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Instituições de Direito
Introdução
Neil MacCormick – Instituições de Direito
Introdução
(1)
• OBJETIVO: desenvolver uma compreensão do direito melhor do que a fornecida por outras
teorias.
• PONTO DE PARTIDA: definição de direito como ordem normativo-institucional.
• Por que “institucional”? Existem ordens normativas que não são institucionalizadas.
• MÉTODO: Não se trata de definir o direito por uma simples convenção semântica 9como, por
exemplo, quando se convenciona que vermelha em um sinal de trânsito é um sinal para parar).
• A definição é explicativa – ao explicar os termos que compõem a definição, explicam-se
aspectos importantes daquilo que os falantes competentes de uma língua atualmente
reconhecem como direito em um sentido relevante.
• Difere de uma semântica convencional.
• [Comparar com o método de Hart.]
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Introdução
(2) (3)
• ORDEM DE EXPOSIÇÃO:
• a) Primeiro, explicar o que são normas.
• b) A seguir, explicar o que é uma ordem normativa.
• c) Depois, com a explicação do que é uma ordem normativa, explicar o que significa a institucionalização dessa ordem normativa
(ordem normativo-institucional.)
• Ao se discutir as normas se adotará a PERSPECTIVA dos usuários das normas (não dos criadores). Isso é, não se perguntará o que,
quem criou a regra – legislador – quer produzir no comportamento dos destinatários dessas normas. Mas o que nós, usuários
das normas, fazemos aos segui-las.
• Sermos usuários de normas constitui um dos traços da natureza humana. Exemplo emblemático: complexidade das normas que
regulam a linguagem e a comunicação (a participação nessa comunidade linguística supõe a participação em um conjunto
engenhoso de normas, sintáticas e semânticas que já encontramos ao nascer.
• O caso da prática social de formar filas, que é o tema do primeiro capítulo, nos dá um exemplo muito mais simples de normas
que todos usamos cotidianamente sem pensarmos muito nelas: é essa classe de ordem que MacCormick chama de ordem
normativa.
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Introdução
(4) e (5)
• Ordens desse tipo podem depender de um arranjo prévio. Exemplo:
fila com senha.
• Requer institucionalização da prática [que será discutida no capítulo
II], na medida em que não há apenas usuários de normas, mas
também seus criadores e implementadores. Isso responde pela
diferença entre “ordem normativa” e “ordem normativo-
institucional”. [exemplo do futebol entre crianças]
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(6)
• A estrutura constitucional de um estado moderno pode ser
compreendida como um exemplo especialmente complexo de
institucionalização. O capítulo II explora esse tema com certo detalhe,
discutindo as características dos Estados e das constituições e matérias
relacionadas com a separação de poderes.
• A institucionalização das regras e de sua aplicação gera uma lacuna entre
o direito legislado e o direito realizado, abrindo margem para questões
acerca da interpretação das regras e de até que ponto elas realmente
guardam alguma relação com a conduta dos indivíduos (ceticismo).
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(7) E (8)
• A exploração da definição explicativa de direito como ordem normativo-institucional constitui a
parte I do livro. O direito compreendido dessa maneira é um componente central dos estados
nacionais, que, para muitos estudiosos, é o ordenamento que mais importa.
• Mas essa não é a única classe de direito. Há também organismos internacionais de outra espécie
que também apresentam ordem normativo-institucional.
• Ver exemplos: Organizações desportivas internacionais, Otan, Corte Internacional de Justiça, etc.