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A EVASÃO ESCOLAR E SUA IMPLICAÇÕES

* Sandra Borges

Infelizmente os técnicos em educação ainda mantêm um olhar fragmentado em


relação a este problema, basta ter uma visão multilateral para compreender que os
fatores externos há muito vêm contribuindo para que este problema vá se agravando,
entre eles pode-se citar a omissão das famílias e sua desestruturação, a inserção das
crianças e jovens no mundo das drogas, há inexistência de outros profissionais para que
possam compor a equipe técnica pedagógica como Assistentes Sociais, Psicólogos,
Psicopedagogos. Agregue a isto à falta de projetos destinados a esta nova realidade
além da desvalorização do professor.
O primeiro passo é conceder às crianças que vivem em comunidades onde ocorre
um grande índice de violência e criminalidade, o direito de estarem em creches públicas
com todos os recurso técnico pedagógico para que possam ser atendidas em suas
necessidades educacionais e assim obterem uma educação que venha propiciar a
formação de pessoas conscientes da sua responsabilidade social.
Em relação aos jovens as escolas precisam ofertar turno integral, onde em turno
oposto estas crianças e jovens estariam em salas de aula estudando as diversas
disciplinas curriculares e no outro desenvolvendo atividades sócias e educativas ou
ofícios como: eletrônica, mecânica automotiva, entre outros.
Quanto aos professores, os governantes precisan ter uma atenção toda especial,
pois o trabalho em sala de aula tem sido desgastante, o índice de doenças relacionadas
às questões emocionais tem crescido assustadoramente entre os profissionais de
educação. Estes não têm acompanhamento de especialistas como psicólogos ou
terapeutas, o que ocorre são cobranças exigindo soluções como se os educadores fossem
os salvadores da pátria.
Outro ponto de destaque é a contratação de profissionais especializados já citados
anteriormente para compor a equipe técnica das escolas e creches para prestarem apoio
à família quando assim se fizer necessário. É importante a família perceber que ela não
esta sozinha nesta tarefa de educar e formar cidadãos, mas, que a parceria escola e
família são imprescindíveis, pois, esta ainda continua sendo o elo entre estas crianças e
jovens com a sociedade. Neste espaço também deve fazer parte o Estado representado
pela Secretária de Educação dando total contribuição com implementação de projetos e
programas. Não se pode negar que as ações para acontecerem precisam do aval e
legitimação do órgão competente.
O Estado na figura do governante não pode esquecer que existe o PNUD
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) onde uma das metas para este
milênio é melhorar a educação brasileira e esta proposta não esta apenas a cargo do
professor, mas, de todos (Sociedade, Estado, Família e Escola). È preciso levar a sério
esta meta planejando ações que tragam resultados para possibilitar aos mais carentes
uma educação diferenciada, evitando assim a reprodução da realidade já existente.

*Graduada em Filosofia - UCSAL, Especialista em Metodologia do Ensino Superior


Pesquisa e Extensão em Educação - UNEB Professora de Filosofia e Humanidades da
UNIME, Professora de Filosofia e História Ensino Médio do Estado da Bahia

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