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• Demanda desenvolvimentista x
conservação da biodiversidade
Fundamentos
– Energia
1. A diversidade biológica é positiva
– Produção de bens
– Produção de alimentos
2. A extinção prematura de spp é negativa
– Etc. 3. A complexidade ecológica é positiva
• Conservacionistas devem fornecer 4. A evolução é positiva
orientação aos governos, empresas e à 5. A diversidade biológica tem valor em si
sociedade para tomada de decisões.
• Urgência x informações disponíveis.
1
Que espécies são mais vulneráveis?
• Espécies raras
• Espécies com distribuição restrita
• Espécies com grandes áreas
• Especialistas
• Espécies caçadas
8285000
ESECAE
f75
f81
m94
m92
f84
Coordenadas Y (UTM)
8280000 m89
m40
8275000
8270000
Coordenadas X (UTM)
2
Endemismo Status de Ameaça Total
no Brasil Ameaçada Não ameaçada
Sim 38 (14,1%) 232 (85,9%) 270
Não 19 (8,5%) 205 (91,5%) 224
Total 57 (11,5%) 437 (88,5%) 494
3
Ordem Status de Ameaça Total
Ameaçada Não ameaçada
Carnivora 9 (36%) 16 (64%) 25
Primates 24 (29,3%) 58 (70,7%) 82
Artiodactyla 2 (25%) 6 (75%) 8
Xenarthra 4 (21,1%) 15 (78,9%) 19
Rodentia 12 (6,9%) 161 (93,1%) 173
Chiroptera 5 (3,5%) 136 (96,5%) 141
Deidelphimorphia 1 (2,3% 43 (97,7%) 44
Lagomorpha 0 1 (100%) 1
Perissodatyla 0 1 (100%) 1
Todas as ordens 57 (11,5%) 437 (88,5%) 494
No início, a sobrevivência...
• Segurança
• Busca de alimento
4
Domínio humano aprovado pela
“Ciência”
• Francis Bacon: “Se procurarmos as
causas finais, o homem pode ser visto • Outros povos não-cristãos (maias,
como o centro do mundo.” chineses...) também destruíram a
• Descartes: animais desprovidos de natureza a partir de “autoridade concedida
qualquer dimensão espiritual por Deus”.
• Ciência do séc. XVII: propósito de
restaurar o domínio sobre a natureza
perdido com o pecado original – “império
da espécie humana”.
CIVILIZAÇÃO
Razões dos Conflitos
MISSÃO DIVINA HEROÍSMO / BRAVURA
/ AVENTURA
• Subsistência Não
• Segurança necessariamente
Conquista da natureza nessa ordem
• Cultura de importância!
• Economia
DESENVOLVIMENTO
SEGURANÇA Subsistência
• Ataques de leões a
humanos na
Tanzânia, de 1990-
2005:
– 563 mortos
– 308 feridos
5
PREJUÍZOS ECONÔMICOS FATORES CULTURAIS
Por elefantes em lavouras na África: • (Des)Valoração da natureza
• Desconhecimento
– 0,2% a 61% da área plantada
• Percepção das spp
– Prejuízo de $60 a $510 por fazendeiro/ano • Espécies inofensivas
– Jequitiranabóia
Queixadas no entorno do PNEmas – Ariranha
- sofrem reclamações em 81% (n=38) das – Insetos
propriedades – Morcegos
- causam prejuízo de 2 kg de milho / dia / – Corujas...
queixada
- podem inviabilizar pequenas propriedades
Ameaças
FATORES CULTURAIS
• Caça “esportiva”
Atropelamentos
Ameaças
Política
Doenças
Biologia da
transmitidas por conservação
Economia
animais domésticos
Questão
ambiental
Educação Cultura
Alimentação inadequada
Sociedade
6
Enfim, é preciso:
PREJUÍZOS ECONÔMICOS
• Usar conhecimento científico/técnico para:
– Minimizar riscos às pessoas (segurança) • Por carnívoros em criações de animais:
– Agir sobre perdas econômicas (minimizar – Grandes felinos, canídeos.
perdas; criar alternativas compensatórias)
– Propor melhores critérios para criação e
manejo de áreas protegidas
• Ações educativas para:
– Estimular a participação social e a
negociação;
– Provocar mudanças de valores e atitudes!
7
The economic costs of wildlife
predation on livestock in
Gokwe communal land, Zimbabwe
• Butler 2000
• Carniç
arniça e restos de matadouro à disposiç
disposição
Prá
Práticas de manejo dos animais domé
domésticos
Recomendaç
Recomendações básicas:
sicas:
• Recolhimento do rebanho
durante a noite
MEDIDAS • Instalaç
Instalação de luzes em
PREVENTIVAS OU MITIGATÓ
MITIGATÓRIAS currais
8
Utilzaç
Utilzação de cercas vivas Manejo com cães guardiães
Recomendaç
Recomendações medianas:
medianas:
• Separaç
Separação do rebanho
• Rotaç
Rotação de pastagens
• Reduç
Redução no tamanho das áreas
de pastagem
• Cobertura vegetal
Cercas Elé
Elétricas Estímulos Visuais e Acústicos
- Método de exclusão não-
não-letal com o
objetivo de preve
prevenir ou reduzir o acesso • Métodos não-letais (“humanos” e práticos)
de predadores a criaç
criações domé
domésticas. • Luzes brilhantes, sirenes, sinos, espantalhos,
- Atitude de um predador - experiências explosivos (rojões e bombinhas)
pré
prévias – motivaç
motivação • Diminuição temporária da predação
- Eficiência - cada situaç
situação local • Práticas não necessariamente específicas
• Transferência do problema para outra área
Consideraç
Considerações:
ões:
• Limitação - predadores se habituam
- Espé
Espécies do predador ser excluí
excluído
- Criaç
Criações domé
domésticas a serem protegidas
- Tamanho da área a ser cercado
- Acesso à área
- Caracterí
Características do solo no local
- Condiç
Condições do terreno
- Custos
9
• Se considerarmos a perda encontrada de 0,19%
sobre o número total do rebanho das
propriedades envolvidas no estudo (22.484
cabeças), esse número é aparentemente baixo.
• No entanto equivalem a R$ 10.000,00 (US$
3,448), tendo como valor médio pago por
cabeça, R$ 250,00
• 11 fazendas, 154 mil ha, R$ 60.000,00 de custo
de manutenção
Desvantagens
Vantagens
• 1) Programas de compensação podem supervalorizar a espécie alvo e seu respectivo
• 1) A ocorrência da espécie alvo de proteção passa a ser de interesse de muitos impacto sobre produções, de tal forma que outras regiões que não recebem os
proprietários que possuem pequenas perdas, mas que vislumbram a possibilidade de benefícios da compensação podem se sentir em desvantagem e no direito de abater
serem compensados. Cria-se um sentimento de merecedor de um programa de a espécie;
“destaque público”.
• 2) Programas de compensação devem ser sempre desenvolvidos em limitados
• 2) Considerando que programas de compensação sejam realizados enfocando espaços geográficos, onde a parte operacional e técnica do projeto possam ser
espécies que são naturalmente carismáticas para a sociedade, como é o caso das executadas em tempo hábil e o monitoramento do sucesso possa ser medido;
onças, as propriedades envolvidas podem utilizar a “proteção” à onça, como uma
ferramenta de atrativo para o eco-turismo em suas propriedades, aumentando o • 3) Propriedades com manejo sanitário e reprodutivo inadequado de seus rebanhos
interesse público por suas áreas; podem se acomodar com a situação do ressarcimento e não investir em práticas que
melhorem este manejo. Além disso, esses pecuaristas podem supervalorizar
• 3) Programas de compensação envolvendo a participação de toda a comunidade eventuais ataques e desconsiderar a existência de deficiências em seu manejo que
(proprietários e funcionários) aumentam o número efetivo de pessoas envolvidas na prejudicariam a produtividade do rebanho (Hoogesteijn et al., 1993).
conservação da espécie-alvo. Ainda, vários segmentos da comunidade podem obter
vantagens com a conservação da espécie-alvo, como serviços de guia, venda de • 4) Há esforços extras da propriedade em localizar, registrar, e comunicar as
artesanato, aluguel de residências, comércio de alimentos, etc (Dinerstein et al., carcaças encontradas e, posteriormente, retornar ao local do ataque com um técnico
1999). do projeto;
• 4) Protege-se a espécie alvo de interesse, em áreas não-governamentais, sem a • 5) Programas de compensação devem ter um cronograma claro de execução e de
necessidade de se adquirir propriedades ou manter efetivo de vigilância (agentes de regras entre as partes (beneficiados e patrocinadores) de tal forma que expectativas
fiscalização) e corpo administrativo; interpretadas como não cumpridas pelo contemplado levem a uma frustração por
parte dos pecuaristas e reverta a situação em retaliações ainda maiores sobre a
• 5) O custo anual de manutenção de um projeto, como no caso do Projeto Onça- espécie que se procura proteger;
Social (aproximadamente R$ 60.000,00), que cobre uma área aproximada de
154.000 hectares de propriedades privadas, pode ser 60% mais barato do que o
custo de manter uma área equivalente como uma estrutura de Unidade de
Conservação governamental (aprox. R$180.000,00; utilizando os 131.000 hectares
do Parque Nacional das Emas como referência, Gabriel Cardoso, diretor do Parque,
com. pess.).
10
• 6) Antes de seu início, os programas de compensação devem ter um
cronograma de desenvolvimento cuidadosamente planejado, onde
preferencialmente se aborde longos prazos. No caso de onças, se o objetivo
for recuperar populações em declínio, é interessante considerar o tempo
mínimo de algumas gerações (5-6 anos). Programas de curta duração para
espécies com ciclos de vida longos poderão apenas evidenciar a presença
da espécie numa área e causar um aumento exagerado no seu “valor”. Para
futuros potenciais patrocinadores essa supervalorização pode inviabilizar o
custo do programa, e uma conseqüente interrupção do benefício poderá se
reverter em aumento da retaliação sobre a espécie, que passa a ser
“superevidenciada”.
• 7) A medida do sucesso de um programa depende de um monitoramento
paralelo de dados populacionais, o que exige a contratação de um técnico
treinado e recursos financeiros direcionados também a outras atividades;
Corral 2007
• A predação de galinhas e outras aves, e a freqüência com que esta ocorre na
área no entorno do Parque Nacional da Serra da Canastra parece não estar
• 328 amostras influenciada por nenhum dos fatores estudados (cobertura do solo e tipo de
vegetação, distância do limite do parque e da cidade mais próxima,
tamanho e manejo da criação, e a presença de cães guardiões).
• 2 tinham galinhas • O lobo-guará foi culpado como responsável da maioria dos ataques às
criações de galinhas e outras aves. Não obstante, ainda que os entrevistados
• 0,6% das amostras culparam ao lobo como principal responsável da predação, a opinião deles
para com a espécie foi positiva.
e 0,2% dos itens • A predação nas criações domésticas aparenta ser de relativa pouca
importância para os fazendeiros. Os resultados sugerem que as pessoas
assumem a predação como fato normal. Parece ser um problema maior na
percepção dos proprietários danificados do que é na realidade, mas mesmo
para eles o problema não é grave.
80
Freü ên cia (% )
50 69 120
40 60
No. de aves domesticas
100
30
40 31
20 14
11 11
7 7 7 20 80
10
0 0
Solt as Solt as e Solta s e Ga linh eir o Com ca ch or ros Sem ca chor r os 60
poleir o g alin heiro
20
0
liz
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Em
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Propriedades Visitadas
11
Porcentagem de Ataques em Aves Domé
Domésticas em Geral e por Lobo-
Lobo-Guará
Guará no
Entorno do PNSC
60,0
% de perda
Male jaguar #2
% perda por lobo Female jaguar #2 28-29 March / 20 hours Female jaguar #2
50,0 4-5 February / 10 hours
10 February / 6 hours
•
Uso de galinheiros resolve o problema
40,0
•
Porcentagem de Perdas
• •
30,0
•
• •
Female jaguar #2 Female jaguar #3
20,0
28-30 March / 52 hours 15-16 April / 6 hours
•
10,0
0,0
liz
ho
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Male jaguar #1
Ca
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ca
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Female jaguar #2
Re
12
Queixadas PNE
Vida silvestre x agricultura
Jácomo 2003
• Araras, periquitos & cia • Segundo os entrevistados, os prejuízos estimados, por
safra, variaram de 0,1 a 30 % da área suas lavouras
• Porcos plantadas (média de 8% de prejuízo na lavoura).
• Anta • prejuízos na lavoura de 115 ha somaram 5,5 ha,
equivalentes a 4,8% de sua área, o que representaria
• Capivara 770 sacas (60kg), o equivalente a US$ 2,618,
considerando a produção de 140 sacas/hectares
(média produzida nesta safra 2001/2002) e o preço de
US$ 3,4 por saca (preço de produção). Considerando-
se como base de cálculo o valor de mercado do ano
safra de US$ 10,4 para venda, as 770 sacas
representaram um prejuízo de US$ 8,008.
Cerca elétrica
• Das 38 propriedades que praticam a agricultura • 1 fio – diminuição em 50%
– 17 (45%) afirmaram desconhecer qualquer conseqüência do
desaparecimento do queixada na região, • 2 fios – 70%
– 13 (34%) citaram que haveria um desequilíbrio ao meio
ambiente, cinco (13%) lamentaram, pois as futuras gerações • 3 fios – 90%
não conheceriam esta espécie,
– dois (5%) concluíram que o desaparecimento da espécie na
região seria ótimo e
– um (3%) respondeu que seria prejudicial para o Parque.
• 33 (87%) relataram que já caçaram e comeram
queixada na região, nove (24%) são a favor da caça e 6
(16%) afirmaram já ter abatido queixada em retaliação
aos prejuízos nas lavouras.
13
Capsicum 16
Reação 1 2 3 spray 14
12
N 15 11 15 18
Tempo (min)
10
alarme 9 11 15 18 8
6
sacudir cabeça 3 3 7 12 4
exalar 0 1 3 16 2
0
investir contra 2 3 9 0 1 2 3 Capsicum
Repelentes
Remoção de predadores
Garrettson & Rohwer 2001
• Mesopredadores aumentam sua densidade na • Predadores removidos com armadilhas e tiro
ausência de predadores de topo, intensificação • Raposas, cangambás, guaxinins e martas
de agricultura e alteração de habitat • $ 19,000.00 por caçador para 5 meses de
• Controle de predadores historicamente feito trabalho!
com veneno, porém isso é ilegal agora • Procura por ninhos e monitoramento do
sucesso
14
• 2706 ninhos
15
Controle populacional efetivo e
Alternativas
necessário
• Condicionamento • Sp abundante põe em risco sp rara –
• Cercas solução temporária
• Controle reprodutivo • Habitat ñ pode ser recuperado
• Restauração do ambiente • Períodos específicos
16