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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
POLITZER, G. Princípios. Fundamentais de Filosofia. São Paulo;
Hemus, 1995
I- Precauções preliminares
“A dialéctica, no sentido filosófico, contrariamente ao que se pensa, está ao alcance de
todos, porque é uma coisa muito clara e sem mistério.”(p.60)
“É apenas um método de pensamento de grande precisão”(p.60)
III-— Por que foi a dialéctica, durante muito tempo, dominada pela concepção
metafísica?
“Porque não se sabia. Para aprender, tomou-se o ponto de vista mais fácil; ou as
coisas imóveis são mais fáceis de perceber e estudar. Certamente, o estudo das
coisas em repouso é um momento necessário do pensamento dialéctico — mas só um
momento, insuficiente, fragmentário, e que é preciso integrar no estudo das coisas em
transformação.”(p.62)
IV. — Por que era metafísico o materialismo do século Xvlll?
“(...) observam-se as coisas e os fenômenos, classificam-se, contentam-se
em estudar a deslocação, daí a mecânica; e a insuficiência dos conhecimentos nas
ciências dá origem à concepção metafísica.”(p.63)
“observam-se as coisas e os fenômenos, classificam-se, contentam-se
em estudar a deslocação, daí a mecânica; e a insuficiência dos conhecimentos nas
ciências dá origem à concepção metafísica.”(p.63)
“O materialismo pôde transformar-se, porque as ciências mudaram. Às ciências
metafísicas corresponde o materialismo metafísico, e às novas um materialismo novo,
o dialéctico.”(p.63)
V. — Como nasceu o materialismo dialéctico: Hegel e Marx.
“Os factos são mais complicados do que parecem, do que pensamos. Pelo que não há
uma transformação tão simples do materialismo metafísico em dialéctico.”(p.64)
“A dialéctica foi, de facto, desenvolvida por um filósofo idealista alemão, Hegel (1770-
1831), que soube compreender a mudança operada nas ciências. Retomando a velha
ideia de Heráclito, constatou, ajudado pelos progressos científicos, que, no Universo,
tudo é movimento e mudança, nada está isolado, mas tudo depende de tudo, criando,
deste modo, a dialéctica. É a propósito de Hegel que falamos hoje de movimento
dialéctico do mundo. O que Hegel compreendeu primeiro foi o movimento do
pensamento, e, naturalmente, chamou-lhe dialéctico.”(p.64)
“Hegel é, pois, na verdade, dialéctico, mas subordina a dialéctica ao idealismo.”(p.64)
III. — O processo
“Quando o lápis era ainda prancha, foi preciso a intervenção do homem para o fazer
tornar-se lápis, porque nunca a prancha se transformaria, só por si, em lápis. Não
houve forças internas, autodinamismo, processo. Portanto, quem diz dialéctica, não
diz só movimento, mas, também, autodinamismo.”(p.67)
“Vemos, pois, que o movimento dialéctico contém em si o processo, o autodinamismo,
que lhe é essencial. Com efeito, nem todo o movimento ou mudança é dialéctico. Se
tomarmos uma pulga, que vamos estudar do ponto de vista dialéctico, diremos que
não foi nem será sempre o que é; se a esmagarmos, certamente, haverá, para ela,
uma mudança, mas será dialéctica? Não. Sem nós, não seria esmagada. Essa
mudança não é dialéctica, mas mecânica.”(p.67)
CAPÍTULO III
SEGUNDA LEI: A AÇÃO RECÍPROCA
IV. — Conclusão.
“depois de ter visto rapidamente as três grandes descobertas do século XIX,
que permitiram ao materialismo desenvolver-se para se tornar dialéctico, porque era
necessário que a história desta filosofia atravessasse os três grandes períodos que
conhecemos: 1,° materialismo da antiguidade (teoria dos átomos); 2.° materialismo do
século XVIII (mecanicista e metafísico), para levar, enfim, 3.°, ao materialismo
dialéctico.”(p.72)
74)
CAPITULO IV
TERCEIRA LEI: A CONTRADIÇÃO
I- A vida e a morte.
“Se as examinarmos um pouco mais de perto, veremos, primeiro, que não as
podemos opor uma à outra, não podemos mesmo separá-las tão brutalmente, uma
vez que a experiência e a realidade nos mostram que a morte continua a vida, que a
morte vem do vivo.”(p.73)
“Portanto, a vida e a morte transformam-se continuamente uma na outra, e, em todas
as coisas, constatamos a constância desta grande lei: por toda a parte, as coisas
transformam-se na sua contrária.”(p.73)