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TÓPICOS CHAVES
- Kara Melo, 32 anos
- Ganhou 10 kg após a segunda gravidez, devido ingestão de muitos doces
- Exames realizados: PA 150/100 mmHg,Glicemia em jejum118mg/dL, Hemoglobina glicada 6,5%,
colesterol total 270mg/dL, HDL de 20mg/dL, LDL de 190mg/dL, triglicérides de 300mg/dL e circunferência
abdominal média de 102cm
- Orientação médica de exercícios físicos regulares e controle do peso
- Prescrição médica de metformina e sinvastatina
- Risco de apresentar diabetes
- Lembra do filho de uma amiga com diagnóstico aos 8 anos e restrição alimentar séria
- Outros tipos de diabetes. O do menino causava destruição das células produtoras de insulina e o caso
que ela poderia ter era o de resistência a ação da insulina
-Hiperglicemia oferecendo riscos como incapacitação do corpo ou morte
-Necessidade dela mudar seus hábitos
BRAINSTORM
A diabetes mellitus tipo 1 geralmente ocorre na infância ou na adolescência, onde adquirem antes
dos 18 anos. Ela necessita de um estimulo ambiental, que seria uma infecção viral, e um
determinando genético, resultando na destruição autoimune das células beta secretoras de insulina.
A diabete mellitus tipo 2 geralmente é adquirida após os 40 anos por uma diminuição da capacidade
da insulina agir sobre tecido periférico ou disfunção de células beta, esse tipo de diabetes é o que as
pessoas mais apresentam.
A realização de exercícios físicos regulares melhora a sensibilidade à ação da insulina através da
translocação de GLUT-4, reduzindo a concentração de glicose no sangue.
Entre os principais exames para identificação de diabetes temos: glicemia em jejum, hemoglobina
glicada. Já os exames pedidos como colesterol total, HDL e LDL servem para avaliar a presença de
gordura no sangue (que podem acarretar em doenças)
A metformina tem ação no musculo com o aumento da sensibilidade a insulina, na redução de
produção da glicose hepática e no retardo da absorção intestinal de glicose. Dessa forma, ela reduz
a hiperglicemia. A sinvastatina é utilizada no tratamento e prevenção de hipercolesterolemia, ela
inibe a HMG-CoA redutase, diminuindo o LDL e os triglicerídeos e aumentando o HDL. A
hipercolesterolemia pode causar vários problemas cardiovasculares.
A hiperglicemia é uma alteração metabólica que ocorre tanto na diabetes mellitus tipo 1 quanto na
tipo 2. As células musculares e adiposas não conseguem captar a glicose devido à falta ou pouca
presença de insulina, o corpo entende que você está em jejum, ativando a glicogênese mas, como já
existe muita glicose na corrente sanguínea, vai resultar na hiperglicemia
HIPÓTESES E QUESTÕES
H1: O consumo excessivo de doces leva ao excesso de carboidratos, gerando acumulo de gordura,
já que a quantidade excessiva de glicose é armazenada.
Q1: Caracterize o Metabolismo dos Carboidratos
O Metabolismo de carboidratos visa atender nas células suas necessidades energéticas. Ela pode utilizar
a glicose por quatro vias: via da glicólise – (degradação da glicose e liberação de energia glicose
anaeróbica possui como produto final o lactato e a glicose aeróbica possui como produto final o piruvato,
esse processo ocorre com a fosfofrutoquinase FFK como enzima chave); via da gliconeogênese (síntese a
glicose a partir de outros substratos – lactato é reconvertido em glicose e retorna ao sangue – a enzima
chave dessa via é a frutose 1-6-difosfatase que é ativada pelo glucagon), via da glicogênese
(armazenamento da glicose sob a forma de glicogênio – possui como enzima chave a glicogênio sintetase)
e via da glicogenólise (uso das reservas de glicogênio em momento de necessidade , liberando moléculas
de glicose no sangue – ativada pelo hormônio glucagon e possui como enzima chave a glicogênio
fosforilase).
1 FERREIRA, Carlos Parada; JARROUGE, Márcio Georges; MARTIN, Núncio Francisco -
Bioquímica Básica- 9.Ed. São Paulo-Editora MNP - 2010 - Capítulo 8 Metabolismo dos Lipídios –
Regulação da via de síntese – página 128
2 BURTIS, Carl; BRUNS, David - Tietz Fundamentos de Química Clínica e Diagnóstico Molecular –
Capítulo 23 Biossíntese de ácidos graxos e eicosanoides – “O Estado Nutricional Regula a
Lipogênese” e “A acetil-CoA-carboxilase é a enzima mais importante na regulação da lipogênese” –
páginas 236 e 237
H2: A diabetes pode ser identificada com o resultado dos exames de glicemia em jejum e
hemoglobina glicada
Q1: Quais os exames são pedidos na detecção de diabetes e como eles agem
O diagnóstico de diabetes se baseia nos critérios da Associação Americana de Diabetes.
Os critérios podem ser: sintomas clássicos como sede excessiva, aumento da frequência para urinar e
perda de peso não intencional. E exames de sangue como: a glicemia ao acaso (coletada em qualquer
momento do dia) acima de 200 mg/dL, a Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dL, curva glicêmica
(duas horas após receber 75g de glicose) maior ou igual a 200 mg/dL, hemoglobina glicada ( reflete a
glicose dos últimos 3 meses) com resultados maiores ou igual a 6,5%. Para diagnóstico devem ser
levados em consideração o resultado de 2 ou mais exames que estejam evidenciando a possível diabetes,
além disso, os testes de glicemia em jejum e curva glicêmica tem necessidade da confirmação através da
repetição do teste em outro dia. Esses exames também podem indicar o “pré-diabetes”, em que você deve
encontrar nível de glicose em jejum de 100 a 125 mg/dL, curvaglicêmica de 140 a 199 mg/dL ou
hemoglobina glicada de 5,7 a 6,4%, devendo ter acompanhamento médico para prevenir o surgimento.
4 Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Critérios para o diagnóstico de Diabetes – LIDIA –
8 abril 2017
Q2: Caracterize os dois tipos de diabetes.
A Diabetes Mellitus tipo 1 ocorre principalmente na infância e na adolescência, sendo adquiridas por 75%
das pessoas antes dos 18 anos. O aparecimento diabetes mellitus tipo 1A se deve a um estimulo
ambiental (como uma infecção viral – rubéola e coxsackie B por exemplo -) e um determinante genético
que vai resultar na destruição autoimune das células beta secretoras de insulina no pâncreas. Há também
o tipo 1B que promove a destruição das células beta devido a uma anomalia cromossômica. Nela, temos
alterações metabólicas como hiperglicemia (excesso de glicose no sangue), cetoacidose (acumulo de
corpos cetônicos no sangue, o acidificando) e hipertriacilglicerolemia (baixa degradação das lipoproteínas).
A Diabete Mellitus tipo 2 ocorre principalmente após os 40 anos, a obesidade é geralmente associada ela
assim como a síndrome metabólica pode levar a ela, enquanto a perda de peso geralmente melhora a
hiperglicemia. Seu aparecimento se deve a dois defeitos patológicos. O primeiro é a diminuição da
capacidade da insulina agir sobre o tecido periférico e segundo é a disfunção das células beta. Fatores
ambientais como a dieta e exercício são determinantes da patogênese do diabetes tipo 2. Geralmente há
um histórico familiar de diabetes tipo 2, evidenciando uma pré-disposição genética. Para o controle da
hiperglicemia pode ser necessário a manipulação da dieta, agentes hipoglicêmicos orais ou insulina.
Como forma de conferir se você possui a síndrome metabólica (leva a resistência à insulina) o paciente
deve apresentar 3 ou mais dos seguintes critérios: Obesidade abdominal: circunferência maior que 89 cm
em mulheres e 101,5 em homens; Triglicerídeos acima de 159 mg/dL; HDL abaixo de 50mg/dL em
mulheres ou abaixo de 40 em homens; Pressão sanguínea maior que 130/85 mmHg; Glicose plasmática
em jejum maior ou igual a 110mg/Dl
5 BURTIS, Carl; BRUNS, David - Tietz Fundamentos de Química Clínica e Diagnóstico Molecular -
Capítulo 33 Diabetes – “Diabetes Melito Tipo 2” e “Diabetes Melito tipo 1” – Página 1000
6 BURTIS, Carl; BRUNS, David - Tietz Fundamentos de Química Clínica e Diagnóstico Molecular -
Capítulo 33 Diabetes – “Patogênese do Diabetes Melito Tipo 1” e “Patogênese do Diabetes Melito Tipo 2”
– Páginas 1007 e 1008
7 FURP Fundação Para o Remédio Popular – Cloridrato de Metformina – Bula para o profissional –
Características Farmacológicas – Página 3 <disponível em
http://www.furp.sp.gov.br/arquivos/produtos/bulas/profissional/105/clor_metformina_BPROF_REV00.pdf>
H4: A sinvastatina reduz o nível de LDL e aumenta o nível de HDL, prevenindo a
hipercolesterolemia
Q1: Como é a ação da sinvastatina?
A sinvastatina faz parte do grupo das estatinas. As estatinas possuem como mecanismo de ação a
inibição da enzima HMG-CoA redutase (enzima principal da síntese de colesterol, sua inibição ou ativação
controla a produção de colesterol), reduzindo o colesterol, já que os fármacos possuem afinidade com o
sítio ativo da enzima (possuem moléculas semelhantes ao mevalonato, inibidores da HMG-CoA redutase,
diminuindo a velocidade da síntese do colesterol).
8 FERREIRA, Carlos Parada; JARROUGE, Márcio Georges; MARTIN, Núncio Francisco -
Bioquímica Básica- 9.Ed. São Paulo-Editora MNP - 2010 - Capítulo 8 Metabolismo dos Lipídios –
Regulação da via de síntese – página 128
9 FONSECA, Francisco Antonio Helfenstein - Farmacocinética das estatinas - Arq. Bras. Cardiol.
São Paulo,v.85, supl.5,p.9-14,Oct. 2005.
Q2: Caracterize a hipercolesterolemia e quais os exames que a detectam.
A hipercolesterolemia, também chamada de colesterol alto, é a elevação dos níveis sanguíneos de LDL
(“colesterol ruim”) ou do colesterol total. A alteração dos níveis de colesterol pode ser causada pela
alimentação inadequada, fatores genéticos ou outras doenças (como diabetes). As placas de gordura
formadas por esse excesso de LDL pode “entupir” as artérias, impedindo o sangue de chegar aos tecidos,
podendo por exemplo, levar ao infarto, derrame cerebral, trombose, embolia pulmonar. A
hipercolesterolemia não apresente sintomas, devendo realizar exames de sangue para identifica-la. Os
exames, a partir dos 20 anos, devem ser feitos a cada 5 anos. Os exames geralmente pedidos são:
Colesterol total (nível alto acima de 240 mg/dL), colesterol LDL (nível alto acima de 160 mg/dL), colesterol
HDL (nível baixo abaixo de 40 mg/dL), colesterol VLDL e triglicerídeos (acima de 200 mg/dL). Essas
amostras devem ser colhidas após 9 a 12 horas de jejum.
10 Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo – “O que é Hipercolesterolemia?” e “O
que pode causar?” – 2020 – disponível em www.crfsp.org.br
11 Associação hipercolesterolemia familiar – CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO DA
HIPERCOLESTEROLEMIA (NÍVEIS ALTOS DE COLESTEROL NO SANGUE) – PARTE 2 – Prevenção e
tratamento- 11 Nov. 2015 – “Sinais e sintomas dos altos níveis séricos do colesterol LDL”
H5: Os exercícios físicos junto de bons hábitos alimentares ajudam no controle das diabetes
Q1: Como os exercícios físicos e os hábitos alimentares ajudam nos dois tipos de diabetes?
Na diabetes tipo 1, o exercício físico regular aumenta aptidão cardiorrespiratória, diminui necessidade de
insulina, melhora função endotelial, diminui colesterol sérico e aumenta saúde vascular, juntamente com
melhorias na composição corporal e qualidade de vida. Já na diabetes tipo 2, as praticas regulares
estimulam a translocação dos Glut-4 (são os principais responsáveis pela captação da glicose circulante
nos humanos) e promovem captação de glicose e redução da sua concentração sanguínea.
A dieta pode contribuir para o desenvolvimento ou tratamento da diabetes. Por se tratar de uma doença
sem cura e progressiva, uma boa alimentação pode reduzir a velocidade do desenvolvimento da diabetes
e, consequentemente, reduzir complicações associadas a doença. Por isso recomenda-se consumir o
alimento menos processado, já que o organismo não consegue absorver tanto a glicose produzida devido
a quantidade de fibras. Já os alimentos processados, tem a matriz original perdida, portanto, torna-se mais
fácil de ser absorvido pelo organismo
Os números grifados em verde se referem as referências já enumeradas ao longo das respostas das
questões.