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MÉTODOS DA ANTROPOLOGIA
Antropologia Geral
Narciso Cau
Pesquisador Anónimo
Índice pg
1. Introdução .............................................
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1.1 Objectivos.........................................
Objectivos...............................................................
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4 Conclusão .............................................
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5 Bibliografias ............................................
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1. Introdução
A Antropologia se inscreve na classificação das ciências humanas, mas não se limitará a esta,
pois Antropologia é comumente definida como o estudo do homem e de seus trabalhos, assim
definida, deverá incluir algumas ciências naturais e todas as ciências sociais. Os campos
estudados por esta disciplina é o da origem do Homem, classificações de suas variedades e a
investigação dos chamados povos. Neste âmbito, o presente trabalho irá descrever os principais
métodos de investigação científica da antropologia.
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1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo Geral
Analisar os métodos da antropologia
1.2 Metodologia
Para a materialização dos objectivos previamente traçados neste trabalho, privilegiou-se a
pesquisa exploratória. Uma pesquisa exploratória é exatamente o que a situação anterior
sugere, neste caso, a exposição dos conteúdos teóricos sobre os métodos de antropologia e
sobre a antropologia médica. Portanto, a pesquisa exploratória permitirá maior familiaridade
com o tema tendo como objectivo extrair maior subsídio possível de conhecimentos sobre o
assunto em causa Lakatos & Marconi (2003).
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2 Métodos da antropologia
Enquanto ciência social que estuda o ser humano, a Antropologia faz uso de diversos métodos,
de acordo com os seus campos e com as situações (MARCONI; PRESOTTO 1992:11). Por
método entende-se um conjunto de regras bem definidas que são utilizadas na investigação ou
seja, é um conjunto de regras úteis para a investigação, é um procedimento cuidadosamente
elaborado, visando provocar respostas na natureza e na sociedade e, paulatinamente, descobrir
sua lógica e leis
le is (MARCONI; PRESOTTO 1992:14).
2.1 Método Histórico
Partindo do princípio de que as atuais formas de vida social, as instituições e os costumes têm
origem no passado, é importante pesquisar suas raízes, para compreender sua natureza e
função. Assim, o método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e
instituições do passado para verificar a sua influência
influênci a na sociedade de hoje, pois as instituições
alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao longo do
tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época. Seu estudo, para uma
melhor compreensão do papel que atualmente desempenham na sociedade, deve remontar aos
períodos de sua formação e de suas modificações (Lakatos e Marconi 2003:85).
Na antropologia o método histórico é utilizando para investigar as culturas passadas. Consiste
em investigar eventos do passado, a fim de compreender os modos de vida do presente, que só
podem ser explicados a partir da reconstrução da cultura e da observação das mudanças
ocorridas ao longo do tempo. Nessa análise histórica, a cultura do homem é desvendada
(Helman 2018:6).
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Por meio do método histórico, o antropólogo, com a ajuda do historiador, tenta reconstruir as
culturas, explicar fatos e observar fenômenos, como, por exemplo, as mudanças ocorridas e as
adaptações.
2.2 Método Estatística
O método estatístico é empregado sobretudo para analisar as variações culturais das populações
ou sociedades. Os dados são obtidos por meio de tabelas, gráficos, quadros comparativos etc.
Ex: Dimensões do corpo humano, grupos sanguíneos, variedade de religiões, diversificação de
habitações
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Em seu início, o método consistia no exame de aspectos particulares, como, por exemplo, o
orçamento familiar, as características de profissões, os gostos e preferências, o custo de vida
etc. Entretanto, o estudo monográfico pode, também, em vez de se concentrar em um aspecto,
abranger o conjunto das atividades de um grupo social particular, como no exemplo das
cooperativas e do grupo indígena. A vantagem do método consiste em respeitar a totalidade
solidária dos grupos, ao estudar, em primeiro lugar, a vida do grupo na sua unidade concreta,
evitando, portanto, a prematura dissociação de seus elementos (Lakatos e Marconi 2003:85).
São exemplos desse tipo de estudo as monografias regionais, as rurais, as de aldeia e, até, as
urbanas.
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2.4 Método Etnográfico
O método etnográfico consiste no levantamento de todos os dados possíveis sobre uma
determinada comunidade com a finalidade de melhor conhecer o estilo de vida ou a cultura
específica da mesma.
A abordagem etnográfica – também conhecida como observação participante – envolve o
Embora o trabalho dos antropólogos esteja relacionado com significados em vez de medidas,
ele frequentemente envolve também estudos quantitativos, como contar a população, medir sua
dieta ou renda, ou listar os moradores dos vários domicílios. A etnografia, então, conduz a um
segundo estágio, a abordagem comparativa, que visa destilar as características-chave de cada
sociedade e cultura e compará-las com outras sociedades e culturas, de modo a tirar conclusões
sobre a natureza universal dos seres humanos e seus grupos sociais (Da Matta, 1987:156).
Para Marconi & Pressotto (1992:32), o método etnográfico: Refere-se à análise descritiva das
sociedades humanas, principalmente das primitivas ou ágrafas e de pequena escala. Mesmo o
estudo descritivo requer alguma generalização e comparação, implícita ou explícita. Refere-se
a aspectos culturais. Consiste no levantamento de todos os dados possíveis sobre sociedades
ágrafas ou rurais, e na sua descrição, com a finalidade de conhecer melhor o estilo de vida ou
a cultura específica de determinados grupos.
Esta definição apresenta dois pontos que merecem ser comentados. O primeiro diz respeito ao
objeto da pesquisa, qual seja, as sociedades primitivas ou ágrafas. Na medida em que as tribos
primitivas foram sendo dizimadas, o antropólogo voltou-se para o estudo de sua própria
sociedade, a sociedade complexa. O segundo aspecto passível de uma alusão é aquele referente
ref erente
à generalização e comparação implícita ou explícita. Os aspectos que fogem a descrição,
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primeira refere-se à descrição de uma dada cultura, conquanto a segunda consiste na análise
dessa descrição.
Em verdade a etnografia não é o trabalho de campo, mas sim o que se escreve sobre o trabalho
de campo. De acordo com Mauss, (1993) o etnógrafo inscreve o discurso social: ele o anota.
Ao fazê-lo, ele o transforma de acontecimento passado, que existe apenas em seu próprio
momento de ocorrência, em um relato, que existe em sua inscrição e que pode ser consultado
novamente. Contudo, até se chegar a construção do texto, há um longo caminho a ser
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Ela também é o estudo de como essas crenças e práticas relacionam-se com as alterações
Embora a antropologia médica seja um ramo da antropologia social e cultural, suas raízes
também se situam profundamente dentro da medicina e de outras ciências naturais, pois está
relacionada com uma ampla variedade de fenômenos biológicos, sobretudo em relação à saúde
e à doença.
Como uma área, ela portanto situa-se – algumas vezes de forma desconfortável – na
sobreposição entre as ciências sociais e naturais e retira seus insights dos dois conjuntos de
disciplinas.
Na definição de Matta (1987) Antropologia médica é uma disciplina biocultural voltada tanto
para os aspectos biológicos como para os aspectos socioculturais do comportamento humano
e, particularmente, para a maneira como os dois interagiram ao longo da história humana para
influenciar a saúde e a doença.
Os antropólogos que estudam a faixa sociocultural deste espectro têm indicado que, em todas
as sociedades humanas, as crenças e práticas relativas aos problemas de saúde são uma
característica central da cultura. Frequentemente, elas estão ligadas às crenças sobre a origem
Os valores e costumes associados à má saúde são parte da cultura mais ampla e com certeza
não podem ser estudados isoladamente. Não se pode de fato compreender como as pessoas
reagem à doença, à morte ou a outros infortúnios sem uma compreensão do tipo de cultura em
que elas cresceram ou que adquiriram – isto
isto é, das lentes através das quais elas percebem e
interpretam seu mundo.
reconhecidas como doentes, o modo como elas apresentam essa doença a outras pessoas, os
atributos daqueles a quem elas apresentam sua doença e as maneiras pelas quais a doença é
abordada. Este grupo de curadores ou agentes de cura é encontrado em diferentes formas em
todas as sociedades humanas (Helman, 2018).
Em alguns grupos humanos, os agentes de cura desempenham outros papéis além de suas
funções de cura – eles
eles podem agir como integradores da sociedade, verificando regularmente
os valores dela, ou como agentes de controlo social, ajudando a marcar e a punir
comportamentos socialmente desviantes. Seu foco pode não ser apenas o indivíduo doente, e
sim sua família, comunidade, vila ou tribo doentes. Assim, ao estudar como esses indivíduos
em uma dada sociedade percebem e reagem à má saúde e os tipos de cuidados de saúde que
eles fornecem, é importante saber algo sobre os atributos culturais e sociais da sociedade em
que eles vivem. Esta é uma das principais tarefas
t arefas da antropologia médica (Helman, 2018).
Em muitos casos, é possível ligar as alterações biológicas encontradas com o uso dessas
técnicas a fatores sociais e culturais em uma sociedade particular. Por exemplo, uma doença
hereditária transmitida por um gene recessivo pode ocorrer com uma frequência maior em uma
dada população devido à sua preferência cultural pela endogamia (casamento somente dentro
da própria família ou do grupo local de parentesco). Para desvendar este problema, Helman
(2018) diz que são necessárias várias perspectivas:
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A antropologia médica tenta resolver esse tipo de problema clínico utilizando não somente os
achados antropológicos, mas também aqueles das ciências biológicas – sendo, em outras
palavras, uma disciplina biocultural.
E mais, cada classe etária também tem dimensões sociais e psicológicas profundas para aqueles
que a atravessam. Em geral, estas definem de modo bastante preciso como as pessoas dentro
de uma classe etária devem se comportar e como as outras pessoas devem se comportar em
relação a elas. Assim como cada sociedade tem uma divisão profunda entre os tipos de
comportamento esperados de homens e mulheres, também há diferenças importantes entre o
que é esperado de cada uma das classes etárias.
De acordo com Helman (2018), nos últimos anos, a antropologia médica tem dedicado
considerável atenção às características culturais de dois estágios particulares do crescimento e
desenvolvimento humanos: a infância e a velhice. Até certo ponto, tanto as crianças quanto os
idosos podem ser descritos como tendo suas próprias culturas, ou melhor, subculturas, pois eles
possuem sua própria visão exclusiva de mundo e modos de se comportar dentro dele.
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4 Conclusão
Ao estudar as sociedades e os grupos culturais em todo o mundo – incluindo
incluindo suas crenças e
práticas em saúde – os
os antropólogos têm utilizado abordagens e métodos de pesquisa, ambas
exclusivas da antropologia.
Neste trabalho foram descritos 4 métodos de antropologia. O primeiro destacado foi o método
histórico utilizado para a investigação de culturas passadas. Por meio dele o antropólogo, com
a ajuda do historiador, tenta reconstruir as culturas, explicar fatos e observar fenômenos, como,
por exemplo, as mudanças ocorridas e as adaptações.
O segundo foi o método estatístico empregado, sobretudo para analisar as variações culturais
das populações ou sociedades. Os dados são obtidos por meio de tabelas, gráficos, quadros
comparativos etc.
O terceiro foi o método etnográfico utilizado para descrever as sociedades humanas, de modo
particular as consideradas primitivas ou ágrafas (sem escrita). O método consiste
essencialmente em levantar todos os dados possíveis sobre uma determinada cultura ou etnia
e, a partir desses levantamentos,
levanta mentos, tentar descrever o estil
estiloo de vida ou cultura desses grupos.
Já o quarto método foi monográfico, também chamado de estudo de caso. Este consiste em
estudar com profundidade determinados grupos humanos, considerando todos os seus aspectos
como, por exemplo, as instituições, os processos culturais e a religião. O estudo monográfico
é muito importante para os casos de culturas que estão ameaçadas de extinção, uma vez que
permite analisá-las e descrevê-las de forma bem pormenorizada.
problemas de saúde, os tipos de tratamento nos quais elas acreditam e a quem recorrem quando
adoecem. Ela também é o estudo de como essas crenças e práticas relacionam-se com as
alterações biológicas, psicológicas e sociais no organismo humano, tanto na saúde quanto na
doença.
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5 Bibliografias
MARCONI, Marina de Andrade & PRESSOTTO, Zelia Maria Neves (1992). Antropologia;
uma introdução.
introdução. São Paulo, Atlas.
Janeiro: Rocco.
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