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Questão 01

Árvore de produtos ou estrutura de produtos (ou em inglês: Bill Of Materials (BOM))


pode ser uma lista de materiais brutos, pré-montados, subcomponentes,
componentes ou partes, e a quantidade necessária de cada um para manufaturar um
produto por completo. Pode ser usado para comunicação entre parceiros de negócios
ou por simples organização de um projeto, a fim de realizar uma estocagem prévia.

Pode ser definida de acordo com a intenção do projeto, variando seus tipos de
estruturação, contendo desde propostas com foco em engenharia ou ordenação por
preço, até uma relação de itens para a realização de manutenções. No processo
industrial ela também é conhecida como uma fórmula, receita ou lista de
componentes. (CILO,Lana. Gestão de Processos e Desenvolvimento de Produto.
Unidade VI- Árvore do Produto. Material de Aula , Una).

A partir do texto acima, leia o exemplo abaixo, e faça o que se pede:

a) Construa a arvore do produto;

b) Baseado na lista de materiais calcule a capacidade líquida do produto;

c) Considere que a capacidade operacional da empresa determina os seguintes


“lead times” para as operações que completam o pedido acima. Quantos dias
a empresa levará para concluir o pedido?

Exemplo:Uma fábrica de brinquedos possui como produto de maior giro a pipa P1000
para competições, cujos componentes estão descritos abaixo:

 Armação da pipa (1),

 Corpo da pipa (1) formada por:

 Seda (1)

 Taquara de enverga (1)

 Taquara reta (5)

 Taquara meio (1)

Devido uma competição que ocorrerá no sul do país, está fábrica terá uma demanda de
550 pipas.

Lista de materiais:
Item Lead time Lote Estoque
Montagem Produção Compra econômico inicial
Pipa 1 300 100
Corpo da pipa 1 200 150
Armação da pipa 2 200 150
Seda 3 500 300
Taquara de 2 400 100
enverga
Taquara reta 3 400 200
Taquara meio 2 400 0

Resposta esperada

a. Árvore do produto

Pipa (1)

Corpo da Armação
pipa (1) da pipa (1)

Taquara de Taquara Taquara


Seda (1)
enverga (1) reta (5) meio (1)
b. Capacidade líquida
Material Estoque Capacidade Capacidade
Bruta líquida
Pipa 100 550 450

Corpo da pipa 150 450 300


Armação da pipa 150 450 300
Seda 300 300 0
Taquara de 100 300 200
enverga
Taquara reta 200 1500 1300
Taquara meio 0 300 300

c. Lead Time
1 2 3 4 5 6 7 8
Pipa x
Armação da Pipa x x
Corpo da Pipa x
Seda x x x
Taquara de enverga x x
Taquara reta x x x
Taquara meio x x

Lead time 5 dias

Questão 2

O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os


riscos nas tomadas de decisões das empresas. Os impactos de suas decisões soam de longo
prazo e afetam a natureza e as características das empresas no sentido de garantir o
atendimento de sua missão. Para efetuar um planejamento estratégico, a empresa deve
entender os limites de suas forças e habilidades no relacionamento com o meio ambiente, de
maneira a criar vantagens competitivas em relação à concorrência, aproveitando-se de todas
as ações que lhe trouxerem ganhos. Como resultado das decisões estratégicas no âmbito da
produção, é elaborado um plano de longo prazo, chamado plano de produção, que tem por
meta direcionar os recursos produtivos para as estratégias escolhidas. Em nível tático, o plano
de produção servirá de base para desenvolver o planejamento mestre de produção. (TUBINO,
D. F.. Planejamento e controle da produção: teoria e prática/ Dalvio Ferrari Tubino. - 3.ed. –
São Paulo: Atlas, 2017).

De acordo com a leitura do texto acima, quais são os principais objetivos e diferenças entre o
plano de produção no nível estratégico e o planejamento-mestre no nível tático? Explique com
suas palavras. (10 a 15 linhas).
Resposta esperada

No nível estratégico, o plano de produção tem por objetivo auxiliar nas decisões de longo
prazo e no planejamento do sistema produtivo, o que envolve o dimensionamento de
capacidade produtiva, necessidade de investimentos, parcerias de longo prazo com
fornecedores etc. Neste horizonte, a informação utilizada é mais agregada, planejando família
de produtos, em períodos mensais, com um horizonte mínimo de um ano.

No nível tático, o planejamento-mestre tem por objetivo planejar o uso do sistema produtivo
existente, como, por exemplo, a definição das quantidades de produtos acabados a serem
produzidas, a definição de número de turnos de trabalho e horas extras etc. A informação
utilizada é mais detalhada, envolvendo os produtos acabados em períodos normalmente
semanais, e com um horizonte de algumas semanas a frente.

Questão 03 - (adaptada, Tubino, Dalvio)

A classificação dos sistemas produtivos tem por finalidade facilitar o entendimento das
características inerentes a cada sistema produtivo e sua relação com a complexidade das
atividades de planejamento e controle destes sistemas.

A classificação mais significativa para entender a complexidade das funções do PCP


(Planejamento e controle da produção) está relacionada com o grau de padronização dos
produtos e o conseqüente volume da produção demandado pelo mercado.(TUBINO, D. F..
Planejamento e controle da produção: teoria e prática/ Dalvio Ferrari Tubino. - 3.ed. – São
Paulo: Atlas, 2017).

Baseado nestas informações relacione na tabela a seguir onde melhor se enquadram os


diferentes tipos de sistemas produtivos no gráfico, segundo o grau de padronização dos
produtos e volume de demanda de mercado. Defina cada sistema produtivo e dê dois
exemplos práticos para cada tipo de sistema produtivo.
Resposta esperada

Sistema Posição no Definição Exemplos práticos


produtivo gráfico
Contínuo D São empregados quando existe alta Energia elétrica,
uniformidade na produção e demanda refinaria de petróleo,
de bens ou serviços, fazendo com que produção de
os produtos e os processos produtivos cimento, extração de
sejam totalmente interdependentes, minérios, produção
favorecendo a sua automatização. de grãos

Massa C Semelhante ao sistema contínuo, são Montadoras de


empregados na produção em grande eletroeletrônicos,
escala de produtos altamente automóveis etc
padronizados; contudo, estes produtos
não são passíveis de automatização em
processos contínuos, exigindo
participação de mão de obra
especializada na transformação do
produto
Repetitivo B Caracterizam pela produção de um Indústria de
em lote volume médio de bens ou serviços autopeças, roupas,
padronizados em lotes, sendo que cada sapatos, máquinas-
lote segue uma série de operações que ferramentas,
necessita ser programada à medida que indústria de
as operações anteriores forem sendo alimentos e bebidas
realizadas.
Finalidade a montagem de um sistema
produtivo voltado para o atendimento
de necessidades específicas dos clientes,
com demandas baixas, tendendo para a
unidade. (Ex.: fabricação de navio,
avião, alfaiate, etc)

Sob A Alfaiataria,
encomenda produção de cerveja
artesanal, motores
elétricos projetados
para aplicações
específicas, móveis
sob encomenda.

Questão 4

A carta de controle, comumente chamada de gráfico de controle ou carta de controle


estatístico de processo (CEP), é uma ferramenta que faz uso da estatística para analisar
a variação de dados em um certo processo. Dessa forma, é possível determinar se as
variações dele estão dentro do limite aceitável. Várias empresas podem utilizar o
gráfico de controle, desde que esta apresente produtos que tenham variações, como
variações inerentes em máquinas. Com a carta de CEP, você poderá analisar se as
variações estão dentro do normal e, caso não estejam, sinalizar para a manutenção ou
setor responsável que algo está prejudicando a padronização dos produtos. Vale
mencionar que, dentro da carta de controle, encontramos as causas comuns e as
causas especiais. As causas comuns são causas de variação que são inerentes ao
processo, mas que podem ter redução. Por exemplo, a diferença de trabalho entre
dois operários. Já as causas especiais são variações do processo que extrapolam os
limites aceitáveis e que devem acabar. Exemplo disso é um problema na máquina que
gera imperfeições na peça.
Fonte: EPR Consultoria. Carta de Controle. Disponível em: <https://eprconsultoria.com.br/carta-de-controle/>.
Acesso em: 06/04/2023.

Diante do enunciado e de seus conhecimentos sobre o tema, responda a questão a


seguir. Uma carta de controle por variáveis possibilitou o cálculo dos seguintes
parâmetros: X́ =50 e R=4.0 , tendo o número de amostras constantes n=6. Nestas
condições, quais serão os limites (superior e inferior) calculados para a carta X́ ? Utilize
o Quadro abaixo para subsidiar os seus cálculos.

Quadro 1 – valores de referência para o cálculo dos limites de controle


Resposta esperada

Questão 05

Por meio do gráfico de controle, você pode demonstrar que seu processo está estável
ao longo de um período estudado, possibilitando a execução de análises de capacidade
produtiva. Além disso, visto que a carta de controle permite a fácil comparação entre
desvios da média, é possível avaliar resultados de mudanças em seus processos. Nesse
sentido, ao representar visualmente os desvios na linha de produção, a carta de
controle possibilita uma rápida identificação de problemas em máquinas ou processos.
Assim, é possível aplicar melhorias com mais agilidade, evitando retrabalhos e o envio
de produtos irregulares aos seus clientes.

Fonte: EPR Consultoria. Carta de Controle. Disponível em: <https://eprconsultoria.com.br/carta-de-controle/>.


Acesso em: 06/04/2023.

A tabela abaixo registra os diâmetros de eixos que foram fabricados por um torno,
valores estes tomados de uma amostragem de 25 amostras de cinco peças cada.
Preencha a tabela abaixo e construa a carta de controle X barra para o processo em
questão.
Resposta esperada
O primeiro procedimento de cálculo consiste no preenchimento das duas últimas
colunas apresentada anteriormente. Adicionalmente calculou-se os limites superiores
e inferiores de controle, bem como a média das médias das amplitudes observadas.
Percebe-se que os valores das 25 amostras não ultrapassaram os limites superiores
nem os inferiores de controle, o que demonstra estabilidade do processo estudado.
Destaca-se que este é apenas um dos critérios de estabilidade de um processo, outros
indicadores podem ser obtidos através da análise de limites de alerta e limites centrais
levando-se em consideração o número de desvios padrão.
Questão 06

O sistema de produção é um conjunto de elementos, pessoas, máquinas e processos


responsáveis por produzir um produto ou serviço. Esses elementos se interligam para
alcançarem o objetivo final, que é produzir.Conforme uma indústria vai crescendo, é
necessário adequar e melhorar o seu sistema de produção (Adaptado de:
https://www.nomus.com.br/blog-industrial/sistema-de-producao/. Acesso 10 04 23).

Gerenciar um sistema de produção requer alocação de recursos produtivos de modo


que se consiga extrair o maior valor da infraestrutura disponível. Ao mesmo tempo,
implica no gerenciamento das informações dos processos produtivos, que englobam a
gestão de pedidos, da demanda, das filas, dos gargalos, das não conformidades que
sobrevêm aos sistemas de produção e na constante busca de excelência operacional.

De que forma a gestão da produção e operações pode proporcionar um diferencial


para o mercado? Responder em até 7 linhas.

RESPOSTA ESPERADA: A gestão da produção e operações pode proporcionar um diferencial


competitivo quando a empresa consegue atender e superar as expectativas dos clientes.
Quando consegue alocar da melhor forma os recursos produtivos para aumentar o
faturamento, os lucros e operar com uma capacidade instalada que gere um fluxo contínuo de
produção. Identifica os gargalos e os gerencia com agilidade com foco na qualidade, na
redução de custos e na obtenção de produtividade.

Questão 07

Apesar do grande avanço proporcionado pelo MRPII, os profissionais perceberam que, com a
globalização a ampla concorrência e o foco no cliente, o sistema não visava o cliente e à
lucratividade. Surgiu então a necessidade de integrar os sistemas produtivos com todos os
setores da empresa e com os clientes. O sistema de Planejamento de recursos da Organização
(ERP) desenvolveu-se com as empresas e a evolução tecnológica. O ERP deixou de realizar
apenas cálculos de materiais e recursos e começou a auxiliar também no gerenciamento
empresarial. Parou de usar uma rede local de dados e começou a integrar fábricas. Com o
MRP, anteriormente, se um novo produto fosse desenvolvido, todos os setores precisavam
acrescentar em seus bancos de dados. Com o MRPII, o banco de dados tornou-se único para
todos os envolvidos na produção. Já no ERP o banco de dados é único para toda a organização,
abrangendo a matriz e todas as filiais (Adaptado de: LOBO, R. N.; SILVA, D. L..Planejamento e
Controle da Produção. São Paulo: Editora Saraiva, 2014).A partir dos argumentos do texto-base
acima e considerando o conteúdo estudado sobre sistema ERP, responda o que se pede a
seguir.

I. Explique com suas palavras para que serve o ERP (escreva em até 7 linhas).

II. Explique com suas palavras quais são os benefícios do ERP (escreva em até 5
linhas).

RESPOSTA ESPERADA:
I. O ERP ajuda uma empresa a ser mais organizada e mais competitiva no mercado,
pois oferece aos gestores uma visão estratégica e detalhada de tudo o que
acontece na operação, permitindo a correta distribuição de recursos, a otimização
dos processos e o direcionamento assertivo dos investimentos. No atual ambiente
empresarial, o ERP passou a ser uma ferramenta essencial para garantir as
margens de lucro necessárias de modo a se manter competitivo.

II. O ERP garante uma gestão integrada e especializada, permite o controle de


prazos, assegura entregas de qualidade, aumenta a eficiência na produtividade,
oferece a inteligência de dados e ajuda uma empresa a crescer de forma contínua
e sustentável.

Questão 08

A Previsão de Demanda na administração de operações e qualidade é uma projeção, ou seja,


uma antecipação da demanda tomando diversos fatores como base (como fatores
mercadológico, financeiro e econômico, por exemplo). Em uma cadeia de suprimentos essa
previsão é tida como essencial para as tomadas de decisões estratégicas e para elaboração do
planejamento estratégico, tático e operacional da empresa.O objetivo da Previsão de
Demanda é entender qual será a demanda de uma empresa para que gestores estejam aptos a
tomarem decisões precisas sobre preços, potencial de mercado e possibilidade de expansão.
Organizações já estabelecidas utilizam a Projeção de Demanda para avaliar a viabilidade de
entrar em um novo mercado. Caso perceba que a demanda por seu produto aumentará no
futuro, a organização poderá melhor elaborar um plano de ação para planejar o início das
operações no novo mercado, diminuindo, assim, possíveis riscos que afetarão sua
competitividade e diminuirão sua lucratividade (Adaptado de:
https://www.treasy.com.br/blog/previsao-de-demanda/. Acesso 10/04/2023).

Com base no texto acima, considere que uma determinada empresa usa média exponencial
com ajuste de 0,30 para previsão de demanda. A previsão para a semana 1 (um) de julho foi de
800 unidades, ao passo que a demanda real foi de 850 unidades. Determine a previsão para a
semana 2 (dois) de julho.

RESPOSTA ESPERADA:

Ppp (MMSE) = (Cr . alfa) + (1 + alfa) . Pa

Ppp = previsão para o período


MMSE = Média Móvel com Suavização Exponencial
Cr = Consumo real
Pa = Previsão anterior
alfa = constante de suavização exponencial

Ppp (MMSE) = (850 . 0,3) + (1 - 0,3) . 800 = 255 + 560 = 815 unidades

A previsão para a semana 2 de Julho é de 815 unidades.


Questão 09

Um dos primeiros passos rumo à indústria 4.0, o lean manufacturing – ou manufatura enxuta -
já é adotado por pelo menos um terço das empresas brasileiras, segundo a Confederação
Nacional da Indústria (CNI). Isso porque a inovação tão almejada pelo setor industrial começa
na reorganização de processos para melhorar a produtividade. E esse é o foco do programa
Brasil Mais, subsidiado pelo Governo Federal e pelo Sistema FIEP por meio do Senai no Paraná.
A partir de consultorias lean, a entidade tem contribuído para promover melhorias rápidas, de
baixo custo e alto impacto nas indústrias paranaenses. Quem explica é o gerente executivo de
Tecnologia e Inovação, Fabrício Luz Lopes: “Temos que apoiar a indústria a ter mais inovação
e, consequentemente, competitividade. Fazemos isso por meio de apoio consultivo. Os nossos
especialistas mostram caminhos para desenvolver processos mais adequados, para que a
empresa seja mais produtiva e inovadora”. O acesso a subsídios e linhas de financiamento é
um elemento facilitador – somente pelo programa Brasil Mais, entre janeiro e agosto de 2021,
220 passaram por consultorias via Sistema FIEP e Senai no Paraná.
Disponível em: <https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/fiep/sistema-fiep/noticia/2021/08/26/manufatura-enxuta-aumenta-
produtividade-em-quase-r16-milhoes-por-ano.ghtml> Acesso em: 10/04/2022.

A filosofia de produção enxuta busca eliminar atividades que não agregam valor, consideradas
como desperdícios. a) Cite os 7 tipos de desperdícios nesse sistema e b) escolha um dos tipos
de desperdíco e explique as suas características básicas (incluíndo o que são e as suas causas).

RESPOSTA ESPERADA:

a) Defeitos; Excesso de Produção ou Superprodução; Estoque; Espera;


Transporte; Movimentação nas operações; Processamento.
b) O discente deverá escolher um dos defeitos apresentados a seguir e elaborar
um texto similar.

1 – Defeitos
O que é:
 Processamento na produção de produtos defeituosos;
 Processamento devido ao retrabalho de produtos defeituosos;
 Materiais utilizados na ocorrência de produtos defeituosos e retrabalhos;

Causas:
 Falta de objetividade na especificação do cliente com relação ao produto;
 Processos incapazes;
 Falta de controle de processo;
 Incapacitação de pessoas ou pessoas não qualificadas;
 Setorização ou departamentalização ao invés de qualidade total;
 Fornecedores desqualificados.

Qualidade é fazer a coisa certa logo na primeira vez. Trata-se de prevenção e planejamento, não de correção e
inspeção. A má qualidade ou defeitos não só resultam na insatisfação do cliente e danos à imagem da empresa,
como também em desperdícios devido aos custos e tempo envolvidos em repor um produto defeituoso. Sendo
assim, a melhoria contínua e medidas de prevenção são os meios mais eficazes para reduzir os desperdícios
causados por defeitos.

2 – Excesso de Produção ou Superprodução


O que é:
 Produzir mais do que o necessário;
 Produzir mais rápido do que o necessário;
Causas:
 Incentivos e metas por volume (vendas, compras, pagamento, PLR);
 Aumento da capacidade do equipamento;
 Desequilíbrio na linha de produção: Agendamento deficiente/mudanças;
 Planejamento de produção deficiente;
 Práticas contábeis de custos que incentivam o aumento de estoques

A superprodução ocorre quando há maior produção do que a empresa pode vender, resultado em um aumento
no estoque de produtos acabados. A superprodução esconde desperdícios, uma vez que muitos pensam que o
estoque é considerado um ativo de valor para a empresa, quando na verdade a maioria deles podem se tornar
obsoletos ou implicar em custos para mantê-los até que possam ser vendidos. Observe que existe ainda o risco
deles não serem vendidos. O Just-in-time e as regras de Kanban são uma boa alternativa para evitar o excesso de
desperdício referente à superprodução. Um fato importante é que a aplicação de sistemas Lean favorece
equipamentos de menor porte, em grande parte, com o intuito de evitar a superprodução.

3 – Estoque
O que é:
 Estoque excessivo de produto final;
 Estoque excessivo de matérias-primas e insumos.

Causas:
 Produção excessiva;
 Desequilíbrio na linha;
 Grande tamanho dos lotes;
 Alto tempo entre o pedido e entrega do produto (lead time);
 Alta taxa de retrabalho;
 Falta de requisição de materiais e padrões de compras;

Os desperdícios de estoque podem ser originados na compra e armazenamento de excedentes de insumos,


materiais ou outros recursos. Eles também possuem origem no excesso de materiais em processo (WIP ou work-
in-process) acumulados. A principal causa é, muitas vezes, devido à falta de planejamento e falta de
desconhecimento do departamento de compras com relação ao consumo real ou taxa de utilização de um
determinado recurso. Ter excesso de estoque significa um maior custo para a empresa, ocupação de área,
manutenção do inventário e do estoque. Reforçando novamente que existe a possibilidade de se armazenar
produtos obsoletos como ferramentas e materiais. Para evitar o desperdício é necessário um planejamento de
compras eficiente e que após a produção do produto o mesmo seja enviado diretamente ao cliente.

4 – Espera
O que é:
 Ociosidade humana ou tempo de espera;
 Ociosidade de equipamentos ou tempo de espera;

Causas:
 Processos ou linhas desbalanceadas;
 Força de trabalho inflexível;
 Superdimensionamento da equipe;
 Não agendamento de máquinas para produção;
 Tempo de setup longo;
 Falta de material ou atraso;

O desperdício referente ao tempo de espera ocorre quando os recursos (pessoas ou equipamentos) são
obrigados a esperar desnecessariamente em virtude de atrasos na chegada de materiais ou disponibilidade de
outros recursos, incluindo informações. Como exemplo, podemos citar a situação em que um participante atrasa
a reunião por perder o horário e chegar atrasado. A espera de ferramentas para começar a trabalhar, de uma
assinatura para que um processo contínuo ou de um veículo atrasado para transportar os trabalhadores para o
local de trabalho, são bons exemplos também.

5 – Transporte
O que é:
 Movimento desnecessário de material;
 Movimento desnecessário de ferramentas ou equipamentos;

Causas:
 Planejamento da rota do produto ineficiente;
 Fornecedores distantes da produção;
 Fluxo complexo dos materiais;
 Layout dos equipamentos ou das células ruim;
 Local de trabalho desorganizado;

Quando qualquer recurso (pessoas, equipamentos, suprimentos, ferramentas, documentos ou materiais) é


movido ou transportado de um local para outro sem necessidade, está sendo criado o desperdício de transporte.
Como exemplo podemos citar: o transporte de peças erradas, o envio de materiais para o local errado ou na hora
errada ou o envio de documentos para lugares que não deveriam ser enviados. Uma maneira de reduzir o
desperdício de transporte é criando um layout eficiente, onde os clientes são atendidos por fornecedores
próximos. Células que trabalham entre si ou servindo umas às outras, também devem ser alocadas em
proximidade para reduzir o desperdício de transporte. Materiais e ferramentas de algumas células de trabalho
também podem ser movidos, realocados, ou posicionados ao lado ou perto de usuários de outras células de
trabalhos ou seus clientes internos.
Lembre-se de que transportar recursos no ambiente fabril é uma necessidade, mas se não houver planejamento
e estudos de forma a minimizar este tempo, torna-se uma atividade que não agrega valor ao produto. Por isso é
necessário acompanhar de perto se em algum local há lacunas ou falhas que possam ser ajustadas.

6 – Movimentação nas operações


O que é:
 Movimentos desnecessários dos trabalhadores.

Causas:
 Layout ruim e ambiente de trabalho desorganizado;
 Estoque ou células de trabalho desorganizados;
 Instruções de trabalho não padronizadas ou não compreendidas;
 Fluxo de materiais no processo não muito claro.

O desperdício no movimento acontece quando ocorrem movimentos desnecessário do corpo ao executar uma
tarefa. Alguns exemplos: procurar, andar, flexionar, elevar, abaixar e outros movimentos corporais
desnecessários. Os trabalhadores cometem este tipo de desperdício quando procuram por ferramentas ou
documentos ou quando seu local de trabalho está cheio ou desorganizado. Muitas vezes, o desperdício de
movimento atrasa o início dos trabalhos e interrompe o fluxo das atividades.
Para reduzir a movimentação dos operadores, primeiramente é necessário analisar se elas são necessárias ou
não. As desnecessárias devem ser imediatamente trabalhadas. Já para movimentações necessárias, é importante
verificar se é possível torná-las mais práticas para o operador. Isto pode ser feito  reorganizando o local de
trabalho ou mesmo redesenhando o layout da linha de produção.

7 – Processamento
O que é:
 Processo que não agrega valor realizado pelo homem;
 Processo que não agrega valor realizado pela máquina;

Causas:
 Falta de objetividade nas especificações do cliente;
 Mudanças frequentes na engenharia do produto;
 Qualidade excessiva (refinamento);
 Análise inadequada de valor;
 Instruções de trabalho mal elaboradas.

Esta categoria de desperdício refere-se aos processamentos que não agregam valor ao item que está sendo
produzido ou trabalhado. Exemplos são etapas adicionais que não aumentam a qualidade do produto ou etapas
que simplesmente adicionam excesso de qualidade de que os clientes não necessitam. Documentação
desnecessária é também uma forma de desperdício de processamento.

Se for realizada uma análise criteriosa, é possível identificar atividades e tarefas dentro do processo que
podem ser irrelevantes e que afetam diretamente a produtividade e o custo da operação. Por este
motivo é necessário analisar e identificar em cada etapa a existência de gargalos e eliminá-los.

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