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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE HISTÓRIA
PRÁTICA DE ENSINO III: O LIVRO DIDATICO – 2021.1
ESTUDO DIRIGIDO DE TEXTO

John Keith Gaskin Briglia


COSTA, Maria et al. O papel do livro didático no processo educativo. Anais IV
CONEDU – Congresso Nacional de Educação. Campina Grande: Realize Editora,
2017. Disponível em:
<https://www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/37844>. Acesso: 08 de
agosto de 2021.

1. O título atende aos objetivos e ao conteúdo do artigo?


(x) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

2. E o resumo, informa sobre os eixos e o conteúdo do texto?


(x) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

Escrito por 05 autores distintos, cada um com conhecimentos específicos em


diversos campos das ciências, e estruturado em três momentos, para ser apresentado
no IV Congresso Nacional de Educação, um evento que envolve diferentes áreas do
conhecimento, sendo organizado em atividades que fomentam o debate sobre as mais
variadas temáticas, acerca da Educação através da comunicação oral, conferências,
mesas redondas, palestras, oficinas e entre outras atividades.
Nessa perspectiva, O papel do livro didático no processo educativo, tem por
objetivo, assim como seus autores descrevem:
[...] avaliar o papel do livro didático no processo educativo. E como objetivos
específicos: Explanar sobre o Livro Didático ressaltando o contexto no qual se
enredou a construção de seu conceito; Apresentar as principais características
do Livro Didático na educação brasileira; Ressaltar o papel do Livro Didático
como apoio pedagógico; Evidenciar a importância e funções do Livro Didático
e; Detalhar o processo de escolha do Livro Didático. (COSTA, Maria et al.
2017. p. 2)
Passado o ínterim introdutório, chega-se ao segundo momento, Revisão de
Literatura, no qual, de maneira primordial, trabalhará a construção do conceito de livro
didático, que, segundo Costa: “O livro didático constitui-se num instrumento auxiliar da
atividade docente que quando utilizado de forma correta contribui para a produção de
uma melhor aprendizagem, ampliando e renovando o processo educativo “(COSTA,
Maria et al. 2017. p. 2), logo, vale ressaltar que “o livro didático deve levar em
consideração a contextualização do ensino e estar de acordo com a realidade da
escola, dos alunos e do professor. Assim, se o livro não apresentar esta conexão não
estará prestando-se aos fins para os quais foi idealizado” (COSTA, Maria et al. 2017. p.
2).
Em continuidade, vê-se, O Livro Didático na Educação Brasileira, onde, percebe-
se que, as políticas públicas brasileiras tinham objetivos de atender as parcelas
marginalizadas da sociedade, de forma a “compensar desigualdades” (COSTA, Maria
et al. 2017), assim, os livros passam a ser entregues as escolas a partir de sua adesão
ao Programa Nacional de Distribuição do Livro Didático, entretanto, uma primeira
problemática é evidenciada, uma vez que, apesar da magnitude do programa, o
material no livros não apresentavam uma conexão com a realidade local, em especial
as regiões norte e nordeste (COSTA, Maria et al. 2017) ou seja, para melhor
adequação do material a realidade social dos educandos, Costa descreve:
[...] a escolha do livro didático deve ser cuidadosa, cabendo ao professor,
selecionar criteriosa e criticamente o livro didático a ser adotado na escola.
Nesse processo de escolha, deve prevalecer a qualidade e a utilidade. O
professor também deve levar em consideração a possibilidade de adequação
ao contexto socioeconômico e cultural do educando, objetivando obter um
melhor rendimento do aprendizado. Logo, se essa adequação não for possível
o professor deve procurar outro livro que atenda a tais requisitos (COSTA,
Maria et al. 2017. p. 5-6).
Nessa proposta, observam-se a Importância e Funções do Livro Didático, de
maneira que, é evidenciada ao longo dos anos a consolidação do livro como elemento
solidificado no processo de ensino aprendizagem. Para além, suas funções
ultrapassam o simples favorecimento do conhecimento, “o livro didático também se
constitui em um subsídio para promover o exercício da cidadania” (COSTA, Maria et al.
2017. p. 8) para mais, Costa se utiliza de Gerard e Roegiers (1998), elucidando
funções essenciais do livro didático, como: “a) ajuda na integração das aquisições; b)
avaliações das aquisições; c) consolidação das aquisições de aprendizagem; d)
desenvolvimento de capacidades e de competências; e) educação social e cultural; f)
transmissão de conhecimentos” (COSTA, Maria et al. 2017. p. 9). E, nas palavras de
Costa:
[...] percebe-se que o livro didático funciona como uma espécie de 'norte' para
o professor. Através dele o professor seleciona os conteúdos que serão
apresentados em sala de aula, ao mesmo tempo em que tem a oportunidade
de melhor avaliar os seus alunos [...].
Assim sendo, para ter uma melhor utilidade em sala de aula o livro didático
precisa possuir não somente exercícios, como também exemplos, jogos
pedagógicos, curiosidades, etc.. Pois, estes aspectos despertam o interesse do
aluno, envolvendo-o mais no processo de aprendizagem que é desenvolvido
em sala de aula. Quando preenche esses requisitos, o LD passa a ter
condições ideais para ser utilizado em sala de aula (COSTA, Maria et al. 2017.
p. 10).
Por fim, no último momento, os autores consideram finalmente que:
Deve-se ressaltar que se o livro didático não for utilizado de forma sistemática,
dentro do contexto do planejamento do professor, é utópico pensar que ele
desempenhará de forma completa suas funções em relação ao aluno.
Assim, ele deve procurar desenvolver os esforços necessários no sentido de
preencher as lacunas existentes no livro didático, recorrendo aos chamados
materiais complementares, objetivando produzir uma boa aula e nela
promover uma melhor interação entre seus alunos.
Por outro lado, é de suma importância que o professor conheça a realidade na
qual se encontram inseridos seus alunos. E, a partir desse conhecimento,
procurar desenvolver em sala de aula dinâmicas que complementem/ampliem
as atividades apresentadas nos livros didáticos, fazendo com que sua disciplina
sirva como elemento contributivo à formação crítica dos educandos (COSTA,
Maria et al. 2017. p. 11)
Ou seja, o professor não pode esperar do livro didático respostas para todas as
questões pertinentes a sua aula. E, para além do conhecimento científico, espera-se do
professor o conhecimento de seu público, uma vez que, sua aula é voltada a uma
realidade que não a sua.
De forma sintética e tendo em vista todo o supracitado, Costa et al. produzem um
material simples e objetivo, com análises pertinentes ao conteúdo abordado, além de
uma linguagem que possibilita a propagação de tal material para fora do intuito inicial, o
IV Congresso, de maneira que, evidenciam e posteriormente edificam seus objetivos.
Em outras palavras os autores introduzem ao público seu tema central, objetivos e
seus argumentos, baseados em fontes renomadas do âmbito educacional, para por fim,
finalizar e deixar evidente o papel não só do livro didático, mas do professor e sua
relação com o educando.

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