESSOS DE TRANSPORTES DE ÁGUA

 DIFUSÃO

 FLUXO DE MASSA

 OSMOSE

PRINCÍPIO TERMODINÂMICO:

“Uma transformação é ESPONTÂNEA na natureza quando ocorre de um


estado de MAIOR energia para um estado de MENOR energia”
Processos de transportes de água

Difusão
É o movimento de moléculas por agitação térmica aleatória. A difusão causa o
movimento líquido de moléculas de regiões de alta concentração para regiões
de baixa concentração.

Lei de Fick:

Js= -Ds ∆cs


∆x

Js = densidade de fluxo da substancia


s = substância
D = coeficiente de difusão (constante)
∆cs = diferença de concentração da substância
∆x = diferença da distância entre dois pontos
-
Sinal = indica que o fluxo ocorre em direção a menor concentração
Difusão
É rápida para curtas distâncias, mas extremamente lenta para
longas distâncias.

Difusão de uma Difusão de uma


molécula de glicose molécula de glicose

Célula de 50µm 1m

2,5 s 32 anos
Processos de transportes de água
Fluxo de massa

É o movimento de um conjunto de grupos de moléculas em massa, mais


comumente em reposta a um gradiente de pressão, e é independente do
gradiente de concentração de solutos. Determina o transporte de água a longas
distâncias.

Equação de Poiseuille:

Teoria de Münch
Processos de transportes de água

Osmose

É o movimento de água e de outras substâncias pequenas, sem cargas, através


de membranas seletivamente permeáveis. Ocorre espontaneamente em
resposta a duas forças: gradiente de concentração de água e gradiente de
pressão.
Classificação dos meios

Isotônico (I) Hipertônico (II) Hipotônico (III)

Plasmólise Túrgida
Mecanismo de transporte no floema
Fluxo em massa

H2 O
H2 O

H2O

H2 O

H2 O

H2 O
O que é potencial hídrico?

É uma medida da energia livre da água por unidade de volume, ou é


o potencial química da água dividido pelo volume molal da água.

Potencial químico é uma expressão quantitativa da energia livre a


ela associada. A energia livre representa o potencial para realizar
trabalho.

𝟁 químico
Potencial hídrico: = unidade de pressão de Pascal
Vmolal da água
Potencial químico da água
É a energia livre capaz de realizar trabalho. O trabalho da água, no nosso
caso, é o de dissolver substâncias.

1000 moléculas de água


Considerando que:
+ +
100 moléculas de NaCl 400 moléculas de NaCl

Dissociação Dissociação

100 moléculas de H2O 400 moléculas de H2O


em em
100 moléculas de NACL 400 moléculas de NACL

Resultado=900 moléculas com Resultado=600 moléculas com


energia para realizar trabalho 𝟁 > 𝟁 energia para realizar trabalho

𝟁w pura = 0 MPa (Cada vez que a água realiza um trabalho esse 𝟁 passa a ser negativo)
Potencial hídrico celular (𝟁w)

Fatores quem influenciam o 𝟁w:

Concentração (𝟁s) – Potencial osmótico


É aquele que é gerado na célula devido ao acúmulo de solutos no citoplasma ou
vacúolo.

Pressão (𝟁p) – Potencial de pressão ou potencial hidrostático


Força que a parede celular exerce sobre a membrana, quando as células se
encontram totalmente túrgidas, impedindo a destruição da mesma.

Gravidade (𝟁g) – Potencial gravitacional


Diz respeito a força da gravidade. Ele é importante quando faz com que a água
tenha que vencê-lo para atingir folhas em alturas variáveis.
Potencial hídrico celular (𝟁w)

Cálculo do 𝟁w :

Potencial Osmótico (𝟁s)

Pressão hidrostática (𝟁p) 𝟁w = 𝟁s + 𝟁p + 𝟁g


𝟁g = ρwg.h
Potencial gravitacional (𝟁g)
ρwg = 0,01 Mpa.m-1
h = 10
𝟁s = potencial de soluto ou potencial osmótico 𝟁g = 0,01x 10
𝟁p = pressão hidrostática (positiva ou negativa)
𝟁g = potencial gravitacional 𝟁g = 0,1 MPa
Insignificante a
nível celular

Potencial hídrico (𝟁w) = 𝟁s + 𝟁p


Potencial hídrico (𝟁w)
Diagrama de Hoffler
Potencial hídrico celular
O potencial hídrico representa a força total que determina a direção
do movimento da água. Isto que dizer que a direção do movimento de
água é determinada somente pela diferença de potencial hídrico
entre dois pontos, e não pela diferença de um dos seus componentes
isolado.
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE 𝟁W

Método da bomba de pressão (tipo Scholander);

Método da determinação de saturação hídrica e


do teor relativo de água.
Método da bomba de pressão (tipo Scholander)
Mede a pressão hidrostática negativa (tensão) que existe
no xilema de muitas plantas.
𝟁wxilema= 𝟁wplanta
1)𝟁s no xilema é desprezível;
2) o xilema está em contato intimo com a maioria das células do órgão e até
mesmo de toda a planta.
Bomba de pressão (tipo Scholander)
Método da determinação de saturação hídrica e
do conteúdo relativo de água
O déficit de saturação hídrica (Δwsat) representa a quantidade de
água que a planta precisa para alcançar a saturação. O conteúdo
relativo de água (CRA) expressa o conteúdo de água em relação ao
observado na saturação. Essas duas variáveis são determinadas de
forma idênticas. Assim, se o CRA de uma dado órgão for 80%, o
Δwsat será 20%.
 Peso Seco (Ps)
 Peso Fresco (PF)
 Peso Túrgido (Pm)

CRA = PF - Ps x 100 (%)


Pm - Ps

Dwsat = Pm - PF x 100 (%)


Pm - Ps
Exercícios
1) Duas células, A e B, estão em contato, e têm os
seguintes potenciais:

Dados:
- Célula A 𝟁s = -0,4 MPa e 𝟁p= 0,1 Mpa
- Célula B 𝟁s = -0,7 Mpa e 𝟁p=0,5Mpa

a) Qual será a direção do transporte de água?

Resolução:

Célula A

Célula B
Exercícios
2) Uma célula em estado de plasmólise incipiente (𝟁p=0 MPa)
com volume igual a 1,0 é colocada em água pura, alcançando
posteriormente o equilíbrio, e ficando com o volume final igual
a 1,5. Considerando o 𝟁s=-0,9 MPa, calcule:

𝟁p = 0
a) O potencial hídrico (𝟁w) inicial;
𝟁w = 𝟁s

b) O potencial osmótico (𝟁s) final;

Fórmula: (𝟁s)i. Vi = (𝟁s)f.Vf

c) A pressão hidrostática da célula em equilíbrio.

𝟁w= 0
Exercícios
3) Analise os dados abaixo e responda:

 PLANTA A
Peso fresco de 50 discos foliares: 3,2g
Peso túrgido de 50 discos foliares: 4,5g
Peso seco de 50 discos foliares: 15% do peso fresco.
 PLANTA B
Peso fresco de 50 discos foliares: 5,2g
Peso túrgido de 50 discos foliares: 5,9g
Peso seco de 50 discos foliares: 10% do peso fresco.

A) Qual o CRA das duas plantas?


B) Qual a % de água que as plantas precisam para alcançar sua
saturação?
C) Qual das duas plantas estão com maior estresse hídrico?
Justifique.
Movimento da água pela
diferença de 𝟁w
Água no solo
ÁGUA CAPILAR: é aquela que preenche os espaços
existentes entre as partículas do solo, chamado de
capilares. O tamanho e a quantidade destes depende
da matriz do solo. Esta água é a que estar disponível
para as plantas;

CAPACIDADE DE CAMPO: é a situação em que todos os


capilares encontram-se saturados de água. Esse é o
momento mais favorável para a absorção da planta;

SOLO INUNDADO: ocorre quando a água se acumula


acima da superfície do solo. Nesse caso ocorre o
prejuízo a difusão de O2 para as raízes.

PONTO DE MURCHA PERMANENTE: corresponde a


um determinado valor de potencial hídrico do solo, que
uma vez que o solo atinja esse valor, não permite mais a
recuperação da planta, mesmo que ele atinja novamente
a capacidade de campo.
Absorção de água pelas raízes

Rotas apoplástica Rotas simplástica Rotas transmembrana


ENDODERME

Estria de Caspary
RAIZ
Transporte de água na raiz
Processos do movimento da água

Água e solutos células células tecidos

tecidos

Água raízes folhas ATMOSFERA


QUEM É RESPONSÁVEL PELO MOVIMENTO
ASCENDENTE DE ÁGUA?

Parênquima lenhoso

XILEMA Fibras lenhosas

Elementos traqueais

Angiospermas
Traqueídes Gimnospermas
Pteridófitas

Angiospermas
Elementos de vaso Em algumas Gimnospermas e
Pteridófitas
DIFERENÇA ENTRE TRAQUEÍDES E
ELEMENTO DE VASO

• Curtos e largos;
• Maior calibre; • Alongados e estreitos;
• Pontuações laterais; • Menor calibre;
• Perfurações nas paredes • Pontuações laterais e
terminais; terminais.
• Extensões maiores. Vasos embolizados
COMO OCORRE O MOVIMENTO DA ÁGUA?

Pressão positiva
da raiz

Capilaridade

Teoria da
coesão e tensão
1. PRESSÃO POSITIVA DA RAIZ
O acúmulo de solutos no xilema, resultado da absorção de íons pela raízes, leva a um
decréscimo do 𝟁s do xilema e, portanto, a diminuição do 𝟁w. Essa diminuição proporciona
a força propulso apara obstrução da água, gerando uma pressão hidrostática positiva.

Alta concentração de
íons no Cilindro central
Entrada de
Hidatódios água
Ψw reduzido

Pressão hidráulica
“Pressão de raiz”

Saída de água
na forma de Movimento
GUTAÇÃO
gotículas da água
(manhã)
Umidade no ar e no solo
Hidatódio
2. CAPILARIDADE
Ascensão da água, acima de seu nível, através de um tubo, pela interação de
suas forças de adesão, coesão e tensão superficial. Se aplica a árvores de
pequeno porte.
capilaridade Adesão
Integração
Coesão
de forças
Tensão superficial

Diâmetro 400 μm = 0,08 m de altura


diâmetro Diâmetro 50 μm = 0,6 m de altura
3. TEORIA DA COESÃO-TENSÃO
(H. Dixon, 1914)
Ele requer as propriedades de coesão da água para suportar grandes tensões
nas colunas de água no xilema.
Transpiração Cavitação

Diminuição Ψw
nas folhas

A célula “puxa”
água do xilema

Gera a tensão
(pressão negativa)

Coesão da água Embolia


Coluna contínua de água
Tensão da coluna

Transmitida às Absorção de água Ascensão da água Células do mesófilo


raízes (baixo Ψw) do solo Ψw pelo xilema das folhas
TRANSPIRAÇÃO

 95% da água absorvida pela planta é perdida pela transpiração, o restante é usado
no metabolismo e crescimento;

 90% é realizada na folha.

Vapor d’água

Espaços intercelulares

Estômatos
“Condutância e
transpiração”
Correlação 0,91

Epiderme

Cutícula
MESÓFILO FOLIAR
TIPOS DE TRANSPIRAÇÃO
Fatores que influenciam a
transpiração
1) Diferença de concentração de vapor d’água;

2) Resistência a difusão
1. Diferença de concentração de vapor d’água

Δ[ ]wv= Cwv (folha) – Cwv(ar)

2. Resistência a difusão

Resistência estomática (Re)

Resistência da camada limítrofe (Rar)

Resistencia cuticular (Rcu)


MODELO FÍSICO DA ÁGUA NO S.S.P.A

Diagrama do sistema sola-planta-atmosfera, indicando as resistências e os


valores aproximados que o potencial de água (𝟁) assume em cada ponto do
sistema.
FISIOLOGIA DOS ESTÔMATOS

 Angiospermas, gimnospermas, pteridófitas e briófitas;

 Podem ocorrer no caules verdes, flores, frutos e principalmente em folhas;

 Freqüência varia de 30 a 400.mm-2 , até 1200.mm-2 ;

Ex: Nicotiana tabacum

 Monocotiledôneas: anfiestomática;

 Dicotiledôneas herbáceas: maior quantidade na


face abaxial;

 Dicotiledôneas lenhosas: exclusivamente na


face abaxial;

 Plantas aquáticas: apenas na face adaxial.


FISIOLOGIA DOS ESTÔMATOS

Funções

a)Transpiração;
b)Fotossíntese;
c)Respiração;
d)Termoregulador.
ESTRUTURA ESTOMÁTICA

Complexo estomático

a)Células-Guardas;
b)Células anexas ou subsidiárias;
c)Cloroplastos;
d)Sem Plasmodesmas;
e)Sem Cutícula;
f)Parede Celular espessada
em pontos;
g)Ostíolo ou Poro;
h)Câmara sub-estomática.
ESTÔMATO - RINIFORME
Células guardas típicas de dicotiledôneas e muitas monocotiledôneas,
assim como gimnospermas, pteridófitas e musgos. Nesse tipo de células
é mais rara a presença de células subsidiárias.
ESTÔMATOS - HALTERES
Células guardas típicas de gramíneas e algumas poucas
monocotiledôneas como as palmeiras. Estas células são sempre
acompanhadas por células epidérmicas diferenciadas chamadas de
células subsidiárias

Complexo estomático
DIMENSÃONÚMERO E TAMANHO

NÚMERO

Pode variar de 1.000 a 100.000 / cm2 de folha.

TAMANHO MÉDIO

 3 a 12 mm de largura;
 7 a 40 mm de comprimento;
 100 mm2 de área, quando abertos;
 Corresponde de 1 a 2 % da área foliar total.
DISTRIBUIÇÃO

LOCALIZAÇÃO

Faces das Folhas (Epiderme adaxial e abaxial)

a)ANFIESTOMÁTICA: ambas - Ex. Folhas de regiões


áridas.
b)HIPOESTOMÁTICA: abaxial - Ex. Folhas de regiões
úmidas.
c)EPIESTOMÁTICA: adaxial - Ex. Folhas de plantas
aquáticas.
d)ANISOESTOMÁTIA: ambas, porém com número
diferentes.
MECANISMOS DA REGULAÇÃO
ESTOMÁTICA

HIDROPASSIVO: perda de água diretamente para a atmosfera.

HIDROATIVO: depende do metabolismo, isto é, depende da


concentração de solutos nas células guardas. Depende do Potencial
Osmótico (Ψos). Depende da Entrada de Íons (K+, Cl-) e da
biossíntese de compostos orgânicos: malato-2.
COMO OCORRE A ABERTURA ESTOMÁTICA?

Absorção osmótica
de água pelas
células-guardas

Aumento da pressão
hidrostática

Saída de água
Aumento do volume de 40
a 100%

Fechamento
estomático
Abertura dos estômatos
TEORIA DOS ÍONS OSMORREGULADORES
DAS CÉLULAS-GUARDAS (S. IAMAMURA,
1943)
Segundo essa teoria, a osmorregulação das células-guardas dever-se-ia à entrada
de íons de potássio (K+) e cloreto (Cl-) e à síntese de malato 2- dentro das células .

H+-ATPase
bombeia para fora

Abertura estomática
Hiperpolarização da
membrana

Fluxo de K+ para o interior Fluxo simporte de Cl-H+ Produção de malato2- nos


das células-guardas (CG) para o interior das CG cloroplastos das CG - luz

Neutralidade elétrica da CG
REGULAÇÃO DE ABERTURA ESTOMÁTICA
INDUZIDA PELA LUZ
FECHAMENTO ESTOMÁTICO PELA
1. O ABA liga-se ao seu receptor;
2. A ligação do ABA induz a

AÇÃO DO ÁCIDO ABSCÍSICO (ABA)


formação de espécies reativas
de oxigênio, as quais ativam
canais de Ca2+ da membrana
plasmática;
3. O ABA aumenta os níveis do
ADP-ribose cíclico e do IP3, os
quais ativam canais de cálcio
adicionais no tonoplasto;
4. O influxo do cálcio inicia
oscilações de cálcio intracelular
e promove a posterior liberação
do cálcio dos vacúolos;
5. O aumento do cálcio intracelular
bloqueia os canais de influxo de
K+;
6. O aumento do Ca intracelular
promove a abertura do canal
(ânion) de efluxo de Cl- na
membrana, causando sua
despolarização;
7. A bomba de próton da
membrana é inibida pelo
aumento do Ca citosólico
induzido pelo ABA e por um
aumento intracelular do pH,
despolarizando posteriormente a
membrana;
8. A despolarização da membrana
ativa canais de efluxo de K+ ;
9. Para que o K+ e os ânios saiam
através da membrana, é
necessário que sejam primeiro
liberados dos vacúolos para o
citosol.
REGULAÇÃO DO FECHAMENTO ESTOMÁTICO
INDUZIDO PELO DÉFICIT HÍDRICO
Referências consultadas

KERBAUY, Gilberto Barbante - 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

TAIZ, Lincoln. Fisiologia Vegetal. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

APPEZZATO-DA-GLÓRIA. Anatomia Vegetal. Viçosa: UFV, 2003.

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