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HYDRA MALFOY – ANO 6 – O ESPELHO MÁGICO

Nesse terceiro livro, Hydra está em seu sexto ano em Hogwarts e começando seus
estudos de nível N.I.E.M.s.

Depois de acontecimentos turbulentos na Copa Mundial de Quadribol e uma violenta


discussão com seu pai, Hydra passa o resto das férias na casa dos Macmillans.

Ao retornar para Hogwarts, ela tem a grande surpresa do acontecimento do Torneio


Tribruxo, o qual Hogwarts receberá e de que duas de suas três grandes amigas
francesas irão passar o ano com ela no local.

Veremos uma jovem de dezessseis anos, amadurecendo, sofrendo com sua família e as
escolhas deles e vendo o retorno daquele que não deve ser nomeado.

Espero que gostem!

Todos os outros livros já foram escritos, mas estão em fase de reavaliação da história e
eu irei postar em breve.

Se quiserem informações, me escrevam: Paula.vmello@hotmail.com

Facebook: Paula Vieira de Mello

Twitter: paulasland

Um beijo,

Paula Mello.

Obs: A versão em Inglês dos livros em breve será disponibilizada também.

AGRADECIMENTOS:

Queria agradecer ao Rennan e Gustavo, que foram meus consultores sobre assuntos
de Harry Potter durante principalmente o começo, já que eu queria fazer um livro mais
coerente com os originais possível. Rennan também foi um dos meus principais
incentivadores para escrever e me deu muitas boas idéias.
Novak, minha amiga, que recebeu algumas homenagens ao longo do livro e também
foi uma das que me incentivaram.

Jéssica, uma leitora muito doce, a primeira fora do meu círculo de conhecidos a me
incentivar, com suas palavras bondosas e sua visão externa dos livros, muito obrigada,
você me ajudou e me alegrou muito.
Prólogo

Pensar que esse seria o último verão que seria obrigada a passar naquela casa era um
algo que confortava Hydra mais do que qualquer coisa, seu aniversário estava
chegando e também o resultado dos seus N.O.M.s, Hydra só queria chegar o mais
rápido possível em Hogwarts, estava ansiosa pelo seu sexto ano, por suas aulas com o
Professor Snape, com tudo. Só não se sentia ansiosa por não ver mais Peter todos os
dias, agora que ele se formou e obteve excelente resultados nos N.I.E.M.s, iria
começar em poucas semanas o seu programa de treinamento no St. Mungos para se
tornar um curandeiro oficial assim como seus pais, estava ansioso e feliz, também
tinha se mudado para uma linda casa em uma colina em frente ao mar, aonde,
segundo ele, pretendia criar sua família no futuro.

Hydra que já tinha visitado a casa dos pais de Peter três vezes naquele verão, ainda
não tinha porém, visitado a nova casa de Peter, estava adiando, como se ver aquela
casa significasse aceitar que uma vida adulta estava próxima, mas sabia que Peter
queria muito compartilhar esse momento com ela.

Realmente seria um ano de muitas mudanças...

OLÁ PESSOAL, PEÇO PERDÃO PELOS ERROS DE DIGITAÇÃO, OS LIVROS ESTÃO SOB
REVISÃO DE UMA PROFISSIONAL PARA QUE ELES SEJAM AJEITADOS, PEÇO QUE
RELEVEM POR AGORA.
UM BEIJO,

PAULA VIEIRA DE MELLO


CAPÍTULO 1

RESULTADO DOS N.O.M.s

Durante um jantar em Julho, foi anunciado que esse ano, ao invés de uma grande festa
de aniversário, a família iria a final da Copa Mundial de quadribol, o que foi recebido
com grande alegria por Hydra.

- É claro que o ministério conseguiu lugares maravilhosos para nós. – Comentou Lúcio
presunçoso durante um jantar – Então nós iremos.

- É uma pena que não faremos a festa esse ano... – Comentou Narcisa desgostosa.

- Uma grande pena – Disse Hydra irônica e sorrindo.

- Fiquei sabendo que aqueles seus amigos nojentos irão também, os Weasleys. – Disse
Lúcio com seu famoso tom de desprezo por todos aqueles que ele considerava de
alguma forma, inferior a eles – Deviam se preocupar mais em ter o que comer do que
ir em jogos de quadribol, duvido que poderiam comprar se o ministério não tivesse
dado para eles por caridade.

Hydra sentiu uma grande raiva, mas decidiu fingir que nem escutava o que pai estava
falando, apenas continuou mexendo em sua comida.

- Seus resultados dos N.O.M.s já não eram para ter chegado, Hydra? – Perguntou
Narcisa mudando de assunto.

- Sim, acho que devem chegar a qualquer momento agora – Hydra não gostava de falar
do assunto, estava nervosa demais, tinha muito medo de falhar em algum resultado e
também tinha medo de que seus pais vissem o seu resultado de estudo dos trouxas,

"Irá vir em um envelope separado só para você, senhorita Malfoy, não se preocupe" –
Disse a Professora McGonagall, um dia antes do fim do semestre, mas ainda assim,
tinha medo de uma confusão maior do que poderia aguentar naquela casa, de novo...

- Ano que vem eu faço os meus. – Disse Draco, procurando participar da conversa.
- Sim, você é inteligente, espero que não traga nenhuma vergonha para a família, não
precisamos de mais uma. – Disse Lúcio seco drenando o sorriso no rosto de Draco.

Hydra voltou para o quarto depois do jantar para responder as corujas que tinha
recebido durante o dia.

"Querida Palerma,

Mal podemos acreditar que iremos para a final da Copa do mundo de quadribol, todos
aqui em casa estão muito animados com isso, menos a mamãe, é claro! Te vemos lá
então?

Obs: Estamos levando alguns produtos que inventamos para você dar sua opinião,
especialmente o Caramelo Incha-Língua.

Amor,

Fred e Jorge Weasley"

"Querida Hydra,

Seus pais já confirmaram se vão mesmo na final da Copa do mundo de quadribol? Eu,
papai e Jeniffer conseguimos ótimos lugares graças ao Abbas, uma pena que mamãe
não poderá ir, mas espero que possamos passar algum tempo juntos lá, é minha última
saída antes do início do treinamento no St Mungo's.

PS: Seus N.O.M.s ainda não vieram? Não esqueça de me avisar assim que chegarem.

Com amor,

Peter Macmillan"

"Alguém por favor poderia esquecer dos N.O.M.s pelo menos por alguns dias?" -
Pensou Hydra antes de pegar o pergaminho e pena e responder as duas cartas.
"Queridos Palermas,

Papai acabou de confirmar que iremos a Copa, então nos vamos lá! Mal posso esperar
também. Mande um abraço para sua mãe, estou com saudades de todos.

Obs: A poção que eu mandei foi útil?

Beijos,

Hydra Malfoy"

"Querido Peter,

Acabou de ser confirmado no jantar que vamos sim na Copa do Mundo, infelizmente
meus pais vão juntos, é claro, mas não dava para ser tudo maravilhoso, né?

Ainda não recebi os N.O.M.s e estou extremamente nervosa com isso, então não
pergunte.

Com amor,

Hydra Malfoy"

Hydra despachou Lydra primeiro com a mensagem para os Weasleys e logo depois de
ela voltar algumas horas depois, a mandou com a resposta para Peter, tinha que se
acostumar, sabia que esse ano boa parte da comunicação com Peter seria via coruja.

A única parte ruim de não ter sua festa de aniversário, era não poder ver suas três
melhores amigas Francesas que não iriam vir para a Inglaterra esse ano e nem Hydra
para a França, apesar de ela prometerem que tentariam passar pelo menos um dia das
férias com Hydra.
Hydra deitou em seu quarto e olhou ao redor, havia grudado com cola eterna pôsteres
da Grfinória e da sua antiga casa da Beauxbatons em suas paredes, além de fotos com
seus amigos das duas casas e Peter, Narcisa ficou irada quando viu tudo e ficou mais
ainda quando viu que não conseguia remover nada da parede.

No dia seguinte, foi tomar café com a família como normalmente fazia (por obrigação).

- Papai me contou uma novidade, mas eu não posso contar para você – Sorriu Draco,
vitorioso enquanto estavam esperando seus pais chegarem para o café.

- Eu não poderia me importar menos, Draco.

- A poderia, é algo que envolve a escola e é algo grande.

Hydra ficou preocupada, seria outro ataque aos nascido trouxa?

- O que houve Draco? Papai quer matar alguém? – Disse ela nervosa sentada na frente
de Draco.

- Não, nada disso, mas não posso contar – Riu Draco satisfeito.

- Nós costumávamos ser tão amigos, eu sinceramente não sei o que aconteceu. – Disse
Hydra, fazendo com que Draco parasse de sorrir.

- Bom dia meus queridos – Narcisa chegara com bom humor e se sentou ao lado de
Hydra, enquanto Lúcio ocupou seu lugar na cabeceira da mesa como sempre.

- Já está tudo certo para o jogo, já comprei uma luxuosa barraca para dormirmos,
iremos viajar por chave de portal logo cedo – Disse Lúcio um pouco menos indiferente
do que o normal.

Antes que pudessem responder, uma bonita corujas-das-torres, entrou pela janela em
direção a Hydra com dois envelopes. Todos na mesa gelaram, só podia ser o resultado
dos N.O.M.s, Hydra levou alguns minutos para se mexer.

- Pegue, abra, abra – Disse Narcisa ansiosa.

Hydra abriu o primeiro envelope tremendo.


RESULTADO DOS SEUS NÍVEIS ORDINÁRIOS EM MAGIA.

NOTAS PASSÁVEIS

Ótimo (O)

Excede as Expectativas (E)

Aceitavel (A)

NOTAS REPROVÁVEIS.

Passavel (P)

Deploravel (D)

Trasgo (T)

Hydra Bellatrix Malfoy

Astronomia (E)

Trato de Criaturas Mágicas (E)

Feitiços (O)

Defesa contra as Artes das Trevas (O)

Runas antigas (E)

Herbologia (O)

História da Magia (E)

Poções (O)

Transfiguração (O)
Hydra tremia tanto que não conseguia falar, Narcisa pegou o envelope de suas mãos e
começou a gritar em comemoração.

- Nove N.O.M.s! Nove! Nenhuma reprovação! Que maravilha minha filha! – Narcisa
comemorava e beijava seu rosto.

- Parabéns Hydra – Disse Draco, sorrindo levemente.

- É, meus parabéns, achei que seriam mais matérias que você iria fazer os N.O.M.s,
mas tudo bem. – Disse Lúcio seco – O que é esse segundo envelope?

Hydra se esquecera completamente do envelope que sabia conter sua nota em Estudo
dos Trouxas.

- Nada, eu vou ler depois, não deve ser nada! – Disse ela nervosa.

- Abra agora! – Ordenou Lúcio desconfiado.

Hydra abriu o envelope, mas para a sua surpresa a carta não dizia nada demais.

Senhorita Hydra Bellatrix Malfoy,

Parabenizamos pelo seu excelente resultado nos Níveis Ordinários de Magia.

Atenciosamente,

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

- Que coisa esquisita, nunca vi uma carta de Hogwarts parabenizando pelos N.O.M.s
antes – Disse Narcisa confusa.

Hydra guardou os dois envelopes e continuou o café, Narcisa não parava de falar sobre
como se sentia orgulhosa pelo desempenho da filha e Hydra continuava confusa com a
segunda carta.

Ao chegar no quarto, abriu-a novamente e ficou surpresa ao ver que o conteúdo da


mesma mudará.
RESULTADO DOS SEUS NÍVEIS ORDINÁRIOS EM MAGIA.

NOTAS PASSÁVEIS

Ótimo (O)

Excede as Expectativas (E)

Aceitavel (A)

NOTAS REPROVÁVEIS.

Passavel (P)

Deploravel (D)

Trasgo (T)

Hydra Belatrix Malfoy

ESTUDO DOS TROUXAS (O)

Era então afinal o seu resultado, devia ter algum tipo de feitiço que só ela poderia ler o
que dizia, ficou feliz, dez N.O.M.s não era nada mal, alguns Es e alguns Os, estava
satisfeita afinal e escrevera para Peter, Fred e Jorge, contando suas novidades e não
demorou para receber as respostas por coruja.

"Querida Hydra,

Parabéns meu amor, eu sempre soube que passaria em tudo! Estou muito orgulhoso de
você e mal posso esperar para lhe ver na segunda.

Com amor,

Peter Macmillan"
"Querida Hydra,

Seu nome do meio é Bellatrix? Eca!

Assinado,

Fred e Jorge Weasley"

Hydra ficou um pouco assustada com a afirmação de Draco sobre um suposto segredo
entre ele e Lúcio, então decidiu andar pela casa de noite, enquanto todos dormiam, a
procura de alguma pista do que poderia ser.

- Essa casa poderia ser mais horripilante? – Hydra se perguntou, enquanto entrava em
uma das três salas da casa, procurando por alguma nova câmara secreta, que ainda
não soubesse sobre, alguma passagem secreta ou algo aonde Lúcio pudesse esconder
as suas coisas.

Era impressionante o quanto não conhecia mais a sua casa, se perdeu algumas vezes
entre os seus corredores mais escuros, se surpreendeu com uma sala que ainda não
tinha ido, mas o pior, foi quando se dirigiu até o porão, nas masmorras aonde ficou
quando era criança. À princípio, não teve coragem de entrar, as lembranças pareciam
querer sufocá-la, a fazendo ficar doente, chorando, três tentativas foram necessárias
até que ela conseguisse descer de fato até o local, escuro e úmido, os gritos que ela
emitira ali pareciam reais naquele momento, como se ouvisse tudo novamente.

"Papai, mamãe, por favor, me tirem daqui, por favor, eu vou ser boa, eu prometo, por
favor..."

Depois do que pareceu longas horas (quando na verdade foram apenas alguns
minutos) procurando por algo no local que pudesse ser uma pista dos planos de seu
pai, Hydra apenas subiu correndo, chorando novamente, se trancando em seu quarto,
sentindo o coração batendo forte, uma pressão no peito, suava e tremia, a sensação
era de pânico, medo.

- Preciso encontrar minha poção revigorante – Disse Hydra para si mesma, procurando
nos seus pertences de Hogwarts a poção que guardara no semestre anterior.
Quando a achou, a tomou imediatamente e se sentiu melhor, se sentou na cama,
parecia flutuando nas nuvens, como se não estivesse mais em seu corpo, mas em um
lugar neutro, aonde não sentisse nada, nem dor, nem medo, nem mais absolutamente
nada. Talvez tivesse feito aquela poção um pouco mais forte do que imaginava...

Hydra não voltou a procurar pistas pela mansão, seja o que for, não estava escondido
ali, ou Draco nem teria mencionado, apenas esperou, lendo livros e escrevendo cartas
para os seus amigos e Peter, até o dia da final de quadribol.

- Hydra, acorde querida, está na hora de irmos – Disse Narcisa acordando gentilmente
Hydra bem cedo.

- Já?

- O Café já está pronto, não se esqueça de se vestir com as abomináveis roupas trouxas
já que temos que nos misturar – Disse Narcisa com nojo na voz.

- Já vou descer.

Hydra separa algumas roupas de trouxas que tinha guardado para a ocasião, como não
existia um lugar onde os trouxas não pudessem ir grande o suficiente, o Ministério
teve que organizar o evento em um local deserto e usar feitiços ante trouxas, mas em
algumas partes, eles ainda os veriam, por isso precisavam usar roupas de trouxa e
barracas que aparentassem normais.

Hydra usou um vestido até o joelho branco com flores rosas e uma jaqueta preta e
uma bota marrom de cano longo, colocou a varinha na jaqueta, seus pertences que
precisaria e a barraca já estavam com seu pai, ela desceu satisfeita para o café.

Lúcio parecia absolutamente infeliz usando uma calça, blusa e blazer pretos muito
elegantes, Draco se vestiu da mesma forma e Narcisa usava um vestido preto até a
canela, Hydra havia escolhido a roupa de cada um deles, os bruxos não tinham o
costume de se vestirem como trouxas, então ela sabia que isso poderia gerar muita
confusão de guarda roupa.

- Ridículo, ter que me disfarçar para ver um jogo – Reclamava Lúcio.

- Como vamos até o jogo? – Perguntou Hydra, se servindo de ovos fritos


- Chave de portal, me recuso a pegar um transporte trouxa até lá e vocês dois ainda
não pode aparatar – Respondeu Lúcio.

- Aonde vamos pegar a chave de portal? – Perguntou Draco.

- Uns dois quilômetros daqui, contratei um motorista para nos levar até lá e então
pegamos a chave, temos que estar lá no horário exato, acho que os Notts irão pegar a
mesma chave.

- Os Macmillan também irão, Hydra? – Perguntou Narcisa

- Sim, o namorado da Jeniffer trabalho no setor de cooperação internacional de magia


e eles ganharam ótimos ingressos.

- Namorado? Que namorado? – Perguntou Lúcio com curiosidade.

- Abbas Shafiq – Respondeu Hydra e Lúcio pareceu surpreso.

- O filho do Shafiq? Parece que os Macmillan sabem que manter o sangue puro é a
melhor opção sempre, eu concordo...

Hydra decidiu nem responder a esse comentário, sabia que Jeniffer não escolheu
Abbas pelo sobrenome ou pelo status de sangue, na verdade nem Hydra escolheu
Peter por isso, apenas aconteceu.

- Hydra, espero que não tenha nenhum comportamento que me envergonhe –


Completou Lúcio – Só estou lhe levando por insistência de sua mãe, espero não me
arrepender.

Hydra apenas acenou, não queria irritar o pai naquele momento, realmente queria
muito assistir a partida.

Eles logo partiram em direção ao carro que estava estacionado na porta da mansão,
depois de alguns minutos, chegaram a uma pequena colina e subiram a pé.

- A, Lúcio, meu caro! – Disse um homem gordo e baixo cumprimentando seu pai, Hydra
reconheceu ao seu lado Teodoro Nott, um rapaz da Sonserina com aparência doentia –
Narcisa, sempre linda – Disse ele beijando sua mão – Draco e Hydra, lembro de vocês
da festa do ano passado, é claro, é impressionante como a Senhorita está mais linda a
cada dia – Disse ele sorrindo - acho que já conhecem meu filho, Teodoro? – O rapaz
acenou e todos acenaram de volta.

- Sim, claro, ele é da minha casa – Disse Draco.

- Já o vi pela escola – Respondeu Hydra, um pouco indiferente.

- E ele com certeza já a viu, falou algumas vezes da senhorita lá em casa não é mesmo,
Teodoro?

O rapaz ficou extremamente vermelho, parecia querer sumir naquele momento, mas
não respondeu nada, apenas acenou com a cabeça timidamente.

- Onde está a chave de portal? – Perguntou Hydra, tentando mudar o foco.

- Aqui mesmo minha cara – Respondeu o Senhor Nott, apontando para um chapéu
velho e rasgado no chão.

- Eu sabia que eram objetos comuns quando eram colocados assim em público, mas
acho que nunca imaginei isso. – Disse Hydra fascinada.

- E vai partir em dois minutos, então todos coloquem a mão no chapéu agora.

Lúcio levantou o chapéu e cada um deles colocou a mão em uma parte do mesmo.

– Três... – murmurou o Sr. Nott, olhando o relógio – dois... um...

Foi tudo muito rápido, Hydra já estava acostumada a viajar por chave de portal antes,
mas sempre se surpreendia . ela teve a sensação de que um gancho dentro do seu
umbigo fora irresistivelmente puxado para a frente. Seus pés deixaram o chão; ela
sentiu Narcisa e Draco de cada lado, os ombros se tocando; todos avançavam
vertiginosamente em meio ao uivo do vento e ao rodopio de cores; seu dedo indicador
estava grudado no chapéu como se esta o atraísse magneticamente para a frente, ela
sabia como aterrissar sem cair no chão, então quando finalmente seus pés tocaram
novamente o chão, delicadamente e recuperou o senso de direção, viu Draco e
Teodoro caídos parecendo machucados.
– O 3 e o 6 chegando do morro Windosborn – anunciou uma voz.

Tinham chegado, pelo que parecia, a um trecho deserto de uma charneca imersa em
névoa. Diante deles havia dois bruxos cansados, com cara de rabugentos, um dos quais
segurava um grande relógio de ouro, e o outro, um grosso rolo de pergaminho e uma
pena. Ambos estavam vestidos como trouxas, embora sem muita habilidade; o homem
do relógio usava um terno de tweed com botas de borracha até as coxas; o colega, um
kilt escocês e um poncho.
CAPÍTULO 2

O ACAMPAMENTO

- Senhor Malfoy – Disse um deles – Senhor Nott, sejam bem-vindos.

- Basilio... – Disse Lúcio sem muito emoção.

O Bruxo olhou em um pergaminho parecendo entediado e disse:

- Nott, vocês estão no terceiro acampamento a uns quatrocentos metros, pergunte


pelo Sr Duncan, Malfoys, o primeiro acampamento que você encontrar a uns 400
metros daqui é o de vocês. O gerente é o Sr. Roberts

Eles saíram pela charneca deserta, incapazes de distinguir muita coisa através da
névoa. Passados uns vinte minutos, avistaram uma casinha de pedra ao lado de um
portão. Mais além, Hydra conseguiu ver as formas fantasmagóricas de centenas de
barracas, montadas na ondulação suave de um grande campo, no rumo de uma
floresta escura no horizonte.

Eles se despediram e Hydra seguiu com a família para o acampamento.

Havia um homem parado à porta. A bruxinha percebeu que se tratava de um trouxa de


verdade e viu o olhar de nojo que sua família soltou quando o trouxa, que ouviu os
passos do grupo, virou a cabeça para olhá-los.

- Pai, deixa que eu falo, por favor, vocês vão destratar ele e vamos acabar ficando sem
acampamento – Implorou Hydra, Lúcio concordou com alguma relutância.

- Bom dia – Disse ela simpática.

- Bom dia senhorita – Lúcio parecia ainda mais enojado e com mais raiva – E senhores
– Completou o trouxa.

- É o Senhor Roberts?

- Isso mesmo, você seria? – Disse ele sorrindo.


- Nós somos os Malfoy, nós temos uma barraca reservada.

– Certo – confirmou o Sr. Roberts, consultando uma lista pregada à porta. - Só uma
noite?

– Isso – respondeu Hydra.

– A senhorita vai pagar agora, então? – perguntou o Sr. Roberts.

- A, sim, claro, só um minuto por favor.

Hydra pediu o dinheiro trouxa que já haviam separado certinho para Lúcio, que parecia
mais insatisfeito a cada segundo e entregou para o Sr. Roberts.

- Algumas pessoas tentaram me pagar com moedas de ouro enormes, acreditam? Pelo
visto vocês são locais. – Disse o Sr Roberts sorrindo.

- Isso, somos sim – Sorriu Hydra.

Naquele momento, um bruxo de bermudão materializou-se do nada ao lado da porta


da casa do Sr. Roberts.

– Obliviate! – disse ele bruscamente, apontando a varinha para o Sr. Roberts.


Instantaneamente os olhos do Sr. Roberts saíram de foco, suas sobrancelhas se
desfranziram e um olhar de vaga despreocupação cobriu o seu rosto.

– Um mapa do acampamento para o senhor, senhor Malfoy– disse o homem,


placidamente, a Lúcio.. – Muito obrigado

O bruxo de bermudão acompanhou o grupo em direção ao portão do acampamento.

- Estou tendo que lançar diversos feitiços de memória nele – Reclamou o bruxo – Esse
é seu acampamento Senhor Malfoy, aproveitem... – Disse o bruxo e desaparatou.

O grupo avançou lentamente pelo campo entre longas fileiras de barracas. A maioria
parecia quase normal; os donos tinham visivelmente tentado o possível para fazê-las
parecer equipamento de trouxas, embora tivessem cometido alguns deslizes ao
acrescentarem chaminés ou cordões de sinetas ou cata-ventos. Porém algumas
barracas eram tão produzidas que obviamente eram mágicas, como a sua, assim que
seu pai montou, Hydra percebeu que sua barraca se tornou uma extravagante
produção de seda listrada como um palácio em miniatura, com vários pavões vivos (os
do seu jardim) amarrados à entrada.

- Pai, você só pode estar brincando! – Disse Hydra irritada e olhando em choque – De
onde surgiram os pavões, como você trouxe eles lá de casa? Quando?

- Não interessa, eu não iria dormir em um lugar simples de trouxa, agora fique calada e
entre na barraca.

- Mas e as medidas de segurança anti-trouxa? Não vai obedecer nenhuma?

- Não! Eu não preciso obedecer nada, eu sou o Lúcio Malfoy, já disse para entrar.

Por dentro, a barraca era ainda mais extravagante, lembrava sua casa, toda verde
escura e marrom, tinha seis quartos, banheiros, cozinha, sala de estar e jantar. Hydra
entrou em um dos quartos que tinha uma linda cama de casal com lençóis brancos, um
pequeno closet e mesa de cabeceira e colocou ali suas coisas, depois, descansou um
pouco, ainda era muito cedo, as pessoas nos acampamentos ainda dormiam.

Após acordar, pediu permissão para ir procurar Peter para Narcisa, que concedeu,
Lúcio já não estava mais lá dentro e nem Draco.

Aqui e ali, bruxos e bruxas adultos saíam das barracas e começavam a preparar o café
da manhã. Alguns, lançando olhares furtivos para os lados, conjuravam fogueiras com
as varinhas; outros acendiam fósforos com ar de dúvida, como se tivessem certeza de
que aquilo não ia funcionar.

"Pelo menos eles estão tentando agir como trouxas" Pensou Hydra.

Hydra decidiu passear entre os acampamentos para ver se achava Peter. Viu vários
tipos de bruxos e bruxas vestidos das maneiras mais engraçadas possíveis tentando
parecer trouxas. Viu barracas decoradas com muito verde e reconheceu dois meninos
que agora seriam do quarto ano.
Hydra encontrou em um dos acampamentos Cho Chang, a apanhadora da Corvinal que
a comprimento educadamente e então, viu Olívio Wood que abriu um grande sorriso
ao vê-la.

- Hydra! – Disse ele correndo em sua direção e a abraçando – Eu quero tanto que você
conheça meus pais, venha, venha – Disse ele puxando –a em direção a sua barraca,
Hydra não teve muita opção se não segui-lo – Mãe, pai – Gritou Wood

Dois bruxos saíram da barraca, uma bruxa alta, de cabelos longos e castanhos, que
Hydra imediatamente identificou como a mãe de Olívio, já que o rapaz era
incrivelmente parecido com ela e um senhor branco, também alto, musculoso como
Olívio e de olhos azuis.

– Essa então é a Hydra – A bruxa abriu um largo sorrido, enquanto Olívio os


apresentava - A famosa Hydra, eu não acredito!

- Nosso filho contou tudo sobre você – Disse o Senhor Wood e Hydra sentiu que estava
corando.

- Só coisas boas, é claro – Completou Olívio.

- É um grande prazer em conhecê-los – Disse Hydra.

- filho, ela é ainda mais bonita que nas fotos – Disse a Senhora Wood fazendo Hydra
corar mais ainda.

- Muito obrigada mesmo, Senhora Wood, o Olívio parece demais com a Senhora –
Disse Hydra.

- Sim, eu sei, ele é todinho a minha família, tem que ver meu irmão, você diria que é
uma cópia do Olívio mais velha – Disse a mãe de Olívio, acariciando carinhosamente os
cabelos do filho e o deixando sem graça.

- Hydra, você soube da notícia? Eu entrei no time reserva do Puddlemere United –


Disse Olívio animado e Hydra abriu um largo sorriso.
- Olívio que maravilha! Por que você não me disse por coruja? Isso é maravilhoso de
verdade! Meus parabéns! Você merece, na verdade eu não conheço ninguém que
mereça entrar nesse time mais do que você – Disse ela, o abraçando.

- Eu não queria incomodar suas férias – Disse ele sem graça – Como foram os seus
N.O.M.s? Aposto que todos O.

- Os e Es – Disse sem graça.

- Só Os e Es? Isso é um resultado excelente, passou em todos o que fez? Meus


parabéns, bem que ele disse que você era uma bruxinha muito inteligente. – A
Senhora Wood disse sorrindo.

- Obrigada, eu realmente estudei muito.

- Ela não saia da biblioteca e eu querendo que ela me ajudasse com os treinos...

- Não foi nada, eu queria muito ajudar nos treinos também.

- Ei, agora que eu sai do time, você pode ser a goleira da Grifinória, não consigo pensar
em ninguém melhor – Disse Wood.

- É, vamos ver como ficará esse ano – Disse Hydra.

Depois de um tempo, a menina estava se sentindo um pouco desconfortável com os


constantes comentários dos pais de Olívio de como eles formavam um lindo casa,
então disse que precisava voltar para a sua barraca mas que espera vê-los de novo em
breve.

- Passe aqui depois querida – Se despediu o Senhor Wood.

- Claro, será um prazer! Tchau Olívio, me mantenha informada sobre o Puddlemere


United – Disse Hydra o abraçando e saindo, sem antes ouvir a Senhora Wood falado "É
filho, ela é realmente muito linda e simpática, você tinha razão."

Hydra encontrou mais na frente Ernestro Macmillan, primo de Peter e Jeniffer do


quarto ano e perguntou pelos dois.
- Umas quatro barracas na frente e você encontra eles – Disse Ernestro e se despediu
de Hydra.

Hydra finalmente encontrou Peter em uma barraca simples (eles estavam respeitando
o regulamento) com a bandeira da Irlanda na frente.

- Meu amor. – Disse Peter correndo, a beijando e girando no ar – Que saudades.

- Eu também estava, oi Jeniffer, Abbas e Senhor Macmillan – Disse Hydra para os


integrantes da barraca que saiam de dentro para ver toda agitação.

- Hydra que bom que veio – Sorriu o Senhor Macmillan, sempre elegante.

- Que bom te ver – Disse Jeniffer a abraçando – Peter me contou o resultado dos seus
N.O.M.s, meus parabéns.

- Obrigada, como foram os seus?

- Não foram ruins, consegui sete N.O.M.s

- Isso é um ótimo resultado Jeniffer! – Disse Hydra.

- Sim, eu consegui um A em poções e todo mundo sabe que o Professor Snape não irá
me aceitar na turma dele, mas tudo bem, eu quero ser jornalista mesmo – Disse ela
sorrindo.

- Ela só não passou em runas antigas e trato de criaturas mágicas – Completou Peter,
mas passou no que precisava, isso é o importante.

- E meu irmão sabichão foi aprovado em todos os N.I.E.Ms, o pessoal do St. Mungo's
ficou doido com ele – Disse Jeniffer, fazendo Peter corar.

- Eu sei, eu fiquei muito orgulhosa. – Hydra disse abraçando Peter.

- Eu também tive dez N.O.M.s na minha época Hydra – Disse Abbas, se aproximando
mais – Você e Jeniffer estão de parabéns.

- Obrigada Abbas, achei que estaria de serviço hoje.


- E estou, só vim dar um oi rápido para a Jeniffer e tenho que correr, organizar esse
evento não está sendo nada fácil, deixe-me dizer, alguns bruxos não colaboram com os
disfarces... – Disse Abbas irritado.

- É... Eu já peço desculpas adiantadas pela minha barraca e digo que não foi ideia
minha... – Disse Hydra sem graça.

- A do pavão? – Perguntou Abbas adivinhando.

- Eu realmente sinto muito, eu não sabia que ele faria isso...

- Não se preocupe, eu entendo. – Disse o rapaz, parecendo realmente saber que não
foi culpa de Hydra - Bom, eu tenho que ir, vejo vocês depois – Abbas beijou Jeniffer e
se despediu de todos.

- Hydra, entre e tome um chá conosco, temos ainda um bom tempo antes do jogo –
Disse o Senhor Macmillan.

- Eu aceito – Sorriu Hydra.

O interior da Barraca dos Macmillan também era bem grande e bonita, porém menor e
menos escandalosa que a sua, eles se divertiram tomando chá e se perguntando se a
Irlanda realmente iria ganhar o jogo.

- Se o Krum não estragar tudo... – Disse Peter se referindo a Victor Krum, jogador da
Bulgária que era um símbolo do time.

- Peter, você vai comigo procurar o Fred e o Jorge? Ainda não falei com eles – Pediu
Hydra algum tempo depois.

- Claro! Vamos sim.

Eles rodaram o acampamento e encontraram mais alguns conhecidos, Hydra


encontrou algumas colegas da Beauxbatons, Peter encontrou Jenono e sua família,
depois de mais de uma hora, finalmente encontraram os Weasleys em uma barraca no
mesmo acampamento de Hydra, próxima a floresta.

- Ai está você – Disse Jorge a abraçando e Fred logo depois


- Hydra, como vai? – Disse o Senhor Weasley – Eu estou tentando acender essa
fogueira, olhe isso, são fósforos, não é magnífico?

- Com certeza são Senhor Weasley – Sorriu Hydra – Deixe-me apresentar, esse é meu
namorado, Peter Macmillan – Disse ela mostrando Peter e os dois se
cumprimentaram.

- Filho do Lance Macmillan eu suponho, é muito parecido com o seu pai – Disse o
Senhor Weasley sorrindo.

- Sim, ele mesmo, ele tem o senhor em grande estima, já me falou muito da simpatia
pela família Weasley – Disse Peter simpático.

- Eu e Lance estudamos em Hogwarts na mesma época – Disse o Senhor Weasley para


todos que estavam ouvindo – Era um grande colega, mesmo sendo de outra casa,
Mezra era da mesma casa que eu, ótima bruxa, como vão seus pais, rapaz?

- Muito bem Senhor Weasley, darei a eles suas lembranças.

Rony, Hermione e Harry chegaram com vasilhas de água e cumprimentaram Peter e


Hydra.

– Vocês demoraram uma eternidade. – comentou Jorge, quando eles finalmente


chegaram.

– Encontramos alguns conhecidos – disse Rony, pousando as vasilhas de água.

– Você ainda não acendeu a fogueira?

– Papai está se divertindo com os fósforos – disse Fred.

O Sr. Weasley não estava tendo o menor sucesso em acender a fogueira, mas não era
por falta de tentativas. Fósforos partidos coalhavam o chão ao seu redor, mas ele
parecia estar se divertindo como nunca.

– Opa! – exclamou ele, ao conseguir acender um fósforo, mas largou-o na mesma hora
no chão, surpreso.
– Chegue aqui, Sr. Weasley – disse Hermione bondosamente, tirando a caixa das mãos
dele e começando a mostrar como fazer fogo direito.

Finalmente, eles acenderam a fogueira, embora levasse no mínimo mais uma hora até
ela esquentar o suficiente para cozinhar alguma coisa. Mas havia muito que ver
enquanto esperavam. A barraca deles estava armada ao longo de uma espécie de rua
de acesso ao campo de quadribol, por onde funcionários do Ministério corriam para
cima e para baixo, cumprimentando cordialmente o Sr. Weasley ao passar. O Sr.
Weasley fazia comentários contínuos, principalmente para benefício de Harry e
Hermione; seus próprios filhos, Hydra e até mesmo Peter já conheciam bastante o
Ministério para se interessar.

- E cadê as suas invenções? – Perguntou Hydra para Fred e Jorge.

- Mamãe nos fez jogar tudo fora, você acredita? –Disse Jorge, parecendo furioso.

- Por que? – Perguntou Hydra.

- Porque ela acha perda de tempo, porque só tivemos poucos N.O.M.s, etc... – Disse
Fred, parecendo tão furioso quanto o irmão.

- Vocês conseguem fazer mais, tenho certeza – Disse Hydra, tentando confortar os
meninos.

- Se conseguirmos dinheiro para isso, vamos sim – Disse Fred, desanimado.

Finalmente Hydra viu a hora e disse que deveria voltar para sua barraca.

- Papai vai surtar se eu demorar muito tempo, mas vou tentar escapar depois do jogo
para nos vermos – Disse Hydra para os Weasleys, Hermione e Harry.

Ela andou até a sua barraca com Peter, que se assustou com toda a extravagancia.

- Eu te disse... – Comentou Hydra sem graça.

- Mas os pavões? Eu achei que você estava de brincadeira... – Disse Peter.


- São os mesmos que tem lá no jardim de casa, eu gosto deles, mas para que trazer
para o jogo? Me diz...

- Hydra, aonde você estava? – Narcisa saia da barraca furiosa, pronta para dar um
esporra na filha, mas parou ao ver Peter – Oh, você é o jovem Macmillan, certo?
Lembro de você na festa dos meus filhos ano passado – perguntou ela, com seu eterno
olhar de superioridade e nojo.

- Sim senhora, é um prazer finalmente conhecê-la – Disse Peter educado, Hydra não
pretendia que ele conhecesse seus pais, mas sabia que era tarde demais.

- Sim, igualmente, entre por favor, venha conhecer o Lúcio – Narcisa o analisava da
cabeça aos pés, mas sabia que não poderia falar mal de Peter, ele estava lindo, mesmo
vestido de trouxa, usava uma calça jeans bem alinhada e um casaco verde com uma
blusa preta (escolhidos por Hydra também)

Os dois entraram na barraca e encontraram Lúcio e Draco, sentados em poltronas


tomando chá.

- Ai está você, eu... – Lúcio falava furioso mas se calou ao ver Peter e Draco arregalou
os olhos espantado.

- Lúcio esse é o jovem Macmillan que Hydra tanto fala – Disse Narcisa.

- A, sim... Sente-se por favor – Disse Lúcio secamente apontando para uma poltrona
vazia e todos três sentaram, Hydra ao lado de Peter, preocupada com o que ele
pudesse ouvir de sua família.

- Suponho que já conheça o Draco – Disse Narcisa servindo Peter um pouco de chá e
Draco o olhou com um certo desprezo.

- Sim, nos vimos algumas vezes em Hogwarts – Peter parecia desconfortável, mas era
educado.

- Se formou esse ano, não é mesmo? – Narcisa realmente parecia querer fazer algum
esforço para manter a conversa já que Lúcio apenas olhava Peter fixamente com
superioridade.
- Sim, finalmente – Brincou Peter.

- Ele obteve todos os N.I.E.M.s que prestou e está começando o programa para
curandeiro no St. Mungo's – Disse Hydra orgulhosa olhando para Peter que corava.

- Não quis uma vaga no ministério? – Perguntou Lúcio, finalmente falando algo.

- Não, sempre quis ser curandeiro, assim como meus pais – Lúcio não falou nada, mas
torceu a boca, ele sabia que não era uma profissão ruim e não tinha muito o que falar.

- Fizemos uma grande contribuição para o hospital recentemente – Disse Lúcio,


pomposo.

- Eu fiquei sabendo e agradeço muito pela sua generosa contribuição, Senhor Malfoy, o
St. Mungo's certamente aprecia muito a sua contribuição tão importante. – Disse
Peter, muito educadamente.

Finalmente depois de um tempo de perguntas simpáticas de Narcisa, Lúcio decidiu


fazer um novo comentário.

- Meu rapaz, você sabe que a família Malfoy é uma importante família do mundo
bruxo – Dizia com o mesmo tom frio de sempre e o coração de Hydra disparou.

- PAI, NÃO! – Disse ela mas ele fez um sinal para que ela se calasse.

- Não é qualquer família que tem o privilégio de se juntar a nossa – Continuou ele,
enquanto Peter o olhava sério – Não vou mentir dizendo que tinha outros planos para
Hydra, mas, sei que os Macmillans se mantem puro sangues já tem pelo menos nove
gerações e isso é louvável –

Mais uma vez, Peter não falava nada, apenas ouvia. O coração de Hydra batia cada vez
mais forte enquanto Lúcio continuava.

– Então, contando que sua ancestral também faz parte da casa Black, a da mãe de
Hydra, minha esposa Narcisa, acho que é uma união relativamente aceitável.

Hydra ficou olhando chocada, na verdade todos da sala ficaram, Lúcio falou tudo com
o tom mais frio e sério possível, mas Hydra nunca imaginou que no final ele de fato
falaria algo positivo, por mais estranho que fosse, Narcisa esboçou um leve sorriso, ela
sempre gostava de evitar confrontos e Draco ainda olhava chocado.

- Obrigada... – Disse Peter sem graça e vermelho, sem saber muito o que dizer daquele
comentário.

- Pai, nós não estamos noivos! – Gritou Hydra.

- Não ainda, mas podem ficar e é meu dever zelar pelo bem estar e continuidade da
família, os Malfoys tem que se manter puro sangue, esperava que já soubesse disso –
Disse Lúcio.

Hydra não sabia mais o que falar, era a primeira vez que o pai de algum modo
aprovava algo que ela fazia, a sensação era estranha e completamente nova, parecia
até errado.

- Mas pai, não preciso disso...

- Preciso deixar as intenções da família claras, Hydra – Disse Lúcio, a cortando.

- Eu entendo, Senhor Malfoy e minhas intenções com a Hydra são as melhores


possíveis (que clichê, pensou Hydra nesse momento) – Disse Peter, parecendo
confiante.

- Ótimo, não imaginamos que seria menos, ela é uma menina muito especial – Disse
Narcisa, tocando na mão da filha.

- Mãe, pai, por favor, eu imploro, parem... – Disse Hydra, que nesse momento preferia
estar lutando com um trasgo e não naquele local, passando por aquela situação
constrangedora.

- Sempre tão dramática – Riu Narcisa.

No final, Lúcio ofereceu um pouco de chá para Peter, que aceitou e então, ficou
interrogando o rapaz por algumas horas sobre sua família e suas intenções de carreira.
CAPÍTULO 3

A FINAL DA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL

Depois de mais um pouco de chá e uma conversa entre Narcisa e Peter no qual Hydra
estava chocada demais para participar, Peter anunciou que precisava se retirar e
encontrar sua família para o jogo, se despediu de todos e Hydra o acompanhou até a
saída da barraca, ainda meio pálida.

- Hydra, está tudo bem? – Disse ele parado em frente à barraca.

- Meu pai aprovou algo que eu faço e eu não sei bem como me sinto quando a isso, na
verdade eu não sei se isso já aconteceu antes, talvez com algumas amizades, mas só...
– Respondeu ela sendo direta e Peter começou a gargalhar.

- Você consegue ser dramática meu amor, sua mãe tem razão quanto a isso, o que que
tem? Isso é uma coisa boa, não teremos que nos preocupar com ele nos perturbando,
você não quer isso?

- Sim – Disse ela forçando um sorriso – É claro que eu quero, só é muito estranho e
muito novo pra mim.

Ela então abraçou e beijou Peter.

- Eu te amo sua doidinha - Disse Peter em seu ouvido, Hydra retribuiu.

- Eu também te amo, se amante de doidinha- Disse ela rindo.

Ambulantes aparatavam a cada metro, trazendo bandejas e empurrando carrinhos


cheios de extraordinárias mercadorias. Havia rosetas luminosas – verdes para a
Irlanda, vermelhas para a Bulgária – que gritavam os nomes dos jogadores, chapéus
verdes cônicos enfeitados com trevos dançantes, echarpes búlgaras adornadas com
leões que rugiam de verdade, bandeiras dos dois países que tocavam os hinos
nacionais quando eram agitadas; havia miniaturas de Firebolts, que realmente
voavam, e figurinhas colecionáveis dos jogadores famosos, que andavam se exibindo
nas palmas das mãos.
- Acho que vou comprar algumas coisas – Disse Hydra e ela e Peter saíram em direção
aos ambulantes, compraram rosetas verdes para os dois, Hydra comprou também um
chapéu e Peter comprou uma miniatura de uma Firebolt para ela de presente.

– O que é isso? – Perguntou Peter indo até um carrinho atulhado de coisas que
pareciam binóculos de latão, só que eram cheios de botões estranhos.

– Onióculos – disse o vendedor pressuroso. – Você pode rever o lance... passar ele em
câmara lenta... e ver uma retrospectiva lance a lance, se precisar. Pechincha: dez
galeões um.

- Quero quatro por favor – Disse ele.

- Quatro? Perguntou Hydra.

- Sim, um para mim, um para você, um para papai e outro para Jeniffer.

- Vou comprar um para o Draco – Disse Hydra – Acho que ele vai gostar.

Mas Peter fez questão de mudar seu pedido para cinco Onióculos e deu dois para
Hydra, depois se beijaram e ela voltou para a barraca.

- Toma, o Peter te deu de presente, são onióculos, com eles você pode rever lance, ver
em câmera lenta e por aí vai. – Disse Hydra entregando o objeto para Draco que olhou
com desdém e não falou nada.

Ela depois entrou no seu quarto e guardou sua miniatura da Firebolt. Do nada, ouviu
um gongo, grave e ensurdecedor, bater em algum lugar além da floresta, olhou pela
janela e na mesma hora, lanternas verdes e vermelhas se acenderam entre as árvores,
iluminando o caminho até o campo.

- Está na hora – Gritou Lúcio da sala.

Com Lúcio na frente e Hydra, enfeitada com suas compras, todos correram para a
floresta seguindo o caminho iluminado pelas lanternas. Ouviam a algazarra de
milhares de pessoas que se movimentavam à volta deles, gritos, gargalhadas e trechos
de canções. Até que finalmente emergiram do outro lado e se viram à sombra de um
gigantesco estádio. Embora Hydra só pudesse ver partes das imensas paredes
douradas que cercavam o campo, ele podia afirmar que caberiam dentro dele, com
folga, umas dez catedrais.

- Venha, vamos até nossos lugares – Disse Lúcio.

– Lugares maravilhosos! – exclamou a bruxa do Ministério ao portão, quando verificou


as entradas deles. – Camarote de honra! Suba direto, Senhor Malfoy, o mais alto
possível. Lúcio olhou com nojo para a bruxa, como se ele fosse ficar em um local
menos do que "de primeira"

As escadas de acesso ao estádio estavam forradas com carpetes púrpura berrante. Eles
subiram com o resto da multidão, que aos poucos foi se dispersando pelas portas à
direita e à esquerda que levavam às arquibancadas. Sua família continuou subindo e
finalmente chegou ao alto da escada, onde havia um pequeno camarote, armado no
ponto mais alto do estádio e situado exatamente entre as duas balizas de ouro. Umas
vinte cadeiras douradas e púrpura tinham sido distribuídas em duas filas.

Cem mil bruxos e bruxas iam ocupando os lugares que se erguiam em vários níveis em
torno do longo campo oval. Tudo estava banhado por uma misteriosa claridade
dourada que parecia se irradiar do próprio estádio. Ali do alto, o campo parecia feito
de veludo.

De cada lado havia três aros de gol, a quinze metros de altura; do lado oposto ao que
estavam, quase ao nível dos olhos de Hydra, havia um gigantesco quadro-negro.

Palavras douradas corriam pelo quadro sem parar como se uma gigantesca mão
invisível as escrevesse e em seguida as apagasse; observando melhor, Hydra viu que o
quadro projetava anúncios no campo.

"Bluebottle: uma vassoura para toda a família – segura, confiável, equipada com
alarme antirroubo... Removedor Mágico Multiuso da Sra. Skower: sem dor nem cor!...
Trapobelo Moda Mágica – Londres, Paris, Hogsmeade..."

Então, ela viu os Weasleys, Harry e Hermione e dois outros rapazes ruivos que Hydra
não conhecia mas julgou ser os irmãos de Fred e Jorge, sentados na fileira na frente a
que estavam indo sentar, Lúcio, Narcisa e Draco os olharam com nojo, Hydra sorriu e
os cumprimentou.
– Ah, Fudge – disse o Sr. Malfoy, estendendo a mão para o ministro da Magia, ao
chegar mais próximo. – Como vai? Acho que deve se lembrar da minha mulher,
Narcisa? Nosso filho, Draco e nossa filha, Hydra?

– Como estão, como estão? – disse Fudge, sorrindo e se curvando para a Sra. Malfoy. –
E me permitam apresentar a vocês o Sr. Oblansk ("Obalonsk, senhor"), bem, o ministro
da Magia da Bulgária, e de qualquer modo ele não consegue entender nenhuma
palavra do que estou dizendo, portanto não faz diferença.

Hydra e Draco, que falaram muito búlgaro, cumprimentaram o ministro em sua língua
local.

- Fantástico, fantástico, que crianças mais bem educadas, Lúcio – Disse Fudge.

- Naturalmente – Respondeu Lúcio, dando um leve sorriso.

- E vejamos quem mais, você conhece Arthur Weasley, imagino?

Foi um momento tenso. O Sr. Weasley e Lúcio se entreolharam, os olhos de Lúcio, frios
e cinzentos, examinaram o Sr. Weasley e depois a fila em que ele estava e Hydra sorria
se divertindo com a cena.

– Meu Deus, Arthur – disse ele baixinho. – Que foi que você precisou vender para
comprar lugares no camarote de honra? Com certeza sua casa não teria rendido tudo
isso, não?

Hydra se revoltou e ia falar algo quando Fudge, que não estava prestando atenção,
comentou:

– Lúcio acabou de fazer uma generosa contribuição para o Hospital St. Mungus para
Doenças e Acidentes Mágicos. Está aqui como meu convidado.

– Que... que bom – disse o Sr. Weasley com um sorriso muito forçado.

Os olhos do de Lúcio se voltaram para Hermione, que corou de leve, mas retribuiu o
seu olhar com determinação. Os lábios de Lúcio se crisparam. Acenou a cabeça com
desdém para o Sr. Weasley e continuou a avançar em direção aos lugares vazios.
Draco lançou a Harry, Rony e Hermione um olhar de desprezo, depois se sentou entre
Lúcio e Hydra que por sua vez estava ao lado da mãe e disse com os lábios sem som
para os Weasleys "me desculpe" enquanto a família não olhava.

– Todos prontos? – perguntou ele, o rosto redondo e excitado brilhando como um


queijo holandês.

No momento, seguinte, Ludo Bagman adentrou o camarote de honra, Hydra o


conhecia de vista de um de seus aniversários.

– Ministro, podemos começar?

– Quando você quiser, Ludo – disse Fudge descontraído.

Ludo puxou a varinha, apontou-a para a própria garganta, disse "Sonorus!" e então,
sobrepondo-se à zoeira que agora enchia o estádio lotado falou; sua voz reboou,
ecoando em cada canto das arquibancadas:

"Senhoras e senhores... bem-vindos! Bem-vindos à final da quadridentíssima vigésima


segunda Copa Mundial de Quadribol!"

Os espectadores gritaram e bateram palmas. Milhares de bandeiras se agitaram,


somando seus desafinados hinos nacionais à barulheira geral.

O grande quadro-negro defronte apagou a última mensagem (Feijõezinhos de todos os


sabores Beto Botts – um risco a cada dentada!) e passou a informar BULGÁRIA: ZERO,
IRLANDA: ZERO.

"E agora, sem mais demora, vamos apresentar... os mascotes do time búlgaro!" O lado
direito das arquibancadas, que era uma massa compacta e vermelha, berrou
manifestando sua aprovação.

Hydra olhava com admiração, até que viu umas cem Veelas deslizando pelo campo, ela
não gostava de Veelas, eram mulheres lindas que deixavam os homens
completamente encantados com sua dança, sentia uma certa inveja disso.

As veelas começaram a dançar e Hydra notou que Harry estava em pé e tinha uma das
pernas passada por cima da borda do camarote. Ao lado dele, Rony estava paralisado
numa posição que dava a impressão de que ia saltar de um trampolim, Draco também
estava de pé parecendo enfeitiçado.

- Sente-se agora – Disse Lúcio nervoso.

Quando as Veelas se retiraram, gritos indignados começaram a encher o estádio. A


multidão não queria que as veelas se retirassem. Hydra só queria que elas saíssem o
mais rápido possível.

"E agora", trovejou Ludo Bagman, "por favor levantem as varinhas bem alto... para
receber os mascotes do time nacional da Irlanda!"

No instante seguinte, algo que lembrava um imenso cometa verde e ouro entrou
velozmente no estádio. Deu uma volta completa, depois se subdividiu em dois
cometas menores, que se projetaram em direção às balizas. De repente, um arco-íris
atravessou o céu do campo unindo as duas esferas luminosas.

A multidão fazia "aaaaah" e "ooooh", como se presenciasse um espetáculo de fogos de


artifício. Depois o arco-íris foi-se dissolvendo e as esferas se aproximaram e se
fundiram; tinham formado um grande trevo refulgente, que subiu em direção ao céu e
ficou pairando sobre as arquibancadas. Parecia estar deixando cair uma espécie de
chuva dourada...

Hydra gritava e aplaudia, o ministro da Magia da Bulgária parecia não gostar muito do
que via e nem Lúcio que a mandou parar diversas vezes, mas ela não ligava e
continuava gritando, quando o trevo sobrevoou o camarote, fazendo chover pesadas
moedas de ouro, que ricocheteavam nas cabeças e cadeiras. Apertando os olhos para
ver melhor o trevo, Hydra percebeu que na realidade ele era composto de milhares de
homenzinhos barbudos de colete vermelho, cada qual carregando uma minúscula luz
ouro e verde.

– Leprechauns! – ela ouviu o Sr. Weasley a frente exclamar, fazendo-se ouvir em meio
ao tumultuoso aplauso dos espectadores, muitos dos quais continuavam a disputar o
ouro e a procurá-lo por todo o lado em volta e embaixo das cadeiras.

- Não pegue, não é como se precisássemos – Disse Lúcio olhando com desdém para o
Senhor Weasley e falando com Draco e Hydra, deixando ela magoada.
O maior dos trevos se dissolveu e os leprechauns, que são duendes irlandeses, foram
descendo no lado do campo oposto ao das veelas, e se sentaram de pernas cruzadas
para assistir à partida.

"E agora, senhoras e senhores, vamos dar as boas-vindas... ao time nacional de


quadribol da Bulgária! Apresentando, por ordem de entrada... Dimitrov!"

Um vulto vermelho montado em uma vassoura, que voava tão veloz que parecia um
borrão, disparou pelo campo, vindo de uma entrada lá embaixo, sob o aplauso
frenético dos torcedores da Bulgária.

"Ivanova!" Um segundo jogador de vermelho passou zunindo.

"Zograf! Levski! Vulchanov! Volkov! Eeeeeeeee... Krum!"

– É ele, é ele! – Hydra ouviu Rony berrar, acompanhando Krum com o onióculo. Vítor
Krum era magro, moreno, de pele macilenta, com um narigão adunco e sobrancelhas
muito espessas e negras. Lembrava uma ave de rapina grande demais. Era difícil
acreditar que tivesse apenas dezoito anos.

"E agora vamos saudar... o time nacional de quadribol da Irlanda!", berrou Bagman.

"Apresentando... Connolly! Ryan! Troy! Mullet! Moran! Quigley! Eeeeeee... Lynch!"

Sete borrões entraram velozes no campo;

"E conosco, das terras distantes do Egito, o nosso juiz, o famoso bruxopresidente da
Associação Internacional de Quadribol, Hassan Mostafa!"

Um bruxo miúdo e magro, completamente careca, mas com uma bigodeira que
rivalizava com a do tio Válter, entrou em campo trajando vestes de ouro puro para
combinar com o estádio. Um apito de prata saía por baixo dos bigodes e ele sobraçava
de um lado uma grande caixa de madeira e, do outro, sua vassoura. Hydra pegou o seu
onióculo e observou com atenção Mostafa montar a vassoura e abrir a caixa com um
pontapé – quatro bolas se projetaram no ar; a goles vermelha, os dois balaços pretos e
(Hydra o viu por um brevíssimo instante antes que ele desaparecesse de vista) o
minúsculo pomo alado de ouro.
Com um silvo forte e curto do apito, Mostafa saiu pelos ares acompanhando as bolas.

"COOOOOOOOOOOMEÇOU a partida!", berrou Bagman. "É Mullet! Troy! Moran!


Dimitrov! De volta a Mullet! Troy! Levski! Moran!"

Hydra apertava o onióculo com tanta força contra os olhos que seus óculos estavam
começando a cortar a ponte do nariz. A velocidade dos jogadores era incrível – os
artilheiros jogavam a bola um para o outro tão depressa que Bagman só tinha tempo
de identificá-los. Hydra tornou a girar o botão do lado direito do onióculo para reduzir
a velocidade da imagem, apertou o botão "lance a lance" e na mesma hora estava
assistindo ao jogo em câmara lenta, enquanto letras púrpuras passavam brilhando
pelas lentes do instrumento, e o rugido da multidão martelava seus tímpanos! E depois
colocou de novo na velocidade normal.

"GOL DE TROY!", berrou Bagman, e o estádio estremeceu com o rugido dos aplausos e
vivas. "Dez a zero para a Irlanda"

Os artilheiros irlandeses eram fantásticos. Deslocavam-se em harmonia, parecendo ler


o que ia nas mentes uns dos outros, pela maneira com que se posicionavam, e a roseta
no peito de Hydra não parava de guinchar o nome deles: "Troy – Mullet – Moran!" Em
dez minutos a Irlanda marcou mais duas vezes, elevando sua vantagem para trinta a
zero e provocando uma onda de gritos e aplausos dos torcedores de verde. A partida
se tornou ainda mais rápida, porém mais brutal. Volkov e Vulchanov, os batedores
búlgaros, atiravam os balaços com bastonadas fortíssimas nos artilheiros irlandeses e
estavam começando a impedi-los de executar alguns dos seus melhores movimentos;
duas vezes eles foram obrigados a dispersar e então, finalmente, Ivanova conseguiu
passar por eles, driblar o goleiro Ryan, e marcar o primeiro gol da Bulgária.

Hydra não conseguia deixar de imaginar o quanto Olívio devia estar em algum lugar ali
saboreando cada momento dessa partida espetacular do jogo que tanto amava.

As veelas começaram a dançar comemorando o lance e Hydra se sentiu irritada


novamente.

As veelas haviam parado de dançar e a Bulgária recuperara a posse da goles.


"Dimitrov! Levski! Dimitrov! Ivanova... ah, essa não!", berrou Bagman. Cem mil bruxos
e bruxas prenderam a respiração quando os dois apanhadores, Krum e Lynch,
mergulharam no meio dos artilheiros, tão velozes que pareciam ter pulado sem
paraquedas de um avião. Harry acompanhou a descida deles com o onióculo,
apurando a vista para procurar o pomo...

No último segundo, Vítor Krum se recuperou do mergulho e se afastou em círculos.


Lynch, no entanto, bateu no chão com um baque surdo que pôde ser ouvido em todo
o estádio. Um enorme gemido subiu dos lugares ocupados pelos irlandeses

Lynch se levantou finalmente, sob ruidosos vivas dos torcedores de verde, montou a
Firebolt e deu impulso para o alto. Sua reanimação parecia ter dado à Irlanda novas
esperanças. Quando Mostafa tornou a soar o apito, os artilheiros entraram em ação
com uma destreza que não se comparava a nada que Hydra tivesse visto até então na
partida. Decorridos quinze minutos de velocidade e fúria, a Irlanda acumulara uma
vantagem de mais dez gols. Agora liderava por cento e trinta pontos a dez e a partida
estava começando a ficar mais desleal.

Quando Mullet disparou em direção às balizas mais uma vez, segurando firmemente a
goles embaixo do braço, o goleiro búlgaro, Zograf, correu ao encontro da jogadora. O
que aconteceu foi tão rápido que Harry não percebeu, mas subiu um grito de raiva da
torcida irlandesa, e o silvo longo e agudo do apito de Mostafa informou que alguém
cometera uma falta.

"E Mostafa repreende o goleiro búlgaro pelo jogo bruto... usou os cotovelos!", informa
Bagman aos espectadores que berram. "E... confirmando, é pênalti a favor da Irlanda.

Os leprechauns, que haviam levantado voo, furiosos, como um enxame de


marimbondos reluzentes, quando Mullet fora atingida, agora corriam a se juntar
formando as palavras "HA! HA! HA!". As veelas, do lado oposto do campo, levantaram-
se de um salto, sacudiram os cabelos com raiva e recomeçaram a dançar olhou para o
campo.

Hydra viu que Hassan Mostafa aterrissara bem diante das veelas dançantes, e estava
agindo de modo realmente estranho. Flexionava os músculos e alisava o bigode, muito
agitado.

"Ora, isso não é admissível!", disse Ludo Bagman, embora seu tom de voz fosse o de
quem estava achando muita graça. "Alguém aí dê um tapa nesse juiz!"
Um medibruxo entrou correndo em campo, os dedos enfiados nos ouvidos, e deu um
baita chute nas canelas de Mostafa. O juiz pareceu voltar a si; Hydra, que observava
outra vez o jogo com o onióculo, viu que Mostafa parecia extremamente constrangido
e gritava com as veelas, que tinham parado de dançar e pareciam estar se rebelando.

"E a não ser que eu muito me engane, Mostafa está de fato tentando despachar as
mascotes do time da Bulgária!", comentou Bagman.

"Aí está uma coisa que nunca vimos antes... ah, isso é capaz de dar confusão..." E deu:
os batedores búlgaros, Volkov e Vulchanov, pousaram ao lado de Mostafa e
começaram a discutir furiosamente com o juiz, gesticulando em direção aos
leprechauns, que agora formavam alegremente as palavras "HI! HI HI!". Mostafa,
porém, não se deixou impressionar com a argumentação dos búlgaros; espetou o dedo
indicador no ar, dizendo claramente a eles que voltassem ao ar e quando os jogadores
se recusaram, ele puxou dois silvos breves no apito.

"Dois pênaltis a favor da Irlanda!", gritou Bagman, ao que a torcida búlgara ululou de
raiva. "E é melhor Volkov e Vulchanov voltarem a montar as vassouras... é isso aí... e lá
vão eles... e Troy toma a goles..."

A partida agora atingira um nível de ferocidade que ultrapassava tudo que os garotos
já tinham visto. Os batedores dos dois lados jogavam sem piedade: principalmente
Volkov e Vulchanov pareciam nem ligar se os seus bastões estavam fazendo contato
com balaços ou com gente, quando os giravam violentamente no ar. Dimitrov disparou
um balaço em cima de Moran, que segurava a goles, e quase a derrubou da vassoura.

– Falta! – urraram os torcedores irlandeses em uníssono, todos de pé como uma


enorme onda verde.

"Falta!", ecoou a voz de Ludo Bagman, magicamente ampliada. "Dimitrov esfola


Moran... o jogador saiu com intenção de dar um encontrão... e tem que ser outro
pênalti... e aí vem o apito!"

Os leprechauns subiram ao ar mais uma vez e agora formaram uma gigantesca mão
que fazia um gesto muito grosseiro para as veelas. Ao verem isso, elas se
descontrolaram. Precipitaram-se pelo campo e começaram a atirar algo com o aspecto
de bolas de fogo contra os duendes irlandeses. Observando com o onióculo, Hydra viu
que elas agora não estavam nem remotamente belas. Muito ao contrário, seus rostos
começaram a se alongar para formar cabeças de aves com bicos afiados e cruéis e
irromperam asas longas e escamosas dos seus ombros...

- Ta ai como elas são quando estão com raiva – Disse ela para Draco que também
observava no onióculo

Bruxos do Ministério invadiam o campo para separar as veelas e os leprechauns, mas


sem muito sucesso; entrementes a batalha no campo não era nada comparada a que
estava ocorrendo no ar. Harry se virava para cá e para lá, espiando pelo onióculo, pois
a goles trocava de mãos com a velocidade de uma bala... "Levski – Dimitrov – Moran –
Troy – Mullet – Ivanova

– Moran de novo – Moran – É GOL DE MORAN!"

Mas a gritaria da torcida irlandesa mal conseguia abafar os gritos agudos das veelas, os
estampidos que agora vinham das varinhas dos funcionários do Ministério e os berros
furiosos dos búlgaros.

A partida recomeçou imediatamente; agora Levski estava com a posse da goles, agora
Dimitrov... O batedor irlandês Quigley levantou com violência o bastão contra um
balaço que passava e arremessou-o com toda a força contra Krum, que não se abaixou
com suficiente rapidez. O balaço atingiu-o em cheio no rosto. Ouviu-se um lamento
ensurdecedor da multidão; o nariz de Krum parecia quebrado, saía sangue para todo
lado, mas Hassan Mostafa não apitou. Distraíra-se e Harry não podia culpá- lo; uma
das veelas atirara uma mão cheia de fogo e incendiara a cauda da vassoura do juiz.

O apanhador irlandês repentinamente mergulhara e Hydra

- Ele deve ter visto o pomo – Dizia Hydra excitada para Draco.

Metade da multidão parecia ter compreendido o que estava acontecendo, a torcida


irlandesa se levantou como uma grande onda verde, animando o apanhador... mas
Krum voava na esteira dele. Como conseguia enxergar aonde ia, Harry não fazia ideia;
gotas de sangue voavam pelo ar à sua passagem, mas ele emparelhava com Lynch
agora e os dois disparavam em direção ao chão...

- Ai meu Deus, eles vão bater! – Gritou ela!


Pela segunda vez, Lynch bateu no chão com um tremendo impacto e foi
imediatamente pisoteado por uma horda de veelas raivosas.

- O Krum pegou o pomo! – Disse Draco admirado.

Krum, as vestes vermelhas tintas com o sangue que escorrera do seu nariz, tornava a
levantar voo suavemente, o punho erguido lá no alto, um brilho de ouro na mão. O
placar piscou por cima da multidão BULGÁRIA: CENTO E SESSENTA; IRLANDA: CENTO E
SETENTA, mas os torcedores não pareciam ter percebido o que acontecera. Então,
lentamente, como se um grande jumbo começasse a aquecer as turbinas, o rugido da
torcida da Irlanda foi se avolumando e explodiu em urros de alegria.

"VENCE A IRLANDA!", gritou Bagman, que, como os irlandeses, parecia estar


espantado com o inesperado desfecho da partida. "KRUM CAPTURA O POMO... MAS
VENCE A IRLANDA... Deus do céu, acho que nenhum de nós esperava uma coisa
dessas!"

Hydra tentou obervar com os onióculo o que acontecia. Os leprechauns sobrevoavam


o campo felizes e em grande velocidade, mas ele conseguiu divisar Krum, rodeado por
medibruxos. Parecia mais carrancudo que nunca e se recusava a deixar que o
limpassem. Seus colegas de time o rodeavam, sacudindo a cabeça, arrasados; um
pouco adiante, os jogadores irlandeses dançavam felizes sob a chuva de ouro que seus
mascotes faziam cair. Bandeiras se agitavam pelo estádio, o hino nacional irlandês
tocava altíssimo por todo lado; as veelas revertiam à beleza de sempre, mas pareciam
desanimadas e infelizes.

– Pom, prrigamos falentemente – disse uma voz triste na fileira de Hydra. Ela virou o
rosto para olhar; era o ministro da Magia búlgaro.

– O senhor fala a nossa língua! – exclamou Fudge indignado. – E vem me obrigando a


falar por mímica o dia inteiro!

– Pom, foi muito engraçado – disse o ministro búlgaro, encolhendo os ombros

"E enquanto o time irlandês dá a volta olímpica, ladeado pelos mascotes, a Copa
Mundial de quadribol está sendo levada para o camarote de honra!", berrou Bagman.
A visão de Hydra foi repentinamente ofuscada por uma luz branca, o camarote de
honra foi magicamente iluminado para que todos os espectadores nas arquibancadas
pudessem ver o seu interior. Apertando os olhos na direção da porta, ele viu dois
bruxos ofegantes entrarem no camarote com uma imensa taça de ouro, que foi
entregue a Cornélio Fudge, ainda muito aborrecido por ter passado o dia falando com
as mãos à toa.

"Vamos aplaudir com vontade os galantes perdedores... Bulgária!", gritou Bagman. E


pelas escadas entraram os sete jogadores derrotados. A multidão aplaudiu
manifestando o seu apreço; Hydra viu milhares e milhares de lentes de onióculo
faiscarem e lampejarem em sua direção.

Um a um, os búlgaros se acomodaram nas filas de cadeiras do camarote e Bagman


chamou-os, nome por nome, para apertarem a mão do seu ministro e depois a de
Fudge. Krum, que foi o último da fila, estava com uma aparência medonha. Seus olhos
negros se destacavam espetacularmente no rosto ensanguentado. Continuava a
segurar o pomo. Mas quando o nome de Krum foi anunciado, o estádio inteiro lhe deu
uma ovação de rachar os tímpanos. Depois foi a vez do time irlandês. Aidan Lynch veio
amparado por Moran e Connolly; a segunda colisão parecia tê-lo atordoado e seus
olhos pareciam estranhamente fora de foco. Mas ele sorriu com alegria quando Troy e
Quigley ergueram a Copa no ar e a multidão embaixo fez ouvir sua aprovação.

Finalmente, quando o time irlandês deixou o camarote para dar mais uma volta
olímpica montado nas vassouras (Aidan Lynch na garupa de Connolly, agarrado à sua
cintura e ainda sorrindo abobalhado), Bagman apontou a varinha para a própria
garganta e murmurou Quietus.

– Eles vão comentar isso durante anos – disse ele rouco –, uma reviravolta realmente
inesperada, essa... pena que não pudesse ter durado mais... ah sim... sim, devo a
vocês... quanto? Pois Fred e Jorge tinham acabado de saltar por cima de suas cadeiras
e estavam parados diante de Ludo Bagman com enormes sorrisos no rosto, as mãos
estendidas.
CAPÍTULO 4

COMENSAIS DA MORTE

- Vamos embora imediatamente – Disse Lúcio sem dar chance de Hydra falar com seus
amigos, ela acenou para eles e disse que os encontrava mais tarde.

Eles foram engolfados pela multidão que saía do estádio e regressava aos
acampamentos. O ar da noite trazia aos seus ouvidos cantorias desafinadas quando
retomavam o caminho iluminado por lanternas, os leprechauns continuavam a
sobrevoar a área em alta velocidade, rindo, tagarelando, sacudindo as lanternas.

Depois de chegar nas barracas, Hydra perguntou se podia ir encontrar Peter.

- Está muito perigoso lá fora e está tarde – Disse Narcisa

- Não, deixe ela ir – Disse Lúcio fazendo pela segunda vez Hydra se chocar
completamente.

- Tudo bem então... – Concordou Narcisa

- Você quer ir junto, Draco? – Hydra perguntou para o menino que estava sentado em
uma poltrona.

- Não, eu vou procurar o Goyle, ele está por aqui em algum lugar.

- Ok então... – Disse Hydra saindo da barraca, seu primeiro destino foi a barraca dos
Weasleys e Peter parecia saber disso já que eles se encontraram no meio do caminho.

- Está feliz pela Irlanda? – Disse ele em meio aos gritos de comemoração que ainda
ecoavam.

- Muito!

Hydra e Peter chegaram na barraca dos Weasleys e foi apresentado ao irmão mais
velho da turma, Gui Weasley, um bruxo ruivo, bonito, de cabelos compridos em um
rabo de cavalo e usava um brinco, tinha uma aparência jovem e bacana.
- Muito prazer Gui – Disse ela sorrindo e ele sorriu de volta.

- O prazer é meu, Fred e Jorge falam muito de você.

E também a um outro bruxo ruivo de rosto largo e bem-humorado, com sardas que o
fazem parecer queimado.

- Prazer, Carlinhos Weasley – Disse ele estendendo a mão para Hydra e Peter.

- Querem tomar uma xícara de chocolate? Deixei que todos tomassem uma antes de
nos deitarmos – Perguntou o Senhor Weasley.

- Aceito, não pretendia mesmo demorar – Sorriu Hydra e ela e Peter se sentaram

Logo estavam discutindo prazerosamente a partida; o Sr. Weasley se deixou envolver


por Carlinhos em uma polêmica sobre jogo bruto, e somente quando Gina caiu no
sono em cima da mesinha e derramou chocolate quente pelo chão que o pai deu um
basta nas retrospectivas verbais e insistiu que todos fossem se deitar.

- É melhor irmos Peter. – Disse Hydra sem graça.

Eles se despediram dos Weasleys e saíram em direção a sua barracas, Hydra se


despediu de Peter que a deixou em frente a sua barraca com um beijo e entrou, indo
direto para a cama, reparando que nenhum membro da família estava na sala, mas
pensou que já deviam estar dormindo.

- Acorda Hydra, acorda! – Draco estava na ponta da sua cama parecendo nervoso e a
chamando.

- O que houve? – Perguntou ela sonolenta.

- Venha, mamãe disse que temos que correr, venha logo.

Hydra se levantou assustada.

- Vão para a Floresta agora, já! – Gritou Narcisa na sala, Hydra pegou sua varinha,
vestiu um longo casaco e saiu correndo com Draco, que parecia estranhamente calmo.
- O que está acontecendo? – Perguntou Hydra para ele, tudo parecia tranquilo, apenas
algumas cantorias de vitória, mas nada demais, não estava entendendo o motivo de
toda a correria.

- Nada, só é melhor irmos para a floresta – Disse ele, ainda parecendo calmo.

Eles pararam perto de uma árvore e Hydra percebeu que o barulho no acampamento
tinha mudado. A cantoria parara. Ele ouvia gritos e um tropel de gente correndo.

À luz das poucas fogueiras que ainda ardiam, viu gente correndo para a floresta,
fugindo de alguma coisa que avançava pelo acampamento em sua direção, alguma
coisa que emitia estranhos lampejos e ruídos que lembravam tiros. Caçoadas em voz
alta, risadas e berros de bêbedos se aproximavam; depois uma forte explosão de luz
verde, que iluminou a cena.

Um grupo compacto de bruxos, que se moviam ao mesmo tempo e apontavam as


varinhas para o alto, vinha marchando pelo acampamento. Hydra apertou os olhos
para enxergá-los... não pareciam ter rostos... então ele percebeu que tinham as
cabeças encapuzadas e os rostos mascarados. No alto, pairando sobre eles no ar,
quatro figuras se debatiam, forçadas a assumir formas grotescas. Era como se os
bruxos mascarados no chão fossem titereiros e as pessoas no alto, marionetes,
movidas por cordões invisíveis que subiam das varinhas erguidas. Duas das figuras
eram muito pequenas.

Mais bruxos foram se reunindo ao grupo que marchava, riam e apontavam para os
corpos no ar. Barracas se fechavam e desabavam à medida que a multidão engrossava.
Uma ou duas vezes Hydra viu um bruxo explodir uma barraca com a varinha para
desimpedir o caminho. Outras tantas pegaram fogo. A gritaria foi se avolumando.

As pessoas no ar foram repentinamente iluminadas ao passarem sobre uma barraca


em chamas, e Hydra reconheceu uma delas – o Sr. Roberts, o gerente do
acampamento. As outras três, pelo jeito, deviam ser sua mulher e seus filhos. Um dos
arruaceiros virou a Sra. Roberts de cabeça para baixo com a varinha; a camisola dela
caiu deixando à mostra suas enormes calças; ela tentava se cobrir enquanto a multidão
embaixo dava guinchos e vaias de alegria.

Hydra queria chorar vendo a cena, se revoltou, sentiu medo, nojo, tudo junto.
- É o papai não é? – Perguntava ela nervosa para Draco – Ele é um desses homens, não
é? E você sabia, mamãe também, por isso mandou que fossemos para a floresta, não
é?

Antes que Draco pudesse responder, uma multidão assustada passou por eles, fazendo
com que eles se separassem, Hydra o perdeu completamente de vista.

- DRACO, DRACO! – Gritava ela procurando por ele mas foi levada para a floresta por
uma multidão que gritava desesperada e fugia.

Hydra olhou para trás ao alcançar outras árvores. Os manifestantes sob a família
Roberts eram mais numerosos que nunca; os garotos viram os bruxos do Ministério
tentando chegar aos bruxos encapuzados no centro, mas encontravam grande
dificuldade. Aparentemente estavam com medo de executar algum feitiço que
pudesse fazer a família Roberts despencar.

As lanternas coloridas que antes iluminavam o caminho para o estádio tinham sido
apagadas. Vultos escuros andavam perdidos entre as árvores; crianças choravam;
ecoavam gritos ansiosos e vozes cheias de pânico por todo o lado no ar frio da noite.

Uma pessoa, que ela não conseguiu ver quem era, esbarrou nela e a fez cair em uma
pedra, Hydra sentiu sua cabeça sangrando, mas estava tão nervosa que esqueceu que
naquela situação, poderia usar magia para se curar.

Ela apenas correu, foi para mais para dentro da floresta onde o som diminuiu e não
conseguia mais ver o que acontecia e se sentou no tronco de uma árvore chorando
sem parar.

"Não é possível que meu pai tenha feito uma coisa dessas" pensava ela enquanto
soluçava.

- Hydra, Hydra é você? Eu estava te procurando como um louco– Ela ouviu a voz de
Peter que estava de pijamas e casaco todo despenteado e nervoso – Você está
machucada? – Disse ele se abaixando a sua frente.

- Eu... Eu... – Hydra não conseguia parar de chorar tempo o suficiente para responder.

- Você está sangrando...


Peter observou a ferida em sua cabeça e fez um feitiço que fez com que o
sangramento parasse imediatamente.

- O que houve? – Perguntou ele, quando acabou.

Hydra o abraçou e chorou mais ainda explicando a situação. Ele se sentou ao seu lado
depois de um tempo.

- E você realmente acha que foi seu pai?

- Não só ele, mas sim, mamãe me avisou antes de tudo começar para vir para a
floresta, não pode ser uma coincidência.

Peter ficou calado sem saber o que falar por um instante, então os dois se assustaram
e viram uma coisa enorme, verde e brilhante, irrompeu do lugar escuro que os olhos
de Hydra se esforçaram para penetrar: e voou para o topo das árvores e para o céu.
Depois percebeu que era um crânio colossal, aparentemente composto por estrelas de
esmeralda e uma cobra saindo da boca como uma língua. Enquanto olhavam, o crânio
foi subindo cada vez mais alto, envolto em uma névoa de fumaça esverdeada,
recortando-se contra o céu noturno como uma nova constelação.

De repente, toda a floresta ao redor deles explodiu em gritos.

- É a marca dele, é a marca dele! – Gritava Hydra! Peter a abraçou e os dois ficaram
escondidos em um canto da árvore enquanto a multidão passava gritando.

Hydra não sabe quanto tempo passou ali, abraçados, assustados, sem reação, até as
coisas parecerem ter se acalmado.

- Vamos, eu te levo até a sua barraca – Disse Peter.

- Eu não quero, eu não quero ver meu pai, por favor não me leva para lá.– Chorou
Hydra.

- Então eu te levo para a minha barraca. – Disse ele e os dois andaram em direção a
barraca de Peter, passaram pela aglomeração e voltou ao acampamento. Tudo estava
silencioso agora; não havia sinal de bruxos mascarados, embora várias barracas
destruídas ainda fumegassem.
Eles chegaram até a barraca de Peter aonde o Senhor Macmillan e Jeniffer já
esperavam nervosos, abraçaram Peter ao verem que ele chegara bem.

- Estávamos muito preocupados – Chorou Jeniffer – Hydra, que bom que você está
bem – Disse ela a abraçando e depois abraçando Peter novamente.

- Hydra, seus pais devem estar preocupados, Peter, não é melhor leva-la até a sua
barraca? – Perguntou o Senhor Macmillan.

- Não, por favor não, eu não quero ir para lá, eu tenho certeza que meu pai é
responsável por isso, por favor Senhor Macmillan, não me faça voltar lá! – Hydra
voltara a solução sem parar, fazendo com que todos ficassem muito nervosos com a
situação.

- Tudo bem, pode entrar, mas eu vou procurar seus pais para dizer que você está aqui
e está bem, ok? Você pode dividir o quarto com a Jeniffer – Disse ele calmamente,
Hydra concordou e entrou na barraca.

Hydra ainda tremia nervosa, se sentou no sofá da barraca dos Macmillans e Peter
sentou ao seu lado acariciando seus cabelos.

- Abbas passou aqui antes e disse que o ministério está furioso, fizeram tudo isso em
cima de seus narizes – Disse Jeniffer, se sentando também.

- Ele sabe o que houve exatamente? – Perguntou Peter

- Comensais da Morte, eles acham que se tratam dos comensais que não estão em
Azkaban, como... – Ela interrompeu a fala subitamente

- Como o meu pai... – Completou Hydra, triste.

- Não sabem dizer nomes – Disse Jeniffer sem graça – Mas o Ministério acha que essa é
a ideia deles de brincadeira, você sabe, maltratar os trouxas...

Todos ficaram em silêncio.

- E a marca negra? – Perguntou Hydra – Quem fez?


- Abbas não sabia me dizer, mas achava que tinham pego o culpado, acho que amanhã
iremos descobrir – Disse Jeniffer.

Ninguém falou mais nada, Hydra ficou com o rosto afundado no ombro de Peter
chorando baixinho, ela sempre soube do ódio de seu pai pelos trouxas, sempre soube
que ele foi (e possivelmente ainda é) um comensal da morte, mas nunca tinha
experimentado a sensação disso tudo de perto antes.

Depois de um tempo, o Senhor Macmillan voltou, Jeniffer exausta já tinha ido dormir e
Hydra estava quase adormecendo nos braços de Peter no sofá. Ela deu um salto ao ver
o Senhor Macmillan entrando na barraca.

- Não foi fácil, mas eu convenci seus pais a deixarem você voltar conosco amanhã –
Disse ele sorrindo, Hydra reparou que ele trazia sua mochila nos braços – Aqui – Disse
ele dando a mochila para ela – Sua mãe mandou para você, são as suas coisas, eles me
deram instruções para levar você diretamente para casa amanhã.

- Eu não vou! – Disse Hydra decidida – Eu não volto para aquela casa nunca mais.

- Hydra – Disse Peter ainda meio sonolento levantando do sofá – Infelizmente você
ainda não é maior de idade, você vai precisar ir – Hydra caiu no choro novamente –
Mas eu prometo que no segundo que você fizer dezessete anos eu te tiro de lá, eu
prometo – Ele então a abraçou.

- Minha filha, fique calma, tente não discutir quando chegar em casa, faltam poucos
dias para o fim das férias e você vai poder ficar em Hogwarts e logo depois fará
dezessete anos e assim como Peter, saiba que eu e Mezra iremos lhe acolher com todo
coração – Hydra se emocionou tanto com as palavras de carinho do Senhor Macmillan
que voltou a chorar.

Peter serviu um pouco de chá que a acalmou e finalmente foi para o quarto de Jeniffer,
onde dormiu quase no mesmo segundo que encostou na cama.

Depois do que pareciam alguns minutos, o sol nem tinha nascido ainda e o Senhor
Macmillan acordou Hydra e Jeniffer para partirem. Todos se arrumaram, ele dobrou e
guardou a barraca com magia e seguiram juntos para fora do acampamento.
Hydra viu com tristeza o olhar desorientado do Sr. Roberts à porta de casa, com
certeza teve sua memória alterada e se sentia um pouco culpada por saber que seu pai
provavelmente era o causador de sua dor, ao menos um dos.

Eles ouviram vozes ansiosas quando se aproximaram do lugar onde estava a Chave de
Portal e, ao chegarem, encontraram numerosos bruxos e bruxas reunidos em torno de
Basílio, o guardador das Chaves de Portais, todos exigindo, em altos brados, partir do
acampamento o mais rápido possível. Hydra viu os Weasleys e se reuniram a eles
enquanto os Senhores Weasley e Macmillan tinham uma discussão com Basilio e
entravam na fila.

- Você acha que seu pai era um dos comensais da morte? – Perguntou Fred sem jeito.

- Eu acho que sim, Fred – Disse Hydra triste, estava prestes a chorar de novo e Peter
disse algo para os gêmeos e eles não fizeram mais perguntas.

Os Weasleys, Harry e Hermione partiram primeiro, em um pneu velho e logo depois


Hydra e os Macmillan conseguiram uma chave de portal em forma de uma garrafa pet
amassada e Hydra se viu em cima de uma pequena colina.

- É perto da nossa casa, vê? – Disse Peter apontando para a grande casa branca que
ficava abaixo da colina.

- Se despeçam aqui, eu vou levar Hydra para casa – Disse o Senhor Macmillan sob
protesto de todos.

- Pai, deixa ela pelo menos dormir um pouco lá em casa – Disse Jeniffer.

- Não posso, eu prometi que seria a primeira coisa que faria quando chegasse aqui,
infelizmente, eu sinto muito mesmo Hydra, espero que você saiba que não é vontade
minha, eu entendo a sua indignação e gostaria de poder acolhe-la em minha casa, mas
infelizmente, você ainda é menor de idade e fiz uma promessa aos seus pais. – Disse
ele sem jeito.

- Eu entendo... – Disse Hydra, lutando para não chorar na frente deles.


Jeniffer abraçou Hydra por alguns segundos e disse que faria de tudo para ajudá-la,
Peter a beijou, mesmo sem graça de estar na frente do pai e irmã dele e ela retribuiu,
o rapaz também prometeu que sempre estaria com ela.

- Peter, leve sua irmã para casa, eu vou aparatar com Hydra para a casa dela.

- Mas ela ainda é menor de idade – Disse Jeniffer.

- Aparatar ao meu lado não tem problema, ela não pode fazer sozinha.

Jennifer e Peter acenaram de novo para Hydra e foram em direção a casa.

- Segura firme meu braço, ok?

- Ok!

Foi tudo muito rápido, Hydra sentiu tudo girar e parecia que não iria parar nunca,
sentiu um enorme enjoo e uma sensação de seu corpo estar sendo todo remexido, em
pouco tempo, se sentindo doente de enjoada, se viu na porta da entrada do jardim de
sua casa.

- Acho melhor acompanha-la até dentro de casa – Disse o Senhor Macmillan.

Hydra andou até a entrada, segurando no braço do Senhor Macmillan, ainda se


sentindo meio tonta e sem conseguir andar sozinha direito, com certeza foi o pior tipo
de viagem que já fez.

Chegando dentro de casa, Narcisa veio correndo recebê-la, como se nada demais
tivesse acontecido.

- Minha filha, eu estava tão preocupada – Narcisa a abraçou, mas Hydra não se mexia –
Muito obrigada por ter trazido ela para casa, deseja entrar e tomar café conosco? –
Perguntou Narcisa educada ao Senhor Macmillan.

Hydra sabia que ela queria evitar uma cena na frente dele e decidiu apenas
acompanhar o teatro de sua mãe e não falar nada na frente dele, o Senhor Macmillan
não precisava saber os horrores que aconteciam naquela casa quando ninguém
olhava.
- Eu agradeço muitíssimo, mas eu preciso partir, minha esposa deve estar muito
preocupada, só vim acompanhar Hydra.

- Qualquer dia então – Sorriu Narcisa forçadamente.

- Com toda certeza. Até mais Hydra, se cuide. – Sorriu ele e abraçou Hydra – Se eles
fizerem algo, me mande uma coruja imediatamente – Disse o Senhor Macmillan,
baixinho em seu ouvido, deixando Hydra muito confusa e sem ação.

- Senhora Malfoy – Disse acenando e aparatou assim que saiu da casa.

- Eu vou para o meu quarto – Disse Hydra, sem olhar a mãe nos olhos e tremendo. – E
eu não quero por favor ter que ver nenhum de vocês até chegar o dia de ir para
Hogwarts.

- Você vai fazer o que eu quiser que faça – Disse Lúcio, que chegava na sala, com seu
olhar pomposo de soberba e de frieza cinza.

- Você fez aquilo! Você fez aquilo com aquela pobre família! Você conjurou a marca
negra! – Gritava Hydra descontrolada, perdera qualquer senso de preservação que
tinha, qualquer medo, apenas gritava como uma louca, indo para cima de seu pai.

- Eu não conjurei nada, mas sim, me diverti com aqueles trouxas nojentos, é para isso
que eles servem. – O brilho cruel nos olhos de Lúcio era assustador.

- Que tipo de monstro você é? – Gritou Hydra novamente.

- Se você não se calar imediatamente... – Disse ele com ódio e foi interrompido por
Hydra.

- Você vai fazer o que? Me dar outra cicatriz? – Hydra disse isso puxando o vestido que
usava para cima e mostrando uma cicatriz branca na altura da lombar. Narcisa colocou
a mão na boca e Lúcio parecia ainda mais nervoso.

- Você trouxe isso em si mesma, se comporte imediatamente! – Disse ele, agora


também gritando.
- Eu tinha sete anos! Sete anos e você me deu essa cicatriz mágica e quase me deu
outra a dois anos atrás, assume sua culpa, assume que você é um covarde que gosta
de se aproveitar de quem é mais fraco que você! – Lúcio ficou vermelho de fúria e
Narcisa chorava desesperada.

Hydra viu Lúcio levantando a varinha, mas Narcisa se colocou na frente da filha.

- NÃO LÚCIO! ELA É NOSSA FILHA!– Gritou ela – DESSA VEZ NÃO, DEIXA ELA IR, POR
FAVOR.

- Ela precisa aprender uma lição! – Lúcio conjurou um feitiço o qual fez o corpo de
Hydra se esticar dolorosamente.

- LÚCIO, PARA, PELO AMOR DE DEUS, PARA! – Gritava e chorava Narcisa.

- ictus – Gritou Lúcio, apontando a varinha para filha.

No mesmo momento, Hydra sentiu dores em várias partes do corpo, era como se
várias mãos a batessem, marcas roxas apareceram por várias partes.

- NÃO, LÚCIO, CHEGA, CHEGA! – Gritava Naricisa, se colocando na frente dele.

As dores continuaram, Hydra gritava, chorava e se debatia.

- Expelliarmus – Gritou Narcisa, finalmente desarmando o marido, que olhava para ela
com grande fúria, por um momento, Hydra, deitada no chão, achou que Lúcio iria fazer
algo contra ela.

- Suba, Hydra, suba imediatamente – Disse Narcisa.

No começo, ela não conseguia se mexer, ainda sentia muitas dores e estava muito
confusa, com medo de Lúcio fazer alguma coisa contra a sua mãe.

- SUBA AGORA, HYDRA! – Gritou Narcisa.

Hydra levantou, ainda cambaleando, subiu para o quarto o mais rápido que pôde e se
trancou lá, com medo, dor, ódio, tudo misturado.
Se jogou na cama, colocou o travesseiro em cima da cabeça e começou a gritar e
chorar, seu som foi abafado pelo macio travesseiro branco, se sentia impotente,
covarde, por que não revidara dessa vez? Por que apenas deixara acontecer
novamente? Por que estava naquele lugar?

Hydra ouviu uma gritaria no andar de baixo, se perguntava aonde estaria Draco, se ele
estaria ouvindo tudo isso e só escolheu não fazer nada ou apenas não estava em casa,
o que parecia estranho para ela.

A menina levantou da cama, tirou seu vestido e se olhou no espelho, marcas roxas se
espalhavam por todo seu corpo, ela pensou em preparar uma poção para diminuí-las,
mesmo arriscando receber uma notificação do ministério, mas preferiu não, iria usar
essas marcas como um reflexo do que Lúcio verdadeiramente era para ela.

Depois de um tempo, novamente deitada, finalmente adormeceu.

- Filha, acorda – Hydra abriu os olhos e viu Narcisa sentada ao lado da sua cama com os
olhos inchados e vermelhos.

- Mãe, me deixa em paz por favor, por favor, é tudo que eu peço.– Pediu Hydra
sonolenta.

- Eu conversei com o seu pai, ele acha melhor que você passe o resto das férias em
outro lugar. –Narcisa falou calmamente, como sempre, agindo, ou fingindo como se
nada tivesse acontecido. Hydra levantou a cabeça nesse momento.

- Vocês vão me deixar ir embora? – Perguntou ela esperançosa.

- Não embora, viajar, você pode ir para a casa de uma das suas amigas na França como
costumava fazer.

- Eu quero ficar com o Peter – Disse Hydra.

Narcisa respirou fundo e respondeu.

- Tudo bem, eu vou mandar uma coruja aos Macmillans pedindo se podem lhe receber
pelo resto das férias , mas Hydra, é só isso você terá que voltar nos feriados como
sempre, eu só acho que você e seu pai precisam de um tempo afastados.
- Um tempo afastados... – Repetiu Hydra.

- Ele não tinha a intenção, Hydra – Disse Narcisa, vendo as manchas roxas no corpo de
Hydra.

- Ele nunca tem...

- Mas ele não tinha mesmo, ele só perdeu o controle, acredite – Narcisa mais uma vez,
quase chorava.

- Não, mãe, não tente defender ele, de novo não, por favor... Eu já estou cheia, farta
disso, completamente farta disso, só me deixa ir em paz – Disse Hydra, se levantando.

- É melhor esconder isso... Eu sei uma poção que...

- NÃO! – Disse Hydra, vendo que Narcisa olhava para sua manchas roxas no corpo – Eu
não vou falar nada para eles, mas elas ficam.

Era mentira, Hydra iria falar, mas sabia que se a mãe soubesse, não a deixaria partir,
queria evitar um escândalo.

- Pelo menos o seu rosto está intacto – Disse Narcisa, levantando e acariciando as
bochechas da filha.

- Aonde está o Draco, mamãe? Aonde ele estava ontem de noite? – Perguntou Hydra,
afastando as mãos da mãe.

- Na casa de um amigo, Goyle eu acho, ou Crabbe...

"Pelo menos ele não viu, ele não ignorou, apenas não viu..." Pensava Hydra.

- Obrigada por ter parado ele de verdade dessa vez – Disse Hydra, antes de sumir em
seu banheiro.
CAPÍTULO 5

SEGREDOS DO PASSADO

Hydra separou todas as coisas para as férias e o ano em Hogwarts em seu malão,
deixou Lydra pronta na gaiola e se arrumou antes mesmo da resposta dos Macmillans,
só queria saber de sair daquela casa o mais rápido possível. Narcisa voltou com a
resposta algumas horas depois dizendo que os Macmilans a receberiam com muito
gosto e que já estavam esperando por ela hoje mesmo.

- Você vai por Flu – Disse Narcisa chorosa.

- Mãe, você não precisa seguir o papai em tudo, você sabe disso, não é? Você pode ir
embora também.

- Não diga bobagens Hydra – Disse Narcisa se virando e saindo do quarto, antes
apontou a varinha para o malão de Hydra e esse flutuava atrás dela enquanto seguia
para a sala de jantar, Hydra seguiu com a gaiola de Lydra.

Chegaram a sala de jantar e ela se acomodou com suas coisas dentro da lareira.

- Feliz aniversário Hydra. – Chorou Narcisa, a abraçando e entregando o pó de Flu – Eu


sei que já passou, mas ainda assim...

- Obrigada mamãe. – Hydra sentiu lágrimas nos olhos, pegou o pó de Flu e tacou na
lareira, as chamas verdes surgiram e ela disse "casa dos Macmillans". Depois da
habitual viagem desconfortável, Hydra se viu dianta da mesma sala que esteve no ano
anterior e algumas vezes depois, saiu levando o malão e a gaiola de Lydra e logo a
Senhora Macmillan veio recepcioná-la.

- Minha filha, seja bem vinda – Disse ela abraçando Hydra – Estamos muito felizes em
ter você aqui.

- Hydra – Peter veio correndo a abraçar – Eu disse que queria que você ficasse na
minha casa, mas meus pais não deixaram – Disse ele baixinho – Então eu vou passar o
verão aqui com você no meu velho quarto.

- E ela irá passar no quarto da Jeniffer – Disse a Senhora Macmillan alto.


- Eu sei mãe...

- Venha, deixe-me levar suas coisas para lá – Disse a Senhora Macmillan usando o
mesmo feitiço que Narcisa para fazer seu malão flutuar – Peter, leve a coruja dela para
junto da nossa.

Peter levou Lydra para a varanda e Hydra seguiu a Senhora Macmillan por uma das
portas de madeira, subiram uma escada em espiral e chegaram a um grande corredor
branco com vários retratos que se mexiam e cochichavam enquanto ela passava, elas
pararam na terceiro porta de madeira a direita.

- Jeniffer, estou entrando com a Hydra – Anunciou a Senhora Macmillan e a porta se


abriu.

Jeniffer a recebeu com um abraço, seu quarto era grande e todo rosa, inclusive os
móveis que eram de um tom mais escuro que as paredes e o teto, nas paredes alguns
posteres da Grifinória e da banda "As esquisitonas", também viu duas camas quase
idênticas, assumiu que uma delas fora posta lá para que ela pudesse dormir.

- Temos um quarto de visitas, mas está cheio de entulhos – Disse a Senhora Macmillan
deixando o malão de Hydra do lado da segunda cama – Então achamos melhor você
dormir aqui.

- Está perfeito, só espero não te incomodar Jeniffer.

- De jeito nenhum! Eu sempre quis ter uma irmã – Brincou.

- Lance foi para o St. Mungo's, nenhuma pessoas ficou ferida ontem, graças a Deus,
mas tivemos vários casos de surtos nervosos, eu tenho que ir em breve, Jeniffer vai
servir o almoço para vocês e o treinamento do Peter só começa em Setembro, então
você ficará em boa companhia – Disse a Senhora Macmillan sorrindo.

Hydra notou uma cópia do profeta diário na cama de Jeniffer, a manchete dizia:

"CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL"

Completa com uma foto em preto e branco da Marca Negra cintilando sobre as copas
das árvores.
- Já deixei sua coruja no corujal lá fora junto com as nossas. – Disse Peter entrando no
quarto.

- Eu acho melhor eu me apressar e ir para o St. Mungo's, não deve estar nada fácil lá,
Hydra querida, se sinta em casa – A Senhora Macmillan então se virou e sumiu pelo
corredor.

- Você está bem? – Perguntou Peter

- Estou só cansada, eu tive uma discussão feia com papai quando cheguei em casa... –
Disse Hydra sentando na sua cama, perdera toda coragem de contar o que aconteceu
na noite anterior.

- A gente imaginou, para sua mãe chegar ao ponto de pedir para você vir para cá... –
Disse Jeniffer sentada na cama ao lado, ela sorriu ao olhar para Peter – Você não
precisa dormir aqui, eu acoberto para vocês – Disse dando uma piscadinha e Hydra
deu uma gargalhada.

- Você não parece bem, Hydra – Disse Peter, observando seu rosto – Tem alguma coisa
errada, não tem?

- Meu pai fez tudo aquilo lá na Copa e...

- Não, não é isso, Hydra, o que houve? – Pressionou Peter.

Hydra não conseguiu falar nada, apenas chorar.

- Pelo amor de Deus, Hydra, o que houve? – Perguntou Jeniffer.

Hydra sentiu os braços de Peter ao seu redor e Jeniffer pegando suas mãos ao seu
lado.

- Nos fala, por favor, o que ele fez com você? O que seu pai fez? Ou sua mãe? –
Perguntou Peter.

Finalmente, reunindo coragem, Hydra levantou as mangas das vestes, mostrando as


marcas roxas no braço. O rosto de Jeniffer ficou tão branco que a assustou, mas nada
se comparava ao de Peter, que oscilava entre branco e vermelho.
- Aonde? Aonde mais? – Perguntou ele, parecendo se controlar muito para não
quebrar algo.

- No corpo todo... – Disse Hydra sem graça.

- Me mostra – Disse Peter, agora ainda mais vermelho.

Hydra mostrou as marcas para ele e Jeniffer, se sentindo casa vez mais envergonhada,
fraca, culpada, de alguma forma, parecia que ela provocara aquilo, ao menos, era o
que seu pai sempre dizia.

- Aquele... Eu vou... EU VOU... – Peter levantou, correndo, deu um soco tão forte na
parede que deixou uma marca e teve que usar um feitiço para ajeitar o osso, que havia
sido lesionado.

- Peter, para, você só está deixando a Hydra mais assustada – Disse Jeniffer, segurando
o irmão.

Peter estava transtornado, seu rosto e corpo estavam de um vermelho forte, seus
olhos estavam em chamas, realmente, era assustador e reconfortante, de certa forma.

Peter respirou fundo, sua irmã ainda o segurava, branca, em choque... Hydra assistia
tudo calada, sentada na cama que tinha sido preparada para ela. Ele finalmente
recuperou a cor normal do corpo e rosto e se virou para ela.

- Vamos denunciar seu pai, o Ministério, eles vão ter que fazer alguma coisa...

- O que, Peter? Eu não tenho parentes próximos que eu possa ficar, todos estão presos
em Azakaban ou mortos até onde eu saiba, meu pai tem dinheiro e amigos, ele não vai
ser prejudicado, eu vou sair como a maluca da história – Disse Hydra.

- ELE NÃO PODE FICAR IMPUNE COM TUDO! – Gritou Peter.

- Peter, para! Você está deixando ela ainda mais nervosa... – Disse Jeniffer, ao seu lado.

- Ele não vai, eu vou embora de lá ano que vem e ai...

- E ai ele vai continuar impune – Disse Peter, sentando ao seu lado.


- Por favor, Peter, eu não quero mais falar sobre isso, não agora... – Disse Hydra, se
sentindo exausta.

- Não, Hydra, você não pode...

- Peter, depois! – Disse Jeniffer, ríspida.

- Ok, vamos comer, depois você precisa dormir um pouco, mais tarde nós conversamos
então – Disse Peter sem graça.

Os três seguiram para a sala de jantar, aonde Hydra ajudou Jeniffer e Peter a servirem
uma deliciosa refeição de peito de frango e purê de batata, ela não sabia o quanto
estava com fome até aquele momento, onde se serviu três vezes.

- Você está se sentindo melhor? – Perguntou Peter.

- Sim, apenas cansada...

Depois de ajudar tirar o almoço, Hydra seguiu com Peter para o seu quarto, as paredes
eram claras e tinha um pôster da Corvinal, várias fotos espalhadas de amigos e suas
com Hydra, sua cama era grande com lençois brancos. Hydra estava tão cansada que
apenas deitou e dormiu, abraçada ao Peter.

Ela acordou já de noite.

- A gente pode ir ver a minha casa amanhã – Disse ele sorrindo, deitado a seu lado.

Peter e Hydra desceram, se juntaram a Jeniffer, que estava sentada na sala lendo.

- Você está melhor? – Perguntou Jeniffer.

- Sim... – Respondeu Hydra, sentando em uma poltrona, com Peter ao seu lado.

- Eu vou pegar uma poção Hydra, para essas manchas... – Disse Peter.

- Eu quero que elas fiquem mais um pouco – Disse Hydra -, elas me lembram o
monstro que eu tenho em casa.
Novamente, Peter ficou de uma cor vermelha forte, mas se controlou melhor dessa
vez.

- Você pode nos contar o que houve? – Pediu ele.

Hydra se viu contando tudo o que aconteceu, naquela vez, na vez em Hogwarts, em
sua casa quando criança... No final, Jeniffer tinha lágrimas nos olhos, tentando
disfarçar e Peter continuava muito vermelho.

- Quantas vezes? – Perguntou Peter.

- Quantas vezes o que? – Perguntou Hydra, já sabendo do que se tratava.

- Quantas vezes ele usou feitiços contra você?

- Eu não...

- Hydra, você sempre foi muito corajosa, por favor, coragem agora...

- Minha mãe, meus amigos, meu irmão, todos pensam que foram somente essas
vezes... – Disse ela sem graça.

- Mas na verdade? – Perguntou Peter, parecendo cada vez mais nervoso e no ponto de
ficar fora de controle.

- Sete...

- SETE? – Perguntaram Jeniffer e Peter, ao mesmo tempo, chocados.

- Sete – Confirmou Hydra – Uma quando eu tinha sete anos, outra quando eu tinha
nove ou dez, outra quando eu tinha onze, outra quando eu tinha doze, as duas nas
férias, outra quando eu tinha treze, outra ano retrasado e outra ontem...

- E por que? – Perguntou Jeniffer, com a mão na boca, em choque.

- Porque eu respondi a ele, porque eu falei que não concordava com o que ele fazia, os
motivos variavam, mas era sempre minha culpa, segundo ele pelo menos e sempre
não iria acontecer novamente...
- Você viveu a sua vida toda sendo machucada pelo seu pai? – Perguntou Jeniffer.

- Praticamente – Respondeu Hydra, desejando do fundo do coração não pensar


naquilo.

- E sua mãe? – Perguntou Peter, sentado ao seu lado, apertando as mãos em forma de
punho.

- Ela não sabia da maioria, as que ela viu, tentou intervir, como ontem, mas ela sempre
acha que o papai perdeu a cabeça e está arrependido – Disse Hydra, calmamente.

- E você nunca denunciou ele, nada? Por que, Hydra? Você sempre foi tão corajosa –
Disse Peter.

- Porque ele me ameaçava, sempre ameaçou, eu preciso esperar, só falta um ano e eu


vou ser livre – Disse Hydra, um pouco desesperada.

- Você precisa contar para alguém, Hydra, um adulto! – Disse Jeniffer.

- Não, por enquanto não, por favor...

Os dois tentaram insistir no assunto, mas Hydra decidiu não dar mais respostas, não
queria mais pensar naquilo, apenas esquecer pelo dia.

- Eu só queria te proteger, é horrível que eu não possa, que você não deixe – Disse
Peter.

- Eu preciso proteger a mim mesma – Respondeu Hydra, acariciando seu rosto.

O Senhor e a Senhora Macmillan se juntaram a eles no jantar, finalmente Hydra


conseguiu tirar a cabeça de todas as coisas horríveis do último dia, Jeniffer e Peter
cumpriram a promessa e não falaram nada para os pais.

- Ainda temos muito trabalho amanhã. – Comentou o Senhor Macmillan tomando um


gole de café que fora servido – Mas pensei que Peter poderia levar você e Jeniffer para
comprar o material de Hogwarts no Beco Diagonal, o que acham?
- Ótima ideia, eu preciso mesmo comprar meus livros – Disse Jennifer – Hydra, quais
aulas faremos juntas esse semestre?

- Bom, eu vou cursar Poções, Defesa-Contra-As-Artes-Das-Trevas, Transfiguração,


Feitiços, Herbologia e abriu uma turma de Alquimia, então eu me inscrevi também,
fiquei muito feliz, eu decidi abandonar Runas antigas, astronomia, Trato de criaturas
mágicas e História da magia e me aconselharam a não continuar com Estudo dos
Trouxas porque seria muita coisa para nível N.I.E.M e você?

- Eu vou cursar Runas antigas, Defesa-Contra-As-Artes-Das-Trevas, Transfiguração,


História da magia e Feitiços, então acho que teremos pelo menos três aulas juntas. –
Disse Jeniffer animada.

- Eu tenho medo de ninguém cursar poções comigo. – Disse Hydra desanimada

- A Laura eu acho que vai, ela foi a única da Grifinória junto com você que tirou O e
conseguiu entrar para a turma do Snape pelo que fiquei sabendo – Disse Jeniffer – E
seus amigos, já sabem o que vão cursar?

- Fred e Jorge receberam três N.O.M.s cada, acho que vão fazer somente, eu acho que
vai ser Adivinhação, Feitiços e Defesa-Contra-As-Artes-Das-Trevas, ou transfiguração,
não tenho certeza, a Angelina e Alicia não sei ainda.

- Só três N.O.M.s? – Perguntou Peter surpreso.

- Eles não ligam muito para isso, começaram um negócio novo, Gemialidades Weasley,
eles inventaram um monte de brincadeiras novas, estão bem animados.

- Bem, nem todos querem seguir carreiras iguais, isso é verdade – Disse o Senhor
Macmillan admirado. – Mas imagino que o Arthur e a Molly não devam estar felizes
com isso.

- Não mesmo, pelo menos a Senhora Weasley não, mas aqueles dois não tem jeito... –
Brincou Hydra.

Depois do jantar, Hydra foi se deitar no quarto de Jeniffer mas mudou para o quarto
de Peter depois que os Senhores Macmillan foram dormir.
- Amanhã podemos ir cedo no Beco Diagonal e depois se você quiser, podemos visitar
o Fred e o Jorge, sei que isso iria lhe animar – Disse Peter.

- Com certeza vai – Disse Hydra beijando Peter – Mas talvez o Senhor Weasley esteja
muito ocupado com tudo que está acontecendo no Ministério por causa do... – Hydra
fez uma pausa e engoliu a seco – Por causa da Copa do mundo, eu vou enviar uma
coruja perguntando o que ele acha amanhã de manhã antes de irmos.

- Você vai contar para eles? – Perguntou Peter.

- Não sei, eu acho que não...

- Eles não são seus melhores amigos?

- Sim, mas do que adianta contar? Só vai deixar eles com raiva, assim como você
ficou...

- Adianta saber que seus amigos estarão lá para você e que esse idiota do seu pai não
vai poder fazer nada sem a gente saber – Disse Peter, acariciando seu rosto – Acredite,
se eu pudesse, machucaria ele nesse momento.

- E você se tornaria igual a ele, esquece isso, por favor...

- Eu não consigo – Disse ele, olhando com tristeza para suas manchas roxas.

- Acho melhor pegarmos aquela poção para tirar essas coisas agora... – Disse Hydra.

No dia seguinte, Hydra enviou uma coruja para Fred e Jorge antes de partir para o
Beco Diagonal com Jeniffer e Peter.

- Eu realmente não vejo a hora de ter dezessete anos e poder aparatar – Disse Jeniffer
quando entrava na lareira para viajar por Flu.

- Não parece ser tão bom quanto dizem – Disse Hydra lembrando da aparatação com o
Senhor Macmillan e da horrível sensação que teve.

- Fica fácil depois de um tempo – Brincou Peter.


No Beco Diagonal, Hydra foi direto até a Floreios e Borrões, aonde comprou com
Jeniffer todos os livros que precisavam, depois foi até a Sorveteria Florean Fortescue
aonde os três ficaram sentados nas mesas da calçada e Hydra leu o Profeta Diário.

"CAOS NO MINISTÉRIO, FALTA DE SEGURANÇA DEIXA CENTENAS NO PREJUÍZO"

- Essa Rita Skeeter ama aumentar os fatos, papai nunca gostou dela – Comentou Peter
vendo a manchete.

- Mas verdade seja dita, não dá para entender como deixaram que acontecesse tudo
aquilo embaixo do nariz do Ministério – Disse Jeniffer

- É, eu nunca imaginei que o papai e os amigos idiotas dele teriam essa coragem, devo
confessar – Hydra de novo ficava triste e distante quando falava do assunto, então
Peter rapidamente mudou o tópico.

- E suas amigas Francesas, Hydra, elas não mandaram notícias?

- Sim, elas me mandam cartas toda semana, elas disseram que tem uma grande
surpresa para mim, mas até agora não sei o que é.

- Vai ver elas vão te visitar antes do final das férias – Disse Jeniffer

- É, talvez...

- Hydra, você notou na nossa lista que eles pediram Vestes formais? – Perguntou
Jeniffer mostrando o pedaço de papel de Hogwarts.

- Sim, na verdade eu já separei umas três opções no meu malão antes de sair de casa,
só não sei o porquê, se quiser olhar uma das minhas para ver se gosta...

- Não precisa, vamos na Madame Malkin que eu encomendo uma.

Hydra, Peter e Jeniffer voltaram para a casa na hora do almoço carregados de


compras, a Senhora e o Senhor Macmillan ainda estavam no trabalho, então Jeniffer e
Peter foram preparar a comida enquanto Hydra tentava ajudar.
- Eu sinceramente nunca aprendi nenhum feitiço doméstico, eu preciso aprender tudo
isso. – Disse ela enquanto via Peter apontando a varinha e fazendo legumes se picarem
sozinho.

- Nós aprendemos aos poucos, eu ainda não posso usar magia para cozinhar, então eu
e Peter aprendemos do jeito tradicional, mas mamãe sempre foi nos mostrando alguns
feitiços utei.s – Disse Jeniffer que fervia água em uma grande panela.

- Eu tive que aprender assim que fiz dezessete anos, ainda mais agora morando
sozinho. – Sorriu Peter – Mas você não precisa se preocupar, eu te ensino quando
chegar a hora.

- A hora de você virar a Senhora Macmillan – Brincou Jeniffer rindo.

Hydra realmente sempre se achara muito nova para todo tipo de assunto de
casamento, mas a cada dia, via que viver com Peter depois de se formar em Hogwarts
seria o caminho mais provável, apesar de ainda parecer tão distante.

- Calma Hydra, eu estava só brincando – Disse Jeniffer notando o silêncio de Hydra.

- Eu sei – Sorriu ela – Eu estava viajando aqui nos meus pensamentos, não se
preocupe.

Os três prepararam o almoço e enquanto comiam, Lydra chegou com a resposta dos
Weasleys.

"Querida Palerma,

Nos espanta que você ainda ache que tenha que perguntar se pode nos visitar, papai e
Percy realmente estão enfurnados dentro do Ministério, mas estamos aqui em casa
planejando uma partida de quadribol que precisa desesperadamente de uma goleira,
hoje de tarde.

Esperamos vocês,

Fred e Jorge Weasley"

Hydra sorriu com a resposta.


- Você se importa de ir sozinha? – Sorriu Peter – Eu recebi uma coruja do St Mungos
enquanto estávamos preparando o almoço dizendo que preciso fazer uma inspeção
hoje, a não ser que a Jeniffer queira ir com você.

- Eu combinei de encontrar o Abbas daqui a pouco, ele finalmente conseguiu alguns


minutos fora do Ministério pra me ver – Respondeu Jeniffer rapidamente.

- Eu não me importo de ir sozinha, não se preocupem.


CAPÍTULO 6

QUADRIBOL NA TOCA

Depois do almoço, Peter se despediu e aparatou na porta de casa direto para o St.
Mungos, Hydra foi por Flu para a Toca, levando sua nimbus 2001.

Chegando lá, foi recebida com um forte abraço pela Senhora Weasley.

- Minha querida, que bom que você veio – Disse ela enquanto abraçava a menina – As
crianças estão todas no quintal te esperando.

Hydra se dirigiu ao pomar da casa dos Weasleys, aonde os gêmeos correram para seu
encontro.

- Veio sozinha? – Perguntou Fred a abraçando.

- Sim, Peter teve que ir ao St. Mungo's.

- E que bom que trouxe a vassoura, será a goleira do nosso time – Sorriu Jorge.

Hydra foi com os gêmeos em direção ao resto dos irmãos Weasley e Harry Potter,
Hermione estava por perto sentada observando, Hydra comprimento a todos, não
podia deixar de notar como o irmão mais velho de Fred e Jorge, Gui, era bonito,
quando o rapaz foi falar com ela.

- Eu soube que você é uma ótima goleira – Disse Gui sorrindo.

- Ótima eu não sei, mas goleira eu sou. – Brincou Hydra.

- Ótimo, você é do nosso time então. – Disse Gui.

Hydra se divertiu muito a tarde inteira jogando Quadribol com os Weasleys, o


Carlinhos Weasley e Harry Potter se mostraram dois incríveis apanhadores e Hydra era
bem melhor goleira que o pobre Rony, apesar de ela não querer se gabar disso.

- VAMOS, VAMOS GANHAR! – Gritava Carlinhos para o time dele.


- Seu irmão realmente mostra porque é uma lenda em Hogwarts – Disse Hydra para
Fred e Jorge, sobre Carlinhos Weasley.

- Ele é ok – Brincou Jorge.

Depois do time de Gui, Jorge e Hydra ganhar, finalmente estavam todos cansados das
partidas.

- Entrem, vamos jantar. – Gritou a Senhora Weasley quando já era noite.

Todos entraram e Hydra teve um dos deliciosos jantares que só a Senhora Weasley
sabia fazer, apesar de tanto em sua casa como na dos Macmillan ter muito mais
conforto que nos Weasleys, algo na casa dos Weasleys era extremamente convidativo.

Depois do jantar, Fred e Jorge chamaram Hydra para um canto da sala onde sentaram
em três poltronas.

- Aqui, olha nosso formulário de encomendas – Disse Fred entregando um formulário


das "Gemialidades Weasley" – Mamãe nos fez jogar fora tudo que tínhamos feito, mas
estamos fazendo novos.

- Ficou muito bom – Disse Hydra baixinho – Eu preparei uma poção que acho que vai
ajudar muito o efeito do chiclete de vômito, mas é melhor falarmos disso depois, não
quero que sua mãe saiba que eu estou ajudando.

- Não se preocupe, ela acha que você é uma boa influência para nós. – Brincou Jorge
rindo.

- Mas eu sou! – Brincou Hydra

O resto dos irmãos Weasleys se juntaram a eles na sala junto com Harry Potter e
Hermione, a sala parecia minúscula com tanta gente.

- Meus irmãos disseram que você é uma Malfoy, mas eu achei difícil de acreditar que
uma Malfoy estivesse aqui na toca – Brincou Gui sentado ao lado de Carlinhos que
também ria.
- Infelizmente é verdade, apesar de não ser escolha minha, acredite. – Brincou e todos
riram.

- A Bellatrix... Não fica assim – Disse Fred rindo e Hydra deu um tapinha no seu ombro.

- Bellatrix? – Perguntou Harry Potter curioso.

- É meu nome do meio e o nome da minha detestada tia, eu cometi o erro de dizer isso
para eles e agora me arrependo amargamente... – Todos riram novamente.

- Bellatrix Lestrange é um nome horrível para comparar uma mocinha tão doce – Disse
a Senhora Weasley entrando na sala sendo simpática com Hydra como sempre e
deixando Hydra muito vermelha.

- Eu já li esse nome em algum lugar. – Disse Hermione

- Você já leu tudo em algum lugar. – Retrucou Rony deixando Hermione raivosa.

- Ela foi uma grande seguidora de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, está em


Azkaban agora – Disse Hydra com ressentimento, não lembrava o porquê de tanto
desprezo pela tia, só sabia que sentia.

- Sim, de fato os Lestrange estão presos e causaram grandes estragos – Disse a


Senhora Weasley sem graça.

- Uau, que família sensacional a sua, primeiro o Lúcio Malfoy, depois Sirius Black e
agora Bellatrix Lestrange, você tem algum parente que não seja um vilão malvado? –
Perguntou Jorge brincando, Hydra ficou mais vermelha ainda de vergonha e a Senhora
Weasley o repreendeu pela brincadeira sem graça.

- Não é culpa da menina o que a família dela fez ou deixou de fazer – Disse ela furiosa.

- Eu só estou brincando, a Hydra sabe disso!

- Sim, Senhora Weasley, eu já estou acostumada com esses dois – Sorriu Hydra

- Hydra, eu fiquei de te perguntar, o que você está fazendo na casa dos Macmillan? –
Perguntou Fred e todos prestaram atenção, Hydra ficou branca.
- Eu, eu briguei com meu pai – Gaguejou Hydra – Ontem quando eu cheguei da Copa
então minha mãe achou melhor eu passar o resto dar férias em outro lugar.

- Brigou por que? – Perguntou Jorge, mas a Senhora Weasley disse que ele estava
sendo muito indelicada e que não era da conta dele. Hydra se sentiu extremamente
agradecida, apesar do olhar de todos dizer que já sabiam o motivo.

- Ele te machucou de novo? – Perguntou Fred preocupado de verdade.

- Machucar? Machucar? Que bobagem, ele não machucaria a própria filha – Disse a
Senhora Weasley chocada e sem graça.

Hydra não respondeu nada, apenas olhou para o chão, sinceramente preferia não falar
sobre isso na frente de todos, inclusive os irmãos de Fred e Jorge que ela não conhecia
direitol.

– AI MEU DEUS AQUELE MONSTRO! – Gritou a Senhora Weasley de repente pulando


da poltrona e abraçando Hydra, que ficou completamente sem reação, assim como
todos na sala.

- O que ele fez com você? Me conte por favor!! – Dizia ela com lágrimas nos olhos
segurando Hydra pelos braços.

- Mãe, deixa ela – Disse Gui a puxando para longe.

- Isso é um absurdo, um pai machucar a própria filha! Eu sabia que Lúcio Malfoy era
um monstro, mas não a esse ponto! – Dizia ela nervosa enquanto Gui a segurava.

Hydra só queria se enfiar em um buraco fundo e se esconder, Fred e Jorge a olhavam


como e sussurram "me desculpe".

- Mãe, a menina não quer falar sobre isso, olhe para ela – Disse Carlinhos também
levantando da poltrona e amparando a mãe.

- Você quer ficar aqui? É pequeno mas tem espaço. – Dizia a Senhora Weasley nervosa.
- Eu agradeço de coração, mas eu já estou acomodada nos Macmillan, não se preocupe
– Hydra disse levantando da poltrona e indo em direção a senhora Weasley – Ele... Ele
não me machucou...

- É mentira, eu consigo ver nos seus olhos, filha, é mentira – Dizia a Sra. Weasley, ainda
sendo segurada por Gui.

- É... Eu... Ele... – Gaguejava

- Ele machucou de novo? Não é a primeira vez, espera só até ver a cicatriz. – Disse
Jorge pensando em voz alta sem perceber. Hydra lançou um olhar tão feio para ele que
dessa vez era ele quem parecia querer um lugar para se esconder.

- O QUE? CICATRIZ? DO QUE ELE ESTÁ FALANDO? – Disse a Senhora Weasley histérica.

- Mãe, calma, vem aqui para fora comigo para respirar. – Dizia Gui a levando para o
pomar com a ajuda de Carlinhos sob protestos dela.

Hydra finalmente se sentou novamente na poltrona olhando furiosa parra Jorge.

- POR QUE? – Perguntou ela.

- Eu estava pensando em voz alta, me desculpe por favor – Disse ele desesperado.

- Eu não imaginava que você passasse por essas coisas – Disse Harry solidário.

- É, não é fácil ser uma Malfoy. – Disse ela sem jeito.

- Mas o que ele fez dessa vez, Hydra? – Perguntou Jorge.

- Eu não quero falar sobre isso agora, depois, ok?

Jorge concordou com a cabeça e Fred o acompanhou.

Hermione e Rony só olhavam chocados e calados sentados em um canto.

- Hydra, você pode vir falar com a mamãe? – Perguntou Gui aparecendo na sala.
- Posso, Fred, Jorge, venham comigo? – Perguntou Ela.

Eles concordaram e sairam com Gui em direção ao pomar, a Senhora Weasley parecia
mais calma e estava sentada em uma cadeira com Carlinhos na sua frente, ele se
levantou para Hydra se sentar.

- A filha, eu sinto muito – Disse ela chorosa – Por favor, me conte tudo que aconteceu.

Hydra olhou Para Gui e Carlinhos que parecem ter entendido e pediram licença para
entrar na sala.

Hydra contou tudo que aconteceu, tudo, já estava colocando tudo para fora mesmo,
decidiu falar toda a verdade, todas as sete verdades, inclusive a última, estava cansada
de esconder e se sentir culpada por algo que não fez, que não mereceu que fizessem...

- Eu, eu vou matar aquele desgraçado! – Disse Jorge.

- E eu ajudo! – Afirmou Fred.

- Isso é um total absurdo! Por que não denunciou ele? – Perguntou a Senhora Weasley
em choque.

- Porque ele me ameaçou, ele vai me dar como louca, me internar, o pior é que eu sei
que ele é capaz e tem poder para isso. – Disse Hydra triste.

- E sua mãe? Ela não te ajuda?

- Ajuda, mas ela não consegue impedir muita coisa, nem ela e nem Draco.

- Ele também faz isso com seu irmão?

- Não, só comigo, meu irmão é o filho que ele sempre quis ter, ele nunca lançou
nenhum feitiço nele.

- Eu sinto muito, você realmente não quer vir para cá? Eu sei que a casa é apertada,
mas sempre cabe mais um. – Disse a Senhora Weasley com um sorriso simpático.
- Eu agradeço mesmo, mas os Macmillan estão me recebendo também com todo
carinho e além disso até os dezessete anos eu sou obrigada a voltar para casa, meu pai
já deixou isso bem claro.

- Mas eu não posso permitir que ele a machuque outra vez!

- Eu não acho que ele irá, não se preocupe, eu não vou deixar, eu nunca mais vou
deixar. – Disse Hydra segurando a mão da Senhora Weasley.

- Você é só uma menina – Disse a Sra. Weasley, novamente chorando.

- Isso não é justo – Disse Jorge.

- Eu nunca ia imaginar, vocês tão ricos, tão cheios de pose, eu nunca imaginei que isso
se passasse na sua casa – Confessou Fred.

- Meus pais enganam bem, a família dos sonhos, isso que eles querem que todos
pensem que somos, os sangue puros, livres de escândalos...

- Que ridículo! Eu não sei como você conseguiu viver uma vida inteira sendo... – A Sra.
Weasley não conseguiu continuar.

- O Harry também vive uma vida horrível na casa daqueles tios dele, mamãe –
Lembrou Fred.

- Eu sei e vocês dois são duas crianças, não deveriam estar passando por isso, os
adultos deveriam proteger vocês e não te machucar! – Disse a Sra. Weasley.

- Nem tudo é perfeito ou como deveria ser... Infelizmente – Suspirou Hydra.

Depois de mais um tempo de conversa, Hydra e eles entraram, todos ainda estavam
sentados na sala.

- Vocês querem comer algo? – Perguntou a Sra. Weasley para o grupo, enquanto Fred,
Jorge e Hydra se sentavam em algumas poltronas vazias.

- Não, mamãe, estamos satisfeitos – Respondeu Carlinhos Weasley.


- Eu vou preparar algo para o seu pai e Percy, para quando eles chegarem – Disse a Sra.
Weasley, se retirando para a cozinha.

No começo, o clima ficou completamente estranho na sala, ninguém falava nada,


todos pareciam incomodados e sem graça.

- Então, Carlinhos, você trabalha com dragões na Romênia? – Perguntou Hydra,


tentando aliviar o clima.

- Sim, é fascinante, completamente fascinante – Respondeu ele, parecendo alegre de


falar sobre sua ocupação.

- E você, Gui, trabalha no Egito para Gringotes?

- Sim, desfazendo feitiços, é bem interessante, um emprego cheio de emoções


também, com certeza – Disse o rapaz orgulhoso.

- E você, Hydra, quer fazer o que quando se formar de Hogwarts? – Perguntou


Carlinhos.

- Ela quer trabalhar com poções, a maluca... – Disse Fred, por Hydra.

- Legal, poderia trabalhar em várias áreas com isso, é um grande dom, saber preparar
poções direito – Disse Gui, sorrindo simpaticamente.

- Sim, eu realmente amo, ainda penso em qual área vou preferir, mas realmente amo
poções – Disse a jovem.

- Eu achava que você namorava um dos meus irmãos – Disse Carlinhos, fazendo todos
na sala rirem.

- A gente bem que tentou – Brincou Fred.

- Bobagem, eles sempre foram meus amigos, começamos a nos dar bem de um jeito...
– Disse Hydra, olhando para os gêmeos.

- Eu conheci seu namorado – Disse Carlinhos – Peter Macmillan, alguns anos mais novo
que eu em Hogwarts, uma boa pessoa.
- Sim, ele é um doce – Disse Hydra, sorrindo ao pensar no rapaz.

- Ele vai ser curandeiro, Hydra? – Perguntou Hermione.

- Sim, vai começar o treinamento em Setembro, está super animado com isso.

- Curandeiro, boa profissão, pessoas inteligentes e muito boas em feitiços e poções


geralmente – Disse Carlinhos Weasley.

- Sim, o Peter é tudo isso – Disse Hydra.

- Até aqui vocês dois me dão vontade de vomitar – Disse Fred, imitando junto com
Jorge, que passavam mal e vomitavam, fazendo todos rirem.

Um pouco antes das dez da noite, Hydra disse que deveria voltar para a casa dos
Macmillans.

- Me desculpe de verdade – Disseram Fred e Jorge a abraçando quando se despediram.

- Não se preocupe, foi bom ter colocado para fora. – Sorriu ela para eles.

- Foi um prazer conhece-la, sinto muito por toda circunstância – Disse Gui simpático

- Igualmente – Sorriu Hydra.

- Volte sempre que quiser – Disse Carlinhos também muito simpático.

Hydra se despediu de Rony, Harry e Hermione e entrou na lareira, fazendo a viagem de


flú de volta para a casa dos Macmillans

Hydra se desculpou por chegar tão tarde para os Macmillan que estavam preocupados
e explicou para Peter o que aconteceu.

- O Fred e o Jorge não deveriam ter feito isso – Disse ele com raiva.

- Não foi por querer, acredite, eles não fizeram de má intenção.

- Você pelo menos desabafou com eles? – Perguntou o rapaz.


- Sim e com a Senhora Weasley também, foi bom pra mim, acredite...

Hydra dormiu, exausta, no dia seguinte, finalmente foi com Peter conhecer sua casa.

- Pronta para aparatar comigo? – Perguntou ele na porta da casa de seus pais.

- Não, mas vamos... – Disse Hydra segurando em seu braço.

A sensação de bagunça e enjoo foi realmente menor que a primeira vez, mas ainda
assim não foi nada agradável, logo se viu diante de uma colina linda, com muito verde
em volta e com um oceano logo abaixo, o som das ondas era agradável e Hydra
percebeu que tinham apenas mais duas casas ao longo da colina porém ficavam um
pouco distante da de Peter.

- Uma não tem dono, aquele ali embaixo, se chama chalé das conchas, na outa mora
uma família de bruxos – Explicou ele.

A casa de Peter parecia um chalé de madeira bem grande com enormes janelas de
vidro temperado e um lindo jardim, era realmente linda.

- Peter, que casa maravilhosa! – Exclamou Hydra.

- Pertenciam aos meus avos, Jeniffer concordou em deixar para mim, ela disse que não
gostaria de morar perto do mar, achei melhor do que comprar uma nova.

Os dois entraram. A porta principal dava para uma sala com um pé direito alto, aonde
se via algumas portas e o corrimão do segundo andar, a sala era toda de madeira e os
sofás e poltronas eram brancos e de madeira escura, alguns retratos se moviam e
observavam pendurados na parede, em cima da lareira de pedras rústicas, ficava um
quadro de um simpático casal de idosos que dizia para ela ser bem vinda.

- Meus avos – Disse Peter, acenando para o quadro.

A cozinha também era ampla e branca, no primeiro andar ainda tinha um banheiro,
uma sala de jantar e diversas prateleiras com livros, uma escada de madeira levava
para o segundo andar, um corredor levava para dois quartos extras e no canto, um
outro corredor levava para o quarto principal e outra porta, para o banheiro do
segundo andar.
O quarto Principal, de Peter, tinha uma deslumbrante vista para o mar (uma das
paredes era toda de vidro) o teto era meio baixo e o quarto, que na verdade era uma
suíte tinha um banheiro, uma grande cama de madeira e um closet, um pôster da
Corvinal foi colocado acima da cama com uma águia que se mexia.

Como toda casa de famílias bruxas que já foi, diversos objetos mágicos eram
encontrados em cada canto, como um espelho que dizia se você estava bem vestido
ou não no closet de Pete.

- Era da minha avó – Disse ele sem graça.

- Eu gostei muito! – Disse Hydra, sorrindo quando o espelho elogiou sua veste rosa.

- Você se vê morando aqui? – Perguntou ele esperançoso.

Hydra, que agora estava na janela do quarto, admirando a vista do quarto mais uma
vez e respondeu:

- Com toda certeza sim, é maravilhosa, é tão pacífico...

- Não é luxuoso como a mansão dos Malfoy...

- É luxuoso o suficiente e bem melhor que a mansão dos Malfoys! – Brincou Hydra
ainda admirando a vista quando Peter a abraçou por trás.

- Eu vou ficar muito sozinho aqui sem você.

- E eu em Hogwarts, sem você – Disse ela, se virando e o beijando.

Os dois ficaram na casa por mais algum tempo e depois partiram mais uma vez para a
casa dos Macmillan.
CAPÍTULO 7

SURPRESA EM HOGWARTS

- Então, o que achou da casa dos meus pais? – Perguntou o Sr. Macmillan, no jantar
daquela noite.

- Agora ela é do Peter, querido – Retrucou a Senhora Macmillan.

- Sim, sim, eu vivo esquecendo... De qualquer maneira, o que achou dela?

- Linda, a vista, a casa, é tudo maravilhoso, um sonho... – Disse Hydra, enquanto se


servia de um pouco de sopa.

- Você mora em uma mansão, a mansão dos Malfoys é lendária, como você consegue
achar qualquer outra casa bonita? – Perguntou Jeniffer, um pouco surpresa.

- Acredite, aquela mansão é assustadora, prefiro muito mais a casa do Peter e a de


vocês também.

A Senhora Macmillan sorria satisfeita com aquela afirmação.

- E a casa dos Weasleys, como é? – Perguntou Peter.

- É pequena, um pouco estranha, como se tivesse sido feita às pressas um andar em


cima do outro, eu confesso que eu me senti um pouco estranha na primeira vez que fui
lá, eu não estava acostumada, mas acho que eles são pessoas tão legais, que eu nem
sinto mais isso, me sinto realmente confortável ali também, eu gosto.

- É normal, Hydra, você cresceu em um ambiente diferente – Afirmou Peter.

- Eu sei, mas ainda assim, me senti mal em notar essas coisas.

- Bobagem, querida, ninguém vê algo novo sem estranhar as vezes – Afirmou a Sra.
Macmillan.
Na hora de dormir, mais uma vez, Hydra passou para o quarto de Peter, dessa vez,
esperou a Senhora Macmillan ir dormir e o Senhor Macmillan ir para o seu plantão no
St. Mungo's.

- Você gostou mesmo da casa? – Perguntou Peter, abraçando Hydra, enquanto os dois
estavam deitados em sua cama.

- Muito, é linda e eu amo o mar – Afirmou Hydra, se aconchegando em seus braços.

- Que bom, mal posso esperar para você enfeitar ainda mais ela... – Disse ele, antes de
beijá-la.

O resto das semanas de férias passaram voando e no Domingo anterior a ida à


Hogwarts, Hydra só pensava o quanto iria sentir falta de Peter.

- Não é tão ruim assim – Dizia Jeniffer enquanto as duas arrumavam os malões em seu
quarto; – Você se acostuma, eu fiz isso o ano inteiro com o Abbas, vocês conseguem.

- Eu sei, é que eu estava tão acostumada a ver ele todos os dias ali na mesa da
Corvinal, é esquisito.

- Além de você ter enrolado à beça o pobre do meu irmão ano passado né – Brincou
Jeniffer

- Não foi bem assim – Disse Hydra, rindo sem graça.

- Não é por ser meu irmão, mas ele sempre foi um partido maravilhoso, todas as
meninas de Hogwarts queriam ele.

- Eu sei bem disso – Brincou Hydra – Amee Goaty que o diga... Ou a Rita...

- Passado Hydra, passado – Disse Jeniffer brincando.

Depois do jantar, Hydra sentou com Peter na varanda, a chuva caia forte, mas eles
estavam cobertos por um toldo com um edredom cobrindo o corpo deles. Os dois
estavam apenas querendo aproveitar cada segundo antes de Hydra ir embora.
- Eu te prometo escrever todos os dias e eu vou em todas as visitas em Hogsmeade
que tiverem que eu puder ir – Disse ele alisando os cabelos de Hydra.

- Eu também prometo escrever, espero que tenham mais saídas esse ano que ano
passado, eu realmente quero poder te ver – Sorriu ela.

- Além disso tem o feriado de Natal, e eu vou lá te ver nem que eu tenha que invadir a
mansão dos Malfoy. – Brincou Peter.

Hydra dormiu com Peter mais uma vez naquele noite e acordou cedo no dia seguinte,
mudando para o quarto de Jeniffer, um pouco depois, a Senhora Macmillan acordou as
duas, que pegaram seus malões e Hydra colocou Lydra na gaiola, ainda chovia.

- Vamos de táxi – Disse o Senhor Macmillan.

- De que? – Perguntou Hydra.

- É um carro trouxa que leva as pessoas de um lugar para o outro – Explicou Peter.

Logo depois, dois táxis estacionaram na porta da casa. O motorista estranhou a coruja
que Hydra carregava.

Ela seguiu com Peter em um carro enquanto o Senhor e Senhora Macmillan e Jeniffer
seguiram no outro.

- Abbas não veio? – Perguntou Hydra para Peter, enquanto estavam a caminho da
estação.

- Vai encontrar com a gente lá – Disse Peter, segurando firma a mão de Hydra.

Chegando na estação de King's cross, O Senhor Macmillan pagou os motoristas com


dinheiro trouxa e os cinco seguiram para a estação 9 ¾, atravessando a barreira,
primeiro o Senhor e a Senhora Macmillan, depois Jeniffer e depois Peter e Hydra, logo
ela avistou a locomotiva vermelha de Hogwarts.

- Abbas! – Gritou Jeniffer, ao avistar o namorado, que já esperava com um bouquet de


orquídeas dentadas. Ela foi correndo ao seu encontro.
- Acho que meus dois filhos cresceram de verdade – Disse o Senhor Macmillan, meio
saudoso.

Pouco depois, a locomotiva começou a apitar e Hydra se despediu primeiro do Sr e Sra.


Macmilla.

- Muito obrigada por tudo – Disse ela.

- Esperamos você nas férias de natal se seus pais permitirem – Disse a Senhora
Macmillan.

- Seja sempre bem-vinda, minha filha e se precisar de algo, qualquer coisa, pode contar
conosco – Disse o Sr. Macmillan.

Finalmente chegou a hora de se despedir de Peter, seus olhos estavam cheios de


lágrimas e os dele também, se afastaram um pouco da família e se beijaram e
abraçaram.

- Não chora, eu prometo que vai passar muito rápido – Disse Peter para Hydra.

- Eu espero que sim – Disse Hydra, abraçando o namorado mais uma vez.

Um apito deixou claro que o trem partiria em breve, Hydra deu outro beijo em Peter e
entrou correndo no trem com seu malão e a gaiola de Lydra, acompanhada de Jeniffer.

- Tchau Abbas, te vejo em Hogsmeade! – Gritou Hydra, para o rapaz que acenava para
ela.

Jeniffer entrou em um compartimento com Rita e algumas outras colegas do sexto


ano.

- Ei Hydra, como foram as férias? – Perguntou Rita, enquanto Jeniffer se acomodava no


compartimento.

- Divertidas no final das contas e as suas?

- Interessantes – Disse ela sorrindo.


- Não vai ficar conosco? – Perguntou Jeniffer, quando viu Hydra se preparando para se
retirar.

- Eu vou procurar os meninos, mas depois eu passo por aqui novamente – Disse ela.

- Ok, manda um abraço para eles – Disse Jeniffer, sentando ao lado das amigas.

Hydra foi atrás de Fred e Jorge, finalmente os encontrando em um compartimento


com Lino, Angelina e Alicia.

As amigas se abraçaram e cumprimentaram com entusiasmo (entusiasmo esse


ironizado pelos meninos)

- Nosso sexto ano, dá para acreditar? – Perguntou Angelina animada.

- Não, eu ainda acho que é brincadeira, não acredito que ano que vem nos formamos –
Disse Alicia.

- Eu não acredito é que ainda faltam dois anos para sairmos desse lugar! – Disse Fred.

A chuva foi ficando mais pesada à medida que o trem seguia mais para o norte. O céu
estava tão escuro e as janelas tão embaçadas que as lanternas foram acesas antes do
meio-dia. O carrinho dos lanches surgiu sacudindo pelo corredor e Hydra comprou
petiscos para todos.

Draco aparecera à porta. Atrás dele, vinham Crabbe e Goyle, seus enormes capangas
agressivos, que pareciam ter crescido no mínimo trinta centímetros durante o verão.

- Hydra – Disse ele sem jeito – Você está bem?

- Sim Draco, está tudo bem.

Draco olhou com desprezo para os Weasleys.

- Vejo que já voltou a andar em péssima companhia.

- Eu nunca parei. – Ironizou Hydra fazendo Alicia e Angelina rirem.


- Bom, nos vemos em Hogwarts... – Disse ele fechando a cabine e indo embora.

- Seu irmão está cada dia mais simpático – Brincou Fred.

- Nem me fale... Ele estava se gabando no começo do ano que papai disse que algo iria
acontecer em Hogwarts esse ano, só espero que nãos seja nada ruim – Disse Hydra

- Vindo do seu pai... – Disse Jorge sem graça.

- Acredite, eu procurei pela casa inteira algum sinal de que pudesse ser algo ruim, pelo
menos lá em casa eu não encontrei nada, acho que já é um bom sinal...

Fred e Jorge apresentaram alguns de seus produtos novos para Hydra que dava ideias
de como poderiam melhorar as partes que usavam poções, apesar de sozinhos eles já
serem capazes de criar coisas que espantavam Hydra. Depois, jogaram algumas
partidas de Snaps explosivos, finalmente, depois de algumas horas, trocaram as vestes
da escola e o trem diminuiu a velocidade.

Quando as portas do trem se abriram, ouviu-se uma trovoada no alto, Hydra não
desejava ser um dos alunos do primeiro ano atravessando o lago naquele tempo.

Os garotos passaram pelos portões, ladeados por estátuas de javalis alados, e as


carruagens subiram o imponente caminho oscilando perigosamente sob uma chuva
que parecia estar virando tromba-d'água. As pessoas que tinham tomado as
carruagens anteriores já subiam correndo os degraus para entrar no castelo; Hydra e
seus amigos saltaram da carruagem e correram escada acima, também, só erguendo a
cabeça quando já estavam seguros, no cavernoso saguão de entrada iluminado por
archotes, com sua magnífica escadaria de mármore.

Hydra entrou no salão principal que tinha o aspecto esplêndido de sempre, decorado
para a festa de abertura do ano letivo. Pratos e taças de ouro refulgiam à luz de
centenas e centenas de velas que flutuavam no ar sobre as mesas. As quatro mesas
longas das Casas estavam cheias de alunos que falavam sem parar; no fundo do salão,
os professores e outros funcionários sentavam-se a uma quinta mesa, de frente para
os estudantes. Estava muito mais quente ali. Passaram pela mesa dos alunos da
Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa, e se sentaram com os colegas da Grifinória no extremo
do salão, Hydra sentiu um profundo vazio e tristeza ao olhar a mesa da Corvinal e não
ver Peter nem seus amigos.
Ela examinou os ocupantes da mesa com mais atenção. O minúsculo Prof. Flitwick,
professor de Feitiços, estava sentado em uma alta pilha de almofadas ao lado da Profa
Sprout, a mestra de Herbologia, usando um chapéu enviesado sobre os cabelos
grisalhos e esvoaçantes. Conversava com a Profa Sinistra, do Departamento de
Astronomia. Do outro lado de Sinistra estava o mestre de Poções, de rosto macilento,
nariz de gancho e cabelos oleosos, Snape, havia um lugar vago, que Hydra achou que
devia ser o da Profa McGonagall. Ao lado, e bem no centro da mesa, sentava-se o Prof.
Dumbledore, o diretor, seus cabelos e barbas prateados e ondulantes brilhando à luz
das velas, suas magníficas vestes verde-escuras bordadas com luas e estrelas.
Dumbledore tinha as pontas dos dedos longos e finos e ele apoiava nelas o queixo,
contemplando o teto através de oclinhos de meia-lua, como se estivesse perdido em
pensamentos.

A Profa Minerva encabeçava uma longa fila de alunos do primeiro ano até o centro do
salão. Se os alunos mais velhos estavam molhados, seu estado nem se comparava ao
desses garotos. Eles pareciam ter feito a travessia do lago a nado em lugar de fazê-la
de barco. Todos estavam tomados por tremores, em que se misturavam o frio e o
nervosismo, ao passarem pela mesa dos professores e pararem em fila diante do resto
da escola – todos exceto o menorzinho, um menino com cabelos castanho-baços, que
vinha embrulhado em um agasalho O casaco era tão grande que o garoto parecia
coberto por um toldo escuro e peludo.

A Profa Minerva agora colocava um banquinho de três pernas diante dos novos alunos
e, em cima, um chapéu de bruxo, extremamente velho, sujo e remendado. Os garotos
arregalaram os olhos. E todo o resto da escola também. Por um instante, fez-se
silêncio. Em seguida um rasgo junto à aba se escancarou como uma boca, e o chapéu
começou a cantar:

"Há mil anos ou pouco mais,

Eu era recém-feito,

Viviam quatro bruxos de fama, Cujos nomes todos ainda conhecem:

O valente Gryfindor das charnecas,

A bonita Ravenclaw das ravinas,


A meiga Huflepuff das planícies,

O astuto Slytherin dos brejais.

Compartiam um desejo, um sonho, Uma esperança, um plano ousado

De, juntos, educar jovens bruxos,

Assim começou a Escola de Hogwarts.

Cada um desses quatro fundadores Formou sua própria casa, pois cada Valorizava
virtude vária Nos jovens que pretendiam formar.

Para Gryfindor os valentes eram Prezados acima de todo o resto;

Para Ravenclaw os mais inteligentes Seriam sempre os superiores;

Para Huflepuff, os aplicados eram Os merecedores de admissão;

E Slytherin, mais sedento de poder, Amava aqueles de grande ambição.

Enquanto vivos eles separaram Do conjunto os seus favoritos Mas como selecionar os
melhores, Quando um dia tivessem partido?

Foi Gryfindor que encontrou a solução Tirando-me da própria cabeça Depois me


dotaram de cérebro Para que por eles eu pudesse escolher!

Coloque-me entre suas orelhas, Até hoje ainda não me enganei. Darei uma olhada em
sua cabeça E direi qual a casa do seu coração!"

Os aplausos ecoaram pelo Salão Principal quando o Chapéu Seletor terminou

A Prof a Minerva agora desenrolava um grande pergaminho.

– Quando eu chamar seu nome, ponha o chapéu e se sente no banquinho – explicou


ela aos alunos do primeiro ano. – Quando o chapéu anunciar sua casa, vá se sentar à
mesa correspondente. – Ackerley, Stuart!
Um menino se adiantou, tremendo visivelmente da cabeça aos pés, apanhou o
chapéu, colocou-o e se sentou no banquinho.

– Corvinal! – anunciou o chapéu.

Stuart Ackerley tirou o chapéu e correu para uma cadeira à mesa de Corvinal, na qual
todos o aplaudiam.

Hydra olhou para a mesa da Corvinal com grande saudade do seu antigo habitante.

– Baddock, Malcolm! – Sonserina!

A mesa do outro lado do salão prorrompeu em vivas. Hydra começava a sentir


saudades de 3 anos atrás, quando fez sua seleção, já no quarto ano. Fred e Jorge
vaiaram Malcolm Baddock quando ele se sentou e Hydra pediu para que eles não
fizessem isso.

- Nem todos da Sonserina são ruins, o namorado da Jeniffer é uma pessoa muito legal
– Disse ela séria e os meninos riram desdenhando.

– Branstone, Eleanora! – Lufa-Lufa!

– Cauldwell, Owen! – Lufa-Lufa!

– Creevey, Dênis!

O miudinho Dênis Creevey adiantou-se com passos incertos, tropeçando no casaco de


Hagrid.

– Grifinória! – gritou o chapéu. Hagrid aplaudiu com os demais alunos da Casa, quando
Dênis Creevey, abrindo um sorriso de lado a lado do rosto, tirou o chapéu, recolocou-o
no banquinho e correu para se juntar ao irmão.

A seleção prosseguiu; garotos e garotas expressando no rosto variados graus de medo


se adiantavam, um a um, até o banquinho de três pernas, e a fila foi diminuindo à
medida que a Prof a Minerva ultrapassava a letra "L!
Depois de um longo tempo (o estômago de Hydra roncava) finalmente, com "Whitby,
Kevin!" (Lufa-Lufa!) encerrou-se a seleção. A Prof a Minerva apanhou o chapéu e o
banquinho e levou-os embora.

O Prof. Dumbledore se levantara. Sorria para os estudantes, os braços abertos num


gesto de boas-vindas. – Só tenho duas palavras para lhes dizer – começou ele, sua voz
grave ecoando pelo salão. – Bom apetite!

As travessas vazias se enchiam magicamente diante dos seus olhos e Hydra comeu
tanto quanto pudera aguentar.

- Esse ano vai ser ótimo, eu e Fred vamos tentar fazer o máximo de encomendas
possíveis – Disse Jorge sorridente enquanto comia purê de batata.

- Eu ainda não acredito que vocês conseguiram só três N.O.M.s cada – Retrucou
Angelina.

- Nós já dissemos, nossos talentos estão além do campo acadêmico – Respondeu Jorge
sério.

- Eu fiquei chateada com cinco N.O.M.s – Disse Alicia – Imagina três!

Hydra permanecia calada, ela sabia que tinha tinha obtido mais N.O.M.s que seus
amigos e não queria se gabar disso, não que Fred ou Jorge ligassem, mas suas brigas
com Angelina ensinaram Hydra a agir com cuidado com ela, apesar de achar que ela
também não ligaria para isso.

A chuva ainda batucava com força nas janelas altas e escuras. Mais uma trovoada
sacudiu as vidraças e o céu tempestuoso relampejou, iluminando os pratos de ouro
quando os restos do primeiro prato desapareceram e foram substituídos
instantaneamente por sobremesas.

Quando as sobremesas também tinham sido destruídas, e as últimas migalhas


desaparecidas dos pratos, deixando-os limpos e brilhantes, Alvo Dumbledore tornou a
se levantar. O burburinho das conversas que enchiam o salão cessou quase
imediatamente, de modo que somente se ouviam o uivo do vento e o batuque da
chuva.
– Então! – exclamou Dumbledore, sorrindo para todos. – Agora que já comemos e
molhamos também a garganta, preciso mais uma vez pedir sua atenção, para alguns
avisos.

"O Sr. Filch, o zelador, me pediu para avisá-los de que a lista dos objetos proibidos no
interior do castelo este ano cresceu, passando a incluir Ioiôsberrantes, Frisbees-
dentados e Bumerangues-de-repetição. A lista inteira tem uns quatrocentos e trinta e
sete itens, creio eu, e pode ser examinada na sala do Sr. Filch, se alguém quiser lê-la."
Os cantos da boca de Dumbledore tremeram ligeiramente.

Ele continuou:

– Como sempre, eu gostaria de lembrar a todos que a floresta que faz parte da nossa
propriedade é proibida a todos os alunos, e o povoado de Hogsmeade, àqueles que
ainda não chegaram à terceira série. "Tenho ainda o doloroso dever de informar que
este ano não realizaremos a Copa de Quadribol entre as Casas."

- O QUE? – Exclamou Hydra e todos os amigos que faziam parte do time de Quadribol
xingavam Dumbledore em silêncio. "Se o Olívio estivesse aqui..." – Pensou Hydra.

– Isto se deve a um evento que começará em outubro e irá prosseguir durante todo o
ano letivo, mobilizando muita energia e muito tempo dos professores, mas eu tenho
certeza de que vocês irão apreciá-lo imensamente. Tenho o grande prazer de anunciar
que este ano em Hogwarts...

Mas neste momento, ouviu-se uma trovoada ensurdecedora e as portas do Salão


Principal se escancararam.

Apareceu um homem parado à porta, apoiado em um longo cajado e coberto por uma
capa de viagem preta. Todas as cabeças no Salão Principal se viraram para o estranho,
repentinamente iluminado por um relâmpago que cortou o teto. Ele baixou o capuz,
sacudiu uma longa juba de cabelos grisalhos ainda escuros e começou a caminhar em
direção à mesa dos professores.

Um ruído metálico e abafado ecoava pelo salão a cada passo que ele dava. Quando
alcançou a ponta da mesa, virou à direita e mancou pesadamente até Dumbledore.
Mais um relâmpago cruzou o teto.
Mais um relâmpago cruzou o teto. O relâmpago revelou nitidamente as feições do
homem e seu rosto era diferente de qualquer outro que Hydra já vira. Parecia ter sido
talhado em madeira exposta ao tempo, por alguém que tinha uma vaguíssima ideia do
aspecto que um rosto humano deveria ter, e não fora muito habilidoso com o formão.
Cada centímetro da pele do estranho parecia ter cicatrizes. A boca lembrava um rasgo
diagonal e faltava um bom pedaço do nariz. Mas eram os seus olhos que o tornavam
assustador.

Um deles era miúdo, escuro e penetrante. O outro era grande, redondo como uma
moeda e azul-elétrico vivo. O olho azul se movia continuamente, sem piscar, e revirava
para cima, para baixo, e de um lado para o outro, independentemente do olho normal
– depois virava de trás para diante, apontando para o interior da cabeça do homem, de
modo que só o que as pessoas viam era o branco da córnea.

O estranho chegou-se a Dumbledore. Estendeu a mão direita, que era tão cheia de
cicatrizes quanto o rosto, e o diretor a apertou, murmurando palavras que Harry não
pôde ouvir. Parecia estar fazendo perguntas ao estranho, que abanava negativamente
a cabeça, sem sorrir, e respondia em voz baixa. Dumbledore assentiu com a cabeça e
indicou ao homem o lugar vazio à sua direita.

O estranho se sentou, sacudiu a juba grisalha para afastá-la do rosto, puxou um prato
de salsichas para si, levou-o ao que restara do nariz e cheirou-o. Tirou então uma
faquinha do bolso, espetou a salsicha e começou a comer. Seu olho normal fixava as
salsichas, mas o olho azul continuava a dar voltas na órbita registrando o salão e os
estudantes.

– Gostaria de apresentar o nosso novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas
– disse Dumbledore, animado, em meio ao silêncio. – Prof. Moody

Era normal os novos membros do corpo docente serem recebidos com aplausos, mas
nem os colegas nem os estudantes bateram palmas, exceto Dumbledore e Hagrid. Os
dois juntaram as mãos e bateram palmas, mas o som ecoou tristemente no silêncio e
eles bem depressa pararam. Todos pareciam demasiado hipnotizados pela aparência
grotesca de Moody para ter qualquer reação exceto encarar o homem.

- Olho-Tonto Moody – Murmurou Fred – Papai estava falando sobre ele, parece que
era um Auror muito bom, mas que é meio pirado.
Moody parecia totalmente indiferente à recepção quase fria que tivera. Ignorando a
jarra de suco de abóbora à sua frente, o homem tornou a enfiar a mão no interior da
capa, puxou um frasco de bolso e bebeu um longo gole. Quando levantou o braço para
beber, sua capa se elevou alguns centímetros do chão e Harry viu, por baixo da mesa,
um bom pedaço de uma perna de pau, que terminava em um pé com garras.

Dumbledore pigarreou outra vez.

– Como eu ia dizendo – recomeçou ele, sorrindo para o mar de alunos à sua frente,
todos ainda mirando Olho-Tonto Moody, paralisados –, teremos a honra de sediar um
evento muito excitante nos próximos meses, um evento que não é realizado há um
século. Tenho o enorme prazer de informar que, este ano, realizaremos um Torneio
Tribruxo em Hogwarts.

– O senhor está BRINCANDO! – exclamou em voz alta Fred Weasley e Hydra olhou para
ele espantado.

A tensão que invadira o salão desde a chegada de Moody repentinamente se desfez.


Quase todos riram e Dumbledore deu risadinhas de prazer.

– Não estou brincando, Sr. Weasley – disse ele –, embora, agora que o senhor
menciona, ouvi uma excelente piada durante o verão sobre um trasgo, uma bruxa má
e um leprechaun que entram num bar...

A Prof a Minerva pigarreou alto.

– Hum... mas talvez não seja hora... não... Onde é mesmo que eu estava? Ah, sim, no
Torneio Tribruxo... bom, alguns de vocês talvez não saibam o que é esse torneio, de
modo que espero que aqueles que já sabem me perdoem por dar uma breve
explicação, e deixem sua atenção vagar livremente.

"O Torneio Tribruxo foi criado há uns setecentos anos, como uma competição
amistosa entre as três maiores escolas europeias de bruxaria – Hogwarts, Beauxbatons
e Durmstrang. Um campeão foi eleito para representar cada escola e os três campeões
competiram em três tarefas mágicas. As escolas se revezaram para sediar o torneio a
cada cinco anos, e todos concordaram que era uma excelente maneira de estabelecer
laços entre os jovens bruxos e bruxas de diferentes nacionalidades – até que a taxa de
mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido."
- Ai meu Deus, essa era a surpresa que minha amigas da França tinham, tenho certeza,
elas vão vir para o torneio! – Disse Hydra feliz ignorando completamente o comentário
sobre a alta taxa de mortalidade do torneio.

– Durante séculos houve várias tentativas de reiniciar o torneio – continuou


Dumbledore –, nenhuma das quais foi bem-sucedida. No entanto, os nossos
Departamentos de Cooperação Internacional em Magia e de Jogos e Esportes Mágicos
decidiram que já era hora de fazer uma nova tentativa. Trabalhamos muito durante o
verão para garantir que, desta vez, nenhum campeão seja exposto a um perigo mortal.

"Os diretores de Beauxbatons e Durmstrang chegarão com a lista final dos


competidores de suas escolas em outubro e a seleção dos três campeões será
realizada no Dia das Bruxas. Um julgamento imparcial decidirá que alunos terão mérito
para disputar a Taça Tribruxo, a glória de sua escola e o prêmio individual de mil
galeões."

- Ai meu Deus, ai meu Deus, minhas amigas devem vir! – Hydra estava tão feliz que
sacudia Fred que estava a seu lado.

– Estou nessa! – sibilou Fred Weasley para os colegas de mesa, o rosto iluminado de
entusiasmo ante a perspectiva de tal glória e riqueza e em cada mesa muitas pessoas
falavam sobre isso.

– Ansiosos como eu sei que estarão para ganhar a Taça para Hogwarts – disse ele –, os
diretores das escolas participantes, bem como o Ministério da Magia, concordaram em
impor este ano uma restrição à idade dos contendores. Somente os alunos que forem
maiores, isto é, tiverem mais de dezessete anos, terão permissão de apresentar seus
nomes à seleção. Isto – Dumbledore elevou ligeiramente a voz, pois várias pessoas
haviam protestado indignadas ao ouvir suas palavras, e os gêmeos Weasley, de
repente, pareciam furiosos – é uma medida que julgamos necessária, pois as tarefas
do torneio continuarão a ser difíceis e perigosas, por mais precauções que tomemos, e
é muito pouco provável que os alunos abaixo da sexta e sétima séries sejam capazes
de dar conta delas. Cuidarei pessoalmente para que nenhum aluno menor de idade
engane o nosso juiz imparcial e seja escolhido campeão de Hogwarts. – Seus olhos
azul-claros cintilaram ao perpassar os rostos rebelados de Fred e Jorge. – Portanto
peço que não percam tempo apresentando suas candidaturas se ainda não tiverem
completado dezessete anos.
"As delegações de Beauxbatons e de Durmstrang chegarão em outubro e
permanecerão conosco a maior parte deste ano letivo. Sei que estenderão as suas
boas maneiras aos nossos visitantes estrangeiros enquanto estiverem conosco, e que
darão o seu generoso apoio ao campeão de Hogwarts quando ele for escolhido. E
agora já está ficando tarde e sei como é importante estarem acordados e descansados
para começar as aulas amanhã de manhã. Hora de dormir! Vamos andando!"

Dumbledore tornou a se sentar e virou-se para falar com Olho-Tonto Moody. Ouviu-se
um estardalhaço de cadeiras batendo e se arrastando quando os alunos se levantaram
para sair como um enxame em direção às portas de entrada do Salão Principal.

– Não podem fazer isso com a gente! – reclamou Jorge Weasley, que não se reunira
aos colegas que se dirigiam às portas, mas continuara parado olhando de cara
emburrada para Dumbledore. – Vamos fazer dezessete anos em abril, por que não
podemos tentar?

– Não vão me impedir de me inscrever – disse Fred, teimoso, também amarrando a


cara para a mesa principal. – Os campeões vão fazer todo o tipo de coisa que
normalmente nunca podemos fazer. E mil galeões de prêmio!

- Não fiquem assim meninos – Dizia Angelina

- Fácil para você dizer, você terá dezessete anos! – Disse Fred furioso e Angelina ficou
vermelha.

- É, realmente eu vou tentar o torneio – Disse ela.

- Eu te dou a maior força – Sorriu Hydra que ainda não podia acreditar que suas amigas
iriam passar o ano letivo com ela finalmente depois de 3 anos separadas.

Harry, Rony, Hermione, Fred e Jorge saíram para o saguão de entrada, os gêmeos
discutindo as maneiras pelas quais Dumbledore poderia impedir os menores de
dezessete anos de se inscreverem no torneio. Hydra seguiu com Angelina, Alicia e Kate

- Todas suas amigas tem mais de dezessete anos? – Questionou Alicia

- Na verdade não, somente duas delas – Hydra não tinha parado para pensar nisso –
Será que só elas duas vão vir? – Pensou ela em voz alta, Gabrielle e Gisele faziam
dezessete anos no começo de Outubro, mas Desiré assim como ela somente no final
do ano letivo.

Os garotos se dirigiram à entrada da Torre da Grifinória, que ficava escondida atrás de


uma grande pintura a óleo de uma mulher gorda com um vestido de seda rosa.

– Senha? – perguntou ela quando os garotos se aproximaram. – Asnice – disse Jorge


enquanto Hydra se aproximava–, um monitor me informou lá embaixo.

O retrato girou para a frente, expondo um buraco na parede, pelo qual todos
passaram. Um fogo crepitante aquecia a sala comunal circular, mobiliada com fofas
poltronas e mesas.

Hydra subiu direto com as meninas para o quarto, Jeniffer e Rita já estavam lá dentro.

- Uma pena que eu só faço 17 anos em Abril – Reclamou Jeniffer – Eu ia amar


participar, eu ainda não acredito que Abbas não me disse nada sobre o torneio!

- Ele queria fazer surpresa com certeza – Disse Hydra trocando os robes pelo pijama.

- Você tentaria Hydra? – Perguntou Alicia

- Acho que sim, parece com algo que eu gostaria de fazer – Disse ela pensando em
toda excitação e glória que o torneio trazia.
CAPÍTULO 8

ALASTOR MOODY

O temporal já se esgotara quando o dia seguinte amanheceu, embora o teto no Salão


Principal continuasse ameaçador; pesadas nuvens cinza-chumbo se espiralavam no
alto quando Hydra lia a carta que Peter havia mandado naquela manhã. Fred, Jorge e
Lino Jordan discutiam métodos mágicos de se tornarem velhos e, com esse truque,
participar do Torneio Tribruxo.

- Hydra, você é boa em poções, podia preparar uma poção de envelhecimento para a
gente – Disse Fred animado.

- Eu preparo Fred, sem problemas, mas eu duvido muito que vá funcionar com seja
qual for o feitiço que Dumbledore lançar – Disse ela sem tirar os olhos da carta.

- Mas não custa tentar... – Disse Fred – O que você está lendo ai?

- Carta do Peter, ele ficou sabendo do torneio e perguntou se eu ia me inscrever, acho


que ele não viu a parte de ser somente para maiores de idade – Disse Hydra
mostrando o pergaminho para os gêmeos.

- Se tudo der certo, você vai – Disse Fred animado.

Depois que eles comeram, permaneceram em seus lugares, esperando a Professora


McGonagall sair da mesa dos professores. A distribuição dos horários era mais
complicada esse ano, pois ela precisava primeiro confirmar se todos haviam
conseguido as notas mínimas em seus N.O.M.s. para poderem continuar em seus
N.I.E.M.s.

Hydra foi imediatamente aceita em Feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas,
Transfiguração, Herbologia, Poções e Alquimia.

- Tenho um tempo livre agora – Disse Hydra para os amigos.

- Nós também – Disseram todos.

- Na verdade tenho muito mais tempos livres que no semestre passado, que
maravilha! – Disse Hydra.
- Você diminuiu muito sua quantidade de matérias e com razão – Disse Jeniffer
sentando ao seu lado.

- Vai fazer poções sozinha, não é? – Perguntou Fred

- Não, Laura vai fazer com ela, acabei de confirmar com ela – Respondeu Jeniffer.

- Pelo menos isso – Disse Hydra, não que ela e Laura tivessem muito contato, além de
quando estavam no quarto juntas, mas seria bom ter um rosto conhecido na aula,
pensava Hydra.

Hydra subiu com os amigos para a sala comunal e ficou escrevendo a resposta para
Peter enquanto Fred e Jorge jogavam Snaps explosivos.

"Querido Peter,

O torneio será apenas para maiores de 17 anos, infelizmente não poderei me


inscrever, apesar do Fred e Jorge terem certeza que darão um jeito nisso, eu sei que é
impossível, os feitiços de Dumbledore jamais deixariam com que alunos menores de
idade burlassem essa lei.

Mas a boa notícia é que eu acho que minhas amigas irão vir para o torneio, eu vou
escrever uma carta agora mesmo para elas perguntando, mal posso esperar se for
verdade, ter elas aqui comigo por um ano seria mágico, só não tão mágico porque você
não estará junto.

Me conte tudo sobre seu primeiro dia de treinamento no St, Mungo's

Te amo,

Hydra Malfoy"

- Jeniffer, eu posso pegar sua coruja emprestada para mandar essa carta para o Peter?
Eu vou usar a Lydra para mandar a carta para as minhas amigas na Beauxbatons –
Perguntou Hydra.

- Claro, sem problemas.


Hydra escreveu a carta para suas amigas e saiu da sala comunal em direção ao corujal,
prendeu a carta para Peter na coruja negra de Jeniffer e a carta para suas amigas na
sua coruja, Lydra. Depois desceu em direção a aula de Defesa Contra as Artes das
Trevas onde encontrou todos seus amigos já fazendo fila na porta da sala. Hydra se
sentou com Angelina e Alicia como de costume em uma mesa logo na frente e Fred,
Jorge e Lino logo atrás.

- Não irão precisar de nenhum livro – Disse o Professor Moody, que vinha pelo
corredor para alguns alunos que pegavam os livros das mochilas.

Moody apanhou a folha de chamada e continuou a aula depois da última pessoa


confirmar presença.

- Certo, essa é uma turma de N.I.E.M, não é nenhuma brincadeira de criança – Dizia ele
observando a todos que estavam calados excitados – Iremos aprender encantamentos
não verbais mais tarde, acho que já deveriam saber, mas estou vendo que não – Disse
ele lendo uma carta deixada pelo Professor Lupin – Vocês estão no sexto ano e tem
idade o suficiente para aprender as maldições ilegais.

Rostos excitados olhavam para o professor.

– Então... algum de vocês sabe que maldições são mais severamente punidas pelas leis
da magia? – Continuou ele.

Vários braços se ergueram, inclusive o de Hydra e Moody apontou para ela.

- Imperius – Disse Hydra firme – A maldição que faz com que um bruxo controle as
ações do outro.

- Há! – Disse Moody alto – Malfoy, certo? – Hydra confirmou com a cabeça assustada.
– Mas é claro que você iria saber sobre essa, seu pai deve ter falado muito sobre isso,
claro, claro, já usou muito essa desculpa para escapar do Ministério.

Hydra corou fortemente enquanto alguns colegas de classe davam risadinhas, sabia
que seu pai usou a desculpa de estar sob efeito da maldição Imperius para ter seguido
Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
Moody se apoiou pesadamente nos pés desiguais, abriu a gaveta da escrivaninha e
tirou um frasco de vidro. Três enormes aranhas pretas corriam dentro dele.

Moody meteu a mão dentro do frasco, apanhou uma aranha e segurou-a na palma da
mão, de modo que todos pudessem vê-la. Apontou, então, a varinha para o inseto e
murmurou "Imperio!".

A aranha saltou da mão de Moody para um fino fio de seda e começou a se balançar
para a frente e para trás como se estivesse em um trapézio. Saio rodopiando pela sala
e parou na cabeça de alguns alunos enquanto os outros riam.

– Engraçado não é? – rosnou ele. – Imagine agora se fizesse isso com vocês... Todos
pararam de rir.

– Controle total – disse o professor em voz baixa – Eu poderia fazê-la fazer qualquer
coisa que eu quisesse e o mesmo com vocês...

– Há alguns anos, havia muitos bruxos e bruxas controlados pela Maldição Imperius –
disse Moody olhando com seu olho bom diretamente para Hydra que ficou ainda mais
vermelha - Foi uma trabalheira para o Ministério separar quem estava sendo forçado a
agir de quem estava agindo por vontade própria. Não que eles tenham conseguido
totalmente – Mais uma vez disse olhando para Hydra que só queria se esconder
embaixo da mesa.

"A Maldição Imperius pode ser neutralizada, e vou-lhes mostrar como, não só a vocês
mas as turmas mais abaixo também porque acho que todos precisam se preparar, não
só os mais velhos, mas é preciso força de caráter real e nem todos a possuem. Por isso
é melhor evitar ser amaldiçoado com ela se puderem. VIGILÂNCIA CONSTANTE!",
vociferou ele, e todos os alunos se assustaram. Moody apanhou a aranha acrobata e
atirou-a de volta ao frasco."

- Outra maldição ilegal, vamos... – Ordenou Woody e muitas mãos se levantaram


novamente, ele apontou para Jeniffer.

- Cruciatus – Respondeu ela meio baixo, como se estivesse com medo.

- Macmillan? – Perguntou Woody para ela e Jeniffer confirmou – Imagino que sua
família tenha tido muitos casos de pessoas atingidas por essa maldição no St Mungo's.
Jeniffer afirmou que sim com a cabeça, sem graça.

– A Maldição Cruciatus – começou Moody. – Preciso de uma maior para lhes dar uma
ideia – disse ele, apontando a varinha para a aranha. – Engorgio!

A aranha inchou. Estava agora maior do que uma tarântula.

O professor tornou a erguer a varinha, apontou-a para a aranha e murmurou:

– Crucio!

Na mesma hora, as pernas da aranha se dobraram sob o corpo, ela virou de barriga
para cima e começou a se contorcer horrivelmente, balançando de um lado para outro
a aranha começou a estremecer e a se debater violentamente...

Hydra se sentia horrível, lembrou de quando foi machucada por seu pai por feitiço
apesar de mais fraco, doloroso e sentiu seus olhos se encherem d'gua.

- Para por favor! Coitadinha!– Chorou Angelina.

Moody ergueu a varinha. As pernas da aranha se descontraíram, mas ela continuou a


se contorcer.

– Reducio – murmurou Moody, e a aranha encolheu e voltou ao tamanho normal. Ele a


repôs no frasco.

- Essa maldição causa uma dor incontrolável, foi muito usada para tortura – Disse
Moody – Outra maldição? – Perguntou ele a turma que agora não levantava a mão,
todos tinham medo do que aconteceria com a última aranha. Rita levantou a mão
trêmula.

- Avada Kedavra – Disse ela nervosa.

– Ah, a última e a pior. Avada Kedavra... a maldição da morte.- Disse Moody.

Ele enfiou a mão no pote ele a apanhou a terceira aranha e a colocou sobre a
escrivaninha. O inseto começou a correr, desvairado, pela superfície de madeira.
Moody ergueu a varinha e Harry sentiu um repentino pressentimento. – Avada
Kedavra! – berrou Moody

Houve um relâmpago de ofuscante luz verde e um rumorejo, como se algo vasto e


invisível voasse pelo ar – instantaneamente a aranha virou de dorso, sem uma única
marca, mas inconfundivelmente morta. Vários alunos gritaram e algumas meninas
quase choraram, inclusive Hydra.

- Não existe contramaldição. Não há como bloqueá-la. Somente uma pessoa no mundo
já sobreviveu a ela... – Disse Moody.

- Harry Potter – Sussurou Fred Weasley.

- Exatamente! Harry Potter – Confirmou o professor.

– Avada Kedavra é uma maldição que exige magia poderosa para lançá-la, vocês
podem apanhar as varinhas agora, apontá-las para mim, dizer as palavras e duvido que
consigam. Mas não estou aqui para ensiná-los a lançá- la – Disse ele observando toda a
turma agora calados e nervosos - "Ora, se não há uma contramaldição, por que estou
lhes mostrando essa maldição? Porque vocês precisam conhecê-la. Vocês têm que
reconhecer o pior. Vocês não querem se colocar em uma situação em que precisem
enfrentá-la. VIGILÂNCIA PERMANENTE!", berrou ele e a turma inteira tornou a se
sobressaltar. Vocês são alunos do sexto ano e o mundo lá fora não irá perdoa-los ou
esperar que estejam prontos, vocês precisam aprender o pior e o melhor!

"Agora... essas três maldições, Avada Kedavra, Imperius e Cruciatus, são conhecidas
como as Maldições Imperdoáveis. O uso de qualquer uma delas em um semelhante
humano é suficiente para ganharem uma pena de prisão perpétua em Azkaban. É isso
que vão ter que enfrentar. É isso que preciso lhes ensinar a combater. Vocês precisam
estar preparados. Vocês precisam de armas. Mas, acima de tudo, precisam praticar
uma vigilância constante, permanente. Apanhem suas penas... copiem o que vou
ditar..."

Os alunos passaram o resto da aula tomando notas sobre cada uma das Maldições
Imperdoáveis.

Os alunos explodiram em falatórios sobre as aulas quando estavam saindo, Hydra


permaneceu calada, aproveitou o intervalo para voltar correndo para a sala comunal,
logo foi seguida de seus amigos que ainda faziam comentários sobre a aula que
acabaram de ter.

- Você acha que ele vai ensinar isso mesmo para os alunos mais novos? – Disse
Angelina – Não é o tipo de coisa que nós aprendemos.

- Se ele diz que sim, é bem capaz de sim mesmo – Afirmou Fred.

Hydra estava sentada quieta e Jorge sentou ao seu lado.

- O que houve? A aula te deixou tão chocada assim? – Perguntou ele.

- Não, na verdade é que me fez lembrar sobre meu pai, ele realmente disse que estava
sob a maldição imperius, mas eu acho que o Professor assim como eu disso – Disse ela
chateada.

- Seu pai não é você Hydra, em breve ele saberá disso, se já não sabe – Disse Jorge e
Hydra se sentiu um pouco mais animada.

Depois do intervalo, seguiu para a aula de Alquimia (junto com dois meninos da sua
turma) lá encontrou alguns alunos das outras casas, não eram muitos na sala.

- Bem-vindos, bem-vindos – Disse uma bruxa alta, morena e magra que deveria ser a
professora de Alquimia – Estou feliz de ver que esse ano novamente tivemos demanda
por essa matéria tão fascinante que é a Alquimia – Disse ela animada olhando ao redor
da turma - Alquimia é uma prática que combina elementos da Química, Antropologia,
Astrologia, Filosofia, Metalurgia e Matemática. Existem quatro objetivos principais na
sua prática. Um deles seria a transmutação dos metais inferiores ao ouro; o outro a
obtenção do Elixir da Longa Vida, um remédio que curaria todas as doenças, até a pior
de todas, a morte! E daria vida longa àqueles que o ingerissem. Vocês sabem o nome
do elixir que garante ambos os objetivos? – Perguntou ela e algumas pessoas
levantaram a mão, ela apontou para Hydra.

- A Pedra Filosofal.

- Muito bem Senhorita Malfoy, dez pontos para a Grifinória – A Pedra Filosofal, como
todos sabem só teve um único bruxo capaz de faze-la, vocês sabem quem?
Novamente mãos se levantaram e ela apontou para uma aluna da Corvinal.

- Nicolas Flamel – Respondeu ela.

- Muito bem Senhorita Panyson, dez pontos para a Corvinal – Nicolas Flamel que
morreu recentemente depois de ter destruído a sua invenção, como muitos devem
lembrar, causou muitos problemas a Hogwarts alguns anos atrás.

Hydra soube de toda história envolvendo Harry Potter e a pedra filosofal apesar de
estar na Beauxbatons naquela época, Draco falou muito sobre isso.

O resto da aula, foi discutido sobre todos os meios de tornar metais em ouro e como
treinariam a partir da aula seguinte.

Hydra então seguiu para a sua primeira aula de Poções do semestre.

Somente uma dúzia de pessoas no máximo conseguiram nota para continuar nas aulas
de poções, sendo ela e Laura, as únicas da Grifinória.

A aula ocorreu como o de costume, Snape com seu mau humor que parecia ter
piorado mais, agora que ensinava poções complicadíssimas, mas que Hydra já sabia
graças as aulas particulares que teve durante o ano anterior com ele, então era a única
capaz de faze-las no final.

- Lamentável – Reclamava ele vendo os caldeirões dos outros alunos – Como vocês
conseguiram passar pelos N.O.M.s vai além da minha compreensão.

Depois de todos saírem desanimados da sala, Hydra fez questão de demorar um pouco
mais para guardar suas coisas e tentar ter uma oportunidade de conversar com o
professor, o que conseguiu quando a sala estava vazia.

- Professor Snape? – Disse ela.

- Sim.

- Eu gostaria de saber sobre as nossas aulas... – Hydra estava sem jeito de falar – Se
elas...
- Sábados às oito – Respondeu ele cortando Hydra e se virou. Hydra saiu contente das
masmorras.

Na hora do jantar, Hydra seguiu com Angelina e Alicia para o salão principal,
encontraram Harry, Hermione e Rony no caminho, chegaram ao saguão de entrada,
que estava lotado de gente fazendo fila para o jantar. Tinham acabado de entrar no
fim da fila, quando uma voz alta soou às costas deles.

– Weasley! Ei, Weasley!

Eles se viraram. Draco, Crabbe e Goyle estavam parados ali, cada qual parecendo mais
satisfeito.

– Que é? – perguntou Rony rispidamente. – Seu pai está no jornal, Weasley! – disse
Draco brandindo um exemplar do Profeta Diário, e isso bem alto para que todas as
pessoas aglomeradas no saguão pudessem ouvir. – Escuta só isso!

"NOVOS ERROS NO MINISTÉRIO DA MAGIA

Pelo visto os problemas no Ministério da Magia ainda não chegaram ao fim, informa
nossa correspondente especial Rita Skeeter. Recentemente censurado por sua
incapacidade de controlar multidões durante a Copa Mundial de Quadribol, e ainda
devendo à opinião pública uma explicação para o desaparecimento de uma de suas
bruxas, ontem o Ministério enfrentou novo constrangimento com as extravagâncias de
Arnold Weasley, da Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas."

Draco ergueu os olhos.

– Imagina, nem escreveram direito o nome dele, Weasley, é quase como se ele não
existisse, não é?

- Draco, cala a boca, não fala assim dos Weasleys! – Gritava Hydra que era contida por
Angelina e Alice.

Todos no saguão agora prestavam atenção. Draco esticou o jornal com um gesto largo
e continuou a ler:
"Arnold Weasley, acusado de possuir um carro voador há dois anos, envolveu-se ontem
numa briga com guardiões trouxas da lei (policiais) por causa de latas de lixo
extremamente agressivas. O Sr. Weasley parece ter ido socorrer "Olho-Tonto" Moody,
um ex-auror idoso, que se aposentou do Ministério ao se tornar incapaz de distinguir
um aperto de mão de uma tentativa de homicídio. Ao chegar à casa do ex-auror,
fortemente guardada, o funcionário verificou, sem surpresa, que, mais uma vez, o Sr.
Moody dera um alarme falso. Em consequência, o Sr. Weasley foi obrigado a alterar
muitas memórias para poder escapar dos policiais, mas se recusou a responder às
perguntas do Profeta Diário sobre as razões que o levaram a envolver o Ministério
nesse episódio pouco digno e potencialmente embaraçoso."

– E tem uma foto, Weasley! – acrescentou Malfoy, virando o jornal e mostrando-a. –


Uma foto de seus pais à porta de casa, se é que se pode chamar isso de casa! Sua mãe
bem que podia perder uns quilinhos, não acha?

Rony tremia de fúria. Todos o encaravam.

– Se manda, Malfoy – disse Harry. – Vamos Rony...

– Ah, é mesmo, você esteve visitando a família no verão, não foi, Potter? – caçoou
Malfoy. – Então me conta, a mãe dele parece uma barrica ou é efeito da foto?

– Você já olhou bem para sua mãe, Malfoy? – respondeu Harry, ele e Hermione
seguravam Rony pelas costas das vestes para impedi-lo de partir para cima do outro. –
Aquela expressão na cara dela, de quem tem bosta debaixo do nariz? Ela sempre teve
aquela cara ou foi só porque você estava perto dela?

Harry olhou constrangido para Hydra que de fúria ficou completamente sem graça,
não gostava de ouvir sobre sua mãe, mas entendeu o motivo dele ter feito isso.

O rosto pálido de Malfoy corou levemente.

– Não se atreva a ofender minha mãe, Potter.

– Então vê se cala esse bocão – disse Harry dando as costas ao colega. BANGUE!

Várias pessoas gritaram. Harry sentiu uma coisa branca e quente arranhar o lado do
rosto, mergulhou a mão nas vestes para apanhar a varinha, mas antes que chegasse
sequer a tocá-la, ouviu um segundo estampido e um berro que ecoou pelo saguão de
entrada.

– AH, NÃO VAI NÃO, GAROTO!

O Prof. Moody descia mancando a escadaria de mármore. Tinha a varinha na mão e


apontava diretamente para uma doninha muito alva, que tremia no piso de lajotas,
exatamente no lugar em que Draco estivera.

Fez-se um silêncio aterrorizado no saguão. Ninguém exceto Moody mexia um só


músculo Hydra estava com um misto de choque e preocupação pelo irmão.

– Ele o mordeu? – rosnou o professor para Harry Potter. Sua voz era baixa e áspera.

– Não – respondeu Harry –, por pouco.

– DEIXE-O! – berrou Moody.

– Deixe... o quê? – perguntou Harry espantado.

– Não você, ele! – vociferou Moody, apontando o polegar por cima do ombro para
Crabbe, que acabara de congelar em meio a um gesto para recolher a doninha branca.
Parecia que o olho giratório de Moody era mágico e enxergava através da nuca do
professor.

Moody começou a mancar em direção a Crabbe, Goyle e a doninha, que soltou um


guincho aterrorizado e fugiu em direção às masmorras.

– Acho que não! – rugiu Moody, tornando a apontar a varinha para a doninha, ela
subiu uns três metros no ar, caiu com um baque úmido no chão e quicou de novo para
cima.

"Não gosto de gente que ataca um adversário pelas costas", rosnou Moody, enquanto
a doninha quicava cada vez mais alto, guinchando de dor. "Um ato nojento, covarde,
reles..." A doninha voava pelo ar, as pernas e a cauda sacudiam descontroladas

- Professor, pare, por favor, você vai machucar ele! – Gritava Hydra desesperada, em
meio à multidão que se divertia.
– Nunca... mais... torne... a... fazer... isso – continuou o professor, destacando cada
palavra para a doninha que batia no piso de pedra e tornava a subir.

– Prof. Moody! – chamou uma voz chocada. A Prof a Minerva vinha descendo a
escadaria com os braços carregados de livros.

– Olá, Profa McGonagall – cumprimentou Moody calmamente, fazendo a doninha


quicar ainda mais alto.

– Que... que é que o senhor está fazendo? – perguntou a professora seguindo com o
olhar a subida da doninha no ar.

– Ensinando – respondeu ele.

– Ensinan... Moody, isso é um aluno? – gritou a professora, os livros despencando dos


seus braços.

– É. – Não! – exclamou ela, descendo a escada correndo e puxando a própria varinha;


um momento depois, com um estampido, Draco reapareceu, caído embolado no chão,
os cabelos lisos e louros sobre o rosto agora muito vermelho. Ele se levantou, fazendo
uma careta e Hydra correu para ampará-lo.

– Moody, nunca usamos transformação em castigos! – disse a professora com a voz


fraca. – Certamente o Prof. Dumbledore deve ter-lhe dito isso?

– É, talvez ele tenha mencionado – respondeu Moody, coçando o queixo


displicentemente –, mas achei que um bom choque...

– Damos detenções, Moody! Ou falamos com o diretor da casa do faltoso!

– Vou fazer isso, então – disse Moody, encarando Draco com intenso desagrado. O
garoto, cujos olhos claros ainda lacrimejavam de dor e humilhação enquanto Hydra o
segurava, ergueu o rosto maldosamente para Moody e murmurou alguma coisa em
que se distinguiam as palavras "meu pai".

– Ah, é? – disse Moody em voz baixa, aproximando-se alguns passos, a pancada surda
de sua perna de pau ecoando pelo saguão. – Bom, conheço seu pai de outras eras,
moleque... diga a ele que Moody está de olho no filho dele... Diga-lhe isso por mim...
agora, imagino que o diretor de sua casa seja o Snape, não?

– É – respondeu Draco cheio de rancor.

– Outro velho amigo – rosnou Moody. – Estou querendo mesmo conversar com o
velho Snape... vamos, seu... –Tirando ele de Hydra e segurando o garoto pelo
antebraço saiu com ele em direção às masmorras.

- Rony me desculpe, ele não...

- Esquece Hydra, não é sua culpa, além do mais, isso foi demais – Disse Rony sorrindo
se referindo ao que aconteceu com Draco.

Os dois dias seguintes transcorreram sem grandes incidentes, as aulas realmente eram
muito mais difíceis no sexto ano do que Hydra imaginava. Peter e ela continuavam se
comunicando diariamente por cartas e ele parecia estar gostando muito do
treinamento do St Mungo's.

Hydra estava fazendo o dever de poções na sala comunal que estava quase deserta a
não ser por Harry Potter e Rony Weasley que também pareciam estar fazendo dever e
estranhamento por Fred e Jorge Weasley que estavam sentados com as cabeças
encostadas uma na outra, as penas na mão, examinando um pedaço de pergaminho.
Hydra estava tão ocupada que não deu muita atenção para o fato até que a voz de
Jorge ecoou baixinha pela sala.

– Não... assim parece que nós o estamos acusando. Temos que ter cuidado...

Então Jorge deu uma olhada na sala e viu que Harry e Hydra o observavam, apesar de
Harry disfarçar rapidamente.

Hydra continuou olhando curiosa e os gêmeos fizeram um sinal com a cabeça para
irem lá fora, ela deixou suas coisas na mesa e seguiu com eles para o lado de fora da
sala comunal, parando em um corredor.

- O que aconteceu com vocês? – Perguntou ela.


- Hydra, é um assunto ultra secreto, nós não podemos deixar que ninguém saiba –
Disse Fred sério

- Vocês estão me assustando, o que houve? Sabem que podem confiar em mim.

- Você se lembra do Ludo Bagman na Copa mundial? – Perguntou Jorge baixinho.

- Sim, claro que lembra, o que tem ele?

- Ele estava recebendo apostas, eu e Fred apostamos tudo que tínhamos no resultado
do jogo e ganhamos.

- Isso é ótimo! Por que estão assim então?

- Você se lembra do mascote do time da Irlanda? – Perguntou Fred ainda baixinho.

- Claro, os Leprechauns – Disse Hydra com a cabeça quase colada na dos gêmeos.

- Lembra que eles distribuíram moedas de ouro? – Perguntou Jorge

- Claro, lembro sim, papai não deixou eu pegar, o que tem isso?

- As moedas dos Leprechauns somem com o tempo e foi com nelas que o Ludo
Bagman nos pagou – Disse Fred baixinho porém furioso.

- Ai meu Deus eu não acredito! Deve ser um engano! – Disse Hydra.

- Bom, é isso que nós vamos ver, nós estamos escrevendo para ele para saber o que
houve e exigir nosso ouro – Disse Jorge

- Mas de uma forma delicada – Completou Fred

- Vocês querem ajuda?

- Por enquanto não, só não conte pra ninguém, ok? Só estamos lhe contando porque é
nossa melhor amiga – Disse Jorge.
Hydra se sentiu feliz pela confiança que os gêmeos tinham nela e prometeu não contar
nada a ninguém.

Depois de um tempo Hydra e os gêmeos voltaram para a sala comunal e Hydra contou
para eles como estava triste de ver Peter somente nos passeios a Hogsmeade.

- Nós podemos lhe ajudar com isso – Disse Fred.

- Como?

- Amanhã depois das aulas lhe mostraremos um meio de poder ver o Peter quando
você quiser.

Hydra ficou intrigada, quis saber mais mas decidiu esperar, logo depois subiu para o
quarto e foi dormir.

No dia seguinte, depois das aulas e antes do jantar, Fred e Jorge levaram Hydra até um
corredor no terceiro andar e pararam em frente à estátua de uma bruxa de um olho
só.

- O que estamos fazendo aqui exatamente? – Perguntou Hydra.

- Lhe oferecendo um presente – Disse Fred sorrindo

— Dissendium! — sussurrou Jorge dando uma batida na bruxa de pedra com a varinha.

Na mesma hora, a corcunda da estátua se abriu o suficiente para admitir uma pessoa
bem magra.

- Vá em frente – Disse Jorge

Hydra se içou de cabeça para dentro do buraco e deu um impulso para frente. Ele
deslizou um bom pedaço, descendo o que parecia um escorrega de pedra e aterrissou
na terra úmida e fria. Levantou-se, então, olhando a toda volta e estava tudo escuro,
Hydra sentiu Fred e Jorge atrás dela

— Lumus! — Disse Hydra e pôde ver que se encontrava em uma passagem muito
estreita, baixa e terrosa.
- Se você seguir essa passagem , você irá direto para Dedosdemel em Hogsmeade, o
mapa que mostra quando é seguro usar a passagem não está mais conosco, mas se
você tiver cuidado, por ir para lá sempre que quiser – Disse Jorge atrás de Hydra que
olhava admirada a passagem.

- Eu não acredito nisso meninos! Como vocês sabem desse lugar? Alguém mais sabe? –
Disse Hydra admirada.

- Só nós dois e o Harry Potter – Respondeu Fred

- E como vocês ficaram sabendo disso?

- É uma longa história que contamos depois, agora é melhor irmos embora – Disse
Jorge.

Eles voltaram pela passagem e Hydra agradeceu aos meninos, estava doida para
contar a novidade para Peter, agora poderia ver ele quando quisessem e não só
algumas vezes por ano.
CAPÍTULO 9

AS ESCOLAS EUROPEIAS

Sábado chegou e Hydra seguiu para a primeira lição com Snape, como de costume
desceu para a sala de Snape e bateu na porta.

- Entre – Anunciou a voz fria de Snape.

Hydra entrou como de costume colocando seu caldeirão na mesa de Snape e


aguardando as instruções.

- Veritaserum, o que pode me dizer sobre essa poção? – Perguntou Snape sentado em
sua cadeira.

- É a poção da verdade mais forte e perigosa que existe, apesar de não ser infalível –
Disse ela rápido, tinha lido sobre ela poucos dias antes em um livro de poções
avançadas.

- E quais as características dela?

- Não tem cheiro, sabor e é transparente e bastam apenas três gotas para que todos os
segredos da pessoa possam ser revelados.

- Esqueceu de dizer, senhorita Malfoy – Disse Snape a olhando friamente como sempre
– Que a poção leva alguns meses para ficar pronta, então teremos esse mês para
trabalhar nela.

- Nós vamos fazer Veritaserum? Mas eu achei que o uso dela era altamente controlado
pelo Ministério da magia – Disse Hydra admirada ainda parada em pé em frente à
mesa de Snape.

- O uso sim, mas eu sou professor de poções e tenho total permissão para fazê-la,
agora, separe penas do dedo-duro e vamos começar.

Hydra e Snape trabalharam por horas na poção que levaria ainda mais algumas
semanas para ficar pronta, Hydra voltou exausta para a sala comunal e foi direto para
a cama.
As semanas foram passando calmamente, Peter e Hydra não puderam se ver ainda, já
que ele não conseguia sair muito do hospital, mas ele continuava enviando cartas
diárias e prometera encontrá-la assim que tivesse uma folga, mas ela estava muito
frustrada por já fazer mais de um mês que não o via.

Os deveres de casa estavam cada vez mais difíceis e durante uma aula de Defesa
contra as artes das trevas, Moody chocou a todos dizendo que iria aplicar a maldição
Imperius em cada um deles.

- Mas é ilegal! – Exclamou Rita.

- O Professor Dumbledore quer que todos vocês aprendam qual é o efeito que ela
produz em uma pessoa – disse Moody, o olho mágico girando para a garota e se
fixando nela sem piscar – É melhor assim do que quando alguém tentar te atacar,
senhorita Orance.

O professor começou a chamar os alunos à frente e a lançar a maldição sobre eles, um


de cada vez. Hydra observou os colegas fazerem as coisas mais extraordinárias sob a
influência da Imperius, Fred e Jorge dançaram juntos, Angelina deu três piruetas
completas e Jeniffer correu pela sala.

- Malfoy, venha – Disse o professor.

Hydra deu um passo para frente, completamente assustada com o que poderia
acontecer.

– Imperio.

Foi uma sensação maravilhosa. Hydra sentiu que flutuava e todos os pensamentos e
preocupações em sua mente desapareceram suavemente, deixando apenas uma
felicidade vaga e inexplicável. Ela ficou ali extremamente relaxada, vagamente
consciente de que todos a observavam.

Então, ouviu a voz de Olho-Tonto Moody ecoar em uma célula distante do seu cérebro
vazio: Dance sozinha.

Hydra começou a dançar de um lado para o outro sem a mínima consciência do que
estava fazendo ou ligando se alguém estava vendo.
Depois de um tempo, Hydra não lembra como, voltou ao normal e teve noção do que
estava fazendo, ficou parada vermelha na frente da turma ainda se sentindo estranha
e tonta e Woody chamou outra pessoa.

- Eu preciso aprender a como resistir a isso – Disse ela baixinho para Angelina.

- Espero que ele nos mostre como.

Woody de fato disse que é preciso ter muita força de vontade para resistir a maldição
e fazendo alguns alunos repetirem até conseguirem, nenhum conseguiu totalmente,
mas Hydra chegou bem perto.

As únicas aulas que continuavam "tranquilas" para Hydra eram as de poções e


herbologia, ela se sentia muito agradecida quando ia ter uma delas.

Hydra viu uma grande aglomeração na entrada e Fred e Jorge que eram mais altos que
ela leram o aviso afixado no pé da escada para ela.

"TORNEIO TRIBRUXO

As delegações de Beauxbatons e Durmstrang chegarão às seis horas, sexta-feira, 30 de


outubro. As aulas terminarão uma hora antes...

Os alunos deverão guardar as mochilas e livros em seus dormitórios e se reunir na


entrada do castelo para receber os nossos hóspedes antes da Festa de Boas-Vindas."

- Ai eu nem acredito que finalmente vou ver minhas amigas daqui uma semana –
Sorriu Hydra.

- Elas vão vir mesmo? – Perguntou Jorge.

- Sim, duas delas vão, já me confirmaram por carta, mal posso esperar!

A fixação do aviso no saguão de entrada teve um efeito sensível nos moradores do


castelo. Durante a semana seguinte, parecia haver um assunto nas conversas, onde
quer que Hydra fosse: o Torneio Tribruxo. Os boatos voavam de um aluno para outro
como um germe excepcionalmente contagioso: quem ia tentar ser o campeão de
Hogwarts, que é que o torneio exigia, e em que os alunos de Beauxbatons e
Durmstrang se diferenciavam deles e muitos perguntavam a Hydra sobre os alunos de
Beauxbatons e como eles eram.

Quando eles desceram para o café na manhã do dia 30 de outubro, descobriram que o
Salão Principal fora ornamentado durante a noite. Grandes bandeiras de seda pendiam
das paredes, cada uma representando uma casa de Hogwarts – a vermelha com um
leão dourado da Grifinória, a azul com uma águia de bronze da Corvinal, a amarela
com um texugo negro da Lufa-Lufa e a verde com uma serpente de prata da Sonserina.
Por trás da mesa dos professores, a maior bandeira de todas tinha o brasão de
Hogwarts: leão, águia, texugo e serpente unidos em torno de uma grande letra "H".

Fred e Jorge conversavam com Hydra baixinho sobre como Ludo Bagman se recusava a
vê-los pessoalmente.

– É chato, sim – dizia Jorge a Fred. – Mas se ele não quer falar conosco pessoalmente,
temos que lhe mandar uma carta. Ou enfiá-la na mão dele, ele não pode ficar nos
evitando pra sempre.

– Quem é que está evitando vocês? – perguntou Rony, sentando-se ao lado deles.

– Gostaria que fosse você – disse Fred, mostrando-se irritado com a interrupção.

– Que é que é chato? – perguntou Rony a Jorge.

– Ter um babaca metido feito você como irmão – disse Jorge.

– Vocês já tiveram alguma ideia para o Torneio Tribruxo? – perguntou Harry. –


Continuaram pensando como vão tentar se inscrever?

– Perguntei a McGonagall como é que os campeões são escolhidos mas ela não quis
dizer – respondeu Jorge com amargura. – Só me disse para calar a boca e continuar
transformando o meu racum.

– Fico imaginando quais vão ser as tarefas – disse Rony pensativo. – Sabe, aposto que
poderíamos dar conta, Harry e eu já fizemos coisas perigosas antes...
– Não na frente de uma banca de juízes, isso vocês não fizeram – disse Fred. –
McGonagall disse que os campeões recebem pontos pela perfeição com que executam
as tarefas.

– Quem são os juízes? – perguntou Harry.

– Bem, os diretores das escolas participantes sempre fazem parte da banca – disse
Hermione e todos a olharam surpresos –, porque os três ficaram feridos durante o
torneio de 1792, quando um basilisco que os campeões deviam capturar saiu
destruindo tudo. Ela notou que todos a olhavam e disse, com o seu costumeiro ar de
impaciência quando via que ninguém mais lera os mesmos livros que ela: – Está tudo
em Hogwarts: uma história. Embora, é claro, esse livro não seja cem por cento
confiável. Uma história revista de Hogwarts seria um título mais preciso. Ou, então,
Uma história seletiva e muito parcial de Hogwarts, que aborda brevemente os
aspectos mais desfavoráveis da escola.

– Do que é que você está falando? – perguntou Rony.

Nem uma vez, em mais de mil páginas, Hogwarts: uma história mencionou que somos
todos coniventes na opressão de centenas de escravos!

Hydra lembrou que Hermione a tentou fazer com que ela pagasse dois sicles pelo
distintivo do F.A.L.E, uma associação para libertação dos Elfos domésticos.

"Você teve um e viu o quanto ele ficou feliz de ser libertado" Dizia ela para Hydra que
tinha que concordar, apesar de achar que Dobby era um caso especial e os outros Elfos
gostavam de servir as suas famílias e também talvez não fossem tão maltratados por
elas... Hydra acabou comprando o distintivo no final das contas.

Hydra olhava a decoração ao redor e Fred fingiu-se extremamente interessado no


bacon que havia em seu prato (os gêmeos tinham se recusado a comprar um distintivo
do F.A.L.E.). Jorge, no entanto, chegou para mais perto de Hermione.

– Escuta aqui, Mione, você já foi à cozinha?

– Não, claro que não – respondeu a garota secamente. – Nem posso imaginar que os
alunos devam...
– Bom, nós já fomos – disse Jorge, indicando Fred – várias vezes para afanar comida. E
encontramos os elfos e eles estão felizes. Acham que têm o melhor emprego do
mundo...

– É porque eles não têm instrução e sofrem lavagem cerebral! – começou Hermione
acaloradamente, mas suas palavras seguintes foram abafadas pelo ruído de asas que
vinha do alto anunciando a chegada das corujas com o correio.

Hydra recebeu os doces de sua mãe como sempre e a carta diária de Peter.

"Meu amor,

Eu consegui o próximo sábado (sem ser amanhã, o outro) livre para te encontrar, estou
muito ansioso e com saudades, por favor me responda dizendo se pode e o horário.

Com amor,

Peter Macmillan"

Hydra se alegrara muito com a notícia, finalmente iria rever Peter, arranjou um pedaço
de pergaminho e enviou a resposta na mesma coruja que trouxe o recado de Peter.

Havia uma sensação de agradável expectativa no ar aquele dia. Ninguém prestou


muita atenção às aulas, pois estavam bem mais interessados na chegada das comitivas
de Beauxbatons e Durmstrang à noite. Quando a sineta tocou mais cedo, Hydra subiu
para a Torre da Grifinória, largou as mochilas e os livros, conforme as instruções que
tinham recebido, vestiu a capa e desceu correndo para o saguão de entrada. Os
diretores das Casas estavam organizando os alunos em filas. Hydra havia se arrumado
especialmente o tanto quanto podia com o uniforme da escola.

Eles desceram os degraus da entrada e se enfileiraram diante do castelo. Fazia um fim


de tarde frio e límpido; o crepúsculo vinha chegando devagarinho e uma lua pálida e
transparente já brilhava sobre a Floresta Proibida.

- Senhorita Malfoy, como a senhorita é ex aluna da Beauxbatons, eu e Dumbledore


achamos que gostaria de ficar na fileira conosco para recepcionar sua antiga diretora e
seus amigos.
Hydra abriu um largo sorriso e disse que adoraria e seguiu Minerva para a última fileira
aonde os Professores e o diretor aguardavam, sob os olhares de seus amigos e alguns
outros alunos da escola.

Os alunos examinavam excitados e atentos os jardins cada vez mais escuros, mas nada
se movia; tudo estava quieto, silencioso, como sempre.

E então Dumbledore falou em voz alta da última fileira, onde aguardava com os outros
professores e Hydra:

– Aha! A não ser que eu muito me engane, a delegação de Beauxbatons está


chegando!

O coração de Hydra acelerou de alegria.

– Onde? – perguntaram muitos alunos ansiosos, olhando em diferentes direções.

– Ali! – gritou um aluno da sexta série, apontando para o céu sobre a Floresta. Alguma
coisa grande, muito maior do que uma vassoura – ou, na verdade, cem vassouras –,
voava em alta velocidade pelo céu azul-escuro em direção ao castelo, e se tornava
cada vez maior.

– É um dragão! – gritou esganiçada uma aluna da primeira série, perdendo


completamente a cabeça.

– Deixa de ser burra... É uma casa voadora! – disse Dênis Creevey, um rapazinho da
Grifinória.

O palpite de Dênis estava mais próximo... quando a sombra gigantesca e escura


sobrevoou as copas das árvores da Floresta Proibida, e as luzes que brilhavam nas
janelas do castelo a iluminaram, eles viram uma enorme carruagem azul-clara do
tamanho de um casarão, que voava para eles, puxada por doze cavalos alados, todos
baios, cada um parecendo um elefante de tão grande.

As três primeiras fileiras de alunos recuaram quando a carruagem foi baixando para
pousar a uma velocidade fantástica – então, com um baque estrondoso, os cascos dos
cavalos, maiores que pratos, bateram no chão. Um segundo mais tarde, a carruagem
também pousou, balançando sobre as imensas rodas, enquanto os cavalos dourados
agitavam as cabeçorras e reviravam os grandes olhos cor de fogo.

A porta da carruagem tinha um brasão (duas varinhas cruzadas, e de cada uma saíam
três estrelas) antes que ela se abrisse. Um garoto de vestes azul-claras, que Hydra
conhecia muito bem saltou da carruagem, curvado para a frente, mexeu por um
momento em alguma coisa que havia no chão da carruagem e abriu uma escadinha de
ouro. Em seguida, recuou respeitosamente. Então, Hydra viu um sapato preto e
lustroso sair de dentro da carruagem – um sapato do tamanho de um trenó de criança
– acompanhado, quase imediatamente, pela grande Madame Maxime, ela havia
esquecido como sua ex professora era alta, talvez maior que o Hagrid. Algumas
pessoas exclamaram.

- Madame Maxime! – Exclamou ela com alegria ao ver sua antiga diretora,
Dumbledore lançou para ela um olhar de aprovação.

Ao entrar no círculo de luz projetado pelo saguão de entrada, Madame Maxime


revelou seu rosto bonito de pele morena, grandes olhos negros que pareciam líquidos
e um nariz um tanto bicudo. Seus cabelos estavam puxados para trás e presos em um
coque na nuca. Vestia-se da cabeça aos pés de cetim negro, e brilhavam numerosas
opalas em seu pescoço e nos dedos grossos.

Dumbledore começou a aplaudir; os estudantes, acompanhando a deixa,


prorromperam em palmas, muitos deles nas pontas dos pés, para poder ver melhor a
mulher. O rosto dela se descontraiu em um gracioso sorriso e ela se dirigiu a
Dumbledore, estendendo a mão faiscante de anéis. O diretor, embora alto, mal
precisou se curvar para beijar-lhe a mão.

– Minha cara Madame Maxime – disse. – Bem-vinda a Hogwarts.

– Dumbly-dorr – disse Madame Maxime, com uma voz grave. – Esperro encontrrá-lo
de boa saúde.

– Excelente, obrigado – respondeu Dumbledore – Creio que se lembre de sua ex aluna,


Hydra Malfoy – Disse ele apontando para Hydra que sorria.

- Oui! Rai-dra, combien de temps – Disse a Madame Maxime em Francês.


- très longtemps Madame Maxime – Respondeu Hydra também em Francês para a
admiração de alguns professores e alunos que estavam ao redor.

Madame Maxime a cumprimentou e então virou para Dumbledore.

– Meus alunos – disse Madame Maxime, acenando descuidadamente uma de suas


enormes mãos para trás

Hydra então notou os doze garotos e garotas – todos, pelo físico, no fim da
adolescência e todos, Hydra já conhecia, pelo menos de vista, incluindo, suas melhores
amiga, haviam descido da carruagem e agora estavam parados atrás de Madame
Maxime. Eles tremiam de frio, o que Hydra entendia bem, pois suas vestes eram feitas
de finíssima seda e nenhum deles usava capa. Alguns tinham enrolado echarpes e
xales na cabeça, Hydra reconheceu logo na terceira fileira as suas duas amigas Gabriele
e Gisele e quis correr para abraçá-las, mas sabia que não podia naquele momento, mas
as três sorriam e acenavam. Hydra também reconheceu alguns outros amigos de classe
e alguns alunos do sétimo ano, mas não conseguiu ver todos.

– Karrkarroff já chegou? – perguntou Madame Maxime.

– Deve estar aqui a qualquer momento – disse Dumbledore.

– Gostaria de esperar aqui para recebê-lo ou prefere entrar para se aquecer um


pouco?

– Me aquecerr, acho. Mas os cavalos...

– O nosso professor de Trato das Criaturas Mágicas ficará encantado de cuidar deles –
disse Dumbledore – assim que terminar de resolver um probleminha que ocorreu com
alguns de seus outros... protegidos.

– Meus corrcéis ecsigem... hum... um trratadorr forrte – disse Madame Maxime, com
uma expressão de dúvida quanto à capacidade de um professor de Trato das Criaturas
Mágicas em Hogwarts para dar conta da tarefa. – Eles son muito forrtes.

– Posso lhe assegurar que Hagrid poderá cuidar da tarefa – disse o diretor, sorrindo.
– Ótimo – disse Madame Maxime, fazendo uma ligeira reverência –, por favorrr
inforrrme a esse Agrid que os cavalos só bebem uísque de um malte. – Farei isso –
respondeu Dumbledore, retribuindo a reverência.

– Venham – disse Madame Maxime imperiosamente aos seus alunos e o pessoal de


Hogwarts se afastou para deixá-los subir os degraus de pedra.

- Por que você não os acompanham senhorita Malfoy? Mostre aos nossos convidados
o caminho do salão principal, por favor. – Perguntou Dumbledore e Hydra concordou
na hora entrando na fileira de alunos da Beauxbatons, era incrível se sentir parte
daquela escola novamente.

Hydra se colocou ao lado das amigas e três se abraçaram discretamente enquanto


seguiam para o salão principal.

- Eu não acredito que vamos estudar juntas novamente – Hydra falava (sempre em
Francês) com elas.

- Eu sei, eu também não – Disse Gabrielle, que continuava com o lindo cabelo curto e
loiro e os olhos azul turquesa e verde.

- Uma pena a Desiré não poder vir – Disse Hydra – Queria tanto ela aqui também.

- Ela está bem, está namorando, os dois ficaram lá, felizes – Disse Gisele que também
continuava linda com seus cabelos muitos longos e negros e olhos igualmente negros –
Os rapazes daqui pareceram interessantes – Disse ela baixinho.

- Alguns realmente são – Riu Hydra.

- Você já viu quem veio conosco? – Perguntou Gabrielle

- Quem? – Perguntou Hydra olhando ao redor enquanto entravam no salão principal,


as meninas ficaram quietas um minuto olhando a decoração ao redor e o teto mágico,
então a Madame Maxime indicou que eles deveriam sentar na mesa que pertencia a
Corvinal.

Hydra então viu as duas pessoas que não esperava ver, Pierre Buvenu, um ex
namoradinho que estava agora no seu último ano, tinha o cabelo escuro e liso e olhos
verdes muitíssimo claros, era alto, forte e muito bonito e sorria e acenava para Hydra
que acenou de volta e ao lado deles, com um chalé na cabeça, Hydra reconheceu Fleur
Delacour, a moça de cabelos longos e loiros e muito bonita que sempre competira com
Hydra pela atenção dos rapazes o que Hydra achava injusto já que ela é parte Veela.

- Eu não acredito que eles vieram – Disse ela para as amigas.

- Claro que vieram, o que você esperava? – Disse Gisele ainda admirando ao redor – E
o Pierre falou de você a viagem inteira, mas já deixamos claro que você está
namorando.

- Pelo amor de Deus sim, eu não quero saber do Pierre, mesmo se eu estivesse
solteira! – Hydra ainda se ressentia pelo fato do rapaz ter deixado ela de lado na época
que estudava na Beauxbatons. O bruxo no entanto continuava a encarando de um
modo provocativo.

Madame Maxime dava instruções sobre como os alunos deveriam se comportar e agir
enquanto estivessem em Hogwarts.

- Quero todos agindo como se estivéssemos em nossa escola, com toda educação que
é exigida, não quero constrangimentos e quero que todos vejam a superioridade de
nossa escola – Dizia ela orgulhosa.

- Você senta aqui normalmente? – Perguntou Gisele se referindo a mesa da Corvinal.

- Não, mas o Peter sentava – Disse ela triste se lembrando da saudade que sentia de
seu namorado – Eu sento naquela mesa ali – Hydra apontou para a mesa que pertencia
a Grifinória.

- A, mas nós queremos ficar com você – Disse Gabrielle triste.

- Eu posso revezar entre vocês e eles, já fiz isso antes.


CAPÍTULO 10

O CÁLICE DE FOGO

Pouco tempo depois, Hydra notou que os estudantes da Durmstrang entraram junto
com os de Hogwarts no salão principal, eles estavam despindo os pesados casacos de
peles e olhando para o teto escuro e estrelado com expressões de interesse, Hydra
não ficou surpresa de eles terem escolhido a mesa da Sonserina para se sentarem mas
se surpreendeu de ver o jogador de Quadribol Vitor Krum entre eles.

Na mesa dos funcionários, Filch, o zelador, acrescentava cadeiras. Estava usando a


velha casaca mofada em homenagem à ocasião. Ele acrescentara duas cadeiras de
cada lado de Dumbledore.

Depois que todos os estudantes tinham entrado no salão e sentado às mesas das
Casas, vieram os professores, que se dirigiram à mesa principal e se sentaram. Os
últimos da fila foram o Prof. Dumbledore, o Prof. Karkaroff e Madame Maxime.
Quando a diretora apareceu, os alunos de Beauxbatons se levantaram imediatamente,
Hydra tinha se esquecido desse velho habito da antiga escola e suas amigas a olharam
com reprovação quando ela não levantou de imediato.

Alguns alunos de Hogwarts riram da atitude dos alunos da Beauxbatons mas Hydra
sabia que eles não ligavam, apesar de se sentir estranha se ser a única aluna de
Hogwarts a fazer o mesmo os alunos só tornaram a se sentar até que Madame Maxime
estivesse acomodada do lado esquerdo de Dumbledore. Este, porém, continuou em pé
e o Salão Principal ficou silencioso.

Os amigos de Hydra a olharam da mesa da Grifinória e ela fez sinal de quem iria
encontrar com eles depois.

- U lala, esses são os gêmeos? – Perguntou Gisele olhando para Fred e Jorge.

- Sim, eles mesmo, mas só o Jorge está disponível, ok? – Completou Hydra
rapidamente, apontando para o Jorge discretamente.

- Por que?
- Porque minha amiga Angelina é apaixonada pelo Fred e por favor eu não quero brigar
com ela de novo e nem magoar ela e nem que você magoe, então me prometa que
ficará longe dele.

- Como se eu precisasse promete – Disse Gisele e Gabrielle e Hydra riram, Gisele


sempre teve a personalidade muito namoradeira e nunca teve muitos critérios e
sempre teve muita beleza, uma combinação perigosa, sabia Hydra.

Dumbledore começou a falar e elas se calaram.

– Boa-noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes – disse


Dumbledore sorrindo para os alunos estrangeiros. – Tenho o prazer de dar as boas-
vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa.

Fleur, ainda segurando o xale na cabeça, deu uma inconfundível risadinha de zombaria
o que fez Hydra ficar irada, ela achava a menina extremamente irritante e esnobe.

- Muitos te acham esnobe também – Lembrava Gabrielle para infelicidade de Hydra


quando ela comentava sobre Fleur

– O torneio será oficialmente aberto no fim do banquete – disse Dumbledore. – Agora


convido todos a comer, beber e se fazer em casa! Ele se sentou, e Harry viu Karkaroff
se curvar na mesma hora para a frente e iniciar uma conversa com o diretor. As
travessas diante deles se encheram de comida como de costume. Os elfos domésticos
na cozinha pareciam ter se excedido; havia uma variedade de pratos à mesa que Hydra
jamais vira em Hogwarts, inclusive alguns decididamente estrangeiros e seus
preferidos.

- Bouillabaisse! – Exclamou Hydra colocando um pouco da comida Francesa no prato–


A quanto tempo não como isso!

De alguma forma o Salão Principal parecia muito mais cheio do que de costume, ainda
que só houvesse umas vinte pessoas a mais ali; talvez porque os uniformes de cores
diferentes se destacassem tão claramente contra o preto das vestes de Hogwarts.
Agora que tinham despido as peles, os alunos de Durmstrang deixavam ver que
usavam vestes de um intenso vermelho sangue.
Hydra notou quando Fleur foi até a mesa da Grifinória pegar mais Bouillabaisse e viu
que vários meninos a olhavam e alguns pareciam ter ficado temporariamente sem fala.

- Ai meu Deus vai começar de novo – Riu Gabrielle.

- O que? – Perguntou Hydra ainda com raiva.

- Você e Fleur disputando pra ver quem atrai mais olhares.

- EU NÃO FAÇO ISSO! – Disse Hydra indignada, mas suas amigas riram.

- Faz sim, vocês duas fazem, vocês sempre foram as mais bonitas da escola e sempre
souberam disso – Zombou Gisele e Hydra se sentiu ficar muito vermelha.

- Não, não é bem assim... – Gaguejou ela

- É sim e nós te amamos mesmo assim – Sorriu Gabrielle

Hydra parou pra pensar e realmente as vezes sua vaidade deixava falar mais alto e
realmente sempre teve uma pequena rivalidade com Fleur, mesmo sem querer.

Depois de um tempo, Hydra levou Gabrielle e Gisele para a mesa da Grifinória para
apresentar a seus amigos que ainda não a conheciam, muitas cabeças masculinas
viraram para ver as três, já que Gabrielle e Gisele, principalmente Gisele, também
eram muito bonitas.

Hydra pediu espaço e se sentou ao lado de Jorge e suas duas amigas ao seu lado.

- Meninos, essas são Gabrielle e Gisele – Disse ela apresentando as meninas a Fred,
Jorge e Lino que quase babavam.

- Enchanté – Respondeu Gisele visivelmente flertando com os meninos, Angelina não


gostou nada disso, estava claro em seu rosto.

- E vocês se lembram das minhas amigas Angelina e Alicia – As meninas acenaram


umas para as outras – E essa é Kate Bell, nossa amiga do quinto ano.
Depois de todos apresentados, Gisele ficou conversando com os meninos e Gabrielle
com as meninas.

- A Hydra também sentiu frio quando veio para cá – Dizia Alicia para Gabrielle – Deve
ser quente aonde vocês estudam.

- Oui, muito mais do que aqui – Disse Gabrielle simpática, das quatro amigas, Gabrielle
sempre foi a mais doce, sempre com um sorriso no rosto e uma palavra de afeto, sua
voz era suave e não tinha ninguém que não se apaixonasse por seu jeito meigo, nem
mesmo a ciumenta Angelina resistiu a sua amizade e se empolgou conversando com a
ela, esquecendo um pouco de Gisele que ainda conversava com os meninos sempre
mexendo nos longos cabelos negros.

Hydra olhou para a mesa dos funcionários e finalmente notou que as duas cadeiras
que estavam vazias acabavam de ser ocupadas. Ludo Bagman sentou-se agora do
outro lado do Prof. Karkaroff enquanto o Sr. Crouch, chefe de Percy, ficou ao lado de
Madame Maxime.

- O que seu irmão está fazendo ali? – Perguntou Hydra para Fred e Jorge que também
olharam surpresos para Percy.

- Não fazemos ideia! – Respondeu Jorge chocado.

- Hydra, é melhor voltarmos para a mesa com o resto da nossa escola, fique aqui com
seus amigos, depois nos falamos melhor – Disse Gabrielle se levantando com Gisele
(para a tristeza dos meninos e alivio de Angelina) e indo em direção a mesa da
Corvinal. Logo depois, os pratos foram limpos

- Sua amiga Gabrielle é um doce – Disse Kate.

- Sua amiga Gisele é uma... – Antes que Angelina pudesse completar, Dumbledore se
levantou mais uma vez. Neste momento, uma agradável tensão pareceu invadir o
salão. Fred e Jorge se curvaram para a frente, observando Dumbledore com grande
concentração.

– Chegou o momento – disse Dumbledore, sorrindo para o mar de rostos erguidos. – O


Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação
antes de mandar trazer o escrínio...
- O que? – Perguntou Lino.

– ... Apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. Mas, primeiramente,
gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch,
Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia – houve vagos e
educados aplausos –, e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e
Esportes Mágicos. O Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes
Mágicos. Houve uma rodada mais ruidosa de aplausos para Bagman do que para
Crouch, talvez por sua fama de batedor ou simplesmente porque ele parecia muito
mais simpático. Ele agradeceu com um aceno jovial. Bartolomeu Crouch não sorriu
nem acenou quando seu nome foi anunciado. Ao lembrar-se dele vestido com um
terno bem cortado na Copa Mundial de Quadribol. Fred e Jorge se olharam e Hydra
entendeu o que estavam pensando.

Nos últimos meses, o Sr. Bagman e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente na


organização do Torneio Tribruxo – continuou Dumbledore – e se juntarão a mim, ao
Prof. Karkaroff e à Madame Maxime na banca que julgará os esforços dos campeões.

À menção da palavra "campeões", a atenção dos estudantes que ouviam pareceu se


aguçar. Talvez Dumbledore tivesse notado essa repentina imobilidade, porque ele
sorriu e disse:

– O escrínio, então, por favor, Sr. Filch

Filch, que andara rondando despercebido um extremo do salão, se aproximou então


de Dumbledore, trazendo uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas. Tinha
uma aparência extremamente antiga. Um murmúrio de interesse se elevou das mesas
dos alunos;

– As instruções para as tarefas que os campeões deverão enfrentar este ano já foram
examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman – disse Dumbledore, enquanto Filch
depositava a arca cuidadosamente na mesa à frente do diretor –, e eles tomaram as
providências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o
ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... sua perícia
em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de
enfrentar o perigo
A esta última palavra, o salão mergulhou num silêncio tão absoluto que ninguém
parecia estar respirando.

– Como todos sabem, três campeões competem no torneio – continuou Dumbledore


calmamente –, um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada
uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da
terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz
imparcial... o Cálice de Fogo

Dumbledore puxou então sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio.
A tampa se abriu lentamente com um rangido. O bruxo enfiou a mão nele e tirou um
grande cálice de madeira toscamente talhado. Teria sido considerado totalmente
comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a
impressão de dançar. Dumbledore fechou o escrínio e pousou cuidadosamente o cálice
sobre a tampa, onde seria visível a todos no salão.

– Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever seu nome e escola claramente
em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice – disse Dumbledore. – Os
candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite,
Festa das Bruxas, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de
representar suas escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite,
onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir.

"Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à tentação", continuou
Dumbledore, "traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for
colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a
linha.

"E, finalmente, gostaria de incutir nos que querem competir, que ninguém deve se
inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o
campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice é
um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de ideia, uma vez que a pessoa se
torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e
alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na
hora de irmos nos deitar. Boa-noite a todos."

Hydra acenou e se despediu das amigas e seguiu com os amigos de Hogwarts para a
torre da Grifinória.
– Uma linha etária! – exclamou Fred Weasley, os olhos brilhando, enquanto
atravessavam o salão rumo às portas que se abriam para o saguão de entrada.

– Bom, isso deve ser contornável com uma Poção para Envelhecer, não? E depois que
o nome estiver no cálice, a gente vai ficar rindo, ele não vai saber dizer se você tem ou
não dezessete anos! Você faz uma para nós, não faz Hydra? – Perguntou Jorge.,

- Faço, apesar de continuar achando que não vai dar certo – Respondeu ela enquanto
caminhavam.

– Mas eu acho que ninguém abaixo de dezessete anos terá a menor chance – disse
Hermione –, ainda não aprendemos o suficiente...

– Fale por você – disse Jorge rispidamente. – Você vai tentar entrar, não vai, Harry?

Harry ficou pensativo e não respondeu.

– Onde está ele? – perguntou Rony, que não estava ouvindo uma só palavra dessa
conversa, e examinava a aglomeração de alunos para ver que fim levara Krum. –
Dumbledore não disse onde o pessoal de Durmstrang vai dormir, disse?

Mas sua pergunta foi respondida quase instantaneamente; os garotos estavam


passando pela mesa da Sonserina naquele momento e Karkaroff se apressava em
chegar aos seus alunos

– Voltamos ao navio, então – foi ele dizendo. – Vítor, como é que você está se
sentindo? Comeu o suficiente? Devo mandar buscar um pouco de quentão na cozinha?

Hydra viu Krum sacudir negativamente a cabeça e tornar a vestir as peles.

– Professor, eu gostaria de beber um pouco de vinho – disse outro garoto de


Durmstrang esperançoso.

– Eu não ofereci a você, Poliakoff – retorquiu Karkaroff, seu caloroso ar paternal


desaparecendo instantaneamente. – Vejo que derramou comida nas vestes outra vez,
moleque porcalhão...
Karkaroff lhe deu as costas e conduziu os alunos para fora, chegando à porta no
mesmo momento que Harry, Rony e Hermione. Harry parou para deixá-lo passar
primeiro, Hydra estava logo atrás.

– Obrigado – disse Karkaroff, olhando distraído para o garoto.

E então o bruxo estacou. Tornou a virar a cabeça para Harry e encarou-o como se não
pudesse acreditar no que via. Atrás do diretor, os alunos de Durmstrang pararam
também. Os olhos de Karkaroff percorreram lentamente o rosto de Harry e se
detiveram na cicatriz. Os alunos de Durmstrang miraram Harry cheios de curiosidade,
também.

– É, é o Harry Potter, sim – disse alguém com um rosnado às costas deles.

O Prof. Karkaroff virou-se completamente. Olho-Tonto Moody se achava parado ali,


apoiado pesadamente na bengala, o olho mágico encarando sem piscar o diretor de
Durmstrang.

A cor se esvaiu do rosto de Karkaroff enquanto Hydra observava a cena. Uma


expressão terrível, em que se misturavam a fúria e o medo, perpassou o rosto do
homem.

– Você! – exclamou ele, encarando Moody como se duvidasse de que realmente o via.

– Eu – disse Moody sério. – E a não ser que tenha alguma coisa a dizer a Potter,
Karkaroff, você talvez queira continuar andando. Está bloqueando a porta.

Era verdade; metade dos estudantes no salão aguardava atrás deles, espiando por
cima dos ombros uns dos outros para ver o que estava causando o engarrafamento.
Sem dizer mais uma palavra, o Prof. Karkaroff arrebanhou seus alunos e saiu. Moody
observou-o desaparecer de vista, seu olho mágico fixando as costas do bruxo, uma
expressão de intenso desagrado em seu rosto mutilado.

Hydra finalmente conseguiu subir para a torre da Grifinória com seus amigos, depois
de ficarem comentando um bom tempo, durante o caminho, sobre o que acabara de
acontecer com Harry, Moody e Karkaroff.
- Eu não acredito em tudo isso, você viu aqueles meninos da Durmstrang? Eles são
bem bonitinhos – Disse Alícia, se jogando em uma poltrona perto da lareira.

- Os da Beauxbatons também – Disse Kate.

- É, alguns...

- O que foi, Hydra? – Perguntou Angelina, notando a falta de ânimo da amiga em falar
dos meninos da Beauxbatons.

- Meu ex... Namorado, sei lá o que ele era, ele veio com a comitiva da Beauxbatons...

- Mais um ex namorado? Isso vai ser interessante – Disse Fred, se interessando na


conversa.

- Não vai não, porque eu não vou deixar ser, não quero nem papo com ele – Disse
Hydra, parecendo um pouco nervosa.

- Por que? O que foi que ele fez de tão grave assim? – Perguntou Angelina, muito
curiosa para saber a resposta.

- Nada, eu só não quero.

Ninguém, é claro, acreditou na resposta de Hydra e ficaram tentando insistir para


saber a verdade por um bom tempo, até finalmente desistirem.

- Você acha que eu tenho chance de ser campeã? – Perguntou Angelina, antes de subir
para dormir.

- Sim, claro que acho, que é melhor que você para isso aqui nessa escola? – Disse
Hydra, deixando a menina animada e abrindo um largo sorriso.

- Eu não sei, mas eu tenho medo de não ser escolhida...

- Medo por que? Se você não for, pelo menos vai ter tentado e isso já é maravilhoso,
Angelina.

- É... Você tem razão – Disse a menina.


CAPÍTULO 11

OS QUATRO CAMPEÕES

Fred, Jorge e Lino fizeram Hydra ficar acordada até tarde fazendo uma poção de
envelhecimento e acordar cedo para que eles a usassem.

Eles desceram para o café, viram umas vinte pessoas andando por ali, alguns comendo
torrada, todos examinando o Cálice de Fogo. A peça fora colocada no centro do saguão
sobre o banquinho que era usado para o Chapéu Seletor. Uma fina linha dourada fora
traçada no chão, formando um círculo de uns três metros de raio.

Fred, Jorge e Lino desceram na frente de Hydra que ainda estava sonolenta,
animadíssimos.

Quando os alcançou, ouviu Hermione falando com eles:

– Não tenho muita certeza de que isso vai dar certo – disse Hermione em tom de aviso.
– Tenho certeza de que Dumbledore terá pensado nessa possibilidade.

- Eu avisei isso para eles e não culpem minha poção se não der certo, eu realmente
acho um plano estúpido. – Disse Hydra, se sentindo mal humorada de tanto sono.

Fred, Jorge e Lino não lhe deram atenção.

– Pronto? – perguntou Fred aos outros dois, tremendo de excitação.

– Vamos então, eu vou primeiro... Fred tirou do bolso um pedaço de pergaminho com
as palavras "Fred Weasley – Hogwarts".

O garoto foi direto à linha e parou ali, balançando-se nas pontas dos pés como um
mergulhador se preparando para um salto de quinze metros. Depois, acompanhado
pelo olhar de todos que estavam no saguão, ele respirou fundo e atravessou a linha.

Por uma fração de segundo Hydra ficou chocada achando que o plano deu certo, Jorge
certamente pensara o mesmo, porque soltou um berro de triunfo e correu atrás de
Fred –, mas no momento seguinte, ouviram um chiado forte e os gêmeos foram
arremessados para fora do círculo dourado, como bolas de golfe. Eles aterrissaram
dolorosamente, a dez metros de distância no frio chão de pedra e, para piorar a
situação, ouviram um forte estalo e brotaram nos dois longas barbas brancas e
idênticas.

O saguão de entrada ecoou de risadas. Até Fred e Jorge se riram depois de se


levantarem e dar uma boa olhada nas barbas um do outro

– Eu avisei a vocês – disse uma voz grave e risonha, ao que todos se viraram e deram
com o Prof. Dumbledore saindo do Salão Principal. Ele examinou Fred e Jorge, com os
olhos cintilando. – Sugiro que os dois procurem Madame Pomfrey. Ela já está cuidando
da Srta. Fawcett da Corvinal e do Sr. Summers da Lufa-Lufa, que também resolveram
envelhecer um pouquinho. Embora eu deva dizer que as barbas deles não são tão
bonitas quanto as suas.

Hydra se sentiu sem graça, como se Dumbledore fosse adivinhar que ela era a autora
da poção. Fred e Jorge seguiram para a ala hospitalar acompanhados por Lino, que
rolava de rir, mas dispensaram Hydra falando para ela ir tomar café e deixar que eles
resolviam isso.

- Ok, mas eu avisei! – Disse ela.

Hydra então viu Angelina se aproximando.

- Hydra, eu vou colocar o meu nome – Disse ela sorrindo.

- Vai, vou torcer por você! – Disse ela, a animando.

Ela então entrou na linha e depositou seu nome no cálice, As pessoas estavam
aplaudindo no saguão de entrada e Hydra entrou com Angelina no salão principal.

Angelina e Hydra sentaram perto de Harry, Rony e Hermione.

– Bom, está feito! Depositei o meu nome!

– Você está brincando! – disse Rony, parecendo impressionado.

– Então você já fez dezessete? – perguntou Harry

– Claro que sim. Você está vendo alguma barba? – respondeu Ron
– Fiz anos na semana passada – disse Angelina.

– Fico feliz que alguém da Grifinória esteja concorrendo – comentou Hermione. –


Espero sinceramente que você seja escolhida, Angelina!

– Obrigada, Hermione – agradeceu Angelina, sorrindo para ela.

– É, é melhor você do que o Zé Bonitinho Diggory – disse Simas, um aluno do quarto


ano fazendo vários alunos da Lufa-Lufa que passavam pela mesa amarrarem a cara
para ele.

Hydra achou melhor não comentar que achava Cedric uma pessoa muito educada,
além de lindo, apesar de torcer é claro para Angelina.

Os alunos de Beauxbatons entravam no castelo, vindo dos jardim. O pessoal


aglomerado à volta do cálice se afastou para deixá-los passar, observando-os ansiosos.
Madame Maxime entrou atrás dos alunos e organizou-os em fila. Um a um eles
atravessaram a linha etária e depositaram seus pedaços de pergaminho nas chamas
branco-azuladas. A cada nome inscrito o fogo se avermelhava e faiscava por um breve
instante.

- Eu espero que a sua amiga Gabrielle ganhe – Disse Angelina quando a menina
depositou o nome no cálice (Hydra aplaudia enquanto isso)

- Eu também, ela ou a Gisele – Sorriu Hydra acenando para as amigas.

Depois que os alunos de Beauxbatons se inscreveram, Madame Maxime levou-os de


volta aos jardins.

- Je voulais leur parler – Disse Hydra, sem pensar.

- Hydra, você está falando Francês – Disse Angelina, olhando confusa para a menina.

- Perdão, acho que esse ano vai me deixar bastante confusa com as duas línguas.

Hydra seguiu para a ala hospitalar para ver como Fred e Jorge estavam depois do café.
- Vão ficar bem – Disse a Madame Pomfrey raivosa – Foi uma tentativa bem idiota e
uma poção bem forte.

Hydra se sentiu corar, afinal ela preparara a poção. Olhou para os gêmeos que tinha a
barba menor e estavam deitados em duas camas.

- Eu avisei vai...

- Eu sei, mas valeu a tentativa – Disse Fred rindo.

- Vocês até que ficam bem de barba, deveriam pensar em adotar o estilo – Brincou
Hydra puxando a barba de Jorge.

- Será que sua amiga Francesa iria gostar? – Brincou Jorge de volta.

- Talvez...

- Elas estão solteiras, Hydra? – Perguntou Fred.

- Sim, mas Fred, talvez você não devesse ir atrás delas – Hydra estava sem graça, não
podia contar o segredo de Angelina, mas não sabia como iria fazer Fred desistir das
meninas se não fizesse.

- Por que não? – Perguntou ele surpreso.

- Porque tem alguém que gosta de você e ficaria muito triste se você fizesse isso.

- Quem??? – Perguntaram os dois ao mesmo tempo levantando da cama e se


sentando.

- Uma amiga... -- Hydra estava realmente muito sem graça.

- Quem Hydra? Agora fala vai, por favor! – Intimou Fred.

- Ai Fred, é a Angelina, não conta pra ela vai, por favor....

Fred ficou congelado por alguns segundos, Jorge ria muito e parecia se divertir.
- Eu posso ir atrás das suas amigas então? – Perguntou ele enquanto Fred ainda estava
imóvel.

- Pode, você pode – Jorge se sentiu satisfeito com a confirmação de Hydra.

- A Angelina gosta de mim? Você tem certeza Hydra? – Finalmente perguntou Fred
ainda em choque e pálido.

- É claro que eu tenho certeza, sempre gostou, vocês até se beijaram ano passado não
foi?

- Você contou para a Hydra? – Perguntou Fred, olhando feio para Jorge.

- Não!

- A Angelina que me contou e desde quando vocês guardam segredos de mim? –


Perguntou Hydra, indignada.

- É que a gente achou melhor não comentar sobre, porque, sei lá, foi só um beijo –
Disse Fred.

- Você sabe como é – Disse Jorge e Hydra sabia do que ele estava falando, do beijo
deles e ficou imediatamente vermelha.

- É, eu sei disso também – Comentou Fred olhando para os dois.

- Você sabe? – Perguntou Hydra, agora também olhando feio para Jorge.

- Ele é meu irmão gêmeo, eu não podia evitar... – Se defendeu o menino.

- Mas isso é diferente, o Jorge e eu somos amigos, quase irmãos, você e Angelina... Ok,
são amigos também, mas não é a mesma coisa – Disse Hydra.

- Ela é uma garota legal e bonita – Sorriu Jorge, falando com o irmão.

- Eu nunca pensei nisso – Fred parecia realmente muito admirado e sem fala – Eu
preciso pensar sobre...
Hydra deixou os meninos quando Madame Pomfrey disse que já era visita o suficiente,
encontrou o Professor Snape que disse que a aula da noite seria cancelada devido a
festa de Halloween e seguiu para a entrada do castelo onde encontrou suas amigas
Gisele e Gabrielle.

- Finalmente a Madame Maxime deixou a gente sair um pouco – Disse Gisele, vindo em
sua direção enquanto observava um grupo de alunos do sétimo ano de Hogwarts que
também a olhavam.

- Gisele, você não tem jeito – Brincou Gabrielle vindo logo atrás.

As três se sentaram em um degrau de pedra do castelo e ficaram conversando (as duas


meninas Francesas com frio) sobre o ano que tiveram separadas.

- Eu não acredito que seu pai fez isso – Disse Gabrielle quando Hydra contou sobre a
Copa Mundial de quadribol.

- Acredite, ele é capaz de coisa pior.

Nesse momento Draco passou em direção as três parecendo muito sem graça,
acompanhado de seus dois capangas de sempre, Gisele aproveitou a situação para
como sempre, provocar Draco.

- Draco, como está crescido – Disse ela sorrindo e deixando o rapaz vermelho.

- É, é, você também está, quero dizer, está – Draco se atrapalhou tanto com as
palavras que simplesmente saiu sem dizer coisa com coisa correndo em direção ao
castelo com os amigos o seguindo.

- Você tem que parar com isso – Disse Hydra.

- Não é como se eu estivesse brincando com os sentimentos dele nem nada, ele só tem
uma quedinha por mim, nada demais – Disse Gisele.

- Você gosta, né Gisele? – Brincou Gabrielle.

Nesse momento, vindo da floresta, Pierre Buvenu vinha na direção das três.
- Boa tarde meninas – Disse ele galante se sentando em frente para Hydra.

- Pierre, quanto tempo, não? – Disse Hydra seca desejando que ele fosse embora.

- Sim, vejo que seu Francês não enferrujou, isso é bom, continua muito bonita
também, isso é ótimo...

- Pierre, deixa a Hydra em paz vai... – Disse Gisele

- Eu não estou fazendo nada, estou aqui como um antigo amigo e adoraria ver esse tal
namorado que vocês disseram tanto que ela tem – Disse ele sarcástico.

- Ele já se formou – Respondeu Hydra seca

- A! Então não está aqui? – Hydra notou o sorriso irônico de Pierre enquanto ele falava
– Que peninha, não? Ele vai estar esse ano inteiro fora enquanto eu estarei aqui, ao
seu lado todos os dias... Bem, vejo vocês depois – O rapaz se levantou rindo e foi em
direção ao castelo.

- Qual é o problema dele? – Perguntou Hydra irritada.

- O problema dele é que ele e Gisele tem muito em comum, se é que você me entende
– Respondeu Gabrielle sem que Gisele ouvisse.

As meninas voltaram para a carruagem para se preparar para o jantar e Hydra foi até a
torre da Grifinória para se preparar também, a presença de Fleur com certeza foi um
dos motivos que a fez se vestir da melhor maneira possível para o evento.

- Uau, vai a um encontro ou algo do tipo? – Perguntou Alícia quando a viu.

- Não, só quis me arrumar um pouco mais – Afirmou Hydra, um pouco sem graça.

O salão na hora do jantar estava iluminado por velas estava quase cheio. O Cálice de
Fogo fora mudado de lugar; agora se encontrava diante da cadeira vazia de
Dumbledore, à mesa dos professores, Hydra se sentou ao lado de Fred e Jorge que já
estavam de cara lisa novamente.

- E ai meninos, estão melhor? – Perguntou Hydra


- Pensando nas coisas... – Disse Fred, sendo vago.

Hermione, Harry e Rony se sentaram perto deles.

– Espero que seja Angelina – disse Fred, quando Harry, Rony e Hermione se sentaram.

– Eu também! – disse Hermione sem fôlego. – Bom, vamos saber daqui a pouco!

A Festa das Bruxas pareceu durar muito mais do que habitualmente e Hydra se dividiu
entre as duas mesas, da Grifinória e Corvinal, depois trouxe as amigas para a mesa da
Grifinória (elas ficaram um pouco e dessa vez, Fred não flertou com Gisele)

Todas as pessoas no salão, a julgar pelas constantes espichadas de pescoços, as


expressões impacientes nos rostos, o desassossego de todos que se levantavam para
ver se Dumbledore já acabara de comer, simplesmente queriam que os pratos fossem
retirados e os nomes dos campeões anunciados.

Hydra foi até a mesa da Corvinal com as amigas depois de um tempo e Fleur
finalmente veio falar com ela.

- Rai-Drá! Que bom te ver- Disse ela sorrindo com seus dentes brancos e iguais de
maneira que quase parecia sincera.

- Que bom te ver também, querida, está linda como sempre – Até Hydra se
surpreendeu com a capacidade de falsidade que estava tendo.

- Você também, como sempre, mesmo nesse uniforme horrível de vocês – Gabrielle
pressionou o braço de Hydra com medo que ela dissesse algo, mas ela continuou com
o mesmo tom de antes.

- Pois é, não é tão bonito quando o da Beauxbaton, concordo.

- Bem, nada aqui é – Disse Fleur olhando ao redor – Mas bem, deve servir pelo ano, foi
um prazer revê-la, espero que possamos nos falar mais depois.

- Claro, será sempre um prazer – Hydra disse forçando um sorriso e Fleur se virou para
sentar no lugar onde estava.
- Você, que atriz! – Brincou Gisele rindo.

- Incrível – Ria também Gabrielle.

Depois de muito tempo, os pratos voltaram ao estado de limpeza inicial; houve um


aumento acentuado no volume dos ruídos no salão, que caiu quase instantaneamente
quando Dumbledore se ergueu. A cada lado dele, o Prof. Karkaroff e Madame Maxime
pareciam tão tensos e ansiosos quanto os demais. Ludo Bagman sorria e piscava para
vários alunos. O Sr. Crouch, porém, parecia bastante desinteressado, quase entediado.
Hydra decidiu voltar para a mesa da Grifinória sem as amigas para esperar junto com
Angelina pelo resultado.

– Bom, o Cálice de Fogo está quase pronto para decidir – disse Dumbledore. – Estimo
que só precise de mais um minuto. Agora, quando os nomes dos campeões forem
chamados, eu pediria que eles viessem até este lado do salão, passassem diante da
mesa dos professores e entrassem na câmara ao lado – ele indicou a porta atrás da
mesa –, onde receberão as primeiras instruções.

Ele puxou, então, a varinha e fez um gesto amplo; na mesma hora todas as velas,
exceto as que estavam dentro das abóboras recortadas, se apagaram, mergulhando o
salão na penumbra. O Cálice de Fogo agora brilhava com mais intensidade do que
qualquer outra coisa ali, a brancura azulada das chamas que faiscavam vivamente
quase fazia os olhos doerem. Todos observavam à espera... alguns consultavam os
relógios a todo momento...

– A qualquer segundo agora – sussurrou Lino Jordan.

Angelina parecia pálida e sem fôlego e apertava forte a mão de Hydra.

As chamas dentro do Cálice de repente tornaram a se avermelhar. Começaram a soltar


faíscas. No momento seguinte, uma língua de fogo se ergueu no ar, e expeliu um
pedaço de pergaminho chamuscado – o salão inteiro prendeu a respiração.
Dumbledore apanhou o pergaminho e segurou-o à distância do braço, de modo a
poder lê-lo à luz das chamas, que voltaram a ficar branco-azuladas.

– O campeão de Durmstrang – leu ele em alto e bom som – será Vítor Krum
– Grande surpresa! – berrou Rony, ao mesmo tempo que uma tempestade de aplausos
e vivas percorreu o salão.

Hydra viu Vítor Krum se levantar da mesa da Sonserina e se encaminhar com as costas
curvas para Dumbledore; ele virou à direita, passou diante da mesa dos professores e
desapareceu pela porta que levava à câmara vizinha

– Bravo, Vítor! – disse Karkaroff com a voz tão retumbante que todos puderam ouvi-lo
apesar dos aplausos. – Eu sabia que você era capaz!

Os aplausos e comentários morreram. Agora todas as atenções tornaram a se


concentrar no Cálice de Fogo, que, segundos depois, tornou a se avermelhar. Um
segundo pedaço de pergaminho voou de dentro dele, lançado pelas chamas.

– O campeão de Beauxbatons é Fleur Delacour!

- NÃO! – Gritou Hydra, alto o suficiente para os seus amigos a encarassem espantados,
mas não alto o suficiente para que Fleur ouvissem.

- Eu sinto muito – Disse ela movendo apenas os lábios para Gabrielle e Gisele que
pareciam arrasadas, duas meninas do sétimo ano se debulhavam-se em lágrimas e
soluçavam, com as cabeças deitadas nos braços.

"Pelo menos elas não estão fazendo isso" Pensou Hydra.

- É uma pena, queria que sua amiga Gabrielle ganhasse – Disse Angelina solidária
(ainda apertando a mão de Hydra com força)

Quando Fleur Delacour também desapareceu na câmara vizinha, todos tornaram a


fazer silêncio, mas desta vez foi um silêncio tão pesado de excitação que quase dava
para sentir seu gosto. O campeão de Hogwarts é o próximo... E o Cálice de Fogo ficou
mais uma vez vermelho; jorraram faíscas dele; a língua de fogo ergueu-se muito alto
no ar e de sua ponta Dumbledore tirou o terceiro pedaço de pergaminho.

– O campeão de Hogwarts – anunciou ele – é Cedrico Diggory!

- Não! – Disseram algumas vozes da Grifinória enquanto Hydra e os amigos


consolavam Angelina que parecia ter aceitado a derrota bem.
Cada um dos alunos da Lufa-Lufa ficou de pé, gritando e sapateando, quando Cedric
passou por eles, um enorme sorriso no rosto, e se encaminhou para a câmara atrás da
mesa dos professores. Na verdade, os aplausos para Cedrico foram tão longos que
passou algum tempo até que Dumbledore pudesse se fazer ouvir novamente

– Excelente! – exclamou Dumbledore feliz, quando finalmente o tumulto serenou. –


Muito bem, agora temos os nossos três campeões. Estou certo de que posso contar
com todos, inclusive com os demais alunos de Beauxbatons e Durmstrang, para
oferecer aos nossos campeões todo o apoio que puderem. Torcendo pelo seus
campeões, vocês contribuirão de maneira muito real...

Mas Dumbledore parou inesperadamente de falar, e tornou-se óbvio para todos o que
o distraíra.

O fogo no cálice acabara de se avermelhar outra vez. Expeliu faíscas. Uma longa chama
elevou-se subitamente no ar e ergueu mais um pedaço de pergaminho. Com um gesto
aparentemente automático, Dumbledore estendeu a mão e apanhou o pergaminho.
Ergueu-o e seus olhos se arregalaram para o nome que viu escrito. Houve uma longa
pausa, durante a qual o bruxo mirou o pergaminho em suas mãos e todos no salão
fixaram o olhar em Dumbledore. Ele pigarreou e leu...

– Harry Potter!

Harry ficou sentado ali e todos do salão olharam para ele, Hydra ficou sem ação, sem
saber o que falar ou dizer ou acreditar no que estava acontecendo.

Não houve aplausos. Um zunido, como o de abelhas enraivecidas, começou a encher o


salão; alguns estudantes ficaram em pé para ter uma visão melhor de Harry, sentado
ali, imóvel, em sua cadeira.

Na mesa principal, a Prof a Minerva se levantara e passara por Ludo Bagman e pelo
Prof. Karkaroff para cochichar urgentemente com o Prof. Dumbledore, que inclinara a
cabeça para ela, franzindo ligeiramente a testa.

– Eu não inscrevi meu nome – disse para os amigos Hermione e Rony. – Vocês sabem
que não.
Na mesa principal, o Prof. Dumbledore se aprumou, acenando a cabeça
afirmativamente para a Prof a Minerva. – Harry Potter! – tornou ele a chamar.

– Harry! Aqui, se me faz o favor!

O garoto ficou de pé, pisou na barra das vestes e tropeçou brevemente. Saiu pelo
espaço entre as mesas da Grifinória e da Lufa-Lufa. Todos observavam chocados, O
zum-zum não parava de crescer. Depois do que lhe pareceu uma hora, o garoto
chegou diante de Dumbledore, sentindo fixos nele os olhares dos professores.

- Não é possível, como ele fez isso? – Perguntou Fred

- Ele não tem dezessete anos! – Gritou alguém que Hydra não viu quem.

- Não é justo!

- Cedrico é o campeão!

O barulho só crescia e Hydra continuava sem saber o que falar, Ludo Bagman e depois
os diretores, Sr Crouch e alguns professores entraram pela mesma sala que Harry
passara.

- Eles vão dar um jeito, ele não vai poder competir, não é? – Disse Hydra finalmente

- Eu não sei, eu sinceramente não sei – Disse Angelina também chocada.

- Pelo menos ele é da Grifinória – Disse Lino e todos concordaram.

- É genial, eu só não sei como ele fez, mas é genial – Disse Fred

- Eu estou feliz pelo Harry, pelo menos ele é da Grifinória – Angelina parecia realmente
sincera ao falar isso.

Depois de um tempo, os estudantes foram obrigados a voltar para suas salas


comunais, Hydra seguiu para a torre da Grifinória ainda chocada com tudo, lá dentro,
todos aguardavam a chegada de Harry ansiosos, os ânimos já estavam mais calmos e
finalmente pareciam aceitar e querer comemorar o fato de um campeão ser da
Grifinória, Fred e Jorge foram até a cozinha arranjar os preparativos para a festa.
O estardalhaço quando Harry entrou foi tanto que feriu os ouvidos de Hydra o menino
estava sendo arrastado para dentro da sala por uns doze pares de mãos, diante dos
alunos da Grifinória em peso, que gritavam, aplaudiam e assobiavam.

– Devia ter nos avisado de que tinha se inscrito! – berrou Fred; parecia meio
aborrecido e meio impressionado.

– Como foi que você fez isso, sem ficar barbudo? Genial – rugiu Jorge.

– Não fiz – disse Harry. – Não sei como foi que...

Mas Angelina agora se atirava em cima dele.

– Ah, se não pôde ser eu, pelo menos foi alguém da Grifinória...

– Você vai poder dar o troco ao Diggory por aquela última partida de quadribol, Harry!
– gritou a voz fina de Katie Bell,

- Parabéns Harry – Gritava Hydra.

– Temos comida, Harry, venha comer alguma coisa...

– Não estou com fome, comi bastante no banquete – Respondeu o rapaz ainda
atortuado.

Lino Jordan desencavara uma bandeira da Grifinória em algum lugar, e insistia em


enrolá-la em Harry como uma capa.

A festa estava animada e Hydra finalmente passada a confusão mental, estava


verdadeiramente feliz por Harry.

– Estou cansado! – ouviu Harry berrar depois de quase meia hora. – Não, é sério,
Jorge, vou me deitar...

- A gente comemora sem ele então! - Berrou Jorge e a festa se estendeu por muito
tempo.
- Você está bem de verdade? – Perguntou Hydra para Angelina enquanto as duas
bebiam cerveja amanteigada.

- Estou, realmente estou feliz por ter sido alguém da nossa casa, apesar de não eu...

- E eu estou realmente infeliz por ter sido a Fleur a campeã da Beauxbatons... – Disse
Hydra

- Aquela menina bonita? Por que? – Perguntou Jorge que sentara perto delas com Fred
(que parecia nervoso ao lado de Angelina)

- Porque ela é metida, se acha a melhor – Bravejou Hydra sem sentir.

- Hydra, você é meio metida também vai, ou pelo menos era... – Disse Jorge rindo e
Hydra eu um tapa em seu braço.

- NÃO SOU! – Gritou ela.

- É sim, mas nós te amamos mesmo assim – Disseram Fred e Jorge beijando cada um
uma bochecha de Hydra e se levantado.

- Eu não sou metida – Repetiu ela para Angelina que ria sem parar.

- Não com a gente, mas é a primeira impressão que você passa vai... – Disse ela
delicadamente e Hydra ficou calada, realmente devia ser verdade já que ouvia isso de
várias pessoas, todos os anos na casa dos Malfoy realmente deviam ter afetado ela de
alguma forma.

- Mas a Fleur é de verdade, tem que ver como ela falou de Hogwarts para mim, com
desprezo.

- Você também parecia ter desprezo pro Hogwarts assim que chegou...

- Você está do meu lado ou não? – Gritou Hydra, irritada e Angelina riu mais ainda do
que antes.
CAPÍTULO 12

APOIE CEDRIC DIGGORY

No dia seguinte, Hydra escreveu uma carta explicando todos os acontecimentos para
Peter e desceu para o café, chegando no salão principal, não viu sinal de Harry Potter,
se sentou ao lado de Gabrielle e Gisele.

- Madame Maxime está furiosa– Disse Gisele comendo um brioche.

- Ela acha que Hogwarts está roubando, que não é justo – Completou Gabrielle – Para
ser sincera eu também acho, se fosse para ter dois campeões, nós também teríamos
que ter esse direito.

- Harry jura que não colocou o nome na taça, eu sinceramente não vejo como ele
poderia, além disso, Dumbledore jamais faria algo desonesto, eu confio nele – Disse
Hydra firme.

- Se eles já começaram roubando desse jeito, imagina o que não vão fazer mais para
frente – Gritava Fleur, em Francês de modo que ninguém da Corvinal entendia o que
ela falava, somente as pessoas da Beauxbatons.

Hydra ia se manifestar, mas as corujas chegaram e ela pegou sua carta diária do Peter
e enviou a nova depois de ler.

- Alguma novidade? – Perguntou Gabrielle

- Não, só coisas do trabalho, ele parece estar gostando muito.

- Eu nunca pensei em te ver assim, apaixonada por um garoto a ponto de ficar com ele
mesmo sem estar perto. – Disse Gisele.

- Nem eu para ser sincera, mas eu realmente amo o Peter, eu sinto tanta saudade que
chega a doer... – Disse Hydra triste.

- Eu lembro dele no seu aniversário, realmente um homem daquele eu também


sentiria – Brincou Gisele e Gabrielle e Hydra riram.

Nesse momento, Jeniffer passava pela mesa e Hydra a chamou para conhecer suas
amigas.
- Essa é Jeniffer, ela irmã do Peter, essas são Gabrielle e Gisele – Disse Hydra
apresentando as três enquanto Jeniffer se sentava ao lado de Gisele.

- Enchanté – Responderam Gisele e Gabrielle.

- Inglês meninas, por favor... – Disse Hydra.

- Eu sei, é um prazer conhecer você Je ni fer, mas acho que já nos vimos no aniversário
de Hydra, certo? – Disse Gabrielle com dificuldade, seu inglês não era perfeito, as dava
para entender bem.

- O prazer é meu, sim, nos vimos sim. – Disse Jeniffer simpática – Hydra falou muito de
vocês nas férias.

- Ela contou tudo sobre você e sua família nas cartas que nos enviou também – Disse
Gisele que tinha o inglês um pouco melhor – Pessoas maravilhosas pelo que ela disse.

- Hydra que é ótima, uma cunhada maravilhosa, deixou meu irmão doidinho– Brincou
Jeniffer

- Seu irmão e tantos outros – Gisele disse e Hydra deu uma cotovelada em seu braço –
Mas é claro que com ele parece ser muito diferente – Completou ela.

- Jeniffer namora um homem mais velho, trabalha no Ministério da magia – Disse


Hydra querendo mudar de assunto.

- Muito bom, homens mais velhos são fascinantes – Disse Gisele empolgada.

- Sim, ele tem 21 anos, é uma pessoa maravilhosa, assim como Hydra eu sei bem o que
é namorar sem poder ver a pessoa sempre – Disse Jennifer triste.

Hydra sentiu vontade de contar para ela sobre a passagem secreta, mas sabia que não
podia sem a permissão dos gêmeos, iria pedir se Jeniffer também podia compartilhar
do segredo.

O domingo correu rápido, Hydra, Gisele e Gabrielle passaram muito tempo na


biblioteca, Hydra tentava colocar as meninas a par de toda lição que foi dada até ali já
que elas assistiriam aulas juntas.
- Nós vamos fazer nossas provas esse ano, se lembra? – Disse Gabrielle nervosa –
Como vou aprender tudo que preciso se não entendo o idioma direito?

- Calma, eu vou ajudar vocês, eu fiz meus N.O.M.s ano passado e ano que vem temos
os N.I.E.M.s, eu vou ajudar vocês a estudarem para os seus exames e vocês me ajudam
com os encantamentos não verbais.

- Fechado – Disseram as duas.

Os dias seguintes foram dificeis para Harry Potter pelo que Hydra pode ver, fora da
Grifinória praticamente ninguém o apoiava e a Lufa-Lufa parecia irada.

Hydra notou um dia a caminho da aula que Draco e alguns alunos usavam um
distintivo no peito.

- Draco, o que é isso? – Disse ela parando o menino e vendo o distintivo que dizia em
letras luminosas vermelhas.

Apoie CEDRICO DIGGORY –

o VERDADEIRO campeão de Hogwarts.

- Gostou? Olha só – Disse ele e apertou o distintivo contra o peito, a mensagem


desapareceu e foi substituída por outra, que emitia uma luz verde:

POTTER FEDE

- Que coisa ridícula e infantil – Disse Gisele que estava perto. Draco parecia que iria se
desfazer de tanta vergonha, ficou extremamente vermelho com vergonha.

A aula de poção estava bem complicada para os demais alunos, que foram pedidos
para preparar antídotos para diversas poções, apenas Hydra e mais uma aluna da
Corvinal conseguiram se sair bem.

- Lamentável, o que vocês estão fazendo nas aulas de N.I.E.M.s? – Disse Snape se
dirigindo ao resto da turma.

O que animava Hydra era a perspectiva de ver Peter em breve.


- Eu preciso arrumar um jeito seguro de entrar e sair da passagem secreta – Disse
Hydra para Fred e Jorge na sentada em uma poltrona na sala comunal da Grifinória.

- Eu e Jorge usávamos um mapa, mas não temos mais ele. – Disse Fred.

- Eu pesquisei na biblioteca, tem um feitiço que me diz se tem pessoas ao redor de


onde eu lançar ele, mas eu nunca usei antes e eu preciso testar, então preciso que
vocês me ajudem – Disse Hydra falando baixinho com os dois.

- Sem problemas – Responderam os dois.

- Outra coisa, a Jeniffer, ela...

- Pode parando ai Hydra, eu sinto muito mas não podemos contar para mais ninguém
dos nossos segredos, você prometeu – Disse Jorge sério.

- Ok, ok, é só que eu fiquei com pena, ela quase não vê o namorado.

- Não dá Hydra, se isso se espalhar vamos perder nossa vantagem dentro dessa escola,
você entende, né?

- Entendo Fred... – Respondeu Hydra desanimada.

Os três seguiram para o corredor do terceiro andar e Hydra entrou pela passagem
secreta enquanto os rapazes ficariam perto do corredor para ela testar o feitiço.

- Circum – Disse Hydra apontando a varinha em direção a estátua já no interior da


passagem, uma luz verde saiu da ponta dela e virou uma espécie de fumaça, Hydra
sabia que pelo que leu, a luz se tornaria vermelha caso alguém estivesse ao redor e
branca caso não e exatamente isso aconteceu, a luz se tornou vermelha. Hydra saiu
pela passagem e pediu então que os meninos se afastassem do corredor e voltou a
entrar na passagem e testar o feitiço, de novo funcionou e a fumaça dessa vez ficou
branca.

- Eu acho que isso vai resolver, apesar de eu não saber como sair do porão da
Dedosdemel sem ninguém ver – Disse Hydra saindo da passagem e encontrando os
meninos no outro corredor.
- Bem, é só você sair de fininho, tem como, acredite, fizemos isso por anos – Disse
Fred.

- Você precisa usar vestes normais e não da escola também se for sair da loja –
Complementou Jorge.

- Eu sei, eu já pensei nisso, eu vou usar uma veste por baixo da escola e deixar a de
cima na passagem, vou usar um chapéu e um lenço também para que ninguém me
reconheça.

Hydra na verdade estava morrendo de medo de que seu plano não desse certo, mas
valia a pena tentar, não sabia quando teria a oportunidade de ver Peter se não fosse
desse jeito.

Os três voltaram para a sala comunal e Hydra sentou para fazer a lição enquanto Fred
e Jorge planejavam o que fazer a seguir com Ludo Bagman. Hydra viu Fred observando
Angelina que tinha acabado de entrar na sala comunal e subido para o quarto.

- Você já decidiu o que vai fazer em relação a ela? – Perguntou Hydra.

- Ainda não, eu não sei, eu acho que sim, mas não – Disse Fred parecendo realmente
confuso.

- Bem, eu acho que vocês seriam um casal incrível.

- Eu também acho – Disse Jorge.

- Vamos ver... – Disse Fred ainda parecendo confuso.

Finalmente chegou o dia de Hydra ver Peter, ela acordou animada naquele sábado,
eles haviam combinado de se encontrar às 10 da manhã em frente à Casa de Chá
Madame Puddifoot. Hydra desceu para tomar café ainda bem cedo, sentou ao lado de
suas amigas Francesas já que seus amigos da Grifinória ainda dormiam.

- Mande lembranças nossas para o Peter – Disse Gabrielle animada.

- Eu nem acredito que depois de dois meses eu vou vê-lo, eu era acostumada a ter ele
todos os dias por aqui, tem sido difícil.
- Eu não acredito é que você pode ficar com um cara só que você nem vê direito –
Disse Gisele rindo.

- A Gisele, um dia eu acho que ainda vou te ver casada e com filhos – Brincou Gabriele.

- HÁ! – Riu alto Gisele – Nem pensar, uma pessoa só para o resto da minha vida? Nem
pensar mesmo.

- Poxa, achei que você seria minha cunhada – Disse Hydra rindo.

As três olharam para a mesa da Sonserina e Draco olhava sem graça e vermelho, ao
lado dele, parecendo furiosa quando Gisele acenou, estava Pansy Parkison.

- Eu acho que ele está namorando essa garotinha ali – Disse Hydra desgostosa – É uma
pena porque eu acho ela insuportável.

- Quer que eu dê um jeito nisso? – Perguntou Gisele gargalhando.

- NÃO! Deixa meu irmão em paz, eu falei só brincando de você ser minha cunhada –
Gisele, Gabrielle e Hydra riam e os outros alunos da Beauxbatons pareciam não achar
aquele comportamento certo.

"Eu esqueci como na Beauxbatons eles são certinhos" – Pensou Hydra

- Bonjouir Hydra – Disse Pierre se sentando ao seu lado.

- Bonjouir Pierre – Respondeu Hydra seca.

- Pensei que hoje você poderia me mostrar o castelo, o que acha? – Disse ele para
Hydra enquanto se servia de bacon.

- Tenho outros planos – Respondeu Hydra de modo seco sem olhar para ele.

- Quais?

- Não te interessa, meninas, eu vou indo – Disse ela se levantando e deixando os três
para trás.
Hydra subiu até o corredor da estátua da bruxa de um olho só, procurou ver se não
tinha ninguém ao redor.

- "Dissendium" – Disse ela apontando a varinha. A passagem estreita se abriu e ela


passou por ela, chegando no túnel ela apontou sua varinha e disse – "LUMOS" – Uma
luz se acendeu na ponta da varinha, ela então tirou suas vestes de Hogwarts e as
deixou ali, estava com uma veste azul marinho por baixo, enrolou um lenço em seus
cabelos e colocou um chapéu também azul. Ela seguiu pelo túnel por muito tempo, ela
não tinha nem certeza do quanto até finalmente chegar até uma enorme escada, subiu
de novo por muito tempo até chegar a um alçapão, ela então usou o feitiço para saber
se tinha alguém ao redor, a fumaça ficou vermelha, esperou mais alguns minutos e
usou de novo e de novo vermelha, começou a se sentir nervosa, então finalmente a
fumaça ficou branca, ela abriu o alçapão e se viu no porão da Dedosdemel.

A adega da loja era cheia de caixas e caixas de madeira, com um piso muito
empoeirado e uma grande escada de madeira que leva até a loja principal. No porão,
podia-se ouvir a abertura e fechamento da porta loja de doces, bem como o tilintar do
sino acima dele.

Hydra saiu do alçapão com cuidado e subiu a escada até o interior da loja
discretamente, sempre olhando se tinha alguém ao redor, conseguiu finalmente sair
da loja, depois de ver que a mesma estava vazia.

Seu coração batia forte cada vez que alguém a olhava nas ruas de Hogsmeade, ela
sempre achava que alguém iria a reconhecer, finalmente ela chegou até o lugar
combinado e viu Peter parado esperando usando uma linda veste preta.

- Peter – Disse ela chegando perto dele e o beijou intensamente, esqueceu


completamente que estava ali escondida e que não deveria chamar atenção, naquele
momento só o que importava era finalmente reencontrar Peter. Depois de se beijarem
e abraçarem por algum tempo, eles se afastaram e perceberam algumas pessoas
olhando.

- Venha, eu tenho uma surpresa para você – Disse Peter e Hydra o seguiu pela rua
principal, os dois foram se afastando cada vez mais dela e entrando em pequenas ruas
apertadas do vilarejo, então pararam em frente a uma pequena casa de madeira, ela
parecia simples e antiga.
- De quem é? – Perguntou Hydra.

- Nossa – Disse ele sorrindo – Mais ou menos na verdade, eu aluguei ela para toda vez
que nos encontrarmos aqui termos um lugar.

Hydra ficou olhando de boca aberta, não acreditava que Peter tinha feito isso para ela.

- É sério? – Disse ela ainda chocada.

- Sim, é simples, bem simples na verdade, estava vazia já tem muitos anos, não foi
difícil alugar.

- Eu não me importo que seja simples, é nossa – Disse ela sorrindo e o beijando mais
uma vez.

Hydra e Peter passaram pelo pequeno portão de madeira e entraram na casa, parecia
um pequeno chalé, tinha apenas dois cômodos, um banheiro e um grande cômodo
onde tinha uma pequena cozinha com um balcão e três cadeiras e no outro lado uma
cama e um pequeno armário.

- É maravilhosa! – Sorriu Hydra.

Os dois passaram horas ali, Peter tinha comprado comida e eles almoçaram e
conversaram, pareciam as melhores horas que Hydra já passaram em muito tempo.

- Como está Hogwarts? – Perguntou Peter sentado ao lado de Hydra na confortável


cama da pequena casa.

- Bom, diferente, as aulas de N.I.E.M.s são realmente bem diferentes e ter alunos de
outras escolas por lá tem sido uma experiência legal.

- Eu queria muito que isso tivesse acontecido ano passado, eu ia querer participar do
torneio com certeza

- Eu também queria que fosse ano passado, você ia poder conhecer as minhas amigas.

- Mas eu conheço elas, esqueceu? – Disse Peter se referindo a festa de Hydra do ano
anterior onde ele conheceu Gisele e Gabrielle, além de Desiré que não foi para
Hogwarts com as meninas por ser menor de idade como Hydra e não poder participar
do torneio.

- Eu sei, mas não muito bem, elas são tão divertidas, tenho certeza que você ia gostar
delas.

- Eu vi no jornal sobre os campeões, é uma pena que nenhuma das duas ganhou para
ser a campeã da Beauxbatons e eu fiquei chocado quando vi o Potter.

- Pois é, o pobrezinho está tendo que aguentar a escola quase inteira odiando ele por
isso – Disse Hydra com pena de verdade do Bruxo, ela acreditava que não era culpa
dele.

- Por que? – Perguntou Peter surpreso.

- Porque eles acham que o Cedrico que é o verdadeiro campeão e não ele.

- Cedrico tem mais a pinta de campeão da escola mesmo, mas eu acho o Potter um
bom candidato, ele só é muito novo realmente.

- Eu acho que ele tem grandes chances de ganhar, olha tudo que ele já fez com tão
pouca idade – Disse Hydra.

- É, você tem razão – Disse Peter pensativo – Bem, como não tem ninguém da Corvinal,
vou torcer para ele.

- Desde que você não torça para a Fleur, por mim tudo bem – Disse Hydra irritada.

- A menina da Beauxbatons? Você não gosta dela?

- NÃO MUITO! – Respondeu incisiva – Eu nunca gostei muito dela.

- Mas por que? – Disse Peter rindo.

- Porque ela é arrogante e metida E NÃO VENHA FALAR QUE EU SOU TAMBÉM –
Respondeu Hydra irritada e Peter gargalhou.
- Eu não te acho arrogante e nem metida, você só tem um certo porte e esse porte
pode ser confundido com arrogância, mas você sempre foi muito simpática com todos,
meus pais gostam muito de você, minha irmã também. – Disse ele sorrindo e Hydra se
acalmou.

- Eu sei, não é minha culpa eu parecer assim, eu juro que nunca tinha percebido isso
até me falarem, eu estou tentando ser menos, bem, ter menos pose como diz você,
acho que ser uma Malfoy deve ter me afetado de alguma forma... – Disse ela
desanimada.

- Nenhuma que me incomode, te acho maravilhosa, você sabe disso – Disse Peter a
abraçando.

- Mais bonita que a Fleur? – Perguntou Hydra olhando para Peter.

- Muito mais, não tem nem comparação! – Respondeu ele, rindo e a beijando.

O dia com Peter renovou completamente os ânimos de Hydra, foi extremamente difícil
se despedir dele no final do dia, mas ele prometeu que iriam se ver com mais
frequência do que estavam agora e que realmente o treinamento no St. Mungo's
estava sendo exaustivo e durava muitas horas do dia, por isso ele realmente não tinha
tido nenhum outro fim de semana para vê-la.

Hydra voltou para Hogwarts pouco antes da hora do jantar do mesmo jeito que veio,
distraiu o dono da Dedosdemel para descer até o porão então seguiu na passagem
secreta até a estátua da Bruxa de um olho só, colocou as vestes da escola e usou o
feitiço para ver se não tinha ninguém ao redor, na primeira tentativa a fumaça saiu
branca, ela saiu e a passagem secreta se fechou, então seguiu para a torre da
Grifinória, aonde tirou as vestes de baixo e desceu para o jantar.

- Aonde você se meteu o dia inteiro? – Perguntou Angelina quando Hydra se sentou
entre Jorge e Fred no jantar. Hydra não podia contar a verdade para ela e revelar o
segredo dos gêmeos.

- Estava estudando, tenho aula hoje com o Snape, estava me preparando – Mentiu
Hydra piscando discretamente para os gêmeos.
- Eu sinceramente não entendo como você pode querer ter aulas além do que precisa
com aquele cara – Disse Alicia olhando para Snape na mesa dos professores.

- Ele é um ótimo professor, apesar de todo o jeito ruim – Respondeu Hydra.

Gabrielle e Gisele se juntaram ao grupo depois de um tempo, agora que Gisele não se
atirava mais em Fred, Angelina se sentia muito mais confortável com a visita das
meninas.

- O que está achando de Hogwarts? – Perguntou Angelina para Gabrielle.

- Muito bom, só estou tendo problemas em entender algumas aulas, mas Hydra tem
me ajudado – Respondeu a menina em um forte sotaque Francês.

- Vocês jogam quadribol lá na sua escola? – Perguntou Kate para Gabrielle e Gisele.

- Pas! E estragar meu rosto com uma daquelas bolas? Nem pensar! – Respondeu Gisele
e Angelina, Alicia e Kate a olharam com um certo desprezo.

- Eu tentei, mas não sou muito boa, a Hydra e a Desiré que eram as esportistas do
grupo - Respondeu Gabrielle mais simpática.

- A minha antiga capitã não ajudava muito, ela fazia Olívio parecer um fofo – Disse
Hydra rindo.

- Eu nem quero imaginar como ela era então – Disse Fred.

- Olívio é aquele seu ex petit ami? – Perguntou Gisele

- Sim, meu ex namorado – Respondeu Hydra.

- Vocês o conheceram? – Perguntou Lino curioso.

- Não, só por fotos, bonitão ele – Respondeu Gisele, comendo um pedaço de carne
cozida – Mas o Peter é mais.

- Os dois são bonitos e os dois são boas pessoas, isso que importa – Cortou Hydra
antes que Angelina dissesse algo (ela estava com cara de quem ia).
Pouco antes das oito da noite, Hydra desceu até o escritório de Snape, depois que ele
a deixou entrar, ela ficou parada alguns minutos enquanto ele falava sobre como
continuariam a poção veritaserum.

- Professor Snape, será que quando eu terminar o que tenho que fazer por hoje para a
poção, eu poderia aprender uma outra coisa?

Snape pareceu extremamente surpreso com o pedido, fez uma cara feia, como se não
tivesse gostado, mas depois respondeu:

- E o que seria?

- Eu queria aprender a me defender do feitiço Imperius.

Snape ficou ainda mais surpreso, seus olhos se arregalaram discretamente.

- E por que isso?

Hydra explicou sobre a aula do professor Moody e disse como queria saber se
defender de tudo aquilo. Snape ficou pensativo por vários motivos, se sentou em sua
cadeira e Hydra esperou paciente sentada olhando para a mesa.

- Tudo bem, mas não irei ensinar só isso – Disse ele finalmente de maneira fria,
deixando Hydra muito intrigada.

- O que mais? – Perguntou ela.

- Oclumência – Respondeu ele friamente ainda sentado na sua cadeira.

- A defesa mágica da mente contra invasões externa? – Perguntou Hydra surpresa.

- Sua tia Bellatrix é muito experiente nessa arte, mas entendo que com ela em Azkaban
você não tenha aprendido – Disse ele ainda com o mesmo tom sério e Hydra ficou
parada surpresa dele saber essa informação.

- E quanto a Legilimência? – Perguntou Hydra


- Irei ensinar o que achar apropriado no tempo apropriado – Snape parecia nervoso e
Hydra decidiu se calar.

- Muito bem, vamos trabalhar primeiro na poção e depois iremos praticar a defesa
contra o feitiço Imperius.

Hydra e Snape trabalharam na poção por mais uma ou duas horas e então Snape
começou a treina-la em como resistir a maldição Imperius.

- Imperius – Disse ele apontando a varinha para ela.

De novo ela foi imudanda pela sensação da primeira vez, de cabeça leve. Snape a
pediu para andar em círculos pela sala, Hydra fez.

Depois de retirar a maldição, Snape a advertiu que era preciso que ela lutasse contra,
que pensasse que não precisa fazer o que ele manda.

Foram precisas mais oito tentativas e quase três horas para que finalmente Hydra
conseguisse resistir a maldição pensando no porquê tinha que obedecer aquela
ordem.

- Muito bem, demorou mais do que esperava, mas pelo menos conseguiu – Disse
Snape sendo quase simpático. Hydra ainda se sentia tonta e cambaleando. – Não é
fácil resistir a maldição, alguns bruxos nunca conseguem.

- Obrigada por me ajudar – Disse ela ainda incerta de como conseguia estar em pé.

- Não agradeça, iremos praticar mais semana que vem e começaremos nossas aulas de
Oclumência, esteja preparada, não é algo fácil e nem agradável e eu não aceito falhas
ou falta de vontade – Disse Snape no tom frio e seco que sempre tinha.

- Tudo bem professor.

Hydra se retirou ainda cambaleando e teve dificuldade para subir até a torre da
Grifinória aonde foi direto para a cama, exausta, afinal já se passava estava bem tarde.
CAPÍTULO 13

OCLUMÊNCIA

Nas semanas seguintes, Hydra conseguiu encontrar com Peter mais uma vez e ficara
mais fácil resistir a maldição Imperius na aula com Snape, eles também começaram a
trabalhar na Oclumência o que era muito mais difícil do que Hydra pensava já que ele
invadia sua mente de tinha acesso a memórias que ela não gostaria que ele tivesse
(graças a Deus nenhuma sobre seus encontros com Peter, pensou ela que se esforçava
mais do que o normal para manter essas distantes durante a aula e conseguia)

- Resista, não deixe que eu invada a sua mente – Disse ele em uma das aulas enquanto
tinha acesso a uma memória dela e Draco brincando no jardim de sua mansão quando
crianças.

- Isso é lamentável, Senhorita Malfoy, vamos de novo.

Dessa vez, Hydra se viu nas masmorras do porão de sua casa, aos sete anos.

- Mãe, pai, por favor, por favor, eu vou ser boa, eu vou ser boa, eu prometo, por favor,
mãe, pai, me tirem daqui, por favor! – Hydra chorava desesperada, o frio e a escuridão
invadiam seu corpo e mente, era uma tortura com certeza, física e mental.

- NÃO! CHEGA! – Gritou Hydra, conseguindo repelir o professor de sua mente.

Snape ficou parado, parecendo um pouco sem graça, apesar de não tirar a expressão
fria de seu rosto e não fazer nenhum comentário.

- É um progresso – Disse ele finalmente.

- Eu posso ir por hoje? – Perguntou Hydra, ainda muito abalada com o que acabara de
ver.

- Sim, sim, pode ir, Senhorita Malfoy – Disse ele.

Hydra se retirou rapidamente e correu para a torre da Grifinória, sentindo seu coração
batendo cada vez mais forte e seus olhos se enchendo de lágrima, foi direto dormir,
não quis falar e nem ver ninguém, apenas esquecer daquilo.
A primeira prova do torneio estava cada vez mais próxima e o colégio todo só falava
sobre isso.

Hydra sentia que as coisas não deviam estar fáceis para Harry, ainda mais depois de
um artigo sair sobre ele no Profeta Diário dizendo o quanto ele sentia falta dos pais e
como se sentia sobre o torneio (tudo mentira de Rita Skeeter, segundo ele).

- Você precisa de alguma ajuda? – Perguntou Hydra no café da manhã

- Não, muito obrigada – Respondeu Harry sem graça.

No Sábado anterior a primeira tarefa, os alunos fariam seu primeiro passeio a


Hogsmeade.

- Você deve estar tão animada para ver o Peter depois de tanto tempo – Disse
Angelina quando se preparavam para sair.

- Sim, claro, muito saudades dele – Mentiu Hydra, nem Angelina e nem ninguém
tirando ela, suas amigas Francesas, Peter e os gêmeos sabiam que eles se encontraram
outras vezes escondidos.

- Eu estou ansiosa para conhecer esse lugar que vocês falam tanto – Disse Gabrielle

- Tem algumas lojas muito boas, vocês vão gostar – Disse Jorge, que estava animado
para o passeio.

Hydra e os amigos seguiram para o vilarejo, ela havia combinado com Peter no Três
vassouras, mas acabou encontrando com ele na rua a caminho.

- Aquele não é o Peter? – Perguntou Alicia apontando para o bruxo louro com os
cabelos longos e olhos azuis que usava uma veste marrom escura e cachecol.

- Ele mesmo – Sorriu Hydra.

Peter sorriu de volta ao vê-la, ele sempre fora muito bonito, estava agora com seus
dezenove anos, desde que saiu da escola parece ter ficado ainda mais bonito, além de
manter os cabelos longos (só um pouco mais curto do que antes), ele agora usava uma
pequena barba que ficava muito charmosa. Hydra foi a seu encontro enquanto os
amigos entraram no três vassouras e o beijou.

- Cada dia mais linda – Disse ele a abraçando.

- Vamos entrar, as meninas estão querendo lhe conhecer oficialmente – Disse Hydra,
mas antes que pudesse entrar, Pierre apareceu.

- Ora, esse então é o famoso namorado? – Perguntou ele em um tom irônico com
sotaque carregado.

- Sou sim e você é? – Respondeu Peter visivelmente irritado.

- Jean Pierre Buvenu, amigo de escola da Hydra – Disse ele presunçoso estendendo
mão para Peter. Hydra o olhava com raiva, assim como Peter

- Peter Macmillan, namorado da Hydra – Respondeu Peter, apertando a mão de Pierre


educadamente.

- Enchanté Peter, é sempre bom conhecer um namorado da Hydra, uma pena que não
esteja em Hogwartws esse ano para fazer companhia para ela, mas não se preocupe,
eu farei o melhor para manter ela contente.

Peter ficou vermelho, ele sabia aonde Pierre queria chegar e não gostava nada das
provocações.

- Pois é, mas mesmo não estando lá continuamos firmes e fortes, não é mesmo Hydra?
– Disse ele se virando para Hydra que olhava Pierre com desprezo.

- Com toda certeza – Respondeu ela firme segurando na mão de Peter.

- Que bonito casal, quase tão bonito quanto nós dois, você se lembra? – Perguntou
Pierre para Hydra.

A confusão começou, Peter ficou mais vermelho de raiva e perguntou qual era o
problema de Pierre que por sua vez disse que nada, só estava conversando, o clima
começou a ficar quente, Peter estava pronto para sacar a sua varinha do bolso, quando
os gêmeos chegaram.
- Qual é o problema aqui? – Perguntou Jorge.

- Nenhum, eu já estava de saída – Disse Pierre com um sorriso irônico saindo pela rua.

- Quem é esse idiota, Hydra? – Perguntou Peter ainda irritado.

- Um ex namorado, um idiota sim, por favor não liga pra ele.

- Eu já vi esse imbecil pela escola, sempre cantando uma menina diferente – Disse
Fred.

- Não liga pra ele, Peter, nunca vi Hydra dando a mínima bola para esse otário –
Afirmou Jorge.

Peter pareceu se acalmar mais agora.

- Eu acredito que nunca daria mesmo – Disse ele.

- Jamais – Respondeu rapidamente Hydra.

- Tudo bem, é só um imbecil mesmo, vamos entrar?

Os quatro entraram no Três vassouras e sentaram em uma mesa onde já estavam


Alicia e Angelina.

- Kate levou suas amigas para fazer umas compras mas disse que encontrava com a
gente aqui – Disse Angelina para quando os quatro sentaram – Que bom te ver Peter.

- Bom te ver também Angelina, Alicia – Disse ele cumprimentando as duas.

- Como está a vida lá fora? – Perguntou Alicia enquanto Peter pedia cerveja
amanteigada para Hydra e os gêmeos e um copo de wiskie de fogo para ele.

- Preciso de algo forte – Respondeu ele quando Hydra o olhou – Quanto a vida la fora –
Continuou ele para Alicia – O treinamento no St.Mungo's é mais pesado do que eu
podia imaginar, eu trabalho por horas, mas é muito bom, é tudo que eu sonhei e mais
um pouco. – Disse ele, um pouco mais animado.
- Eu não vejo a hora de acabar a escola – Disse Fred – Finalmente poder ficar livre.

- Eu sinto falta de Hogwarts todos os dias – Disse Peter – Era mais fácil quando o único
problema eram minhas notas, agora é tudo diferente, mas é bom, só é diferente.

- Eu tenho medo do que vai ser depois da escola, mas também fico animada –
Confessou Alicia.

- E como está o clima lá com o torneio Tribuxo? Queria tanto poder ver! – Perguntou
Peter.

- Tenso, espero que o Potter ganhe – Respondeu Angelina – Eu me inscrevi, mas


infelizmente não fui escolhida – Disse ela sem ressentimentos.

- Eu queria ter me inscrito, mas infelizmente a poção de envelhecimento não


funcionou – Disse Fred, esse sim com ressentimento.

- A poção funcionou, a linha etária que Dumbledore fez que não se deixou enganar por
poções e eu avisei – Disse Hydra e todos riram.

- Eu com certeza iria me inscrever se estivesse em Hogwarts ainda, já imaginou? É uma


ótima oportunidade! – Disse Peter dando um gole no wiskie de fogo que acabara de
chegar.

- É uma estupidez essa regra dos dezessete anos, ainda queria saber como o Harry
conseguiu burlar isso – Disse Fred.

- Ele disse que não colocou o nome no cálice e eu acredito – Disse Hydra – Precisa ser
um bruxo muito poderoso para confundir a linha etária de Dumbledore e apesar do
Harry ser excepcional para a idade, ele ainda não é tão forte assim.

- É, pode ser, mas ainda acho que ele colocou – Disse Jorge depois de dar um gole em
sua cerveija amanteigada – Não que eu ache isso ruim, eu só queria que ele tivesse me
ensinado como.

Um grupo de alunos entrou no três vassouras usando o distintivo Apoie CEDRICO


DIGGORY e Peter perguntou do que se tratava.
- Eu disse que muita gente está com raiva do Harry, ai fizeram esses distintivos
ridículos para humilhar ele, quando você aperta ele vira "Potter fede" – Disse Hydra
lançando um olhar de raiva para o grupo de alunos que passou por eles.

- Tadinho do Potter! – Disseram Peter e Angelina ao mesmo tempo.

- Não sei porque alguém ia apoiar aquele Cedrico, sinceramente! – Disse Fred com
raiva.

- Porque ele é lindo! – Suspirou Angelina e Fred parecia não ter gostado nada da
afirmação.

Peter viu seu primo Ernesto e uma amiga trocando figurinhas de sapo de chocolate e
usando o distintivo, ele saiu da mesa para brigar com o primo que defendia
ferozmente Cedrico.

- Ele é o verdadeiro campeão da escola – Disse Ernesto.

- Não me interessa, você não deveria usar algo que diminua o seu colega da escola.

- Peter, não me enche, você nem na escola está e não é porque você é meu primo mais
velho que pode mandar em mim – Dizia Ernesto.

- Meu tio vai amar saber o tipo de imbecil que você se torna quando está em Hogwarts
– Afirmou Peter, voltando para a mesa, completamente irado.

- Um idiota! Espera até o meus tios saber disso – Disse Peter ainda com raiva.

Depois de um tempo, Kate chegou com Gabrielle e Gisele e Angelina, Alicia, Fred e
Jorge sairam para fazer compras.

- Peter, essas são minhas amigas, Gabrielle e Gisele, você deve lembrar delas do meu
aniversário – Disse Hydra quando as moças se sentaram.

- Oui, como vai Peter? – Perguntou Gisele

- Muito bem, como vão vocês? Como vai Kate? Quanto tempo!
- Muito bem Peter, obrigada – Disse Kate que se sentara ao lado de Gisele.

- Hydra fala tanto de você – Disse Gabrielle – Realmente está passionné.

Peter sorriu e exibiu os dentes brancos e bem feitos que tinha, Hydra reparou que
Gisele se controlou para não olhar muito e achou graça, apesar de todo temperamento
de Gisele, ela confiava muito na amiga.

- Eu estou apaixonado por ela também, sempre estive – Sorriu ele – Vocês estão
gostando de Hogwarts?

- Muito! É cada pessoa maravilhosa ali dentro – Sorriu Gisele e Kate riu.

- As pessoas são muito simpáticas e o castelo é lindo – Disse Gabrielle educadamente –


Mas sinto falta da nossa escola, apesar de estar muito feliz de passar mais esse ano
com a Hydra, desde que ela saiu da Beauxbatons, achamos que isso nunca ia acontecer
de novo.

- Verdade, foi uma surpresa e tanto! – Disse Hydra alegre.

Fleur entrou no bar com uma amiga e alguns rapazes de Hogwarts, o sorriso de Hydra
sumiu na hora, ainda mais quando ela veio em sua direção.

- Rai-Dra! Como está? – Perguntou ela parada na frente de sua cadeira enquanto o seu
grupo sentava em uma mesa não muito próxima.

- Bem Fleur e você? – Respondeu Hydra com uma forçada educação, todos na mesa a
olhavam.

- Também, é um lugar interessante, esse Hogsmeade, não tão bom quanto as vilas da
França, mas interessante – Disse ela olhando tudo com um certo desprezo.

- É, é sim muito bonito aqui – Disse Hydra ainda fingindo uma educação e felicidade
que não queria na hora.

- Esse é seu namorado? – Perguntou ela apontando para Peter.

- Sim... Esse é o Peter


Fleur mexeu nos longos cabelos e estendeu a mão para Peter que a cumprimentou
fazendo esforço para não olhá-la diretamente, ele sabia que Hydra não gostava de
Fleur e Hydra sabia que seus encantados de parte Veela eram muito difíceis de se
resistir para um homem.

- Echanté Peter – Disse ela.

- Muito prazer – Respondeu Peter, ainda tentando não olhá-la diretamente.

- Bem, vou voltar para a minha mesa, vejo vocês mais tarde – Fleur virou jogando os
cabelos perto do rosto de Peter e seguiu para sua mesa.

Hydra estava vermelha de raiva, sabia, ou pelo menos imaginava que ela fazia aquilo
de propósito.

- Hydra e ela sempre foram assim, disputavam – Disse Gisele

- Disputavam o que? – Perguntou Peter

- Quem era mais bonita, deixava os meninos mais loucos, essas coisas – Hydra olhou
com raiva para Gisele que ficou quieta.

- Isso não é verdade! – Disse ela com raiva – Eu nunca disputei nada com a Fleur e
mesmo se fosse, ela é parte Veela, não seria justo!

Peter parecia achar muita graça da coisa e ria.

- Hydra, eu acho você muito mais bonita, tenha certeza.

- Ownnnnn – Todas as meninas disseram e Hydra sorriu.

- Eu só não sei porque ela vem aqui falar comigo – Disse ela, de melhor humor.

- Eu as vezes acho que ela não tem a mesma raiva de você que você dela, só isso –
Respondeu Gabrielle, mas ao ver a cara de Hydra, mudou de ideia e ficou calada.
O dia foi divertido, Peter foi muito simpático com as meninas, que por sua vez,
gostaram muito dele, depois de um tempo, eles deram a desculpa de que iriam fazer
compras e seguiram para a casa que Peter tinha alugado para passarem o resto do dia.

- Eu tenho medo de alguém na vizinhança me reconhecer – Confessou Hydra,


enquanto Peter acendia a lareira que ficava na frente da cama com a varinha.

- Não tenha, vai dar tudo certo – Disse ele sorrindo e a beijando.

- Você bem que podia voltar para Hogwarts, né? – Brincou Hydra.

- Acredite, eu bem que queria as vezes, eu sinto uma falta enorme, não só de você,
como de tudo lá – Confessou Peter, se sentando na cama.

- Eu odeio tanto ficar em casa, que Hogwarts se tornou o meu lugar preferido no
mundo – Disse Hydra – Especialmente quando você está junto de mim lá... –
Completou ela, beijando o namorado.

Pouco antes da hora de ir embora, Peter e Hydra foram na Zonko's, onde compraram
algumas coisas (presentes de Hydra para Fred e Jorge, especialmente) e de lá, ele
partiu para casa, deixando Hydra arrasada, mais uma vez, como sempre que ele ia
embora, mas com a promessa de se verem em breve.

- Ele é tão legal Hydra – Disse Gabrielle, enquanto seguiam de volta para o castelo.

- Um verdadeiro chevalier – Completou Gisele – Tão bonito...

- Isso ele é, ele e o Cedrico sempre foram os mais bonitos da escola – Disse Kate, que
havia criado uma boa amizade com as duas meninas Francesas.

- Que escola... – Disse Gisele fingindo se abanar e todas riram.

- Não que a sua não seja ótima nesse quesito também – Brincou Alícia.

- Aquele Pierre é bonitinho – Disse Angelina, fazendo com que Gisele, Hydra e
Gabrielle se olhassem – O que foi? – Perguntou Angelina, notando a troca de olhares
entre as amigas.
- Bem, ele é o ex da Hydra – Disse Gisele.

- Ele é? – Perguntou Angelina, surpresa – Por que você não me disse isso?

- Porque ele é um idiota que eu só quero esquecer que existe – Disse Hydra, se
sentindo um pouco incomodada.

- É, tinham que ver a cena que ele fez hoje – Disse Jorge.

- QUE CENA? – Perguntaram quase todos ao mesmo tempo.

Os rapazes explicaram sobre a briga entre Peter e Pierre, fazendo todos abrirem a boca
de surpresa.

- Todo ano, Hydra? – Brincou Alícia.

- Não é como se eu procurasse isso... – Disse Hydra sem graça, fazendo todos rirem.
CAPÍTULO 14

O TORNEIO TRIBRUXO

Na noite de Sábado, como sempre, Hydra seguiu para sua lição com Snape. Depois de
mexerem na poção por cerca de uma hora, começaram as lições de Oclumência.

- Legilimens – Disse Snape apontando sua varinha para Hydra.

Hydra se viu com mais ou menos três anos em na sala da mansão dos Malfoy, um
homem de costas falava com sua tia Bellatrix, que Hydra reconheceu pelos retratos
que sua mãe lhe mostrara e Hydra assistia se sentindo extremamente assustada
enquanto sua tia estava na frente de um homem.

- Nós seremos sempre fieis, meu Lord. – Dizia Bellatrix desesperada.

- Concentre-se, não deixe que eu veja – Dizia a voz de Snape.

A cena mudou. Hydra estava novamente com três anos , chorando desesperada no
colo de sua mãe Narcisa que parecia muito mais jovem e também chorava.

- Eu crio a menina, agora que o Senhor das trevas sumiu, precisamos continuar o
trabalho dele – Dizia sua tia Bellatrix, nervosa tentando puxar Hydra do colo de Narcisa
enquanto ela se segurava firme a mãe e chorava.

- Não Bellatrix, ela é minha filha, eu não preciso que você crie ela para mim – Dizia
Narcisa chorando.

- Você não é forte o suficiente para isso Narcisa, nunca foi foi, ela vai acabar se
perdendo com você, comigo ela terá uma criação direita sabendo dos nossos valores.

- Não Bellatrix!

- Não mamãe, não deixa ela me levar, ela é má! – Chorava Hydra no colo de Narcisa.

- Cala a boca menina ingrata! – Gritava Bellatrix.

- Resista Malfoy, resista. – Dizia a voz de Snape.


Hydra voltou para o escritório de Snape que a olhava com desgosto, ela tinha lágrimas
nos olhos

- Uma desgraça Malfoy, uma desgraça, você precisa se esforçar mais. – Disse Snape
andando pela sala parecendo muito desgostoso.

- Eu estou tentando – Disse Hydra ainda chorando.

- Chega por hoje, espero que esteja mais preparada na semana que vem – Disse ele e
Hydra se despediu e se retirou correndo da sala.

Então o motivo de odiar tanto a sua tia Bellatrix era porque ela tentou tirá-la da mãe, a
ideia de não ser criada pelos Malfoys sempre a agradou, mas ser criada pelos
Lestranges, parecia pior ainda.

Hydra andou o caminho inteiro até a sala comunal da Grifinória imaginando como seria
se isso de fato tivesse ocorrido, a pessoa horrível que poderia ser, porque por mais que
sua mãe tivesse as ideias ruins de seu pai, ela ainda era muito mais liberal que sua tia
Bellatrix e que seu pai Lúcio, ela evitou muitas vezes que Lúcio a obrigasse ser como
ele era e por mais errada que achasse que sua mãe era, imaginar sua vida sem ela a fez
vê-la por uma nova perspectiva.

A menina, subiu direto para o quarto mas não conseguiu dormir, a imagem do que vira
a assombrava e tudo que ela queria era poder abraçar sua mãe naquele momento.
Decidiu então escrever duas cartas, uma para Peter contando o que aconteceu e outra
para sua mãe, dizendo que sentia muito por ter a tratado mal tantas vezes, enviaria as
duas na manhã seguinte.

No domingo, acordara cedo e foi para o Corujal enviar Lydra com a carta para a sua
mãe, depois desceu para o café onde recebeu sua carta diária de Peter e colocou em
sua coruja a carta que escrevera na noite anterior.

Hydra passou o resto do Domingo com seus amigos na beira do lago.

- Será que o Harry vai se sair bem na terça? – Perguntou Fred, que estava deitado no
gramado ao lado de Hydra.
- Eu espero que sim, não vou contar ninguém da Beauxbatons, mas vou torcer pra ele
– Disse Gabrielle que estava sentada ao seu lado sorrindo.

- Eu estou com medo, ele é tão novinho, as tarefas não parecem ser fáceis – Disse
Angelina.

- Eu acho que ele dá conta, ele venceu Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado,


comparado a isso, a tarefa vai ser mole, não? – Perguntou Jorge em tom de
brincadeira.

- Mas eu não sei, realmente parece ser perigoso, eu também temo pelo Harry – Disse
Hydra.

A terça-feira chegou e com ela a primeira prova do torneio, todas as aulas seriam
interrompidas ao meio- dia e toda escola tinha um clima de tensão e excitação.

Hydra que tinha o tempo depois do almoço vago, estava sentada no Salão comunal
esperando a hora de descer para assistir a primeira prova, resolveu examinar as duas
cartas que recebera no dia anterior.

"Querida Hydra,

Não fique desse jeito, nada aconteceu, você não foi criada pela sua tia, você não pode
deixar que isso te abale tanto, eu sei que te fez pensar e realmente a alternativa foi
muito melhor, mas isso também não exime sua mãe de todos seus erros, não esqueça
disso, embora eu goste que tenha uma relação um pouco melhor com ela.

Quanto as aulas, eu fico feliz que esteja tento, eu queria muito ter tido aulas de
Oclumência, tivemos uma noção básica no sétimo ano, mas nada muito profundo,
quem sabe você não pode me ensinar nas férias depois que aprender?

O treinamento está indo bem, mas está pesado, eu chego em casa exausto todos os
dias, mas me avisaram que o primeiro ano seria assim, fico até feliz que você ainda
esteja na escola, assim não me sinto culpado de não poder te dar toda atenção que
você merece, apesar de sentir tanta a sua falta, todos os dias.

Me mantenha informado sobre o Torneio Tribuxo, espero que o Potter ganhe a


primeira prova.
Com amor,

Peter Macmillan"

"Minha querida filha,

Fico feliz de ler isso, mas o que aconteceu? Por que essas palavras agora? O que está
acontecendo por aí além do tal torneio Tribuxo? Espero que ninguém esteja lhe
pressionando contra sua família, lembre-se que independente de tudo, você sempre
será uma Malfoy e deve ter orgulho disso.

Com amor,

Narcisa Malfoy"

Logo Fred e Jorge entraram na sala sem que ela percebesse.

- Vamos Hydra? A primeira tarefa vai começar e precisamos coletar apostas – Disse
Jorge animado.

- Vocês vão apostar contra seu amigo? – Perguntou Hydra se levantando.

- Nós apenas recebemos as apostas, quer apostar? – Disse Fred

- Nem pensar, eu tenho péssimas lembranças das suas apostas.

Os três desceram juntos e se reuniram a multidão que ia em direção a fora do castelo.

Hydra viu que uma grande arquibancada foi erguida nas margens da floresta, ela subiu
e procurou um bom lugar junto com Fred e Jorge que coletavam apostas dos outros
estudantes, a arena ainda não tinha nenhuma amostra do que esperava os campeões,
então ela esperou nervosamente com os outros alunos.

Depois de um tempo, Ludo Bagman apareceu na arena e sua voz foi magicamente
ampliada.

- Boa tarde senhoras e senhores, que dia! Hoje teremos nossa primeira prova do
torneio Tribuxo – Dizia ele animado e a multidão aplaudia – Para a primeira prova,
cada um de nossos quatro campeões terá que roubar o ovo guardado por nada mais
nada menos que UM DRAGÃO – Gritinhos de surpresa e ansiedade foram ouvidos,
junto com mais aplausos e gritos.

- Não, não pode ser isso – Dizia Hydra para os gêmeos chocada

- Dragões? Que maneiro! – Gritava um aluno do terceiro ano ao seu lado

- O primeiro participante será o Senhor Cedrico Diggory!

Um dragão prateado foi colocado junto a um ovo dourado e todos gritavam


assustados.

Cedric saiu da barraca aonde estava parecendo verde e mais assustado que qualquer
um.

Cedrico pegou sua varinha e transfigurou uma rocha em um cachorro para distrair o
dragão, de princípio realmente o dragão pareceu curioso olhando o dragão enquanto
Cedrico contornava a arena em direção ao ovo.

"Ele está se arriscando, o campeão!". Narrava Ludo Bagman.

O dragão saiu de perto do ovo e Cedric correu para pegá-lo, mas logo o dragão viu o
que acontecia e voltou e soltou uma chama azul brilhante que não atingiu Cedric por
muito pouco.

"Boa tentativa – pena que não deu resultado!" – Continuava Bagman.

Cedrico esperou o Dragão se distrair mais uma vez e fez a mesma tentativa e quase
conseguiu antes que o dragão visse novamente o bruxo e voltasse e dessa vez o
queimasse um pouco.

"Aaah, por um triz, por muito pouco"... Narrava Ludo Bagman

Finalmente depois de uns 15 minutos enquanto todos seguravam o fôlego, o cão


distraiu o dragão tempo o suficiente para que Cedrico recuperasse o ovo.

Um urro ensurdecedor tomou conta da arena, até Hydra se sentiu feliz pelo rapaz.
– Realmente muito bom! – gritou Bagman. – E agora as notas dos juízes!

Cedrico obteve excelentes notas e parecia satisfeito com o resultado, saiu ovacionado
pelo público.

– Um a menos, faltam três! – berrou Bagman, quando o apito tornou a tocar. –


Senhorita Delacour, queira fazer o favor!

Um dragão verde foi colocado no lugar do que estava lá anteriormente e um novo ovo
dourado.

Fleur tremia e parecia muito nervosa. Hydra sentiu simpatia pela bruxa naquele
momento.

Fleur ficou mais ou menos dez minutos tentando encantar o dragão, algumas vezes
parecia conseguir, mas o dragão ficou em um estágio de semi acordado por um bom
tempo, quase a queimando diversas vezes.

– Ah, não tenho muita certeza se isto foi sensato! – Bagman dizia animadamente na
primeira tentativa de Fleur.

O dragão soltou um ronco e cuspiu um grande jorro de chamas e a saia dela pegou
fogo, ela apagou com um pouco de água tirada da varinha.

– Ah... quase! Cuidado agora... meu bom Deus, pensei que já tinha apanhado! – Dizia
ele na segunda tentativa.

Finalmente Fleur conseguiu fazer o dragão adormecer e pegou o ovo, a multidão


aplaudia fortemente.

– Muito bem Sennhorita Delacour– gritou Bagman. – E agora as notas dos juízes!

As notas de Fleur foram quase tão boas quanto as de Cedric.

– E aí vem o Sr. Krum! – exclamou Bagman enquanto a multidão aplaudia.

Um dragão vermelho e oriental foi colocado no local junto a um novo ovo dourado.
Krum não demorou muito para conseguir o que queria, ele lançou o
feitiço Conjunctivitus no dragão que, agoniado, saiu andando e amassou metade dos
ovos verdadeiros. Hydra sentiu pena do pobre dragão que parecia sofrer.

- Muito ousado! – berrava Bagman e o pobre dragão soltou um poderoso e terrível


urro, enquanto a multidão prendia a respiração em uníssono. – Que sangue-frio ele
está demonstrando... e... sim, senhores, ele apanhou o ovo!

Os aplausos romperam o ar invernal como se espatifassem uma vidraça, as notas de


Krum foram as melhores até então, apesar de ele ter perdido pontos por ter danificado
os ovos verdadeiros.

- Que crueldade – Dizia Hydra ainda com pena com dragão que foi acolhido por seus
cuidadores, entre eles, Carlinhos Weasley.

- E agora, lá vem ele, Harry Potter – Gritou Ludo Bagman.

Agora um dragão negro e assustador estava guardando um novo ovo dourado.

Harry entrou parecendo nervoso, mas mais confiante do que Fleur por exemplo, ele
apontou a varinha e conjurou um feitiço que Hydra não conseguiu entender qual.

Por um tempo, nada aconteceu e Hydra se sentiu muito nervosa imaginando que o que
quer que o rapaz tenha feito, não dera certo.

- Ele vai ser morto se continuar assim! – Chorava ela para Fred e Jorge

Hydra viu então a vassoura Firebolt disparando em direção a Harry, começando a


sobrevoar a floresta, chegando ao cercado e estacando imóvel no ar, aguardando que
ele a montasse. A multidão fez ainda mais estardalhaço

- GENIAL, GENIAL – Gritou Ludo Bagman

Hydra chorava de alivio, aplaudia e gritava.

Harry passou a perna por cima da vassoura e deu impulso contra o chão. Um segundo
depois estava voando alto.
Hydra segurava a respiração nervosa e apertava forte a mão de Fred que estava ao seu
lado, Harry mergulhou em direção aos ovos, a cabeça do Rabo-Córneo o acompanhou;
Hydra pensou que o pior iria acontecer, mas ele se recuperou do mergulho bem na
hora; um jorro de fogo fora cuspido exatamente no ponto em que ele estaria se não
tivesse se desviado...

- AI MEU DEUS! - Chorava Hydra alto.

– Nossa, como ele sabe voar! – berrou Bagman, enquanto a multidão gritava e
exclamava. – O senhor está assistindo a isso, Sr. Krum?

Harry voou mais alto descrevendo um círculo; o Rabo-Córneo continuava


acompanhando o progresso do garoto; sua cabeça girava sobre o longo pescoço, Harry
se deixou afundar rapidamente na hora em que o dragão abriu a boca, mas desta vez
teve menos sorte – ele escapou das chamas, mas o bicho chicoteou o rabo para o alto
ao seu encontro, e quando ele virou para a esquerda, um dos longos chifres arranhou
seu ombro, rasgando suas vestes

- AI MEU DEUS, ELE FOI FERIDO! – Gritaram Hydra, Fred e Jorge ai mesmo tempo
nervosos.

A multidão gritava ainda mais. Harry começou a voar, primeiro para um lado, depois
para o outro, suficientemente longe para o bafo do bicho não o perfurar, mas, ainda
assim, oferecendo uma ameaça suficientemente forte para o dragão não tirar os olhos
dele. A cabeça do bicho virava para um lado e para o outro, vigiando o garoto com
aquelas pupilas verticais, as presas à mostra...

Harry voou mais alto. A cabeça do Rabo-Córneo se ergueu com ele, o pescoço agora
esticava-se ao máximo, ainda se movendo, como uma serpente diante do seu
encantador...

O garoto subiu mais alguns palmos, e o bicho soltou um rugido de exasperação. Harry
era uma mosca para ele, uma mosca que o bicho gostaria de amassar; seu rabo tornou
a chicotear, mas Harry estava demasiado alto para que pudesse alcançá-lo... o dragão
cuspiu fogo para o ar, Harry se desviou... as mandíbulas do bicho se escancararam...

Então o dragão se empinou, abrindo finalmente as poderosas asas negras de couro,


grandes como as de uma avioneta – e Harry mergulhou. Antes que o dragão
percebesse o que ele fizera, ou onde desaparecera, o garoto estava voando a toda
velocidade para o chão em direção aos ovos, agora sem a proteção das patas com
garras do dragão – Harry soltou as mãos da Firebolt –, agarrou o ovo de ouro...

E, com um grande arranco, tornou a subir e parou no ar, sobre as arquibancadas, o


pesado ovo bem preso sob o braço bom.

A multidão foi à loucura, Hydra chorava, gritava, abraçava os gêmeos, comemorava


como nunca.

- ELE CONSEGUIU!!! – Chorava ela.

- Foi genial! – Gritava Fred

- Maravilhoso, genial! – Gritava ainda mais Jorge

– Olhem só para isso! – berrava Ludo Bagman. – Por favor olhem para isso! Nosso
campeão mais jovem foi o mais rápido a apanhar o ovo! Bom, isto vai diminuir a
desvantagem do Sr. Potter!

As notas de Harry foram altas, apenas o diretor da Durmstrang deu nota baixa ao
garoto, mas ainda assim ele ficou empatado com Krum.

Hydra seguiu com os outros para a sala comunal que estava preparada para uma
grande festa.

- Já conseguimos as bebidas e comida – Disseram Fred e Jorge

- E fizemos algumas coisas especiais com os cremes de caramelo, então fique longe
deles – Sorriu Fred

Hydra ajudou a colocar toda a decoração

Quando Harry, Roy e Hermione finalmente entraram, a sala comunal da Grifinória


explodiu de vivas e gritos outra vez. Havia montanhas de bolos e garrafões de suco de
abóbora e cerveja amanteigada em cima de cada móvel; Lino Jordan soltara alguns dos
seus Fogos Fabulosos do Dr. Filibusteiro Sem Fumaça Nem Calor, por isso o ar estava
denso de estrelas e faíscas; e Dino Thomas, um amigo de Harry do quarto ano, que era
muito bom em desenho, tinha pendurado magníficos galhardetes novos, a maioria dos
quais mostrava Harry voando na Firebolt em volta da cabeça do dragão, embora
houvesse uns dois que mostravam Cedrico com os cabelos em chamas.

- Parabéns Harry, você foi genial – Disse Hydra abraçando o rapaz que ficou vermelho
depois que ele se serviu com um pouco de comida.

– Putz, isso é pesado – comentou Lino Jordan, levantando o ovo dourado, que Harry
deixara em cima de uma mesa, e pesando-o nas mãos. – Abra, Harry, vamos! Vamos
ver o que tem dentro!

– Ele tem que decifrar a pista sozinho – disse Hermione depressa. – É a regra do
torneio...

– É, anda, Harry, abra! – fizeram coro vários colegas.

Lino passou o ovo a Harry e o garoto enfiou as unhas no sulco que corria a toda volta
do objeto, forçando o ovo a abrir. Estava oco e completamente vazio – mas no
momento em que Harry o abriu, um som terrível, alto e agudo com um agouro, encheu
a sala. Hydra tampou os ouvidos com as mãos em agonia, mas por um momento
depois achou que tinha entendido o que o barulho estava "falando", mas não prestou
muita atenção para entender o resto.

– Fecha isso! – berrou Fred, as mãos tampando os ouvidos.

– Que é isso? – perguntou Simas Finnigan, um outro amigo de Harry do quarto ano
olhando o ovo enquanto Harry tornava a fechá-lo com um estalo.

– Parecia um espírito agourento... quem sabe você vai ter que passar por um deles da
próxima vez, Harry!

– Era alguém sendo torturado! – arriscou Neville, que ficara muito pálido e largara os
pães de salsicha no chão. – Você vai ter que enfrentar a Maldição Cruciatus!

– Deixa de ser babaca, Neville, isso é ilegal – disse Jorge. – Não usariam a Maldição
Cruciatus contra os campeões. Achei que lembrava um pouco o Percy cantando...
quem sabe você vai ter que atacar ele quando estiver debaixo do chuveiro, Harry.
– Quer uma tortinha de geleia, Mione? – Hydra ouviu Fred oferecer.

Hermione olhou com ar de dúvida para o prato que o garoto lhe estendia. Fred sorriu.
– Pode se servir. Não fiz nada com elas. É com os cremes de caramelo que você tem de
se cuidar...

Neville, que acabara de encher a boca de creme, se engasgou e o cuspiu fora. Fred deu
uma risada.

– É só uma brincadeirinha, Neville...

Hermione apanhou uma tortinha de geleia. Depois perguntou: – Você apanhou tudo
isso na cozinha, Fred?

– Foi – respondeu ele sorrindo para a garota. Ele fez uma voz de falsete e imitou um
elfo doméstico: – "O que pudermos lhe arranjar, meu senhor, qualquer coisa!" São
super prestativos... me arranjariam um boi assado se eu dissesse que estava faminto.

– Como é que você entra lá? – perguntou Hermione com uma voz inocentemente
desinteressada.

– É fácil, tem uma porta escondida atrás da pintura de uma fruteira. É só fazer
"cosquinha" na pera, ela ri e... – Ele parou e olhou desconfiado para a garota. – Por
quê?

– Nada – apressou-se Hermione a dizer.

– Vai tentar liderar uma greve de elfos domésticos, é? Vai desistir dos folhetos e incitar
os caras a se revoltarem? Algumas pessoas riram, Hydra ficou séria olhando para eles:

Hermione não respondeu.

– Não vai perturbar os elfos dizendo que têm que pedir roupas e salários! – avisou-a
Fred. – Vai desviar os caras do preparo da comida!

Nesse instante, Neville provocou uma ligeira distração transformando-se em um


grande canário.
– Ah... me desculpe, Neville – gritou Fred, abafando as risadas. – Me esqueci... foram
os cremes de caramelo que enfeitiçamos...

Um minuto depois, Neville entrava na muda e quando as penas acabaram de cair ele
reapareceu tal qual era. E até engrossou o coro de gargalhadas

– Cremes de Canários! – anunciou Fred para os alunos facilmente excitáveis. – Jorge e


eu inventamos, sete sicles cada, uma pechincha!

- Gostou? – Perguntou Jorge para Hydra

- Vocês fizeram isso sozinhos? – Perguntou ela surpresa – Eu me surpreendo de


verdade com a grande habilidade que vocês tem

- Então você gostou...

- Eu só achei maldade usar no pobre Neville – Disse ela sorrindo

- Da próxima vez a gente pode testar em você... – Brincou Fred

- Se quiserem aparecer no dia seguinte sem dentes... – Respondeu Hydra também


brincando

A festa foi até de madrugada e Fred e Jorge ainda "apresentaram" alguns de seus
produtos para os alunos que riam descontroladamente.

Finalmente Hydra subiu com Angelina e Alicia para o dormitório, decidiu escrever logo
para Peter contando tudo sobre a primeira prova e depois dormiu.

O começo de Dezembro trouxe chuva e neve granulada a Hogwarts. As aulas com o


professor Moody passaram de maldições imperdoáveis para feitiços silenciosos.

- Quero que formem duplas e tentem enfeitiçar uns aos outros – Disse ele

Os alunos da Beauxbaton que estavam na aula conseguiram fazer sem dificuldade,


Hydra sabia que essa era uma de suas especialidades e havia aprendido um pouco
enquanto estava lá, mesmo sendo muito nova, então também não teve muita
dificuldade para conseguir fazer Angelina ficar com os cabelos vermelhos sem
pronunciar uma palavra.

- Excelente Malfoy – Disse o Professor Moody olhando para ela com seu olho normal e
deu os parabéns também para todos os alunos da Beauxbatons.

Na aula de Feitiços, eles aprenderam um feitiço muito interessante chamado Fideliuis.

- Era muito usado na época de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado – Disse o pequeno


Professor Flitwick – É um dos melhores feitiços de proteção para residências, alguém
pode me dizer como funciona?

Hydra levantou a mão.

- Senhorita Malfoy.

- O Feitiço Fidelius é extremamente difícil e potente feitiço que pode ser usado para
esconder um segredo; a bruxa ou bruxo que abriga o segredo é conhecido como o Fiel
do Segredo. Uma habitação cuja localização foi protegida por este feitiço é invisível,
intangível, não-localizável e à prova de som. Este é um feitiço extremamente antigo,
um dos o mais antigo de todos – Disse Hydra que tinha lido sobre o feitiço no dia
anterior.

- Muito bom Senhorita Malfoy, maravilhoso! Dez pontos para a Grifinória – Disse o
Professor Flitwick, satisfeito -Quando o feitiço é inicialmente lançado, pode-se
escolher mais de uma pessoa para ser Fiel do Segredo. Uma vez que o Fiel do Segredo
morre, todas as pessoas que aprenderam o segredo antes da morte, se tornarão os
novos Fiéis. Se o Fiel optou por não revelar o segredo para ninguém, em seguida, o
segredo morrer com ele.

- Como se faz para que o segredo seja revelado? – Perguntou Angelina

- Boa pergunta, Senhorita Johnson. Uma vez que o segredo foi implantado, o único
método para outro aprendê-lo é se o Fiel divulgar o seu conteúdo a essa pessoa
diretamente, ele não pode ser descoberto de outra maneira. Além disso, ele aparece
como se a divulgação deve ser voluntária. O método para o Fiel voluntariamente dizer
a outra pessoa o segredo pode ser a forma verbal ou escrita. Também é possível que o
Fiel possa revelar informações para outro, mostrando a eles
O resto da aula foi bem interessante e eles aprenderam como lançar o feitiço e tornar
juma pessoa seu Fiel do segredo, apesar de parecer ser um feitiço extremamente
difícil, eles testaram o feitiço depois em uma sala vazia ao lado da deles, casa um
tentando até conseguirem fazer de um dos colegas o fiel do segredo da sala, fazendo
com que os outros não a vissem e meio que não lembrassem dela ali.

Hydra descobrira no meio da semana que Peter não iria poder passar o natal em casa e
sim trabalhando.

- Eu não vou vê-lo no feriado – Disse ela desgostosa para Gabrielle e Gisele numa
manhã durante o café

- Mas você tem visto ele em Hogsmeade, não tem? – Perguntou Gisele

- Sim, nos vimos mais duas vezes depois do passeio oficial, mas mesmo assim... – Disse
Hydra desanimada

- Você vai poder então ir no baile de inverno – Disse Gisele tentando animá-la

- Eu tinha esquecido disso, parece ser legal, mas eu não quero ir com ninguém – Disse
Hydra, se lembrando do Baile que ouviu falar que ocorreria no Natal.

- Não precisa, você vai conosco – Sorriu Gabrielle

- E com nossos pares, porque eu não vou sozinha mesmo – Completou Gisele

A Professora Minerva contou sobre o baile, em uma das aulas de transfiguração.

"O Baile de Inverno está próximo, é uma tradição do Torneio Tribruxo e uma
oportunidade para convivermos socialmente com os nossos hóspedes estrangeiros.
Agora, o baile só será franqueado aos alunos do quarto ano em diante, embora vocês
possam convidar um aluno mais novo se quiserem..."

- Como eu fosse chamar alguém do terceiro ano – Riu Fred

– O traje é a rigor – continuou a professora –, e o baile, no Salão Principal, começará às


oito horas e terminará à meia-noite, no dia de Natal. Então...
A Profa McGonagall olhou deliberadamente para a turma.

– O Baile de Inverno naturalmente é uma oportunidade para todos nós... hum... para
nos soltarmos – disse ela em tom de desaprovação.

Algumas pessoas riram, Fred e Jorge deram uma piscadinha para Hydra.

– Mas isto não significa – continuou ela – que vamos relaxar os padrões de
comportamento que se espera dos alunos de Hogwarts. Ficarei seriamente aborrecida
se, de alguma maneira, um aluno da Grifinória envergonhar a escola.

- Jamais faríamos isso, Professora – Disse Jorge ironicamente para desgosto da


Professora que olhava para ele com os lábios apertados de raiva

- Esse recado é especialmente para vocês dois, Senhores Weasleys, espero ver os dois
no seu melhor comportamento – Disse ela raivosa

Muitas pessoas se inscreveram para passar o Natal em Hogwarts, incluindo Hydra.

- Eu já tenho um par – Disse Gisele animada no almoço sentada na mesa da Grifinória


com seus amigos

- Quem? – Perguntaram quase todos ao mesmo tempo.

- Mikael Gunstraze – Disse ela apontando para um rapaz louro de cabelo quase
raspado, corpulento e alto da Durmstrang que estava sentado na mesa da Sonserina.

- Bonito – Respondeu Hydra sem muita animação.

- Eu também tenho um par... – Disse Alicia sem graça para as meninas e todas a
olharam chocadas

- QUEM?

- O Lino me pediu ontem, mas não contem pra ninguém ainda – Respondeu ela sem
graça.
Angelina olhou esperançosa para Fred, Hydra sabia que ela queria que o rapaz a
convidasse.

Durante os próximos dias, Hydra foi convidada por vinte e três meninos para o baile
até aquele momento, cinco da Durmstrang, três da Beauxbaton (incluindo Pierre, é
claro) e quinze de Hogwarts, sendo três da Sonserina, cinco da Lufa-Lufa, dois da
Corvinal e cinco da Grifinória. Hydra respondeu a todos que já tinha sido convidada por
outra pessoa e aceitado (menos para Pierre que disse que não queria ir mesmo com
ele nem que precisasse ir sozinha)

- Vinte e três convites? Isso não é normal! – Disse Angelina surpresa em uma noite na
sala comunal enquanto estavam sentadas fazendo os deveres.

- Eu só queria poder ir com o Peter, mas eu já chequei com a Professora Minerva,


mesmo se ele pudesse ele não poderia, o baile é para alunos apenas – Disse Hydra
desanimada

- Mas você não vai sozinha, vai? – Perguntou Alicia

- Eu acho que sim, eu prefiro assim – Disse ela desanimada

- Não vai não – Disse Jorge se sentando ao lado das meninas

- Como assim não vou não? – Perguntou Hydra intrigada

- Você vai comigo – Disse ele confiante

- Mas Jorge...

- Nada de mais Jorge, você é minha amiga e eu quero a sua companhia para o baile –
Disse ele e Hydra sorriu e beijou sua bochecha.

- Você tem certeza que não prefere ir com alguém que... Com alguém que você possa...

- Não se preocupe com isso – Interrompeu ele –Você me compensa me apresentando


a sua amiga Gabrielle melhor depois.

- A Gabrielle? – Perguntaram Alicia e Angelina juntas


- Sim, eu acho ela uma gracinha.

- Eu achei que você queria a Gisele – Disse Angelina desgostosa

- Ela é linda também, mas eu prefiro a Gabrielle.

- Mas por que você não chamou ela para o baile então, Jorge? – Perguntou Hydra

- Porque eu soube que ela já foi convidada e como eu disse, eu quero ir com você –
Disse ele sorrindo e se levantando para se juntar a Fred e Lino no outro lado da sala.

- Eles fariam um casal muito fofo – Disse Angelina sorrindo

- Concordo – Disse Hydra – Eu vou descobrir com quem a Gabrielle vai, mas com
certeza vou falar do Jorge para ela.

- Você vai com ele para o baile então? – Perguntou Angelina

- Vou sim, eu gostei da ideia de ir com um amigo.

- Eu só espero que eu seja chamada também... – Disse Angelina olhando esperançosa


para Fred no outro lado da sala.
CAPÍTULO 15

O ESPELHO MÁGICO

No café da manhã do dia seguinte, Hydra se sentou ao lado de Gisele e Gabrielle para
perguntar com quem Gabrielle iria para o baile.

- Não fique irada Hydra... – Disse ela delicadamente – Mas eu vou com o Pierre.

- O QUE? – Perguntou Hydra com raiva – Eu não acredito que você vai com aquele
idiota, sério???

- Sim, ele pediu e eu achei que ninguém mais ia... – Disse Gabrielle meio envergonhada

- Do que você está falando? Você é linda! – Disse Hydra olhando espantada para ela.

- Eu não sou você Hydra, eu não tenho a sua confiança, eu preferi aceitar o pedido
dele...

- Eu não acredito nisso sinceramente, você merecia coisa tão melhor, você é tão linda
e tudo!

Hydra contou para Gisele e Gabrielle sobre Jorge e Gabrielle pareceu gostar da ideia.

- Ele é um docinho vermelho delicioso – Disse Gisele, olhando para Jorge na mesa da
Grifinória

- Ele é bacana, quem sabe... No baile a gente vê isso – Sorriu Gabrielle sem graça.

A última semana do trimestre foi ficando cada vez mais animada à medida que os dias
passavam. Corriam boatos sobre o Baile de Inverno por todo lado, por exemplo, que
Dumbledore comprara oitocentos barris de quentão de Madame Rosmerta e que ele
contratara as Esquisitonas, a mesma banda que tocara em um aniversário de Hydra e
ela amava.

Hydra estava sentada com Angelina e Alicia conversando mais uma vez na sala
comunal perto da lareira uma noite quando ouviu Fred chamar.
– Oi! Angelina!

Angelina olhou para ele

– Que foi? – perguntou em resposta.

– Quer ir ao baile comigo? Angelina lançou um olhar a Fred como se o avaliasse.

- Tudo bem – disse ela e tornou a se virou com um sorrisinho no rosto para Hydra e
Alicia

- Não comentem nada agora – Disse ela tentando disfarçar o sorriso de satisfação

Angelina foi dormir animada e Hydra se sentou com Fred e Jorge depois que eles
voltaram do corujal.

- Por que vocês não pediram a Lydra emprestada? – Perguntou Hydra quando eles
contaram que usaram uma coruja da escola para Ludo Bagman.

- Porque você usa ela todos os dias, achamos que iria precisar dela por aqui –
Respondeu Fred

- Eu não acredito que ele ainda não pagou a vocês.

- Estamos achando, aliás, temos praticamente certeza que ele fez tudo de propósito –
Disse Jorge com raivaz

- Eu imagino, é estranho esse comportamento mesmo.

- Bem, mudando para assuntos melhores, vários caras vieram me perguntar se era
verdade que eu ia no baile com você, sou quase um herói da escola – Disse Jorge rindo
e brincandoz

- Muito engraçadinho – Disse Hydra também rindo – E você Fred, finalmente convidou
Angelina!!!
- Sim, eu tinha esquecido para te falar a verdade, mas já era minha intenção ir com ela
desde o começo, só não se anima muito, vamos ver o que vai acontecer – Disse ele
vendo que Hydra estava pronta para falar algo.

- O Peter ficou chateado de não poder vir ao baile, mas ficou satisfeito de saber que eu
vou com você – Disse Hydra para Jorge.

- Por que? Ele acha que eu não sou uma ameaça? Olha para mim, sou bonitão! – Disse
ele fingindo estar indignado com a afirmação.

- Nisso eu concordo, realmente é bonitão – Confirmou Fred – Olha esse rosto, esse
cabelo, como as meninas resistem?

- Vocês são mesmo, mas ele sabe que são meus melhores amigos, acho que ele ficou
com medo de eu ir com o Pierre, como se isso fosse acontecer um dia...

- Eu não acredito ainda que a sua amiga vai com ele – Disse Jorge.

- Sim, mas eu duvido que irá acontecer alguma coisa entre eles... – Afirmou Hydra.

A decoração de Natal estava ficando linda, todos os funcionários realmente estavam se


empenhando para impressionar os convidados, pingentes de gelo perene tinham sido
presos nos balaústres da escadaria de mármore; as doze árvores de Natal que sempre
eram montadas no Salão Principal estavam enfeitadas com tudo, desde frutinhas
vermelhas luminosas até corujas douradas vivas que piavam, e as armaduras tinham
sido enfeitiçadas para cantar canções tradicionais de Natal quando alguém passasse
por elas. Era impressionante ouvir "O vinde adoremos" cantado por um elmo vazio que
só sabia metade da letra. Várias vezes, Filch, o zelador, teve que retirar Pirraça de
dentro da armadura, onde ele pegara a mania de se esconder, preenchendo as lacunas
das canções com palavras de sua própria invenção, todas muito grosseiras.

Em um final de tarde, enquanto caminhava pelo exterior do castelo com Gabrielle,


Gisele, Kate, Alicia e Angelina, todas debatendo sobre o que usariam para o baile, uma
cena surpreendente aconteceu quando passaram pelo saguão de entrada.

Fleur estava parada conversando com Cedric e do nada Rony Weasley foi em sua
direção e a convidou para o baile, as seis amigos ficaram paradas esperando a reação
de Fleur que simplesmente não respondeu, ficou olhando para ele como se o pobre
rapaz fosse um verme e então ele saiu correndo.

- Ela é uma ridícula mesmo – Disse Hydra cheia de raiva – Ela estava jogando o charme
dela para Cedrico e o pobre Rony foi pego no meio, é essa coisa de Veela, os rapazes
raramente resistem, odeio isso!

- Eu sei que você odeia isso, parte porque é ridículo e parte porque você no fundo
também queria ter – Brincou Gisele, as meninas riram, mas Hydra ficou olhando para
ela séria.

- Isso não tem a mínima graça – Disse Hydra virando o rosto para as amigas.

- Pardon, você sabe que eu não resisto – Disse Gisele.

- Além disso você tem razão, foi muito rude da parte dela tratar o Rony assim, podia
pelo menos ter dispensado ele educadamente – Disse Angelina.

As seis se juntaram a Jorge, Fred e Lino no jantar na mesa da Grifinória

- Com quem você vai afinal, Kate? – Perguntou Jorge

- Mark Alfred, um rapaz do meu ano da Corvinal – Respondeu ela apontando com a
cabeça para um rapaz ruivo de cabelos cacheados, sardento e magro.

- Ele é legal, já conversamos com ele – Disse Fred.

- Então todo mundo aqui já tem par? – Perguntou Jorge – Até você Mione? –
Perguntou para a menina que estava sentada perto deles

- Sim, até eu Jorge – Disse ela parecendo ofendida

- Não que isso me surpreenda – Tratou de corrigir Jorge – É só que você é sempre tão
séria...

- Sim, mas já me convidaram – Disse a menina ainda séria

- Quem? – Perguntou Hydra


- Prefiro manter isso como um segredo – Respondeu a menina, fazendo Jorge e Fred
implicarem e brincarem com eles durante todo o jantar.

As férias de Natal começaram com uma carga enrome de dever de casa que Hydra e os
alunos do sexto ano tinham recebido, mas ainda assim nada abalou o humor de todos
que esperavam ansiosos pelo baile de inverno.

Na semana que antecedeu o Natal a Torre da Grifinória não parecia mais vazia agora
do que estivera durante o tempo de aulas; parecia até ter encolhido ligeiramente,
porque seus moradores estavam muito mais barulhentos do que o normal. Fred e
Jorge fizeram grande sucesso com os seus Cremes de Canário e nos primeiros dois dias
de férias, as pessoas não paravam de explodir em penas por todo o lado. Não tardou
muito, porém, todos os alunos da Grifinória aprenderam a olhar a comida que outras
pessoas ofereciam com extrema cautela, para a eventualidade de ter Creme de
Canário escondido no meio.

- Nossa nova invenção vai ser ainda melhor – Disse Fred para Hydra.

- Não dúvido, vocês já são um verdadeiro sucesso até o momento!

A neve caia forte sob o castelo. Hydra combinara de encontrar com Peter no fim de
semana antes do baile.

Depois de seguir a passagem secreta e sair pela loja desdosdemel, Hydra encontrou
com Peter diretamente na casa.

- Está congelando lá fora – Disse ela quando entrou na casa e depois de beijar Peter. A
lareira já estava acesa e um calor gostoso enchia o cômodo.

- Eu sei, estamos tendo vários acidentes, principalmente de bruxos com vassouras no


St Mungo's, foi um milagre eu ter conseguido sair hoje.

- Eu fico feliz que tenha, já que não vamos nos ver no natal – Disse Hydra triste
abraçada a Peter.

- Eu sei, mas eu prometo que meu presente para você vai compensar isso pelo menos
um pouco, alias, toda nossa saudade, prometo
- Estou muito curiosa pra saber o que é.

- Espere que no dia de natal irei lhe enviar – Disse ele sorrindo e a beijando.

Os dois passaram algumas horas juntos na casa, depois de um gostoso almoço que
Peter havia levado para os dois, eles ficaram conversando sentados no balcão da
cozinha.

- Eu não acredito que o Harry terminou em primeiro lugar empatado com o Krum,
quando você me disse o que ele fez, achei incrível, uma jogada de gênio – Dizia Peter
comendo o resto de galinha assada do seu prato.

- Eu sei, eu fiquei tão nervosa, você nem imagina, por um momento achei que ele não
iria conseguir, foi horrível.

- Todo mundo está de olho nesse torneio aqui fora, quase todos agora estão
apostando no Potter como campeão, apesar de alguns ainda acharem que ele deu
sorte dessa vez.

- Não foi sorte, ele realmente é mais inteligente do que eu imaginava – Retrucou Hydra

- É, realmente sim, mas já era de se esperar. Bem, mudando de assunto, está animada
para o baile? – Perguntou Peter parecendo um pouco "doído" com o assunto.

- Sim, vai ser divertido, só é uma pena que você não estará lá comigo – Peter sorriu
com essa última frase

- E muitos rapazes te convidaram? – Ele parecia sem jeito de perguntar.

- Alguns, sim, mas eu recusei todos, menos o Jorge é claro, nós vamos como amigos.

- Sim, eu fiquei feliz de você ir com Weasley, eu sei que vocês dois são grandes amigos
– Disse ele parecendo aliviado

- Sim, eu só vou tentar juntar ele com a Gabrielle, é uma pena que ela está indo com o
Pierre.
- Nem me fale nesse idiota – Disse Peter irritado – Não sei como sua amiga aceita sair
com um imbecil desses.

- Nem eu, acredite...

O encontro durou a tarde inteira, finalmente Hydra e Peter tiveram que se despedir,
tristes como sempre e Hydra seguiu para a dedosdemel e até Hogwarts.

Na manhã de natal, ela acordou animada com uma montanha de presentes na sua
cama, as meninas do seu dormitório também abriram os seus.

- Obrigada Hydra – Disseram Jeniffer, Alicia e Angelina para o presente que ela dera
para cada uma.

Hydra recebeu doces de Angelina e Alicia, um livro chamado "poções ainda mais
avançadas e como prepará-las" de Jeniffer, alguns fogos de artificio e creme de canário
de Fred e Jorge, um caldeirão novinho e brilhante (e auto limpante) dos Senhor e
Senhora Macmillan, um lindo par de brincos que brilhavam e mudavam de cor de
acordo com que Hydra sentia, de seus pais e um anel que combinava de Draco, um
perfume mágico que mudava o cheiro de acordo com a pessoa que sentia de Gisele e
um livro sobre "lugares mágicos Franceses" de Gabrielle com um bilhete que era para
ela ler sempre que sentisse falta do lugar, mas o presente mais esperado era de Peter,
veio muito bem embrulhado.

- É o presente do meu irmão? – Perguntou Jeniffer enquanto Hydra desembrulhava

- Sim – Disse, Hydra, animada para saber do que se tratava.

- Ai, eu quero ver o que é, ele me disse que levou meses procurando um. – Disse
Jeniffer empolgada, Alicia e Angelina também prestaram atenção.

Hydra abriu o presente e era um espelho de mão grande prateado brilhante, achou
bonito, mas não deixou de se sentir um pouco desapontada, as outras meninas
também pareciam sentir o mesmo. Então viu o bilhete que veio junto

"Às 10 da manhã, chame meu nome e olhe no espelho.

Com amor,
Peter"

- Que estranho – Disse Angelina quando ela leu o bilhete em voz alta.

- São 10 horas agora, chama o nome dele – Sugeriu Jeniffer ansiosa.

- Ok... Peter Macmillan.... – Disse ela olhando no espelho.

Algo incrível aconteceu, o reflexo que ela via de si mesma mudou e ela viu então o mar
pela janela do quarto de Peter.

- Olhem, olhem isso – Disse ela para as meninas que correram para ver também

- O que é isso? – Perguntava Alicia

- É a casa do Peter – Disse Hydra, eu reconheço de quando fui visitar.

- Que vista linda – Exclamou Angelina.

Então, o espelho se mexeu e virou para... O rosto de Peter!

- Hydra, você pode me ouvir? – Perguntava ele

Todas as meninas que se exprimiam na cama e Hydra estavam chocadas sem palavras

- Ai meu Deus, Peter, é você mesmo? – Disse Jeniffer

- Oi Jeniffer... Oi meninas – Disse ele sem graça.

- Peter, o que é isso? – Perguntou Hydra.

- É um espelho mágico, ele permite que as pessoas que tem os espelhos irmãos se
comuniquem, não é fácil de encontrar, na verdade foi extremamente difícil, eles são
raros, mas eu consegui.

- Ownnnnnnnnnnnn – Disseram todas as meninas juntas.


- Peter isso é incrível, então agora eu não preciso mais esperar por cartas, posso falar
com você aqui? – Perguntou Hydra ainda em choque.

- Sim, podemos nos falar todas as noites se você quiser – Disse ele animado.

- É claro que eu quero!

- Que bom, eu tenho que ir agora para o St. Mungo's, mas me chame antes de você ir
para o baile por favor, quero ver como você estará ainda mais linda (mais ownnnnn
das meninas) eu vou levar o espelho comigo e tentou pegar ele lá pelas 7:40.

- Ok meu amor, eu amei o presente, muito obrigada de verdade! – Disse Hydra


emocionada.

- Fico feliz que tenha gostado.

Os dois se despediram e o espelho voltou a refletir Hydra e as meninas que ainda se


exprimiam na cama.

- Eu não acredito que ele fez isso, é maravilhoso! – Disse Alicia

- Eu não esperava menos do meu irmão, mas ainda assim estou surpresa! – Disse
Jeniffer

Hydra desceu muito animada para o café e encontrou as amigas já sentadas junto a
Fred, Jorge e Lino.

- Merci pelos presentes Hydra – Disseram Gabrielle e Gisele

- Também amamos os nossos – Disseram os gêmeos e Lino.

- Eu que agradeço o de vocês – Sorriu Hydra se sentando como sempre entre Fred e
Jorge.

- Mas nada supera o presente do Peter para ela – Disse Angelina dizendo tudo sobre o
espelho mágico, eles conseguem se ver aonde estiverem.
- Nossa, isso é demais! – Comentou Fred – Bem que eu queria saber fazer um desses,
imagina vender isso! - Dizia ele animado e com brilho nos olhos.

- Esquece, um encantamento desses é muito difícil, esses espelhos são extremamente


raros, o Peter levou meses para conseguir e gastou muito dinheiro, o Abbas também
está tentando encontrar um e não está conseguindo. – Disse Jeniffer deixando os
gêmeos frustrados.

Hydra passou parte da manhã na torre da Grifinória (onde conseguiu pela primeira vez
levar Gabrielle e Gisele para conhecer, elas ficaram encantadas com tudo).

- Hydra, eu poderia falar com você? – Disse Hermione meio sem jeito para Hydra que
estava sentada em uma poltrona ao lado de seus amigos, rindo enquanto Fred e Jorge
divertiam o grupo com piadas.

- Claro, o que houve? – Perguntou Hydra

- Em particular – Disse Hermione e Hydra reparou que todos seus amigos pararam para
olhar a cena.

- Tudo bem – Hydra se levantou e foi até um canto da sala comunal com Hermione –
Diga, o que houve?

- Eu queria saber se você poderia me ajudar... Você sabe... A me arrumar hoje à noite –
A menina parecia muito sem graça e corada. Hydra abriu um grande sorriso, sempre
quis ter uma irmã menor que pudesse ensinar essas coisas e gostou da oportunidade

- Mas é claro que sim, me encontre às cinco horas da tarde no meu quarto, leve sua
veste e deixe o resto comigo – Hermione abriu um sorriso tímido e saiu para o
encontro de Rony e Harry e Hydra voltou para onde estava

- O que ela queria? – Perguntou Fred curioso

- Coisas de menina... – Respondeu Hydra e Fred fez uma careta, depois voltou a contar
suas piadas para o grupo.

O almoço naquele dia foi magnífico, incluía no mínimo uns cem perus e pudins de
Natal e montanhas de Bolachas Mágicas de Cribbage.
O grupo depois foi para o lado de fora do castelo, nos jardins, onde Harry e os
Weasleys se divertiam com uma briga de bolas de neve enquanto as meninas
conversavam sobre o baile, pouco antes das cinco horas, elas saíram para se arrumar.

– Quê, você precisa de três horas? – Hydra ouviu Rony perguntar para Hermione,
olhando para ela incrédulo e pagando por esse lapso de concentração: uma enorme
bola, atirada por Jorge, atingiu-o com força do lado da cabeça. – Com quem é que você
vai? – gritou ele para Hermione, mas a garota apenas acenou e desapareceu pela
escada de acesso ao castelo.

O quarto parecia uma operação de guerra, Hydra ajudou todas a se vestirem, a pobre
Hermione parecia sem graça e deslocada.

- Muito bem Hermione, esse é meu espelho ajudante – Disse Hydra mostrando um
espelho dourado de mão – Eu penso em como quero me maquiar e ele usa o que eu
tenho para me deixar pronta, mas eu acho que talvez você precise de algo mais caseiro

- Como o que? – Disse a menina nervosa.

- Primeiramente, eu quero que você use essa poção – Disse Hydra entregando para a
menina um frasco com uma poção "capilar alisante" – Ela vai deixar seus cabelo, bem...
Vai deixar ele ajeitado.

- Ok... – Disse Hermione meio sem jeito. O cabelo rebelde da menina ficou maleável e
baixo, Hydra então o colocou com a varinha em um lindo penteado

- Ficou ótima Hermione – Disse Angelina que usava o espelho de Hydra sem sucesso,
seus olhos pareciam inchados de tão roxos – Eu acho que não sei usar isso aqui – Disse
ela enquanto as outras riam.

- Precisa de prática, eu já lhe ajudo – Disse Hydra também rindo – Agora, Hermione,
esse aqui é um delineador mágico da Senhora Gigolef – Disse Hydra mostrando o que
parecia uma caneta amarela de ponta preta – Você vai passar suavemente onde quer
nos olhos e ele não vai deixar você errar o traço e nem vai sair durante toda a noite.

Hydra passou horas ajudando todas as meninas a ficarem prontas, elas rapidamente
desistiram de usar o espelho de Hydra quando viram que precisava de prática e
pensamento livre para dar certo. Depois de deixar cada uma deslumbrante (Hermione
parecia outra pessoa em uma linda veste azul, Angelina estava maravilhosa em uma
veste vinho, Alicia em uma veste verde e Jeniffer em uma amarela).

- Com quem você vai, Jeniffer? – Perguntou Angelina

- Greg Viggory, é um rapaz da Lufa-Lufa, amigo do meu primo, eu já deixei bem claro
pra ele manter aos mãozinhas aonde eu possa ver que eu sou comprometida – Disse
ela brincando.

Hydra finalmente foi se arrumar, colocou sua veste, que era vermelha e de renda, justa
em todo corpo (em um estilo sereia) não demorou para se maquiar já que tinha
habilidade com o espelho (o que deixou as meninas impressionadas) logo estava
usando um lindo batom de tom vermelho suave e um delineador preto suave nos
olhos, na verdade estava mais linda do que se lembrava em muito tempo. Fez também
um coque em camadas no cabelo e usou os brincos e anel que ganhou de natal.

- Eu sinceramente nunca vi ninguém tão bonita – Dizia Angelina quando a viu pronta.

- Bobagem sua, se olhe no espelho, você está magnífica – Sorria Hydra

Hydra procurava em sua caixa de joias uma pulseira e achou a pulseira de ouro que
ganhou de Olívio quando namoravam, achou que combinava com a roupa então
mesmo se sentindo estranha com isso, a colocou.

- Vamos? – Perguntou Hydra para Jeniffer, Hermione, Angelina e Alicia que estavam
ainda no quarto

- São 7:40 horas Hydra, esqueceu do Peter? – Perguntou Jeniffer rindo.

- É verdade! – Disse ela correndo e pegando o espelho mágico que ganhou. Ao dizer o
nome de Peter, ele logo apareceu.

- UAU! Você está maravilhosa – Disse ele parecendo em choque, as meninas riam no
quarto – Chegue para trás por favor, deixe-me vê-la.

Hydra pediu para que Jeniffer segurasse o espelho enquanto ela chegava para trás e
via a boca de Peter abrir cada vez mais.
- O que achou? – Perguntou ela pegando o espelho novamente.

- Que eu nunca vi uma mulher mais linda na minha vida até hoje!

- Foi o que eu disse – Disse Angelina.

- Valeu irmão – Gritou Jeniffer rindo.

- Você também está linda – Disse ele quando Hydra virou o espelho – Abbas é um
homem de sorte, você sabe disso.

- É, eu sei mesmo! - Brincou ela.

- Eu tenho que voltar para o trabalho, mas eu amei te ver assim hoje, tente tirar fotos,
ok?

- Pode deixar – Sorriu Hydra

Os dois se despediram e Hydra guardou o espelho

- Então vamos? – Disse ela para as meninas.

- Vão indo, eu preciso pegar algo no meu quarto – Disse Hermione se apressando para
fora do quarto.

O salão comunal estava com um ar estranho, cheio de gente usando diferentes cores
em lugar da massa negra de sempre. Jorge esperava sentado em uma poltrona, estava
muito bonito usando uma veste azul marinho, tanto ele quanto todos os rapazes na
sala pareciam ter ficado paralisados encarando por alguns segundos enquanto Hydra e
as meninas desciam as escadas.

- Meu Deus! – Disse Jorge de boca aberta – Eu vou ser uma lenda na escola com
certeza – Ele riu brincando.

- Para de bobagem – Disse Hydra que já estava vermelha e sem graça.

- Você está linda Angelina – Hydra ouviu Fred dizer para a menina que também estava
corada e sem graça.
O saguão de entrada também estava apinhado de estudantes, todos andando por ali à
espera de que dessem oito horas, quando as portas para o Salão Principal seriam
abertas. As pessoas que iam encontrar pares de outras Casas procuravam atravessar a
aglomeração, tentando localizar uns aos outros. De novo, Hydra viu o efeito de quase
todos se virarem para ela quando desceu as escadas e ficarem paralisados por alguns
segundos.

Um grupo de alunos da Sonserina vinha subindo as escadas do seu salão comunal na


masmorra. Draco à frente; usava vestes de veludo negro com a gola alta. Pansy
Parkinson estava agarrada ao braço dele, com vestes rosa-claro cheias de babadinhos.
Crabbe e Goyle vinham de verde sem acompanhantes.

- Eu vou falar com meu irmão um minutinho – Disse Hydra tirando o braço de Jorge
que parecia orgulhoso demais em exibi-la.

- Draco, está lindo – Disse ela se aproximando do irmão. Crabbe e Goyle pareciam que
tinham sido atingidos por um feitiço estuporante quando a viram e Pansy olhava com a
mesma cara de nojo de sempre.

- Obrigada, você também está – Disse ele pomposo.

- Você também está ótima Pansy – Disse Hydra, tentando ser simpática.

- Obrigada – Respondeu ela, parecendo ter sido forçada a ser educada com Hydra.

- Você realmente vai ao baile com um Weasley? – Perguntou Draco com raiva olhando
para Jorge que conversava com Fred e Angelina

- Com toda certeza que vou, felizmente sim! - Disse Hydra sorrindo e virando, indo até
seu par e dando o braço para ele novamente.
CAPÍTULO 16

O BAILE DE INVERNO

As portas de carvalho da entrada se abriram e todos se viraram para olhar os alunos de


Durmstrang entrarem com o Prof. Karkaroff. Krum vinha à frente da delegação,
acompanhado, para a grande surpresa de Hydra, por Hermione que estava
irreconhecível de tão linda, Gisele também estava maravilhosa com uma veste de seda
azul de brilho prateado acompanhada de seu par da Durmstrang.

Hydra viu que a área do gramado logo à entrada do castelo fora transformada em uma
espécie de gruta cheia de luzes encantadas – ou seja, centenas de fadinhas vivas
encontravamse sentadas nas roseiras que tinham sido conjuradas ali e esvoaçavam
sobre as estátuas que pareciam representar Papai Noel e suas renas.

Então a voz da Prof a Minerva McGonagall chamou:

– Campeões aqui, por favor! - A professora, trajava vestes a rigor de tartan vermelho, e
enfeitara a aba do chapéu com uma guirlanda bem feiosa de cardos – a flor nacional
da Escócia.

Harry e Padma, uma menina do quarto ano se adiantaram, assim como Krum e
Hermione, Fleur e Rogério Davies, que parecia tão aturdido com a sua sorte de ter
Fleur como par que mal conseguia desgrudar os olhos dela e também Cedrico e Cho
Chang.

Hydra entrou no salão com os demais alunos, muitos meninos ainda a olhavam
encantados e ela se sentiu bem em ver que Fleur não era a única que chamara
atenção.

Quando as portas do Salão Principal se abriram, o fã-clube de Krum que fazia ponto na
biblioteca passou, lançando a Hermione olhares de profundo desprezo. Pansy
Parkinson boquiabriu-se ao passar com Draco, e mesmo ele não pareceu capaz de
encontrar uma ofensa para usar contra a menina.

- Ela realmente ficou lindíssima – Disse Angelina no ouvido de Hydra.


Depois que estavam todos sentados no salão, a Profa Minerva mandou os campeões e
seus pares formarem um cortejo, de dois em dois, e a seguiram. Os garotos
obedeceram e todos no salão aplaudiram, quando eles entraram e se dirigiram a uma
grande mesa redonda no fundo do salão, onde estavam sentados os juízes.

As paredes do salão estavam cobertas de gelo prateado e cintilante, com centenas de


guirlandas de visco e azevinho cruzando o teto escuro salpicado de estrelas. As mesas
das Casas haviam desaparecido; em lugar delas havia umas cem mesinhas iluminadas
com lanternas, que acomodavam, cada uma, doze pessoas.

Dumbledore sorriu feliz quando os campeões se aproximaram da mesa principal, mas


Karkaroff tinha uma ruim ao ver Krum e Hermione se aproximarem. Ludo Bagman, esta
noite de vestes roxo-berrante, com grandes estrelas amarelas, batia palmas com tanto
entusiasmo quanto qualquer estudante; e Madame Maxime, que trocara o uniforme
costumeiro de cetim negro por um vestido rodado de seda lilás, os aplaudia
educadamente. Hydra reparou então que a quinta cadeira à mesa estava ocupada por
Percy Weasley.

- O que seu irmão está fazendo aqui afinal? – Perguntou Hydra para Jorge

- Não sei, algo chato, provavelmente – Respondeu ele observando.

Hydra se acomodou em uma mesa com Jorge, Fred, Angelina, Gabrielle, Pierre (eca!),
Alicia, Lino, Gisele, Mikael, Jeniffer e Greg.

Para o nojo de Hydra, Pierre não tirava os olhos dela.

Ainda não havia comida nas travessas de ouro, apenas pequenos menus diante de
cada conviva.

Ela então ordenou para o seu prato:

- Canard à l'orange (um prato Francês).

E o pedido apareceu em seu prato. Entendendo a ideia, os demais ocupantes da mesa


também fizeram os pedidos aos seus pratos.
- A decoração aqui é sublime – Dizia Gisele – É claro que sinto falta das estátuas de
gelo da Beauxbatons no natal, lembra delas, Hydra?

- Oui, realmente eram lindíssimas – Disse Hydra, observando o par de Fleur na mesa
principal errar o garfo da boca várias vezes e a admirando como se ela não fosse real.

- Você está tão linda quanto ela – Disse Jorge vendo que Hydra olhava para a cena – Se
você quiser eu também posso ficar te olhando que nem idiota, um monte de garotos
no salão eestá - Brincou ele.

- Nem pensar! – Riu Hydra um pouco sem graça – Que tal a Gabrielle, ela não está
linda hoje? – Disse ela olhando para a menina que estava com uma linda veste
rendada rosa clarinha e cabelos presos.

- Está sim, eu com certeza vou chamar ela pra dançar mais tarde – Disse Jorge em tom
de brincadeira, mas sem deixar de olhar para a menina do outro lado da mesa e como
Hydra notou, Pierre não deixava de olhar para ela.

- Por favor, só não me deixa sozinha com o Pierre.

- Pode deixar, combinado – Disse Jorge.

Angelina e Fred pareciam a vontade conversando e rindo, a cena deixou Hydra muito
feliz, afinal ela queria muito que finalmente os dois se acertassem.

Quando toda a comida fora consumida, Dumbledore se levantou e pediu aos


estudantes que fizessem o mesmo. Então, a um aceno de sua varinha, as mesas se
encostaram às paredes, deixando o salão vazio, em seguida ele conjurou uma
plataforma ao longo da parede direita. Sobre ela foram colocados uma bateria, alguns
violões, um alaúde, um violoncelo e algumas gaitas de foles.

- Eu não acredito que as Esquisitonas realmente vão vir! – Disse Fred animado.

As Esquisitonas realmente então subiram no palco sob aplausos delirantemente


entusiásticos; eram todas extremamente cabeludas, trajavam vestes negras que
haviam sido artisticamente rasgadas.
Hydra notou então que as lanternas de todas as outras mesas tinham se apagado e
que os outros campeões e seus pares estavam em pé.

As Esquisitonas tocaram uma música lenta e triste; os campeões e seus pares entraram
na pista de dança bem iluminada, então começaram a dançar. Logo depois, os outros
começaram a acompanhá-los.

- Vamos – Disse Hydra para Jorge

- Nem pensar – Respondeu ele.

- Vamos sim! – Disse Hydra puxando o rapaz e o levando para o meio da pista aonde os
dois começaram a valsar.

Dumbledore valsava com Madame Maxime. Ficava tão pequeno junto a ela que a
ponta do seu chapéu cônico mal roçava o queixo da bruxa; no entanto, Madame
Maxime se movia graciosamente para uma mulher daquele tamanho. Olho-Tonto
Moody estava seguindo um compasso de dois tempos extremamente desajeitado com
a Profa Sinistra, que nervosamente evitava a perna de madeira do seu par.

As Esquisitonas pararam de tocar, os aplausos encheram mais uma vez o Salão


Principal.

- Finalmente – Suspirou Jorge

As Esquisitonas começarem uma nova música, que era muito mais movimentada e
todos dançavam animadamente, dessa vez Jorge nem mesmo reclamou de estarem ali,
Hydra, Gisele e Gabrielle dançaram juntas e muitos olhares estavam voltados para as
três.

Foi extremamente animador a sensação de liberdade que a dança trazia para Hydra,
ela esqueceu completamente de todos ao redor e se divertia com suas amigas, ela
nem notou quando Fred e Angelina desapareceram e logo depois Gisele e Mikael.

- Para onde eles foram? – Perguntou Hydra para Gabrielle

- Você quer mesmo saber? – Disse ela com risinhos


Hydra então viu Jorge que estava dançando com elas e percebeu que Pierre não estava
por perto.

- Eu vou tomar um pouco de ar fresco, vocês continuem por aqui, sim? – Disse ela
saindo do salão antes que eles pudessem responder

Ela seguiu até o saguão de entrada, sendo interrompida diversas vezes por meninos
que surgiam perguntando se ela não queria dançar, as portas estavam abertas, de par
em par e as fadinhas luminosas no roseiral piscavam e cintilavam quando ela desceu os
degraus da entrada e se viram cercados de plantas que formavam caminhos
serpeantes e de grandes estátuas de pedra.

Sentia muito frio, mas decidiu olhar ao redor, ela se sentou em um dos bancos e então
viu uma cena que não esperava, Draco e Pansy se beijando encostados em uma árvore.
Foi um misto de sentimentos, um pouco de nojo por Draco ter escolhido alguém tão
repulsivamente metida quanto Pansy Parkison, mas principalmente uma tristeza, seu
irmão se tornara um homem e ela não acompanhou isso, se afastou tanto dele com os
anos que esquecera que os dois eram inseparáveis até seus onze anos, o tanto quanto
seu pai deixava que fossem, pelo menos, realmente uma pontada de dor a atingiu bem
no estômago e seus olhos se encheram D'guá, mas antes que pudesse fazer algo,
Pierre se sentou ao seu lado.

- Seu irmão, não é? – Disse ele em Francês apontando para Draco e Pansy.

- Sim, meu irmão – Respondeu Hydra também em Francês – O que você quer, Pierre?

- Nada, só conversar...

- Ok então...

- Por que você me odeia tanto, Hydra? – Perguntou ele sério olhando para ela

- Porque você partiu meu coração, você foi meu primeiro namorado e então eu te vi
cantando aquela menina, qual o nome dela? Natalia Moraes, uma menina de Portugal,
eu fiquei irada e jurei que nunca mais teria nada com você.

Pierre ouvia parecendo meio incomodado com a resposta.


- Ora Hydra, eu era novo e idiota, eu não sabia muito bem o que fazia, você era a
menina mais bonita, você e a Fleur – Completou ele fazendo o rosto de Hydra se
contorcer – Além de ser uma pessoa maravilhosa, eu fui um grande idiota de ter feito
aquilo – Ele parecia quase sincero, se Hydra não o conhecesse tão bem talvez
acreditaria em sua inocência.

- Tudo bem Pierre, vamos deixar então as coisas no passado – Respondeu ela.

- Mas por que? Será que não podemos recomeçar?

- Pierre, eu tenho namorado! – Disse Hydra indignada

- E ele está longe, bem longe pelo que sei, não está?

- Não Pierre, não interessa que ele esteja longe ou perto, ele continua sendo o meu
namorado, você não entende isso?

Pierre a encarou e então, tentou beijá-la, que o parou e gritou o afastando, fazendo
com que Draco aparecesse.

- O que você está fazendo? – Perguntou ele para Pierre.

- Nada, só estamos conversando – Disse ele com seu sotaque carregado.

- Mentira, ele tentou me agarrar! – Disse Hydra se levantando ainda vermelha de raiva

Draco levantava a varinha quando o Professor Snape surgiu.

- O que está acontecendo aqui? – Disse ele raivoso.

- Nada Professor – Respondeu Draco guardando a varinha – Só estamos conversando.

- Ótimo, então sugiro que conversem lá dentro no baile.

Os quatro entraram, Pansy parecia extremamente chateada de ter sido interrompida e


Draco ainda estava vermelho de raiva encarando Pierre, que saiu correndo para dentro
do salão.
- Draco, eu posso falar com você um minuto? – Pergunto Hydra quando estavam no
salão principal (Pansy olhou ainda com mais raiva).

- Tudo bem – Respondeu Draco parecendo meio confuso e pedindo para que Pansy o
esperasse no salão principal (o que ela fez quase fuzilando Hydra com os olhos).

Hydra sentou na escada e Draco a seguiu sentando do lado.

- A gente se afastou muito, você não acha? – Perguntou a menina para o irmão que
parecia ainda mais confuso com a pergunta

- Eu acho que sim... – Respondeu ele meio sem graça

- Eu não queria isso Draco, nós éramos tão unidos – Hydra novamente tinha lágrimas
nos olhos e Draco ficou confuso.

- Mas o que houve afinal? – Perguntou ele.

- Eu vi você... Você e aquela menina, não me leve a mal, na sua idade eu já namorava
também, é só que... Eu percebi o quanto eu perdi da sua vida – As lágrimas corriam
pelos olhos de Hydra e Draco parecia desesperado.

- Não chora, para, é sério, está tudo bem – Dizia ele sem saber o que fazer.

- Eu não estou triste, eu só queria que a gente pudesse conversar mais, sermos mais
amigos – Disse ela secando as lágrimas – O que você acha disso?

- Eu não sei Hydra, você que se isolou de todo mundo, me deixou sozinho... – Ele
hesitou em falar.

- Eu sei, eu fiquei tão desconfortável na nossa casa que acabei não pensando que eu
estava te deixando sozinho também, me perdoe por favor, não foi sua culpa tudo que
aconteceu... – As lágrimas voltaram a cair

- Tudo bem Hydra, por favor para de chorar – Disse Draco secando as lágrimas da irmã.
- Eu acho que sei lá, podemos sentar uma vez por semanas pelo menos, só para
conversarmos, nada demais, só nós dois, o que acha? – Disse ela olhando com seus
grandes olhos cinzas para o irmão que ainda parecia meio chocado.

- Tudo bem Hydra, podemos fazer isso – Disse ele e Hydra o abraçou.

- Você viu a Gisele? – Mikael que parecia sem fôlego e com raiva acabara de chegar
perto dos dois perguntando para Hydra.

- Eu achei que ela estava com você... – Disse Hydra surpresa.

- Ela estava... – O rapaz entrou então raivoso no salão principal e minutos depois,
Gisele apareceu seguida de um rapaz da Lufa-Lufa, disfarçando e também entrando no
salão principal.

- Eu acho que é melhor eu entrar – Disse Hydra para Draco e os dois seguiram para o
salão principal.

Algumas pessoas ainda dançavam, Gisele e Mikael discutiam em um canto e Hydra


decidiu se sentar junto de Jorge, Gabrielle e Jeniffer.

- Aonde você estava? – Perguntou Jorge

- Conversando com meu irmão. – Disse ela e os três pareceram surpresos – Aonde está
seu par, Jeniffer?

- Não sei, eu mandei ele pastar – Disse ela com raiva cruzando os braços.

- Ele tentou ser mais ousado do que deveria, digamos assim – Explicou Gabrielle para
Hydra.

- Cadê o Fred? – Perguntou Hydra para Jorge.

- Eu o vi lá fora, mas ainda não voltou.

- E o que você estava fazendo lá fora heim? – Brincou Hydra baixinho para Jorge e os
dois riram.
- Você viu o Pierre, Hydra? – Perguntou Gabrielle

- Ele estava lá fora, depois não o vi mais, espero que esteja bem longe – Disse ela com
uma expressão parecida com a de Jeniffer, que pareceu entender.

Quando as Esquisitonas terminaram de tocar à meia-noite, receberam mais uma


rodada de aplausos estrepitosos e começaram a sair em direção ao saguão de entrada.
Muitas pessoas expressaram o desejo de que o baile pudesse continuar por mais
tempo.

- Eu acho que vou dormir – Disse Hydra sentindo que o baile já dera tudo que tinha
que dar para ela.

- Eu vou também – Disse Jeniffer e as duas se despediram de Jorge e Gabrielle e foram


em direção a torre da Grifinória.

- Eu queria tanto que o Abbas pudesse ter vindo – Disse Jeniffer triste e Hydra se
sentiu mal, ela sabia que Jeniffer via muito menos Abbas do que ela via o Peter e que
por uma promessa feita aos gêmeos, não podia mudar isso.

- Eu sei, eu também queria que o Peter estivesse aqui, acredite.


CAPÍTULO 17

O PRÍNCIPE MESTIÇO

Todos acordaram tarde no dia seguinte ao Natal, que é feriado na Grã-Bretanha. A sala
comunal da Grifinória estava muito mais sossegada do que ultimamente, muitos
bocejos pontuavam as conversas ociosas. Hydra estava sentada ainda se sentindo
muito sonolenta em uma poltrona perto da lareira junto com Fred e Jorge.

- Aonde você foi parar afinal? – Perguntou ela para Fred, mas ele apenas trocou
olhares com Jorge e os dois riram – Ok, ok, eu já entendi... – Disse Hydra também rindo
– Mas e você e Angelina, estão namorando então?

- Acho que sim – Respondeu ele meio confuso.

- Acha?

- Não falamos muito a respeito, se é que você me entende – Disse ele dando uma
piscadinha para Hydra que revirou os olhos e riu.

Quando Angelina e Alicia chegaram na sala comunal, Hydra decidiu subir e procurar
seu material de poções para colocar sua lição em dia, quando estava abrindo seu
malão, notou um pacote em cima da sua cama, ficou curiosa, então o rasgou e viu um
caderno com capa de couro preta e grosso, tinha uma serpente na capa em dourado,
Hydra ficou admirada e abriu correndo para ver do que se tratava, mas estava vazio
com exceção da primeira página que tinha um bilhete escrito em uma letra que
parecia ter sido disfarçada para que ela não soubesse de quem se tratava.

"Malfoy,

Esse presente se trata de um Grimório, aqui eu quero você anote cada receita de
poção, cada passo, cada feitiço que achar importante ou que um dia venha a inventar,
cada tentativa de criação, cada coisa que fizer relacionada a magia que ache
importante.

Não se preocupe, apenas você e as pessoas em quem você confiar poderão ler o que
está escrito e o caderno nunca ficará sem pergaminho.

Se algum curioso colocar as mãos nele, apenas verá receitas de culinária ou páginas
em branco impossíveis de serem compreendidas, se quiser que alguém consiga ler,
apenas diga "leia" enquanto estiver com ela e o segredo aqui escrito aparecerá.

Espero que use para anotar cada passo do seu futuro, que tem tudo para ser brilhante
e que nunca esqueça de aprender com seus erros, assim como com seus acertos, pois
nossas tentativas são tão nobres quanto nossos sucessos.

Assinado,

O Príncipe Mestiço"

"O Príncipe mestiço? Quem diabos é o Príncipe Mestiço?" Pensou Hydra e ficou horas
tentando pensar em todas as pessoas que poderiam se chamar daquele jeito mas não
chegou a nenhuma conclusão.

- Príncipe Mestiço? – Disseram todos seus amigos na sala comunal quando ela desceu
dizendo o que acabara de ganhar.

- Pois é, eu não sei quem seria esse.

- É um nome tão estranho para se chamar – Comentou Harry Potter que estava
próximo com seus amigos Rony e Hermione.

- Pois é e eu não faço a mínima ideia de quem seja, não pode ser o Peter, ele não é
mestiço e nem ninguém da minha família – Comentou ela.

- O Olívio é mestiço – Disse Angelina que estava sentada ao lado de Fred.

- Sim, mas ele não se chamaria de Príncipe, tenho certeza, ele assinaria se tivesse me
dado isso, não foi ele com certeza. – Comentou Hydra
- Sim, ele teria comentado comigo – Disse Angelina como se estivesse falando consigo
mesma.

- Você ainda tem contato? – Perguntou Alicia que parecia extremamente sonolenta
sentada ao lado de Angelina.

- Sim, sempre nos correspondemos – Respondeu Angelina olhando para Hydra – Ele
parece estar bem feliz no Puddlemere United.

- Quem bom, ele realmente merece – Disse Hydra sorrindo

Hydra aproveitou o resto do feriado para fazer seus deveres e conseguiu encontrar
com Peter mais uma vez antes de começarem as aulas, agora que se falavam todos os
dias a noite pelo espelho, a saudade parecia diminuir.

O novo semestre começou na manhã seguinte com uma surpresa agradável aos alunos
do sexto ano: um grande aviso foi preso no quadro de avisos durante a noite.

"AULAS DE APARATAÇÃO

Se você tem dezessete anos ou vai fazer dezessete antes do próximo dia 31 de agosto,
você está habilitado para um curso de doze semanas de Aulas de Aparatação com um
Instrutor de Aparatação do Ministério. Por favor, assine abaixo para participar.

Custo: 12 galeões"

- Vamos fazer com certeza – Disseram Fred e Hydra sorrindo. Hydra também se
inscreveu para o curso.

Todos pareciam animados com a ideia do curso, por todo aquele dia, houve conversas
sobre as aulas que estavam por vir, uma grande quantidade de conversas sobre
desaparecer e aparecer em outro lugar que quiser. Hydra tinha a lembrança da
aparatação conjunta que fez com o Senhor Macmillan e com Peter e esperava que
aquilo fosse melhor do que a experiência anterior.

Snape não mudava o humor, sempre parecia irritado e desgostoso, em todas as aulas
sem exceção.
- Como vocês chegaram no N.I.E.M.s e não conseguem fazer uma poção de morto-vivo
aceitável? Isso é mais que lamentável! – Dizia ele em um tom que assustou a todos,
menos a Hydra que fez uma poção perfeita.

Na aula de Defesa contra as artes das trevas, assim como em Transfiguração e poções,
Hydra dominara com maestria os feitiços não verbais, eles aprenderam sobre feitiços
escudo e agora Moody deu uma aula sobre uma "criatura" das trevas.

- Inferius, alguém sabe do que se trata? – Disse ele girando seu olho mágico pela sala.

Hydra levantou a mão imediatamente, as estórias que ouvira na infância sobre Inferius
ainda a assombravam.

- Malfoy – Disse Moody a olhando com seu olho normal.

- São defuntos. Defuntos enfeitiçados para cumprir ordens de um bruxo das trevas –
Respondeu ela meio trêmula e muitas pessoas da sala pareciam assustada.

- Exatamente, O Senhor das Trevas usava Inferius em sua época, mas não os vemos a
muito tempo – Disse ele fazendo com que muitos da turma se sentissem melhor – O
que não significa que não veremos de novo... (Os gritinhos baixos de terror de alguns
alunos voltaram).

Nesse momento Fred levantou a mão.

- Weasley, pode falar – Disse Moody

- Como se cria um Inferius? – Perguntou ele.

- Elas são criados através da sucursal mágico das Artes das Trevas chamada
Necromancia, nada fácil de se fazer, já deram muito trabalho ao Ministério, devo dizer.

O resto da aula foi de relatos chocantes de como Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado


e o Bruxo Grindelwald usavam e pensavam sobre esses seres e como tanto trouxas
quanto bruxos e bruxas poderiam se tornar Inferius.

- Que coisa horrível – Dizia Angelina que estava pálida enquanto saiam da aula – Você
acha que um dia alguém pode fazer isso de novo?
- Só se Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado voltar eu acho, o que eu espero que
nunca aconteça – Respondeu Hydra

Hydra foi em direção ao Salão Principal quando foi interrompida por Draco enquanto
estava no Salão Principal.

- Você viu? – Disse ele jogando um exemplar do Profeta diário em suas mãos. Hydra
leu junto com Fred e Jorge.

"O MAIOR ERRO DE DUMBLEDORE

Alvo Dumbledore, o excêntrico diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts,


nunca teve medo de fazer nomeações controvertidas para o corpo docente, escreve
Rita Skeeter, nossa correspondente especial. Em setembro deste ano, ele contratou
Alastor "Olho-Tonto" Moody, o notório ex-auror que vê feitiços por toda parte, para
ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas, uma decisão que fez muita gente erguer as
sobrancelhas no Ministério da Magia, dado o conhecido hábito que Moody tem de
atacar qualquer um que faça um movimento repentino em sua presença. Olho-Tonto,
porém, parece responsável e bondoso, em contraste com o indivíduo meio humano
que Dumbledore emprega para ensinar Trato das Criaturas Mágicas.

Rúbeo Hagrid, que admite ter sido expulso de Hogwarts no terceiro ano, e desde então
exerce na escola a função de guarda-caça, um emprego que Dumbledore lhe arranjou.
No ano passado, no entanto, usou sua misteriosa influência sobre o diretor da escola
para obter o cargo suplementar de professor de Trato das Criaturas Mágicas,
preterindo muitos candidatos com melhores qualificações.

Um homem assustadoramente grande e de ar feroz, Hagrid tem usado sua recém


adquirida autoridade para aterrorizar os alunos ao tratar de uma coleção de seres
horripilantes. Enquanto Dumbledore faz vista grossa, Hagrid já feriu vários alunos
durante uma série de aulas que muitos admitem "dar muito medo".

"Eu já fui atacado por um hipogrifo e meu amigo, Vicente Crabbe, levou uma dentada
feia de um verme", declarou Draco Malfoy, um aluno do quarto ano. "Todos odiamos
Hagrid, mas temos receio demais para dizer qualquer coisa."

Mas Hagrid não tem a menor intenção de desistir de sua campanha de intimidação. Em
conversa com a repórter do Profeta Diário, no mês passado, ele admitiu que cria uns
bichos a que chama de "explosivins", uma cruza extremamente perigosa de manticore
com caranguejo-de-fogo. A criação de novas raças é, naturalmente, uma atividade em
geral acompanhada de perto pelo Departamento para Regulamentação e Controle das
Criaturas Mágicas. Hagrid, ao que parece, considera-se acima dessas restrições pouco
importantes.

"Eu só estava me divertindo um pouco", disse ele, antes de mudar rapidamente de


assunto.

E como se isso não bastasse, o Profeta Diário agora encontrou provas de que Hagrid
não é – como sempre fingiu ser – um bruxo puro-sangue. De fato, não é sequer um ser
humano puro. Sua mãe, podemos revelar com exclusividade, não é outra senão a
giganta Fridwulfa, cujo paradeiro é atualmente desconhecido.

Sedentos de sangue e brutais, os gigantes chegaram à extinção com as guerras que


promoveram entre si no século passado. Os poucos sobreviventes se alistaram nas
fileiras d'Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, e foram responsáveis por alguns dos
piores massacres de trouxas durante o seu reino de terror.

Embora muitos gigantes que serviram Àquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado tenham


sido mortos por aurores que combatiam o partido das trevas, Fridwulfa não foi um
deles. É possível que tenha fugido para uma das comunidades de gigantes que ainda
existem em montanhas no exterior. Mas se as extravagâncias de Hagrid durante as
aulas de Trato das Criaturas Mágicas puderem servir de medida, o filho de Fridwulfa
parece ter herdado sua natureza brutal.

Mas, bizarramente, dizem que Hagrid criou uma grande amizade pelo garoto que
provocou a queda de Você-Sabe-Quem – e com isso obrigou a própria mãe, bem como
os demais seguidores do bruxo das trevas, a procurar um refúgio. Talvez Harry Potter
não tenha conhecimento da desagradável verdade sobre seu grande amigo – mas não
resta dúvida de que Alvo Dumbledore tem obrigação de providenciar para que Harry
Potter, bem como seus colegas, sejam informados dos perigos de se associarem com
meio gigantes."

Hydra terminou de ler incrédula.

- Draco, isso não é verdade! – Disse ela encarando o irmão – "todos o detestamos".
- A maioria detesta – Disse ele apoiado por seus capangas e Pansy Parkison que
estavam ao seu lado.

- Eu não o detesto e nem muitos alunos, isso é mentira Draco e desde quando vermes
tem dentes? – Perguntou ela olhando para Crabbe que ficava vermelho sempre que a
via.

- Isso vai acabar com a carreira dessa aberração a se vai... Mamãe e papai estão
furiosos, quem quer um meio gigante ensinando seus filhos? – Disse Draco parecendo
satisfeito.

- Eu quero – Disse Fred

- Claro que quer, vocês Weasleys amam tudo que não presta, trouxas e agora meio
gigantes, são uma vergonha para o mundo bruxo – Disse Draco com raiva.

- Draco, chega! Eu não admito que fale assim dos Weasleys – Brigou Hydra

- O que está acontecendo aqui? – Perguntou a Professora Minerva que acabara de


chegar no Saguão de entrada.

- Nada – Respondeu Draco encarando Fred

- Não parece nada – Disse a Professora olhando uma pequena multidão que os
cercavam.

- Não é nada professora – Disse Fred ainda vermelho de raiva.

- Muito bem então, todos para o salão principal, vamos.

Hydra seguiu com Fred e Jorge para a mesa da Grifinória enquanto Draco e seus
amigos se sentavam na mesa da Sonserina parlendo satisfeitos consigo mesmos.

- Aquele idiota – Resmungava Fred enquanto sentavam na mesa.

- Eu sei que ele é seu irmão, Hydra, mas o Malfoy é completamente desprezível – Disse
Jorge que parecia tão irritado quanto o irmão.
- Eu sei, todos são... – Disse Hydra triste de constatar esse fato.

- Menos você é claro – Afirmou Fred

- Sim, menos eu, espero...

Na metade de Janeiro, aconteceu outra visita a Hogsmeade e Hydra seguiu com


Gabrielle (que agora estava grudada em Jorge) e Gisele (que aparentemente brigara
feio com Mikael no dia do baile e agora estava de conversinha com um garoto da
Sonserina) e seus amigos da Grifinória, Peter dessa vez teve que trabalhar e não
conseguiu acompanhá-la na visita, mas Jeniffer estava feliz de ver Abbas que a
esperava na porta da dedosdemel.

- Oi Abbas, quanto tempo – Disse Hydra o cumprimentava.

- Sim, como vai Hydra? Jeniffer mandou uma foto de vocês duas no baile, estavam
lindas – Disse ele abraçando Jeniffer.

- Muito obrigada – Sorriu Hydra simpática, então deixou os dois saírem juntos.

- Você não vai entrar? – Perguntou Alicia para Hydra ainda na porta da Dedosdemel,
mas na verdade Hydra evitava a loja em visita oficial para o caso de ser reconhecida
quando passava por ali quando estava visitando Peter.

- Não, acho que vou na Zonko's encontrar o Fred e o Jorge, a gente se vê daqui a pouco
no Três vassouras.

- Ok – Disse Alicia entrando na loja com Angelina.

Hydra foi até a loja de brincadeiras Zonko's que estava lotada de alunos e encontrou
Fred, Jorge, Lino e Gabrielle.

- Hydra, eu estava te procurando – Disse Gabrielle quando ela entrou.

- Nós vamos fazer algo muito melhor do que isso – Disse Fred para Lino enquanto
apanhavam bombas de bosta da prateleira.

- Eu não duvido que vão – Respondeu Lino – Mas enquanto isso, vou comprar alguns.
Depois de fazerem compras na loja (Hydra comprou para os gêmeos soluços doces e
bombas de bosta dizendo que era um presente de aniversário adiantado) todos
seguiram para o Três Vassouras, o bar estava apinhado como sempre.

Fred e Jorge ficaram com os olhos brilhando quando viram ninguém menos que Ludo
Bagman conversando com Harry Potter.

- Nós já voltamos – Disseram eles indo em direção ao bruxo.

Hydra se sentou em uma mesa onde já se encontravam Angelina e Alicia.

- Onde está a sua amiga Gisele? – Perguntou Alicia quando Hydra, Gabrielle e Lino se
sentaram.

- Não faço ideia, ela estava de papo com um menino da Sonserina, deve estar em
algum lugar com ele – Disse Hydra que já não se espantava em nada com o
comportamento da amiga, mas Angelina revirava os olhos.

- Ele não vai fugir para sempre – Disse Fred baixinho quando se sentara com Jorge
parecendo decepcionados.

- O que vocês queriam com aquele homem? – Perguntou Angelina

- Assunto confidencial – Respondeu Jorge seco.

Hydra pediu uma rodada de cerveja amanteigada para a mesa e todos riam enquanto
Fred contava uma história sobre como quase colocou fogo na casa com Jorge em um
natal quando tinham sete anos, quando Rita Skeeter entrou no pub. Estava usando
vestes amarelo-banana; tinha as unhas longas pintadas de rosa-choque e vinha
acompanhada do seu fotógrafo barrigudo, Hydra a reconhecia pelas fotos que já vira
dela em algumas reportagens.

- O que essa mulher está fazendo aqui? – Perguntou Hydra que ainda estava com raiva
pelo artigo contra Hagrid.

- Não faço ideia – Respondeu Jorge que estava ao seu lado.


– Tentando estragar a vida de mais alguém? – perguntou Harry que estava duas mesas
depois deles em voz alta.

Algumas pessoas viraram a cabeça. Os olhos de Rita Skeeter se arregalaram por trás
dos óculos de pedrinhas quando viu quem falara.

– Harry! – exclamou ela sorridente. – Que ótimo? Por que você não vem se sentar
conosco...?

– Eu não chegaria perto da senhora nem com uma vassoura de três metros – disse
Harry furioso. – Por que a senhora fez aquilo com o Hagrid, hein?

Rita Skeeter ergueu as sobrancelhas acentuadas com lápis grosso.

– Os nossos leitores têm o direito de saber a verdade, Harry, estou meramente


fazendo o meu...

– Quem se importa que ele seja meio gigante? – gritou Harry. – Não há nada errado
com ele!

O bar inteiro ficou em silêncio. Madame Rosmerta acompanhava de olhar fixo por trás
do balcão, aparentemente esquecida de que a garrafa que estava enchendo de
quentão começara a transbordar.

O sorriso de Rita Skeeter estremeceu levemente, mas ela o firmou quase no mesmo
instante; abriu a bolsa de crocodilo com um estalido, tirou a pena-de-repetição-rápida
e disse:

– Que tal me dar uma entrevista sobre o Hagrid que você conhece, Harry? O homem
por trás dos músculos? A improvável amizade que tem por ele e as razões para tê-la?
Você o chamaria de um pai-substituto?

Hermione se levantou abruptamente, a cerveja amanteigada apertada na mão como


se fosse uma granada.

– Sua mulher horrorosa – disse ela, entre dentes –, a senhora não se importa, não é,
qualquer coisa vira artigo, e qualquer pessoa serve, não é? Até Ludo Bagman...
– Sente-se, menininha boba e não fale do que não entende – disse Rita Skeeter com
frieza, seu olhar endurecendo ao pousar em Hermione. – Sei de coisas sobre Ludo
Bagman que deixariam você de cabelos em pé... Não que eles precisem de ajuda –
acrescentou, mirando os cabelos lanzudos de Hermione.

– Vamos embora – disse Hermione.

– Anda, Harry, Rony... Os garotos saíram; muita gente ficou olhando para eles
enquanto se retiravam. A pena-de-repetição-rápida estava em posição; corria para a
frente e para trás no pedaço de pergaminho sobre a mesa perto de Rita que parecia
satisfeita.

- Que mulher abominável! – Exclamou Angelina enquanto Rita e seu fotografo se


retiravam do bar

- Olha, eu não acho que o Hagrid seja um bom professor, não vou mentir... – Disse
Alicia meio sem jeito – Mas não acho que ele mereça ser tratado como um monstro,
ele sempre foi muito simpático.

- Sim, eu concordo – Disseram quase todos.

- Eu sempre desconfiei que talvez a Madame Maxime... – Disse Gabrielle sem jeito
pausando antes de continuar – Bem, que ela também fosse, você sabe...

- Será? – Perguntou Hydra pensativa, realmente aquilo fazia sentido.


CAPÍTULO 18

A SEGUNDA TAREFA

As semanas seguintes foram muito puxadas para Hydra, os deveres de casa pareciam
se acumular apesar de ela sempre estar tentando adiantá-los, ela também não
conseguira ver Peter depois da semana de férias, já que ambos estavam atolados de
coisas para fazer, mas pelo menos conseguiam conversar pelo espelho todas as noites,
mesmo que pouco. Em compensação, toda semana conseguia sentar para conversar
com Draco em um banco perto do lago, apesar de não tiverem tido muito assunto nas
primeiras tentativas.

No meio de Janeiro, Hydra estava sentada com suas amigas na Biblioteca, pouco antes
da aula de feitiços.

- É impossível, Hydra, impossível, não dá para nos preparamos para os exames tendo
aulas em Inglês – Dizia Gisele, parecendo desesperada, pegando um livro de feitiços.

- Não é nada impossível, o Inglês de vocês é até bom – Dizia Hydra, tentando encorajar
as amigas.

- Bom, Hydra, mas não excelente, eu não consigo entender quando o professor fala
muito rápido – Reclamou Gabrielle.

- Vocês sentam do meu lado sempre, por que não me pedem ajudar quando não
entenderem? – Reclamou Hydra.

- Porque não queremos perturbar você, você também precisa aprender, não precisa? –
Disse Gisele.

Pouco tempo depois, elas ouviram o sinal que anunciava o início do próximo tempo
letivo e foram juntas, correndo, para a sala do Professor Flitwick.
Com a necessidade de ajudar as amigas, Hydra sentava agora entre Gisele e Gabrielle,
enquanto Angelina e Alícia se sentavam juntas, na mesa ao lado delas.

O pequeno Professor Flitwick se colocou em cima de um banco, pedindo a atenção de


todos.

- Salvio Hexia, alguém sabe do que se trata? – Perguntou o Professor.

Gabrielle, timidamente, levantou a sua mão.

- Sim, Senhorita? – Perguntou o Professor, esperando uma confirmação do sobrenome


de Gabrielle.

- Bélanger, Gabrielle Bélanger – Disse Gabrielle.

- Senhorita Bélanger – Repetiu o Professor.

- É um feitiçon qui istabeleci um escudu em volta de um lugarr – Disse Gabrielle, se


esforçando para falar correta mente e acabando se atrapalhando um pouco.

- Muito bem, Senhorita Bélanger, dez pontos para... A, não, bem, muito bem,
Senhorita Bélanger – Disse o Professor, um pouco confuso.

- Viu? Você é boa – Disse Hydra para a amiga.

- Só completando, o feitiço deixa a área afetada invisível, muito bom para se proteger
de inimigos – Disse o Professor.

- Ou para fugir dos pais – Brincou Fred.

Durante a aula, o Professor fez com que os alunos praticassem, tentando usar o feitiço
em uma pequena área da sala, o que se provou divertido, já que Fred e Jorge, depois
de conseguirem executar o feitiço com sucesso, fizeram com que vários cantos da sala
desaparecessem, deixando o Professor Flitwick louco da vida.

As primeiras aulas de aparatação em fevereiro não foram exatamente as melhores que


Hydra já tivera.
- Bom dia - disse o bruxo de Ministério, quando todos os alunos tinham chegado para
aula em um sábado de manhã e os Chefes das Casas pediram silêncio. - Meu nome é
Wilkie Twycross e eu serei seu Instrutor de Aparatar do Ministério - durante as
próximas doze semanas. Eu espero poder prepará-los para seu teste de Aparatar neste
período em algum tempo, muitos de vocês estarão prontos para fazer sua prova,
Twycross continuou.

- Como vocês sabem, é impossível Aparatar ou Desaparatar dentro de Hogwarts. O


Diretor desfez este feitiço, somente dentro do Grande Salão, durante uma hora, para
possibilitar nossa prática. Eu devo enfatizar que você não será capaz de Aparatar fora
das paredes deste Corredor, e espero que você não seja burro de tentar. Eu gostaria
que cada um de vocês se posicionasse agora de tal forma que tenha uns cinco metros
de espaço em frente a você.

Houve um grande tumulto, na separação das pessoas, elas batiam-se umas nas outras,
e organizavam-se erroneamente, foi uma grande confusão.

- Agora então... - Disse Twycross balançando sua varinha. Arcos antiquados de madeira
apareceram no chão em frente a cada estudante. - As coisas mais importantes para se
lembrar quando Aparatar são os três D's! - Disse Twycross. - Destino, Determinação,
Deliberação!

- Passo um: fixe sua mente firmemente no destino desejado - Disse Twycross. Neste
caso, o interior de seu arco. Gentilmente, concentre-se agora neste destino. Todo
mundo dava uma olhada furtiva, para conferir se os outros estavam fitando seu arco,
então rapidamente fizeram como lhes foi falado.

- Passo dois - disse Twycross, foque sua determinação em ocupar o espaço visualizado!
Deixe este seu anseio inundar sua mente e partir para cada partícula de seu corpo!

- Passo trê - chamou Twycross, e somente quando eu der o comando... Imaginem


aquele mesmo lugar, tentem não sentir mais nada, movendo-se com deliberação. Em
meu comando, agora...

Hydra conseguiu dar um pequeno passo à frente mas se sentiu cambaleando aonde
estava, na verdade o Salão inteiro estava, de repente, cheio de pessoas cambaleantes.
- Não se distraiam, não se distraia - disse Twycross secamente, que não parecia estar
esperando qualquer coisa melhor - Ajustem seus arcos, por favor, e para trás em suas
posições originais...

As outras tentativas não foram exatamente maravilhosas, mas Hydra conseguiu ter
algum sucesso dentro de seu arco, mas a maioria dos alunos não teve muito sucesso,
foi uma aula bem frustrante.

- Isso é brutal – Disseram Fred e Jorge, no final da aula.

- Eu já sabia que era difícil, mas isso é ridículo! – Reclamou Angelina.

No último Sábado antes da Segunda Tarefa do torneio Tribuxo, Hydra, que já tinha
terminado a poção veritaserum com sucesso e agora trabalhava na poção Polissuco,
que também duraria um bom tempo para ficar pronta, depois dessa, Snape anunciou
que voltariam a estudar as propriedades mágicas para a criação de poções e também
trabalhar em antídotos.

As aulas de Oclumência continuavam, e depois de cinco meses desde a primeira aula,


Hydra finalmente parecia estar conseguindo evitar que Snape entrasse em sua
memória.

- Muito bem – Disse ele seco depois de tentar acessar uma lembrança sua com Peter e
Hydra ter com sucesso conseguido repelí-lo – Agora que você finalmente consegue me
manter longe das suas memórias, vamos aprender como alterá-las.

Hydra ficou bastante interessada.

- Isso é possível? – Perguntou ela.

- Sim e bem mais fácil do que já fizemos até agora – Hydra sentiu um certo alivio, as
aulas de Oclumência foram mais difíceis do que ela podia imaginar – Agora esvazie a
sua mente e pense em alguma memória que queira, qualquer uma.

Hydra pensou no dia do baile quando conversou com o irmão na escada.

- Dessa vez, não me bloequei, deixe que eu entre na sua cabeça - Legilimens – Disse
Snape e Hydra permitiu que ele visse o que ela estava pensando.
- Agora se concentre firme em uma parte dessa conversa, mude-a, pense no que você
queria que ela fosse para mim.

- Eu sei que você gosta de poções – Disse Hydra na memória para Draco, algo que na
verdade ela não havia dito.

- Muito bem, já é um começo. – Disse ele trazendo a menina de volta para a realidade.

Hydra precisou de cinco tentativas até finalmente conseguir modificar conversa


inteira, realmente parecia mais fácil do que bloquear alguém de acessar sua mente.

- Vamos treinar de modo que essas modificações se tornem permanentes para quem
quiser acessá-las – Disse Snape no seu mesmo tom seco de sempre – Mas por hoje, já
basta, pode se retirar.

Hydra se sentiu extremamente satisfeita, finalmente sentira que estava ficando boa
em Oclumência e sabia que isso um dia poderia ser muito benéfico para ela.

A sala comunal estava vazia quando ela chegou, já era passada da 1 da manhã, mas
Hydra se sentia sem sono, ela pegou o Grimório que ganhara (e que já usava muito
desde então) e anotou cada detalhe sobre a aula da noite que teve que podia e queria
se lembrar, ela também levara o espelho de Peter com ela, por algum motivo, mesmo
sem uso, ele a fazia se sentir perto dele.

- Hydra, está acordada? – Ela ouviu a voz do Peter saindo do espelho e se espantou.

- Sim – Disse ela sorrindo.

- Eu achei que estaria dormindo, as vezes eu chamo no meio da noite, mesmo que a
única coisa que eu veja seja seu malão. – Disse ele rindo.

- Eu tive aula com o Snape e acabou tarde, fiquei sem sono e decidi anotar tudo no
Grimório – Disse ela mostrando o grosso caderno de couro.

- Você ainda não sabe quem te deu?


- Não, mas realmente é muito útil, eu já anotei cada modificação de poção que fiz, fora
o que estou aprendendo de novo e que quero lembrar e o que eu acho interessante,
tem sido muito bom – Disse ela muito animada.

- Eu ainda acho estranho alguém te dar um presente anônimo, mas tudo bem – Disse
ele desconfiado.

- Olha quem fala – Brincou Hydra se lembrando do cartão que Peter deu para ela
alguns anos atrás de dia dos namorados.

- É verdade – Ele também riu – Só espero que não seja também um admirador secreto.

- Não acho que seja o caso – Disse Hydra e de repente percebeu que Peter estava com
o uniforme do St. Mungo's – Aonde você está?

- Fazendo um intervalo, estou de plantão aqui hoje – Hydra então reparou que ele
tinha a aparência muito cansada.

- Esse treinamento parece que realmente é muito difícil.

- E é, mas disseram que o primeiro ano que é o pior, o segundo um pouco menos e
depois fica melhor, menos puxado, espero que seja verdade...

- Eu também, quero você inteiro quando eu me formar – Sorriu Hydra e ele retribuiu.

- Você já se decidiu se vai querer trabalhar aqui também?

- Não sei, a possibilidade do trabalho no Ministério também me atrai e a da empresa


"Potioners" também, eu vi em um folheto deles que eles contratam e treinam
pesquisadores, mas são pouquíssimos vagas, quem sabe...

- Eu tenho certeza que você é capaz de conseguir – Sorriu Peter

- Bem, ainda tenho esse ano e o próximo para ir melhorando.

- Eu sinto tanta falta de você, sinto falta de Hogwarts, da Corvinal, de tudo... – Disse
Peter triste.
- Não fica assim, você está vivendo seu sonho, está ajudando os outros, eu sei que é
difícil agora, mas fica melhor... – Peter abriu um sorriso de leve.

- Eu sei, você tem razão, só preciso me concentrar mais nisso então... – Ele suspirou e
olhou para o lado – Eu preciso ir agora, mas amanhã conversamos mais, fim de semana
que vem acho que podemos nos ver, para o dia dos namorados e também no outro
quando for o passeio oficial em Hogsmeade.

- Isso é maravilhoso – Sorriu Hydra – Vai lá, eu te amo.

- Também te amo.

O espelho voltou a refletir a imagem de Hydra, que tinha os olhos tristes, realmente
era difícil ficar tão longe de Peter a maior parte do tempo, mas só podia imaginar
como seria para Jeniffer e Abbas que realmente só conseguiam se ver poucas vezes
por ano e toda vez se sentia culpada por não poder aliviar essa ausência para os dois.

O dia da segunda tarefa chegou, todos estavam excitados e nervosos, os alunos foram
levados para a mesma arquibancada da primeira tarefa, mas essas agora estavam
dispostas ao longo da margem oposta do lago, quase explodindo de tão lotadas, e que
se refletiam nas águas embaixo; Foi explicado o conteúdo da segunda tarefa e cada
campeão tinha alguém especial esperando por eles embaixo do lago. Hydra notou que
todos os campeões já tinham chegado até o local menos Harry e também notou que
Percy estava na mesa dos juízes.

- Seu irmão vai estar sempre aqui agora? – Perguntou Hydra para os gêmeos que de
novo coletavam apostas dos alunos.

- Não sei, ele está no lugar do chefe dele pelo que fiquei sabendo – Disse Jorge que
contava o dinheiro.

- Bem, ele com certeza parece muito satisfeito – Comentou Hydra vendo a expressão
de orgulho que Percy tinha.

- Aonde diabos está o Harry? Será que ele desistiu? – Perguntou Fred, procurando
Harry junto aos outros campeões.
- Eu acho que não, não é possível, alguma coisa deve ter acontecido – Respondeu
Hydra, que na verdade também se sentia muito preocupada.

Faltando menos de dez minutos para o início da prova, finalmente Harry Potter
apareceu, correndo, indo para o seu lugar perto da mesa dos jurados, muitos alunos
gritaram e comemoraram quando o viram.

- Finalmente! – Exclamou Hydra.

– Bem, os nossos campeões estão prontos para a segunda tarefa, que começará
quando eu apitar. Eles têm exatamente uma hora para recuperar o que foi tirado
deles. Então, quando eu contar três. Um... dois... três! – Disse a voz magicamente
ampliada de Ludo Bagman.

O apito produziu um som agudo no ar frio e parado; as arquibancadas explodiram em


vivas e palmas; Harry estava dentro do lago e parece ter comido algo que lhe fez mal,
estava com água pela cintura e aparentemente nada estava acontecendo, algumas
pessoas riram na arquibancada, mas Hydra se sentia cada vez mais nervosa e
preocupada.

- Ai meu Deus, será que ele vai perder? – Gritou ela nervosa.

Harry Potter começou a tremer violentamente. Evitou olhar para as arquibancadas; as


risadas estavam mais altas e ele ouvia assobios e vaias de alunos da Sonserina...

Então, inesperadamente, Harry começou a mudar, parecia que ganhara guelras, era
tudo muito estranho e Hydra olhava fascinada enquanto ele se atirara no lago. A
multidão aplaudia com entusiasmo.

- Genial, genial, como eu não pensei nisso? – Dizia Hydra para si mesma.

- No que? – Perguntou Fred

- Guelricho – Fred e Jorge a olharam sem entender nada – É uma planta que lhe dá
guelras, dá a capacidade de respirar embaixo D'guá por um tempo, é genial, eu acho
que não teria pensado nisso na hora, o Harry realmente é muito avançado para a idade
dele – Dizia ela admirada.
Os quatro campeões estavam dentro do lago e a plateia se acalmou, tudo que podiam
fazer agora é aguardar.

- Era mais legal com os dragões... – Disse Fred parecendo entediado depois de um
tempo.

- Sim, pelo menos a gente, sei lá, meio que via as coisas – Disse Jorge.

- É, realmente, ficar esperando olhando para um lago parado não é exatamente a coisa
mais excitante do mundo – Confirmou Hydra.

Logo algo emergiu da água, era Fleur que parecia desesperada, ela foi acolhida por
Madame Maxime e pela Madame Pomfrey e parecia muito triste.

- Pelo visto ela perdeu a prova – Disse Hydra com uma certa satisfação.

- A Senhorita Delacur não conseguiu concluir a prova – Disse a voz de Ludo Bagman.
Alguns alunos aplaudiram e outros gritaram em protesto, Hydra preferiu não se
manifestar.

- Bom, a gente podia então, sei lá, conversar enquanto a prova não acaba? –
Perguntou Hydra para os gêmeos.

- Sobre o que? – Perguntou Fred.

- Você e a Angelina, como estão? – Hydra reparou que Fred ficou um pouco sem graça
e trocou olhares com Jorge antes de responder.

- Posso ser muito sincera? – Perguntou Fred.

- Claro – Disse Hydra.

- Não muito bem, é estranho, nós somos melhores como amigos, não tem muita
química eu acho – Disse o rapaz.

- Sério? Poxa, que pena, torcia por vocês dois – Disse Hydra, desanimada.
- Não vai dar uma de Angelina com Olívio, vai? Acredite, ela também sente o mesmo -
Perguntou Fred.

- De jeito nenhum... Se não deu certo, não deu... – Disse Hydra, tentando fingir que
não estava desanimada com a história.

Algum tempo depois, já passado a uma hora marcada, enquanto Fleur estava sendo
consolada por Madame Maxime e algumas amigas, Cedric emergiu do lago com Cho
Chang em seus braços, a arquibancada parecia que ia explodir de tantos aplausos.

- Ai que pena que o Harry não foi o primeiro – Comentou Hydra chateada.

Cedric e Cho foram amparados pela Madame Pomfrey e receberam toalhas e


cobertores.

- Eu não sabia que eles estavam namorando – Comentou Fred olhando para Cedric
com um certo desprezo.

- Eles estavam juntos no baile, devem ter começado a namorar recentemente. –


Comentou Hydra

Depois de esperarem mais um pouco, Krum emergiu (sua cabeça em formato de


tubarão voltando ao normal) do lago com Hermione Granger. Os alunos da
Durmstrang aplaudiam e gritavam.

- Eu não acredito que o Harry vai ficar em último – Diziam alguns alunos da Grifinória,
que estavam perto de Hydra.

Hydra também estava chateada com a situação, principalmente porque o já passara


bastante da uma hora de tarefa e Harry ainda não tinha voltado.

- Aonde está o Harry? Já passou o tempo e se algo aconteceu com ele? – Dizia Hydra
quase chorando.

Para a sua felicidade e para alegria da arquibancada que comemorava em festa, três
pessoas surgiram da água, Rony Weasley, uma menina que parecia com a Fleur e Harry
Potter.
Os espectadores nas arquibancadas faziam um estardalhaço; gritavam, berravam,
todos pareciam estar de pé.

- Por que ele trouxe uma outra pessoa com ele, não era só uma pessoa por campeão?
– Perguntou Hydra para os gêmeos.

- Eu não sei, deve ser a pessoa da Fleur, mas também não entendi porque ele trouxe,
será que pensou que ela ia ficar lá embaixo? – Respondeu Fred

Harry e Rony puxaram a menininha loira que parecia assustada até a margem, Fleur
apareceu nervosa e parecia estar muito grata aos meninos por terem salvo a pequena
menina, Fleur a abraçava e parecia quase chorar, Hydra teve grande simpatia pela
menina naquela hora.

Os campeões e as pessoas que eles resgataram estavam enrolados em grossos


cobertores e conversavam, assim como os juízes e todos nas arquibancadas esperavam
ansiosos para saber o que exatamente acontecera.

Dumbledore se encontrava agachado à beira da água, absorto em conversa com


alguém que parecia ser o chefe dos sereianos, uma fêmea particularmente selvagem,
de aspecto feroz.

- Uau, Dumbledore fala serêiaco? – Pergunto Jorge admirado

- Eu também sei, um pouco, acho que ainda lembro bastante... Realmente é uma
língua muito difícil... – Hydra percebeu que os amigos a olhavam em choque com a
boca aberta.

- Você sabe? Como? Por que? – Perguntaram os dois chocados.

- Eu gosto de aprender novas línguas e essa foi a língua mágica que eu escolhi
aprender... – Respondeu Hydra sem graça.

- Quantas línguas você sabe falar afinal? – Perguntou Jorge ainda em choque.

- Cinco – Respondeu Hydra ainda se sentindo sem graça – Inglês, Francês, Português,
Serêiaco e Búlgaro.
- Búlgaro? Você consegue se comunicar com o pessoal da Durmstrang então? –
Perguntou Fred.

- Sim, eu aprendi quando criança, foi um pedido do meu pai para a minha tutora, ele
sempre teve a intenção de me enviar para Durmstrang... Mas nem todos lá falam a
mesma língua na verdade, nem na Beauxbatons, eles aceitam alunos de muitos países
diferentes, por isso eu acabei aprendendo muitas línguas também.

Antes que os meninos pudessem fazer mais comentários, a atenção deles se prendeu
nos juízes que pareciam conversar entre si.

- O que será que aconteceu? Por que estão demorando tanto para dar as notas? –
Comentou Hydra.

Hydra reparou que Fleur beijou Harry e Rony nas duas bochechas e viu os gêmeos
rindo da situação.

Ludo Bargman de novo apareceu e todos ficaram em silêncio nas arquibancadas


esperando ele falar.

– Senhoras e senhores, já chegamos a uma decisão. A chefe dos sereianos, Murcus,


nos contou exatamente o que aconteceu no fundo do lago e, portanto, em um máximo
de cinquenta, decidimos atribuir a cada campeão, as seguintes notas...

"A Srta. Fleur Delacour, embora tenha feito uma excelente demonstração do Feitiço
Cabeça-de-bolha, foi atacada por grindylows ao se aproximar do alvo e não conseguiu
resgatar sua refém. Recebeu vinte e cinco pontos."

Aplausos das arquibancadas.

– O Sr. Cedrico Diggory, que também usou o Feitiço Cabeça-de-bolha, foi o primeiro a
voltar com a refém, embora tenha chegado um minuto depois da hora marcada. –
Ouviram-se grandes aplausos dos alunos da Corvinal entre os espectadores –
Portanto, recebeu quarenta e sete pontos.

– O Sr. Vítor Krum usou uma forma de transformação incompleta, mas ainda assim
eficiente, e foi o segundo a voltar com a refém. Recebeu quarenta pontos.
– O Sr. Harry Potter usou guelricho com grande eficácia – continuou Bagman. – Ele
voltou por último e ultrapassou em muito o prazo de uma hora. Contudo, a chefe dos
sereianos nos informou que o Sr. Potter foi o primeiro a chegar aos reféns, e o atraso
na volta se deveu à sua determinação de trazer todos os reféns à segurança e não
apenas o seu.

– A maioria dos juízes – e aqui Bagman olhou com muita indignação para Karkaroff –
acha que tal atitude revela fibra moral e merece o número máximo de pontos. Mas... o
Sr. Potter recebeu quarenta e cinco pontos.

Os aplausos foram altos, especialmente dos alunos da Grifinória, Hydra e os gêmeos


pulavam e gritavam de alegria. Hydra observou que Fleur era uma das que aplaudia
com entusiasmo e estranhou o gesto.

– A terceira e última tarefa será realizada ao anoitecer do dia vinte e quatro de junho –
continuou Bagman. – Os campeões serão informados do que os espera exatamente
um mês antes. Agradecemos a todos o apoio dado aos campeões.
CAPÍTULO 19

FLEUR

Ocorreu uma nova comemoração na sala comunal da Grifinória e nos próximos dias,
todos queriam detalhes do que ocorreu embaixo das águas do lago, Rony Weasley
estava agora sempre cercado de pessoas contando sobre os feitos que cada vez
pareciam aumentar mais de proporção.

Na semana seguinte, Hydra recebeu uma coruja de Peter no café.

- Que estranho, a gente não se escrever mais desde que conseguimos os espelhos –
Disse ela enquanto abria o grande envelope.

"Hydra,

Leia essa revista, mostre para o Harry e a Hermione, talvez eles precisem saber o que
está acontecendo.

Com amor,

Peter Macmillan"

- Abre logo! – Disseram seus amigos impacientes depois de ler a carta que veio
acompanhada de uma revista chamada "o Semanário das Bruxas". A foto animada na
capa mostrava uma bruxa de cabelos crespos, com um sorriso cheio de dentes, que
apontava com a varinha para um grande bolo de claras.
- No que isso vai interessar o Harry? – Perguntou Fred olhando a capa. Mas Hydra
decidiu abrir a revista e olhar seu conteúdo, então viu um artigo que fez a boca de
todos caírem.

"A MÁGOA SECRETA DE HARRY POTTER":

"Um garoto excepcional, talvez – mas um garoto que sofre todas as dores comuns da
adolescência, escreve Rita Skeeter. Privado do amor desde o trágico falecimento dos
pais, Harry Potter, catorze anos, pensou que tinha achado consolo com sua namorada
firme em Hogwarts, a garota nascida trouxa, Hermione Granger. Mal sabia que em
breve estaria sofrendo mais um revés emocional numa vida afligida por perdas
pessoais

A Srta. Granger, uma garota sem atrativos mas ambiciosa, parece ter uma queda por
bruxos famosos que somente Harry não basta para satisfazer. Desde que Vítor Krum, o
apanhador búlgaro e herói da última Copa Mundial de Quadribol, chegou em Hogwarts
a Srta. Granger tem brincado com as afeições dos dois rapazes. Krum, que está
visivelmente apaixonado pela dissimulada Srta. Granger, já a convidou para visitá-lo na
Bulgária nas férias de verão e insiste que "nunca se sentiu assim com nenhuma outra
garota".

Contudo, talvez não tenham sido os duvidosos encantos naturais da Srta. Granger que
conquistaram o interesse desses pobres rapazes.

"Ela é realmente feia", diz Pansy Parkinson, uma estudante bonita e viva do quarto
ano, "mas é bem capaz de preparar uma Poção do Amor, tem bastante inteligência
para isso. Acho que foi isso que ela fez."

As poções do amor são naturalmente proibidas em Hogwarts, e sem dúvida Alvo


Dumbledore irá querer apurar essas afirmações. Entrementes, os simpatizantes de
Harry Potter fazem votos que, da próxima vez, ele entregue seu coração a uma
candidata que o mereça."

Fred e Jorge pareciam achar muita graça do artigo e riam descontrolados.

- Isso não é engraçado, pobre Hermione, ela não é namorada do Harry, é? – Perguntou
Hydra.
- Não que a gente saiba – Responderam os gêmeos ainda rindo.

- Não, eles são só amigos, tenho certeza – Disse Angelina

- Eu sempre achei que ela tivesse algo com o irmão de vocês na verdade, o Rony –
Disse Hydra

- Eu não sei mesmo – Respondeu Jorge

Hydra tentou encontrar Harry, Rony ou Hermione para mostrar o artigo, mas só
encontrou eles mais tarde na torre da Grifinória.

- Nós já vimos e é tudo mentira – Disse Hermione, parecendo querer manter a calma –
Aquela Rita Skeeter é patética, não ligue para o que ela diz.

- Ok então...

Havia uma certa quantia de excitação cedo quando eles voltaram do jantar e
encontraram um novo comunicado no quadro de notícias a data para seus Testes de
Aparatação. Aqueles que farão dezessete antes da primeira data dos testes, dia 21 de
abril, tem a opção de se inscreverem para adicionais sessões de prática, que deverão
acontecer (supervisionadas seriamente) em Hogsmead.

- Finalmente vamos poder mostrar nossos talentos – Disseram Fred e Jorge, mas Hydra
não estava muito certo se funcionaria, em todas as aulas de aparatação, quase
ninguém parecia preparado para fazer o teste, mas tudo bem... Decidiu não falar nada
sobre isso.

- É uma pena que não posso fazer o teste com vocês, só faço dezessete em Agosto.

- Eu sei, mas não se preocupe, te contamos tudo sobre como foi – Disse Fred, apoiado
por Jorge.

Os alunos saíram do castelo ao meio-dia no dia seguinte e depararam com um jardim


iluminado por um sol fraco. O tempo estava mais ameno do que estivera o ano inteiro
e na altura em que chegaram a Hogsmeade os garotos já haviam despido as capas e
jogando-as sobre os ombros.
- Aonde você vai encontrar com o Peter? – Perguntou Jeniffer quando elas chegaram a
Hogsmeade.

- Na porta da Zonko's e você com Abbas? – Perguntou Hydra

- Na Madame Puddifoot, vejo você mais tarde então – Disse ela se apresssando.

Angelina e Alicia seguiram para a dedosdemel (que Hydra ainda evitava) enquanto
Lino, Gabrielle, Jorge e Fred seguiram com Hydra para a Zonko's.

- Peter! – Exclamou Hydra quando viu o rapaz que usava uma elegante veste preta e
parecia cada vez mais bonito (várias meninas de Hogwarts e das outras duas escolas
que passavam comprovavam isso ao quase babarem quando o viam).

- Que saudade – Disse ele a beijando.

Fred e Jorge imitaram o barulho de quando se coça a garganta.

- Bom ver vocês também rapazes – Disse Peter cumprimentando os três – E moça –
Disse cumprimentando Gabrielle – Soube que agora vocês são um casal, gostei, ficam
muito bem juntos – Disse ele apontando para Gabrielle e Jorge e os deixando sem
graça.

- É, pode se dizer que sim – Disse Jorge meio vermelho.

Os seis entraram na Zonko's e abasteceram seus estoques de brincadeiras, então


Hydra fez uma encomenda de doces com Fred e Jorge da dedosdemel e seguiu com
Peter para o Três Vassouras, que estava cheio como sempre, se sentaram em uma
mesa grande esperando os amigos encontrarem com eles.

- Então a Hermione não ligou para o artigo? – Disse o Peter depois de pedir uma
cerveja amanteigada para Hydra e uma também para ele,

- Parece que não, mas eu vi a idiota da namorada do meu irmão brincando com ela,
acho que a Hermione é mais madura do que eu imaginava, eu acho, mais do que eu
com certeza, eu estaria pirando se fosse ela.
- Eu achei que pudesse ser verdade, que ela namorasse o Harry, eles estão sempre
juntos afinal.

- Eu sei, mas eu acho que ela é mais chegada no irmão dos gêmeos, não sei...

Gisele chegou a mesa acompanhada de Mark Jinglesson, um rapaz moreno e forte do


último ano da Corvinal (Hydra já parara de tentar acompanhar com quem ela estava
saindo já que toda semana isso parecia mudar).

- Peter, como vai? Sentindo falta da Corvinal? – Perguntou Mark para Peter quando se
sentaram.

- Na verdade sim, muito, sinto muita falta da nossa casa – Disse Peter que parecia
muito feliz de conversar com outra pessoa da Corvinal.

De uma mesa mais no canto, junto com outros alunos da Durmstang, Mikael observava
Gisele com fúria no olhar, contando que o rapaz era muito alto e forte, Hydra ficou
assustada.

- Peter, você e Hydra devem estar sentindo muita saudades um do outro – Disse Gisele
com seu forte sotaque.

- Sim, com toda certeza – Sorriu Peter – Mas eu tenho trabalhado tanto que o tempo
parece que tem andado mais rápido.

- Eu nem consigo acreditar que ano que vem vou estar trabalhando também, é
assustador – Comentou Mark

A conversa entre os quatro fluía com naturalidade, era uma pena pensar que Mark
provavelmente não duraria muito ao lado de Gisele, ele parecia ser um cara realmente
legal.

Fred, Angelina, Alicia, Lino, Gabrielle e Jorge entraram no bar um tempo depois e se
juntaram a eles.

- Uma rodada de cerveja amanteigada para a mesa por favor – Pediu Peter.
Jeniffer e Abbas logo entraram no bar e se juntaram ao grupo, Abbas se juntou a Peter
na conversa sobre Hogwarts e Jeniffer ficou conversando com Gabrielle sobre a vida na
França.

- Vai ser estranho voltar para lá ano que vem – Comentou Gabrielle – Agora que
parece que já estou tão acostumada com Hogwarts.

- Eu sinto falta da Desiré, é uma pena que ela não tenha vindo – Comentou Hydra e
Gisele também concordou.

- Ela está toda feliz lá, está namorando também, mas realmente ela disse que sente
falta de nós quatro juntas, ainda mais agora que nós três estamos aqui com você e não
lá com ela. – Disse Gisele e Angelina revirou os olhos de leve.

- Mas é claro que a Corvinal é a melhor casa, é só olhar para nossa história – Hydra
ouviu Peter tendo uma discussão animada com Fred, Jorge, Mark e Abbas.

- Não, a Sonserina é a melhor com certeza – Disse Abbas (e foi vaiado pelo resto da
mesa).

- Grifinória, pode ver, todos concordam que a nossa casa é a melhor, sem dúvidas. –
Respondeu Fred animado.

- Meninos, sem brigar, ok? – Pediu Hydra.

- Ninguém está brigando amor, só conversando – Respondeu Peter e pelo sorriso no


rosto, realmente todos pareciam animados e não irritados.

Ernie Macmillan, primo de Peter e Jeniffer passou pela mesa depois para
cumprimentá-los junto com algumas pessoas da Lufa-Lufa e Hydra notou que dessa
vez eles não usavam o distintivo "Potter fede" na veste.

- Peter, como estão mamãe e papai? – Perguntou Jeniffer depois que os meninos
cansaram de discutir sobre as melhores casas da escola.

- Bem, trabalhando bastante, eu os vejo no hospital, não tenho tido muito tempo para
ir na casa deles – Respondeu ele
- Eu esqueço que você mora sozinho agora – Disse Jeniffer

- Isso deve ser o máximo – Comentou Mark alegremente (do jeito que Gisele agora
olhava para um rapaz do quinto ano da Grifinória, Hydra constatou com tristeza que
ele realmente não iria durar).

- É mais difícil do que se pensa – Respondeu Abbas que era pouco mais de dois anos
mais velho que Peter e também já morava sozinho.

- Eu mal posso esperar para sair de casa – Comentou Hydra, pensando que teria que
voltar para aquele lugar que odiava pelo menos por mais um mês quando terminasse o
semestre.

- Hydra, eu queria conversar sobre isso com você – Disse Peter baixinho para ela.

- O que houve? – Perguntou ela também baixinho

- Você vai voltar para casa nas férias?

- Eu vou ter que voltar até Agosto pelo menos, no dia que eu fizer dezessete anos eu
estarei livre para sair.

- E para onde você vai?

- Não sei ainda – Disse Hydra pensando que realmente já deveria estar pensando sobre
o assunto – depende do quanto eu conseguir de ouro.

- Vai para a minha casa, eu moro lá sozinho Hydra e por mais que você não queira
morar comigo depois, você pode ficar lá até se formar.

Hydra ficou pensativa, realmente já tinha pensado nisso, mas a realidade de morar
com Peter parecia algo tão adulto que jamais imaginaria que aconteceria assim tão
cedo em sua vida.

- Eu acho que é sim uma boa ideia isso – Respondeu ela meio incerta e Peter deu um
grande sorriso (hipnotizante).

- Ótimo, aquela casa só vai ficar completa com você nela – Disse ele ainda sorrindo.
A conversa no Três vassouras entre o grande grupo foi uma das animadas que Hydra já
teve, falavam de tudo, fizeram brincadeiras e Abbas divertiu a mesa contando histórias
sobre Bruxos de outras países que conhecera em viagens.

- Ele nem parece que é da Sonserina – Comentou Fred baixinho para Hydra – É tão
gente boa!

- Nem todos da Sonserina são ruins, eu te disse isso já. – Respondeu Hydra.

Foi a vez de Peter divertir a mesa falando sobre as brincadeiras que fazia com seus
primos e irmã quando eram crianças e adolescente, ele fez todos rirem, até Mark
(pobre Mark, como Hydra queria que ele ficasse com Gisele) participou com algumas
piadas, foi realmente uma tarde das mais agradáveis que Hydra já teve, era muito bom
ter todos seus amigos (menos Desiré, infelizmente, porque com ela sim ficaria
realmente completa a mesa) na mesa juntos e rindo, foi triste quando tiveram que se
despedir.

- Te vejo assim que tiver outra folga – Disse Peter para Hydra a beijando antes de
aparatar.

Na segunda-feira, na hora do almoço, Hydra que sentara próximo a Hermione viu


quando diversas cartas chegaram para a menina por coruja.

– Que diabo...? – exclamou Hermione, tirando a carta da coruja cinzenta e abrindo-a


para ler. "Ora francamente!", disse ela com veemência, corando.

– Que é? – perguntou Rony

– São todas iguais! – exclamou Hermione desesperada, abrindo uma carta atrás da
outra. – "Harry Potter pode arranjar uma namorada melhor do que alguém da sua
laia..." "Você merece ser cozida com ovas de rã..." Ai!

Hermione abrira o último envelope e um líquido verde-amarelado, que cheirava


fortemente a gasolina, derramou-se em suas mãos, fazendo irromper nelas grandes
tumores amarelos.

A gasolina, derramou-se em suas mãos, fazendo irromper nelas grandes tumores


amarelos.
– Pus de bubotúbera puro! – disse Rony, apanhando, desajeitado, o envelope e
cheirando-o.

– Ai! – exclamou Hermione, as lágrimas enchendo seus olhos quando tentou limpar as
mãos em um guardanapo, mas seus dedos agora estavam tão cobertos de feridas
dolorosas que ela parecia até estar usando um par de grossas luvas com bolotas.

- Hermione, você está bem? – Perguntaram Hydra e Angelina.

– É melhor você ir depressa à ala hospitalar – disse Harry, quando as corujas ao redor
da amiga levantaram voo –, diremos à Prof a Sprout aonde é que você foi...

Hermione saiu correndo do Salão Principal aninhando as mãos no colo.

- Pobrezinha – Comentou Hydra com Angelina e os outros amigos e colegas na mesa ,


olhando a menina partir - Tudo culpa daquela Rita Skeeter, não?

A aula de Defesa contra as artes das trevas provava cada dia ser mais interessante,
dessa vez praticavam feitiços escudo e o Professor Moody, fazia em pares um aluno
atacar o outro e tentar se proteger (Hydra machucou Angelina sem querer umas três
vezes).

As cartas anônimas continuaram a chegar para Hermione nas semanas seguintes e,


embora ela tivesse e parado de abri-las, vários remetentes odiosos mandaram
berradores, que explodiam à mesa da Grifinória gritando-lhe ofensas que o salão
inteiro podia ouvir. Até as pessoas que não liam o Semanário das Bruxas agora sabiam
tudo sobre o suposto triângulo Harry-Krum-Hermione.

- E eu achava que o meu suposto "triângulo amoroso" era difícil – Disse Hydra,
baixinho com suas amigas, na mesa da Grifinória.

- Pelo menos o seu era de verdade – Disse Angelina.

- Mais ou menos, eu nunca fiquei com o Olívio e o Peter ao mesmo tempo, então não
era bem verdade – Disse Hydra, se defendendo (o que de fato não foi verdade em duas
raras situações em que Olívio a beijou) - Não por querer pelo menos.

- Mas meio que enrolou os dois um pouco ... – Disse Angelina


- VAMOS MUDAR DE ASSUNTO? – Disse Alícia, cortando as duas meninas, com certeza
querendo evitar uma nova briga.

Nas férias da Páscoa (na qual Hydra conseguiu ver Peter e ganhou um grande ovo de
chocolate) Hydra sentou com Draco nos jardins do castelo para ter mais uma de suas
conversas semanais (que não estavam sendo muito produtivas até então).

- Então... Como estão suas aulas? – Perguntou Hydra depois de alguns minutos de
silêncio

- Boas – Respondeu Draco sem muita emoção.

- E seu namoro?

- Bem eu acho – Disse o menino.

- Eu não sei o que você vê naquela menina.

- Ela é legal e ela sempre faz o que eu quero.

- Isso é algo horrível – Disse Hydra encarando Draco.

- Por que? – Perguntou o bruxo observando a irmã.

- Porque você tem que estar com alguém por amor, não porque ela é sua escrava
particular – Respondeu Hydra, admirada que Draco já não soubesse disso. O rapaz
ficou algum tempo mudo pensativo e finalmente disse algo que Hydra não esperava.

- Você acha que a mamãe e o papai se amam?

Hydra ficou calada também por alguns instantes, não esperava essa pergunta e não
entendeu muito o que isso tinha a ver com aquilo que estavam falando antes sobre a
Pansy e ele.

- Eu não sei Draco, eu acho que sim, acho que eles se amam do jeito deles – Disse ela
pensativa.

- Eu sempre achei que sim, mas eu não sei mais – Disse Draco parecendo meio triste.
- Por que não Draco?

- Eu vi você com seu namorado no Três vassouras, vocês parecem que não conseguem
desgrudar um do outro, parecem que se completam, não sei, eu nunca tinha visto isso
antes, nem lá em casa e nem sei se um dia vou sentir isso.

Hydra nunca imaginou ouvir esse tipo de coisa do irmão, nunca pensou que ele sentia
essas coisas, realmente viu o quanto ela fez errado de se afastar tanto, no fundo o
irmão era uma pessoa boa, ela pensava, mas era altamente manipulado por seu pai, só
podia ser.

- Draco, nem todo amor é igual, nem todo mundo ama do mesmo jeito, mas não
significa que não tem amor, não é porque o papai e a mamãe não ficam grudados um
no outro não significa que eles não se amem, eles já estão juntos a tanto tempo, deve
ser diferente para eles... E eu realmente acho que um dia você vai sentir isso, você é
tão novo ainda... – Disse ela sorrindo para o irmão que permanecia sério – Só acho que
talvez não com essa garota detestável.

- Ela pensa a mesma coisa de você – Disse Draco em um tom de brincadeira que Hydra
não ouvia a anos.

- Azar o dela! – Brincou também Hydra

Draco ficou sério do nada novamente.

- Você realmente vai sair de casa? - Perguntou ele com os olhos cinzas idênticos ao de
Hydra naquele momento triste.

- Eu vou Draco, eu não posso mais ficar naquela casa, você sabe disso, você viu o que o
papai fez comigo e o que pode acontecer se eu ficar... – Respondeu Hydra sentindo um
enorme aperto no coração quando os olhos de Draco foram ficando cada vez mais
tristes

- Vai ser estranho sem você... Vazio.... Você nunca ficou muito lá, mas pelo menos eu
sempre soube que você ia voltar.

- Você pode vir comigo se quiser, sair de lá e mesmo que não vá, eu não viu te
abandonar Draco, nunca, isso nunca mesmo! - Disse ela para o espanto de Draco,
- Eu não posso fazer isso Hydra e nem quero, o papai precisa de mim... – Respondeu
ele rapidamente.

- Ele não precisa de você Draco, eu só me arrependo de ter deixado ele ficar tanto
tempo sozinho com você, quem sabe você teria sido diferente...

- Diferente como? – Perguntou Draco que parecia um pouco ofendido

- Menos preconceituoso – Respondeu Hydra

- Eu só penso o que é certo Hydra, no fundo você sabe que é, você realmente acha que
nosso sangue puro é igual ao sangue contaminado daquele seu ex namorado? Ou o
sangue ruim da Granger? – Perguntou ele com raiva

- Sim, eu acho Draco, eu não vejo como o fato de termos sangue puro nos faz melhor
que alguém – Disse Hydra tentando manter a calma.

- Como não Hydra? É sério, olha para nossa família, nós somos claramente superiores a
essas pessoas...

- Draco, eu não quero discutir com você, por favor, não foi pra isso que eu te chamei
aqui...

- Ok... – Disse ele depois de pensar um pouco e tentar se acalmar.

- Eu fico triste de você pensar assim Draco, mas eu te amo de qualquer maneira.

- Eu também... – Respondeu ele muito baixinho e corando.

- Ownnnnn – Brincou Hydra e ele ficou ainda mais vermelho.

- Para Hydra, já chega! – Disse ele tentando ficar sério – Pelo menos seu namorado
agora é sangue puro também.

- É a última coisa que eu ligo nele, mas sim, ele é, para alegria de vocês.

- Parece que você também, de alguma forma, sabe que ele é superior aos outros.
- Por vários outros motivos talvez, mas não pelo status de sangue – Disse Hydra.

Os dois ficaram mais algum tempo conversando e pela primeira vez em muito tempo, a
conversa fluiu, foi alegre e divertida. Hydra se sentiu na presença de seu irmão de
verdade e não daquela pessoa desprezível que ele se tornara.

Gisele (que realmente dispensara o pobre Mark, mas felizmente esse ainda vinha
conversar com Hydra e os amigos as vezes), Gabrielle e Hydra andavam pelo jardim
pouco antes do final do feriado.

- O Pierre parou de te incomodar? – Perguntou Gabrielle

- Sim, desde o baile que ele não veio mais falar comigo – Respondeu a menina aliviada.

- Vai ser estranho sabe.... – Comentou Gisele olhando para o castelo – Ir embora, eu
me diverti muito aqui, achei que não fosse gostar tanto, mas na verdade achei esse
lugar formidável, dá pra ver porque você gosta tanto.

- Eu vou sentir tanta a falta de vocês, tem sido incrível ter vocês duas aqui comigo
novamente, é uma pena que eles não aceitam alunos de fora da Grã Bretanha e
Irlanda, eu ia amar ter vocês aqui ano que vem também. – Disse Hydra.

Hydra notou que Fleur vinha em direção as três e tentou não fechar a cara.

- Olá meninas – Disse ela.

- Olá – Responderam as três sem muita emoção.

- Rai-Drá, está matando a saudade da Beauxbatons com suas amigas? – Perguntou


Fleur estranhamente simpática.

- Sim, na verdade sim, realmente estava com saudades – Respondeu Hydra

- Eu imagino, você sabe que não é o mesmo sem você lá.

As três olharam para Fleur meio chocadas sem saber o que responder. "Ela falava sério
ou estava sendo irônica?" Pensou Hydra.
- É, eu imagino que não, eu realmente sinto falta – Disse Hydra desajeitada

- Eu sei que nós nunca fomos exatamente amigas, que sempre fomos meio rivais até,
mas eu sempre gostei de você, sempre achei que você animava o lugar e que você
meio que parecia comigo em algumas coisas, eu gostava até na verdade! – Fleur
parecia realmente sincera. Hydra não esperava por esse tipo de atitude da menina.

- Nós vamos entrar, vemos vocês depois – Disse Gisele saindo com Gabrielle para
dentro do castelo e deixando as duas meninas sozinhas.

- Fleur, você está falando sério? – Perguntou Hydra

- Sim, por que não estaria?

- Porque você nunca demonstrou isso, eu achei que você não gostasse de mim – Disse
Hydra ainda olhando meio chocada para a bruxa.

- Eu não falava nada porque eu achava, ou sabia sei lá que você não gostava de mim,
mas eu sempre achei que somos tão parecidas, não só fisicamente, mas nos gostos, no
refinamento, eu sempre admirei isso – Fleur realmente parecia muito sincera nas
palavras.

- Eu... Eu nunca imaginei – Guagejou Hydra.

- Eu sei, eu sei que eu também não fui tão simpática quanto deveria com você , mas eu
realmente acho que nós poderíamos nos dar muito bem se tentássemos.

- Por que isso agora? – Perguntou Hydra desconfiada.

- Pierre, ele estava falando sobre você comigo e o quanto você é uma pessoa legal, eu
decidi que já era a hora de acabar com esse mal-estar entre nós.

A resposta de Fleur chocou Hydra mais do que qualquer outra coisa, o que Pierre
estava fazendo falando bem de Hydra? O que ele planejava? Fleur deve ter notado o
espanto de Hydra porque deu uma risadinha e continuou:

- Ele curte de você, do jeito estranho dele mas curte, não que isso justifique as atitudes
dele porque eu acho que não, de jeito nenhum na verdade! Mas é por isso que ele
falava bem de você, mas eu vi seu namorado em Hogsmeade, que homem bonito,
realmente não trocaria ele, com todo respeito, é claro! – Disse Fleur rindo.

- Não, Peter realmente é muito especial...

Para completar todas as surpresas da Páscoa, Fleur e Hydra passaram a tarde


conversando sobre Peter e sobre a vida de Fleur, realmente as duas eram muito
parecidas, não só fisicamente, mas as duas tinham ideias muito parecidas sobre as
coisas e conseguiram conversar sobre diversos assuntos com naturalidade, realmente
foi uma amizade que Hydra não esperava ter.

CAPÍTULO 20

DÚVIDAS

O Início do Trimestre de verão trouxe a Hydra a lembrança de Olívio e o fim do


campeonato de quadribol, nessa época ele estaria mais louco do que nunca para
ganhar o campeonato, nessa época também, a mais ou menos dois anos atrás, eles se
separaram, parecia uma coisa tão distante agora, mas não deixava de ser uma
lembrança forte.

Fleur agora se sentava constantemente com Hydra, para alegria dos meninos e tristeza
das meninas, que achavam Fleur chatinha e enjoada (quando finalmente concordavam
com Hydra ela muda de ideia).

- Na Beauxbatons nu verrão é lindu, é quiente e agardávi, aqui é tudu muitu firro,


mesmo no verrão – Reclamava ela.

- Não está quente Fleur, está um clima gostoso – Hydra aprendeu que era só cortar a
menina nesses momentos que ela parava.

- Quais seus planos para as férias Hydra, vai finalmente nos visitar de novo na França?
– Perguntou Gabrielle que ainda estava grudada com Jorge (Angelina e Fred pareciam
que não estavam se entendendo muito bem como namorados no final das contas e
Angelina também desencantou dele, segundo ela disse, os dois realmente preferiam
ser só amigos como antes).
- Não sei, eu sinceramente não sei como vai ser, esse ano eu vou sair de casa, vai ser
uma confusão.

- Você vai sair mesmo? Vai para onde? Já disse que pode ir para a toca se quiser –
Disse Fred e Hydra sorriu para o amigo.

- Obrigada pelo convite, eu amo mesmo a casa de vocês, mas eu acho que vou para a
casa do Peter.

Ela percebeu que os amigos a encaravam incrédulos.

- Hydra, você vai casar? – Perguntou Angelina chocada.

- Não! Não é isso, eu só vou passar as férias lá! relaxa gente...

- E depois? – Perguntou Angelina

- Depois o que? Eu não sei Angelina! – Esse assunto ainda incomodava Hydra, ela
queria estar com Peter, mas ela sempre imaginou casamento como algo distante de
sua realidade atual.

- Ok... Mas morar junto é praticamente um casamento – Comentou Angelina sem


graça.

- Eur achu romântic – Disse Fleur (Angelina revirou os olhos) – Vocêrs se amam, por
que no? Já va se mairror de idade.

- Porque ela só tem dezessete anos – Respondeu Angelina como se fosse algo óbvio.

- Gente, vamos deixar pra falar de mim outra hora, ok? – Cortou Hydra irritada.

- Mas é sério, Hydra, você já pensou mesmo nisso? – Insistiu Angelina.

- Não, Angelina, eu vou deixar para ver isso no semestre que vem, que é quando tudo
vai acontecer, no momento eu só quero me concentrar nas minhas provas finais e no
resultado torneio tribruxo e já está bom demais...
Hydra continuou pensando no assunto durante a aula de Transfiguração, tanto que
não prestou atenção quando a Professora Minerva pediu para ela transformar um
pedaço de pergaminho em um pássaro.

- Senhorita Malfoy, eu estou atrapalhando seus pensamentos com a minha aula? –


Disse a Professora Minerva irritada (seus lábios se apertavam e ela ficava assustadora).

- Me desculpe Professora, eu me distrai realmente, não acho que vá acontecer de


novo. – Disse Hydra vermelha enquanto alguns colegas davam risadinhas.

- Isso eu percebi senhorita Malfoy! Espero que não mesmo, porque se não tem
concentração o suficiente para prestar atenção na minha aula, sugiro que se retire –
Disse ela apontando para a porta.

- Não professora, perdão, farei de tudo para isso não vai se repetir – Hydra ainda
sentia suas bochechas queimarem de vergonha.

- É bom mesmo que não, cinco pontos a menos para a Grifinória!

Alguns alunos reclamaram e xingaram baixinho Hydra, que tentou ignorar.

Hydra finalmente voltou a prestar atenção na aula e conseguiu fazer a transfiguração


com sucesso para seu alivio.

- O que houve ali na aula Hydra? – Perguntou Gabrielle enquanto saiam da sala.

- Eu fiquei pensando no que a Angelina disse no café, sobre eu morar com o Peter ser
praticamente um casamento, eu acho que ela está certa...

- Hydra, você me disse que ela nunca gostou do Peter muito, isso é besteira, você vai
deixar de viver a sua vida porque alguém não aprova o que você está fazendo? Você
nunca foi assim! Nunca se importou com o que os outros pensam, o que houve afinal?
Para que você depende da aprovação de alguém, seja quem for e do quanto goste da
pessoa para fazer o que quer fazer, o que seu coração manda você fazer? – Perguntou
Gabrielle com uma seriedade (e tom, já que como falavam em francês não se
importavam se os outros ao redor as ouvissem) que ela nunca tinha visto antes.
- Gabrielle... – Disse Hydra ainda assustada com o comportamento da amiga – Eu sei
disso, eu não me importo, é só que realmente eu não pensei nisso, eu sempre achei
que eu ia me formar e sei lá, viver sozinha, fazer qualquer coisa, menos casar...

- E por que não? – Perguntou Gabrielle agora mais calma.

- Porque eu vejo minha mãe, eu não quero ser como ela...

- E o que ela tem a ver com isso?

- Ela casou nova, nunca teve uma carreira, sempre foi meio que submissa ao meu pai
em alguns momentos, eu não quero isso pra mim – Desabafou Hydra

- Hydra, você não é a sua mãe e o Peter definitivamente não é seu pai! Você não
precisa deixar de ter uma carreira e nem acho que ele vá mandar em você, isso é um
absurdo! – Disse Gabrielle olhando séria para a amiga.

- Eu sei, você tem razão, o Peter não poderia ser mais diferente do papai, eu sei disso,
é realmente só algo que me assusta...

- Não deveria, você não tem que ter medo de se tornar sua mãe, você são tão
diferentes...

- Você tem razão Gabrielle – Hydra sorriu para a amiga – O que eu faria sem você hein?
– Brincou ela.

- Provavelmente nada... – Brincou Gabrielle e a duas riram.

Naquela tarde, durante a aula de Alquimia, Hydra que já se sentia bem melhor,
resolveu fazer novas anotações em seu Grimório (já que a professora passou uma aula
inteira falando sobre coisas que Hydra já sabia) a curiosidade de saber quem era o
Príncipe mestiço era grande, mas ela resolveu apenas ser grata por ter alguém que
acreditasse tanto nela.

- Hydra, nós tomamos uma decisão – Disse Fred sentando ao lado dela enquanto Jorge
sentava do outro na sala comunal naquela noite (ela ainda escrevia em seu Grimório e
colocou ele de lado).
- Que decisão? – Perguntou ela

- O que é isso que você tanto escreve? – Perguntou Jorge apontando para o caderno

- O Grimório que eu ganhei, eu contei para vocês...

- É verdade, bem de qualquer maneira, nós decidimos que vamos parar de ser gentis
com o Ludo Bagman – Disse Fred que parecia estranhamente animado

- O que vocês vão fazer? – Perguntou Hydra preocupada.

- Nós vamos lembrar a ele que o Ministério da Magia não ia gostar nada de saber o que
ele fez... – Disse Fred.

- E eu disse que se ele escrever isso, será chantagem... – Reclamou Jorge.

- O Jorge está certo Fred, isso pode dar muito probema para vocês... – Disse Hydra.

- Nós já fomos gentis Hydra e não deu em nada, está na hora de tomarmos atitudes
mais radicais – Disse Fred parecendo muito decidido.

- Eu acho que isso pode causar problemas, mas...

- Eu queria saber se você nos emprestar a Lydra para usarmos – Perguntou Fred a
interrompendo – Não vamos causar problemas para você, não se preocupe – Disse ele
vendo o rosto de preocupação de Hydra.

- Ok... Mas por favor não me envolvam nisso, ok? Só o que eu não preciso agora é o
papai me odiando mais ainda e acabando com a minha vida mais do que ele já acaba
normalmente.

- Pode deixar! Amanhã iremos no corujal, obrigada Hydra – Disse Fred dando um beijo
em sua bochecha, ele e Jorge se retiraram ainda discutindo sobre o assunto.

- Fred, Jorge, voltem aqui um minuto – Disse Hydra chamando os amigos.

- Sim? – Perguntou Fred meio debochado se sentando onde estava anteriormente.


- Eu estou preocupada com vocês, eu notei que vocês estão obcecados em ganhar
dinheiro nos últimos tempos, tem tentando vender seus produtos a todo custo e
chantagear o Ludo Bagman agora... Eu realmente estou preocupada – Disse Hydra e
viu que os amigos ficaram sérios.

- Você é rica Hydra, você não entende, nós precisamos de dinheiro para abrirmos a
nossa loja, é o que queremos fazer... – Disse Fred e Jorge concordou.

- Eu não sou rica, meus pais são, eu entendo o sonho de vocês meninos, eu já disse
que se pudesse eu mesma seria a investidora de vocês, mas vocês tem que tomar
cuidado para que isso não suba a cabeça de vocês, ok? – Disse ela calmamente.

- Ok mamãe – Brincou Fred rindo.

Hydra passara os dias estudando para seus exames finais que se aproximavam, a
matéria era tanta que se sentia perdida as vezes, além disso, ajudava as amigas a se
prepararem para o exame que teriam que enfrentar assim que voltassem para a
França.

- É difícil Hydra, como vamos aprender isso tudo em inglês ainda por cima? – Disse
Gisele na biblioteca

- Eu acho que Inglês de vocês está infinitamente melhor do que no começo do


semestre – Respondeu Hydra passsando os livros de Herbologia para as meninas

- É, Gisele teve muita pratica com línguas esse ano – Brincou Gabrielle rindo.

- Olha quem fala... – Brincou Gisele.

- Como está você e o Jorge? – Perguntou Hydra para Gabrielle.

- Bem, mas não acho que vá durar, eu vou voltar para Beauxbatons em Julho e ele vai
ficar, não acho que vá continuar depois disso, mas está sendo bom enquanto estamos
juntos– Disse ela parecendo não ligar muito para o assunto.

- É por isso que eu não me apego – Disse Gisele fazendo anotações em um pedaço de
pergaminho e examinando o livro de Herbologia.
Hydra também se surpreendeu ajudando Fleur a praticar azarações e feitiços para a
última tarefa que se aproximava e ela descobrira que seria um labirinto com diversos
desafios.

- Esse parece que vai ser mais difícil que os outros e eu já estou em último lugar, não
posso errar – Dizia a bruxa enquanto treinava feitiços estuporadores com Hydra que se
defendia com feitiços de escudo – Você tem que me deixar acertar você sem lutar para
eu praticar melhor...

- Nem pensar – Riu Hydra.

Em um Sábado pouco antes das provas finais começarem, Hydra foi se encontrar com
Peter, eles se encontraram na casa de Hogsmeade. Peter parecia um pouco estranho,
preocupado, Hydra sentiu isso, mas ele inisistia em dizer que estava tudo bem.

- Você vai me dizer o que houve? – Perguntou Hydra enquanto os dois comiam o
almoço que Peter trouxe para os dois

- Hydra, eu prometi... – Disse ele parecendo realmente nervoso, Hydra se assustou de


verdade.

- Peter, o que houve? Por favor me fala, eu já estou nervosa, por favor seja o que for
não me esconde mais.

- Ok... – Disse ele, colocou o prato de comida que havia terminado de lado e conduziu
Hydra até a cama aonde se sentaram, o tempo todo ela o encarava mas ele parecia
querer fugir de seu olhar.

- Você fez algo de errado? – Perguntou ela quando eles se sentaram.

- Não, na verdade eu recebi uma visita que eu não esperava.

- De quem? – Perguntou Hydra arregalando os olhos.

- Seu pai – Disse ele finalmente a olhando. Hydra não teve muita reação, muitos
cenários passavam pela sua cabeça, coisas que ele poderia ter dito, motivos de ele ter
visitado Peter, um mais mirabolante que o outro – Hydra, ele parecia estranho,
preocupado, ele pediu para que eu te ajudasse, que tirasse as ideias mirabolantes que
você pudesse ter da sua cabeça, que fizesse você se acalmar...

- O QUE? COMO ASSIM? – Gritou Hydra mais confusa do que nunca

- Eu não sei Hydra, ele não me explicou, ele só me fez prometer que não te contaria da
visita, o que obviamente eu não cumpri... Mas eu realmente fiquei preocupado, eu não
imagino o porquê seu pai me procuraria, foi rápido, ele foi muito vago, você fez algo? –
Perguntou Peter para Hydra que ainda estava perplexa com a notícia.

- Não, nada de novo, não falo com meu pai desde as férias, desde o que aconteceu na
Copa Mundial, por que ele estaria preocupado com algo que eu faria?

- Eu não sei Hydra, ele foi muito vago.

- Só se ele souber de algo que não sabemos... – Disse Hydra

- Como o que?

- Eu não sei, algo sombrio talvez... Você sabe que meu pai era um comensal da morte,
apesar dele negar para as pessoas– Disse Hydra corando de vergonha do fato.

- Eu sei, eu imaginei que sim na verdade – Disse Peter também sem graça.

- Às vezes eu penso se de fato ele algum dia deixou de ser, Peter, eu sei que ele não
procuraria Aquele-que-não-deve-ser-nomeado porque ele é covarde demais para ir
atrás de alguém que ele tenha medo, mas eu sei que se um dia ele retornasse, acho
que meu pai se juntaria a ele, ele também é covarde demais para resistir, além de
gostar das ideias dele de superioridade bruxa, de puro-sangue bruxo pelo menos... –
Hydra tinha lágrimas nos olhos.

- Mas você acha que ele está retornando Hydra?

- Não, eu espero que não... Você já imaginou Peter?

- Meus pais já me falaram sobre isso algumas vezes – Respondeu ele, toda a conversa
era tensa e desagradável para os dois.
- Sobre o que?

- Sobre a possibilidade de uma nova guerra bruxa, eles faziam parte de uma
resistência, sabe? Se chamavam a ordem da Fênix, muitos membros da ordem foram
mortos, outros como meus pais continuaram suas vidas, na verdade eles na época não
foram descobertos como membros, muitos não sabiam, talvez sua família não saiba.

- Você deve ter tanto orgulho dos seus pais – Hydra chorava de vergonha de toda
história de sua família, não sabe como reagir quando falava ou pensava neles e em
toda sua história, tanto do lado de sua mãe quanto de seu pai, nunca conheceu
ninguém que fosse bom ou desse orgulho, a única pessoa que ela já se identificou era
o primo que sua mãe disse ser um assassino em massa, Sirius Black, realmente se
sentia perdida.

- Não chora meu amor, por favor, olha, quem é a nossa família, o passado delas não
importa, o que importa é quem somos e você é uma pessoa boa Hydra – Dizia Peter a
abraçando.

- Eu não sei Peter, será que eu sou? Olha para mim, todo mundo fala que eu sou
metida, arrogante, prepotente, isso é ser uma pessoa boa? – Perguntou ela ainda
chorando.

Peter olhou para ela parecendo zangado.

- Hydra, eu não sei quem te disse isso, mas você não é isso, eu não vou mentir que
você tem um certo ar que pode ser confundido com essas coisas de primeira, mas é só
falar com você para ver que você é uma pessoa boa, doce, amiga, você não é nada
disso – Disse ele limpando suas lágrimas.

- Eu sinto nervoso Peter, nervoso de ambientes que não são tão confortáveis ou
luxuosos quanto os que eu estou acostumada, eu acho isso horrível, mas eu sinto.

- Hydra – Peter a encarou com um leve sorriso – Isso não é nenhum crime, você foi
criada no meio de riqueza, é normal que veja isso como um padrão, o importante é
que você nunca menosprezou os lugares menos luxuosos que os que você considera
padrão, você nunca se recusou a ir, olha a toca, você gosta de ir lá!
- Sim, mas eu estranhei de primeira, eu achei tudo tão diferente, eu não gostei quando
vi e isso foi horrível, eu me senti horrível e quando eu vi a sua casa eu gostei, eu achei
mais parecido com o que eu era acostumada, mas por que isso tem que significar
alguma coisa para mim? – Perguntava ela ainda chorando

- Porque você está acostumada com isso Hydra, a toca é diferente demais da sua casa,
apesar de você odiar aquele lugar, você nunca conviveu com falta de dinheiro ou
recursos antes e os Weasleys não tem muito, mas isso nunca impediu que você os
amasse ou que passasse por cima de tudo e de fato gostasse da toca, eu estou
mentindo? Isso não é verdade? – Perguntou ele calmamente

- Sim, é verdade, mas ainda assim...

- Ainda assim nada Hydra – Interrompeu Peter – Você já viu quantos amigos de
verdade você tem? Como você é querida? O quanto eu me apaixonei desde a primeira
vez que te vi? Como você pode pensar mal de si mesma? – Peter parecia tão doce
quando falava que Hydra o abraçou

- Obrigada, eu realmente precisava ouvir isso, eu fico tão envolvida com o que meu pai
faz, eu penso que meu sangue é ruim, que meu sangue é mau, que nada de bom pode
vir dele

- Isso não é verdade, seu sangue não é ruim e nem condenado a nada, suas atitudes, as
da sua família, são sempre culpa de quem as pratica, não do sangue

Hydra sorriu e o abraçou mais uma vez, ainda estava curiosa para saber o porquê de
seu pai ter o procurado, mas Peter a fez prometer que não iria contar para ele que
sabia, ela tentaria achar a resposta de outra forma.

Naquela noite, durante as aulas do Snape, apesar de já estar dominando a oclumência


de uma forma mais do que satisfatória, ele notou que ela parecia distante e sem foco.

- Eu estou atrapalhando a senhorita de algum compromisso mais importante? –


Perguntou Snape em tom irônico e frio depois de ter feito uma pergunta que Hydra
não ouviu
- Não Professor, perdão, eu só... – Hydra respirou fundo e se encheu de coragem para
perguntar – Professor, o Senhor acha que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado um dia
pode voltar?

A pergunta pegou Snape de surpresa, seus olhos se arregalaram e por um segundo


Hydra achou que ele iria gritar com ela, mas ele pareceu se acalmar e respondeu com
seu tom frio de sempre.

- Sim, o Senhor das trevas é ardiloso e eu não duvido que um dia ele possa voltar.

Hydra achou que iria ouvir uma resposta padrão de todos os professores de que não
falariam sobre isso ou que isso era besteira, se assustou com a afirmação de Snape.

- Professor, o que eu devo fazer se isso acontecer? – Perguntou ela parecendo


desesperada

- Se preparar, escolher bem suas atitudes, escolher as brigas que devem ou não serem
lutadas – Respondeu ele de forma fria e simples, Hydra viu pelo seu olhar que não
deveria fazer mais perguntas, então ao invés disso apenas continuou com sua lição da
noite

CAPÍTULO 21

A ÚLTIMA TAREFA

As provas finais tinham sido mais fáceis do que Hydra imaginava, ela achava que tinha
idomuitp bem em quase todas elas. As conversas com Draco continuavam sendo boas,
mas ele ainda se fechava quando Hydra perguntava sobre Lúcio e o que ele sabia.

O café foi uma reunião barulhenta à mesa da Grifinória, na manhã da terceira tarefa,
era o último dia de exames e Hydra recebeu uma carta de Peter junto com um
exemplar do Profeta diário.

"Hydra,

Eu não sei quem essa Rita Skeeter andou entrevistando, mas ninguém aqui no St
Mungo's que eu conheça disse ter dado entrevista para essa mulher, muito menos um
"grande especialista", espero que Harry esteja bem e consiga desmentir tudo issso.
Peter Macmillan"

Hydra chamou Fred e Jorge que leram a carta e rapidamente abriram o jornal, ela
quase cuspira o pedaço de ovo que tinha colocado na mesa ao ler uma matéria, dividiu
o jornal com Fred e Jorge.

HARRY POTTER "PERTURBADO E PERIGOSO"

O garoto que derrotou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado encontra-se instável e


possivelmente perigoso, escreve nossa repórter especial Rita Skeeter. Há poucos dias
vieram à luz provas assustadoras do estranho comportamento de Harry Potter, que
lançam dúvidas sobre suas qualificações para competir em um torneio rigoroso como o
Tribruxo, ou até mesmo para frequentar a Escola de Hogwarts.

O Profeta Diário está em condições de afirmar, com exclusividade, que Potter


regularmente desmaia na escola, e com frequência se queixa de dor na cicatriz que tem
na testa (relíquia de um feitiço com que Você-Sabe-Quem tentou matá-lo). Na última
segunda-feira, no meio de uma aula de Adivinhação, a repórter do Profeta Diário
presenciou a saída intempestiva de Potter da sala de aula, dizendo que sua cicatriz o
incomodava em demasia para que pudesse continuar em classe.

É possível, dizem os maiores especialistas do Hospital St. Mungus para Doenças e


Acidentes Mágicos, que o cérebro de Potter tenha sido afetado pelo ataque que sofreu
de Você-Sabe-Quem, e que sua insistência em dizer que a cicatriz continua a doer seja
uma expressão de sua arraigada confusão.

"Talvez até esteja fingindo", opinou um especialista, "o que poderia ser um mecanismo
para receber atenção

O Profeta Diário, no entanto, descobriu fatos preocupantes sobre Harry Potter, que
Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts, tem cuidadosamente ocultado do público
bruxo.

"Potter é ofidioglota", revela Draco Malfoy, um quartanista de Hogwarts. "Há uns dois
anos, houve uma série de ataques a estudantes, e quase todos pensaram que Potter
era o responsável depois que o viram perder a cabeça em um Clube de Duelos e açular
uma cobra contra um colega. O episódio foi abafado. Mas ele também faz amizade
com lobisomens e gigantes. Achamos que ele é capaz de qualquer coisa para ter algum
poder."

Ofidioglossia, ou a capacidade de conversar com as cobras, é tradicionalmente


considerada uma Arte das Trevas. Com efeito, o ofidioglota mais famoso dos nossos
tempos não é outro senão Você-Sabe-Quem. Um membro da Liga de Defesa Contra as
Artes das Trevas, que prefere se manter anônimo, declarou que consideraria qualquer
bruxo ofidioglota "merecedor de investigação. Pessoalmente, eu encararia com muita
suspeita qualquer pessoa que conversasse com cobras, pois esses animais em geral são
usados nos piores tipos de magia negra e, historicamente, são associados com bruxos
malignos". Da mesma forma "qualquer um que procure a companhia de criaturas
selvagens como lobisomens e gigantes me parece ter inclinação para a violência".

Alvo Dumbledore deveria, sem dúvida, refletir se um garoto desses pode realmente
competir no Torneio Tribruxo. Há quem receie que Potter possa apelar para as Artes
das Trevas em seu desespero de vencer o torneio, cuja terceira tarefa será realizada
hoje à noite.

Os três olharam para Harry que respondeu.

- Eu já li – Com um tom despreocupado.

- O Peter disse que ninguém do St Mungo's que ele conheça disse ter dado entrevista
para ela, provavelmente ela inventou isso tudo – Disse Hydra olhando feio para Draco,
Crabbe e Goyle que riam de Potter, davam pancadinhas na cabeça, faziam caretas
grotescas imitando loucos e agitavam as línguas como cobras

- Não se preocupe Hydra, essa mulher com certeza não vai parar de me perseguir, eu
não me importo – Respondeu Harry

- Eu achei que seu irmão estivesse melhorando – Disse Jorge olhando com raiva para a
mesa da Sonserina.

- Eu também, acredite... – Respondeu Hydra desgostosa.

Hydra que já tinha terminado seus exames, ficou conversando com Fred e Jorge na
mesa do café e ouviu quando a Professora Minerva chamou Harry.
– Potter, os campeões vão se reunir na câmara vizinha ao salão depois do café –
anunciou ela.

– Mas a tarefa só vai ser à noite! – exclamou Harry, derramando, sem querer, ovos
mexidos na roupa, receoso de que tivesse se enganado na hora.

– Eu sei disso, Potter. As famílias dos campeões foram convidadas para assistir à última
tarefa, entende. É apenas uma oportunidade para você cumprimentá-los. Ela se
afastou. Harry acompanhou-a com o olhar, boquiaberto.

Hydra viu quando Harry se levantou e também Fleur, Krum e Cedric, ela desejou boa
sorte a Fleur e Harry e seguiu para a sala comunal com Fred e Jorge.

Na hora do almoço, Hydra se surpreendeu com a Senhora Weasley e Gui sentados na


mesa com Harry Potter e Rony, Fred e Jorge pareceram muito felizes e eles e Hydra (e
Gina) se sentaram com os quatro.

- Como vai filha? – Perguntou a doce Senhora Weasley para Hydra depois de falar com
os filhos.

- Vou bem e a Senhora? – Disse Hydra sorrindo e abraçando a bruxa gorducha que
tanto gostava

- Muito bem – Respondeu a Senhora Weasley simpática – Sente-se conosco

- Como vai Hydra? – Perguntou Gui, parecendo bonito com seu visual meio rebelde
que Hydra achava muito atraente.

- Bem e você Gui? Gostando de rever a escola? – Perguntou ela se sentando entre Fred
e Jorge

- Sim, tinha muito tempo que não vinha aqui, não mudou muito – Disse ele olhando ao
redor.

- Eu aposto que deve ser estranho voltar.

- É, mas eu passei tantos momentos maravilhosos nesse lugar...


Hydra se divertiu com a família Weasley, então notou que na mesa da Corvinal, Fleur
estava com sua mãe e a irmã, Hydra conhecia os Delacour de suas viagens nas férias
para França e esses sempre foram muito simpáticos com ela.

- Com licença, eu vou cumprimentar a mãe da Fleur, já volto. – Disse ela para os
Weasleys e Harry.

- Você conhece a família da Fleur? – Perguntou Harry.

- Sim, eu os conheci na França, são boas pessoas – Disse ela sorrindo, então se afastou
e foi até a mesa da Corvinal onde falou em Francês com a bela bruxa loira, muito
parecida com Fleur.

- Senhora Delacour- Disse Hydra simpática para a bruxa.

- Rai-drá! Disse a bruxa se levantando e abraçando Hydra com entusiasmo (enquanto


Gabrielle e Gisele assistiam) – Quanto tempo, você está tão bonita, como sempre!
Como está tudo aqui na Inglaterra? – Disse ela voltando a se sentar e Hydra se sentou
ao seu lado.

- Muito bem, mas sinto muita falta da nossa França – Respondeu Hydra, com cortesia.

- Sim, você deveria nos visitar mais, minha casa está sempre aberta, não é mesmo
Fleur? – Ela se virou para a filha que parecia distraída olhando para a mesa da
Grifinória.

- Sim, claro, Hydra é sempre bem-vinda – Disse ela depois de perceber que tinha que
falar algo.

- Esse é minha filha mais nova, Gabrielle, se lembra dela? – Perguntou a Madame
Delacour.

- Sim, está muito bonita e crescida – Disse Hydra.

- Obrigada – Agradeceu a menina sem graça, Hydra notou que ela olhava várias vezes
para Harry Potter.
Hydra conversou um pouco mais com a Senhora Delacour sobre a França e Hogwarts e
depois voltou para a mesa da Grifinória, onde aproveitou um pouco mais da
companhia dos Weasleys.

- Eu acho que a Fleur gostou de alguém aqui – Comentou Hydra baixinho com Fred e
Jorge – Ela não para de olhar para cá.

Os dois riram e Jorge respondeu;

- É o Gui, ela não para de encarar ele.

- É, seu irmão é bonito realmente – Disse Hydra de forma casual.

- Mais bonito que nós? – Brincou Fred fazendo voz de ofendido.

- Isso jamais, vocês são os bonitões! – Brincou Hydra, rindo, apesar de realmente achar
os amigos muito bonitos.

No banquete da noite, a Senhora Weasley e Gui voltaram, Hydra se sentou novamente


com eles, dessa vez acompanhada de Gisele e Gabrielle. (Gisele fazia de tudo para
chamar a atenção de Gui e a Senhora Weasley não parecia gostar muito disso).

Havia mais pratos do que de costume, Hydra saboreou tudo que podia. Quando o teto
encantado no alto começou a desbotar de azul para um violáceo crepuscular,
Dumbledore se ergueu à mesa dos professores e fez-se silêncio.

– Senhoras e senhores, dentro de cinco minutos, vou pedir a todos que se


encaminhem para o estádio de quadribol para assistir à terceira e última tarefa do
Torneio Tribruxo. Os campeões, por favor, queiram acompanhar o Sr. Bagman ao
estádio agora.

Harry se levantou. Todos os colegas da Grifinória o aplaudiram; os Weasley e


Hermione lhe desejaram boa sorte e ele se dirigiu à porta do Salão Principal com
Cedrico, Fleur e Krum.

Hydra seguiu com os demais para as arquibancadas no estádio de quadribol, que


estava totalmente irreconhecível. Uma sebe de seis metros corria a toda volta.
"Senhoras e senhores, a terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo está prestes a
começar! Deixe-me lembrar a todos o placar atual! Empatados em primeiro lugar, com
oitenta e cinco pontos cada – o Sr. Cedrico e o Sr. Harry Potter, os dois da Escola de
Hogwarts!" Os vivas e as palmas fizeram os pássaros saírem voando da Floresta
Proibida para o céu crepuscular. "Em segundo lugar, com oitenta pontos – o Sr. Vítor
Krum, do Instituto Durmstrang!" Mais aplausos. "E, em terceiro lugar – a Srta. Fleur
Delacour, da Academia de Beauxbatons!" – Dizia a voz empolgada e magicamente
amplificada de Lugo Bagman (Fred e Jorge ainda se irritavam só de ouvir a voz dele).

Hydra, a Sra. Weasley, Gui, Rony e Hermione aplaudiram Fleur educadamente, mais ou
menos no meio das arquibancadas, Harry acenou para eles que acenaram de volta.

"Então... quando eu apitar, Harry e Cedrico!", anunciou Bagman. "Três – dois – um..."

Harry e Cedrico entraram no labirinto e os aplausos mais uma vez cresciam fortes.

Depois de um tempo, Ludo Bagman falou novamente

"Quando eu apitar, Victor Krum" Novamente ele apitou e Krum entrou no labirinto,
mais fortes aplausos foram ouvidos.

"E agora por último, Senhorita Fleur Delacour" o apito de Ludo Bagman mais uma vez
foi ouvido e agora todos os campeões estavam no labirinto.

- Só esperar mais uma vez? – Reclamou Fred (que estava triste por não poder colher
apostas perto de sua mãe).

- Fred, tenha solidariedade ao Harry – Disse a Senhora Weasley que parecia mais
nervosa do que jamais Hydra vira.

Hydra e o resto dos alunos pareciam que iriam explodir de tanta ansiedade, por algum
tempo absolutamente nada acontecia e não era possível ver o que se passava dentro
do labirinto. Um grito foi então ouvido, um grito que parecia de Fleur, todos
começaram a falar nas arquibancadas.

- É a Fleur? O que houve com ela? – Perguntava Hydra nervosa.

- Eu não sei – Respondeu Gui – Mas os professores vão ajudá-la, fique calma.
A Senhora Delacour parecia que iria desmaiar de tão nervosa enquanto reclamava com
alguns professores, Gabrielle, a pequena irmã de Fleur chorava segurando em suas
mãos.

Algum tempo depois, Ludo Bagman anunciou ao estágio:

- "A Senhorita Delacour não está mais na competição"

- Isso! – Comemoraram Fred e Jorge

- Tadinha – Comentou Hydra

- Até ontem você não gostava dela, agora está com pena? – Perguntou Jorge

- Sim, nós nos entendemos, não queria que ela terminasse a competição desse jeito –
Disse Hydra triste – Além disso, não queria que a Beauxbatons terminasse em último...

Fleur não apareceu, deve ter sido imediatamente levada aos cuidados da Madame
Pomfrey, sua mãe e irmã também sumiram.

A atmosfera de ansiedade e medo crescia conforme a noite ficava mais firme.

Hydra viu que faíscas vermelhas saiam do labirinto, significava que alguém desistira da
competição, depois de um tempo de muitas perguntas e comentários nervosos da
arquibancada, finalmente Ludo Bagman anunciou:

- "Victor Krum deixa a competição, agora o prêmio está entre Cedrico e Harry" –
Anunciou ele entusiasmado

A arquibancada explodiu de vivas e gritos entusiasmados, a Senhora Weasley parecia


um pouco mais aliviada (apesar de não muito)

O tempo de espera parecia que só aumentava, a tensão era horrível, Hydra decidiu
conversar baixinho com Fred e Jorge para se distrair.

- Vocês já receberam alguma resposta daquela coruja? – Perguntou ela apontando a


cabeça para Ludo Bagman
- Não, o safado está evitando a gente, mas isso não vai ficar assim – Respondeu Fred
furioso

- Tenham cuidado ok? Não quero que vocês se metam em nenhum problema – Disse
Hydra preocupada

- Deixa com a gente, quando que a gente se meteu em problemas? – Perguntou Jorge
e Hydra o olhou de forma que o fez cair na gargalhada.

As horas se passaram e já era quase impossível controlar a Senhor Weasley que foi
conversar com Dumbledore

- Não é possível, você não acha que está demorando demais? – Perguntou Hydra para
Fred e Jorge

- Sim, realmente está estranho – Respondeu Jorge

- Você não acha que aconteceu algo, acha? – Hydra ouviu Hermione perguntar nervosa
para Rony, seus olhos estavam cheios D'guá.

- Não Hermione, o Harry está bem – Respondeu ele não muito seguro.

A Senhora Weasley voltou um tempo depois mais calma (tinha recebido uma poção
calmante da Madame Pomfrey) e se sentou ao lado deles meio sem parecer notar
nada ao seu redor.

Mais tempo se passava e as pessoas pareciam ficar cada vez mais em pânico.

- Onde estão eles?

- Eles devem ter morrido!

- Será que aconteceu algo?

Eram alguns dos comentários que podiam ser ouvidos por Hydra.
CAPÍTULO 22

O MEDALHÃO DA FAMÍLIA MALFOY

- O que você acha que o ganhador vai fazer com o ouro que ganhar? – Perguntou Fred,
para Hydra e Jorge, afim de desviar a atenção da tensão da espera.

- Não sei, eu acho que se for o Krum ele vai guardar, ele já ganha o suficiente como
astro do quadribol, não? – Perguntou Hydra.

- É, o Harry acho que também faria isso, ele já tem bastante ouro – Completou Fred.

- Ele tem? – Perguntou Hydra, curiosa com a nova informação.

- Sim, ele é rico, é que não mostra muito isso – Disse Jorge.

- E você, Hydra, o que faria? – Perguntou Gui, entrando na conversa.


- Ela já é rica, esse prêmio é o que? O que seu pai ganha em um dia? – Perguntou Fred
rindo.

Hydra ignorou o comentário e só respondeu à pergunta de Gui.

- Eu com certeza guardaria tudo, compraria uma casa para mim, viveria longe dos
meus pais e daria uma parte para esses dois idiotas construírem a loja deles.

- Que boa amiga você é – Disse Gui, enquanto os gêmeos pareciam sorrir.

- E você, Gui? – Perguntou Hydra.

- Eu guardaria, ajudaria meus pais, compraria uma casa nova, coisas desse tipo –
Respondeu ele.

- Isso é muito legal da sua par... – Hydra parou de falar, a menina então reparou que
tinha o coração batendo forte, a sensação de algo ruim no ar era grande, ela não sabia
o porquê, começou a se sentir mal, o lugar aonde seu medalhão (que ganhara de
Draco) tocava parecia arder e ela sentia uma sensação de pânico, como se fosse
desmaiar, começou a ter dificuldade em ver as pessoas ao seu redor.

- Hydra, o que houve? – Perguntou Fred vendo o olhar da amiga, que agora estava
branca e parecendo doente.

- Eu não sei, eu não sei o que está acontecendo, – Disse ela tremendo – Eu estou com
medo, é como se eu estivesse em algum lugar ruim, como se algo que me assustasse
muito estivesse acontecendo – Hydra quase chorava e Fred, Jorge e Gui a amparavam.

- Do nada isso, Hydra? – Perguntou Fred

- Sim, do... – Hydra mais uma vez ficou calada, dessa vez, apenas fechou os olhos,
sentindo uma forte dor de cabeça.

"Até você, Lúcio..." – Ela ouviu uma voz dizer.

- HYDRA? HYDRA? Vamos, vou te levar para a ala hospitalar – Dizia Fred, segurando
Hydra em um braço enquanto Jorge segurava no outro.
- Não, eu... Eu estou melhor... Eu... – Hydra colocou a mão no medalhão, que ardia um
pouco ainda.

- Hydra, de onde é esse medalhão? – Perguntou Gui o examinando.

- Meu irmão me deu no natal, tem uns três anos, é uma herança de família –
Respondeu ela com dificuldade.

- Ele parece ter algum tipo de encantamento nele, é melhor você tirar imediatamente
– Fred e Jorge tiraram o medalhão de Hydra que imediatamente se sentiu melhor, ela
o guardou no bolso.

- O que aconteceu? – Perguntou ela assustada – Eu nunca tinha sentido nada com esse
medalhão antes, por que agora?

- Não sei, eu pediria ajuda ao seu professor de Defesa contra as artes das trevas, teria
certeza de que não tem nenhuma maldição nele – Disse Gui parecendo preocupado.

- Não é melhor você ir para a ala hospitalar? – Perguntou Fred.

- Eu ouvi alguém, alguém dizendo, até você Lúcio? Não consegui ver nada e nem quem
era – Disse a menina, ficando mais calma.

- Que estranho, Hydra... Você definitivamente tem que ver o que tem nesse medalhão
– Afirmou Gui.

- Hydra, vamos, eu te levo para a ala hospitalar – Disse Jorge.

- Não, não, eu já estou bem, de verdade, me sinto muito melhor agora.

A Senhora Weasley começava a se recuperar do efeito da poção e Hydra decidiu


disfarçar.

- Obrigada – Disse ela aos meninos.

Mais um tempo se passou e Hydra não tirava da cabeça que algo tinha acontecido, ela
sentiu um desespero, um medo real, ela parecia ter sentido a presença de seu pai, mas
não sabia como explicar, decidiu então que assim que a tarefa acabasse, perguntaria
ao Professor Moody para identificar o que tinha naquele medalhão, sabia somente que
fosse o que fosse, Draco não daria para ela um medalhão amaldiçoado, não de
propósito pelo menos.

- Essa tarefa realmente está ficando mais chata que a segunda – Disse Fred

- Eu estou preocupada – Disse Hydra, não é normal que eles demorem tanto tempo
assim, é?

- Eu não sei, nunca vi um torneio Tribruxo antes – Afirmou Gui

- Eles estão demorando demais, demorando demais... – Reclamou a Senhora Weasley

Mais um tempo se passou sem nada acontecer, estava difícil controlar a Senhora
Weasley e seu nervosismo. os pensamentos de Hydra se voltavam mais uma vez para o
medalhão e seu conteúdo e o que era aquela voz, se era realmente alguém falando
com o seu pai.

Então finalmente, Harry repareceu junto a Cedrico, Hydra viu que ele levava nas mãos
a taça do torneio Tribuxo.

A arquibancada explodiu com aplausos e gritos, Hydra sentiu dificuldade de se


concentrar no que estava acontecendo, era muito barulho e confusão de gente
gritando e correndo em direção a Harry, decidiu ir junto com Fred e Jorge até o
menino.

"Ele está morto!", "Ele está morto!", "Cedrico Diggory! Morto!".

Hydra ouviu pessoas repetindo essas frases e entrou em um estado de choque, não
conseguia se mexer, ficou parada, Fred e Jorge apenas observando, seria aquilo que
sentira? Mas por quê?

Hydra finalmente sentiu suas penas novamente e correu para onde a multidão se
aglomerava, viu Dumbledore segurando Harry e as pessoas exclamando:

"Que foi que houve?", "Que aconteceu com ele?", "Diggory está morto!".

– Ele precisa ir para a ala hospitalar! – dizia Fudge em voz alta.


– Ele está mal, está ferido, Dumbledore, os pais de Diggory estão aqui, estão nas
arquibancadas...

– Dumbledore, Amos Diggory está correndo... está vindo para cá... você não acha que
deve lhe contar... antes que ele veja...?

Garotas gritavam, soluçavam, histéricas... Hydra entre elas ,chorava com a cabeça
apoiada no ombro de Fred e com Jorge a abraçando, o corpo de Cedrico sem vida no
chão era uma cena que a marcou profundamente, ela não conseguia controlar o choro,
sentia seus olhos ardendo.

- Não é possível, o que aconteceu? Tão novo, quem iria imaginar? – Dizia ela,
soluçando.

O Professor Moody arrastou Harry para longe da multidão que gritava e chorava.

- MEU FILHO, MEU FILHO! – O pai de Cedrico apareceu gritando em um desespero que
partiu o coração de Hydra em pedaços, logo sendo acompanhado pela mãe do
menino.

- MEU FILHO, MEU MENINO – Gritava ela.

Hydra chorou tanto que Fred e Jorge não aguentaram mais e a puxaram para longe da
cena horrível.

- TODOS OS MONITORES LEVEM OS ALUNOS DE SUAS CASAS DE VOLTA PARA SUAS


SALAS COMUNAIS – Gritou Dumbledore na multidão.

Hydra não lembra como chegou até a entrada do castelo, só lembra que estava
sentada na escada no saguão de entrada com Fred e Jorge a abraçando e então Gui e a
Senhora Weasley passaram correndo em direção a ala hospitalar.

Hydra os acompanhou, mas os três foram impedidos pela Professora Minerva de


continuar.

- Subam, vão para a sala comunal, nós mandaremos chamar depois, prometo – Disse
ela.
- Por favor, é minha família ali, é nosso amigo! – Reclamou Fred.

- Eu sinto muito, Senhor Weasley, contaremos tudo que descobrirmos para os


senhores pela manhã – Disse a Professora, com sua voz severa de sempre.

Nunca foi possível responder como ela chegou até a sala comunal da Grifinória, nada
ao seu redor parecia real, ela estava sentada em uma poltrona em meio a pessoas que
ainda choravam em choque, Fred e Jorge estavam perto, porém sem falar nada.

- O que será que vai acontecer agora? – Perguntava Angelina, ainda chorando.

- O que aconteceu lá? Você acha que o Harry está machucado também? – Falava Kate.

- O Cedrico... Ele era tão novinho, tão... Tão... – Alícia começou a chorar novamente
antes de continuar.

- Quem o matou? Será que ele morreu sozinho? – Perguntou Lino

- Não sabemos – Respondiam todos

Hydra não respondeu, ficou completamente muda, encarando a parede.

- Vem com a gente – Disseram Fred e Jorge, puxando ela para fora da sala comunal,
depois de distrair os monitores da casa.

- Aonde estão me levando? – Perguntou Hydra.

- A um lugar aonde você vai se sentir melhor – Disse Jorge.

A menina seguiu para uma das torres, a de Astronomia, que estava vazia agora.

- Fique aqui, nós já voltamos, ok? – Disseram eles.

Hydra esperou por quase meia hora até os meninos retornarem, cheios de coisas na
mão, doces, cerveja amanteigada, etc.

- Foram na cozinha? – Perguntou ela


- Eu acho que nós tivemos todos uma noite difícil e merecemos nos distrair – Disse
Jorge, passando as bebidas e comidas para ela.

- O que será que houve afinal? –Perguntou Hydra, ainda tremendo, bebendo um gole
de cerveja amanteigada.

Os gêmeos se olharam e respiraram fundo.

- Nós ouvimos, enquanto estávamos lá embaixo, ouvimos algo que não sabemos se é
verdade ou como te contar – Disse Fred.

- O que? – Perguntou Hydra assustada.

- Você-Sabe-Quem, ele voltou! – Disse Jorge, finalmente.

Foi como se um filme em câmera lenta passasse na sua frente, toda sua vida, todo o
medo do passado, todos os problemas, tudo parecia pequeno e distante agora, diante
de um fato tão horrível quanto esse.

- Como você sabe, Jorge? – Perguntou Hydra, minutos depois, finalmente conseguindo
falar.

- Nós ouvimos os professores comentando enquanto passávamos em um corredor,


quase não acreditamos nós mesmos – Disse Jorge.

- E vocês tem certeza que era isso mesmo? – Perguntou ela, agora sentindo que o que
seu pai falara com Peter fazia sentido.

- Tenho, Hydra – Disse Jorge.

- E agora? O que vai ser de nós? DE TODOS NÓS? – Perguntou Hydra, começando a
chorar.

- Vamos lutar se necessário, Hydra, mas não vamos pensar no pior por enquanto, ok? –
Pediu Fred.

- O que vamos fazer então, por agora? – Perguntou Hydra.


- Vamos deitar e olhar as estrelas, comer esse pavê, essa torta de abóbora, beber a
cerveja amanteigada e fingir que nada aconteceu – Disse Fred

- E o que ganhamos com isso? – Perguntou Hydra

- Mais um dia de paz, porque amanhã, nós vamos saber a verdade do que aconteceu
com o Harry Potter, amanhã, nós vamos ouvir a notícia do Você-Sabe-Quem de
verdade, amanhã, a nossa vida vai mudar, então só por hoje, vamos viver mais um dia
normal – Disse Jorge.

Era tão estranho como naquele momento seus amigos pareciam tão sábios de repente,
tão maduros, tão adultos, não fizeram brincadeiras e nem piadas, apenas deitaram e
olharam as estrelas, acompanhados logo depois, de Hydra e assim ficaram, por muito
tempo.

No dia seguinte, ainda com a escola em choque e Harry e Professor Moody ausentes,
Dumbledore falou com os alunos no café.

- Peço que todos dêem espaço a Harry Potter, não o aborreçam ou façam perguntas
sobre a imensa trangédia que aconteceu ontem no labirinto, com o tempo tudo será
esclarecido, mas no momento peço que por favor deixem o colega de vocês descansar.

Hydra contara, ainda chorando muito na noite anterior tudo para Peter pelo espelho e
esse não sabia se ficava mais em choque pelo acontecimento ou preocupado com o
medalhão.

- Por favor procure o Professor Snape o mais rápido possível e eu sinto muito pelo
Cedrico, ele parecia um rapaz muito legal, isso é muito triste – Disse Peter triste.

- Snape? Por que o Snape? Por que não o Moody? – Perguntou Hydra.

- Porque ele está desaparecido, não está? Não foi você quem disse? – Perguntou Peter.

- Sim, mas...

- Snape sabe bastante sobre as artes das trevas, todo mundo sabe disso – Disse Peter –
Ele vai poder ajudá-la, ele sabe bastante sobre as artes das trevas e como se defender
dela, todo mundo sempre disse isso!
- Disseram que ele voltou, Peter... – Disse Hydra.

- Nós vamos ainda ouvir oficialmente sobre isso, Hydra, não vamos nos preocupar
agora, ok?

Harry parecia miserável, mais do que qualquer um ali, do que todos juntos na verdade,
mas não falou nada sobre o ocorrido e ninguém perguntou, todos respeitaram o aviso
de Dumbledore.

Da mesa da Lufa-lufa, choros e gritos podiam ser ouvidos constantemente, era uma
cena muito triste, um dia muito triste, Hydra pensava nunca ter vivido nada parecido
antes.

- Fleur não lembra de muita coisa – Disse Gisele, quando se juntou a eles no café, ela
disse que foi atacada, mas não quis nos dizer por quem.

- Atacada? Então alguém realmente atacou os alunos... – Disse Angelina.

- O que será que estava dentro daquele labirinto afinal? – Perguntou Kate.

- Uma coisa horrível... – Afirmou Hydra, não querendo entrar em mais detalhes.

- Quem ganhou o torneio afinal? Não que isso seja importante agora – Perguntou Rita,
que estava perto deles na mesa.

- Acho que o Harry, não? – Perguntou Jeniffer.

- Provavelmente sim, ele foi o último... O último sobrevivente – Disse Hydra, triste.
CAPÍTULO 23

A VERDADE SOBRE LÚCIO MALFOY

Hydra finalmente encontrou mais de uma semana depois com Harry cara a cara,
estava decidida, apesar de muito curiosa a não perturbar o menino, por isso não falara
com ele antes, mas, Harry e para a sua surpresa o menino pediu para falar com ela em
particular.

- Claro, vamos procurar algum lugar tranquilo – Disse ela com muito medo do que iria
ouvir.

Os dois encontraram uma sala tranquila e vazia aonde se sentaram um na frente do


outro, encarando um ao outro por alguns minutos.

- Malfoy, Mcnair, Avery, Nott, Crabbe, Goyle. – Disse Harry rapidamente sem olhar
Hydra nos olhos – Eu não quero falar sobre tudo que aconteceu naquela noite, mas
esses são comensais da morte, comensais que eu vi com meus olhos, comensais que
viram o retorno de Voldemort.
Hydra tremeu com a menção do seu sobrenome , tremeu mais ainda com o fato de
que Harry afirmara que ele havia voltado.

- Meu pai Harry? Ele estava lá? – Perguntou ela, ansiando por saber detalhes do que
aconteceu, mas parando as perguntas e as lágrimas que queriam descer – Ele voltou
Harry?

- Sim, voltou e seu pai estava lá, eu achei que você deveria saber disso.

As lágrimas corriam o rosto de Hydra, ela sentiu que algo aconteceu, sentiu que seu
pai sentira medo, ela colocou a mão no bolso da veste e viu que o medalhão que usava
ainda estava lá.

- Eu sinto muito Harry, por qualquer coisa que meu pai tenha feito, eu sinto muito por
tudo, de verdade... – Disse ela chorando de medo e vergonha, ela sabia que algo
estava acontecendo, sabia que era relacionado com aquele-que-não-deve-ser-
mencionado, mas não imaginava que algo tão horrível estaria acontecendo.

- Não foi sua culpa, mas cuidado, não sei como ficarão as coisas na sua casa agora e
você não merece estar perto desses monstros... – Disse o menino pedindo então para
se retirar, realmente não parecia querer falar mais nada além do necessário com Hydra
que tentou não levar para o pessoal, sabia que ele devia estar em grande choque.

Hydra ficou sentada na cadeira por mais um bom tempo, perdera com certeza a aula
de Transfiguração, então finalmente decidiu correr em direção as masmorras,
precisava falar com o Professor Snape.

Hydra esperou que a um grupo de alunos do quinto ano da Lufa-Lufa saísse da sala e
entrou sem bater. Snape estava arrumando sua mesa quando viu a bruxa entrar
correndo.

- Professor, eu preciso por favor da sua ajuda – Disse ela ainda com os olhos inchados
de chorar.

- O que houve? – Snape parecia preocupado de um jeito que Hydra nunca tinha visto
antes e nem achava que fosse possível de ele fazer.
Hydra se sentou e explicou sobre seu medalhão e o que tinha sentido na noite da
última tarefa.

- É verdade então Professor, ele voltou?

- Sim, Malfoy, ele voltou... – Disse Snape evitando os olhos de Hydra.

- E meu pai, ele é um comensal da morte, não é? – Dessa vez ela voltara a chorar.

- Hydra, eu não posso afirmar algo que não vi – Snape nunca tinha chamado Hydra
pelo primeiro nome ou falado com ela de forma calma como estava fazendo naquele
momento – Mas eu posso prometer que vou investigar sobre seu medalhão, deixe ele
comigo e eu irei dizer o que encontrar. Não chore, todos precisam ser fortes agora.

Hydra fez o impensado e abraçou o Professor que parecia não saber o que fazer
enquanto a bruxa o abraçava e chorava, finalmente ele conseguiu se livrar de Hydra e
ela pediu desculpas e se retirou correndo.

Hydra evitou falar com todos nos dias seguintes, ninguém conseguia arrancar uma
palavra ou um sorriso dela, nem mesmo Peter, Fred, Jorge, Gisele, Angelina ou
Gabrielle, as histórias sobre o labirinto corriam a escola.

Finalmente Hydra encontrou Draco no corredor e o chamou para conversar.

- Draco, vem comigo, vamos embora da nossa casa nesse verão, eu não me importo de
você ser menor de idade, você não pode ficar lá – Disse ela nervosa e o menino parecia
em grande choque sem entender o que acontecia.

- Do que você está falando Hydra? Eu não posso sair de casa!

- O papai, ele é um comensal da morte, eu sei que nós sempre soubemos disso, mas
ele voltou, aquele-que-não-deve-ser-nomeado voltou e o papai voltou com ele, você
não pode ficar naquela casa Draco – Hydra gritava com o irmão que ficou pálido e em
pânico.

- Hydra, eu não sei o que aquele maluco...


- Você sabe que é verdade Draco, você sabe... – De novo, como parecia acontecer
sempre agora, Hydra chorava.

- Não sei Hydra, me solta... – Dizia ele para a menina que apertava seus braços.

- Draco, eu vou embora, eu não quero te deixar com aquele homem, por favor...

- Aquele homem é nosso pai Hydra, ele não nos faria mal – Disse ele desesperado.

- Aquele homem já me fez mal, quantas vezes Draco, ele já me machucou, me


prendeu, como você ainda defende ele? – Gritou Hydra, um pequeno grupo de alunos
que passou pelo corredor se assustou com seu grito e saíram correndo.

- Hydra, calma...

- Calma? Calma, Draco? ELE É UM MONSTRO!

Hydra viu que Draco não iria a ouvir e virou as costas, se ele não quisesse ir com ela,
ela iria sozinha, mas não ficaria mais naquela casa.

Hydra voltou para a sala comunal e entrou em seu quarto, tinha um sentimento
horrível, tinha vontade de arrancar seu sobrenome, seu sangue, tudo de dentro de si,
chorava descontrolada e atirava coisas na parede do quarto vazio, até ouvir uma voz
saindo de seu malão.

- Hydra, você está ai? Hydra?

Hydra abriu o malão e viu Peter no espelho, o rapaz deu um passo para trás quando a
viu, Hydra sabia que sua aparência devia estar horrível.

- Pelo amor de Deus Hydra, o que houve? – Perguntou ele muito preocupado.

- Eu quero mudar tudo Peter, eu não quero ser uma Malfoy, por favor me ajuda –
Hydra chorou por muito tempo e finalmente contou tudo que Harry contou para ela.

- Hydra eu já sabia disso – Respondeu ele para sua surpresa.

- Como? – Perguntou Hydra espantada sentada em sua cama.


- A ordem Hydra, a que eu lhe contei que meus pais faziam parte, eu também faço
agora, tem muita coisa que eu não posso lhe contar e muitas que irei contar
pessoalmente...

- Peter, eu quero fazer parte também, eu quero lutar – Disse ela decidida.

- Você vai meu amor, mas você precisa seguir sua vida primeiro, eu sei que nada será
como antes, mas você precisa seguir em Hogwarts, você precisa tentar...

- Eu não vou voltar Peter, eu não posso...

- Você pode e deve, você, Fred, Jorge, Harry... Todos devem voltar, se preparar, você
vai poder lutar na hora certa, eu prometo.

- Peter, eu não quero ir para casa... – Chorava Hydra enquanto o rapaz parecia sem
saber o que fazer.

- Eu vou falar com meus pais, vamos tentar um jeito de te trazer direto para cá, ok?

- Tudo vai mudar, não vai? – Perguntou Hydra parando de chorar – Eu achava que a
vida era complicada antes... O que vai acontecer, Peter?

- Eu não sei Hydra, mas eu prometo que vamos passar por isso juntos, ok?

- Ok... – Hydra enxugava as últimas lágrimas

- Hydra, Fred e Jorge falaram comigo, você está evitando todo mundo nos últimos dias,
não faça isso, agora mais do que nunca você precisa dos seus amigos...

- Eu prometo que vou falar com eles.

Hydra terminou a conversa com Peter se sentindo um pouco melhor, decidiu se ajeitar
e descer para o almoço, chegando lá, pediu para todos os seus amigos encontrarem
com ela na sala comunal (inclusive Gisele e Gabrielle), então juntou todos em
poltronas próximas e começou a contar tudo, tudo que ouvira, tudo que seu pai fez,
tudo que sentia, chorou, riu, abraçou, no final sentia como se tivesse tirado um grande
peso de seu peito.
Lino, Jorge, Fred, Angelina, Alicia, Jorge, Jeniffer, Gabrielle e Gisele estavam todos ali
dispostos a serem seus amigos e a ajudarem, todos estavam com medo do que iria
acontecer, mas todos prometeram se manter fortes, mesmo Gabrielle e Gisele
disseram que mesmo longe iriam lutar sempre que necessário.

- Ele é um comensal de verdade? – Perguntou Lino.

- Sim, de verdade...

- Hydra, venha com a gente para a França, você vai ficar mais segura lá! – Pediu
Gabrielle.

- Não, meninas, eu não vou me esconder, eu vou lutar se for necessário – Afirmou
Hydra.

- Sete vezes, Hydra? – Perguntou Angelina, se referindo ao número de vezes que seu
pai a agredira.

- Sim...

- Você tem a nós, a todos nós, para sempre, saiba disso – Afirmou Fred.

- Sempre, Palerma – Disse Jorge.

No dia anterior a volta para casa, Hydra recebera com tristeza a notícia de que teria
que ficar em sua casa até seu aniversário de dezessete anos no mês seguinte, Peter
pediu para ela ser forte e aceitar para evitar um confronto maior ainda do que o
necessário e ela acabou aceitando, arrumar o malão era desconfortável e cruel, sua
vida iria mudar tanto...

Quando entrou no salão principal, notou imediatamente que não havia as decorações
de costume. O Salão Principal em geral era enfeitado com as cores da Casa vencedora
na Festa de Despedida. Esta noite, no entanto, havia panos pretos na parede ao fundo
onde ficava a mesa dos professores. Um luto com certeza em respeito a Cedrico, se
sentou entre Fred e Jorge na mesa da Grifinória, onde Gabrielle e Gisele também
estavam, ninguém sorria muito ou comemorava como geralmente acontecia nos finais
de semestre.
Os professores se encontravam na mesa, inclusive o Professor Moody que havia
sumido por um tempo, Karkaroff, o diretor da Durmstrang não estava mais ali, mas
Madame Maxine continuava e falava com Hagrid. Snape também estava lá, ela tentou
fazer com que ele a olhasse discretamente mas sem sucesso.

Prof. Dumbledore, se levantou à mesa dos professores. O Salão Principal, ficou muito
silencioso.

– O fim – disse Dumbledore olhando para todos – de mais um ano...

Ele fez uma pausa e seu olhar pousou na mesa da Lufa-Lufa. A mais silenciosa de todas
antes do diretor se levantar, e continuava a ser a mais triste e de rostos mais pálidos
do salão.

– Há muita coisa que eu gostaria de dizer a todos vocês esta noite mas, primeiro,
quero lembrar a perda de uma excelente pessoa, que deveria estar sentado aqui – ele
fez um gesto em direção à mesa da Lufa-Lufa –, festejando conosco. Eu gostaria que
todos os presentes, por favor, se levantassem e fizessem um brinde a Cedrico Diggory.

Todos obedeceram; os bancos se arrastaram e os alunos no salão se levantaram e


ergueram seus cálices e ouviu-se um eco uníssono, alto, grave e ressonante: Cedrico
Diggory.

– Cedrico era o aluno que exemplificava muitas das qualidades que distinguem a Casa
da Lufa-Lufa – continuou Dumbledore. – Era um amigo bom e leal, uma pessoa
aplicada, valorizava o jogo limpo. Sua morte nos afetou a todos, quer vocês o
conhecessem bem ou não. Portanto, creio que vocês têm o direito de saber
exatamente como aconteceu.

O coração de Hydra acelerou, iria Dumbledore mencionar o que seu pai fez? Iria ela
sabe de tudo ali agora?

– Cedrico Diggory foi morto por Lorde Voldemort.

Um murmúrio de pânico varreu o Salão Principal. As pessoas olharam para


Dumbledore incrédulas, horrorizadas. Ele parecia perfeitamente calmo ao observar os
presentes até pararem de murmurar. Hydra abaixou a cabeça e tentou conter as
lágrimas que novamente queriam vir.
– O ministro da Magia – continuou Dumbledore – não quer que eu lhes diga isto. É
possível que alguns pais se horrorizem com o que acabo de fazer, ou porque não
acreditam que Lorde Voldemort tenha ressurgido ou porque acham que eu não deva
lhes informar isto por serem demasiado jovens. Creio, no entanto, que a verdade é,
em geral, preferível às mentiras, e qualquer tentativa de fingir que Cedrico Diggory
morreu em consequência de um acidente ou de algum erro que cometeu é um insulto
à sua memória.

Atordoados e temerosos, cada rosto no salão voltava-se para Dumbledore agora...

– Há mais alguém que deve ser mencionado com relação à morte de Cedrico –
continuou Dumbledore. – Estou me referindo, naturalmente, a Harry Potter.

Um murmúrio atravessou o salão e algumas cabeças se viraram em direção ao garoto


antes de tornarem a fitar Dumbledore.

– Harry Potter conseguiu escapar de Lorde Voldemort. E arriscou a própria vida para
trazer o corpo de Cedrico de volta a Hogwarts. Ele demonstrou, sob todos os aspectos,
uma bravura que poucos bruxos jamais demonstraram diante de Lorde Voldemort e,
por isso, eu o homenageio.

Dumbledore virou-se solenemente para Harry e ergueu sua taça mais uma vez. Quase
todos os presentes no Salão Principal seguiram seu exemplo. E murmuraram seu
nome, conforme tinham murmurado o de Cedrico, e beberam em sua homenagem.
Mas, por uma brecha entre os que estavam de pé, Hydra viu que Draco, Crabbe, Goyle
e muitos alunos da Sonserina, num gesto de desafio, tinham permanecido sentados, os
cálices intocados em uma raiva subiu sua cabeça, por que Draco continuava fazendo
isso? Aplaudia então a atitude do pai? Dumbledore, não os viu e Hydra respirou fundo
para continuar a ouvir Dumbledore.

Quando todos se sentaram mais uma vez, o diretor continuou:

– O objetivo do Torneio Tribruxo era aprofundar e promover o entendimento no


mundo mágico. À luz do que aconteceu, o ressurgimento de Lorde Voldemort, esses
laços se tornam mais importantes do que nunca. O olhar do diretor foi de Madame
Maxime e Hagrid a Fleur Delacour e seus colegas de Beauxbatons, daí para Krum e os
alunos de Durmstrang à mesa da Sonserina.
– Cada convidado neste salão – disse o diretor e seu olhar se demorou nos alunos de
Durmstrang – será bem-vindo se algum dia quiser voltar para cá. Repito a todos, à luz
do ressurgimento de Lorde Voldemort, seremos tão fortes quanto formos unidos e tão
fracos quanto formos desunidos.

Hydra, Gisele e Gabrielle se olharam em uma promessa silenciosa de que sempre


estariam ali umas para as outras.

"O talento de Lorde Voldemort para disseminar a desarmonia e a inimizade é muito


grande. Só podemos combatê-lo mostrando uma ligação igualmente forte de amizade
e confiança. As diferenças de costumes e língua não significam nada se os nossos
objetivos forem os mesmos e os nossos corações forem receptivos.

"Creio – e nunca tive tanta esperança de estar enganado – que estamos diante de
tempos negros e difíceis. Alguns de vocês, neste salão, já sofreram diretamente nas
mãos de Lorde Voldemort. As famílias de muitos já foram despedaçadas. Há apenas
uma semana, um aluno foi levado do nosso meio.

"Lembrem-se de Cedrico Diggory. Lembrem-se, se chegar a hora de terem de escolher


entre o que é certo e o que é fácil, lembrem-se do que aconteceu com um rapaz que
era bom, generoso e corajoso, porque ele cruzou o caminho de Lorde Voldemort.
Lembrem-se de Cedrico Diggory."

Depois do triste jantar, Hydra foi até as masmorras atrás do Professor Snape, bateu em
sua porta e esse a deixou entrar.

- Eu já iria procurá-la, Senhorita Malfoy – Disse ele – Eu descobri do que se trata seu
medalhão.

- Eu acho que também sei Professor, é um elo, certo? Um elo com a minha família? –
Perguntou ela enquanto ele devolvia o medalhão para suas mãos.

- É mais do que isso, nesse medalhão já morou um feitiço antigo e maligno que foi
desfeito pelo próprio dono, mas um pedaço desse feitiço continua, um elo de fato, um
pequeno pedacinho da alma de cada membro da sua família de sangue direta, foi
desencadeado agora quando um membro da sua família direta sentiu mais medo do
que nunca, você irá sentir sempre que eles estiverem em perigo, com muito medo,
muita tristeza, etc, isso irá refletir em você, cabe a você decidir se quer sentir ou não –
Disse Snape frio e sério.

Hydra pensou em jogar naquele momento o medalhão na parede, mas o guardou em


suas vestes, decidida a não usá-lo mais, mas guardá-lo, agradeceu o professor pela
ajuda e seguiu para seu quarto.

No dia seguinte, mais lágrimas caíram na hora da despedida de Hydra, Gabrielle e


Gisele.

- Me prometa que irá escrever, irá me contar tudo em todos os detalhes do que
acontecer, me prometa – Disse Gabrielle chorando para Hydra.

- E se precisar de nós, me prometa... Nos prometa que irá nos contactar no mesmo
minuto... - Disse Gisele chorosa.

- Eu prometo, por favor nunca me abandonem, nunca precisei tanto de vocês –


Respondeu Hydra também chorando e as três se envolveram em um grande abraço.

Fleur tinha se despedido de Harry e agora se virara para Hydra antes de seguir
correndo para a carruagem da Beauxbatons para onde Gabrielle e Gisele já tinham ido.

- Eu estou feliz de ser sua amiga, Hydra, temos que nos ver em breve, sim? – Disse ela
à abraçando.

- Até breve Fleur – Respondeu Hydra retribuindo o abraço.

A viagem de volta no trem foi quieta, Hydra entrou em um vagão com Fred, Jorge,
Alicia, Angelina e Jeniffer, os gêmeos jogavam snaps explosivos com Angelina e Alicia e
Jeniffer descansava a cabeça nos ombros de Hydra

Eles ouviram a voz de Draco gritando com alguém, Hydra seguiu com Fred e Jorge para
ver do que se tratava.

– Você escolheu o lado perdedor, Potter! Eu lhe avisei! Eu lhe disse que devia escolher
com quem anda com mais cuidado, lembra? Quando nos encontramos no trem, no
primeiro dia de Hogwarts? Eu lhe disse para não andar com ralé desse tipo! – Ele
indicou Rony e Hermione com a cabeça. – Tarde demais agora, Potter! Eles serão os
primeiros a ir, agora que o Lorde das Trevas voltou! Sangues ruins e amantes de
trouxas primeiro! Bom, em segundo lugar, Diggory foi o pr...

Uma raiva subiu à cabeça de Hydra, na mesma hora que Fred e Jorge ela lançou um
feitiço contra os três, sem se importar em atingir o irmão, mas logo viu que eles não
foram os únicos a lançarem algo sobre eles.

Draco, Crabbe e Goyle estavam caídos inconscientes à porta da cabine onde estavam
Harry, Hermione e Rony.

– Achamos que devíamos dar uma olhada no que os três iam aprontar – disse Fred
factualmente, pisando em cima de Goyle, no que foi imitado por Jorge, que teve o
cuidado de pisar em Draco ao entrar com o irmão na cabine e foi seguido por Hydra
que não passou por cima dos meninos.

– Que efeito interessante! – exclamou Jorge, olhando para Crabbe. – Quem usou o
Feitiço Furnunculus?

– Eu – respondeu Harry.

– Que estranho! – disse Jorge descontraído. – Eu usei o das Pernas-Bambas, acho que
Hydra usou o gira corpo, certo? – Perguntou para Hydra e ela confirmou apesar de não
saber como ele sabia disso já que ela fez de forma silenciosa o feitiço - Parece que não
se deve misturar alguns feitiços. Brotaram pequenos tentáculos pela cara dele toda.
Bom, não vamos deixar os três aqui, eles não contribuem nada para a decoração.

Rony, Harry e Jorge chutaram, rolaram e empurraram os inconscientes Draco, Crabbe


e Goyle – cada um com a aparência pior, dada a mistura de feitiços com que tinham
sido atingidos – até o corredor, depois voltaram para a cabine e fecharam a porta.

- Você não se importa? – Perguntou Hermione para Hydra enquanto os meninos


chutavam seu irmão.

- Não hoje, ele está merecendo muito – Respondeu ela fria.

– Alguém topa um Snap Explosivo? – convidou Jorge puxando um baralho. Já estavam


no meio da quinta partida quando Harry perguntou aos gêmeos.
– Então vão nos contar? – dirigiu-se ele a Jorge. – Quem é que vocês estavam
chantageando?

– Ah – disse Jorge misteriosamente. – Aquilo disse ele olhando para Fred e Hydra.

– Vamos deixar pra lá – disse Fred, balançando a cabeça impaciente. – Não foi nada
importante. Pelo menos a essa altura.

– Desistimos – disse Jorge encolhendo os ombros.

Mas Harry, Rony e Hermione continuaram insistindo e finalmente Fred falou:

– Está bem, está bem, se vocês querem mesmo saber... era Ludo Bagman.

– Bagman? – disse Harry na mesma hora. – Vocês estão dizendo que ele estava
envolvido...

– Nãão – disse Jorge desanimado. – Nada a ver. Um debiloide. Não teria cérebro para
tanto.

– Então, quem?

Fred hesitou, depois disse:

– Vocês se lembram da aposta que fizemos com ele na Copa Mundial de Quadribol?
Que a Irlanda ia ganhar, mas Krum capturaria o pomo?

– Lembro – disseram Harry e Rony lentamente.

– Bom, o babaca nos pagou com aquele ouro de leprechaun que os mascotes da
Irlanda tinham jogado.

– E daí?

– E daí – disse Fred impaciente – desapareceu, não é? Na manhã seguinte, tinha


desaparecido!

– Mas... deve ter sido sem querer, não? – perguntou Hermione.


Jorge riu muito amargurado.

– É, foi o que nós pensamos a princípio. Achamos que se escrevêssemos a ele e


disséssemos que tinha havido um engano, ele nos pagaria direito. Mas nada feito. Nem
deu bola para a nossa carta. Continuamos tentando falar com ele sobre isso em
Hogwarts, mas estava sempre arranjando uma desculpa para se afastar de nós.

– No fim ele começou a engrossar – comentou Fred. – Disse que éramos muito jovens
para apostar em jogos de azar e que ele não ia nos dar nada.

– Então pedimos a ele que devolvesse o nosso dinheiro – disse Jorge amarrando a cara.

– Ele não teve a coragem de recusar! – exclamou Hermione.

– Acertou na primeira – disse Fred.

– Mas eram todas as economias de vocês! – disse Rony

– Me conta uma novidade – disse Jorge. – Claro que acabamos descobrindo o que
estava rolando. O pai de Lino Jordan também tinha tido um trabalho danado para
receber algum dinheiro de Bagman. O caso é que ele estava encalacrado até o pescoço
com os duendes. Tinha pedido emprestado a eles uma montanha de dinheiro. Uma
turma encurralou Bagman na floresta depois da Copa Mundial e tirou todo o ouro que
ele levava nos bolsos, mas ainda não era suficiente para cobrir as dívidas. Os duendes
o seguiram até Hogwarts para ficar de olho nele. O cara tinha perdido tudo no jogo.
Não tinha mais nem dois galeões para esfregar um no outro. E sabe como foi que o
idiota tentou pagar aos duendes?

– Como? – perguntou Harry. – Apostou em você companheiro – disse Fred. – Fez uma
aposta enorme que você ganharia o torneio. Apostou com os duendes.

– Então foi por isso que ele ficou tentando me ajudar a ganhar! – disse Harry. – Bom, e
eu ganhei, não é mesmo? Então ele já pode pagar o ouro de vocês!

– Não – respondeu Jorge, balançando a cabeça. – Os duendes jogaram sujo com ele.
Disseram que você ganhou com Diggory, e Bagman tinha apostado que você ganharia
sozinho. Então Bagman teve que se mandar para salvar a pele. E foi o que fez logo
depois da terceira tarefa.
- Eu também tive a mesma reação de vocês quando ouvi a história a primeira vez –
Comentou Hydra vendo a cara incrédula dos três amigos.

Jorge deu um profundo suspiro e começou a dar as cartas outra vez.

Hydra passou a viagem quase inteira no vagão com eles até voltar para onde estava.

- Como você vai explicar o rosto do Draco para os seus pais? – Perguntou Rony quando
ela ia saindo do vagão

- Que ele com certeza recebeu o que mereceu – Sorriu Hydra

Quando o trem parou, Hydra usou um feitiço para reanimar Draco que tinha uma
aparência horrível e falava algo que ela não conseguia entender, saiu correndo com
seus amigos idiotas (que Hydra também reanimou) para a cabine onde estavam as
suas coisas, Hydra se despediu de seus amigos (Fred e Jorge disseram que tinham uma
grande novidade que precisavam contar para ela depois) e seguiu com Jeniffer para a
plataforma.

Ela encontrou o Senhor e a Senhora Macmillan que deram os dois fortes abraços em
Hydra.

- Só mais um mês minha querida e você vai estar livre, seja forte, ok? – Disse a Senhora
Macmillan segurando seu rosto

- Hydra – Peter apareceu atrás dos pais. Hydra sentiu que ia chorar novamente
enquanto o abraçava forte.

- É tão bom te ver! – Disse ela

- Eu estarei na sua casa meia noite no dia do seu aniversário, ok? Assim que você fizer
dezessete anos eu estarei lá para te buscar – Disse ele a beijando

- Ok – Respondeu ela tentando não chorar.

- Hydra – Narcisa estava atrás de Hydra com o rosto sério e parecendo sem paciência,
comprimentou educadamente os Macmillans e se dirigiu a ela – Vamos embora agora,
seu irmão acabou de aparecer todo machucado e temos que ir.
Hydra olhou para a mãe imaginando o que ela sabia, até onde concordava com tudo
que havia acontecido, mas fez o que prometeu a Peter e foi com ela sem reclamar.

- Eu te vejo no dia nove meia noite – Disse ele baixinho quando ela se despediu, então
ela seguiu com Narcisa para fora da plataforma 9 3/4.

- Hydra, nós precisamos conversar – Disse Narcisa quando chegaram no carro. Draco
estava todo enrolado em um casaco e sem falar nada.

- Nós não precisamos não mãe, de fato nós nunca mais precisamos fazer nada...

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