Infelizmente os técnicos em educação ainda mantêm um olhar fragmentado em
relação a este problema, basta ter uma visão multilateral para compreender que os fatores externos há muito vêm contribuindo para que este problema vá se agravando, entre eles pode-se citar a omissão das famílias e sua desestruturação, a inserção das crianças e jovens no mundo das drogas, há inexistência de outros profissionais para que possam compor a equipe técnica pedagógica como Assistentes Sociais, Psicólogos, Psicopedagogos. Agregue a isto à falta de projetos destinados a esta nova realidade além da desvalorização do professor. O primeiro passo é conceder às crianças que vivem em comunidades onde ocorre um grande índice de violência e criminalidade, o direito de estarem em creches públicas com todos os recurso técnico pedagógico para que possam ser atendidas em suas necessidades educacionais e assim obterem uma educação que venha propiciar a formação de pessoas conscientes da sua responsabilidade social. Em relação aos jovens as escolas precisam ofertar turno integral, onde em turno oposto estas crianças e jovens estariam em salas de aula estudando as diversas disciplinas curriculares e no outro desenvolvendo atividades sócias e educativas ou ofícios como: eletrônica, mecânica automotiva, entre outros. Quanto aos professores, os governantes precisan ter uma atenção toda especial, pois o trabalho em sala de aula tem sido desgastante, o índice de doenças relacionadas às questões emocionais tem crescido assustadoramente entre os profissionais de educação. Estes não têm acompanhamento de especialistas como psicólogos ou terapeutas, o que ocorre são cobranças exigindo soluções como se os educadores fossem os salvadores da pátria. Outro ponto de destaque é a contratação de profissionais especializados já citados anteriormente para compor a equipe técnica das escolas e creches para prestarem apoio à família quando assim se fizer necessário. É importante a família perceber que ela não esta sozinha nesta tarefa de educar e formar cidadãos, mas, que a parceria escola e família são imprescindíveis, pois, esta ainda continua sendo o elo entre estas crianças e jovens com a sociedade. Neste espaço também deve fazer parte o Estado representado pela Secretária de Educação dando total contribuição com implementação de projetos e programas. Não se pode negar que as ações para acontecerem precisam do aval e legitimação do órgão competente. O Estado na figura do governante não pode esquecer que existe o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) onde uma das metas para este milênio é melhorar a educação brasileira e esta proposta não esta apenas a cargo do professor, mas, de todos (Sociedade, Estado, Família e Escola). È preciso levar a sério esta meta planejando ações que tragam resultados para possibilitar aos mais carentes uma educação diferenciada, evitando assim a reprodução da realidade já existente.
*Graduada em Filosofia - UCSAL, Especialista em Metodologia do Ensino Superior
Pesquisa e Extensão em Educação - UNEB Professora de Filosofia e Humanidades da UNIME, Professora de Filosofia e História Ensino Médio do Estado da Bahia