ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL Prof.: Débora Oliveira da Silva Luciano Silva – Turma 33
Resenha Crítica Palestra Dr. Ghinato
O sistema Toyota de Produção (STP) foi criado com o objetivo na melhora da
eficiência do sistema produtivo em massa, na busca da maior competitividade, lucratividade, com foco no crescimento e sobrevivência do negócio, além da simplicidade na excência. Através da melhoria e inovação, aplicadas ao modelo de negócio, os fatores competitivos clássicos como qualidade, preço e agilidade, tendem a serem alcançados de forma mais simples e natural, alavancando a competitividade e consequentemente o aumento da lucratividade do negócio, propicinado diretamente o seu crecimento. Para entender melhor este sistema produtivo, é necessário conhecer e compreender os pilares do STP como o just-in-time e a automação (Jidȯka), que compreendem uma série de técnicas para atender o cliente a partir dos fatores competitivos. O conceito just-in-time tem o alvo a garantia de fluxo do processo e conta com três técnicas palpáveis para a sua existência, que são o fluxo contínuo unitário, o rítmo do processo e o rítimo pela demanda. O conceito Jidȯka nada mais é do que transferir para a máquina o trabalho originalmente humano, extinguindo erros operacionais, deixando para as máquinas o controle, conhecido como mecanismos à prova de falha. Apesar de todos os estudos e ensinamentos, ainda hoje, o entendimento geral STP é limitado, resumindo-se apenas ao pilar just-in-time, não levando em consideração o outro pilar que equilibra esta estrutura, ou seja, o Jidȯka. Não faz sentido obter o fluxo sem cuidar dos atributos, portanto, o Jidȯka tem o compromisso em fazer que o just-in-time funcione com qualidade. Além disso, o STP trabalha fortemente no desenvolvimento de pessoas, atuando na qualificação do operador, para que ele tenha o domínio do método, ganhando confiança e atuando no cumprimento das tarefas com disciplina, na obtenção do sucesso, mantendo o fluxo consistente conforme planejado. Trazendo para a realidade e no meu entendimento, a maioria das empresas quando implantam o STP, implantam de maneira parcial, ou seja, priorizam a gestão de fluxo, sem cuidar do controle e muito menos na atuação na gestão de pessoas, misturando muitas vezes com sistema Ford e Taylor, possivelmente devido aos padrões culturais internos que tais empresas já trazem consigo. Não é incomum encontrarmos empresas com um bom lead time em seus processos, mas sem o controle na qualidade final do produto, recebendo reclamações e/ou devoluções dos clientes por estar fora das especificações. Por isso o STP vai muito além da simples gestão de fluxo e trabalha no processo como um todo, garantindo que todos os fatores competitivos sejam atendidos, com foco no cliente, e para isso exige-se investimentos tanto de pessoas, quanto de processo, além é claro, da quebra de paradigmas!