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da Informação
Módulo:
A Quarta Revolução
Industrial e a Sociedade
Tema 01:
Evolução Histórica dos Meios Digitais

Aula 04 - Cada Vez Mais!


O direito brasileiro possui diversos diplomas legais que foram sendo criados ao longo
dos anos de forma a solucionar os conflitos que começaram a surgir com o avanço tecnológi-
co. Neste cenário, vale destacar, por exemplo, a Lei 9.983/2000, que traz o peculato eletrônico;
a Lei 7.962/2013 que estabeleceu o Regulamento do Comércio Eletrônico; a Lei 12.551/2011,
que incluiu na CLT o teletrabalho; e a Lei 12.737/2012, que trata de crime de invasão de dis-
positivo móvel.
Nota-se que são diversas leis que tratam sobre temas específicos que foram positi-
vados conforme as necessidades que surgiram e foram absorvidas pelo Direito na forma de
lei.
Seguindo esse fluxo, em agosto de 2018 foi editada a Lei nº 13.709, também conhe-
cida como Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, que entrará em vigor em 16 de agosto de
2020.
A LGPD é uma lei inspirada nas disposições da regulamentação europeia GDPR (Ge-
neral data Protection Regulation) e traz disposições acerca do tratamento de dados pessoais.
Para início dos estudos sobre a LGPD, destacam-se abaixo alguns temas principais
da lei.

a) Escopo de Aplicação (Artigo 1º):


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A LGPD aplica-se a qualquer atividade que trate dados pessoais, seja por pessoas
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naturais ou jurídicas (de direito público ou privado), por meio físico ou digital.

b) Hipóteses de Tratamento de Dados (Artigo 7º):


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O Artigo 7º da LGPD prevê 10 (dez) bases legais que autorizam o tratamento dos
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dados pessoais, quais sejam: i. consentimento do titular1; ii. cumprimento de obrigação legal
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ou regulatória pelo controlador2; iii. pela administração pública, para o tratamento e uso com-
partilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regula-
mentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres, observadas as
disposições do Capítulo IV da LGPD; IV. para a realização de estudos por órgão de pesquisa,
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garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais; V. quando necessário-
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Titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de tratamento.
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Controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem competem as decisões
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referentes ao tratamento de dados pessoais.


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para a execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do
qual seja parte o titular, a pedido do titular dos dados; VI. para o exercício regular de direitos
em processo judicial, administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307, de
23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem); VII. para a proteção da vida ou da incolumidade
física do titular ou de terceiro; VIII. para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento
realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; IX. quando
necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou de terceiros, exceto no
caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos
dados pessoais; e X. para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação
pertinente.

c) Direito dos Titulares de Dados (Artigos 17 a 22):

A LGPD coloca o titular como o centro da proteção da lei, concedendo a ele amplos
direitos tais como o direito à informação, acesso, retificação e portabilidade dos dados pes-
soais, revogação do consentimento, entre outros.

d) Princípio de Proteção de Dados (Artigo 6º):

A LGPD dispõe que as atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar


a boa-fé e os seguintes princípios: finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, qualida-
de dos dados, transparência, segurança, prevenção, não discriminação e responsabilização e
prestação de contas.

e) Autoridade Nacional de Proteção de Dados – ANPD (Artigo 55-A):


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A Lei nº 13.853/2019 alterou dispositivos da LGPD e criou a Autoridade Nacional de


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Proteção de Dados como sendo um órgão da administração pública responsável por zelar,
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implementar e fiscalizar o cumprimento da LGPD em todo o território nacional. 


Embora formalmente criada, a ANPD ainda não foi estruturada.

f) Notificações Obrigatórias (Artigo 48):


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Determina que o controlador deverá comunicar à ANPD e ao titular a ocorrência de


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incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares.

g) Aplicação Extraterritorial (Artigo 3º):


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A LGPD aplica-se a qualquer operação de tratamento independentemente do meio,


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do país de sua sede ou do país onde estejam localizados os dados, desde que a operação de
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tratamento seja realizada no território nacional; tenha por objetivo a oferta ou o fornecimento
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de bens ou serviços ou o tratamento de dados de indivíduos localizados no território nacional;
ou os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido coletados no território nacional.

Veja que a abrangência territorial é ampla, uma vez que os dados protegidos não são
exclusivos de brasileiros, mas de indivíduos que estejam no Brasil, independentemente do
local onde estiver a outra pessoa que está realizando a coleta.

h) Regras Específicas (Artigos 11, 14 e 33):

A LGPD traz regras específicas para tratar de dados pessoais sensíveis, dados de
crianças e adolescentes e transferência internacional de dados.

i) Assessment sobre o tratamento de dados (Artigo 38):

Prevista na lei a necessidade de realizar assessment de impacto à proteção de dados.

j) Relatório de impacto à proteção de dados pessoais (Artigo 37);

A ANPD pode determinar ao controlador a elaboração de relatório de impacto à pro-


teção de dados pessoais, o qual se refere à documentação que contém a descrição dos pro-
cessos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos di-
reitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco.

k) Encarregado (Artigo 41):

Prevista obrigatoriedade de o controlador indicar encarregado ou Data Protection Of-


ficer (DPO), que irá fazer a interface entre os titulares, controladores e ANPD. O encarregado
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terá obrigações importantes na aplicação da lei, no relacionamento com as autoridades, na


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verificação interna e na conscientização de empresas.

l) Sanções (Artigo 52):

As sanções vão desde advertência até multa simples, de até 2% (dois por cento) do
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faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu


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último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50 milhões por infração até
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publicização da infração, o que pode gerar sérios danos reputacionais á empresa. Estes são
apenas os temas principais da LGPD e um estudo mais profundo sobre o assunto será reali-
zado em outras aulas.
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Leitura Complementar
“Muitas empresas ainda não sabem muito bem o que é a Lei Geral de Prote-
ção de Dados (“LGPD”), mas já estão apreensivas com a ideia de correr o risco
de ter de arcar com multas que podem alcançar a cifra de até R$ 50 milhões.
A LGPD ainda não está vigente, mas as constantes notícias acerca de vaza-
mentos de dados em grandes corporações e das multas milionárias aplicadas
na Europa por descumprimentos ao Regulamento Geral de Proteção de Dados
da União Europeia tem feito com que empresas brasileiras se desesperem em
busca de orientação jurídica para estar compliant com a lei local e evitar amar-
gar os incomensuráveis prejuízos financeiros e reputacionais tão largamente
anunciados (...)”.

PARA LEITURA DO TEXTO


NA ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI:

“A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais do Brasil, ou LGPD, traz uma ne-
cessária classificação ao arcabouço legal brasileiro. A LGPD tenta unificar os
mais de 40 diferentes estatutos que atualmente governam os dados pessoais,
online e offline, substituindo certas regulações e suplementando outras. Esta
unificação de regulamentos, publicados anteriormente e frequentemente dís-
pares e contraditórios, é somente uma das similaridades que compartilha com
o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR, sigla do nome em
inglês) da União Europeia, um documento do qual claramente tira inspiração
(...)”.
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“Dados publicados há menos de um mês mostram que 53% das empresas bra-
sileiras não estão preparadas para a nova lei. Ou seja, 34% dos gestores dis-
seram que sua empresa não está preparada para a LGPD e 19% nem sabem do
que se trata, de acordo o estudo feito pela Robert Half, empresa internacional
de consultoria de recursos humanos. Já segundo a Serasa Experian, 85% das
empresas brasileiras afirmaram que ainda não estão prontas para garantir os
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direitos e deveres em relação ao tratamento de dados pessoais exigidos pela


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LGPD, mas a maioria delas pretende estar pronta até agosto de 2020, quando a
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nova lei entrará em vigor (...).”


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“Os dados pessoais são hoje um dos maiores ativos da sociedade mundial,
impactando diretamente na definição de modelos de negócio e criação de
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oportunidades. O mundo todo assiste a um fenômeno progressivo de enormes
quantidades de dados pessoais de cidadãos serem coletados, processados e
tratados deliberadamente por empresas e instituições públicas e privadas (...).”

Legislação

BRASIL. Lei nº 13.709/2018, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Da-


dos Pessoais (LGPD), Brasília, DF, 14 de agosto de 2018.

BRASIL. Lei nº 13.853/2019, de 08 de julho de 2019. Altera a Lei nº 13.709, de 14


de agosto de 2018 para dispor sobre a proteção de dados pessoais e para criar a Autoridade
Nacional de Proteção de Dados; e dá outras providências, Brasília, DF, 08 de julho de 2019.
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“Inicialmente, não se conhece da fundamentação consistente de que o cancelamento


das passagens, em razão da fraude, seria de responsabilidade da empresa aérea com base
na teoria do risco da atividade, com espeque na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais do
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Brasil (LGPD), lei nº 13.709/2018.


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De fato, tal assertiva sequer foi deduzida em petição inicial e nem mesmo em réplica
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de fls. 201/214. Sendo assim, resta impossível conhecer a matéria, por se tratar de inovação
recursal e supressão de instância”.
(TJSP. Proc. 1010945-93.3018.8.26.0100. Rel. Achile Alesina. 14ª Câmara de direito
Privado. DJe 04.04.2019).
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BIONI, Bruno Ricardo. Proteção de dados pessoais: a função e os limites do consenti-
mento. São Paulo: Forense, 2018.

BRASIL. Lei nº 13.709/2018, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados


Pessoais (LGPD), Brasília, DF, 14 de agosto de 2018. Disponível em: < http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709.htm>. Acesso em: 21/10/2019.

BRASIL. Lei nº 13.853/2019, de 08 de julho de 2019. Altera a Lei nº 13.709, de 14


de agosto de 2018 para dispor sobre a proteção de dados pessoais e para criar a Autoridade
Nacional de Proteção de Dados; e dá outras providências, Brasília, DF, 08 de julho de 2019.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13853.htm>.
Acesso em: 21/10/2019.

COSTA, Dayana Caroline. Transformando desafios em oportunidades: porque a LGPD


e sua empresa podem ser a combinação perfeita. Migalhas, 2019. Disponível em: < https://
www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI304059,51045 Transformando+desafios+em+oportuni-
dades+porque+a+LGPD+e+sua+empresa>. Acesso em: 21/10/2019.

COSTA, Dayana Caroline. Três grandes motivos para o Brasil se preocupar com o Re-
gulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia. Migalhas, 2018. Disponível em:
<https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI277799,91041-Tres+grandes+motivos+pa-
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ra+o+Brasil+se+preocupar+com+o+Regulamento>. Acesso em: 21/10/2019.


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KOCH, Richie. What is the LGPD? Brazil´s version of the GDPR. Versão traduzida dis-
ponível em: <https://www.serpro.gov.br/lgpd/noticias/lgpd-versao-brasileira-gdpr-dados-
-pessoais>. Acesso em: 21/10/2019.
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COTS, Marcio. Lei Geral de Proteção de Dados comentada. São Paulo: Revista dos
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Tribunais, 2018.

Empresas estão ou não preparadas para atender a LGPD? SERPRO, 2019. Disponível
em: <https://www.serpro.gov.br/lgpd/noticias/maioria-empresaainda-nao-estao-prontas-
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-atender-lgpd>. Acesso em: 21/10/2019.


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Revista dos Tribunais, 2019.

Tema 01 - Aula 04
MALDONADO, Viviane (coord.). LGPD Manual de Implementação. São Paulo: Revista

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