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Panorama do Setor Elétrico

Brasileiro

Prof. Rodrigo Flora Calili, D.Sc.


calili@puc-rio.com

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


Programa do Curso
• Modelo Institucional
• O Novo modelo do Setor Elétrico Brasileiro
• O Sistema Interligado Nacional – SIN
• Autoprodutor de Energia
• O Problema do Planejamento Energético
• Lei 12.783/2013 (MP 579)
• Novas Perspectivas: “O novíssimo modelo do setor elétrico”
• Smart Grid
• Geração Distribuída

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


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Modelo Institucional

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


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Modelo Institucional

Fonte: CCEE 44
Modelo Institucional

CNPE – Conselho Nacional de Política Energética


Homologação da política energética, em articulação com as demais
políticas públicas.
MME – Ministério de Minas e Energia
Formulação e implementação de políticas para o setor energético -
diretrizes do CNPE.
CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
Monitoramento das condições de atendimento e recomendação de
ações preventivas para garantir a segurança do suprimento.
EPE – Empresa de Pesquisa Energética
Execução de estudos para definição da Matriz Energética e
planejamento da expansão do setor elétrico (geração e transmissão).

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Modelo Institucional

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica


Regulação e fiscalização do setor, estabelecendo tarifas para
consumidores finais, preservando a viabilidade econômica e financeira
dos Agentes.
ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico
Coordenação e controle da operação da geração e da transmissão no
SIN.
CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
Administração de contratos, liquidação do mercado de curto prazo,
Leilões de Energia.

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Eletrobrás

 Exercício da função de holding das empresas estatais federais;


 Administração de encargos e fundos setoriais;
 Comercialização da energia da ITAIPU Binacional;
 Comercialização da energia de fontes alternativas contempladas
pelo Programa de Incentivo de Fontes Alternativas – PROINFA;
 Responsável pelo Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétrica

77
Agentes

Consumidor
Transmissores Livre/Especial
Geradores
m

Distribuidor
Comercializador
m

Área de concessão

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8
O Novo modelo do Setor Elétrico
Brasileiro

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


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Princípios do Novo Modelo do Setor Elétrico

Lei 10.848/2004

O novo modelo proposto para o setor elétrico tem os seguintes objetivos:

 promover a modicidade tarifária, que é fator essencial para o atendimento da


função social da energia e que concorre para a melhoria da competitividade
da economia;
 garantir a segurança do suprimento de energia elétrica, condição básica para
o desenvolvimento econômico sustentável;
 assegurar a estabilidade do marco regulatório, com vistas à atratividade dos
investimentos na expansão do sistema; e
 promover a inserção social por meio do setor elétrico, em particular dos
programas de universalização de atendimento.

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Novo Modelo do Setor Elétrico

 Leilões de energia
A partir de 1º de janeiro de 2003, as concessionárias de serviço público de
distribuição somente poderão estabelecer contratos de compra de energia
elétrica por meio de licitação, na modalidade de leilão, ou por meio dos leilões
públicos previstos no art. 27 da Lei nº 10.438, de 2002.

 Ambiente de Contratação Livre (ACL)


Onde se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica, objeto de
Contratos Bilaterais livremente negociados, conforme Regras e Procedimentos de
Comercialização específicos, de acordo com o disposto no Decreto no 5.163, de
2004.

 Ambiente de Contratação Regulada (ACR)


Onde se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica entre
Agentes Vendedores e de Distribuição, precedidas de licitação.
11
11
Comercialização de Energia

 O Decreto nº 5.163, de julho de 2004 define as bases de comercialização de


energia elétrica e diversas medidas que contribuem para a modicidade
tarifária:
 Comercialização em dois ambientes:
 Ambiente de Contratação Regulada – ACR;
 Ambiente de Contratação Livre – ACL.
 Competição na expansão da geração através de licitações por menor
tarifa.
 Contratação conjunta por todos os distribuidores (100% do mercado),
através de leilões pelo critério de menor tarifa.

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12
Contratação em Dois Ambientes

Vendedores:
Geradores de Serviço Público, Produtores Independentes, Comercializadores e
Autoprodutores

Ambiente de Contratação Ambiente de Contratação


Regulada Livre
(ACR) (ACL)
Distribuidores Consumidores Livres
(Consumidores Cativos)) Consumidores Especiais
Vendedores

Contratos resultantes de Contratos livremente


leilões negociados

Fonte: CCEE 13
13
Comercialização de Energia

 O Decreto nº 5.163, de julho de 2004 define as bases de comercialização de


energia elétrica e diversas medidas que contribuem para a modicidade
tarifária:
 Comercialização em dois ambientes:
 Ambiente de Contratação Regulada – ACR;
 Ambiente de Contratação Livre – ACL.
 Competição na expansão da geração através de licitações por menor
tarifa.
 Contratação conjunta por todos os distribuidores (100% do mercado),
através de leilões pelo critério de menor tarifa.

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14
Relações Comerciais

Vendedor 1 Vendedor 2 Vendedor 3 ... Vendedor N Vendedor K

Comercializador

Distribuidor 1 Distribuidor 2 ... Distribuidor N Cons. Livre 1 Cons. Livre 2 Cons. Livre 3

*
Ambiente de Contratação Ambiente de Contratação Livre
Regulada (ACR) (ACL)
CCEAR CCEAL e CCEI

Contratos de Ajuste

Transações contratuais não permitidas


CCEAR: Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado
CCEAL: Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Livre
CCEI: Contrato de Comercialização de Energia Incentivada
15
15
Fonte: CCEE
Contratação - CCEAR
O GERADOR vencedor do Leilão celebra contratos com todas as
DISTRIBUIDORAS que declararam necessidade para o MME.
(Contratação em POOL na proporção das declarações)

10%

50%

25%

15%

16
Leilões de Compra para as Distribuidoras
Estruturantes
Prazo: 35 anos

Energia Nova
Prazo: 15 – 35 anos

Energia Existente
Prazo: 1 – 15 anos

Fontes Alternativas
Prazo: 10 – 30 anos

ACR
A-7 A-6 A-5 A-4 A-3 A-2 A-1 A

Ano de início
de suprimento

17
17
Fonte: Adaptado de EPE
Principais condicionantes técnicas
para participação dos leilões
• Para um empreendimento participar nos leilões de compra de energia
elétrica, deve ser demonstrada sua viabilidade técnica e ambiental.

• Para tanto, diversos requisitos devem ser atendidos, tais como:

Fonte: EPE, Elaborado por Tolmasquim 18


Projetos habilitados a participar dos leilões

2011 2012 2013

44% 29% 37%


56% 71% 63%

2014 2015

30% 38%

70% 63%
* Número de Projetos

Fonte: EPE, Elaborado por Tolmasquim 19


Leilões de Energia

R$/MWh Leilões A-4/2019 e A-6/2018


250

198,11 193,99 195


200 179,87 175,59 179,98
151,68
150

100 90,45
79,98
67,48
50

0
UTE PCH EOL SOL UHE PCH CGH EOL BIO GNL
A-4 A-6

Fonte: ANEEL e CCEE 20


20
Consumidores Livres
Estes consumidores podem comprar energia de qualquer agente de geração ou
comercialização de energia.

Os critérios de migração para o mercado livre foram estabelecidos em 1998,


pela Lei nº 9.648, criando a figura dos consumidores livres.
• Consumidores com carga ≥ 3 MW, tensão ≥ 69 kV até 27/05/1998
• Consumidores com carga ≥ 3 MW, qualquer tensão, depois de
27/05/1998
• Consumidores (especiais) com demanda > 500 kW, qualquer tensão,
mas deve comprar energia advinda de fontes incentivadas (PCH’s,
Biomassa, Fotovoltaica, Eólica e Cogeração Qualificada).

A Portaria 514 de 27/12/2018, estabelece que:


• A partir de 1º/07/2019, os consumidores com carga igual ou superior a
2.500 kW serão livres;
• A partir de 1º/01/2020, serão livres os consumidores com carga igual ou
superior a 2.000 kW.
21
21
Consumidores Livres

Fonte: CCEE, 2021 22


22
Consumidores Livres

Distribuição do consumo por ramo de atividade no ACL

Fonte: CCEE 23
23
Consumidores Livres

Duração dos contratos no ACL

Fonte: CCEE, 2018 24


24
O Sistema Interligado Nacional - SIN

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


25
Sistema Interligado Nacional

Sistema Interligado
Predominante Hidrelétrico
Sistemas Isolados Grandes Reservatórios
Grandes Interligações
1% do mercado

Sistemas Isolados
Amazônia 12 Grandes Bacias
± 250 localidades isoladas Hidrográficas
Predominantemente Termelétrico

Sistema Interligado
99% do mercado

26
26
Distância entre geração e centros
de consumo

27
27
Longas Linhas de Transmissão

28
Fonte: PDE 2029, EPE 28
Evolução da Capacidade Instalada

Potência Potência
Origem Quantidade %
Outorgada (kW) Fiscalizada (kW)
Fóssil 2.482 29.281.055 27.463.211 16,8
Biomassa 572 15.146.162 15.029.305 8,7
Nuclear 2 1.990.000 1.990.000 1,1
Hídrica 1.370 109.116.017 109.101.125 62,8
Eólica 637 15.590.254 15.505.423 9,0
Solar 3.887 2.732.937 2.724.937 1,6
Undi-Elétrica 1 50 50 0,0
Total 8.951 173.856.475 171.814.051 100,0

Fonte: ANEEL, Banco de Informações de Geração. Acesso em: 15/04/2020. 29


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O futuro da energia elétrica no Brasil...

Capacidade Instalada – 2020 vs 2030

Fonte: PDE 2030, EPE


30
O futuro da energia elétrica no Brasil...

Expansão Indicativa

Fonte: PDE 2029, EPE


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Carga Projetada MWmed (PDE 2027)

Fonte: PDE 2029, EPE 32


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Característica da Produção Hidráulica

Rua Marquês de São Vicente, 225


Gávea - 22451-900 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: 21 2138-9201- Fax: 21 2138-9274
www.puc-rio.br/iag

33
33
Fonte: ONS
Característica da Produção Hidráulica

Rua Marquês de São Vicente, 225


Gávea - 22451-900 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: 21 2138-9201- Fax: 21 2138-9274
www.puc-rio.br/iag

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34
Fonte: ONS
Dependência de Chuvas

Rua Marquês de São Vicente, 225


Gávea - 22451-900 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: 21 2138-9201- Fax: 21 2138-9274
www.puc-rio.br/iag

Fonte: ONS 35
35
Características dos Submercados
ENA SE/CO
70.000

60.000

50.000 Diferença entre o


máximo e o mínimo:
3.1 para 1

40.000 Média Anual


(Mwmed)
33.911

30.000

20.000

59% da afluência
anual

10.000

54.983 58.193 53.851 40.540 29.452 25.034 20.895 17.586 17.632 21.067 26.947 40.757
-
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: ONS 36
36
Características dos Submercados
ENA NE
16.000

14.000

Diferença entre o
máximo e o mínimo:
4.8 para 1
12.000

10.000 Média Anual


(Mwmed)

8.269

8.000

6.000

4.000

2.000

14.302 15.130 15.184 12.201 7.455 4.893 4.035 3.520 3.149 3.451 5.629 10.282
-
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: ONS 37
37
Características dos Submercados
ENA N
14.000

12.000 Diferença entre o


máximo e o mínimo:
10.1 para 1

10.000

8.000 Média Anual


(Mwmed)

6.060

6.000

4.000

2.000

8.310 11.264 13.220 13.229 8.660 4.094 2.362 1.665 1.315 1.468 2.406 4.723
-
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: ONS 38
38
Características dos Submercados
ENA S
14.000

12.000

Diferença entre o
máximo e o mínimo:
Média Anual
2.1 para 1
10.000 (Mwmed)
8.067

8.000

6.000

4.000

2.000

6.261 7.225 6.096 5.645 7.481 8.625 9.434 8.772 10.466 11.862 8.419 6.514
-
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: ONS 39
39
Energia Armazenada

Energia Armazenada SE/CO (%)


70

60

50

40

30

20

10

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2016 2015 2014 2001

Fonte: ONS 40
40
Autoprodutor de Energia

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


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Autoprodutor
O Decreto 2.003 de 10 de setembro de 1996 define:
• Autoprodutor (consumo próprio): pessoa física ou jurídica ou
empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou
autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso
exclusivo;
• Produtor Independente: pessoa jurídica ou empresas reunidas
em consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir
energia elétrica destinada ao comércio de toda ou parte da energia
produzida, por sua conta e risco.

Na resolução, tem-se a definição de potência para usinas hidráulica e


térmica.

A planta de geração pode estar no mesmo local de consumo (dentro da


cerca) ou afastada do local de consumo. Quando o consumo é no
mesmo local da geração, há menor incidência de encargos.

42
42
Autoprodutor

• Autoprodução “dentro da cerca” está sujeita a benefícios adicionais.

Benefícios Benefícios extras


(“dentro da cerca”)
CDE ESS Transmissão
PROINFA Perdas de transmissão
ESS Energia TUST
EER TUSD
P&D

• A economia estimada que um autoprodutor tem em relação aos benefícios


dados pela legislação brasileira gira em torno de 50 a 60 R$/MWh (dentro da
cerca).

43
43
Aspectos regulatórios

CDE – Conta de Desenvolvimento Energético


- Encargo originalmente destinado a subsidiar a expansão do sistema nas áreas
sem assistência (universalização), promover o desenvolvimento energético
nos estados e a competitividade de fontes de energia como usinas
eólicas, pequenas centrais hidrelétricas, gás natural e carvão.
- Atribuições ampliadas com a MP 579, incluindo: subsídios que antes
eram pagos pelos consumidores na tarifa de energia; custeio da antiga
CCC; obrigações da RGR, que custeia as indenizações de concessões
renovadas.
- Pago por todos os consumidores por meio da tarifa, exceto autoprodutores.

Legislação:
- Lei 10.438/2002.
- Resolução Homologatória ANEEL 1.022/2010.
- Lei 12.783/2013 (MP 579).

44
44
Aspectos regulatórios

PROINFA

- Programa federal de garantia de geração para fontes alternativas (eólica,


biomassa e PCH’s).
- Os custos da energia são repassados diretamente aos consumidores finais,
pelas empresas distribuidoras de energia, exceto autoprodutores.

Legislação:
- Lei 10.438/2002.
- Anexo Resolução Homologatória ANEEL nº 930 / 2010.

45
45
Aspectos regulatórios

ESS – Encargo de serviços do sistema (energia)

- Os Encargos de Serviços do Sistema (ESS) consistem basicamente num valor


correspondente à média dos custos incorridos na manutenção da
confiabilidade e da estabilidade do sistema para o atendimento do consumo
em cada Submercado.
- Este valor é pago por todos os Agentes, exceto autoprodutores.

Legislação:
- Resolução ANEEL 173/2005.
- Resolução ANEEL 290/2000.

46
46
Aspectos regulatórios

EER – Encargo de Energia de Reserva

- Encargo regulamentar para levantar fundos para contratar energia de usinas


que servirão como reserva para o sistema, aumentando a confiabilidade do
fornecimento de energia.
- Leilões de reserva são organizados pela CCEE e destina-se a contratação de
fontes alternativas de energia.

Legislação:
- Decreto 6.358/2008.

47
47
Aspectos regulatórios

P&D – Pesquisa e Desenvolvimento

- Encargo cobrado com base em percentual da receita de geradores a serem


destinados à pesquisa e desenvolvimento de programas definidos para
melhorar a tecnologia de geração por meio de eficiência e menores custos,
beneficiando usuários finais.
- Os distribuidores de energia também são obrigados a destinar parte da receita
operacional líquida (ROL) para P&D.

Legislação:
Resolução ANEEL 316/2008.

48
48
Aspectos regulatórios

ESS – Encargo de serviços do sistema (transmissão)

- Cobrado para atender custo da usina térmica adicional expedição devido à


restrições de transmissão (elétrica).
- O despacho é centralizado e coordenado pelo ONS.

Legislação:
- Resolução ANEEL 173/2005.
- Resolução ANEEL 290/2000.

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49
Aspectos regulatórios

Perdas de transmissão

- As perdas de energia na rede de transmissão são compartilhadas por agentes


de geração e de consumo em uma base de 50%.
- A CCEE é responsável por incorporar as perdas aos dados de medição no
sistema de compensação mensal.

Legislação:
- Resolução ANEEL 290/2000.
- Módulo 7 do PRODIST.

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50
Aspectos regulatórios

TUST – Tarifa de uso do sistema de transmissão

Tarifa de uso do sistema de transmissão, pago pelos consumidores e geradores


com base na localização de conexão.

Legislação:
- Resolução ANEEL 666/2015.

51
51
Aspectos regulatórios

TUSD – Tarifa de uso do sistema de distribuição

Tarifa de uso do sistema de distribuição, pago pelos consumidores e geradores


com base na localização de conexão.

Legislação:
- Resolução ANEEL 666/2015.
-Resolução ANEEL 414/2010.
- Resolução ANEEL 714/2016.

52
52
Aspectos regulatórios

TFSEE - Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica

Taxa paga à ANEEL com a finalidade de constituir a receita da Agência para


cobertura das suas despesas administrativas e operacionais. Paga inclusive por
autoprodutores.

Taxa de Agente

Taxa paga à CCEE com a finalidade de constituir a receita desta instituição para
cobertura das suas despesas administrativas e operacionais. Paga inclusive por
autoprodutores.

53
53
O Problema do Planejamento
Energético

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


54
O Planejamento Energético
Pode-se dividir o planejamento Energético em dois tipos:

1 - Planejamento Energético da Operação


• Este é um planejamento de médio, curto ou curtíssimo prazo
(máximo 5 anos; mínimo 30 minutos);
• A partir do valor esperado da carga do sistema, define-se as
usinas que devem ser despachadas no SIN, bem como as
linhas de transmissão que irão operar;
• Este planejamento é de responsabilidade do ONS.

2 - Planejamento Energético da Expansão


• Este é um planejamento de médio e longo prazo (mínimo de
10 anos e no máximo 25 anos);
• Define-se as usinas e linhas de transmissão que devem ser
construídas para se atender a demanda esperada.
• São realizados os leilões regulados para as usinas de geração
de energia e para as linhas de transmissão.
• A EPE é responsável por este planejamento.
55
55
O problema do planejamento energético
Problema de Planejamento Energético:
ACOPLAMENTO TEMPORAL

Conseqüências
Decisão Afluências
futuras

OK
Usar
água
déficit

Economizar vertimento
água

OK

56
56
O problema do planejamento energético

Comportamento complementar da geração térmica e hidráulica


14.000 54.000

12.000 52.000

10.000 50.000

8.000 48.000
MWméd

MWméd
6.000 46.000

4.000 44.000
Geração Térmica
Geração Hidráulica
2.000 42.000

0 40.000
Jan/10 Fev/10 Mar/10 Abr/10 Mai/10 Jun/10 Jul/10 Ago/10 Set/10 Out/10 Nov/10 Dez/10

57
57
O problema do planejamento energético

Comportamento complementar da geração térmica e hidráulica ?

MWmed Geração de energia no subsistema NE

58
58
Fonte: ONS
O problema do planejamento energético

Objetivo dos Modelos de Planejamento:


Custo Total = Custo Futuro + Custo Imediato

$ Atende à carga com água


Volume ao final do mês: ZERO
Custo imediato: BAIXO
Custo futuro: ALTO
Custo Imediato
Atende à carga com G.Térmica
Volume ao final do mês: 100%
Custo imediato: ALTO
Custo futuro: BAIXO

Custo Futuro
volume a 0% volume a 100%

Volume meta (mínimo custo total)

59
59
O problema do planejamento energético
Cadeia de modelos em vigor no SEB

60
60
Despacho por Ordem de Mérito

Carga Geração

L2
L1 40 P = 120,00 R$/MWh
L3 G1
30 L4
L3 10 50
20
10 P = 120,00 R$/MWh 120,00

Carga
L2
40

G3
20
P = 70,00 R$/MWh 70,00

L4
20

G1 P = 50,00 R$/MWh
50 G2 G2
120,00 40 40
50,00 G3 G4 L1 50,00
20 15 30
70,00 450,00

Geração
61
Fonte: ONS
Despacho por Ordem de Mérito

Carga não atendida


Carga Geração
L2 Custo do Déficit
L1 40
30 L4
P= 450,00 R$/MWh
L3 20 G4
10 15
L2 450,00
40
Carga

P= 120,00 R$/MWh
G1
50
L4 120,00
20

G1 P= 120,00 R$/MWh
50 G2
120,00 40
50,00 G3 L1 G3
G4
20 30 20
15
70,00 70,00
450,00

Geração
62
Fonte: ONS
Curva de Aversão ao Risco - CAR

A natureza estocástica das vazões afluentes faz com que no processo de


planejamento da operação se incorra no risco de não atendimento à carga.

Após o racionamento de 2001, estudos evidenciaram a capacidade dos modelos


na época de não antecipar as condições desfavoráveis. Assim, em jan/2001, a
Resolução 109 da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE)
estabeleceu a adoção de mecanismos que representasse a aversão ao
racionamento por meio de curvas bianuais de segurança do armazenamento.

A CAR é utilizada como o mecanismo de aversão ao risco, sendo acionada quando


o armazenamento em determinado sistema chega a certos limites.

Assim, quando os níveis de armazenamento “esbarram” na CAR, o ONS tem a


autonomia de despachar as usinas termoelétricas fora da ordem de mérito,
sendo os custos pagos por ESS.

Hoje também se utiliza o CVaR, como métrica de risco.


63
O problema do planejamento energético
O modelo NEWAVE

64
64
O problema do planejamento energético
O modelo DECOMP

Principais entradas
DESSEM
1º semana (CMO)
Função de Custo
Futuro (NEWAVE)
2º semana
1º mês PLD

D E C O M P
Parque gerador 
individualizado
 última
Cargas, vazões, semana
11º mês
disponibilidades e
limites de
transmissão entre
subsistemas 12º mês

CMO ( Custo Médio de Operação)


PLD (Preço de Liquidação das Diferenças)

65
65
Fonte: ONS
PLD - Preço de Liquidação das Diferenças

PMO – Programa Mensal Atividades de despacho de usinas


Processa os Modelos NEWAVE
de Operação e DECOMP
Coleta de dados
ONS

Consistência e
Informações
troca de
para preço
informações

CCEE Contabilização
Retira restrições elétricas internas Cálculo do
aos submercados preço spot Disponibilizar
Retira geração de usina em teste informações
Limita PLD (piso e teto)

66
Fonte: ONS
PLD - Preço de Liquidação das Diferenças

• O Cálculo do PLD é feito por submercados:


 Sudeste/Centro-oeste;
 Sul
 Nordeste;
 Norte.

• Até 2020, o cálculo do PLD obedecia a patamares de carga (leve,


médio e pesado), distribuídos de acordo com as horas do dia, uma
semana a frente (week-ahead).

A partir de 2021, o cálculo passa a ser horário, com a incorporação do


DESSEM à cadeia de modelos de preço, sendo calculado um dia a
frente (day-ahead).

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0
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mai/03
jul/03
set/03
nov/03
jan/04
mar/04
mai/04
jul/04
set/04
nov/04
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/05
nov/05
jan/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/06
nov/06
jan/07
mar/07
mai/07
jul/07
set/07
nov/07
jan/08
mar/08
mai/08
jul/08
set/08
nov/08
PLD verificado

jan/09
mar/09
mai/09
jul/09
set/09
nov/09
jan/10
mar/10
mai/10
jul/10
set/10

Fonte: CCEE
nov/10
jan/11
mar/11
mai/11
jul/11
set/11
nov/11
jan/12
mar/12
mai/12
jul/12
PLD teto

set/12
nov/12
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
PLD médio mensal do subsistema SE/CO

jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
PLD Histórico Mensal (R$/MWmed)

jan/15
mar/15
mai/15
jul/15
set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
jul/16
set/16
nov/16
jan/17
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68
Preço no mercado livre

• O PLD é o parâmetro de preço do mercado livre.

• Há uma plataformas (“bolsa”) de negociação neste mercado:

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69
Lei 12.783/2013 (MP 579)

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


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Lei 12.783/2013 (MP 579/2012)

Cenário das concessões existentes

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Lei 12.783/2013 (MP 579/2012)

Mecanismos
 captura do benefício da amortização/depreciação dos investimentos
em G – T – D

 redução/extinção de encargos setoriais (RGR – CCC – CDE)

 indireto: redução de tributos (ICMS – PIS/PASEP – COFINS)

 redefinição da destinação da CDE

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Lei 12.783/2013 (MP 579/2012)

Objetivos:
 redução do custo da energia elétrica (???)

 modicidade tarifária (???)

 garantia do suprimento (prorrogação de concessões)

 competitividade do setor produtivo (Não houve isonomia entre o


ACL e ACR)

 aumento do nível de emprego e renda (???)

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73
Lei 12.783/2013 (MP 579/2012)

Pressupostos da implantação:
 gradual e sem sobressaltos

 respeito aos contratos existentes (???)

 minimizar custos de transação

 evitar pressões tarifárias adicionais (???)

 criar ambiente propício à retomada de investimentos (???)

 assegurar a normalidade do processo

 garantir a segurança jurídica (várias associações entraram na justiça


contra o governo)

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Principais alterações resultantes
da Lei 12.783
GERAÇÃO
• Novo modelo de geração: apropriação pelo consumidor da renda
hidráulica
• Eventual ativo não amortizado antecipadamente indenizado
• Gerador remunerado por tarifa, que cobre os custos de
operação/manutenção e encargos: espécie de geração por
disponibilidade.

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Principais alterações resultantes
da Lei 12.783
GERAÇÃO
• Novo investimento autorizado pela ANEEL ou pelo Poder Concedente.
• Alocação da garantia física das usinas em cotas para as distribuidoras.
• Riscos hidrológicos assumidos pelas distribuidoras, com repasse para as
tarifas de ônus e bônus.
• Instituição do Leilão A-0 para suprimento de energia no mesmo ano do
certame.

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Principais alterações resultantes
da Lei 12.783
TRANSMISSÃO
• Sem grandes alterações na sistemática atual de receita anual permitida
(RAP) e remuneração por tarifa.
• Redefinição de padrões de qualidade.
• A RAP contempla essencialmente os custos de operação e manutenção.

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77
Principais alterações resultantes
da Lei 12.783
DISTRIBUIÇÃO
• A Medida Provisória não aponta grandes alterações na sistemática atual.
• O decreto regulamentador não dispôs acerca da distribuição no primeiro
momento
• Redefinição de padrões de qualidade.

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78
Questões sobre o setor elétrico

Descontração das Distribuidoras

• Em dezembro de 2012, venceram 8.600 MW médios em contratos


das distribuidoras.
• Como elas têm obrigação regulatória de estar 100% contratadas, era vital (e
está na lei) que fosse realizado até o fim de 2012 um leilão de
recontratação (A-1).
• No entanto, isto não ocorreu!!
• Como consequência, as distribuidoras ficaram descontratadas em 2.000
MW médios em 2013.
• Parte dos contratos que venceram foram substituídos por geração
hidrelétrica do grupo Eletrobrás (MP 579).

Fonte: PSR 79
79
Novas Perspectivas:
“O novíssimo modelo do setor elétrico”

Panorama do Setor Elétrico Brasileiro


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Geração distribuída e Carro elétrico

• A Nota Técnica Nº 5/2017/AEREG/SE mostra a disposição do MME em


destravar o mercado de energia brasileiro, valorizando o poder de escolha
dos consumidores.
• Assim, o Brasil, enfim, ficará livre da quantidade de normas que vem
prejudicando as atividades do sistema elétrico há vários anos.

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81
Consumidores Livres

Abertura escalonada do mercado:

• 2020: 2.000 kW;


• 2021: 1.000 kW;
• 2022: 500 kW;
• 2024: 400 kW;
• 2028: 75 kW.

Há a proposta de definição de uma clara fronteira entre os


mercados atacadista e varejista, evitando uma proliferação de agentes
diretamente representados na Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica – CCEE.

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82
Autoprodutor

O autoprodutor deverá ser caracterizado como uma espécie de consumidor


livre.

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83
Distribuidoras

A distribuidoras poderão comprar energia de forma mais flexível,


contribuindo para minimizar o atual problema da sobrecontratação de
energia.

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84
Fontes Incentivadas

Ao invés de dar descontos nas tarifas de uso incidentes na produção e no


consumo, quando da geração de fontes incentivadas (limpas), prevê-se o
pagamento de um prêmio de incentivo associado à energia fisicamente
produzida por cada empreendimento incentivado.

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85
Smart Grid

Eficiência Energética
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Smart Grid - O conceito...

É uma rede elétrica com elevada integração de tecnologia de


Informação, telecomunicações, sensoriamento/medição e
automação, de forma a aumentar consideravelmente sua
capacidade de atender cenários com fontes intermitentes e
distribuídas de energia, altos requisitos de confiabilidade, baixo
impacto no meio ambiente e compatível com novos mercados de
energia.

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Smart Grid - O futuro...

• Automação do sistema elétrico • Mudanças no sistema tarifário


• Self-healing • Gerenciamento pelo lado da
demanda (GLD)
• Satisfação do cliente
• Redução de perdas
• Smart metering
• Eficiência Energética
• Geração distribuída
• Redução de emissão
• Carro elétrico
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Geração Distribuída

Eficiência Energética
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Collaborative Smart Grid

Internet of Energy = Smart Grid + Internet of Things


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Conceito de Geração Distribuída

Geração de energia elétrica realizada junto ou próxima dos


consumidores, independente da potência, tecnologia e fonte de
energia.
Tipos de GD:
• Cogeradores;
• Geradores que usam como fonte de energia resíduos combustíveis
de processos;
• Geradores de emergência;
• Geradores para operação no horário de ponta;
• Painéis fotovoltaicos;
• Geradores eólicos de pequeno ou médio porte;
• Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

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91
Vantagens da Geração Distribuída

• Redução das perdas de potência ativa e reativa nas linhas de


transmissão;
• Redução dos riscos de instabilidade de tensão;
• Aumento na confiabilidade do suprimento;
• Diversificação da matriz energética, devido à flexibilidade
tecnológica, evitando a dependência exclusiva de apenas alguns
tipos de fontes de energia;
• Possibilidade de suprir cargas onde o potencial de expansão dos
sistemas de transmissão e distribuição é limitado (projeto luz para
todos, por exemplo);

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92
Vantagens da Geração Distribuída

• Redução de custos com transporte de energia;


• Redução da necessidade de construção de novas usinas de grande
porte;
• Desenvolvimento regional;
• Continuidade em caso de interrupção de energia da distribuidora;
• Melhoria na qualidade do fornecimento de eletricidade em regiões
atendidas de forma deficiente;
• Minimização de impactos ao meio ambiente.

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93
Desvantagens da Geração Distribuída

• Aumento da complexidade nos procedimentos, na realização de


ações de manutenção e nas medidas de segurança a serem
tomadas;
• Transmissoras e distribuidoras necessitam de se equipar com
ferramentas de análise para avaliação do impacto das fontes de GD,
ligadas à rede, quer sob o ponto de vista de confiabilidade de
fornecimento, quer estabilidade de operação e qualidade da tensão;
• Menor previsibilidade do despacho hidrotérmico pelo ONS.

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94
Atuação da GD no mercado
A GD pode participar do mercado atuando da seguinte maneira:
• No ACL, comercializando diretamente a energia com as
comercializadoras ou clientes livres (Decretos 2.003/1996 e
5.163/2004);
• Vender energia diretamente as distribuidoras. As distribuidoras
podem comprar energia de GD (potência instalada de até 30 MW),
limitadas a 10% do seu mercado, sendo a compra realizada através
chamadas públicas (Decreto 5.163/2004);
• Seguindo a legislação do autoprodutor de energia, que rege o
Decreto 2.003/1996;
• Nas distribuidoras energia através da micro e mini geração
distribuída (Resolução 482/2012 e Resolução 687/2015).

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95
Geração Distribuída de pequeno e médio
porte

Resolução Normativa 482/2012


• Microgeração: até 100 kW
• Minigeração: acima de 100 kW a 1 MW
• Sistema de compensação de energia
Resolução Normativa 687/2015
• Microgeração: até 75 kW
• Minigeração: acima de 75 kW até 3 MW
(para PCHs) e até 5MW (demais fontes).
• Estabelece a geração compartilhada
Resolução Normativa 786/2017
• Microgeração: até 75 kW
• Minigeração: acima de 75 kW até 5 MW

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96
Geração Distribuída de pequeno e médio
porte

Fontes
• Painéis solares fotovoltaicos
• Micro-aerogeradores
• Geração combinada de calor/frio e
energia elétrica (co-geração)
• Pequenas Centrais Hidrelétricas

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97
Resolução 482/2012 - Natureza legal

• Compensação: fatura a diferença do que se consumiu e o


que se injeta na rede elétrica;
• A compensação deve ser feita em 60 meses (alterado pela
Resolução 687/2015);
• Paga-se uso da rede de distribuição para a distribuidora,
pois a rede deve ficar disponível para o cliente;
• Pede-se um parecer de acesso para minigeração;
• A responsabilidade de pagamento do medidor é da
distribuidora para microgeração (aproximadamente R$
400,00);
• Capacidade instalada da mini/microgeração limitada à
carga média do cliente (consumida ou declarada);
• Deve definir o percentual da energia excedente que será
destinado a cada unidade consumidora participante do
sistema de compensação.
98
98
Resolução 687/2015 - Natureza legal

Geração compartilhada - Caracterizada pela reunião de consumidores,


dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou
cooperativa (as unidades consumidoras podem estar em locais diferentes.).
Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras -
Caracterizado pela utilização da energia elétrica de forma independente, no qual
cada fração com uso individualizado constitua uma unidade consumidora e as
instalações para atendimento das áreas de uso comum constituam uma unidade
consumidora distinta, de responsabilidade do condomínio, da administração ou
do proprietário do empreendimento.
Autoconsumo remoto - Caracterizado por unidades consumidoras de
titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica, incluídas matriz e filial.

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99
O principal modelo de negócio
Cooperativas de Energia

• Grupo formado por pelo menos 20 pessoas (CPF ou CNPJ).


• A Resolução 482/2012 permite que cooperados entrem ou alterem sua
participação; a distribuidora tem até 60 dias para implementar a nova partição
das cotas da cooperativa.
• Formalizar junto a Receita Federal, Junta Comercial e Registro na OCB
(Organização das Cooperativas do Brasil).

Guia de constituição de cooperativas de


geração distribuída fotovoltaica.
Link de acesso:
https://www.somoscooperativismo.coop.br/publicacao/33/g
uia-de-constituicao-de-cooperativas-de-geracao-dis

100
100
Etapas do acesso ao sistema de
distribuição (Rev. 6 Mod. 3 PRODIST)

15 7 5 7 34
dias* dias dias dias dias
*caso seja mini GD o prazo é de 30 dias

Solicitação de vistoria: até 120 dias


(por parte do acessante após a emissão do parecer de acesso) 101
101
Resolução 482/2012
Aspectos regulatórios

REN 517/2012 (ANEEL) – Sistema de Compensação

• Ordem da compensação:

1º. mesmo posto tarifário;


2º. outro posto tarifário;
3º. mesmo CPF/CNPJ.

• O cliente pode optar pela tarifa branca. Nesta caso, o faturamento se


dá através do cálculo da tarifa em cada posto tarifário.

OBS: Não compensa optar por tarifa branca para quem tem sistema
fotovoltaico.

102
102
Resolução 482/2012 – Discussões

• Apesar de postergar o investimento na rede de distribuição, há um


aumento de custo de O&M para a distribuidora de energia.

• Proposta do MME de promover a desoneração do PIS e Cofins que


incide sobre Geração Distribuída (abr/2015).

• O Conselho Nacional de Política Fazendária tem feito reuniões


com autoridades estaduais, com o objetivo de discutir formas de
redução do ICMS que incide na geração distribuída (abr/2015). A
maioria dos estados já aderiu.

103
103
Resolução 482/2012 – Discussões

Mudança da Resolução 482/2012:

• Consulta Pública nº 10/2018: revisão das regras do Sistema de


Compensação de Energia Elétrica e do acesso da micro e
minigeração distribuída.
• Nota Técnica nº 108/2018: Análise de Impacto Regulatório (AIR).
• Audiência Pública nº 001/2019: revisão das regras do Sistema de
Compensação de Energia Elétrica e do acesso da micro e
minigeração distribuída.
• Consulta Pública nº 025/2019: obter subsídios e informações
adicionais referentes às regras aplicáveis à micro e minigeração
distribuída.

Vídeo do lançamento da AP 001/2019:


http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao-2/-
/asset_publisher/zXQREz8EVlZ6/content/confira-video-sobre-analise-da-revisao-da-norma-de-
geracao-distribuida/656877?inheritRedirect=false
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104
O medidor inteligente

Características Possíveis
• Maior acurácia;
• Comunicação bidirecional;
• Aquisição de várias informações além do kWh;
• Medição em quatro quadrantes (EP, EQ);
• Menos suscetível a fraude;
• Mede postos tarifários;
• Ações remotas de corte e desligamento;
• Calcula índices de qualidade (DIC, FIC, etc.)
• Display remoto para comunicação com
consumidores.

Resolução Normativa 502/2012 (ANEEL)


• Regulamenta sistemas de medição de energia
elétrica de unidades consumidoras do Grupo B.

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105
Vale a pena investir em Energia Fotovoltaica?

Potência Instalada Energia Gerada

1 kWp 180 kWh/mês

Investimento Payback

R$ 5.000,00 4 a 5 anos*

*Considerou uma tarifa de R$ 0,80

Área necessária Peso da Estrutura

6 m2 15 kg/m2

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Geração distribuída e Carro elétrico

• Que tal utilizar o carro elétrico para injetar energia no rede


elétrica?

• O proprietário do veículo, se a legislação permitir, pode se


beneficiar das diferenças de tarifas (tarifa branca, por exemplo).

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107
Geração distribuída e Carro elétrico

NA MADRUGADA

• O carro consome energia da rede elétrica e guarda esta energia na


bateria.
• Neste horário, a energia é mais barata e vale a pena consumi-la.

108
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Geração distribuída e Carro elétrico

DURANTE O DIA

• Tem duas opções:

1) Utilizar o veículo: 2) Vender a energia para distribuidora:

• Menos emissões de CO2. • Benefício de vender a energia por um


• Energia barata durante a noite. valor superior ao comprado.

109
109
OBRIGADO!

Rua Marquês de São Vicente, 225


Gávea - 22451-900 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: 21 2138-9201- Fax: 21 2138-9274
www.puc-rio.br/iag

Prof. Rodrigo Flora Calili, D.Sc.


calili@puc-rio.br

@energiacolaborativa

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