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2013ME DiogoSilvaOliveira
2013ME DiogoSilvaOliveira
São Carlos
2013
Diôgo Silva de Oliveira
São Carlos
2013
Aos meus pais, Aldemir e Nilza, e
às minhas irmãs, Sabrina e
Suélem.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, por terem sempre me apoiado em todas as minhas decisões. Por
terem me fortalecido diante dos momentos difíceis. Por acreditarem na minha
capacidade. E pelo amor incondicional que deles recebo em todos os momentos.
Ao meu Orientador, Professor Dr. José Samuel Giongo, pela amizade. Por ter
apostado em mim. Pela paciência e dedicação a este trabalho.
Aos Engenheiros Civis Hidelbrando José F. Diógenes e Rodrigo Barros, pela ajuda
com o programa computacional DIANA.
À CAPES e ao CNPq pelo auxílio financeiro oferecido por meio da bolsa de estudos.
RESUMO
Palavras-chave: concreto armado; blocos sobre cinco estacas; blocos sobre seis
estacas; método de bielas e tirantes.
ABSTRACT
This research treats about the structural behavior of reinforced concrete pile caps
with five piles arranged at the trapezium vertices and with six piles in rectangular
arrangement, considering centered load at column. Several analytical methods were
studied for pile caps design in order to assess the compatibility between the pile caps
behavior and assumptions of each method. A three-dimensional numerical analysis
was developed using program based on finite element method. In pile caps studied,
the deformability of soil of support piles were varied, through elastic springs, the
column cross section, considering square and rectangular column, the pile caps
height and the concrete resistances. The flow stress configuration, visualized in
perspective, indicated the formation of discrete compressed struts connecting the
column base to the piles top. It was observed that the more deformable is the soil,
better uniforms are the reactions distribution between the piles and tensile stresses in
the main reinforcement bars. It was found that the struts settings changed with the
variation of the cross section column, indicating the importance of this variable in the
analytical pile caps design. The height of the pile caps significantly affects the
stiffness and strength. However, the higher pile caps did not show good structural
behavior and the smaller pile cap indicated poor reactions distribution in piles, with
tensile stresses concentrated among the bars reinforcement between the piles
closest to the column. It was observed that the increasing in the concrete strength
resulted in a higher pile caps resistance, but did not influence the stiffness
significantly. The analytical methods, which are based on the resistance verification
of bending moment and shear force, are not compatible with the tension flow
obtained, which indicated better compatibility with the strut and tie method. Finally, it
was possible to verify the applicability of a well known analytical method which uses
concepts of strut and tie method, which is simple and easy to apply for five and six
pile caps. This method considers the height by means of the inclination angle of
struts, the column cross section variation and different piles arrangements.
Keywords: reinforced concrete, five pile caps, six pile caps, strut and tie method
SUMÁRIO
1 INTRO
ODUÇÃO
Os b
blocos sob
bre estaca
as são ele mentos es
struturais de
d fundaçãão cuja fin
nalidade é
transsmitir às esstacas as ações oriu
undas da superestrut
s tura, comoo mostrado
o na Figura
a
1.1. São eleme
entos estru
uturais com
mumente encontrado
e os em infraaestruturas
s de obrass
como pontes e edifícios. O uso deste tip
po de fund
dação se justifica quando
q ass
camadas supe
erficiais do solo não ssão resiste
entes, send
do necessáário atingirr camadass
maiss profundas que sirva
am de apo
oio à fundação.
O nú
úmero de estacas no epende da força na base
o bloco de b do piilar e da capacidade
e
porta
ante da esstaca esco
olhida, que
e por sua vez
v é funç
ção da cappacidade geotécnica
g a
do ssolo e das condições
s disponíve
eis de con
nstrução. Geralmente
G e, para blo
ocos sobre
e
pouccas estaca
as, com até quatro e
estacas, co
ostuma-se adotar o arranjo dis
spondo-ass
nos vértices de ular. Para blocos so
d um políígono regu obre váriass estacas, é comum
m
adottá-las iguallmente esp
paçadas em
m um bloc
co de base retangularr.
Figu
ura 1.1 - Blocco sobre esta
acas [Delalib
bera (2006)]
Os b
blocos são
o estrutura
as de volu
ume, em que
q todas as dimen sões têm a mesma
a
orde
em de gran
ndeza, o que
q torna sseu funcio
onamento complexo.
c As vincula
ações dass
20
estacas e do pilar no bloco e, a interação entre solo e estrutura, são problemas que
agravam o grau de complexidade. Esses elementos estruturais, apesar de serem
fundamentais para a segurança da superestrutura, geralmente, são de difícil
inspeção visual quando em serviço, sendo assim, é importante o conhecimento de
seu real comportamento.
(a) (b)
Figura 1.2 - Blocos: (a) trapézio com cinco estacas e (b) retângulo com seis estacas
1.2 Justificativa
Dentre os tipos de blocos propostos nesta pesquisa, o bloco sobre cinco estacas
dispostas em linhas, se torna uma alternativa vantajosa, do ponto de vista de
22
De modo análogo ao que foi descrito para o bloco sobre cinco estacas, os blocos
sobre seis estacas dispostas em linhas, também são uma alternativa vantajosa, se
comparada à de blocos em forma de hexágono.
1.3 Objetivo
1.4 Método
h) com base nos resultados obtidos, indicar quais são os métodos analíticos
mais adequados para o dimensionamento e verificação dos blocos em
estudo.
25
Neste item são apresentadas algumas das principais pesquisas, que tiveram como
finalidade, compreender o comportamento estrutural dos blocos sobre estacas.
Optou-se por expor os trabalhos na ordem cronológica em que foram publicados.
Blévot e Frémy (1967) realizaram ensaios em blocos sobre duas, três e quatro
estacas, totalizando mais de cem modelos ensaiados. Os principais objetivos foram:
determinar os coeficientes de segurança que conduziam à aplicação adequada do
método das bielas, analisar as diversas disposições de armaduras e verificar os
modos de ruína dos blocos.
26
(a)) (b)
Figura 2.1
1 - Armadura
as dos blocos
s com duas e
estacas: (a) barras lisas com ganchoo, (b) barras com
c
nervuras e sem ganchos
[adaptado de B
Blévot e Frém
my (1967)]
Nos blocos co
om bielas inclinadass entre 40
0° e 55° as
a forças últimas ob
btidas noss
ensa
aios foram
m maiores que as previstas pelo méttodo de bbielas e tirantes,
t e
acon
nteceram após o escoamen
e nto da arm
madura. Para
P inclinnações fo
ora desse
e
interrvalo, as fo
orças última
as foram m
menores.
Os p
pesquisado
ores consttataram qu
ue os quattro primeirros modeloos foram ig
gualmente
e
eficie
entes. Os blocos com armadu
ura uniform
memente distribuída rromperam com 80%
%
da fforça últim
ma dos bllocos com
m armadurra segund
do os ladoos. O mo
odelo com
m
arma
adura segundo as diagonais
d a
apresentou
u maior nú
úmero de fissuras para forçass
muitto aquém da
d força última. O m
modelo com
m armadura
a em laçoss apresenttou muitass
fissu
uras na fa
ace inferiorr do bloco
o, mostran
ndo a nece
essidade dde dispor armadura
a
distrribuída parra combate
er a fissura
ação. Em todos os modelos
m ssobre quatrro estacass
obse
ervou-se que a ruína ocorreu a partir de fissuras
f forrmadas junnto às esta
acas e não
o
ocorrreu ruína por punçã
ão. Por fim
m, foi verificado que o modelo de bielas e tirantess
estava coerentte com os valores ob
btidos nos ensaios.
Ao ffinal da pesquisa, ap
presentaram
m roteiros para os projetos
p dee blocos so
obre duas,
três e quatro estacas
e utilizando a teoria de bielas
b e tirantes. Tam
mbém apre
esentaram
m
oteiro para
o ro a cálculo de blocoss sobre cinco
c e se
eis estacaas a partir de uma
a
asso
ociação ao
o modelo do
os blocos sobre quattro estacas
s.
28
2.3 Mau
utoni (19
972)
Para o b
bloco com armadura
a, conform
me mostrad
do na Figura 2.4, M
Mautoni (1
1972)
observou que houvve destac
camento d
da armadu
ura na parte inferioor ocasionando
alteração da superfície de frattura. Porém
m, não hou
uve alteraç
ção da forçça de ruína em
a ancorag
virtude da gem. Nos blocos co
om armadu
ura em laço, a ruínna ocorreu
u por
ruptura da
a biela de concreto,
c com
c desloccamento re
elativo entrre as partees do bloco
o.
As princip
pais conclusões do trabalho para um bloco sobre dois appoios foram: o
estabeleccimento de
e um méto
odo para determina
ar a força de ruína do bloco e o
entendime
ento do mecanismo de colapsso. A ruína
a dos modelos ocorrreu sempre
e por
ruptura da
a biela de compressão com pla
ano de fra
atura entre a face inteerna da es
staca
e a face d
do pilar. Em todos os blocos e
ensaiados, a força de
e ruína foi muito pró
óxima
da previssta. A mé
édia das eficiências
e s dos bloc
cos em re
elação aoo calculado foi
praticame
ente 1,0.
29
9
Fora
am verificados três diferentes a
arranjos da
as armaduras, como mostrado na Figura
a
2.5. Foram adotados quatro difere
entes tipos de ancora
agem, apreesentados na Figura
a
2.6.
De m
modo geral, todos os
s blocos ap
presentaram comporttamento seemelhante nas fasess
inicia
ais dos en om fissura s verticais
nsaios, co ando nas linhas de
s se forma e eixo dass
estacas, nas quatro fac
ces do blo
oco. Na maioria
m do
os casos a ruína se
e deu porr
cisallhamento. Foram ob
bservados dois mod
dos de ruín
na por cissalhamento
o: uma foii
semelhante ao
o cisalham
mento em uma viga
a e outra foi por puunção, com
m fissurass
nadas na face
inclin f inferio
or do bloco
o (Figura 2.7).
Os b
blocos com
m armaduras segund
do os lados
s, apresen
ntaram forçças últimas
s cerca de
e
15%
% maiores que os blo
ocos com barras de armadura
as uniformeemente distribuídas..
30
No caso da arma
adura unifformementte distribu po de anncoragem teve
uída, o tip
influência mais accentuada nas força
as de ruín
na. A ancoragem
a m com gancho
prolongad
do até a face
f superrior aumen
ntou a forç
ça de ruín
na em aprroximadam
mente
30%. Tayylor e Cla
arke (1976
6) atribuíra
am esse aumento ao fato dde a arma
adura
trabalhar como armadura de suspensão
s o, e não po
or causa da
a ancorageem. Nos bllocos
em que a barras fo
oram dobra
adas e pro
olongadas até a face
e superior do bloco, com
um ganch
ho na extre aumento de
emidade, não houve a d força últtima.
2.5 Ade
ebar, Kuc
chma e Collins
C (1
1990)
Adebar, K
Kuchma e Collins (1
1990) realiizaram ensaios em seis blocoos de concreto
armado sobre quatrro e seis estacas,
e co
om a finaliidade de observar
o a viabilidad
de do
modelo triidimension
nal de biela
as e tirante
es para blo
ocos sobre estacas (F
Figura 2.8)).
força
a de ruína bem meno
or que o b loco D. O método da
as bielas s ugere que os blocoss
D e F tenham essencialm
mente a me
esma força
a.
Os pesquisa
adores ob
bservaram que o bloco A apressentou ru
uína com
m
apro
oximadame
ente 83% da força p
prevista, sendo que a ruína sse deu em forma de
e
cone
e e a arm
madura de flexão so
ofreu escoa
amento an
ntes da ruuína do co
oncreto. O
Blocco B resisttiu a uma força 10%
% maior que a prevista, sendoo que o tirante não
o
apre
esentou escoamento das barrass na direçã
ão de maio
or distânciaa entre as estacas.
Com base
e nos resultados exp
perimentaiss Adebar, Kuchma
K e Collins (19990) sugeriram
um mode
elo refinad
do de biela
a e tirante
es para dimensiona
d amento dee blocos sobre
s
estacas. O modelo considera
c que as ten
nsões de compressã
c o na biela de concreto se
expandem
m, dando origem a tensões d
de tração perpendiculares ao eixo de biela,
b
como mo
ostrado na
a Figura 2.9. Logo
o, os pes
squisadores sugeriraam um tirante
perpendiccular à biella, para ab
bsorver es sas tensõe
es. O tiran
nte pode seer de conc
creto,
desde que
e seja resp
peitada a resistência à tração.
(a
a) (b)
Figu
ura 2.9 - (a) expansão do
o fluxo de ten oco, (b) mode
nsões no blo elo de treliçaa proposto
[A
Adebar, Kuch
hma e Collins
s (1990)]
2.6 Mig
guel (2000)
Miguel (20
000) realizzou análise
e experime
ental e num
mérica de blocos ríg idos sobre
e três
estacas ssubmetidoss à ação de força ccentrada. O objetivo
o principall foi verific
car a
formação de fissura
as e o mo
odo de ruín
na. Os mo
odelos fora
am ensaiaddos em es
scala
natural. A analise numérica
a foi realizzada pelo
o Método dos Elem
mentos Fin
nitos,
considera
ando não linearidade, porém se
em levar em
m conta as
s barras daas armaduras.
33
3
Na T
Tabela 2.1
1 são mos
stradas ass séries de
e blocos de
d acordo com o arranjo dass
arma
aduras. Fo
oram adota
ados dois grupos de
e blocos, de acordo ccom o diâmetro dass
estacas.
Quanto ao arra
anjo das armaduras,
a , Miguel (2
2000) obse
ervou que oos blocos das sériess
A2 e A4 apre
esentaram as maiorres forças últimas, independeente da re
edução do
o
diâm
metro das estacas.
e Nos
N modelo
os da série A4, as armaduras
a s também auxiliaram
m
na re
edução da
a abertura das fissurras. Já nos blocos da
d série A33 houve re
edução da
a
fissu
uração na base,
b sem redução n
nas faces laterais.
Todo
os os mod
delos romperam porr tração nas
n bielas (fendilham
mento), jun
nto com o
esco
oamento da
as barras das
d armad
duras princ
cipais e sec
cundárias.
Migu
uel (2000) constatou que a disstribuição das
d forças nas estaccas não fo
oi uniforme
e
em nenhum dos mode
elos ensa iados. As estacas de númeero 1 (Fig
gura 2.10))
rece
eberam me
enores valo
ores da açção aplicad
da em rela
ação às esstacas de números
n 2
e 3, mesmo co
onsiderand
do o pilar n o centro geométrico das estaccas.
34
A partir do
os resultad
dos obtidos
s nos ensa
aios, Migue
el (2000) afirmou quee o método
o das
bielas dessenvolvido
o por Blévo
ot e Frém
my (1967) apresentou
a u margem de segurrança
mínima de
e 12%.
- 0,40 ;
- 0,50 (p
para blocos com esta
acas de 20
0 de diâ
âmetro);
- 0,30 (p
para blocos com esta
acas de 30
0 de diâ
âmetro);
sendo:
- a ten
nsão limite de compressão do cconcreto no nó junto ao pilar;
- a ten
nsão limite de compre
essão do cconcreto no
o nó junto às estacass;
- a ressistência média
m de co
ompressão
o do concrreto.
2.7 Pes
squisa de
e Munho
oz (2004)
deve ser diferente conforme a seção do pilar, indicando que a consideração de uma
seção quadrada equivalente pode apresentar resultados conservadores.
Delalibera (2006) realizou ensaio experimental em blocos com duas estacas e fez
análise numérica, por meio do Método dos Elementos Finitos.
Todos os blocos ensaiados apresentaram os mesmos modos de ruína, que foi por
ruptura da biela comprimida junto ao pilar e/ou junto à estaca. Os blocos com pilares
de maior seção transversal apresentaram maior capacidade portante. Os modelos
com maior altura, mais rígidos, também suportaram maior força ultima quando
comparados com os modelos de menor rigidez. Os blocos construídos e ensaiados
com força vertical excêntrica apresentaram menor capacidade portante.
Delalibera (2006) verificou que o tirante adicional (Figura 2.11) perpendicular à biela
comprimida aumentou de maneira significativa a capacidade portante dos blocos.
36
Quanto à ancorage
em das ba
arras, o p
pesquisado
or constato
ou que oss ganchos não
tiveram in
nfluência no
n compo
ortamento estrutural dos bloco
os. Recom
mendou que o
início de ancoragem
m das barrras pode ser consid
derado a partir da fface da es
staca
mais afasstada da borda
b do bloco,
b conssiderando a força a ancorar iggual à forç
ça no
tirante.
Figura 2.11 - Mo
odelo de treliç
ça refinado
[Dela
alibera 2006]
2.9 Ram
mos (200
07)
Ramos (2
2007) realiizou anális
se numéricca de bloc
cos rígidos
s retangulaares sobre
e dez
estacas. A
As dimenssões dos blocos em
m planta estão mostradas na Figura 2.1
12. A
altura varriou em 80 cm, 115 cm
c e 200 ccm. Na ma
aior parte dos blocoss analisados, a
resistência caracterrística do concreto ffoi de 25 MPa, send
do que paara apenas
s um
bloco de 115 cm de
e altura, a resistência
a do concrreto variou de 20 MP
Pa até 40 MPa.
M
O diâmetrro das esta
acas foi fixado em 35
5 cm.
A análise
e numéricca conside
erou a nã
ão linearid
dade física
a dos maateriais. Fo
oram
utilizadas apenas armaduras principais na face in
nferior do bloco
b e ass armadura
as do
as estacas. O pesqu
pilar e da uisador sim
mulou a vin
nculação das
d estacaas por meiio de
molas eq
quivalentess na base das esstacas para solos do tipo ddeformáve
el ou
indeformá
ável. Fora
am analis
sados 32 blocos, divididos em quattro casos
s de
carregamento, como
o mostrado
o na Tabella 2.2.
37
7
O método ana
alítico adota
ado foi o in
ndicado no
o Boletim número
n 733 do CEB-F
FIP (1970))
que compreen
nde basica
amente a verificação
o da resis
stência à fforça corta
ante e ao
o
mom
mento fletor em seçõe
es de referrência.
Ram
mos (2007)) concluiu que os re
esultados obtidos, por meio d a análise numérica,
apre
esentaram grande diferença d
dos valores
s calculados analiticcamente. De
D acordo
o
com o pesquissador, o método de ccálculo não
o leva em conta a al tura do blo
oco nem o
tipo de vincula
ação das es
stacas no ssolo.
Figura 2.12 - B
Bloco com de
ez estacas em
e planta
[Ramos (2
2007)]
Tabela 2.2
2 - Casos de
e carregamen
nto dos bloco
os [Ramos 22007]
(a) (b)
Figura 2.1
13 - Camposs de tensão de
d compresssão a 10 cm da base de blocos com 880 cm de alttura,
consideran
ndo solo: (a) indeformáve
el, (b) deform
mável
mos 2007]
[Ram
(a) (b)
Figura 2
2.14 - Campo
os de tensão
o de compresssão a 10 cm
m da base de
e blocos conssiderando so
olo
indefformável, sendo a altura dos blocos: (a) 115 cm, (b) 200 cm
[Ram
mos 2007]
2.10 Pa
ark, Kuch
hma e So
ouza (200
08)
Para ana
alisar o mé posto, os pesquisad
étodo prop sideraram uma base de
dores cons
dados de
e blocos sobre
s quattro estacass, ensaiad
dos por ou
utros pesqquisadores
s. No
39
entanto, indicaram que esse método pode ser estendido para outros tipos de blocos.
Todos os blocos analisados pelos pesquisadores tinham o ângulo entre as bielas e
tirantes maior que 25°.
Nos gráficos da Figura 2.16 são apresentadas essas comparações, feitas apenas
com os blocos que romperam por cisalhamento ou por compressão das bielas.
Park, Kuchma e Souza (2008) concluíram que os critérios do ACI 318:99 para a
verificação de sapatas e o método do CRSI Handbook (2002) foram os mais
conservadores, porém em alguns casos, foram contra a segurança em blocos que
apresentaram ruína por cisalhamento. O apêndice A do ACI 318:05 e o modelo de
bielas e tirantes da CSA A23.3:04 em geral, foram conservadores, porém os critérios
desses métodos também foram contra a segurança em alguns blocos que tiveram
ruína por cisalhamento. O modelo de Adebar e Zhou (1996) apresentou média
contra a segurança na verificação dos blocos que tiveram ruína por cisalhamento. O
método proposto se mostrou pouco conservador quando foram analisados todos os
blocos, porém se mostrou mais preciso no dimensionamento de blocos que
apresentaram ruína por cisalhamento, praticamente sem apresentar valores contra a
segurança.
40
(a)
( (b)
(c
c) (d))
(e
e) (f)
Figura 2.15
5 - Relação entre
e a capacidade de en
nsaio e a força prevista, em função dda relação en
ntre o
afastam
mento das estacas e a altura útil do blloco. Método
os: (a) ACI 318:99, (b) CR
RSI Handboo
ok
(2002),, (c) modelo de bielas e tirantes
t do A
ACI 318:05, (d
d) modelo de
e bielas e tiraantes da CSA
A
A23.3::04, (e) Adeb
bar e Zhou (1
1996), (f) mé
étodo proposto por Park, Kuchma e S
Souza (2008)).
41
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
Figu
ura 2.16 - Relação entre a capacidade
e de ensaio e a força pre
evista, em funnção da rela
ação entre o
nto das estac
afastamen cas e a altura
a útil do bloc
co. Apenas blocos que tivveram rupturra por
cisalh
hamento. Mé
étodos: (a) ACI
A 318:99, ( b) CRSI Han
ndbook (2002
2), (c) modello de bielas e tirantes do
ACII 318:05, (d) modelo de bielas
b e tiranttes do CSA A23.3:04,
A (e) Adebar e Z
Zhou (1996), (f) método
proposto
p porr Park, Kuchma e Souza (2008).
42
A importância dos resultados apresentados por Blévot e Frémy (1967), fez com que
essa pesquisa se tornasse a base para a maioria das formulações para
dimensionamento de blocos. As resistências medidas durante os ensaios
possibilitaram a criação de coeficientes para a verificação das regiões nodais nos
modelos de bielas e tirantes para blocos sobre uma a quatro estacas. Porém, o
trabalho de Blévot e Frémy (1967) ficou limitado a blocos até quatro estacas, com
estaqueamento formando um polígono regular. Além disso, o método é limitado a
pilares com seção transversal quadrada.
Quanto às reações das estacas, Adebar, Kuchma e Collins (1990) observaram, nos
blocos com quatro e seis estacas, que as reações não foram uniformes. As estacas
mais próximas receberam maior força. Resultado semelhante foi observado por
Ramos (2007) nos blocos sobre dez estacas, em que as estacas mais próximas
receberam maior força, mesmo considerando a deformabilidade do solo. Miguel
(2000), mesmo adotando o pilar de seção quadrada posicionado no centro
geométrico dos blocos sobre três estacas, observou que as reações das estacas
não foram uniformes. Munhoz (2004) verificou, no bloco quadrado sobre cinco
estacas, que a estaca central recebeu maior parcela de força. Esses resultados
demonstram a importância de considerar a rigidez do bloco na transferência das
forças às estacas e a deformabilidade do solo.
Além do que foi mencionado, outras considerações podem ser feitas sobre a
pesquisa de Ramos (2007). O pesquisador afirmou que o método analítico utilizado
não considerou a altura dos blocos. Porém, o método indicado no Boletim número
73 do CEB-FIP (1970) foi incompatível com o comportamento do bloco. Porém, não
analisou a configuração das bielas e não verificou os modos de ruptura. Sendo
assim, se faz necessário avançar o estudo sobre o comportamento de blocos com
disposições irregulares das estacas, principalmente no que se refere à formação das
bielas e na aplicação do método de bielas e tirantes para o dimensionamento dos
blocos.
tem que permitir a transmissão direta da força desde a base do pilar até o topo das
estacas por meio de bielas comprimidas.
3.1
ℓ 1,5 ∙
ap
0,25 ap
c
a
Figura 3.1 - Afastamento das estacas e altura do bloco
Fusco (1995) considera que, para haver transferência direta das forças por meio de
bielas, essas devem estar inclinadas de ângulo não inferior a 27° (arctg 1/2) em
relação á horizontal. Todavia, por segurança, o autor recomenda que o bloco tenha
altura suficiente para que a estaca mais afastada não exija biela com inclinação
menor que 34° (arctg 2/3). Deste modo, as bielas mais abatidas ficam com
inclinação na faixa entre 34° e 45°. A inclinação pode ser determinada pela reta que
une o centro da estaca mais afastada ao ponto convencional da seção da base do
pilar, correspondente a uma distribuição aproximadamente equilibrada da carga do
pilar pelas diferentes estacas (0,25 ∙ ), como indicado na Figura 3.1. Para que a
inclinação mínima das bielas seja satisfeita, Fusco (1995) recomenda, como um
critério prático, que o afastamento máximo das estacas ao eixo do pilar seja de uma
vez e meia a altura do bloco, ou seja:
49
1,5 ∙ 3.2
A ABNT NBR 6118:2007 considera o mesmo critério usado para sapatas. Sendo que
quando se verifica a expressão a seguir, o bloco é considerado rígido, caso
contrário, a norma considera o bloco como flexível:
3.3
3
sendo:
O ACI 318:08 indica que quando a distância entre o eixo de qualquer estaca para o
eixo do pilar for maior que duas vezes a distância entre o topo do bloco e o topo da
estaca (bloco flexível), deve ser feita verificação da força cortante em uma seção
crítica. Para blocos em que essa distância for menor (bloco rígidos), deve ser feita
verificação por meio do método de bielas e tirantes.
50
3.4
A altura útil da seção é igual à altura útil do bloco medida na própria seção.
Porém este valor não deve ser maior que uma vez e meia a medida da aba ℓ . Essa
aba é medida a partir da seção ao eixo da estaca mais afastada. Logo:
3.5
1,5 ∙ ℓ
51
A força cortante é a resultante das reações das estacas limitadas pela seção de
referência . Essa força cortante deve ser menor ou igual à força cortante limite,
calculada pela expressão:
ℓ 3.6
, 0,25 ⋅ 1 ∙ ⋅
5⋅
sendo:
, , , e ℓ em ;
(a) (b)
S2
b bp b2
(c)
Figura 3.2 - Seção de referência para a verificação da força cortante
[adaptado do Boletim número 73 do CEB-FIP (1970)]
52
Essa verificação, para o caso de estaca no canto do bloco, é feita em uma seção
chamada situada a uma distância da face da estaca igual à metade da altura útil
do bloco, medida junto à face interna da estaca (Figura 3.3a). A largura é igual
à altura útil acrescida da largura da estaca. A altura útil é a altura efetiva da
seção (Figura 3.3b).
(a) (b)
Figura 3.3 - Seção de referência para a verificação local da força cortante
[adaptado do Boletim número 73 do CEB-FIP (1970)]
3.7
, 0,12 ⋅ ⋅ ∙
sendo ,e em e em / ².
53
ap
d1
0,15ap
S1
A altura útil da seção S1 é tomada igual à altura útil da seção paralela a S1 e situada
na face do pilar, sendo que essa altura não pode ser maior que uma vez e meia a
aba ℓ :
3.8
1,5 ⋅ ℓ
Para o cálculo do momento fletor, as reações computadas são das estacas limitadas
pela seção . O momento resultante é dado pela soma do produto da reação de
cada estaca pela respectiva distância do seu eixo à seção de referência. O cálculo
da armadura pode ser feito pelo equilíbrio de forças, de maneira análoga ao que se
faz para vigas.
54
Para blocos sobre duas ou três estacas, Calavera (1991) apresenta modelos de
bielas e tirantes cuja peculiaridade se refere à posição do ponto de início das bielas
junto ao pilar. Esse ponto é considerado a uma altura de 0,875 ⋅ a partir do centro
da armadura principal.
3.9
, 3⋅ 1 ⋅ ⋅ ⋅
5 ∙
send
do:
, , e e
em ;
1,5 de aco
ordo com a EH:91.
3.3.3
3 Método
o de Fusco
o (1995)
Fusco (1995) considera que na seção de contato do pilar com o bloco, a tensão de
compressão atuante no concreto não pode ser superior a 0,85 ⋅ . Esta tensão no
bloco, junto à base do pilar poderia ser até maior, por se tratar de uma área
parcialmente carregada, porém quem governa o dimensionamento é a seção do
pilar, que não tem esse mesmo grau de cintamento.
Fusco (1995) considera que, em uma distância do topo do bloco, toda a parcela de
força vertical resistida pela armadura do pilar foi transmitida para o concreto, como
mostrado na Figura 3.6. Também considera que, no plano horizontal que dista da
face superior do bloco, a força do pilar atua em uma área ampliada. Sendo assim, a
tensão nessa área é menor que na seção de encontro do pilar com o bloco.
Fusco (1995) indica que, a favor da segurança, a ampliação dessa área se dê por
um ângulo de 63° ( 2). Considerando um pilar com taxa geométrica de
armadura da ordem de 3%, a força normal de cálculo do pilar pode ser admitida
com valor de:
3.10
, á 2⋅ ⋅ 0,85 ∙
Para pilares com seção quadrada, essa tensão reduzida atua em uma área que dista ≅ /2 da
superfície do bloco, sendo o lado do pilar. E em pilares retangulares de seção muito alongada, com
o maior lado da ordem 10 vezes o lado menor, ≅ 1,2 . De acordo com a taxa de armadura do
pilar, Fusco (1995) indica os valores da
Figura
a 3.6 - Área d
do pilar, amp
pliada no inte
erior do blocoo
[Fusco (19
995)]
3.11
, ≅9⋅
2∙ ⋅ 0,85 ⋅ 3.12
≅ 0,20 ∙
, 9⋅
Considera
ando que as estacas
s acabam sendo em
mbutidas em 5 cm a 10 cm, oc
corre
uma redução na incclinação da
as bielas d e 34° ( 2/3) pa
ara um ânggulo efetivo
o 27°
( 2), como mostrado
1/2 m na
n Figura 3
3.7.
Com essa
as hipótese
es a tensão
o máxima de compre
essão nas bielas juntto ao pilar é:
3.13
, ⋅
, ⋅ 20 ⋅
0,2 3.14
,
⋅
59
Considerando a estaca mais afastada, com biela inclinada de 27° ( 1/2), tem-
se , . Logo, se esse limite for obedecido, a segurança das bielas é satisfeita.
Para a verificação da biela junto à estaca, Fusco (1995) considera que a área
ampliada corresponde a uma distância 0,20 ∙ da face inferior do bloco. A
ampliação se dá por meio de um ângulo de 45° (Figura 3.7). Logo, fazendo o
processo inverso para encontrar a tensão na estaca:
Sendo:
, , 3.16
,
1,4
, , 3.17
,
1,4
O cálculo da armadura inferior principal é feito a partir do momento fletor que atua
em uma seção vertical de referência localizada à distância de 0,25 ⋅ (ver Figura
60
3.19
≅ 0,8 ∙
F
Figura 3.8 - Seções
S para o cálculo da
a armadura principal
p
[Fussco (1995)]
3.3.4 Mé
étodo do Concrete
C Design
D Ha
andbook
Neste item
m é aprese
entado o método
m de dimension
namento in
ndicado poor Kokai (2
2006)
no Concrrete Desig
gn Handbo
ook, esse autor seg
gue os crittérios paraa o projetto de
blocos ind
dicados pe
ela norma canadense
c e CSA A23
3.3:04.
A CSA A2
23.3:04 reccomenda o uso do m
método de bielas e tirrantes paraa represen
ntar o
comportam
mento de regiões descontínu
d uas. No caso
c de blocos
b sobbre estaca
as, a
61
A altura útil dos blocos é escolhida de modo a satisfazer tanto as tensões limites de
cisalhamento nas seções críticas (ignorando qualquer estaca posicionada dentro da
seção crítica), e as tensões nodais limites (como especificado no método de bielas e
tirantes).
Pilares com seção transversal circular ou retangular poligonal podem ser tratados
como seções quadradas com área equivalente.
direções, as tensões na base do pilar e no topo das estacas devem ser limitadas
pela expressão 3.20, que foi proposta por Adebar e Zhou (1996). A área para o
cálculo da tensão solicitante em cada situação são as próprias áreas das seções
transversais do pilar ou das estacas.
3.20
0,6 ∙ ⋅ 6 ∙ ∙ ∙ ∙
Sendo:
1 3.21
⋅ 1 1
3
3.22
0 0,33 ⋅ 1 1,0
A1 - pilar
A2 - estaca
d
45° A1 - estaca
A 2 - pilar
O cálculo das áreas das armaduras é feito pelo equilíbrio da treliça que pode ser
decomposta em vários polígonos de força. Cada polígono de força é composto pela
biela comprimida saindo em um ponto na seção de base do pilar, a 1⁄4 do lado do
pilar, indo em direção ao topo da estaca, terminando em seu eixo. O tirante que
equilibra o polígono sai do eixo da estaca e segue na direção horizontal ao eixo de
projeção do pilar, onde se equilibra com os tirantes dos outros polígonos (Figura
3.10). A força no tirante calculada deve ser decomposta segundo as direções das
armaduras, conforme o arranjo adotado.
face do pilar. Sendo assim, as seções são consideradas passando pelas estacas,
interpolando o valor das reações de acordo com a área limitada pela seção, como
mostrado no exemplo da Figura 3.11.
3.23
Sendo:
Figura 3.11 - Seções críticas para a verificação do cisalhamento e de punção para o caso de blocos
sobre seis estacas
ℓ 2 3.24
⋅
6
3.25
∙ ∙ ∙ ∙ ∙
sendo:
- largura da seção ( );
66
3.26
0,38 ∙ ∙ ∙ ∙ ∙
Sendo:
No caso de blocos sobre cinco e seis estacas, os critérios indicados por Blévot e
Frémy (1967) permitem apenas o cálculo de blocos com arranjo das estacas nos
vértices de um pentágono e hexágono, respectivamente. Mesmo não sendo estes os
tipos de blocos analisados neste trabalho, optou-se por apresentar esse método.
A inclinação das bielas precisa estar dentro do intervalo de 45° 55°. A tangente
de , considerando a Figura 3.12b é:
3.27
0,851 ∙ ℓ
3,4
3.28
0,851 ∙ ℓ 1,20 ∙ ℓ
3,4 3,4
68
∙ 0,851 ∙ ℓ 3.29
3,4
,
5∙
(a) (b)
Figura 3.12 - Modelo de treliça para bloco sobre cinco estacas em formato de pentágono: (a) vista em
planta, (b) corte vertical AA
0,725 ∙ ∙ ℓ 3.30
3,4
,ℓ
5∙
69
Figura 3.13 - Armaduras segundo os lados para bloco com cinco estacas
Blévot e Frémy (1967) não apresentam critérios para a verificação das tensões nas
regiões nodais de blocos com cinco estacas e Machado (1985) indica que não há
necessidade de verificar essas tensões, desde que sejam respeitados os limites
para a altura do bloco, apresentados anteriormente. No entanto, Andrade (1989)
recomenda a verificação das bielas comprimidas junto ao pilar e junto às estacas:
Junto ao pilar:
, ∙ 0,85 ∙ 3.31
∙
Junto à estaca:
3.32
, ∙ 0,85 ∙
5∙ ∙
pilar, como mostrado na Figura 3.14b. O ponto considerado como início das bielas
se localiza a ⁄4.
(a) (b)
Figura 3.14 - Modelo de treliça para bloco sobre seis estacas em formato de hexágono: (a) vista em
planta, (b) corte vertical AA
De maneira análoga ao feito para os blocos sobre cinco estacas, os blocos devem
possuir altura de modo que o ângulo de inclinação das bielas esteja entre
45° 55°.
3.33
ℓ
4
3.34
ℓ 1,428 ∙ ℓ
4 4
71
∙ 3.35
4
, ,ℓ
6∙
Para adotar armadura segundo os lados (Figura 3.15a), ligando as estacas, deve-se
decompor essa força na direção das armaduras, a 60°. Fazendo a decomposição,
resulta na mesma força.
(a) (b)
Figura 3.15 - Arranjo das armaduras para bloco com seis estacas em forma de hexágono: (a)
segundo os lados, (b) segundo as medianas
Assim, como para os blocos sobre cinco estacas, Machado (1985) também afirma
que, sendo respeitados os limites para a altura do bloco, apresentados
anteriormente, não há necessidade de verificar as tensões nas bielas. Porém
Andrade (1989) recomenda as seguintes verificações das bielas comprimidas junto
ao pilar e junto às estacas:
Junto ao pilar:
3.36
, ∙ 0,85 ∙
∙
Junto à estaca:
3.37
, ∙ 0,85 ∙
6 ∙ ∙
Para blocos sobre duas e até quatro estacas, Andrade (1989) recomenda o método
de Blévot e Frémy (1967). Para blocos sobre cinco estacas ou mais, Andrade (1989)
adaptou alguns critérios de Blévot e Frémy (1967) e de Machado (1985),
desenvolvendo assim um método geral que permite o cálculo de bloco sobre várias
estacas em diferentes arranjos.
Andrade (1989) lembra que em geral os pilares não têm seção quadrada e sim
retangular, bastante alongada. E indica que para pilares com seção retangular pouco
alongada, o cálculo pode ser feito adotando-se para o lado o valor
correspondente à seção quadrada de área equivalente. Já para seções muito
alongadas é mais correto calcular separadamente, para cada direção e , a
posição das bielas em um ponto conveniente junto à base do pilar que deve ser
determinado de acordo com os critérios do próprio engenheiro, como mostrado na
Figura 3.16. Para bielas das estacas de canto, como não há simetria, as
componentes , e , das forças dos tirantes não têm o mesmo valor, precisando
ser calculadas pelo equilíbrio do modelo de treliça adotado.
73
(a) (b)
Figura 3.1
18 - Pontos de
d início das bielas junto ao pilar de acordo
a com recomendaçções de Andrrade
(1989): (a) blocos sobre
s cinco e
estacas, (b) blocos
b sobre seis estacass.
3.3.6.2 B
Bloco rígido
o sobre seiis estacas
Além do estaqueam
mento seg
gundo os vértices de
d um hex
xágono, A
Andrade (1
1989)
recomend
da o bloco retangular (Figura 3
3.19). A árrea do esta
aqueamennto nos vérrtices
de um h
hexágono 2,60 ∙ ℓ , q
que é ma
aior que a área ocupada pelo
estaqueam
mento reta
angular 2,00 ∙ ℓ . A configuração é adequadaa a pilares com
seção reta
angular alo
ongada na direção de
e alongam
mento do bloco.
Do mesm
mo modo co
omo é feito
o para bloccos sobre cinco esta
acas, adaptta-se o mo
odelo
de treliça para o bloco sobre
e seis esta
acas em fo
orma de retângulo.
r Os tirante
es de
cada políígono de força são decompo
ostos nas direções principais e pa
ara a
disposição
o das arm
maduras qu
ue unem a
as estacas
s ou para a distribuiçção em malha.
75
Andrade (1989) indica que nos blocos com mais de seis estacas o cálculo das
armaduras dos tirantes possa ser feito segundo as direções principais e .
Em vários casos, os pilares têm seção alongada. Deve-se então marcar, da maneira
que se julgar mais adequada o ponto de início das bielas, na seção da base do pilar,
correspondente a cada estaca, como pode ser visto na Figura 3.20.
76
(a) (b)
Figura 3.20 - Posicionamento das bielas e tirantes, considerando um pilar alongado: (a) esquema da
treliça em planta, (b) esquema da treliça em corte vertical
[adaptado de Andrade (1989)]
As verificações das tensões no concreto são feitas pelas equações 3.36 e 3.37,
considerando o ângulo da biela mais abatida, sendo que na verificação junto à
estaca, a força é dividida pelo número de estacas ao invés de ser dividida por seis.
O cálculo das forças para determinar as armaduras pode ser feito considerando as
forças de tração que atuam nas seções indicadas na Figura 3.20a.
Na direção :
2∙ 1
, 3.38
3∙ 1 3.39
, ,
2∙ 1 3.40
, ,
77
7
Na d
direção :
3∙ 1 3.41
,
4∙ 1 3.42
, ,
3.3.7
7 Método
o adaptado
o de Park,, Kuchma e Souza (2008)
(
O m
modelo de
e treliça proposto
p p
por Park, Kuchma e Souza (2008), tem
t como
o
partiicularidade
e, a consid
deração de orizontais abaixo doo pilar (Fig
e bielas ho gura 3.21)..
Os eixos dessas barras horizonttais ficam a uma altura
a de /8 abaixo
o da face
e
erior do blo
supe oco. Os po
ontos de in
nício bielas
s inclinadas são deteerminados admitindo
o
que a tensão que atua na seção
o do pilar é substitu
uída por fforças con
ncentradass
equivalentes.
⋅ ⋅ cos ⋅ ⋅ 3.43
,
√2 √2
sendo:
3.44
⋅ 2⋅ ⋅ ⋅
3.45
Figura 3.22 - Lado das seções das bielas, considerando pilar quadrado e bloco sobre quatro estacas
3.46
, ⋅ ⋅ cos ⋅ cos
√2 √2 2
Sendo assim, adotou-se que para o bloco sobre seis estacas, essa primeira parcela
iria corresponder a ⁄3 ⋅ cos e para o bloco sobre cinco estacas seria
⁄2,5 ⋅ cos , mantendo-se assim a mesma proporção entre os diferentes tipos de
blocos. Além disso, os pontos de início das bielas junto ao pilar foram
convenientemente posicionados de acordo o formato da seção do pilar, seguindo a
recomendação de Andrade (1989). A altura das bielas horizontas foi mantida em /8
abaixo da face superior do bloco.
3.47
, ⋅ ⋅ ⋅ cos 2⋅ ⋅
4
3.48
⋅
4
Para que não ocorra fendilhamento do concreto nas bielas inclinadas, Park, Kuchma
e Souza (2008) indicam que a tração perpendicular ao eixo da biela causa uma
redução na resistência e rigidez, referindo a esse fenômeno como “amolecimento”
80
ℓ ℓ ℓ 3.49
, ⋅ ⋅ 2⋅ para: 1
⋅ ⋅ ⋅
ℓ
1
⋅ ℓ 3.50
, ⋅ ⋅ 1 para: 1
2
1 ⋅
sendo:
′
20 ′ 3.51
0,002 0,001 ⋅ para: 20 100
80
sendo:
3.53
ℓ
81
sendo:
Park, Kuchma e Souza (2008) adotam e iguais a 0,002 admitindo ser um valor
bem conservador.
A força característica máxima para que não ocorra ruptura das bielas inclinadas é
calculada por:
,
, ⋅ 3.54
A força característica máxima para que não ocorra ruptura das bielas horizontais é
calculada por:
, 3.55
, 0,85 ⋅
Para o cálculo das armaduras dos tirantes, o método também considera que uma
parcela de força é absorvida pelo concreto tracionado que envolve as barras das
armaduras. A tensão nas barras das armaduras é determinada a partir da
deformação do concreto que as envolve e tensão de tração no concreto pode ser
calculada por:
3.56
1 200 ⋅ ℓ
82
3.57
, 0,20 ⋅ ⋅
A força de tração resistida pelas barras das armaduras do tirante é calculada por:
3.58
, ⋅ ⋅
sendo:
Por fim, a força no tirante deve ser resistida pelo tirante de concreto e as barras da
armadura:
3.59
, , ,
Schllaich e Sch
häfer (1991) recome
endam que
e o ângulo entre as bbielas e tirrantes, em
m
partiicular aque
eles mais solicitadoss, precisa ser maior que 45° ((e se poss
sível maiorr
que 60°) para evitar prob
blemas de incompatibilidade. Fusco
F (19995) recome
enda que o
ângu
ulo fique liimitado a 26° 63°. O lim
mite recom FIP Modell
mendado ppelo CEB-F
Cod
de 1990 (1993) é 45
5° 60
0°. O ACII 318:08 recomenda
r a que o ângulo não
o
e ser meno
pode or que 25°.
Figura 3.2
23 - Determin
nação do mo
odelo de treliça pelo proc
cesso do cam
minho das ca
argas
[Sch
hlaich e Schä
äfer (1991)]
Em se tratando de estru
uturas tridi mensionais, que não
o podem sser aproxim
madas porr
um m
modelo de
e análise plano,
p com
mo os blocos com mais de duaas estacas
s, pode-se
e
subd
dividir o modelo de
d treliça
a espacia
al em pla
anos indivviduais e tratá-lass
sepa
aradamentte com o objetivo de simplificarr a obtençã
ão do mod elo. Mesm
mo fazendo
o
essa
a divisão, a intera
ação doss modelos
s em diferentes pplanos precisa serr
compatibilizada.
No q
que se refe
ere à verifficação dass tensões no concre
eto, Souza (2004) ind
dica que a
resisstência efe
etiva, das bielas
b e do
os nós nos casos bidimensionaais, é meno
or que noss
os ccasos tridim
mensionais
s. Nos caso
os tridimen
nsionais a resistênciaa das biela
as tende a
ser m
maior devid
do ao efeitto de confi namento disponível.
d
Vário
os pesquisadores e recome
endações de norm
ma sugereem parâm
metros de
e
resisstência pa
ara casos
s bidimen
nsionais. Souza
S (2004) afirm
ma que se essess
parâ
âmetros forrem usado
os para oss casos trid
dimensiona
ais, o projeetista esta
ará a favorr
da segurança.
Os p
parâmetross de verifiicação dass bielas e nós desc
crito a segguir, refere
em-se aoss
parâ
âmetros reccomendados para oss casos bid
dimensiona
ais.
86
De acordo com o CEB-FIP Model Code 1990 (1993), a tensão limite do concreto nas
bielas é calculada por:
3.60
3.61
O ACI 318:08 indica que para a verificação da resistência das bielas, tirantes e nós,
a força resistente de é calculada por:
3.62
sendo:
A resistência nominal de compressão das bielas sem armadura longitudinal deve ser
menor que:
3.63
sendo:
0,85 ⋅ ⋅ 3.64
sendo:
- fatorr de reduçção que considera a forma da biela: 1,0 paara bielas com
tensões p
paralelas (Figura 3.2
24a); 0,60 para
a bielas co
om tensõess curvilíne
eas e
sem arma
aduras tra
ansversais (Figura 3
3.24b); 0,75 ta
ambém se aplica a este
segundo ttipo de bie
ela, porém
m a bielas ccom armaduras tran
nsversais; 0,60 para
bielas de seção crrescente em
e que ass larguras das extre
emidades ssão diferentes,
(Figura 3.24c).
Figura 3.24
3 urações básicas das bielas
- Configu
[h
http://dankuc
chma.com/st m/STM, acesso em 12/03/2012]
A CSA A2
23.3:04 re
ecomenda que as dim
mensões das
d bielas precisam ser grand
des o
suficiente para que a força de compresssão não ex
xceda a:
3.65
sendo:
- área
a da seção transversa
al da biela;;
- tensã
ão limite de
e compressão do con
ncreto na biela;
b
- fator de redução
o da resisttência do cconcreto ig
gual a 0,65.
A tensão de compre
essão limite
e na biela é calcu
ulada por:
3.66
sendo:
- resistê
ência cara
acterística do
d concretto referente antil de 1%
e a um qua %;
89
3.67
em que:
3.68
3.69
3.70
sendo:
em .
90
De acordo com o ACI 318:08, a largura da biela usada para o cálculo da área da
seção transversal da biela, é a menor dimensão perpendicular ao eixo da biela, nas
extremidades da mesma. Sendo assim, a área das bielas nos blocos sobre estacas
é a menor área entre: a face do nó de extremidade da biela junto ao pilar ou a face
do nó junto à estaca. Como nos blocos sobre cinco ou seis estacas o modelo de
bielas e tirantes é tridimensional, há uma dificuldade em determinar, de maneira
precisa, a forma e a área da face desses nós.
Um critério prático, adotado neste texto, é de que a seção transversal da biela, junto
às estacas, tem a forma de uma elipse. O maior eixo dessa elipse está
esquematizado na Figura 3.25a, logo:
3.71
⋅ ∆⋅
(a) (b)
Figura 3.25 - Esquema das áreas das superfícies nodais: (a) nó junto à estaca; (b) nó junto ao pilar.
3.72
3.73
, ⋅ ⋅
91
Para
a determinar a área das bielass junto ao pilar, foram consideerados os pontos de
e
início
o das biela
as como in
ndicado na Figura 3.2
26 e a decomposiçãoo da área na
n direção
o
o eixxo da biela
a foi feita como
c esqu
uematizado
o na Figura
a 3.25b. A
Além disso, a mesma
a
relaçção entre a área do pilar
p e a árrea de cad
da biela, ad
dotada para
ra o método de Park,,
Kuch
hma e So
ouza (2008
8), foi ado
otada para
a a teoria clássica dde bielas e tirantes,,
send
do assim:
2∙ 3.74
, ∙
send
do:
- a área
a da seção transversa
al do pilar;
- o número de
d estacas.
(a
a) (b)
Figu
ura 3.26 - Po nício das bielas nos bloco
onto considerrado como in os sobre: (a)) cinco estac
cas; (b) seis
estacas.
A árrea da se
eção trans
sversal da biela serrá a meno
or entre aas calculadas pelass
equa
ações 3.73
3 e 3.74.
3.4.2
2 Verifica
ação dos nós
n
3.75
3.76
O ACI 318:08 indica que a resistência nominal de compressão das zonas nodais é
calculada por:
3.77
⋅
3.78
0,85 ⋅ ⋅
sendo:
anco
orando um
m tirante (C-C-T); e, 0,60 em
e zonas nodais anccorando mais
m de um
m
tiran
nte (C-T-T ou
o T-T-T). Os diferen
ntes tipos de
d nós são
o mostradoos na Figurra 3.27.
Figu
ura 3.27 - Tip
pos de nós
[ACI 318
8:08]
A CS
SA A23.3:0
04 recome
enda que s e for prom
movido conffinamento adequado
o, o cálculo
o
da te
ensão de compressã
c ão no conc reto das re
egiões nod
dais não poode excede
er a:
- 0,85
5 ⋅ ⋅ em
e regiõe
es nodais delimitadas por bbielas ou áreas de
e
apliccação de carregamen
c ntos;
- 0,75
5 ∙ ⋅ em regiões nodais qu
ue ancoram
m um tirannte em ap
penas uma
a
direçção;
- 5∙
0,65 ⋅ em
e regiõess nodais que
q ancora
am tirantees em maiis de uma
a
direçção.
O p
projeto de
e revisão do Códig
go Modelo
o da FIB
B (2010) recomenda para o
dime
ensioname
ento dos nó
ós que a re
edução da
a resistência de comppressão do
o concreto
o
∙ ⁄ deve
e ser usada. O fator de redução é calc
culado por::
- para
a nós em que não há
á tirantes ancorados:
3.79
94
3.80
Para o caso de blocos sobre estacas, a área da face do nó referente à biela junto às
estacas é calculada pela equação 3.73 e a área da face do nó referente à biela junto
ao pilar é calculada pela equação 3.74.
Normalmente, as forças nos tirantes são resistidas pelas barras da armadura. A área
de armadura é obtida a partir da força no tirante e da resistência do aço, de acordo
com a norma de projeto adotada.
3.81
ℓ 1,5 ∙
2
Fusco (1995) indica que a altura do bloco tem que ser maior que 30 cm e que esta
altura seja maior do que o comprimento de ancoragem das barras da armadura do
pilar. A altura do bloco pode ser variável. Porém a altura na extremidade do bloco
não pode ser inferior a /3 nem a 1,5 ⋅ .
A ABNT NBR 6118:2007 indica que o bloco deve ter altura suficiente para permitir a
ancoragem das barras da armadura de arranque dos pilares.
Kokai (2006) recomenda que os blocos não tenham uma altura inferior a 12
polegadas (≅ 30 cm .
A CSA A23.3:04 recomenda que a altura mínima dos blocos sobre estacas, acima
da armadura inferior (altura útil) e acima do topo das estacas, não deve ser menor
que 30 cm.
96
3.5.2 Lig
gação esta
aca bloco
Fusco (19
995) recom
menda que as estaca
as precisam
m ser embu
utidas no bbloco, de modo
m
que ′ 0,15 ⋅
0 , como mos
strado na F
Figura 3.28
8.
Figura 3.28
3 - Embuttimento da es
staca no bloc
co
[Fussco (1995)]
3.5.3 Dis
stância da
a face da estaca
e à ex
xtremidad
de do bloc
co
Kokai (20
006) reco
omenda qu
ue a disttância mín
nima entre o eixo da estac
ca à
ade do blocco seja de 2 ⋅
extremida .
Fusco (19
995) recom
menda que a distânci a da face externa
e da
a estaca à borda do bloco
b
precisa se
er maior ou
u igual ao diâmetro
d d
da própria estaca.
e
ABNT NBR 6118:2007 e a ABNT NBR 6122:2010 indica que para blocos rígidos
sobre estacas, com um conjunto de estacas espaçadas de 2,5 ⋅ a 3⋅ , pode-
se admitir distribuição uniforme das reações nas estacas. Estes limites são os
mesmos recomendados por Fusco (1995).
Montoya (2000) indica que pode ser adotada, para espaçamento entre estacas, a
distância de 2 ⋅ , ou 1,75 vez a diagonal, no caso de seção quadrada, porém não
menor que 75 cm.
Kokai (2006) indica que o espaçamento das estacas pode variar entre 3 ⋅ e
4⋅ . Usualmente se adota o espaçamento de 3 ⋅ . Porém esse espaçamento
precisa ser confirmado por estudo geotécnico.
Quando a força do pilar é excêntrica, as reações das estacas não serão iguais. Para
determinar a reação em cada estaca, pode-se admitir que elas funcionem como
birrotuladas, o que consiste em desprezar o momento fletor em virtude do
engastamento das estacas no bloco e no terreno. Nesse caso, apenas as forças
normais nas estacas são determinantes para o dimensionamento do bloco. No caso
de estaqueamentos isostáticos, a força em cada estaca é obtida pela simples
aplicação das equações de equilíbrio. Se o problema for hiperestático, admite-se
que o bloco é infinitamente rígido e aplica-se a equação de compatibilidade de
deslocamentos. Nesse caso, o problema é análogo ao da determinação das tensões
normais em uma seção submetida à flexão composta.
1 3.8
82
⋅ ⋅ ⋅
Sendo o número de
d estacas
s, ∑ e ∑
Figura 3.29
9 - Determina
ação da força
a em cada estaca
Para o dimensiona
amento dos blocos consideran
ndo força excêntricaa, uma prrática
comum é considera
ar o número
o de estaccas e o esp
paçamento
o entre elass de modo
o que
não haja força de tração na
as estacass. A verific
cação das
s tensões e cálculo
o das
as é feita consideran
armadura c ndo que to
odas as es
stacas estão submeetidas ao maior
m
valor calculado de re
eação verttical.
Figura 3.3
30 - Excentriicidade acide
ental
[adap
ptado de Cala
avera (1991))]
Koka
ai (2006) indica que as estaca
as e os blo
ocos devem
m ser projeetados admitindo-se
e
que cada reaçção axial da
a estaca po
ode ter um
ma excentricidade ac idental, em
m qualquerr
direçção, equivalente ao especifica
ado como tolerância de locaçãão da estaca, porém
m
não menor que
e 5 cm.
3.5.6
6 Disposição das armaduras
a s principa
ais
O Boletim núm
mero 73 do CEB-FIP
P (1970) recomenda
r a que as bbarras, da armadura
a
princcipal, pode
em ser unifformementte distribuíd
das, ou em
m faixas soobre as esttacas.
A AB
BNT NBR 6118:2007
7 recomen
nda que a armadura
a de flexão precisa se
er disposta
a
esse
encialmentte (mais de
e 85%) nass faixas de
efinidas pe
elas estacaas, com larrgura iguall
a 1,2 ⋅ , em
m proporçõ
ões de eq
quilíbrio da
as bielas. Também é necessá
ário disporr
aduras seccundárias uniformem
arma u mente distribuídas, co
omo será vvisto mais a frente.
Fig
gura 3.31 - Faixa
F de distrribuição das armaduras principais
p
[Fussco (1995)]
3.5.7 An
ncoragem das barra
as da arma
adura prin
ncipal
O Boletim
m número 73 do CEB-FIP (1
1970) reco
omenda qu
ue as arm
maduras sejam
s
dispostas de modo
o a satisfa
azer as co
ondições de ancora
agem além
m das esttacas
periféricass. Pode-se
e considera
ar ancorad
da quando as barras da armaduura inferiorr que
atravessa
am a supe
erfície cilíndrica axiall sobre a estaca é capaz de equilibrar uma
força corrresponden
nte a 80% a estaca. No caso de arma
% da reaçção dessa adura
distribuída
a uniforme ntro de uma faixa iguual a três vezes
emente, somente as barras den v
o diâmetro
o da estacca são cons
sideradas, como mostrado na Figura 3.322.
Figura 3.3
32 - Barras efetivamente
e e considerada
as no cálculo
o da ancoraggem
[adaptado de
d Boletim n úmero 73 do
o CEB-FIP (1
1970)]
A aderênccia precisa
a ser verifiicada para
a não ocorrrer escorregamento das barra
as da
armadura
a. A verifica
ação é feitta com a fforça corta
ante de cálculo relatiiva à seçã
ão de
referência
a (Figura
a 3.4), porr unidade d
de largura
a, que não pode ultraapassar o valor
limite calcculado pela
a expressã
ão:
101
3.83
sendo:
3.84
sendo:
- 1,0 para 32 ;
132
- para 32 .
100
3.85
102
ABNT NB
BR 6118:20
007 indica que as ba
arras precisam se es
stender de face a fac
ce do
bloco e tterminar em
e gancho
o nas dua
as extremid
dades. Pa
ara barras com mais de
20 mm, p
precisam ser usados
s ganchos com 135°° ou 180°. Além dissso, precisa
a ser
satisfeita a ancorag
gem das arrmaduras nas faixas
s sobre as estacas, m
medida a partir
nterna das estacas. Pode
da face in P ser cconsiderado o efeito favorável
f dda compre
essão
transversa
al às barrras decorrrente da compress
são das bielas, poorém a no
orma
brasileira não indica
a um roteiro
o para con
nsiderar es
sse efeito.
978) propô
Burke (19 ôs um pro
ocedimento
o que con
nsidera: o aumento da tensão de
aderência
a, na anco a da diagonal comprrimida; o efeito
oragem das barras, por causa e
benéfico da ancorragem me
ecânica, q
quando ho
ouver barrras perpeendiculares
s ou
inclinadass em relaçã
ão às barrras em aná
álise; a forrça a ancorar resistidda pelo gancho
na extrem
midade; e o comprime
ento de an
ncoragem com
c início no eixo daa estaca, como
c
mostrado na Figura 3.33.
Figura 3.33
3 - Ancorage
em das barras da armadu
ura considera
ando a efeito
o favorável d e compressã
ão da
biela
Considera
ando a ressistência de
e aderênciia das barras da armadura calculada com
os critério
os da ABNT NBR 6118:2007 e o efeito benéfico
b da tensão dde compre
essão
das biela
as (Fig
gura 3.33), Burke (1
1978) indiica que podem
p serr considerradas
seguintess tensões de
d aderênc
cia efetivass:
103
3
- para
a estacas tipo Strausss , 1,3 ∙ ;
- para
a estacas pré-moldad
p das , 1,5 ∙ ;
- para
a tubulões , 6 ⋅
1,6 .
Para
a a parcela da força
a ancorada
a resistida
a pelo gan
ncho, Burkke (1978) propôs oss
valores indicad
dos na Tab
bela 3.2.
Tab
bela 3.2 - Forrça a ancora
ar resistida pe
elo gancho
A sittuação de ancoragem
m favoráve
el se refere
e a blocos
s com estaacas alinha
adas, caso
o
de b
blocos sobre duas es
stacas, com
m o detalh
hamento de
e barras ve
verticais (es
stribos em
m
form
ma de U invvertido) parra melhora
ar a ancora
agem por efeito
e mecâânico.
A siituação de
e ancorage
em muito favorável se refere
e a blocoss com esttacas não
o
alinh cos sobre ttrês ou mais estaca
hadas, casso de bloc as. Na reg ião das es
stacas, ass
barra
as referenttes a cada
a direção, ssão dispos
stas perpen
ndiculares ou inclinad
das, umass
sobrre as outrras, forma
ando cam
madas, o que
q melhora a anccoragem por efeito
o
meccânico (Figu
ura 3.34).
⋅ 3.86
⋅ ⋅
4
send
do a resistência de
d cálculo das barras
s de aço.
104
Logo, a parcela de força a ser ancorada pelo trecho reto é a força total, menos a
força resistida pelo gancho:
3.87
, ,
⋅ 3.88
2∙ ⋅ℓ , ∙ , ⋅ ,
2
⋅ , 3.89
ℓ ,
⋅ ∙ ,
3.90
ℓ ,
sendo:
- o cobrimento da armadura.
105
Caso o comprimento de ancoragem reta não seja suficiente pode-se adotar gancho,
como indicado na Figura 3.35, de modo que:
ℓ ℓ 3.91
0,8 ∙ ℓ ℓ 0,8 ∙ ℓ
0,7 0,7
Calavera (1991) admite que o valor do comprimento ℓ pode ser multiplicado pela
relação entre a armadura necessária dividida pela armadura efetiva. É necessário
prolongar a armadura até a face do bloco (menos o cobrimento). O comprimento ℓ
não deve ser menor que:
ℓ
ℓ 3
10
15
Fusco (1995) afirma que todas as barras das armaduras principais precisam ter
ganchos para garantir a ancoragem. Os ganchos precisam ficar situados
efetivamente além da posição da estaca. Como esses ganchos estão envolvidos por
concreto, havendo inclusive barras transversais que eliminam a tendência de
fendilhamento, não há a necessidade de comprimentos retos de ancoragem, embora
eles existam ao longo da seção ampliada da estaca.
Para o cálculo da armadura distribuída na face inferior dos blocos, a ABNT NBR
6118:2007 recomenda dispor armadura adicional em malha uniformemente
distribuída em duas direções para no máximo 20% das forças totais, completando a
armadura principal, calculada com uma resistência de cálculo de 80% de . Se for
prevista armadura de distribuição para mais de 25% das forças totais ou se o
espaçamento entre estacas for maior que 3 ∙ , deve ser prevista armadura de
suspensão para a parcela de força a ser equilibrada. Com esses critérios da norma
brasileira é possível calcular a área de aço para os estribos verticais em duas
direções ortogonais, pois as armaduras que passam na face inferior do bloco podem
ser prolongadas para as faces laterais e superior, fazendo o contorno do bloco.
3.92
, 0,001 ∙ ,
ABNT NBR 6118:2007 indica que o bloco deve ter altura suficiente para permitir a
ancoragem das barras da armadura do pilar. Nessa ancoragem pode-se considerar
o efeito favorável da compressão transversal às barras promovido pelas bielas no
bloco.
De acordo com Fusco (1995) as barras da armadura do pilar precisam ter pelo
menos o comprimento de ancoragem igual a 0,6 ∙ ℓ dentro do bloco. Mesmo assim,
a armadura do pilar precisa ser prolongada até o fundo do bloco, apoiando-se por
meio de dobras sobre a armadura horizontal no fundo do bloco. Para garantir a
posição da armadura durante a construção, os estribos do pilar precisam ser
colocados até o fundo do bloco, podendo ser usando um espaçamento maior entre
estribos, do que o espaçamento considerado para no tramo do pilar.
108
109
Neste capítulo são analisados os blocos sobre cinco e seis estacas, bem como os
parâmetros relacionados à geometria dos blocos, dos pilares e das estacas
correspondentes. No capítulo também são apresentados os aspectos da modelagem
numérica pelo método dos elementos finitos.
Os parâmetros geométricos dos blocos sobre cinco e seis estacas foram definidos
com base no projeto de um edifício de múltiplos pavimentos em concreto armado,
apenas com finalidade de definir a ordem de grandeza das dimensões dos blocos.
Os dados restantes foram definidos a partir de recomendações da ABNT NBR
6118:2007 e de pesquisadores do assunto.
Para a variação dos parâmetros e definição dos blocos analisados, optou-se por
adotar blocos base, tanto para bloco sobre cinco estacas, quanto para blocos sobre
seis estacas. Esses blocos base possuem todos os seus parâmetros fixados. Para
analisar a influência de um parâmetro específico, este foi alterado a partir do bloco
base. Nos itens seguintes são apresentados os blocos e os respectivos parâmetros.
110
(a) (b)
Figura 4.1–Geometria em plana: (a) blocos sobre cinco estacas, (b) blocos sobre seis estacas.
Medidas em centímetros.
A ordem de grandeza da área da seção transversal do pilar foi definida a partir dos
blocos sobre estacas do edifício tomado com base em exemplos de projetos de
edifícios de concreto armado. Na Tabela 4.1 são apresentadas as dimensões dos
pilares.
Para os blocos base, foram adotados pilares cujas seções atendessem à relação de
4∙ , nos blocos sobre cinco e sobre seis estacas.
Optou-se por analisar três alturas diferentes para os blocos sobre cinco estacas e
três alturas para os blocos sobre seis estacas. Sendo assim, foram definidas três
inclinações diferentes para as bielas, considerando somente a estaca mais afastada.
Duas inclinações para as bielas foram baseadas nos valores limites recomendados
por Andrade (1989), definindo assim 40° e 55°. A terceira inclinação, para
os blocos com menores alturas, foi escolhida de modo que essas alturas satisfaçam
112
4.2.4 Materiais
Importante lembrar que, por se tratar de um estudo teórico com vistas à modelagem
computacional em elementos finitos, as resistências dos materiais foram
consideradas com seus valores característicos, sem a utilização de coeficientes
ponderadores das resistências e sem a utilização do coeficiente de modificação
0,85.
complexo, pois fica difícil admitir que a distribuição das reações das estacas seja
uniforme, pois essa distribuição passa a depender de fatores como a rigidez do
bloco, a deformação do solo (recalque da estaca) e o encurtamento elástico do fuste
da estaca.
4.1
∆
sendo:
Como o coeficiente de mola possui um valor específico para cada situação, há uma
grande dificuldade em encontrar sugestões de pesquisadores para esse parâmetro.
a de
e apoio ríg
gido para as estaca
as e as ou
utras três situações
s considerando apoio
o
sobrre molas ellásticas co
om os segu
uintes coefficientes:
- 300
0 / ;
- 600
0 / ;
- 900
0 / .
Para
a os blocoss base, con
nsiderou-sse apoio so
obre molas
s com 600 / .
No A
Apêndice A,
A são apresentadoss exemplo
os do cálcu
ulo da cappacidade geotécnica
g a
das estacas e o cálculo do recalqu
ue, permitindo determ
minar o va lor do coefficiente de
e
a. A partir desses
mola d exe
emplos é p
possível te
er uma noç
ção da ordeem de grandeza doss
valores dos co
oeficientes adotados para a aná
álise dos blocos.
b
Com
m a variaçção dos parâmetros
p s apresenttados ante
eriormentee, foram obtidos
o 10
0
diferrentes bloccos sobre cinco
c estaccas e 10 diferentes blocos
b sob re seis esttacas. Nass
Tabe
elas 4.3 e 4.4 estão
o apresen tados os blocos e os
o respecttivos parâmetros. O
bloco
o 1 e o bloco
b 11, em
e destaq
que na corr azul, são
o os blocoos base. Nos
N blocoss
segu
uintes, os parâmetros
p s que fora m variados
s estão em
m destaquee na cor ve
ermelha. A
deno
ominação “inf” refere
e-se ao coe
eficiente de mola infinito, ou seeja, apoio rígido nass
estacas.
Para
a facilitar a identificaç
ção dos blo
ocos no de
ecorrer do texto, optoou-se por nomeá-los
n s
por m
meio de có
ódigos. Es
sses códig os represe
entam os parâmetros
p s que partticularizam
m
cada
a bloco, co
omo mostra
ado na Fig ura 4.2.
Figura
F 4.2 - E
Esquema dos nomes dos
s blocos
116
Com a variação do formato da seção dos pilares, em blocos com mesma altura, as
bielas ficaram com inclinações diferentes das fixadas anteriormente. Sendo assim,
alguns blocos tiveram bielas mais abatidas ou mais inclinadas. Na Tabela 4.5 estão
indicadas as inclinações das bielas de todos os blocos, considerando a estaca mais
afastada, sendo que refere-se à inclinação das bielas tomadas segundo o critério
de Andrade (1989) e refere-se à inclinação das bielas tomadas a partir do ponto a
0,25 ∙ (ver Figura 3.1). Também na Tabela 4.5 são apresentadas as classificações
quanto à rigidez dos blocos, de acordo com recomendações que já foram
apresentadas nesse trabalho.
117
(a) (b)
Figura 4.3
4 - Modeloss de treliça em perspectiv
va:
(a)) bloco sobre
e cinco estaccas, (b) bloco
os sobre seis
s estacas
Para os b
blocos sob
bre cinco estacas, a verificação das tensões limiites nas bielas
b
junto ao pilar e junto às estacas foi feita por meio das Equaçõess 3.31 e 3.32,
respectiva erando os coeficiente
ara o bloco, conside
amente, pa es de ajusste 2,,11 e
1,0. Para os blocos
b sobrre seis esttacas, fora
am conside Equações 3.36
eradas as E
e 3.37 e o
os coeficien
ntes 2,6 e 1,0.
4.3.2 Arm
madura do
os tirantes
s
Tabela 4.6 - Cálculo das forças nos tirantes dos blocos sobre seis estacas
∙ cos
, ∙ cos
, ∙ sen
Estaca 1
∙ cos
Estaca 2
20
1,2 ⋅
Tabela 4.7 - Cálculo das forças nos tirantes dos blocos sobre cinco estacas
∙ cos
∙ sen
, °
60°
∙ cos
, °
2∙ 30°
Estaca 2
∙ cos
, ° , °
Blocos sobre 5 estacas Fcalc (kN) As,calc (cm²) (cm) nº barras As,efet (cm²)
x1 45,14 22 12 45,62
x2 31,86 22 9 34,21
B5p130x32h138fc30kinf 13252
60°i 13,97 22 4 15,21
60°e 27,94 22 8 30,41
x1 37,61 22 10 38,01
x2 26,55 22 7 26,61
B5p130x32h138fc25kinf 11043
60°i 11,64 22 4 15,21
60°e 23,29 22 7 26,61
x1 52,66 22 14 53,22
x2 37,16 22 10 38,01
B5p130x32h138fc35kinf 15460
60°i 16,3 22 5 19,01
60°e 32,6 22 9 34,21
x1 45,14 22 12 45,62
B5p130x32h138fc30k300
x2 31,86 22 9 34,21
B5p130x32h138fc30k600 13252
60°i 13,97 22 4 15,21
B5p130x32h138fc30k900
60°e 27,94 22 8 30,41
x1 40,44 22 11 41,81
x2 28,54 22 8 30,41
B5p130x32h103fc30kinf 8460
60°i 12,52 22 4 15,21
60°e 25,04 22 7 26,61
x1 43,12 22 12 45,62
x2 30,43 22 9 34,21
B5p130x32h225fc30kinf 21691
60°i 13,35 22 4 15,21
60°e 26,7 22 8 30,41
x1 42,08 22 12 45,62
x2 29,94 22 8 30,41
B5p181x23h138fc30kinf 14945
60°i 16,25 22 5 19,01
60°e 32,51 22 9 34,21
x1 48,54 22 13 49,42
x2 32,93 22 9 34,21
B5p64,5x64,5h138fc30kinf 11431
60°i 10,66 22 3 11,40
60°e 21,32 22 6 22,81
- A largura mínima das faixas das armaduras do tirante foi adotada como
sendo o lado da estaca, considerando estaca quadrada de área
equivalente, esse critério foi adotado para os tirantes com número
reduzido de barras.
Não foi necessário adotar segunda camada para as armaduras dos blocos.
122
Blocos sobre
e 6 estacas Fcalc (kN m²) (cm) nº barras As,efet
N) As,calc (cm s (cm²)
x 54,66 25 12 58,90
B6p
p143x35h14
45fc30kinf 16159
y 33,56 25 7 34,36
x 45,55 25 10 49,09
B6p
p143x35h14
45fc25kinf 13466
y 27,96 25 6 29,45
x 63,76 25 13 63,81
B6p
p143x35h14
45fc35kinf 18852
y 39,15 25 8 39,27
B6p
p143x35h14
45fc30k300 x 54,66 25 12 58,90
B6p
p143x35h14
45fc30k600 16159
B6p
p143x35h14
45fc30k900 y 33,56 25 7 34,36
x 49,13 25 11 54,00
B6p
p143x35h10
08fc30kinf 10387
y 30,16 25 7 34,36
x 52,09 25 11 54,00
B6p
p143x35h23
36fc30kinf 26174
y 31,98 25 7 34,36
x 52,14 25 11 54,00
B6p
p200x25h14
45fc30kinf 18005
y 38,53 25 8 39,27
x 57,33 25 12 58,90
B6p
p71x71h145
5fc30kinf 14342
y 26,49 25 6 29,45
(a) (b)
Figura 4.4 - Esquema de
d detalhame antes: (a) blocos sobre cinco estacas,, (b) blocos sobre
ento dos tira s
sei s estacas
O modelo
o numéricco em elementos fin
nitos para
a a consid
deração daas armaduras,
definido n
no DIANA
A, como se
erá aprese
entado posteriormen
nte, considdera aderê
ência
perfeita e
entre a barrra da arm
madura e o concreto
o adjacente. Sendo assim, nã
ão foi
verificada
a a ancoragem das
s barras, nem a disposição
d de gancchos nas suas
extremida
ades. De qualquer
q maneira,
m en
ntende-se que em um
ma eventuual situação
o em
que o com
mprimento
o de ancoragem disp
ponível não
o fosse su
uficiente, a decisão a ser
tomada sseria de au
umentar a dimensão
o do bloco s estacas, sem que isso
o além das
represente um aum
mento da capacida
ade portan oco, ou sseja, isso não
nte do blo
acarretaria mudança
as no pres
sente estud
do.
123
Essa taxa de amadura não tem relação com as tensões atuantes no pilar, pois na
modelagem em elementos finitos, o modelo constitutivo para o concreto do pilar foi
adotado como elástico linear, como será apresentado posteriormente. Sendo assim,
buscou-se apenas analisar o efeito dessas armaduras dentro do bloco.
A armadura do pilar foi detalhada em toda a altura do bloco, iniciando-se acima das
camadas das armaduras uniformemente distribuídas (fictícias) até o topo do pilar.
Não foi colocado gancho na extremidade inferior das barras, pois considerou-se que
todas estejam comprimidas e, como já foi comentado, considerou-se aderência
perfeita entre as barras de aço e o concreto adjacente.
20
, í ℓ
1,2 ⋅
Nos pilares dos blocos sobre cinco estacas adotou-se barras com diâmetro ℓ
22 e nos pilares dos blocos sobre seis estacas as barras foram consideradas
com diâmetro ℓ 25 , escolhidos com base nos diâmetros indicados pela
ABNT NBR 7480:2007. O espaçamento máximo foi definido como:
124
2∙
, á
40
O diâmetro das barras dos estribos foi definido de acordo com o seguinte critério:
5
1
ℓ
4
20
12 ∙ ℓ 12 · 2,2 26,4
Também foram detalhadas barras transversais adicionais junto aos estribos para a
proteção das barras longitudinais contra a flambagem, de modo a manter a distância
máxima das barras longitudinais à quina das barras transversais de 20 ∙ 16 ,
de acordo com o critério da ABNT NBR 6118:2007. O modelo de elementos finitos
do DIANA não representa a flambagem das barras longitudinais, mesmo assim,
optou-se por detalhá-las para investigar se essas barras transversais poderiam
alterar o comportamento do bloco.
Por ter ap
penas o ca
aráter de processad
dor, o DIAN
NA necess
sita de outtros aplica
ativos
para realizzar o pré-p
processam
mento, prep
parando os
s arquivos de maneirra adequad
da ao
processam
mento, e de
d program
mas para realizar o pós-processamentoo, nos qua
ais é
possível vvisualizar os
o resultad
dos. Para iisso, é pos
ssível utiliz
zar os proggramas iDIIANA
ou o FX+ for DIANA
A.
Figu
ura 4.5 - Inte
erface inicial do DIANA
O iDIANA
A é um pro
ograma co
omputacion
nal criado para o prré-process amento e pós-
processam
mento e fa
az parte do
o pacote ccomputacio
onal do DIA
ANA, porém
m o seu us
so se
torna vanttajoso ape
enas por meio
m de scri
ript, que é um o que conttém o algoritmo
u arquivo
com os co
omandos necessário
n s para a re
ealização da
d modelagem da esstrutura.
FX+ for D
DIANA é um
m avançado CAD (Co gn). A interrface gráfic
omputer Aided Desig ca do
programa
a permite, de maneira simple s e rápida
a, a mode
elagem daa geometrria, a
geração a
automática
a da malha
a de eleme
entos finito
os, possui recursos ppara ediçã
ão da
malha, aplicação das
d condiç
ções de ccontorno e carrega
amento (F igura 4.6)). Ao
127
7
mod
delar uma estrutura no FX+ for DIANA
A, é poss
sível fazerr várias alterações,
a ,
posssibilitando variar os parâmetrros deseja
ados e criar assim, uma variiedade de
e
estru
uturas a serem
s analisadas. E
Essa vanta
agem perm
mitiu criar vários blocos sobre
e
estacas analisados com rapidez e agilidade.
Ao m
modelar uma estrutu
ura no FX
X+ for DIA
ANA é pos
ssível definnir apenas
s algumass
prop
priedades dos materriais. Para
a o concre
eto, por ex
xemplo, sóó é possíível definirr
apen
nas a prop
priedades elásticas.
e S
Sendo assim, é nece
essário utiliizar o MeshEdit para
a
defin
nir as prop
priedades não linearres para os
s matérias
s. O Mesh Edit é um aplicativo
o
que faz parte do
d pacote computaci onal do DIIANA.
Figura 4.6 - In
nterface gráfica do FX+ fo
or DIANA
4.4.3
3 Modelo
o constituttivo do co
oncreto
A energia de fratura, tanto na tração como na compressão, pode ser entendida como
a energia necessária para causar um dano irreversível no material. Uma maneira de
medir energia de fratura à tração é realizar um ensaio de deformação controlada e
medir a área do diagrama tensão versus abertura de fissuras. Como não foi possível
realizar esse ensaio, foi adotada a recomendação do CEB-FIP Model Code 1990
(1993) que relaciona a energia de fratura à tração com a resistência à compressão
do concreto e tamanho máximo do agregado graúdo, como mostrado na seguinte
equação:
,
4.2
∙
sendo:
10 N/ ;
129
Como também não foi possível realizar ensaio para medir a energia de fratura à
compressão do concreto, adotou-se a recomendação de Feenstra e Borst (1993)1
apud Souza (2004), que indicaram, por meio de ensaios experimentais, que a
energia de fratura do concreto na compressão apresenta valores entre 50 e 100
vezes superiores à energia de fratura à tração, . Neste trabalho, adotou-se
50 ∙ . Para considerar a energia de fratura à tração e a energia de fratura à
compressão do concreto no modelo constitutivo, foram utilizados os comandos GF1
e GC no DIANA, respectivamente, como mostrado na Figura 4.7.
Gfo
agre mm
N.mm/mm²
8 0,025
16 0,030
32 0,058
1
FEENSTRA, P. H.; BORST, R. (1993). Aspects of Robust Computational Modeling for Plain and
Reinforced Concrete. Heron, v.38, n.04, Delft, Netherlands, p.3-76.
130
4.3
3
,
sendo , 1,4 e 10 .
As resistê
ências à tração
t e à compresssão do co
oncreto fo
oram consiideradas pelos
p
comandoss TENSTR
R e COMST
TR, respecctivamente
e, como mo
ostrado na Figura 4.7
7.
Figura 4
4.7 - Definiçã
ão do modelo
o constitutivo
o, no MeshEd
dit, para o co
oncreto com resistência de
d
30 à compressã
ão
4.4.3.3 C
Coeficiente de retençã
ão ao cisallhamento
O coeficie
ente de rettenção ao cisalhame
ento é um
u parâme
etro que reeduz o valo
or do
módulo d
de elasticcidade tran
nsversal d
do materiial quando
o ocorre fissuração
o. O
programa
a computaccional DIA
ANA dispon
nibiliza três
s modos para
p considderação desse
d
efeito: rettenção completa, re
etenção co
onstante e retenção
o variável. Na rete
enção
completa,, o módulo de elas
sticidade trransversal não sofre
e reduçãoo. Na retenção
constante
e, o usuário
o define um valor pa
ara o parâ
âmetro no intervalo eentre 0 e 1.
1 Na
131
No gráfico da Figura 4.8 é possível observar que, para um valor muito pequeno de ,
houve significativa redução da resistência do bloco, sendo que a ruína foi observada
para valores muito baixos nas tensões de compressão no concreto. Para os valores
de 0,5 e 0,9 o bloco não indicar um comportamento pós-pico que caracterizasse a
ruína, apresentando tensões de compressão no concreto com valores tão altosm
que se mostraram distantes da realidade.
Souza (2004) indicou que normalmente se adota 0,2. Ao testarmos esse valor,
foi possível constatar que a resistência obtida por meio da modelagem numérica
apresentou a mesma ordem de grandeza dos valores de resistência obtidos pela
maioria dos métodos analíticos estudados. Sendo, considerou-se 0,2.
132
De qualqu
uer maneirra, a utiliza
ação deste
e parâmetro
o ainda ge
era algumaas incertezas, e
não seria viável, ne
este trabalho, busca
ar um valor ideal parra , pois não se po
ossui
ensaios e
experimenttais de blocos sobrre cinco ou
o seis es
stacas, sem
melhantes
s aos
estudadoss, para calibrar esse parâmetro
o.
O comand
do usado para cons
siderar a rretenção constante
c é o SHRC
CRV, com valor
CONSTA, e o com
mando para
a definir o valor de é o BE
ETA, comoo mostrado na
7.
Figura 4.7
4.4.3.4 C
Comprimen
nto de band
da das fisssuras
O comprim
mento de banda
b de fissuras
f é utilizado para
p suprir a dependêência de malha
m
do modelo. Esse parâmetro
o pode se
er fornecid
do pelo us
suário, casso contrário o
programa
a calcula essse valor a partir do tipo de elemento fin
nito utilizaddo. No cas
so de
elementoss finitos sólidos
s o comprimen
c nto de banda de fis
ssuras é calculado pelo
DIANA pe
ela raiz cúb
bica do volume do ele
emento:
4.4
4
133
sendo:
O modelo Total Strain utilizado nesse trabalho é o Fixed Crack Model, que mantém o
mesmo ângulo da abertura da primeira fissura à medida que esta se propaga pelo
concreto. A utilização desse modelo é feita por meio do comando TOTCRK, com
valor FIXED, como mostrado na Figura 4.7.
A entrada de dados para o Fixed Crack Model é compreendida por parâmetros como
o módulo de elasticidade longitudinal do material, coeficiente de Poisson, resistência
à tração e à compressão do concreto e as curvas para o comportamento à tração à
compressão do concreto.
(a) (b)
Figura 4.9 - Comportam
mento dos materiais dispo
onível no DIA
ANA: (a) Modelo exponeencial para tração,
(b) Modelo
M parab
bólico para co
ompressão.
[Fo
onte: DIANA user’s Manu
ual (2012)]
4.4.4.2 M
Módulo de elasticidad
e de
Para o ccálculo do
o módulo de elastticidade, optou-se por utilizaar a equação
dada pelo CEB-FIP Model Co
recomend ode 1990 (1993) e indicada no manua
al do
DIANA (2
2012). Sen
ndo assim
m, o módu
ulo de elas
sticidade inicial foi calculado pela
seguinte e
equação:
4.5
5
∙
sendo:
8 ;
10 ;
5 ·104
2,15 .
135
Nos modelos total strain o efeito de compressão lateral é considerado pelo DIANA
por meio do comando CNFCRV, com valor VECCHI (ver Figura 4.7). Isso possibilita
o aumento da tensão de compressão limite do concreto em virtude do confinamento
lateral.
136
F
Figura 4.10 - Fator de red
dução devido
o à fissuração
o lateral
[Fo
onte: DIANA user’s Manu
ual (2012)]
4.4.5 Mo
odelo cons
stitutivo do
d aço
O comporrtamento considerad
c do para o a
aço das ba
arras é o de
d Von Misses, dispo
onível
no DIANA
A. O com
mando usado para d se modelo é o YIELLD, com valor
definir ess
VMISES.
Esse mod
delo repressenta um comportam
mento elas
stoplástico perfeito, ccom um trrecho
de deform
mações elá
ásticas e um
u trecho de escoamento. A entrada dee dados desse
d
modelo é compossta pelo módulo d
de elasticidade do material, a tensão
o de
escoamen
nto e o coe
eficiente de
e Poisson.
4.4.5.1 M
Módulo de elasticidad
e de do aço
A partir da
as recome
endações da
d ABNT N
NBR 6118:2007, o módulo
m de eelasticidad
de do
aço das b
barras foi considerand
c do com va
alor de 210 .
4.4.5.2 C
Coeficiente de Poisso
on do aço
O coeficie
ente de Poisson para
a o aço dass barras foi considera
ado igual 0,3.
137
A resistência das barras de aço foi considerada igual a 500 a fim de fazer
referência à resistência característica ao escoamento do aço CA-50, indicado na
ABNT NBR 6118:2007.
Para modelagem das barras de aço das armaduras foi utilizado o recurso do DIANA
chamado de reinforcements, que funcionam apenas como enrijecedores dos
elementos finitos aos quais estão conectados, com comportamento habilitado na
direção axial da barra, como mostrado na Figura 4.12. Para utilizar esse recurso foi
necessário considerar a aderência entre as barras de aço e o concreto adjacente.
Para a modelagem das molas na base das estacas, o FX+ for DIANA indicou o
elemento finito de mola SP2TR, disponível na biblioteca de elementos finitos do
DIANA. Esse elemento possui dois nós e um grau de liberdade por nó, que é o
deslocamento no eixo da barra, como mostrado na Figura 4.13. A única propriedade
necessária para definir o comportamento desse elemento é o coeficiente de mola.
138
Figura 4.1
11 - Elementto CHX60 co
om função pa
ara aproxima
ação dos des
slocamentos [DIANA (2012)]
Figura 4
4.13 - Eleme
ento finito SP
P2TR e funçã
ão para cálcu
ulo dos deslo
ocamentos [D
DIANA (2012
2)]
4.4.7 Ma
alha de ele
ementos fiinitos
(a) (b)
Figura 4.14 - Malha mapead
da de eleme ntos finitos: (a) ¼ de um dos blocos ssobre seis estacas, (b)
metade
m de um
m dos blocos
s sobre cinco
o estacas
(a) (b)
Figu
ura 4.15 - Mo
odelagem da
as armadura
as dos tirante m dos blocos sobre seis
es e do pilar: (a) ¼ de um
estacas e de um dos blocos sobre
s, (b) metade e cinco estaccas
Com
m o uso da
a malha mapeada,
m ffoi necessá
ário consid
derar a seeção transv
versal dass
estacas com área
á quadra
ada, mante
endo a áre
ea equivale
ente à seçã
ção circularr. Logo, ass
estacas foram modelada
as com seçção quadra
ada de lado
o igual a 533,2 .
Na m
modelagem
m do pilar e das esttacas, foi considerad
c do um peqqueno trech
ho dessess
elem
mentos, com a finalid
dade de u
uniformizar as tensõe
es das reggiões de apoio
a e de
e
carre
egamento,, para o bloco.
b Parra as esta
acas, opto
ou-se por modelar um
u trecho
o
referrente a duas vezes o lado da face da es
staca, igua
al a 107 com o objetivo
o de
e
redu
uzir possíveis mudan
nças no flu
uxo de tensões geradas pelas condições
s de apoio
o
140
das estacas. Para o pilar, optou-se por modelar o trecho referente ao maior lado do
pilar, logo, para cada seção de pilar foi considerado um comprimento diferente.
(a) (b)
Figu
ura 4.16 - Re os planos de simetria dos
estrição da trranslação no s blocos: (a) ¼ do blocos sobre seis
estacas, (b) me
etade do bloc
co sobre cinc
co estacas
(a) (b)
F
Figura 4.17 - Apoio das estacas
e utilizzando “nó me
estre”: (a) ap
poio rígido, (bb) apoio sobre mola
A ap
plicação de
d carrega
amento da estrutura foi feita por meio de passos
s fixos de
e
deslo
ocamento aplicado nos nós da face do
d topo do
d pilar. P
Para cada bloco foii
nece
essário deffinir uma combinação
c o diferente
e entre o número
n de passos e o valor do
o
deslo
ocamento,, até levarr a estruturra ao cola
apso. No FX+
F for DIA
ANA foi de
efinido um
m
deslo
ocamento de 1,0 , e na an
nálise não
o linear no DIANA, ccada passo
o aplicado
o
corre
espondeu a uma parrcela deste
e carregam
mento unitá
ário.
Para
a a aplicaçção dos de
eslocamenttos, també
ém foi utiliz
zado o arttifício do “n
nó mestre””
nos nós da face
f supe
erior do p
pilar, iguala
ando o deslocamennto desse
es nós ao
o
deslo
ocamento aplicado. Na Figura
a 4.18 é mostrada
m a aplicaçãão do deslocamento
o
vertical a partirr da seta vermelha,
v u
utilizando “nó
“ mestre
e”.
142
4.4.9 An
nálise não linear
O proced
dimento pa
ara realiza
ar uma an
nálise não linear físiica, além de envolv
ver a
definição dos mode
elos consttitutivos pa
ara os ma
ateriais, co
ondições dde apoio e de
carregamento, conssiste també
ém em deffinir critério
os relacion
nados com
mo o métod
do de
resolução
o do sistema de equaçõess não lineares utilizado, oss critérios
s de
convergên
ncia do prroblema, bem
b como outros rec
cursos disponíveis ppara auxilia
ar na
convergên
ncia do pro
oblema.
4.4.9.1 M
Método de resolução
r a de equaç
do sistema ções não liineares
O DIANA dispõe de
e diversos métodos q m ser aplicados comoo estratégia na
que podem
resolução
o dos sistemas de eq
quações n ão lineares. O método utilizaddo nas aná
álises
nesse trab
balho foi o de Newton-Raphson
n Regular.
A estratégia increm
mental-itera
ativa de N
Newton-Raphson Regular buscca calcular um
incrementto nos desslocamento
os em cada
a etapa de
e carga. Pa
ara tanto, a cada iterração
é preciso atualizar a matriz de
d rigidez , sendo nesse caso
o, denominnada matriz de
rigidez tangente, co
omo esquematizado
o na Figurra 4.19. Es
sse métoddo exige maior
m
de de memória dos
capacidad s computa
adores, porém apres
senta convvergência com
poucas ite
erações.
143
3
Figura 4.1
19 - Método de iteração de
d Newton-R
Raphson Reggular
[DIANA (2
2012)]
Na rresolução de sistem
mas de eq
quações nã
ão lineares, é comuum a ocorrrência de
e
prob
blemas que
e podem dificultar a convergência de determinaadas soluç
ções. Para
a
ame
enizar esse
e problema
a, foi utiliza
ado o recu
urso line search,
s dis ponível no
o DIANA e
que pode s
ser ativad
do quando
o se ap
plica carregamento por controle de
e
deslo
ocamentoss. O crité
ério line ssearch bu
usca um multiplicaddor ótimo
o para oss
incre
ementos de
e deslocam
mentos, de
e modo a acelerar
a a convergên
c ncia das so
oluções.
4.4.9
9.2 Critério
o de conve
ergência
Em rrelação ao
os critérios de converrgência, o DIANA dis
spõe de crritérios bas
seados em
m
norm
mas (mód
dulo) de força, desslocamentto, energia e resídduos, tod
dos essess
comparados com
c um va
alor máxim
mo de erro fornecido pelo usuáário. Neste
e trabalho,,
opto
ou-se por utilizar
u o crritério de cconvergênc
cia em energia. Essse critério é baseado
o
no trrabalho da
as forças in
nternas pre
esentes na estrutura.
5 RESULTADOS E ANÁLISES
O capítulo está dividido, basicamente, em três partes. A primeira parte indica como
os resultados obtidos nas modelagens em elementos finitos foram interpretados e
quais as considerações que foram feitas.
(a) (b)
orça versus d
Figura 5.1 - Gráfico de fo deslocamentto: (a) compo
ortamento doo bloco
B6p143x35
5h145fc35k6
600 indicando
o força resisstente em virttude do “pós-pico”; (b) coomportamento do
bloco B6p
p143x35h145
5fc30k300 ap
presentando ponto em qu
ue foi atingido o alongam
mento máximo da
arrmadura.
Com base
e nessa co
onstatação
o, passou-sse a consiiderar que a partir dee certo estágio
de tensõe
es e de de
eformações
s, o model o numérico adotado não foi caapaz de indicar
um compo
ortamento condizente com os d
dos materiais empreg
gados.
Além
m desse motivo, ac
credita-se também que a definição ddos valore
es para o
coefficiente de
e retenção
o ao cisalh
hamento e da energia de fratura , para o
conccreto, posssa ter influe
enciado ne
este compo
ortamento pós-pico.
De q
qualquer modo,
m a resistência
r a do bloco
o foi considerada quuando oco
orreu pelo
o
men
nos uma da
as seguinte
es situaçõe
es:
(a) (b)
Fig
gura 5.2 - Te
ensões princiipais de com
mpressão no bloco B6p14
43x35h145fc330k300. Sup
perfície de
tensã
ão a 4 MPa de
d compress
são indicando
o a formação
o das bielas: (a) na iminêência da ruín
na do bloco ;
(b)) logo após a ruptura do cconcreto na biela junto à estaca maiss próxima.
148
Figura 5
5.3 - Alongam
mento das ba madura principal do bloco B6p143x355h145fc30k30
arras da arm 00
5.3 Mod
delo num
mérico ad
dotado p
para o co
oncreto do
d pilar e das
esta
acas
Já para o bloco co
om pilar de
e concreto
o de comp
portamento
o elástico-l inear tem--se a
certeza q
que a ruína do mod
delo se dá
á no bloco
o pela rupttura do cooncreto ou
u por
149
9
alongamento excessivo
e da armadu
ura dos tirrantes, des
scartando qualquer dúvida
d em
m
relaçção a ruptu
uras localiz
zadas no p
pilar ou nas estacas. Logo, opttou-se por modelar o
pilarr e as esstacas con
nsiderando
o sempre comporta
amento eláástico-linea
ar para o
conccreto nesse
es elementos.
(a) (b)
Figu
ura 5.5 - Ten
nsões principais de comp
pressão no blloco B6p143
3x35h145fc300k300: (a) na
a iminência
o após a rupttura do concreto no pilar..
da ruína ; (b) logo
(a) (b)
Figura 5.7 - Tensões prrincipais de compressão
c 6p143x35h14
no bloco B6 45fc30k300, ccom armadu
ura do
pilar ao lo
ongo da alturra útil do bloc
co, próximo à ruptura: (a) Superfície em que atuaa uma tensão
o de
4MPa
a de compresssão; (b) corrte diagonal.
151
Já n
no bloco com
c pilar sem
s armad
dura (ver Figura 5.8
8), é poss ível perceber que a
transsferência das
d tensões de com
mpressão oriundas do pilar fiicou mais restrita à
regiã
ão de contato entre o pilar e o b
bloco.
(a) (b)
Figurra 5.8 - Tenssões principa
ais de comprressão no blo
oco B6p143x
x35h145fc300k300, sem armadura
a do
pilar ao longo da
d altura útil do bloco, prróximo à ruptura (passo de
d carregam
mento com 14
4,6mm de
deslocamento aplicado):
a (a) Superfície e
em que atua uma tensão de 4MPa dee compressã
ão; (b) corte
al.
diagona
(a) (b)
Figurra 5.9 - Tenssões principa
ais de comprressão no blo
oco B6p143x
x35h145fc300k300, com armadura
a do
pilar ao long
go da altura útil
ú do bloco ((passo de ca
arregamento com 14,6mm
m de desloca
amento
ap
plicado): (a) Superfície em
e que atua uma tensão de 4 Mpa de
e compressãão; (b) corte diagonal.
d
152
Porém, a expansão dessa zona de compressão foi mais significativa apenas nas
fases de carregamento próximo à ruína, pois ao observar o comportamento do bloco
com a armadura do pilar no estágio de carregamento semelhante ao que levou à
ruína do bloco sem armadura do pilar (ver Figura 5.9), vê-se que as tensões de
compressão também ficam mais restritas à região de contato entre o bloco e o pilar.
Ou seja, as barras da armadura do pilar começam a contribuir de maneira
significativa somente quando as deformações no concreto ficam elevadas nessa
região.
A partir dessa análise, foram mantidas as armaduras dos pilares ao longo de toda a
altura útil nos blocos.
Nas Figuras 5.11, 5.12, 5.13, 5.15 e 5.16 são apresentadas as sequências dos
fluxos de tensões para cada estágio de carreamento dos blocos. Cada figura
representa um corte do bloco em planos verticais que passam pelo pilar e por uma
das estacas, assim é possível observar como se dá a transferência de tensões do
pilar a cada uma das estacas. Já nas Figuras 5.14 e 5.17 são mostradas superfícies
de mesma tensão, possibilitando visualizar detalhes do fluxo de tensões em
perspectiva.
153
3
(a) ((b)
Figura 5.10 - Gráficos de força versuss deslocamen
nto dos bloco
os: (a) B5p1330x32h138fc
c30k600,
(b) B6
6p143x35h145fc30k600.
Obse
erva-se que, nas fa
ases inicia
ais de carregamentto, as ten sões dese
envolvidass
ainda têm valo
ores peque
enos e o co
oncreto ain
nda resiste
e às tensõões de traç
ção. Nesse
e
estágio ainda não fica
a evidente
e a forma
ação das bielas. O
Ocorre ape
enas uma
a
conccentração de tensõe
es de com
mpressão junto às estacas m
mais próx
ximas (verr
Figu
uras 5.11a, 5.12a, 5.1
13a, 5.15a
a e 5.16a). De qualqu
uer modo, percebe-s
se que nass
extre
emidades do pilar, próximo
p à região de
e contato entre o pi lar e o blo
oco, já se
e
dese
envolvem tensões
t elevadas, q
que poderiam levar ao
a fendilhaamento do
o concreto
o
nesssa região (ver Figuras 5.14a e 5
5.17a).
Com
m o aumen
nto do carrregamento o, o concrreto passaa a não su
o aplicado uportar ass
tensões de tra
ação atuan
ntes e com
meça a fiss
surar, transferindo ass tensões de tração
o
para
a as barrass de aço. A partir d
desse está
ágio é possível visuaalizar as bielas
b com
m
maio
or clareza, como pod
de ser vistto nas Figu
uras 5.11b
b, 5.12b, 5..13b, 5.15b e 5.16b,,
send
do que se mantém maior
m o fluxxo de tensõ mpressão rreferente às
ões de com à estacass
maiss próximass. As bielas
s referente
es às estac
cas mais afastadas aaparecem com
c maiorr
clare
eza somen
nte quando
o se obtém
m as superffícies de mesma
m tenssão, em pe
erspectiva,
como mostrado nas Figu
uras 5.14b e 5.17b.
154
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.11 - Tensões principais
p de compressão
o mostradas no plano verrtical yz passsando pela estaca
e
ma do pilar do
mais próxim o bloco B5p1
130x32h138ffc30k600, na
as fases de carregamento
c to: (a) 5 mm; (b) 6
mm; (c)) próximo à ruptura em 1 1 mm; (d) ap
pós a ruptura
a em 12,4 mm
m.
(a)
( (b)
(c)
Figura 5.12 - Tensões principais d
de compress as no plano vvertical do bloco
são mostrada
B5p1 as fases de ccarregamento
130x32h138fc30k600 na o: (a) 5 mm; (b) 6 mm; (cc) próximo à ruptura em
11 mm
m.
A pa
artir da Figura 5.14b, verifica -se que, mesmo
m o pilar estanndo posicionado no
o
centtro geométtrico das estacas,
e nã
ão houve uniformiza
ação das teensões ao
o longo do
o
mesmo, com a região do lado da estaca ma
ais próxim
ma apresenntando tensões maiss
eleva
adas.
156
(a) (b)
(c)
Figura 5.13 - Te
ensões princ
cipais de com
mpressão mo
ostradas no plano
p verticaal do bloco
2h138fc30k6
B5p130x32 600 nas fases
s de carrega
amento: (a) 5 mm; (b) 6 mm;
m (c) próxximo à rupturra em
1
11 mm.
(a) (b)
(c)
Figura 5.14 - Superfícies em que a
atua mesma tensão princ
cipal de comppressão no bloco
b
B5p130x32h138ffc30k600, na
as fases de ccarregamento
o: (a) tensão a 2 MPa dee compressão
o a 5 mm de
carrregamento; (b) tensão a 4 MPa de co
ompressão a 6mm de ca
arregamento;; (c) tensão a 5 MPa de
essão próxim
compre mo à ruptura a 11 mm de carregamentto.
158
(a) (b)
(c) (d
d)
Figurra 5.15 - Ten
nsões princip
pais de comp
pressão mos
stradas no pla
ano vertical yyz do bloco
B6p143x3
35h145fc30k6
600 nas fase
es de carrega
amento: (a) 5mm;
5 (b) 8m
mm; (c) próxiimo à ruptura
a em
13,3m
mm; (d) apóss a ruptura em
e 14,8mm.
159
9
(a
a) (b)
(c)
Figura 5.16 - Tensões principais d
de compress
são mostrada
as no plano vvertical do bloco
B6p1 as fases de ccarregamento
143x35h145fc30k600 na o: (a) 5 mm; (b) 8 mm; (cc) próximo à ruptura em
13,3 mm
m.
160
(a) (b)
(c)
Figura 5
5.17 - Superrfícies com mesma
m tensã
ão no bloco B6p143x35h1
B 145fc30k6000 nas fases de
d
carregame
ento: (a) supe
erfície de ten
nsão a 2 MP
Pa de compre
essão 5 mm carregamentto; (b) superfície
de tensão
o a 4 MPa de
e compressã
ão a 8 mm de
e carregame
ento; (c) supe
erfície de tennsão a 5 MPa
a de
compressão prróximo à rupttura a 13,3 mm
m de carreg
gamento.
161
referente às estaca
as mais carregadas
c s, caracterrizada pela queda na parcela de
reação de
essas estacas.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.1
18 - Gráficoss de força verrsus desloca
amento e da porcentagem
m de reação das estacas
s em
relaçção à força nos
n blocos: (a) B6p143x3
35h145fc30k
k300; (b) B6p
p143x35h1455fc30k600;
(cc) B6p143x35
5h145fc30k9
900; (d) B6p1
143x35h145ffc30kinf.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.19 - Gráficos de força versus d
deslocamento
o e da porcentagem de re
reação das estacas
e em
relação à força nos blo p130x32h138fc30k300; (b)
ocos: (a) B5p ( B5p130x332h138fc30k
k600;
(c) B5p130x32h138
8fc30k900; (d
d) B5p130x32h138fc30ki nf.
No e
entanto, é importante ressalta r que para
a valores pequenos
p dos coefic
cientes de
e
mola
a, os recalques desenvolvidoss são cada vez maiiores. Essses valores
s têm que
e
estar dentro dos limittes admisssíveis da
a estrutura
a que see apoia no bloco,,
conssiderando que o ide
eal é que se faça a análise da
d interaçãão entre o solo e a
estru
utura.
164
Considera
ando a situação extrema de a
apoio rígid
do para es
stacas, noss blocos sobre
s
seis estaccas, as esttacas mais
s próximas absorvera
am, cada uma,
u % da força total
34,5%
do bloco, próximo à situação
o de ruína
a, com o restante das
d estacaas resistindo a
7,75% ca
ada (Figurra 5.18d). No bloco
o sobre cin
nco estacas, apenaas uma es
staca
absorveu 38,4% da
a força total do blocco e as es
stacas mais afastadaas absorve
eram
9,4% (Figura 5.19d)).
5.5.2 Inffluência na
a resistência dos bllocos
(a) (b)
Figura 5.2
20 - Gráficoss da relação entre
e a resisstência dos blocos
b em fun
nção do coefficiente de mola:
m
(a) blocos sobre
e cinco estaccas; (b) blocos sobre seis estacas
Apesar da
a resistênccia não terr sofrido m
mudança co
onsideráve
el por caussa da maio
or, ou
menor, de
eformabilid
dade do solo, verificca-se, por meio dos gráficos m
mostrados
s nas
Figuras 5
5.18 e 5.19
9 que, para
a solos ma
ais deform
máveis ( 300 / ), os bllocos
165
5
apre
esentam um acréscimo no ca
arregamentto mais co
ontínuo, aaté ser alc
cançada a
ruína
a. Já noss outros casos,
c qua
anto menor é a deformabiliddade do solo maiss
desccontínuo é o comporrtamento d
do bloco, apresentando pequennas “diminu
uições” de
e
resisstência até
é que se atinja a ruína, que
e pode te
er sido caausada por rupturass
localizadas, o que demo
onstra uma
a grande ca
apacidade desses b locos em redistribuir
r r
as te
ensões inte
ernas, poré
ém, poden
ndo compro
ometer a in
ntegridade do bloco.
5.5.3
3 Influênc
cia na distribuição das tensõ
ões nas arrmaduras principais
s
As te
ensões na
as barras das
d armad uras foram
m medidas de acordoo com os esquemass
mostrados na Figura 5.21 para o
os blocos sobre cinc
co e sobree seis esta
acas. Noss
gráfiicos mostrrados nas Figuras 5
5.22 e 5.2
24 são apresentadass as evolu
uções dass
tensões nas ba
arras das armaduras
a s principais
s de tração
o dos blocoos sobre se
eis e cinco
o
estacas, respe
ectivamentte, com o aumento do
d carrega
amento. O
Os gráficos associam
m
as te
ensões na
as barras das nadas à d ireita, com
d armad uras, eixo das orden m o gráfico
o
de fo
orça versus deslocam
mento, eixo
o das orde
enadas à esquerda.
(a) (b)
Figu
ura 5.21 - Essquema adottado para me
edir as tensõ
ões nas barra
as das armadduras: (a) blo
ocos sobre
seis
s estacass; (b) blocos sobre
s cinco estacas
e
A p
partir dos gráficos das Figurras 5.22 e 5.24, observa-se
o e que qua
anto maiss
defo
ormável forr o solo, ou
o seja, q
quanto menor for o valor do ccoeficiente
e de mola,
melh
hor será a distribuiçã
ão das tenssões entre
e os tirantes, com o ccomportam
mento maiss
próxximo ao indicado
i pelo
p mod elo de trreliça. Esse compoortamento foi maiss
exprressivo noss blocos com coeficiiente de mola
m 30
00 / em que as
a tensõess
nos tirantes aumentam, praticame
ente, na mesma
m pro
oporção, ccom o acré
éscimo de
e
carre
egamento,, até atingir o escoam
mento. Nos
s blocos so
obre seis eestacas fica evidente
e
a maior conce
entração nas
n barrass do tirante
e T3, entrre as estaacas mais próximas,,
166
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.22 - Gráficoss de força ve
ersus desloca
amento e ten
nsão nas arm
maduras doss tirantes vers
rsus
desllocamento, nos
n blocos: (a) B6p143x3
35h145fc30k
k300; (b) B6p
p143x35h1455fc30k600;
(cc) B6p143x35
5h145fc30k9
900; (d) B6p1
143x35h145ffc30kinf.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.2
23 - Tensão nas barras d
das armadura
as principais próximo à ruuína, nos blo
ocos:
(a) B6p143
3x35h145fc30
0k300; (b) B6
6p143x35h145fc30k600;; (c) B6p143xx35h145fc30
0k900;
(d) B
B6p143x35h1
145fc30kinf.
Nos blocos so
obre cinco estacas, o
os blocos com
c 300 / indicaram
m uma boa
a
distrribuição de
e tensões de
d tração nas barras
s entre os tirantes, ccom todas as barrass
ating
gindo o escoament
e to antes da ruína.. Nos blo
ocos com 600 / e
900 / também
m ocorreu b
boa distribu
uição, poré
ém esta fooi menos expressiva,
e ,
como pode ser
s observ
vado na F
Figura 5.2
24. Já no
o bloco coom apoio rígido, a
conccentração de tensõe
es foi maio
or no tirante T4, entre as estaacas mais próximas,
com as barras dos outros
s tirantes m
mantendo--se em peq
quenos vallores de te
ensões.
Anallisando a Figura
F 5.25
5, também é possíve
el visualizar a distribuuição das tensões de
e
traçã
ão nas armaduras principaiss dos blocos sobre
e cinco eestacas. Novamente
N e
obse
ervando qu
ue quanto menor a deformabilidade do solo, ou da mola, maior é a
conccentração das tensõe
es de traçã
ão nos tira
antes entre
e as estacaas mais próximas do
o
pilarr.
168
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.24 - Gráficoss de força ve
ersus desloca
amento e ten
nsão nas arm
maduras doss tirantes vers
rsus
desllocamento, nos
n blocos: (a) B5p130x3
32h138fc30k
k300; (b) B5p
p130x32h1388fc30k600;
(cc) B5p130x32
2h138fc30k9
900; (d) B5p1
130x32h138ffc30kinf.
5.5.4 Inffluência na
a configurração do ffluxo de te
ensões
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.2
25 - Tensão nas barras d
das armadura
as principais próximo à ruuína, nos blo
ocos:
(a) B5p130
0x32h138fc30 5p130x32h138fc30k600;; (c) B5p130xx32h138fc30
0k300; (b) B5 0k900;
(d) B
B5p130x32h1
138fc30kinf.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.26
6 - Superfície
e com tensão
o de 8 MPa d
de compress
são na situaç
ção de carreggamento pró
óximo
à ruína dos blocos:
b (a) B5p130x32h1
B 138fc30k300
0; (b) B5p130
0x32h138fc300k600;
(cc) B5p130x32
2h138fc30k9
900; (d) B5p1
130x32h138ffc30kinf.
Assim co
omo obserrvado nos blocos so
obre seis estacas, nos blocoos sobre cinco
c
estacas o
observou-sse um com
mportamen
nto parecid
do. No en
ntanto, noss blocos sobre
s
cinco esta
acas a mudança na concentra
ação de ten
nsões com
m a alteraçção dos valores
dos coeficcientes de mola não foi tão evvidente. A situação mais
m críticaa foi obserrvada
apenas n
no bloco com
c apoio
o rígido na
as estaca
as, em que as três estacas mais
próximas,, absorvera
am a maior concentra
ação do flu
uxo de tensões.
171
(a) (b)
(c) (d)
perfície com tensão de 8 MPa de com
Figura 5.27 - Sup mpressão na
a situação dee carregamento próximo
à ruína dos blocos
s: (a) B5p130
0x32h138fc3
30k300; (b) B5p130x32h1
B 138fc30k600
0;
(c) B5p130x32h138
8fc30k900; (d
d) B5p130x32h138fc30ki nf.
5.6 Influênc
cia da se
eção tran
nsversal do pilar
A partir dos gráficos mostrados nas Figuras 5.28 e 5.29, e, tomando como referência
as Figuras 5.18b e 5.19b, que representam os blocos base, verifica-se que o
alongamento da seção transversal do pilar alterou a distribuição das reações das
estacas.
Se for analisado do ponto de vista das intensidades, a alteração não foi tão
expressiva. No bloco sobre seis estacas com pilar quadrado, na situação próximo à
ruína, a estaca mais próxima do pilar chegou a absorver cerca de 26% da força
atuante no bloco, enquanto a estaca mais afastada absorveu cerca de 12% (ver
Figura 5.28a); no bloco com pilar pouco alongado, essa relação foi de 23% e 13,5%
(ver Figura 5.18b); e para o bloco com pilar muito alongado, essa relação foi de 23%
e 13,5% (ver Figura 5.28b). Porém, se for analisada a distribuição das reações das
estacas no decorrer do carregamento, percebe-se que o alongamento do pilar
permitiu uma distribuição que evoluiu de maneira mais contínua, enquanto que para
o bloco com o pilar quadrado houve um série de redistribuições, de maneira brusca,
à medida que o carregamento foi aumentando. Isso indica o melhor comportamento
das reações das estacas com o alongamento do pilar paralelo ao maior lado do
bloco.
Nos blocos sobre cinco estacas com pilar quadrado as porcentagens absorvidas por
cada estaca, na situação próxima à ruína foram de 30%, 21% e 14% (ver Figura
5.29a). No bloco com pilar pouco alongado, as porcentagens máximas foram cerca
de 29,6 %, 19,4 % e 15,8 % (ver Figura 5.19b). Para o pilar muito alongado, as
porcentagens máximas foram cerca de 27%, 20,5% e 16% (ver Figura 5.29b). Sendo
assim, observa-se que houve uma leve tendência de melhorar a distribuição das
reações entre as estacas, e também não houve mudança significativa do ponto de
vista dos valores. No entanto, ao observar os gráficos para as três situações,
percebe-se, assim como nos blocos sobre seis estacas, que o alongamento da
seção transversal do pilar possibilitou melhor comportamento na distribuição das
reações com o aumento do carregamento.
173
3
(a) (b)
Figura 5.28 - Gráficos de força versus d
deslocamento
o e da porcentagem de re
reação das estacas
e em
relação à força nos blocos: (a) B6
6p71x71h145
5fc30k600; (b
b) B6p200x225h145fc30k600;
(a) (b)
Figura 5.29 - Gráficos de força versus d
deslocamento
o e da porcentagem de re
reação das estacas
e em
orça nos bloc
relação à fo cos: (a) B5p6
64,5x64,5h138fc30k600; (b) B5p181xx23h138fc30
0k600.
5.6.2
2 Influênc
cia na resistência d
dos blocos
s
Com
mo pode se
er observad
do nos grá
áficos das Figura
F 5.30
0, na maiooria dos blo
ocos, tanto
o
sobrre cinco esstacas, qu
uanto sobrre seis esttacas, a fo
orma da s eção trans
sversal do
o
pilarr não altero
ou de man
neira signifficativa a resistência
r a dos blocoos, a que os
o valoress
foram
m relativam
mente próx
ximos. Ape
enas no blloco sobre
e seis estaccas, com pilar
p muito
o
alongado 200
0 25 , obse
ervou-se um
u aumentto consideerável da resistência
r a
do b
bloco, que neste caso
o, pode se
er atribuído
o à melhorr distribuiçãão das ten
nsões para
a
174
(a) (b )
Figura 5.30 - Gráfico
os da relação
o entre a resiistência dos blocos em fu
unção do forrmato da seç
ção
trransversal do
o pilar: (a) bllocos sobre ccinco estaca
as; (b) blocos
s sobre seis eestacas
5.6.3 Inffluência na
a distribuiição das ttensões na
as armadu
uras princcipais
O alonga
amento da
a seção tra
ansversal do pilar alterou
a de
e maneira significativa a
distribuiçã
ão das tensões nas barras dass armadura
as principa
ais nos bloocos sobre
e seis
estacas, como pod
de ser obs
servado no
os gráfico
os da Figu
ura 5.31, ttomando como
c
a o gráfico mostrado na Figura 5.22b, que
referência e represen
nta o bloco base.
(a) (b)
F
Figura 5.31 - Gráficos de
e força versu
us deslocame
ento e tensão
o nas barrass dos tirantes
s versus
deslocam
mento, nos bllocos: (a) B6
6p71x71h145
5fc30k600; (b
b) B6p200x225h145fc30k6
600.
(a) (b)
F
Figura 5.32 - Gráficos de
e força versu
us deslocame
ento e tensão
o nas barrass dos tirantes
s versus
deslocamento, nos bloc
cos: (a) B5p6
64,5x64,5h138fc30k600; (b) B5p181xx23h138fc30
0k600.
A pa
artir dos gráficos
g mostrados
m nas Figura
as 5.32 e 5.24b, veerificou-se que, noss
bloco
os sobre cinco
c estac
cas, o alon
ngamento da
d seção transversall do pilar não
n alterou
u
de m
modo significativo a distribuiçã
ão das ten
nsões nas barras enntre os tira
antes. Nass
três situações, apesar de
d haver m
maior concentração das tensõões nas barras
b doss
tiran
ntes centrais, as tensões nos ou
utros tiranttes aumentaram propporcionalm
mente.
(a) (b)
Figura 5.3 n barras das armadura
33 - Tensão nas as principais com carrega
amento próxximo à ruína, nos
blocoss: (a) B6p71x
x71h145fc30
0k600; (b) B6
6p200x25h14
45fc30k600.
(c) (d)
Figura 5.3
34 -Tensão nas
n barras da
as armadura
as principais com carrega
amento próxiimo à ruína, nos
blocos: (a) B5p64,5
5x64,5h138fcc30k600; (b) B5p181x23h
h138fc30k6000
5.6.4 Inffluência na
a configurração do ffluxo de te
ensões
A partir do
os diagram
mas de sup
perfícies de
e mesma tensão
t mo
ostrados naas Figuras 5.35
a 5.40 ve
erifica-se que,
q para todas
t as ssituações, o fluxo de
e tensões se adapto
ou ao
formato da seção do
o pilar.
A trajetórria de ten
nsões de compresssão acompanhou o alongam
mento do pilar,
possibilita
ando a forrmação de
e bielas m adas em relação à horizonta
mais inclina al, se
iniciando próximo às
à extremid
dades do p
pilar. Com o pilar quadrado ass bielas fica
aram
menos incclinadas.
177
7
(a
a) (b)
perfície com tensão de 6 MPa de com
Figurra 5.35 - Sup mpressão com 10 mm dee deslocamen
nto aplicado
5p64,5x64,5h138fc30k60
no bloco B5 00: (a) bloco inteiro (b) co
orte transverrsal no meio bloco.
a)
(a (b)
perfície com tensão de 6 MPa de com
Figurra 5.36 - Sup mpressão com 10 mm dee deslocamen
nto aplicado
no bloco B5p130x32h
B 138fc30k600
0: (a) bloco in
nteiro (b) corrte transverssal no meio bloco.
b
a)
(a (b)
F
Figura 5.37 - Superfície com tensão d
de 6 MPa de compressão
o com 9,85 m
mm de desloc
camento
ap
plicado no blo
oco B5p181x
x23h138fc30
0k600: (a) blo
oco inteiro (b
b) corte transsversal no me
eio bloco.
178
(a) (b)
(
Figura 5
5.38 - Superffície com ten
nsão de 6 MP
Pa de comprressão com 10,8
1 mm de deslocamento
aplicado
o no bloco B6
6p71x71h145
5fc30k600: ((a) bloco inte
eiro (b) corte transversal nno meio bloc
co.
(a) (b)
(
Figura 5
5.39 - Superffície com ten
nsão de 6 MP
Pa de comprressão com 13,3
1 mm de deslocamento
aplicado no bloco B6
6p143x35h14
45fc30k600: (a) bloco inte
eiro (b) corte
e transversal no meio blo
oco.
(a) (b)
(
Figura 5
5.40 - Superffície com ten
nsão de 6 MP
Pa de comprressão com 10,4
1 mm de deslocamento
aplicado no bloco B6
6p200x25h14
45fc30k600: (a) bloco inte
eiro (b) corte
e transversal no meio blo
oco.
179
A partir da análise dos gráficos mostrados nas Figuras 5.41 e 5.18b, observa-se que
a mudança na altura influenciou de maneira significativa a distribuição das reações
entre as estacas, nos blocos sobre seis estacas. Percebe-se que essa diferença não
foi observada apenas do ponto de vista dos valores, mas também em termos do
comportamento dos blocos, com o aumento do carregamento aplicado. Para o bloco
com altura de 108 , a diferença entre as reações das estacas foi aumentando de
maneira significativa, até ser considerada a ruína do bloco, com a estaca mais
próxima chegando a absorver 27 % da força atuante no bloco, enquanto a estaca
mais afastada foi solicitada em apenas 11,5 % dessa força (Figura 5.41a). Já no
bloco com 145 de altura, essa relação foi menor, chegando à proporção de 21 %
e 14,5 %, respectivamente (Figura 5.18b). Além disso, essa relação se desenvolveu
de maneira mais estável com o aumento do carregamento. No bloco com altura de
236 , as reações das estacas foram praticamente iguais, demostrando a elevada
rigidez do bloco, até que fosse atingida a ruína (Figura 5.41b).
Assim como nos blocos sobre seis estacas, o comportamento observado nos blocos
sobre cinco estacas foi semelhante. A partir dos gráficos mostrados nas Figuras 5.42
e 5.19b, verificou-se que as porcentagens das reações no bloco com altura de
103 , considerando da estaca mais próxima, depois a estaca intermediária, até a
180
(a) (b)
Figura 5.4 amento e da porcentagem
41 - Gráficoss de força verrsus desloca m de reação das estacas
s em
relaçção à força nos
n blocos: (a) B6p143x3
35h108fc30k
k600; (b) B6p
p143x35h2366fc30k600.
(a) (b)
Figura 5.4
42 - Gráficoss de força verrsus desloca
amento e da porcentagem
m de reação das estacas
s em
relaçção à força nos
n blocos: (a) B5p130x3
32h103fc30k
k600; (b) B5p
p130x32h2255fc30k600.
Nos bloco
os de men
nor altura as
a estacass mais pró
óximas do pilar absoorveram grande
parte da força atua
ante nos blocos, en
nquanto as
a estacas
s mais afaastadas fo
oram,
181
A distribuição das reações entre as estacas dependem de outros fatores, como por
exemplo, a deformabilidade do solo, porém, da maneira como foi apresentada, foi
possível avaliar esse aspecto, isoladamente. Se para a análise da influência da
altura dos blocos fosse adotado um coeficiente de mola com valor menor, no apoio
das estacas, obviamente seriam obtidos valores de reações mais uniformes, até nas
situações mais críticas, que seriam os blocos com menores alturas. Mesmo assim,
entende-se que a relação entre o aumento da rigidez com o aumento da altura do
bloco, como foi observada, seria mantida.
Nos gráficos mostrados nas Figura 5.43, as colunas em azul representam a força
resistente dos blocos, indicada pelo eixo das ordenadas à esquerda. Já o eixo das
ordenadas à direita representa a porcentagem de variação da altura e da resistência,
em relação ao bloco base, ou seja, em relação ao bloco de altura intermediária.
A consideração de valores extremos para a altura dos blocos não alterou somente a
força resistente dos blocos, como também alterou o modo de ruína dos mesmos.
Nos blocos com as menores alturas, detectou-se a ruína considerando que foi
atingido alongamento máximo permitido para as barras dos tirantes entre as estacas
mais próximas do pilar. Já nos blocos com as maiores alturas, a ruína foi detectada
por ruptura brusca do concreto, sem que fossem desenvolvidas tensões
consideráveis nas armaduras. Já para os blocos com alturas intermediárias, a ruína
182
dos bloco
os foi dete
ectada a partir
p da ru
uptura do concreto, porém ass armadura
as já
estavam ssolicitadass por tensõ
ões consid eráveis, se
endo que algumas ddelas já ha
aviam
atingido a resistênccia de esc
coamento. Isso mostra que a consideraação de bllocos
com gran
ndes ou pequenas
p ode acarre
alturas po etar um comportam ento estru
utural
indesejável, como será
s discutiido no item
m seguinte.
(a) (b )
Figura 5.4
43 - Gráficos da relação entre
e a resisttência dos bllocos em fun
nção da alturra do bloco, junto
com os g
gráficos de variação
v perc
centual da re
esistência e da
d altura em relação ao bbloco base: (a)
blocos sobre cinco estaca
as; (b) blocos
s sobre seis estacas
5.7.3 Inffluência na
a distribuiição das ttensões na
as armadu
uras
A partir d
dos gráfico
os mostrad
dos nas F
Figuras 5.4
44a e 5.45
5a, observo
vou-se que
e nos
blocos de
e menor alltura, as te
ensões na
as barras dos es entre ass estacas mais
d tirante
próximas do pilar, atingiram o escoam
mento enquanto as tensões nnas barras
s dos
antes se encontrav
outros tira vam em v alores bem menore
es (ver Figguras 5.46a e
5.47a). C
Como não houve bo
oa distribu
uição das tensões nas
n armadduras entrre os
tirantes, ffoi conside
erada a ruíína por alo
ongamento
o máximo permitido para as ba
arras
nesses tirrantes.
Nos bloco
os com altturas interm
mediárias, como mo
ostrado nas
s Figuras 5.22b e 5.24b,
houve me
elhor distrribuição das tensõe
es de traç
ção nas barras
b enttre os tira
antes.
Mesmo ocorrendo o escoame
ento das b
barras nos
s tirantes centrais,
c issso ocorreu
u em
um estágio em que as barras
s dos outro
os tirantes já estavam
m solicitad as por ten
nsões
de valore
es conside
eráveis (Fiiguras 5.2
23b e 5.25
5b). Além disso, obbservou-se
e um
183
3
comportamentto mais eq
quilibrado n
na ruína, com o esc
coamento das barra
as seguido
o
pela ruptura do
o concreto nas bielass.
Já p
para os blo
ocos com as maiore
es alturas,, a ruína dos
d blocoss foi detec
ctada pela
a
ruptu
ura brusca
a do concrreto, sem valores de
e tensões considerávveis nas barras
b doss
tiran
ntes, como
o mostrado
o nas Figu ras 5.44b e 5.45b. Isso
I indicaa que o co
oncreto na
a
regiã
ão inferior do bloco ainda
a esta
ava resistin
ndo às tensões de trração solic
citantes na
a
situa
ação de ruína.
(a) (bb)
F
Figura 5.44 - Gráficos de
e força versu
us deslocame
ento e tensão
o nas barrass dos tirantes
s versus
deslocamento, nos blo
ocos: (a) B6p
p143x35h108fc30k600; (b)
( B6p143x335h236fc30k
k600.
(a) (bb)
F
Figura 5.45 - Gráficos de
e força versu
us deslocame
ento e tensão
o nas barrass dos tirantes
s versus
deslocamento, nos blo
ocos: (a) B5p
p130x32h103fc30k600; (b)
( B5p130x332h225fc30k
k600.
Send
do assim, os blocos mais altoss apresenta
aram uma ruína brussca, além disso, não
o
tiverram um bo
om aprove
eitamento d
das armad
duras, com
mo pode seer visto na
as Figurass
5.46
6b e 5.47b.
184
(a) (b)
Figura 5.4
46 - Tensão nas
n barras das armadura
as principais com carrega
amento próxximo à ruína, nos
blocoss: (a) B6p143
3x35h108fc3
30k600; (b) B6p143x35h2
B 236fc30k6000.
(a) (b)
Figura 5.4
47 - Tensão nas
n barras das armadura
as principais com carrega
amento próxximo à ruína, nos
blocoss: (a) B5p130
0x32h103fc3
30k600; (b) B5p130x32h2
B 225fc30k6000.
5.7.4 Inffluência na
a configurração do ffluxo de te
ensões
(a
a) (b)
perfície com tensão de 6 MPa de com
Figurra 5.48 - Sup mpressão com 10 mm dee deslocamen
nto aplicado
no bloco B6p143x35h
B 108fc30k600
0: (a) bloco in
nteiro (b) corrte transverssal no meio bloco.
b
(a
a) (b)
F
Figura 5.49 - Superfície com tensão d
de 2 MPa de compressão
o com 10,6 m
mm de desloc
camento
ap
plicado no blo
oco B6p143x
x35h236fc30
0k600: (a) blo
oco inteiro (b
b) corte transsversal no me
eio bloco.
Nos blocos de
e maiores alturas
a não
o foi obserrvada a forrmação daas bielas de maneira
a
clara
a. Nos fluxxos de tens
sões most rados nas Figuras 5.49 e 5.51 , observa--se que ass
tensões desen
nvolvidas nas bielass se man
ntiveram em valoress pequeno
os quando
o
comparados co
om as tens
sões atuan
ntes na reg
gião de con
ntato entree o pilar e o bloco.
186
(a) (b)
(
Figura 5.50 - Superfície
e com tensão
o de 6 MPa d
de compressã
ão com 9,6 mm
m de desloocamento aplicado
no b
bloco B5p130
0x32h103fc3
30k600: (a) b
bloco inteiro (b)
( corte tran
nsversal no m
meio bloco.
(a) (b)
(
Figura 5.51 - Superfície
e com tensão
o de 2 MPa d
de compress m de desloccamento aplicado
são com 11 mm
no b
bloco B5p130
0x32h225fc3
30k600: (a) b
bloco inteiro (b)
( corte tran
nsversal no m
meio bloco.
5.8 Influ
uência da
d resistê
ência do concretto
Neste item
m é analisa
ada a influ
uência que a resistên
ncia à compressão doo concreto
o tem
no comp
portamento
o estrutura
al dos blo
ocos sobrre cinco e seis esstacas. Fo
oram
analisado
os três valo
ores diferen
ntes de ressistência: 25
2 , 30
0 e 355 .
5.8.1 Inffluência na
a distribuiição das rreações en
ntre as estacas
A partir d
dos gráfico
os apresentados na
as Figuras
s 5.52 e 5.18b,
5 obsserva-se que a
mudança da resisstência à compresssão do co
oncreto não alterouu de maneira
187
7
significativa a distribuiçã
ão das re
eações enttre as esttacas. Noss blocos sobre
s seiss
estacas e 25 , as parce
elas da fo
orça atuan
nte no blocco, absorv
vidas pela
a
estaca mais prróxima do pilar e pe la estaca mais
m afastada foram
m de 24,5%
% e 12,7%,,
resp
pectivamen
nte (Figura
a 5.52a); n
no bloco com 30 eessa relaç
ção foi de
e
23 % e 13,5 %, respe
ectivamente
e (Figura 5.18b); e no blocoo com 35
prop
porção foi de 24% e 13%, respectiva
amente (F
Figura 5.552b). Esse
es valoress
perm
mitiram con
ncluir que a distribuiçção foi pratticamente a mesma.
Inicia
almente pe
ensava-se que o con
ncreto de maior
m resis
stência, porr possuir um
u módulo
o
de e
elasticidade
e maior, iriia acarreta
ar em um bloco
b mais
s rígido. Poorém, não foi esse o
resu
ultado. A distribuição se mantevve em prop
porções mu
uito semel hantes.
(a) (b)
Figura 5.52 - Gráficos de força versus d
deslocamento
o e da porcentagem de re
reação das estacas
e em
relação à força nos blo
ocos: (a) B6p
p143x35h145fc25k600; (b)
( B6p143x335h145fc35k
k600.
188
(a) (b)
Figura 5.5
53 - Gráficoss de força verrsus desloca
amento e da porcentagem
m de reação das estacas
s em
relaçção à força nos
n blocos: (a) B5p130x3
32h138fc25k
k600; (b) B5p
p130x32h1388fc35k600.
5.8.2 Inffluência na
a resistência dos bllocos
(a) (b)
Figura 5.54 - Gráficos da
d relação en
ntre a resistê
ência dos blocos em função da resistêência do con
ncreto,
junto com o
os gráficos de
d variação percentual
p da
a resistência do bloco e da
d resistênci a do concretto em
relação ao blocco base: (a) blocos sobre
e cinco estac
cas; (b) bloco
os sobre seiss estacas
189
9
Os g
gráficos indicam que
e a variaçã
ão da resiistência do
o concretoo teve relação direta
a
com a variaçã
ão da resis
stência do
o bloco, co
omo pode ser obserrvado pela
as colunass
azuiss. Porém essa rela
ação não seguiu as
s mesmas
s proporçõões. O au
umento da
a
resisstência do
o concreto
o significou
u um acrréscimo de
e resistênncia em proporções
p s
maio
ores, e o contrário ocorreu quando fo
oi reduzida
a a resisttência do concreto,,
gera
ando uma redução
r em
m proporçõ
ões menorres.
Com
mo foram poucos
p os blocos pro
ocessados
s, fica difíc
cil indicar qqual a rela
ação exata
a
entre
e o aumen
nto da resis
stência do
o bloco com
m o aumen
nto da resi stência do
o concreto..
De q
qualquer maneira
m foi possível observar que essas
s variaçõess podem não
n seguirr
exattamente ass mesmas
s proporçõ
ões. Mesmo assim, no
n dimenssionamento
o analítico
o
de b
blocos é co
omum considerar qu e para alte
erar a resis
stência doo bloco, ba
asta alterarr
a ressistência do
d concreto
o na mesm
ma proporçã
ão.
5.8.3
3 Influênc
cia na distribuição das tensõ
ões nas arrmaduras
(a) (bb)
F
Figura 5.55 - Gráficos de
e força versu
us deslocame
ento e tensão
o nas barrass dos tirantes
s versus
deslocamento, nos blo
ocos: (a) B6p
p143x35h145fc25k600; (b)
( B6p143x335h145fc35k
k600.
190
(a) (b)
Figura 5.56 - Gráficcos de força versus deslo
ocamento e tensão
t nas barras
b dos tirrantes versu
us
desllocamento, nos
n blocos: (a) B5p130x3
32h138fc25k
k600; (b) B5p
p130x32h1388fc35k600.
A particularidade ob
bservada foi
f que, co
om o aume
ento da res
sistência ddo concreto, as
amadurass dos outrros tirantes atingiram
m tensões
s de traçã
ão com vaalores maiores,
próximo à situação de ruína, como pod
de ser obs
servado na
as Figurass 5.57 e 5.23b,
nos bloco
os sobre se
eis estacas, e nas F
Figuras 5.5
58 e 5.25b, nos bloccos sobre cinco
c
estacas.
(a) (b)
Figura 5.5
57 - Tensão nas
n barras das armadura
as principais com carrega
amento próxximo à ruína, nos
blocoss: (a) B6p143
3x35h145fc2
25k600; (b) B6p143x35h1
B 145fc35k6000.
191
(a) (bb)
Figura 5.58 - Te
ensão nas ba
arras das arm
maduras prin
ncipais com carregament
c to próximo à ruína, nos
blocos: (a) B5p130x32h1
B 138fc25k600
0; (b) B5p130
0x32h138fc335k600.
5.8.4
4 Influênc
cia na con
nfiguração
o do fluxo
o de tensõe
es
(a) (b)
(
Figura 5.59
9 - Superfície
e com tensão de 5 MPa de compress
são com 9 mm
m de desloccamento aplicado
no b
bloco B5p130
0x32h138fc2
25k600: (a) b
bloco inteiro (b)
( corte tran
nsversal no m
meio bloco.
(a) (b)
(
Figura 5.60
0 - Superfície
e com tensão
o de 7 MPa d
de compress
são com 13 mm
m de desloccamento aplicado
no b
bloco B5p130
0x32h138fc3
35k600: (a) b
bloco inteiro (b)
( corte tran
nsversal no m
meio bloco.
(a) (b)
(
Figura 5.61 - Superfície
e com tensão
o de 5 MPa d
de compress m de desloccamento aplicado
são com 12 mm
no b
bloco B6p143
3x35h108fc3
30k600: (a) b
bloco inteiro (b)
( corte tran
nsversal no m
meio bloco.
193
3
(a
a) (b)
F
Figura 5.62 - Superfície com tensão d
de 7 MPa de compressão
o com 14,4 m
mm de desloc
camento
ap
plicado no blo
oco B6p143x
x35h145fc25
5k600: (a) blo
oco inteiro (b
b) corte transsversal no me
eio bloco.
5.9 Análise
e dos res
sultados dos méttodos an
nalíticos
Esta
a parte do capítulo estuda os métodos analíticos para o ddimensiona
amento de
e
bloco
o sobre cin
nco ou seis estacas, apresenta
ados no Ca
apítulo 3. A
Apesar de os blocoss
terem
m sido modelados
m em elem entos finittos a parttir do dim
mensionam
mento pelo
o
méto
odo de An
ndrade (19
989), enten
nde-se que
e, do pontto de vistaa da verific
cação dass
tensões no con
ncreto, é possível
p fazzer uma as
ssociação da força reesistente obtida
o com
m
o pro
ocessame
ento dos bllocos com
m a força re
esistente prevista
p poor meio de
e todos oss
méto
odos analítticos estud
dados.
Impo
ortante lem
mbrar que
e a model agem num
mérica não
o é uma indicação exata da
a
resisstência do
os blocos analisadoss, porém, na falta de ensaioos experim
mentais de
e
referrência, a modelagem
m m numérica
a foi tomad
da como base para a análise, permitindo
p o
compreender melhor
m o comportam ento dos métodos
m an
nalíticos.
5.9.1 Co
onsideraçõ
ões sobre o método
o indicado
o no Boletim númerro 73 do CEB-
FIP
P (1970)
Os gráfico
os mostrad
dos na Figura 5.63 re
epresentam
m a relação entre a fforça resistente
dos bloco
os em elem
mentos finittos e a forçça resisten
nte prevista
a pelo métoodo do Bo
oletim
número 73 do CEB--FIP (1970).
Os gráficcos indicam
m os resu
ultados do
os dimens
sionamento
os dos m étodos co
om a
variação: da forma da seção
o do pilar, da resistê
ência do concreto
c e da altura
a dos
blocos. As situaçõe
es, em que
e as colun
nas azuis apresentam
a m valores maiores que
q a
unidade, indicam que o méto
odo previu
u forças re
esistentes menores qque as ob
btidas
pela mode
elagem e, portanto, um
u resulta do favoráv
vel.
comparação aos resultados das modelagens, tanto para os blocos sobre cinco,
quanto para os blocos sobre seis estacas.
O resultado desfavorável indicado pelo método para o bloco sobre seis estacas com
altura de 236 pode ser desconsiderado (Figura 5.63f), pois esse bloco tem
grande altura, ficando fora do limite de aplicação do método que é 2 ∙ ℓ . Isso
indica como é importante considerar esse limite.
Os resultados também não foram satisfatórios nos blocos com pilar muito alongado,
porém, ao analisar a maneira como o método determina as seções para verificar a
força cortante, é possível entender a possível causa de tais resultados. A largura da
seção de referência é calculada pela soma da altura útil do bloco com o lado do
pilar na direção considerada. Sendo assim, ao se alongar o pilar, a largura da seção
é aumentada consideravelmente, como mostrado nas Figura 5.64a. Inicialmente
isso parece um comportamento lógico, porém a modelagem em elementos finitos
indicou que a resistência dos blocos não foi aumentada nessa mesma proporção.
A altura da seção é limitada pela altura útil de bloco e por 1,5 ∙ ℓ , e como nos
blocos sobre cinco estacas, uma das linhas de estacas fica muito próxima do pilar, a
aba ℓ ficou muito pequena, gerando uma seção com pequena altura, o que
penalizou a resistência do bloco, como mostrado na Figura 5.64c.
situações em que a aba ℓ fica muito pequena, o que acaba penalizando a altura da
seção , ficando a dúvida de considerar a seção a /2 ou na face do pilar, como
mostrado nas Figuras 5.64a e 5.64b.
Para os blocos com pilar pouco alongado e altura intermediária (blocos base) o
Boletim número 73 do CEB-FIP (1970) indicou uma boa previsão da força resistente.
Do ponto de vista da prática de projeto, o método indicou o aumento da resistência
do bloco com o aumento da resistência do concreto. Importante lembrar que, as
alturas dos blocos base têm valores muito próximos à altura média entre os limites
de aplicação do método. Sendo assim, os resultados indicam que se deve partir
desta altura média para dimensionar os blocos por esse método.
(197
70) foi 1,3,, essa me
esma relaçção foi 2,2
2 considera
ando a eqquação ind
dicada em
m
Cala
avera (199
91). Sendo
o assim, o
observou-se que o critério
c de Calavera (1991) foii
maiss restritivo na determ
minação d
da força co
ortante res
sistente doo que o do
d Boletim
m
núm
mero 73 do CEB-FIP (1970).
(
(a) (b)
( (c)
(d) (e
e) (f)
Fig
gura 5.65 - Relação
R entre
e a força ressistente obtid
da por meio da
d modelageem numérica e a força
prevvista pelo mé avera (1991)) para os blocos sobre cinco estacas,, variando: (a
étodo do Cala a) seção do
pilarr, (b) resistên
ncia do concreto, (c) altu ra; e para blo
ocos sobre seis
s estacas,, variando: (d
d) seção do
pilar, (e) ressistência do concreto,
c (f) altura.
5.9.3
3 Considerações sobre
s o mé
étodo aprresentado por Fusco
o (1995)
A pa
artir da an
nálise dos gráficos m
mostrados nas Figurra 5.66, obbservou-se
e que, em
m
quasse todos os casos, o método d
de Fusco (1995) indic
cou forçass resistente
es maioress
do q
que as enco
ontradas por
p meio da
a modelagem numérrica.
Nos blocos em
m que a fo
orça resisttente prevista foi ma
aior do quue da modelagem, a
verifficação críttica foi a das
d tensõe
es de comp
pressão ju
unto às esttacas, sendo que ass
verifficações da
as tensões
s no pilar a
ainda iriam permitir um
ma resistêência maiorr do bloco..
Conssiderando este fato, foi obtid
da a Figurra 5.67 do
os blocos sobre cin
nco e seiss
estacas, respe
ectivamentte, com o carregame
ento na im
minência daa ruína. Essa
E figura
a
repre
esenta co
ortes horiz
zontais no s blocos na altura 0,5 ∙ abaixo
o da face
e
198
superior d
do bloco, exatamen
nte na seçção horizo
ontal na qual o méttodo de Fusco
F
(1995) ind
dica que atua
a uma tensão
t de 0,2 ∙ 30 6 . Na Figgura 5.67, esse
valor de ttensão pod
de ser identificado p
pelo limite entre as cores
c larannja e verm
melha
dos diagrramas de tensões. Os quadrrados men
nores reprresentam a projeção da
seção do pilar e o quadrado
q maior
m repre
esenta a árrea amplia
ada de acoordo com Fusco
F
(1995), q
que afirma
a que ess
sa área é de aprox
ximadamente nove vezes a área
ampliada do pilar. Analisand
do essas ffiguras, é possível observar
o qque as ten
nsões
que atuam
m nesse plano não apresentam
m uma distrribuição un
niforme denntro desta área
ampliada.. Além dissso, o lim
mite definid
do pelas tensões
t a 6 dde compre
essão
indicam q
que o valor dessa árrea é bem
m menor do ve vezes a área do pilar.
o que nov
Acredita-sse que esse tenha
a sido um
m dos motivos que conduz iram a fo
orças
resistente
es maiores previstas pelo métod
do.
Outro asp
pecto impo
ortante, é que
q Fusco
o (1995) as
ssocia ess
sa área am
mpliada ap
penas
ao formatto da seção
o do pilar e, no enta nto, obserrva-se que o desenhoo formado pelo
fluxo de ttensões de compres
ssão dos blocos sobre cinco estacas é diferente
e dos
blocos so
obre seis estacas.
e Ou
u seja, essse critério de área ampliada nãão conside
era a
199
9
alturra do bloco
o, nem o número de estacas e nem o arrranjo das m
mesmas. No
N método
o
prop
posto por Blévot
B e Frémy (196
67) são ind
dicados coeficientes de ajuste diferentess
para
a a verifica
ação das te
ensões na s bielas ju
unto ao pila
ar dependeendo do númedo de
e
estacas do blo
oco. Quantto maior o número de
d estacas
s, maior o coefiente de ajuste,,
sempre consid
derando arrranjo simé
étrico das estacas.
e Essa
E é umaa consideração maiss
coerrente, poiss quanto maior
m o n
número de
e estacas e quanto mais a disposição
d o
desssas estaca
as se apro
oxima de u
uma simetria radial em relaçãão ao eixo
o do pilar,,
melh
hor é o confiname
ento do cconcreto junto
j ao pilar, proomovido por
p bielass
comprimidas em
e várias direções.
d
(a)
(b)
Fig
gura 5.67 - Corte
C no plan
no horizontal a 0,5 ∙ abaixo da
a face superioor do bloco, indicando
tenssões principa
ais de comprressão e área
a ampliada do
d pilar de ac
cordo com F
Fusco (1995): (a) blocos
sob
bre cinco esta
acas; (b) blo
oco sobre seiis estacas.
200
Observa-se também que apenas para os blocos nos blocos mais altos é que o
método de Fusco (1991) indicou força resistente menor que a obtida pela
modelagem. Entende-se que nesses blocos, a grande altura permitiu a distribuição
das tensões de compressão ao longo do bloco, não por meio de bielas discretas,
pois estas nem chegaram a se desenvolver de maneira clara, mas com o
espraiamento das tensões de compressão dentro do bloco, de maneira difusa, como
mostrado na Figura 5.49b. Esse espraiamento se aproximou melhor do critério de
área ampliada indicado por Fusco (1995). Porém, como apresentado anteriormente,
esses blocos não apresentaram um comportamento típico de blocos sobre estacas.
Nos outros blocos observou-se que as bielas não convergem para uma área
ampliada abaixo da superfície do bloco, e sim diretamente para a seção de contato
do pilar com o bloco, como indicado na Figura 5.38b.
Fusco (1995) indica que a força centrada máxima que um pilar pode resistir é dada
pela Equação 3.10, apresentada no Capítulo 3 e se baseia nessa equação para
deduzir os critérios de verificação do método. Porém observou-se que a região de
contato entre o pilar e bloco é uma região descontínua, com distribuição não
uniforme das tensões de compressão, como mostrado na Figura 5.5, e foi essa
concentração de tensões que levou à ruína do pilar para uma força menor do que a
indicada por essa equação.
201
5.9.4
4 Considerações sobre
s o mé
étodo do Concrete Design Haandbook
O m
método de
e dimensio
onamento indicado por Kokai (2006) nno Concre
ete Design
n
Handbook pre
eviu força resistente
es maiores
s do que as obtidaas pela modelagem
m m
mérica, em quase todo
num os os bloco
os, como indicado na
a Figura 5..68.
Koka
ai (2006) recomenda
r a verificar a força co
ortante parra determiinar a altura mínima
a
dos blocos e em
e seguida, verificarr as tensões de com
mpressão nno concretto junto ao
o
pilarr e junto às
à estacas
s utilizand o a Equação 3.20 proposta por Adeba
ar e Zhou
u
(199
96). Como a altura dos bloco
os já estav
va determinada, a vverificação
o da força
a
corta
ante foi fe
eita de maneira
m in versa, a fim de de
eterminar a força resistente,,
junta
amente com a verificação das ttensões de
e compress
são.
A ve
erificação das
d tensõe
es de com pressão só
ó foram crríticas paraa a determ
minação da
a
resisstência noss blocos mais
m altos, basicame
ente os únicos blocoos em que as forçass
o método foram me
prevvistas pelo ontradas nna modela
enores que as enco agem. No
o
resta
ante dos blocos
b a verificação
v das tensõ
ões de co
ompressãoo não foram
m críticas,,
send
do que a ve
erificação da força co
ortante ind
dicou a resistência prrevista e, ju
ustamente
e
para
a esses blo
ocos, a modelagem in
ndicou uma força últiima menorr que a pre
evista.
(a) (b)
( (c)
seção do p
pilar, (b) resistência do concreto, (c) a
altura; e para
a os blocos sobre
s seis esstacas, varia
ando:
( seção do
(d) o pilar, (e) ressistência do concreto, (f) altura.
No estudo
o de Park, Kuchma e Souza (2 008), a eq
quação proposta por Adebar e Zhou
Z
(1996) ta
ambém indicou res
sistências maiores do que as
a obtidass em ens
saios
experimen
ntais de blo
ocos sobre
e quatro esstacas, com
mo mostra
a Figura 2.116e.
5.9.5 Co
onsideraçõ
ões sobe o método proposto por Andrrade (19899)
O método
o proposto
o por Andra
ade (1989 ) apresenttou forças últimas m
menores qu
ue as
obtidos po
or meio da
a modelage
em numéri ca para todos os blocos, indicaando ainda
a boa
aproximaçção dos re
esultados, como mo
ostrado na
a Figura 5.69.
5 Apennas nos bllocos
com meno
ores altura
as e no blo
oco com pi lar quadra
ado a força
a prevista ppelo métod
do se
distanciou
u do resulttado da modelagem
m m, no entanto, esses
s blocos ppossuem bielas
b
mais abattidas do que
q as perrmitidas pe
elo limite de
d aplicaçã
ão do méttodo, que é de
40° 55°.
(a)
(b)
Figura 5.7
70 - Tensõess principais de
d compresssão no bloco B6p143x35h
h145fc30k6000: (a) seção
o de
contato enttre o pilar e o bloco; (b) Corte
C no plan
no vertical qu
ue passa pelas duas estaacas centrais
s com
esquema da decompo
osição da áre
ea do pilar e das estacas
s na direção das
d bielas dee acordo com
m os
e Andrade (1989)
critérios de
205
Nos blocos com menores alturas o método foi bastante restritivo em relação à
resistência observada nos blocos em elementos finitos, indicando melhor
compatibilidade dos resultados nos blocos com altura intermediária (blocos base).
Para os blocos mais altos, os resultados praticamente coincidiram, porém no bloco
sobre seis estacas a resistência prevista foi levemente maior que a observada na
modelagem numérica.
O método se mostrou muito sensível à variação da seção do pilar, pois nos blocos
com pilar de seção transversal retangular alongada, a verificação da biela horizontal
paralela ao maior lado do pilar foi crítica para a determinação da resistência dos
blocos. Somente nos blocos com pilar quadrado e nos blocos mais altos com pilar
pouco alongado é que a verificação das bielas inclinadas foi crítica para determinar a
resistência. Isso ocorreu, pois o método limita a largura da biela horizontal à largura
do pilar, e nos pilares mais alongados as bielas acabaram ficando muito estreitas.
Além disso, as bielas junto ao pilar formam uma região favorável ao
desenvolvimento de tensões de compressão no concreto, devido ao efeito de
confinamento promovido pelas bielas, no entanto o método limita a tensão dessas
bielas à resistência do concreto.
206
(
(d) (e) (f)
Figura 5..71 - Relação
o entre a forç
ça resistente
e obtida por meio
m da mod
delagem num
mérica e a força
prevista pelo método ad
daptado de Park,
P Kuchm
ma e Souza (2
2008) para os
o blocos sobbre cinco esttacas,
variando: (a) seção do pilar, (b) resistência d
do concreto, (c) altura; e para os bloccos sobre se
eis
estacas, variando:
v (d) seção do pi lar, (e) resisttência do con
ncreto, (f) alttura.
5.9.7 Co
onsideraçõ
ões a resp
peito dos m
métodos de
d bielas e tirantes
De modo
o geral, to
odos os métodos
m in
ndicaram resistência
as menorees do que as
observada
as nos blocos em ele
ementos fi nitos. Em relação à modelagem
m m numéric
ca, os
métodos com os crritérios mais restritivo
os foram os
o do Apên
ndice A doo ACI 318:08 e
os critério
os que aprresentaram
m os resulta
ados mais
s próximos foram os indicados pela
CSA A23.3:04. Os critérios de Schlaich
h e Schäfe
er (1991) também in dicaram fo
orças
bem men
nores que as observ
vadas na m
modelagem
m numéric
ca. Observvou-se tam
mbém
207
7
que os critério
os do proje
eto de revvisão do Código
C Modelo da F IB (2010) indicaram
m
valores muito próximos
p ao
a do CEB
B-FIP Mode
el Code 19
990 (1993)..
(a) (b
b) (c)
Tanto na modelage
em numérica quantto por me
eio dos métodos
m fooi observada a
variação da resistê
ência dos blocos co
om a mud
dança da resistênciaa do conc
creto,
indicando
o sempre valores men
nores que os observados na modelagem
m m.
Nos bloco
os com menores
m alturas,
a tod
dos os mé
étodos ten
nderam a indicar fo
orças
proporcion
nalmente menores
m que
q as obsservadas pela
p modellagem, e ccom o aum
mento
da altura,, as forçass previstas
s tenderam
m a se ap
proximar da
as forças indicadas pela
modelage
em, manten
ndo-se, po
orém, com valores menores.
m Is
sso permitee observarr que
os modelos de bielas e tiran
ntes se co
omportam melhor na
as situaçõões em qu
ue os
ângulos e
entre as bie
elas e os tirantes são
o maiores. Importante
e lembrar qque nos bllocos
mais baixxos o ângulo de abatiimento mín
nimo entre
e as bielas e os tiranttes foi cerc
ca de
31°, valorr acima do limite mínimo estabe
elecido pelo Apêndic
ce A do AC
CI 318:08 que
q é
de 25°.
(a) (b
b) (c)
(d) (e
e) ((f)
Fig
gura 5.74 - Relação
R entre
e a força ressistente obtid
da por meio da
d modelageem numérica e a força
prrevista pelo método
m de biielas e tirante
es adaptado
o da CSA A23
3.3:04 para oos blocos so
obre cinco
esta
acas, variando: (a) seção
o do pilar, (b
b) resistência
a do concreto
o, (c) altura; e para os blo
ocos sobre
seis estacas,
e varia
ando: (d) seçção do pilar, (e) resistênc
cia do concreeto, (f) altura
a.
Fig
gura 5.77 - Tensões
T prin
ncipais de co mpressão no
o bloco B6p1
143x35h145ffc30k600 em
m corte no
plano vertical que passa pelas duas esttacas centrais com esque
ema do modeelo de bielas
s e tirantes
adotado.
212
213
6 CONCLUSÃO
Quanto à variação da altura dos blocos analisados, observou-se, nos blocos com
alturas intermediárias, que a ruína se deu pela ruptura do concreto das bielas
referentes às estacas mais próximas do pilar, fenômeno observado pela diminuição
das tensões de compressão nessas bielas e pela redução no valor das reações
dessas estacas, para um estágio de carregamento em que já havia sido atingida a
resistência de escoamento das barras de aço dos tirantes.
214
Nos blocos mais altos considerou-se ruína por ruptura do concreto junto ao pilar em
um estágio de carregamento em que as barras de aço dos tirantes ainda não
estavam solicitadas por tensões de tração consideráveis. Esse comportamento não
é típico de blocos sobre estacas. Além disso, os blocos muito altos consomem um
grande volume de concreto e não indicaram um bom aproveitamento das
armaduras. Sendo assim, o dimensionamento de blocos com grandes alturas
também deve ser evitado.
ordem de grandeza. Apenas para o bloco sobre seis estacas com pilar muito
alongado observou-se um pequeno acréscimo de resistência. Além disso, os fluxos
de tensões também apresentaram mudanças significativas, formando uma
configuração de bielas menos abatidas, que acompanham o alongamento do pilar.
Isso demonstrou a importância de que os métodos analíticos considerem sempre o
real formato da seção transversal do pilar.
Apesar de não ser uma característica do bloco em si, mas de uma condição de
contorno, a deformabilidade do solo teve influência significativa no comportamento
estrutural dos blocos sobre estacas. Observou-se que quanto menor o valor do
coeficiente de mola considerado, ou maior a deformabilidade do solo, melhor é a
distribuição das reações entre as estacas e, consequentemente, melhor é a
distribuição das tensões de tração nas barras das armaduras e a distribuição do
fluxo de tensões, formando bielas discretas direcionadas a todas as estacas. Quanto
menos deformável for o solo, maior é a concentração do fluxo de tensões de
compressão na direção das estacas mais próximas do pilar, em detrimento das
estacas mais afastadas. Importante ressaltar que mesmo para as situações de
coeficientes de mola maiores, a resistência dos blocos não foi comprometida de
maneira significativa, pois foi observada uma grande capacidade de redistribuição
das tensões à medida que se aumentou o carregamento.
Foram analisados vários métodos analíticos para dimensionar os blocos sobre cinco
e seis estacas analisados. De todos os métodos analisados, aquele que apresentou
resultados mais compatíveis com a modelagem numérica realizada foi o método de
Andrade (1989), pois em todas as situações esse método previu valores menores,
porém muito próximos aos obtidos por análise numérica. Além disso, a distribuição
do fluxo de tensões e a configuração das bielas indicada pelo método também foram
216
Por se tratar de uma dissertação de mestrado, e por causa do curto período para a
realização desta pesquisa, algumas hipóteses não puderam ser verificadas, ficando
a sugestão para trabalhos futuros. Recomenda-se analisar blocos sobre estacas,
semelhantes aos estudados, porém considerando as seguintes situações:
- Analisar blocos por meio do método dos elementos finitos considerando força
vertical excêntrica, com objetivo de analisar os métodos analíticos;
- Analisar blocos por meio do método dos elementos finitos considerando
diferentes taxas de armaduras principais, inserindo também as armaduras
secundárias, com o objetivo de verificar a influência no comportamento
estrutural e a ocorrência de fissuras;
- Analisar blocos por meio do método dos elementos finitos considerando
diferentes taxas de armaduras do pilar, com o objetivo de verificar a
contribuição desta armadura na resistência do bloco;
- Analisar blocos por meio do método dos elementos finitos considerando não
somente diferentes formatos para seção do pilar, mas também diferentes
valores de área, com o objetivo de verificar se isto tem influência no
comportamento estrutural.
218
219
REFERÊNCIAS
ADEBAR, P.; ZHOU, Z. (1996). Design of deep pile caps by strut-and-tie models.
ACI Structural Journal, v. 93, n.4, p. 437-448.
BURKE, J. R., J.U. (1978). Blocos rígidos sobre apoios diretos. Maubertec, São
Paulo.
DIANA (2012). DIANA Finite Element Analysis. User’s Manual Release Notes.
Release 9.4.4.TNO DIANA BV, Delft, Netherland.
DIANA (2009). User’s manual FX+ for DIANA. Release 9.4.TNO DIANA Finite
Element Analysis. VkDelft, The Netherland;
GUERRIN A. (1955) Traité de Béton Armé, Les Fondations. Dunod, Tome III,
Paris.
222
MAUTONI, M. (1972). Blocos sobre dois apoios. Grêmio Politécnico, São Paulo.
PARK, J.; KUCHMA, D.; SOUZA, R. (2008). Strength predictions of pile caps by a
strut-and-tie model approach. Can. J. Civ. Eng., NRC Research Web site
http://cjce.nrc.ca, n.35, p. 1399-1413, 21 november.
Este apêndice se destina a indicar uma ordem de grandeza para os valores dos
coeficientes de mola que representam a deformabilidade do solo e o encurtamento
elástico do fuste das estacas do tipo hélice contínua, as quais foram adotadas para
os blocos analisados. São feitos breves comentários a respeito dos métodos
utilizados para determinar a capacidade de carga das estacas e a estimativa dos
recalques das estacas, considerando diferentes tipos de solo, tomados como
exemplo.
Nos blocos sobre várias estacas, sabe-se que ocorre o chamado “efeito de grupo”
em virtude da sobreposição dos bulbos de tensões das estacas. Sendo assim, seria
mais adequado determinar o recalque e a capacidade do grupo de estacas, e não de
uma estaca isoladamente. No entanto, por simplicidade, são apresentados apenas
os estudos para estacas isoladas, pois na modelagem numérica, as molas elásticas
posicionadas no apoio das estacas trabalham de maneira independente, sem
considerar a influência de grupo. Entende-se que a única maneira de se obter uma
estimativa da influência do efeito de grupo para a distribuição das reações das
estacas seria modelar o bloco em elementos finitos juntamente com todo o fuste das
estacas inseridas no perfil do solo, o que seria um trabalho bastante complexo.
226
A.1
∙ ∙ ℓ
A.2
ℓ ℓ ∙ ℓ
A.3
∙
sendo:
1
DÉCOURT L.; QUARESMA, A. R. (1978). Capacidade de carga de estacas a partir de valores
SPT. In: Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, 6. Rio de Janeiro.
Anais...Rio de Janeiro v.1. p. 45-54.
227
7
- área da se
eção transv
versal da e
estaca.
Tabela A.2
A - Valores ente em fun
s do coeficie nção do tipo de estaca e do tipo de so
olo
ourt e Quaressma2(1978 apud
[Déco a Cintra e Aoki, 2010))]
A esstimativa da tensão de
d adesão ou de atrito lateral ℓ é feita coom o valorr médio do
o
índicce de resistência à penetraçã
ão do SPT
T ao longo
o do fustee ℓ, sem nenhuma
a
distin
nção quan
nto ao tipo de solo. N o cálculo de
d ℓ adotam-se os llimites 3 ℓ 50 e
não se consid
deram os valores
v qu e serão utilizados na avaliaçãão da resis
stência de
e
pontta. Sendo assim,
a o attrito laterall é calculad
do pela seguinte equuação:
2
DÉC
COURT L.; QUARESMA
Q A, A. R. (197
78). Capacid
dade de carga de estaccas a partirr de valores
s
SPT. In: Congressso Brasileiro
o de Mecânicca dos Solos
s e Engenharia de Fundaações, 6. Rio
o de Janeiro..
Anaiss... Rio de Ja
aneiro v.1. p. 45-54.
228
ℓ 4
A.4
ℓ 10 ∙ 1
3
A capacid
dade de ca
arga do solo junto à p
ponta da es
staca ℓ é estimada
e ppela equaç
ção:
A.5
C∙
sendo:
Finalmentte, a carga
a admissível da funda
ação é callculada com
m um fatorr de segurrança
aplicado a
ao valor da
a resistênc
cia média:
é A.6
Sendo o fator de
e segurança tomado
o indicado
o pela ABN
NT NBR 66122:2010 com
valor igua
al a 2 para o caso de método se
emi-empíriico.
3
DÉCOURT T L.; QUARE ESMA, A. R.. (1978). Caapacidade ded carga de estacas a partir de va alores
SPT. In: Coongresso Bra genharia de Fundações, 6. Rio de Ja
asileiro de Mecânica doss Solos e Eng aneiro
.Anais...Rio
o de Janeiro v.1.
v p. 45-54 4.
229
9
A.3 Estimattiva do re
ecalque
Para
a o cálculo
o do recalq
que das esstacas, opttou-se por utilizar o m
método ind
dicado porr
Cintrra e Aoki (2010). Esse métod
do permite
e estimar o recalquee para um
ma força F
atua
ante compreendida entre
e ℓ . O recalque na ccabeça da estaca é
dado
o por três parcelas:
p
ℓ A.7
send
do
- encurtame
ento elástic
co do fuste
e;
ℓ - rrecalque do
d solo porr causa da reação do
o atrito lateral.
Para
a determin
nar a forç
ça normal ao longo
o do fuste
e, constrói -se o diagrama de
e
transsferência de
d carga ao
a longo do
o fuste da estaca, su
upondo-see que as pa
arcelas de
e
resisstência latteral são mobilizada
as antes da resistê
ência de pponta, a qual
q só é
bilizada o suficiente para ating
mob gir o equilíbrio de forças.
f Paara o caso
o de duass
parccelas de resistência la
ateral tem--se o exem
mplo da Fig
gura A.1:
Figura
a A.1 - Esque
ema do diagrrama de forç
ça normal ao longo do fusste da estaca
a
[adapta do de Cintra
a e Aoki (2010)]
230
∑ ∙ A.8
∙
sendo
Para o caso de uma camada de solo de espessura , situada sob a ponta da estaca
(Figura A.2), o recalque devido à reação de ponta é calculado por:
4∙
∆ A.9
∙
∆ A.10
∙
231
send
do:
∆ A.11
∙
- ccoeficiente
e empírico que depen
nde do tipo
o de solo, in
ndicado naa Tabela A.4;
A
- tensão geo
ostática no
o centro da
a camada;
0
0 para arg
gilas duras
s e rijas;
Tab
bela A.4 - Co
oeficiente
[Décourt e Quaressma4 (1978 apud
a Cintra e Aoki, 2010))]
O re
ecalque po
or causa da
as reaçõess laterais é calculado
o considerrando o es
squema da
a
Figu
ura A.3, sen
ndo assim:
4
DÉC
COURT L.; QUARESMA
Q , A. R. (197
78). Capacid
dade de carga de estaccas a partirr de valoress
SPT. In: Congressso Brasileiro o de Mecânicca dos Solos
s e Engenha
aria de Fundaações, 6. Rio
o de Janeiro
o
.Anaiis...Rio de Ja
aneiro v.1. p. 45-54.
232
4∙ ℓ
∆ A.1
12
∙
4∙ ℓ
∆ A.1
13
∙
∑∆ A.1
14
ℓ ∙
Figura A.2
2 - Esquema
a de propaga
ação das tenssões em uma
a camada de
e espessura em virtude
e da
reaçã
ão de ponta
[adaptado de C ki (2010)]
Cintra e Aok
3 - Esquemas de propaga
Figura A.3 ação das ten
nsões em um
ma camada de
d espessuraa em virtude da
reação latteral por cam
mada
[adaptado de C
Cintra e Aok
ki (2010)]
233
NSPT
0 3 Areia pouco NSPT
4 compacta 0 10 Areia compacta
N.A. -2,9 m -2 m 6 -1 m 15
10 18 Areia medianamente
Areia compacta compacta a compacta
14 N.A. -3,5 m 16
16 19
-6 m 18 -5 m 41 Areia argilosa compacta
22 Areia muito -6 m 32
silte arenoso compacto a
33 compacta 40
muito compacto
40 45
-10 m 45 -9 m 45
(a) (b)
NSPT
0 NSPT
3 Argila siltosa pouco 0 9 Argila silto-arenosa
4 arenosa -1 m 3
6 N.A. -1,9 m 3 Silte arenoso, fofo
N.A. -4,5m -4 m 18 Areia fina média 3
22 pouco argilosa -3 m 3
-6 m 8 13 Areia siltosa,
9 Argila siltosa pouco 15 medianamente
11 arenosa variejada 4 compacta
11 2
10 Areia fina e média -7 m 19
-10 m
15
10 argilosa amarela
8
-12 m 18
7
30
6 Argila, consistência
32 8 média dura
32 Argila silto-arenosa 21
43 amarela e cinza 26
45 45
50 45
50 45
-20 m 55 -19 m 45
(c) (d)
Figura A.4 - Perfis de solo: Solo (a); Solo (b); Solo (c); Solo (d)