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PROPOSTA EM DEBATE
O Projeto de Lei nº 5829/2019, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, propõe, em termos
gerais, um marco legal da Geração Distribuída (GD) que reduz, ao longo de um período de transição, os
componentes hoje compensados para os usuários desta tecnologia, diminuindo o subsídio.
O problema é que o PL não extingue o subsídio ao final da transição e não estabelece uma nova fonte de
recursos para cobri-lo. Assim, o subsídio remanescente ao final do período de transição continuará
custeado pela tarifa de energia elétrica dos consumidores que não aderirem à geração distribuída..
www.idec.org.br
PROPOSTAS DE REVISÃO DAS REGRAS DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
MOTIVAÇÃO
As regras da GD precisam ser revisadas porque provocam um subsídio cruzado regressivo, que aumenta a
tarifa de energia elétrica dos consumidores que não adotaram essa tecnologia. Estimativa da Aneel indica
que o subsídio deve chegar a cerca de R$ 55 bilhões de 2020 a 2035 e estudo do Idec* que mapeia a
localização dos projetos de GD mostra que empresas de grande porte e consumidores mais ricos são os
que mais se beneficiam desta prática, com a concentração de projetos nas áreas mais ricas das cidades.
*(https://idec.org.br/release/energia-solar-estudos-indicam-problemas-nas-atuais-regras-da-geracao-distribuida)
VIABILIDADE
Felizmente, o avanço tecnológico e o aumento de escala da produção de sistemas fotovoltaicos nos
últimos anos reduziram os custos para o desenvolvimento de sistemas de captação de energia solar,
tornando tal subsídio desnecessário.
INTERESSES EM JOGO
Distribuidoras de energia elétrica: para elas, a manutenção de uma parcela do subsídio da GD prevista
no projeto significa que continuará havendo reduções expressivas dos seus mercados, o que implica a
redução de suas receitas.
Empresas e investidores em energia solar: defendem a manutenção integral do subsídio não apenas
para garantir a expansão do setor e garantir o desenvolvimento de uma fonte renovável, mas também
para manter as altas taxas de retorno de seus investimentos.
Ademais, o período de transição deve ser estruturado por meio de definição de gatilhos de
potência instalada, que levem em conta as externalidades positivas do desenvolvimento de
fontes alternativas na matriz elétrica brasileira.
Dessa forma, o modelo poderá se desenvolver cumprindo importante função social sem
onerar ainda mais os consumidores não adotantes.
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