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20/08/2021 Lei Orgânica de Curitibanos - SC

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Versão consolidada, com alterações até o dia 04/10/2019

LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


CURITIBANOS/SC.

Os cidadãos do Município de Curitibanos, por seus representantes, reunidos em Câmara Constituinte, com os poderes
outorgados pelas Constituições da República Federativa do Brasil e do Estado de Santa Catarina, e o pensamento
voltado para a construção de uma sociedade livre, soberana, igualitária e democrática, fundada nos princípios da justiça,
do pleno exercício da cidadania, da ética, da moral e do trabalho, promulga, sob a invocação de Deus, a presente LEI
ORGÂNICA. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS E COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Capítulo I

DO MUNICÍPIO

Art. 1º O Município de Curitibanos, pessoa jurídica de direito público interno, parte integrante da República Federativa
do Brasil e do Estado de Santa Catarina, no pleno uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á
por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e
Estadual. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 2º O Município de Curitibanos organiza-se, política e administrativamente, nos termos desta Lei Orgânica e das leis
que adotar.

Art. 3º O território do Município compreende o espaço físico que, atualmente, se encontra sob sua jurisdição.

Parágrafo Único - Qualquer alteração territorial, só pode ser feita, na forma de Lei Complementar Estadual e depende,
sempre, de consulta prévia às populações diretamente interessadas, mediante plebiscito.

Art. 4º O Município de Curitibanos possui os distritos de Marombas Bossardi e Santa Cruz do Pery. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Parágrafo Único - A criação, a organização e a supressão de distritos dependem de lei, observado o que dispuser a
legislação Estadual.

Art. 5º O Município, visando integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas e a defesa de
interesses comuns, pode associar-se ao Estado e aos demais Municípios, neste caso, sob forma de associações
microrregionais e consórcios intermunicipais. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 6º É vedado ao Município:

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I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter, com eles ou
seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada na forma da lei, a colaboração de interesse
público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferência entre si.

Art. 7º São símbolos do Município de Curitibanos:

I - A Bandeira Municipal;

II - O Brasão Municipal;

III - O Hino do Município;

IV - A Bandeira do Contestado. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

V - O Cavalo Campeiro. (Redação acrescida pela Ementa à Lei Orgânica nº 20/2019)

Capítulo II

DA COMPETÊNCIA

Art. 8º Ao município cabe exercer, em seu território, todas as competências que não lhe sejam vedadas pela
Constituição Federal e do Estado, e especialmente:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos, tarifas e preços públicos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em Lei;

IV - criar, organizar e extinguir Distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de ensino, prioritariamente pré-
escolar e de ensino fundamental;

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle de uso,
parcelamento e ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico - cultural, paisagístico e ecológico local, observada a legislação e a
ação fiscalizadora federal e estadual;

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X - constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações;

XI - exigir, nos termos da Constituição e Legislação Federal, o adequado aproveitamento do solo urbano não edificado,
sub-utilizado ou não utilizado, sob pena sucessivamente de:

a) parcelamento e edificação compulsórios;

b) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, progressivamente no tempo;

c) desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública, de emissão previamente aprovada pelo Senado
Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais e sucessivas, assegurado o valor real da
indenização e os juros legais.

XII - elaborar o orçamento, prevendo a receita e fixando a despesa, com base em planejamento adequado;

XIII - dispor sobre administração, utilização e alienação de seus bens;

XIV - adquirir bens, inclusive através de desapropriação por necessidade, utilidade pública ou por interesse social,
mediante prévia e justa indenização em dinheiro;

XV - elaborar o seu Plano Diretor;

XVI - estabelecer as servidões necessárias aos seus serviços;

XVII - regulamentar a utilização das vias e dos logradouros públicos e, especialmente, no perímetro urbano, da seguinte
forma: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

a) prover sobre o transporte coletivo urbano, que poderá ser operado através de concessão ou permissão, fixando o
itinerário, os pontos de parada e as respectivas tarifas;

b) prover sobre o transporte individual de passageiros, fixando os locais de estabelecimento e as tarifas respectivas;

c) fixar e sinalizar os locais de estacionamento de veículos, os limites das "zonas de silêncio" e de trânsito e tráfego em
condições especiais;

d) disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima permitida a veículos que circulem em vias
públicas municipais;

e) disciplinar a execução dos serviços e atividades neles desenvolvidos;

XVIII - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar a sua utilização;

XIX - prover sobre a Limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo domiciliar e de outros resíduos
de qualquer natureza;

XX - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horário para funcionamento de estabelecimentos industriais,
comerciais e similares, observadas as normas federais pertinentes;

XXI - dispor sobre o serviço funerário e de cemitérios, encarregando-se da administração daqueles que forem públicos e
fiscalizando os pertencentes a entidades privadas;

XXII - regulamentar, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros
meios de publicidade e propaganda nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal;

XXIII - dispor sobre depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão da
legislação municipal;

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XXIV - dispor sobre registro, marcas, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua de erradicação da raiva
e outras moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;

XXV - instituir regimes jurídicos para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas, bem como planos de carreira; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

XXVI - promover e incentivar o turismo local, como fator de desenvolvimento social e econômico;

XXVII - quanto aos estabelecimentos industriais, comerciais e similares:

a) conceder ou renovar licença para instalação, localização e funcionamento;

b) revogar a licença daqueles cujas atividades se tornarem prejudiciais à saúde, à higiene, ao bem-estar, à recreação, ao
sossego público e aos bons costumes;

c) promover o fechamento daqueles que funcionarem sem licença ou em desacordo com a Lei;

XXVIII - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;

XXIX - realizar programas de alfabetização;

XXX - realizar programas de apoio às práticas desportivas;

XXXI - executar as obras de:

a) abertura, pavimentação e conservação de vias;


b) drenagem pluvial;

c) construção, conservação de estradas e obras de arte, parques, jardins e hortos florestais;

d) edificação e conservação de prédios públicos municipais.

Art. 9º Ao Município de Curitibanos compete, em comum com a União, com os Estados e como Distrito Federal,
observadas as normas de cooperação fixadas na Lei complementar: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

I - zelar pela guarda das Constituições Federal, do Estado, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiências; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos e as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos:

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de valor histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e demais atividades econômicas, inclusive artesanal e o abastecimento
alimentar;

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IX - promover programas de construção de moradias e melhorias das condições habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração dos setores


desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e


minerais em seu território;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança de trânsito.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Capítulo I

DO PODER LEGISLATIVO

Art. 10 O Poder Legislativo é exercido pela Câmara de Vereadores, composta de 13 (treze) Vereadores eleitos pelo
povo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Parágrafo único. Ao Poder Legislativo é assegurada autonomia administrativa e financeira na forma desta Lei Orgânica.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 11 Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, dispor sobre as matérias de competência do Município e
especialmente:

I - legislar sobre os assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e estadual;

II - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas;

III - votar o orçamento anual e plurianual de investimento, a Lei de diretrizes orçamentárias, bem como autorizar a
abertura de créditos suplementares e especiais;

IV - deliberar sobre a obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e os meios de
pagamento;

V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;

VI - autorizar a concessão de serviços públicos;

VII - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;

VIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;

IX - autorizar a alienação de bens imóveis;

X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo;

XI - dispor sobre a criação, organização e supressão de Distritos, mediante prévia consulta plebiscitária;

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XII - criar, alterar, extinguir cargos públicos e fixar os respectivos vencimentos para os serviços da Câmara;

XIII - aprovar o Plano Diretor;

XIV - uso da propriedade e zoneamento urbano;

XV - símbolos do município;

XVI - autorizar a adesão e denúncia a consórcios com outros Municípios. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

XVII - delimitar o perímetro urbano;

XVIII - dar denominações de próprios, vias e logradouros públicos e autorizar sua alteração; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

XIX - exercer, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a Fiscalização financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial do Município:

Art. 12 À Câmara competem, privativamente, as seguintes atribuições:

I - eleger a Mesa Diretora, bem como destituí-la na forma regimental;

II - elaborar o regimento interno;

III - organizar os seus serviços administrativos;

IV - dar posse ao Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores, conhecer de sua renúncia e afastá-los definitivamente do
exercício do cargo;

V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-prefeito e aos Vereadores para afastamento do cargo;

VI - autorizar o Prefeito, por necessidade de serviço, ausentar-se do Município por mais de quinze dias;

VII - fixar o subsídio do Prefeito, Vice-prefeito, Vereadores e Secretários Municipais para o mandato subsequente, até
180 (cento e oitenta) dias antes do término da legislatura, nos termos da Constituição Federal; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

VIII - criar Comissões Parlamentares de Inquérito - CPI, que terão poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criados mediante o requerimento de um terço de seus
membros, para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhados
ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores; (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 5/2008)

IX - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;

X - convocar os Secretários Municipais ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito para
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando em crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

XI - autorizar referendo e plebiscito;

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XII - julgar o Prefeito, o Vice-prefeito e os Vereadores nos casos previstos em Lei;

XIII - decidir sobre a perda do mandato de Vereador por maioria absoluta nas hipóteses previstas no Art.19, I, II, III e VII,
mediante iniciativa de qualquer Vereador, Partido Político ou Eleitor, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

XIV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de diretrizes
orçamentárias.

§ 1º A Câmara Municipal delibera, mediante resolução, sobre assuntos de sua economia interna e nos demais casos de
sua competência privativa, por meio de Decreto Legislativo.

§ 2º É fixado em trinta dias o prazo para que o Prefeito e os demais responsáveis pelos órgãos da Administração
encaminhem informações, por solicitação de Vereadores ou da Mesa Diretora, através desta, importando crime de
responsabilidade a recusa ou o não atendimento, bem como a prestação de informação falsa; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

§ 3º O não atendimento ao prazo estipulado no § 2º deste artigo, faculta ao Presidente da Mesa Diretora ou Presidente
de Comissão Parlamentar de Inquérito, solicitar, conforme legislação federal, a intervenção do Poder Judiciário para
fazer cumprir a legislação. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 13 Cabe ainda à Câmara conceder título de Cidadão Curitibanense ou honraria a pessoas ou entidades que
reconhecidamente tenham prestado serviços ao Município, mediante Decreto Legislativo, aprovado pelo voto de, no
mínimo, dois terços dos Vereadores, de acordo com os requisitos previstos no Regimento Interno. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

SEÇÃO I

DOS VEREADORES

Art. 14 Os Vereadores eleitos prestarão compromisso e tomarão posse no dia primeiro de janeiro do ano subsequente à
eleição, em sessão solene, realizada pela Câmara de Vereadores, às 19 (dezenove) horas, presidida pelo Vereador
eleito com maior votação dentre os presentes, independentemente de quórum. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

Art. 15 O mandato do Vereador será remunerado:

§ 1º O subsídio mensal dos Vereadores, obedecerá às normas da legislação vigente. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

§ 2º Os subsídios dos Vereadores e do Presidente da Câmara serão revisados através de Lei específica e de iniciativa
da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, observados a mesma data e sem distinção de índices e coincidentemente
com a revisão geral anual dos Servidores Municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

§ 3º O total da despesa com os subsídios dos Vereadores e do Presidente da Câmara não poderá ultrapassar a 5%
(cinco por cento) da Receita Municipal e 75% (setenta por cento) do estabelecido em espécie ao Deputado Estadual.

§ 4º Não prejudicarão o pagamento das parcelas competentes dos subsídios a ausência de matéria a ser votada, a não
realização da sessão por falta de quorum, relativamente aos vereadores presentes e o recesso parlamentar, e: (Redação

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dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)


I - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)


III - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

IV - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 5º A Câmara de Vereadores realizará seis sessões ordinárias mensais. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

§ 6º As sessões extraordinárias não serão remuneradas. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 16 O Vereador poderá licenciar-se, mediante requerimento dirigido ao Presidente da Câmara, somente:

I - para desempenhar funções de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário do Município ou outro cargo
público incompatível com o de Vereador, sendo considerado automaticamente licenciado, independentemente da
autorização do plenário;

II - para tratamento de saúde, com direito a remuneração nos termos do Regime Geral da Previdência Social, cabendo o
pagamento dos primeiros quinze dias à Câmara de Vereadores; ou licença gestante, na forma prevista pela legislação
previdenciária.

III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca inferior a trinta dias, não podendo reassumir o
exercício do mandato antes do término da licença.

IV - para desempenhar missões temporárias de interesse do Município, mediante aprovação prévia do Plenário.

§ 1º O Vereador licenciado nos termos do inciso I poderá optar pela remuneração.

§ 2º No caso do item II, a licença será concedida por prazo determinado, mediante requerimento escrito e instruído por
atestado médico, independentemente de autorização do Plenário.

§ 3º A concessão dos pedidos de licença para tratar de assuntos de interesse particular, mediante requerimento escrito,
independe de autorização do plenário.

§ 4º Para fins de subsídios, considerar-se-á como em exercício o Vereador licenciado nos termos do inciso IV, salvo se
naquela situação houver qualquer espécie de remuneração cuja cumulação com o subsídio seja vedada por lei.

§ 5º O Vereador, regularmente licenciado, não perderá o mandato.

§ 6º O Vereador licenciado por prazo determinado não poderá reassumir a vereança enquanto a licença não estiver
vencida.

§ 7º O Vereador terá seu subsídio reduzido na razão de 1/12 em cada sessão ordinária que não comparecer, salvo se:

I - estiver licenciado nos termos dos incisos I e II deste artigo;

II - comprove estar em representação oficial de interesse da municipalidade, devidamente autorizada pelo Plenário da

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Casa Legislativa.

III - estiver participando de congressos, cursos, reuniões e demais eventos relacionados ao exercício do mandato,
autorizados pelo Plenário da Casa Legislativa.

IV - por motivo de saúde, de falecimento de parente até segundo grau, mediante comprovação documental.

V - por outro motivo justificado devidamente aceito pelo plenário da Câmara de Vereadores.

§ 8º a justificativa será apresentada pelo Vereador quando de seu retorno e apreciada pelo Plenário da Câmara de
Vereadores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 17 Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato, na
circunscrição do Município de Curitibanos.

Art. 18 O Vereador não poderá:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquias, empresa pública, sociedade de economia
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível "ad nutum", nas
entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de
direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que seja demissível "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, a;

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;

d) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal.

Art. 19 Perderá o mandato o Vereador: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas, no artigo anterior:

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual à terça parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo
licença ou missão por esta autorizada:

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando a Justiça decretar, nos casos previstos na Constituição Federal e do Estado; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 19/2016)

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;

VII - que fixar residência fora do Município.

§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das

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prerrogativas asseguradas a Vereador da Câmara de Vereadores ou à percepção de vantagens indevidas;(Redação


dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 2º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 3º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 20 O suplente será convocado:

I - nos casos de vaga por investidura em funções previstas nesta Lei Orgânica;

II - nos casos de licença para tratamento de saúde, por prazo igual ou superior a 30 (trinta) dias; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

III - em missão especial, por prazo superior a 30 (trinta) dias;

IV - por licença para tratar de interesses particulares por prazo superior a 30 (trinta) dias.

§ 1º O Suplente convocado deverá tomar posse, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela
Câmara.

§ 2º Em caso de vaga, não havendo suplente, o presidente comunicará o fato, dentro de quarenta e oito horas, a Justiça
Eleitoral.

Art. 21 Os vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiarem ou delas receberem informações.

SEÇÃO II

DA MESA DA CÂMARA

Art. 22 Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais votado dentre os
presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os componentes da Mesa, que ficarão
automaticamente empossados.

Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecerá na Presidência
e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa Diretora.

Art. 23 A eleição para renovação da Mesa Diretora realizar-se-á sempre na última reunião ordinária da segunda Sessão
Legislativa, cujos membros tomarão posse no dia primeiro de janeiro do ano subseqüente.

Parágrafo único. O Regimento Interno disporá sobre a forma de eleição e a composição da Mesa Diretora. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 24 O Mandato da Mesa Diretora será de dois anos, proibida a reeleição de qualquer de seus membros para o
mesmo cargo.

Parágrafo único. Qualquer componente da Mesa Diretora poderá ser destituído, pelo voto de dois terços dos Vereadores
da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se outro
Vereador para completar o mandato. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

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Art. 25 À Mesa Diretora, dentre outras atribuições, compete:

I - propor ao plenário projetos de leis que criem, transformem e extingam cargos e empregos ou funções da Câmara
Municipal, bem como a fixação da respectiva remuneração, observadas as determinações legais. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

II - elaborar e expedir, mediante ato, a discriminação analítica das dotações orçamentárias da Câmara, bem como alterá-
las, quando necessário;

III - requerer ao Prefeito para que apresente projetos de leis, dispondo sobre matérias orçamentárias, abertura de
créditos suplementares ou especiais, através de anulação parcial ou total da dotação da Câmara. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

IV - administrar as dotações do orçamento da Câmara, observado os limites da autorização constante de Lei


orçamentária, da Constituição Federal e da Lei de Responsabilidade Fiscal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 5/2008)

V - devolver à tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara de Vereadores até o final do exercício;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

VI - enviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março, as contas do exercício anterior; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

VII - nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, por em disponibilidade, exonerar, demitir,
aposentar e punir funcionários ou servidores da Câmara de Vereadores, nos termos da Lei. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 26 Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

I - representar a Câmara em juízo e fora dele; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis que receberem sanção tácita e as cujo veto
tenha sido rejeitado pelo Plenário, e não tenham sido promulgados pelo Prefeito Municipal; (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 19/2016)

V - fazer publicar os atos da Mesa Diretora, bem como as resoluções, os decretos legislativos e as leis por ela
promulgadas; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

VI - declarar a perda do mandato de Prefeito, Vice-prefeito e Vereador de ofício ou por provocação de qualquer dos
membros da Câmara, nos casos previstos nesta Lei Orgânica, assegurada ampla defesa.

VII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as disponibilidades financeiras no mercado de
capitais;

VIII - apresentar ao plenário, até o dia 20 (vinte) de cada mês, o balancete relativo aos recursos recebidos e as despesas
do mês anterior;

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IX - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

X - solicitar a intervenção no Município, nos casos admitidos pela Constituição do Estado;

XI - manter a ordem no recinto da Câmara de Vereadores, podendo solicitar a força policial necessária; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

XII - exercer, em substituição, a Chefia do Executivo Municipal nos casos previstos em lei.

Art. 27 O Presidente da Câmara ou seu substituto só terá voto:

I - na eleição da Mesa Diretora;

II - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara;

III - quando houver empate em qualquer votação no Plenário.

IV - na eleição das Comissões Técnicas. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

V - nos demais casos previstos no Regimento Interno da Câmara de Vereadores de Vereadores; (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação, anulando-se a votação, se o seu voto for
decisivo.

§ 2º O voto será sempre público nas deliberações da Câmara Municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
5/2008)

I - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)


III - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

IV - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

V - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

SEÇÃO III

DA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA

Art. 28 Independentemente de convocação, as Sessões Legislativas realizar-se-ão entre 02 de fevereiro e 22 de


dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 2º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/2004)

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§ 3º A Câmara de Vereadores, além das Sessões Ordinárias, poderá reunir-se em Sessões Extraordinárias, Solenes e
Itinerantes, conforme dispuser o Regimento Interno. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 29 As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada por dois terços de seus
membros, quando ocorrer motivo relevante de preservação do decoro parlamentar.

Art. 30 As Sessões só poderão ser abertas com a presença da maioria absoluta dos Vereadores da Câmara. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

SEÇÃO IV

DA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA

Art. 31 A convocação extraordinária da Câmara de Vereadores, em caso de urgência ou interesse público relevante, far-
se-á:

I - pelo seu Presidente;

II - pela maioria dos Vereadores da Câmara de Vereadores;

III - por solicitação do Prefeito Municipal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Parágrafo Único - Durante a sessão legislativa extraordinária, a Câmara deliberará, exclusivamente, sobre a matéria
para a qual foi convocada.

SEÇÃO V

DAS COMISSÕES

Art. 32 A Câmara de Vereadores terá Comissões Permanentes e Especiais, constituídas na forma e com as atribuições
definidas no Regimento Interno ou no ato de que resultar a sua criação. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

§ 1º Em cada comissão será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos
blocos parlamentares que participem da Câmara. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 2º As comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

I - discutir, emendar e votar projeto de lei que dispensar na forma do Regimento Interno, a competência do plenário,
salvo se houver recurso de 1/5 dos Vereadores; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III - convocar Secretários Municipais para prestar informações na Câmara Municipal, pessoalmente, sobre assuntos
inerentes às suas atribuições, importando em crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

IV - acompanhar os atos de regulamentação, velando por sua completa adequação;


V - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra os atos ou emissões das

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autoridades ou entidades públicas;

VI - apreciar programas de obras, planos Municipais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir
parecer;

VII - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão.

Art. 33 As Comissões Especiais de Inquérito terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de
outros previstos no Regimento Interno da Casa, e serão criadas pela Câmara mediante requerimento de um terço de
seus membros, para a apuração do fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

§ 1º As Comissões Especiais de Inquérito, no interesse da investigação, poderão: (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

I - proceder às vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais e entidades descentralizadas, onde terão
livre ingresso e permanência. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - requisitar, de seus responsáveis, a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos necessários;

III - transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos que lhe competirem.

§ 2º No exercício de suas atribuições poderão, ainda, as Comissões Especiais de Inquérito, por intermédio de seu
Presidente:

I - determinar as diligências que reputarem necessárias;

II - requerer a convocação de Secretário Municipal;

III - tomar o depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las sob compromisso;

IV - proceder à verificação contábil em livros, papéis e documentos dos órgãos da Administração Direta e Indireta.

§ 3º A omissão de informações às Comissões Especiais de Inquérito, inclusive as que envolvem sigilo ou à prestação de
informações falsas, constituem crime de responsabilidade (Art. 47 § 4º da CE).

Art. 34 Durante o recesso, salvo convocação extraordinária, haverá uma comissão representativa da Câmara, cuja
composição reproduzirá tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária ou de blocos
parlamentares eleita na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no Regimento Interno.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

SEÇÃO VI

DO PROCESSO LEGISLATIVO

SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 35 O processo legislativo compreende:

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I - Emendas à Lei Orgânica do Município. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - Leis Complementares;

III - Leis Ordinárias;

IV - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

V - Decretos Legislativos;

VI - Resolução.

VII - anteprojeto de lei; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

VIII - demais hipóteses previstas no Regimento Interno da Câmara de Vereadores; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

SUBSEÇÃO II

DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA

Art. 36 A Lei Orgânica do Município será emendada mediante proposta:

I - do Prefeito Municipal;

II - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal.

III - Revogado. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica será votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias entre as
votações, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, o voto favorável de dois terços dos membros da
Câmara Municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

§ 2º A emenda aprovada nos termos deste artigo será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com o respectivo
número de ordem.

§ 3º A matéria constante de proposta da emenda rejeitada, ou havida por prejudicada, não poderá ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa.

SUBSEÇÃO III

DAS LEIS

Art. 37 As Leis Complementares exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria absoluta dos membros da
Câmara.

Parágrafo Único - São Leis Complementares, as concernentes as seguintes matérias:

I - Código Tributário do Município;

II - Código de Obras ou de Edificações;

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III - Estatuto dos Servidores Municipais;

IV - criação de cargos e fixação de vencimentos, bem como o plano de carreira dos servidores públicos municipais;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

V - Plano Diretor do Município;

VI - Zoneamento urbano e direitos suplementares de uso e ocupação do solo;

VII - Concessão de serviço público;

VIII - Concessão de direito real de uso;

IX - Alienação de bens imóveis;

X - Aquisição de bens imóveis por doação com encargo;

XI - Autorização para obtenção de empréstimo particular;

XII - Código de Posturas;

XIII - Regime Jurídico único dos Servidores.

Art. 38 As Leis ordinárias exigem para a sua aprovação o voto favorável da maioria simples dos Vereadores presentes à
sessão. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 39 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

§ 2º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

Art. 40 A votação e a discussão da matéria constante da ordem do dia, só poderão ser efetuadas com a presença da
maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

Parágrafo Único - A aprovação da matéria colocada em discussão dependerá do voto favorável da maioria dos
Vereadores presentes a sessão, ressalvados os casos previstos nesta lei.

Art. 41 A iniciativa de leis complementares e ordinárias cabe ao Prefeito Municipal, a qualquer Vereador ou a Comissão
da Câmara e aos cidadãos, observado o disposto nesta Lei Orgânica.

Art. 42 Compete, privativamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos da administração direta, indireta e
fundacional; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

II - fixação ou aumento de remuneração dos servidores;

III - regime jurídico único, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.

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IV - organização administrativa e matérias orçamentárias; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

V - criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública municipal.

Art. 43 É de competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa dos projetos que disponham sobre:

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos de seus serviços;

II - fixação ou aumento de remuneração de seus servidores;

III - organização e funcionamento dos seus serviços.

Art. 44 Não será admitido emenda que implique o aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto nesta Lei Orgânica;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Art. 45 A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara de Vereadores, de projeto de lei subscrito
por, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se, para seu recebimento, a identificação dos assinantes
mediante indicação do número do respectivo título eleitoral;

§ 2º Revogado.(Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 005/2008)

Art. 46 O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa considerados relevantes, os
quais deverão ser apreciados pela Câmara de Vereadores no prazo de até 15 (quinze dias).

Parágrafo único. Os Parágrafos 1º e 2º do Art. 46 da Lei Orgânica Municipal passam a vigorar com a seguinte redação:

§ 1º Decorrido sem apreciação o prazo fixado no "Caput" deste artigo, o projeto será obrigatoriamente incluído na ordem
do dia para que se ultime sua votação, sobrestando-se a deliberação dos demais assuntos em pauta.

§ 2º O prazo referido neste artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara e não se aplica aos projetos de
Codificação, PPA, LDO, LOA e Regime Jurídico Único, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos
servidores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 47 O projeto aprovado será, no prazo de dez dias úteis, enviado pelo Presidente da Câmara ao Prefeito que,
concordando, o sancionará e promulgará, no prazo de quinze dias úteis. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

Parágrafo Único - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito importará em sanção.

Art. 48 Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á
total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebimento e comunicará, dentro de 48
(quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.

§ 1º O veto, sempre justificado, e, quando parcial, abrangerá o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de
alínea.

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§ 2º As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de 30 (trinta) dias, contados do seu recebimento, com
parecer ou sem ele, em uma única discussão e votação.

§ 3º O veto somente poderá ser rejeitado pela maioria absoluta dos vereadores. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 5/2008)

§ 4º Esgotado sem deliberação o prazo previsto no § 2º deste artigo, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

§ 5º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, em 48 (quarenta e oito) horas, para a promulgação.

§ 6º Se o Prefeito não promulgar a Lei em 48 (quarenta e oito) horas, nos casos de sanção tácita ou rejeição de veto, o
Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer, caberá ao Vice-presidente, em igual prazo, fazê-lo.

§ 7º A lei promulgada nos termos do parágrafo anterior produzirá efeitos a partir de sua publicação. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 8º Nos casos de veto parcial, as disposições aprovadas pela Câmara serão promulgadas pelo seu presidente, com o
mesmo número da lei original, observado o prazo estipulado no § 6º. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

§ 9º O prazo previsto no § 2º não corre nos períodos de recesso da Câmara.

§ 10 A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.

§ 11 Na apreciação do veto, a Câmara não poderá introduzir qualquer modificação no texto aprovado. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 49 A matéria constante do projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma
sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Vereadores da Câmara. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 19/2016)

Parágrafo Único - Revogado (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 50 O projeto de Lei que receber, quanto ao mérito, parecer contrário de todas as Comissões da Casa, será tido
como rejeitado.

SUBSEÇÃO IV
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUÇÕES

Art. 51 O Projeto de Decreto Legislativo é a proposição destinada a regular matéria de competência exclusiva da
Câmara que produza efeitos externos e não depende de sanção do Prefeito Municipal. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 19/2016)

Parágrafo Único - O Decreto Legislativo aprovado pelo Plenário será promulgado pelo presidente da Câmara. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 52 O Projeto de Resolução é a proposição destinada a regular matéria político-administrativa da Câmara, de sua
competência exclusiva, com repercussão interna, e não depende de sanção do Prefeito Municipal. (Redação dada pela

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Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Parágrafo Único - A Resolução aprovada pelo Plenário será promulgada pelo presidente da Câmara. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

SEÇÃO VII

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL-FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL

Art. 53 A fiscalização contábil-financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da


Administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia
de receitas, será exercida pela Câmara de Vereadores, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de
cada Poder. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º Prestará contas qualquer pessoa física, entidade pública ou fundacional que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o município responda, ou que em nome deste assume
obrigações de natureza pecuniária.

§ 2º Fica assegurado o exame e apreciação de contas do Município, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, por
qualquer contribuinte, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, na forma da lei.

Art. 54 O Sistema de Controle Interno, a ser exercido pela administração direta, indireta, fundacional, de forma
integrada com o Poder Legislativo, deve abranger: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

I - o acompanhamento da execução do orçamento municipal, e dos contratos e atos jurídicos análogos;

II - a verificação da regularidade e contabilização dos atos que resultem na arrecadação de receitas e na realização de
despesas;

III - a verificação da regularidade e contabilização de outros atos que resultem no nascimento ou extinção de direitos e
obrigações;

IV - a verificação do cumprimento das obrigações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar nº
101, de 04 de maio de 2000. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 55 A Câmara Municipal, na deliberação sobre as contas do Prefeito, deverá observar os preceitos seguintes:

I - o julgamento das contas do Prefeito, incluídas as da Câmara Municipal, far-se-á em até 90 (noventa) dias, contados
da data da sessão em que for procedida à leitura do parecer do Tribunal de Contas do Estado.

II - recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, o Presidente da Câmara Municipal procederá à leitura,
em Plenário, até a terceira sessão ordinária subseqüente;

III - decorrido o prazo de noventa dias sem deliberação, as contas serão incluídas na ordem do dia, sobrestando-se a
deliberação quanto aos demais assuntos, para que se proceda à votação;

IV - rejeitadas as contas, deverá o Presidente da Câmara Municipal, no prazo de até sessenta dias, remetê-las ao
Ministério Público, para os devidos fins;

V - na apreciação das contas, se a indicação for pela rejeição, contrariando o posicionamento do Tribunal de Contas do
Estado de Santa Catarina, a Câmara Municipal deverá converter o processo em diligência ao Prefeito do exercício

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correspondente, abrindo vista pelo prazo de trinta dias, para que este apreste esclarecimentos que entenda necessário,
garantindo o direito ao contraditório e a ampla defesa, aceitando a rejeição se houver o voto de dois terços dos
Vereadores; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

VI - A Câmara de Vereadores poderá, antes do julgamento das contas, em deliberação por maioria simples, de posse
dos esclarecimentos prestados pelo Prefeito, ou a vista de fatos novos que evidenciem indícios de irregularidades,
devolver o processo ao Tribunal de Contas do Estado para reexame e novo parecer; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

VII - recebido o segundo parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, a Câmara Municipal deverá julgar
definitivamente as contas, no prazo estabelecido no inciso I;

VIII - o prazo a que se refere o inciso I interrompe-se durante o recesso da Câmara Municipal e suspende-se quando o
processo sobre as contas for devolvido ao Tribunal de Contas do Estado para reexame e novo parecer.

Art. 56 As contas da administração direta, indireta e fundacional serão submetidas ao Sistema de Controle Interno, com
encaminhamento posterior ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, nos seguintes prazos: (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

I - Até 15 de março as contas ao Tribunal de Contas do Estado, juntamente com as da Câmara de Municipal; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

II - Até 15 de março do exercício seguinte o Balanço anual; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

III - Até 30(trinta) dias subseqüentes ao mês anterior, os balancetes mensais; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 3/1999)

IV - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/2004)

V - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/2004)

Parágrafo único. Os balancetes a serem remetidos à Câmara de Vereadores, no prazo do Inciso III, serão
acompanhados dos respectivos empenhos, folhas de pagamento, cópia dos decretos de suplementação, convênios e
contratos firmados no referido mês. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 57 A Câmara Municipal, em deliberação por dois terços dos seus membros, ou o Tribunal de Contas do Estado,
poderá representar ao Governador do Estado, solicitando intervenções no Município, quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;

II - não forem prestadas as contas devidas, na forma da Lei;

III - não for aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento da educação e da saúde.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 58 No exercício do controle externo, caberá à Câmara Municipal:

I - julgar as contas anuais prestadas pelo Prefeito e apreciar os relatórios sobre a execução do Plano de Governo;

II - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da Administração Indireta; (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 19/2016)

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III - realizar, inspeções sobre quaisquer documentos de gestão da administração direta, indireta e fundacional, bem como
a conferência dos saldos e valores declarados como existentes ou disponíveis em balancetes e balanços; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

IV - representar as autoridades competentes para apuração de responsabilidade e punição dos responsáveis por
ilegalidade ou irregularidade praticadas, que caracterizem corrupção descumprimento de normas legais ou que
acarretem prejuízo ao Patrimônio Municipal.

§ 1º O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado às contas anuais que o Prefeito deve prestar, só
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos Vereadores da Câmara. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

§ 2º A Câmara Municipal remeterá ao Tribunal de Contas do Estado e ao Juiz Eleitoral da Comarca cópia do ato de
julgamento das contas do Prefeito. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

§ 3º A Câmara Municipal julgará as contas, independentemente do parecer prévio do Tribunal de Contas, caso este não
o exare até o último dia do exercício financeiro em que forem prestadas.

Art. 59 O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado,
ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Prefeito e pela mesa da Câmara, mediante parecer prévio, a ser
elaborado em 60 (sessenta) dias a contar do seu recebimento;

II - julgar as contas de administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração
direta e indireta, inclusive as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal e as contas
daqueles que derem causa à perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo à Fazenda Municipal;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de pessoal, a qualquer título, nas fundações instituídas e
mantidas subvencionadas pelo Poder Público, executadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem
como das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato de concessão;

IV - realizar inspeção e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, inclusive
quando forem requeridas pela Câmara de Vereadores ou por iniciativas de Comissão Técnica ou de Inquérito, nas
unidades administrativas dos poderes Legislativo e Executivo e demais entidades referidas no inciso II; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

V - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União ou Estado, mediante convênio, acordo, ajuste ou
outros instrumentos congêneres; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

VI - prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal, por comissão, sobre a fiscalização contábil, financeira
orçamentária, operacional e patrimonial e, ainda, sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, dentre outras
cominações, multa proporcional ao vulto de dano causado ao erário;

VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da Lei, se
verificada ilegalidade;

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IX - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara Municipal;

X - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

§ 1º O Prefeito remeterá ao Tribunal de Contas do Estado, até 15 (quinze) de março do exercício seguinte, as suas
contas e as da Câmara, apresentadas pela mesa, as quais ser-lhe-ão entregues até o dia 1º de março.

§ 2º As decisões do Tribunal de Contas que resultem imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

Art. 60 A Comissão Técnica Permanente a que se refere o art. 140, § 1º, diante de indícios de despesas não
autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou subsídios não aprovados, poderá solicitar à
autoridade governamental responsável que, no prazo de 5 (cinco) dias, preste os esclarecimentos necessários.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal de Contas


pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de 30(trinta) dias.

§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano
irreparável ou grave lesão ao patrimônio público, determinará sua sustação.

Art. 61 Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, Sistema de Controle Interno com a finalidade
de: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos do Município;

I - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Municipal bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

III - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional;

IV - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Município.

§ 1º Os responsáveis pelo Sistema de Controle Interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade, dele
darão ciência ao Tribunal de Contas, ao Prefeito e ao Presidente da Câmara, sob pena de responsabilidade solidária.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Sistema de Controle Interno, o Tribunal de Contas do Estado e à Câmara
Municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 62 Para o exercício da auditoria contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, os órgãos da
administração direta e indireta Municipal deverão remeter ao Tribunal de Contas do Estado, nos termos e prazos
estabelecidos, balancetes mensais, balanços anuais e demais demonstrativos e documentos que forem solicitados.

Capítulo II

DO PODER EXECUTIVO

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SEÇÃO I

DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 63 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal com funções políticas executivas e administrativas,
auxiliado pelos Secretários.

Art. 64 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Parágrafo Único - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 65 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia primeiro de janeiro do ano subsequente à eleição, em sessão
solene conjunta com a posse dos Vereadores, às 19 (dezenove) horas, ou, se a Câmara não estiver reunida, perante a
autoridade judiciária competente, ocasião em que prestarão o seguinte compromisso:

PROMETO CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL;


PROMOVER O BEM GERAL DOS MUNÍCIPES E EXERCER O CARGO SOB INSPIRAÇÃO DA DEMOCRACIA, DA
LEGITIMIDADE E DA LEGALIDADE. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º Se, decorridos 15 (quinze) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-prefeito, salvo motivo de força
maior, devidamente comprovado e aceito pela Câmara Municipal, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

§ 2º Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-prefeito, e, na falta ou impedimento deste, o Presidente
da Câmara.

§ 3º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 4º O Prefeito e o Vice-Prefeito, estes quando subsidiados, deverão desincompatibilizar-se, no ato da posse; quando
não subsidiado, o Vice-Prefeito cumprirá essa exigência ao assumir o exercício do cargo. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 3/1999)

Art. 66 O Prefeito e o Vice-prefeito não poderão, desde a posse, sob pena de perda de mandato:

I - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer as cláusulas uniformes;

II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível "ad nutum" nas
entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse em virtude de concurso público;

III - ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo;

IV - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades já referidas;

V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de
direito público, ou nela exercer função remunerada.

VI - fixar residência fora do Município.

Art. 67 O prazo do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores será aquele estabelecido na legislação federal.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

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Art. 68 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 69 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 70 O Vice-prefeito substitui o Prefeito em caso de licença ou impedimento e o sucederá no caso de vacância do
cargo;

§ 1º O Vice-prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por Lei, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele
convocado, para missões especiais;

§ 2º O Vice-prefeito não poderá recusar-se a substituí-lo, sob pena de extinção do respectivo mandato.

Art. 71 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-prefeito, assumirá o Presidente da Câmara.

Art. 72 Vagando os cargos de Prefeito e Vice-prefeito, far-se-á nova eleição 90(noventa) dias depois da abertura da
última vaga.

§ 1º Ocorrendo a vacância nos 2 últimos anos do mandato, a eleição para ambos os cargos será feita pela Câmara
Municipal, 30 (trinta) dias depois da última vaga, na forma da lei.

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período dos seus antecessores.

Art. 73 O Prefeito e o Vice-prefeito não poderão ausentar-se do Município ou afastar-se do cargo, sem licença da
Câmara Municipal, sob pena de perda do cargo, salvo por período não superior a 15 (quinze) dias;

Art. 74 O Prefeito poderá licenciar-se:

I - quando a serviço ou em missão de representação do Município, devendo enviar à Câmara relatório circunstanciado
dos resultados de sua viagem;

II - quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo de doença devidamente comprovada.

Parágrafo Único - Nos casos deste artigo, o Prefeito licenciado terá direito de receber os subsídios integralmente.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

Art. 75 O subsídio do Prefeito e do Vice-Prefeito será fixado pela Câmara de Vereadores.

Parágrafo Único - Os subsídios do Prefeito e do Vice-Prefeito serão reajustados através de Lei específica, observados a
mesma data, sem distinção de índices e coincidentemente com revisão geral anual dos servidores municipais. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

Art. 76 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

Art. 77 O subsídio do Vice-Prefeito não poderá exceder a metade do fixado ao Prefeito. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 3/1999)

Art. 78 A extinção ou a cassação do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito bem como a apuração dos crimes de
responsabilidade do Prefeito ou seu substituto ocorrerão na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica e na
Legislação Federal.

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SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 79 Ao Prefeito compete privativamente:

I - nomear e exonerar os Secretários Municipais;

II - exercer, com auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior da Administração Municipal;

III - estabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do Município;

IV - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

V - representar o Município, em juízo e fora dele, por intermédio da Procuradoria-Geral do Município, na forma
estabelecida em Lei especial;

VI - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir regulamentos para sua fiel execução;

VII - vetar, no todo ou em parte, projetos de lei, na forma prevista nesta Lei Orgânica;

VIII - decretar desapropriação e instituir servidões administrativas;

IX - expedir decretos, portarias e outros atos a administrativas;

X - permitir ou autorizar o uso de bens municipais, execução de serviços públicos para terceiros no território do
Município.

Parágrafo Único - Revogado (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

XI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na forma da Lei;


XII - prover e extinguir os cargos públicos municipais na forma da lei, e expedir os demais atos referentes à situação
funcional dos servidores:

XIII - remeter mensagem e plano de governo à Câmara, por ocasião da abertura da Sessão Legislativa, expondo a
situação do Município e solicitando as providências que julgar necessária;

XIV - enviar à Câmara o Projeto de Lei do Orçamento Anual, de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Plurianual de
Investimentos; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

XV - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia 15 (quinze) de março de cada ano, a sua prestação de
contas e da Mesa Diretora da Câmara, bem como os balanços do exercício findo; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

XVI - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de contas exigidas em lei; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

XVII - fazer publicar os atos oficiais;

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XVIII - prestar à Câmara, dentro de trinta dias, as informações solicitadas na forma regimental; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

XIX - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e aplicação da receita, autorizando as
despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou de créditos votados pela Câmara; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

XX - aplicar multas previstas em lei, contratos e convênios, bem como relevá-las, quando impostas irregularmente;

XXI - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidos;

XXII - oficializar-se, obedecidas às normas urbanísticas aplicáveis, os logradouros públicos;

XXIII - propor a alteração da denominação de vias e logradouros públicos;(Redação dada pela Lei Complementar nº
1/1993)

XXIV - aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos;

XXV - solicitar o auxílio da Polícia do Estado para garantia de cumprimento de seus atos, bem como fazer uso da
Guarda Municipal no que couber;

XXVI - convocar e presidir o Conselho do Município;

XXVII - decretar o estado de emergência, quando for necessário preservar ou prontamente restabelecer, em locais
determinados e restritos do Município de Curitibanos, a ordem pública ou paz social;

XXVIII - elaborar o Plano Diretor;

XXIX - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXX - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - O Prefeito poderá delegar, por Decreto, aos Secretários Municipais funções administrativas que não
sejam de sua competência exclusiva.

Art. 80 Uma vez, em cada Sessão Legislativa, o Prefeito poderá submeter a Câmara Municipal medidas Legislativas
que considere programáticas e de relevante interesse municipal.

SEÇÃO III

DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Art. 81 São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito que atentaram contra esta Lei Orgânica e especialmente:

I - a existência da União, do Estado e do Município;


II - o livre exercício do Poder Legislativo;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a probidade da administração;

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V - a Lei Orçamentária; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

VI - o cumprimento das leis e das decisões judiciais;

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 82 O Prefeito será submetido a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado nos casos de infrações penais
comuns, delitos de improbidade e nos crimes de responsabilidade, devendo ser julgado pela Câmara de Vereadores nos
casos de infrações político-administrativas. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 83 O Prefeito ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida à denúncia ou queixa-crime pelo Tribunal de Justiça do Estado;

II - nos crimes de responsabilidade, após instauração de processo pela Câmara Municipal.

§ 1º Se, decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias e o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
Prefeito, sem prejuízo de regular prosseguimento do processo.

§ 2º Enquanto não sobrevier sentença condenatória nas infrações comuns, o Prefeito não estará sujeito à prisão.

§ 3º O Prefeito, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas
funções.

SEÇÃO IV

DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 84 Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 (vinte e um) anos, residentes no
Município de Curitibanos, e no exercício dos direitos políticos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 85 A Lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das Secretarias.

Art. 86 Compete aos Secretários Municipais, além das atribuições que esta Lei Orgânica e as leis estabelecerem:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da Administração Municipal, na área de sua
competência;

II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito, pertinentes a sua área de competência;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados pela secretaria;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito;

V - expedir instruções para execução das leis, regulamentos e decretos;

Art. 87 A competência dos Secretários do Município abrangerá todo o território do Município, nos assuntos pertinentes
às respectivas Secretarias.

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Art. 88 Os Secretários serão sempre nomeados em comissão e farão sua declaração pública de bens no ato da posse,
com cópia para a Câmara, procedendo-se, da mesma forma, ao término do exercício do cargo, e terão os mesmos
impedimentos dos Vereadores e do Prefeito, enquanto nele permanecerem.

Parágrafo único. O subsídio dos Secretários Municipais será fixado pela Câmara de Vereadores, assegurada a revisão
geral anual na mesma data e sem distinção de índices em relação aos demais servidores municipais. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

SEÇÃO V

DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

Art. 89 A Procuradoria Geral é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa o Município,
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da Lei Complementar que dispuser sobre sua organização e
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 90 A Procuradoria Geral do Município reger-se-á por lei própria, atendendo-se, com relação aos seus integrantes, o
disposto nos art. 37, XII, 39 § 1º e 135 da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Parágrafo Único - O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal, far-se-á mediante concurso público
de provas e títulos.

Art. 91 A Procuradoria Geral tem por chefe o Procurador Geral do Município, de livre nomeação e exoneração pelo
Prefeito Municipal, dentre cidadãos regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, de notável saber jurídico
e reputação ilibada. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

TÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Capítulo I

PRINCÍPIOS E DIVISÃO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Art. 92 A Administração Municipal obedecerá aos Princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, bem como aos demais princípios constantes da Constituição Federal e Estadual. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 93 A Administração Municipal compreende:

I - Os órgãos da Administração Direta;

II - as seguintes entidades da Administração Indireta, dotadas de personalidade jurídica própria, mediante a elaboração
da lei específica: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

a) autarquias;

b) empresas públicas;

c) sociedade de economia mista;

d) fundações públicas.

§ 1º Todo órgão ou entidade municipal prestará aos interessados, no prazo da Lei e sob pena de responsabilidade

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funcional, as informações de interesse particular, coletivo ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível,
nos casos referidos na Constituição Federal.

§ 2º O atendimento à petição formulada em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder bem como a
obtenção de certidões junto a repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse
pessoal, independerá de pagamento de taxas.

§ 3º A publicidade de atos, programas, obras, serviços, campanhas dos órgãos ou entidades Municipais deverá ter
caráter educativo, informativo, ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagem que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou funcionários públicos.

Art. 94 As publicações das leis e dos atos municipais serão feitos através do Diário Oficial do Município, que poderá ser
escrito ou eletrônico, nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida;

§ 2º Os atos de efeitos externos só produzirão efeitos após a sua publicação.

Capítulo II

DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 95 A realização de obras públicas municipais deverá estar adequada às diretrizes do Plano Diretor.

Art. 96 Ressalvada as atividades de planejamento e controle, a administração municipal poderá desobrigar-se da


realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que conveniente e de interesse público, à execução
indireta, mediante concessão ou permissão de serviço público, sempre através de licitação. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

§ 1º As concessões de serviço público, sempre a título precário, dependerá de autorização legislativa, para posterior
contrato, precedido de concorrência. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

§ 2º O município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou concedidos, desde que executados em
desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos
usuários.

Art. 97 Lei específica disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, ou o caráter especial de seu contrato
e de prorrogação e as condições de caducidade, fiscalização e rescisão de concessão ou permissão; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

IV - a obrigação de manter o serviço adequado;

V - as reclamações relativas à prestação de serviços públicos ou de utilidade pública.

Parágrafo Único - As tarifas dos serviços ou de utilidade pública deverão ser fixadas pelo executivo, tendo em vista a

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justa remuneração.

Art. 98 Ressalvados os casos específicos na legislação, as obras, serviços, compras e alienação serão contratados
mediante processo de licitação que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam as obrigações de pagamentos, mantidas as condições efetivas de proposta nos termos da lei, a qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 99 O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante convênio com o Estado, a União ou
entidades particulares ou mediante consórcio com outros Municípios.

§ 1º A constituição de consórcios municipais dependerá de autorização legislativa.

§ 2º Os consórcios ficarão sob a responsabilidade dos Poderes Executivos e a fiscalização de Poderes Legislativos
Municipais.

Capítulo III

DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 100 Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título,
pertençam ao Município.

I - de uso especial, tais como: os edifícios, os terrenos aplicados ao serviço municipal;

II - de uso comum do povo, tais como: as estradas municipais, as ruas e praças;

III - dominicais, que constituem o patrimônio do Município, como objeto de direito pessoal ou de direito real.

Art. 101 Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara quanto àqueles
utilizados em seus serviços.

Art. 102 Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva, numerando-se os móveis,
segundo o que for estabelecido em regulamento.

Art. 103 A alienação dos bens municipais, subordinadas à existência de interesse público devidamente justificado, será
sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação, constando da lei e da escritura pública os encargos do donatário, o prazo do seu cumprimento e a cláusula
de retrocessão sob pena de nulidade do ato; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

b) permuta.

II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensadas estas nos seguintes casos:

a) doação que será permitida exclusivamente para fins de interesse social;

b) permuta;
c) vendas de ações, que sejam obrigatoriamente, efetuadas em bolsa.

§ 1º O Município, preferentemente, à venda ou doação de seus bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso

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mediante prévia autorização legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o uso se
destinar à concessionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando houver relevante interesse público
devidamente justificado.

§ 2º A alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para
edificação, resultantes de obra pública, dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa.

§ 3º As áreas resultantes de modificação de alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam
aproveitáveis ou não.

Art. 104 A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação e posterior autorização
legislativa.

Art. 105 O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou autorização,
conforme o caso, e quando houver interesse público, devidamente justificado.

§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial e dominicais dependerá de Lei e concorrência, e far-
se-á mediante contrato sob pena de nulidade do ato. A concorrência poderá ser dispensada, mediante lei, quando o uso
se destinar à concessionária de serviço público, a entidades assistenciais ou quando houver interesse público relevante,
devidamente justificado;

§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente será outorgada mediante autorização
legislativa para finalidades escolares, assistenciais ou turísticas;

§ 3º A permissão, que poderá incidir sob qualquer bem público, será feita a título precário, por decreto;

§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por portaria, para atividades em usos
específicos e transitórios pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, salvo quando para o fim de formar canteiro de obra
pública, caso em que o prazo corresponderá ao da duração da obra.

Art. 106 Poderão ser cedidos a particular, para serviços transitórios, máquinas e operadores da Prefeitura, desde que
não haja prejuízo para os trabalhos do Município e o interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada.

Parágrafo Único - Será permitido o patrolamento nos acessos às propriedades rurais particulares sem o recolhimento da
remuneração prevista no "caput" deste artigo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003)

Capítulo IV

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Art. 107 O Município estabelecerá em Lei o regime jurídico estatutário para os servidores ocupantes de cargos efetivos,
possibilitando a contratação de empregados públicos sob o regime jurídico celetista, nos casos previstos em lei,
atendendo às disposições, aos princípios e aos direitos que lhe são aplicáveis pela Constituição Federal.

Parágrafo único. Ficam revogados os incisos I a XVI do Art. 107 da Lei Orgânica Municipal, bem como todos os seus
parágrafos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 108 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 109 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

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Art. 110 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 111 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 112 As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em Lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
3/1999)

Art. 113 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 114 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 115 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 116 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 117 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 118 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 119 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 120 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 121 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 122 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 123 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 124 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 125 Os titulares de órgãos da administração da Prefeitura deverão atender convocação da Câmara Municipal para
prestar esclarecimentos sobre assuntos de sua competência.

Art. 126 O Município estabelecerá, por Lei, o regime previdenciário de seus servidores.

TÍTULO IV

DOS TRIBUTOS E DO ORÇAMENTO

Capítulo I

DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 127 Compete ao Município instituir os seguintes tributos:

I - imposto sobre propriedade predial e territorial urbana;

II - imposto sobre transmissão "Inter Vivos", a qualquer título por ato oneroso; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

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III - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

IV - imposto sobre serviços de qualquer natureza não incluídos na competência estadual compreendida no art. 155, I, b,
da Constituição Federal, definida em Lei Complementar; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

V - taxas;

a) em razão do exercício do poder de polícia;

b) pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a
sua disposição;

VI - contribuição de melhoria decorrente de obra pública. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 1º O imposto previsto no inciso I será progressivo na forma a ser estabelecida em Lei Municipal de modo a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 2º O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas em realização do
capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoas
jurídicas, salvo se nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos,
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil:

II - incide sobre imóveis situados na zona territorial do Município.

§ 3º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos, e também, não poderão ser cobrados em valor
superior ao custo de seus fatos geradores, vedada a sua cobrança antecipada.

Capítulo II

DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

SEÇÃO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 128 O Sistema Tributário Municipal obedecerá às disposições da Constituição Federal, da Constituição Estadual, do
Código Tributário Nacional e outras leis da mesma natureza.

Parágrafo único. Ficam revogados os incisos I a III do Art. 128 da Lei Orgânica Municipal, bem como suas alíneas, e
também os Parágrafos 1º a 3º do mesmo dispositivo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 129 O Município poderá celebrar convênio com a União, Estado ou municípios para fiscalizar e arrecadar os
Tributos de sua competência. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Capítulo III

DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO NAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Art. 130 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

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Art. 131 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 132 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 133 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 134 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 135 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 136 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Capítulo IV

DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

Art. 137 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

I - exigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabeleça; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - estabelecer tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por ele exercida, independentemente da denominação jurídica
dos rendimentos, títulos ou direitos.

III - cobrar tributos;

a) relativamente a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou e antes de decorridos
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, não se aplicando esta regra de
noventa dias à fixação da base de cálculo do imposto previsto no art. 127, I; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 19/2016)

IV - utilizar tributo, com efeito, de confisco;

V - instituir imposto sobre:

a) patrimônio e serviços da União e dos Estados;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;

e) hospitais públicos e os de caráter filantrópico. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

VI - qualquer anistia, remissão ou isenção de tributo, só poderá ser concedida mediante lei específica aprovada com o
voto da maioria absoluta dos Vereadores da Câmara. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou
destino;

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VIII - instituir taxas que atentem contra:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

b) a obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse
pessoal.

§ 1º A redação do inciso V, "a" é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no
que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidade essenciais ou às destes decorrentes.

§ 2º As redações do Inciso V, a, e a do Parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços
relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados
ou que haja contraprestação de pagamento, de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da
obrigação de pagar imposto relativo ao bem imóvel.

Capítulo V

DO ORÇAMENTO

Art. 138 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais;

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma setorizada as diretrizes, objetivos e metas da
administração para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como as relativas aos programas de
duração continuada.

§ 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de


capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as
alterações na legislação tributária.

§ 3º O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária.

§ 4º Os planos e programas setoriais elaborados em consonância com o Plano Plurianual e apreciados pela Câmara de
Vereadores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 139 A Lei Orçamentária Anual compreenderá: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

I - o orçamento fiscal referente aos poderes municipais, fundos, órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município direta ou indiretamente detenha a maioria do capital
social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas entidades e órgãos a elas vinculados, da Administração Direta
ou Indireta, bem como fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

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§ 1º O projeto de Lei Orçamentária será instituído com demonstrativo setorizado de efeito sobre as receitas e despesas,
decorrentes de isenções, anistia, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária creditícia.

§ 2º A Lei Orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão de receita, fixação da despesa, não se
incluindo a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, dependendo de prévia e específica autorização legislativa.

Art. 140 Os projetos de lei relativos ao orçamento anual, ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos
adicionais, serão apreciados pela Câmara de Vereadores, na forma de seu regimento, após a realização de audiência
pública.

§ 1º Caberá a uma Comissão Técnica permanente:

I - examinar e emitir parecer sobre projetos, planos e programas, bem assim sobre as contas apresentadas pelo Prefeito.

II - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

§ 2º As emendas serão apresentadas na comissão, que sobre elas emitirá parecer, para posterior apreciação pelo
plenário.

§ 3º As emendas do Projeto de Lei do Orçamento Anual ou de crédito, somente poderão ser aprovados, quando:

I - compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas, excluídos os que
incidem sobre:

a) dotação para pessoal e seus encargos;

b) serviços da dívida municipal;

III - relacionados com a correção de erros ou omissões;

IV - relacionados com os dispositivos do texto do projeto de lei;

§ 4º As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias somente poderão ser aprovadas, quando compatíveis
com o Plano Plurianual.

§ 5º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara de Vereadores para propor modificação no projeto a que
se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação na Comissão Técnica da parte cuja alteração for proposta.

§ 6º Os Projetos de Lei do Plano Plurianual, das Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual serão enviados pelo
Prefeito à Câmara de Vereadores, obedecidos os critérios a serem estabelecidos em Lei Complementar.

§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que contrariar o disposto neste capítulo, as demais relativas
ao processo legislativo.

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei Orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização legislativa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

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Art. 141 São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na Lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou assunção de obrigações e direitos que excedam os créditos orçamentários ou


adicionais;

III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade precisa, aprovados pela Câmara, por maioria
absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, a fundo ou de despesas, ressalvadas a destinação de recursos para
manutenção e desenvolvimento de ensino, como estabelecido na Constituição Federal, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento e a transferência, de recursos de uma categoria de programação para outra, ou de


um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal é da seguridade social, para suprir
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações, fundos especiais;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem a prévia autorização legislativa.

§ 1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
plano plurianual, ou sem Lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitido para atender as despesas imprevisíveis, urgentes e
decorrentes de calamidade pública.

Art. 142 Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, inclusive créditos suplementares especiais,
destinados ao Poder Legislativo ser-lhes-ão repassados até o dia 20 (vinte) de cada Mês, à razão de 1/12 (um doze
avos) da receita prevista. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

Art. 143 A despesa com pessoal ativo e inativo do município não poderá exceder aos limites estabelecidos em Lei
Complementar.

Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alterações de
estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal a qualquer título pelos órgãos da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas: (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

I - se houver prévia dotação orçamentária, suficiente para atender projeções de despesas de pessoal e os acréscimos
dela decorrentes;

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II - se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as


sociedades de economia mista. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Capítulo VI

DA GESTÃO DA TESOURARIA

Art. 144 As receitas e as despesas orçamentárias serão movimentadas através de caixa único, regularmente instituído.

Parágrafo Único - A Câmara Municipal terá a sua contabilidade e tesouraria próprias, por onde movimentará os recursos
que lhe forem liberados.

Art. 145 As disponibilidades de caixa do Município é de suas entidades de administração indireta, inclusive dos fundos
especiais e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, serão depositadas em instituições financeiras
oficiais.

Parágrafo Único - As arrecadações das receitas próprias do Município e de suas entidades de administração indireta,
poderão ser feitas através da rede bancária privada, mediante convênio.

TÍTULO V

DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Capítulo I

DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Art. 146 O Município deverá organizar a sua administração e exercer suas atividades dentro de um processo de
planejamento permanente, atendendo as peculiaridades locais e os princípios técnicos convenientes ao desenvolvimento
integrado da comunidade. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Parágrafo Único - Considera-se processo de planejamento a definição de objetivos determinados em função da


realidade local, a preparação dos meios para atingi-los, o controle de sua aplicação e a avaliação dos resultados obtidos.

SEÇÃO I

DA COOPERAÇÃO DAS ENTIDADES E CIDADÃOS NO PLANEJAMENTO MUNICIPAL (ORÇAMENTO


PARTICIPATIVO) (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/2011)

Art. 146-A O Município buscará, pro todos os meios ao seu alcance, a cooperação das entidades representativas e
cidadãos no planejamento municipal.

Parágrafo Único - Para fins deste artigo, entende-se como entidade representativa o grupo legalmente organizado, de
fins lícitos. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/2011)

Art. 146-B O Município submeterá à apreciação das entidades e cidadãos, antes de encaminhá-los à Câmara Municipal,
os projetos de lei do Plano Plurianual e do Orçamento Anual, a fim de receber sugestões quanto à oportunidade e ao
estabelecimento das medidas propostas, através de assembléias gerais em todos os bairros, distritos e zona rural,
conforme disponibilidade orçamentária e financeira do município. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
6/2011)

Capítulo II

DO PLANO DIRETOR

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SEÇÃO ÚNICA

DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL

Art. 147 O Município elaborará o seu Plano Diretor nos limites da competência municipal, das funções da vida coletiva,
abrangendo habitação, trabalho, circulação e recreação, e considerando em conjunto os aspectos físico, econômico,
social e administrativo, nos seguintes termos:

I - no tocante ao aspecto físico-territorial, o plano deverá conter disposições sobre o sistema viário urbano e rural, o
zoneamento urbano, o loteamento urbano ou para fins urbanos, a edificação e os serviços públicos locais.

II - no que se refere ao aspecto econômico, o plano deverá inscrever disposição sobre o desenvolvimento econômico e
integração da economia municipal e regional;

III - no referente ao aspecto social, deverá o plano conter normas de promoção social da comunidade e criação de
condições de bem-estar da população;

IV - no que se respeita ao aspecto administrativo, deverá o plano consignar normas de organização institucional que
possibilitem a permanente planificação das atividades públicas municipais e sua integração nos planos estadual e
nacional.

Parágrafo Único - As normas municipais de edificação, zoneamento e loteamento ou para fins urbanos, atenderão as
peculiaridades locais e a legislação Federal e Estadual pertinente.

Art. 148 A elaboração do Plano Diretor deverá compreender as seguintes fases, com extensão e profundidade,
respeitadas as peculiaridades do Município.

I - estudo preliminar, abrangendo:

a) avaliação das condições de desenvolvimento;


b) avaliação das condições da administração.

II - diagnóstico:

a) do desenvolvimento econômico-social;

b) da organização territorial;

c) das atividades-fim do Município; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

d) da organização administrativa e das atividades-meio do Município. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
5/2008)

III - definição de diretrizes, compreendendo:

a) política de desenvolvimento;

b) diretrizes de desenvolvimento econômico e social;

c) diretrizes de organização territorial.

IV - instrumentação, incluindo:

a) instrumento legal do plano;

b) programas relativos às atividades-fim;

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c) programas relativos às atividades-meio;

d) programas dependentes da cooperação de outras entidades públicas.

Capítulo III

DA POLÍTICA URBANA

Art. 149 A política a ser formulada e executada pelo Poder Público, terá, como objetivo, o pleno desenvolvido das
funções sociais da cidade e a garantia e bem-estar de sua população.

Art. 150 A execução da política urbana está condicionada às funções sociais da cidade, compreendidas como direito de
acesso de todo cidadão à moradia, transporte público, saneamento, energia elétrica, gás, abastecimento, iluminação
pública, comunicação, educação, saúde, lazer e segurança, assim como a preservação do patrimônio ambiental e
cultural.

§ 1º O exercício do direito de propriedade atenderá a sua função social, quando condicionado a funções sociais da
cidade.

§ 2º Para os fins previstos neste artigo, o Poder Público Municipal exigirá, do proprietário, adoção de medidas que visem
a direcionar a propriedade para o uso produtivo de forma a assegurar:

I - acesso à propriedade e moradia a todos;

II - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;

III - prevenção e correção das distorções da valorização da propriedade;

IV - regularização fundiária e urbanização específica para áreas ocupadas por população de baixa renda;

V - adequação de direito de construir as normas urbanísticas;

VI - meio-ambiente ecologicamente equilibrado, como um bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de
vida, preservando e restaurando os processos ecológicos essenciais e provendo o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas, controlando a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e ao meio ambiente.

Art. 151 Para assegurar as funções sociais da cidade e da propriedade o Poder Público usará, principalmente, os
seguintes instrumentos:

I - imposto progressivo no tempo sobre o imóvel;

II - desapropriação por interesse social ou utilidade pública;

III - discriminação de terras públicas, destinadas prioritariamente a assentamentos de baixa renda;

IV - Inventários, registros, vigilância e tombamento de imóveis;

V - contribuição de melhoria.

VI - taxação dos vazios urbanos.

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Art. 152 O direito de propriedade territorial urbana não pressupõe o direito de construir, cujo exercício deverá ser
autorizado pelo poder público, segundo critérios que forem estabelecidos em Lei Municipal.

Art. 153 As terras públicas não utilizadas ou subutilizadas serão, prioritariamente, destinadas a assentamentos humanos
de população de baixa renda.

Art. 154 O estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, deverão assegurar:

I - a urbanização, a regularização fundiária e a titulação das áreas onde estejam situadas a população favelada e de
baixa renda, sem remoção dos moradores, salvo em áreas de risco mediante consulta obrigatória à população envolvida;

II - a apresentação das áreas de exploração agrícola e pecuária e o estímulo a essas atividades primárias;

III - a preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente natural e cultural;

IV - a criação de áreas de especial interesse urbanístico, social, ambiental, turístico, e de utilização pública;

V - a participação das entidades comunitárias no estudo, no encaminhamento e na solução dos problemas, planos,
programas e projetos;

VI - às pessoas portadoras de deficiência, o livre acesso a edifícios públicos e particulares de freqüência ao público, a
logradouros públicos e ao transporte coletivo.

Art. 155 Incumbe à Administração Municipal promover e executar programas de habitação popular e garantir, em nível
compatível com a dignidade da pessoa humana, condições habitacionais, saneamento básico e acesso ao transporte.

Parágrafo único. Fica revogado o Parágrafo Único do Art. 155 da Lei Orgânica Municipal. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 156 A Lei Municipal de cujo processo de elaboração as entidades da comunidade participarão, disporá sobre
zoneamento, parcelamento do solo, seu uso e sua ocupação, as construções e edificações, a proteção ao meio
ambiente, o licenciamento e a fiscalização e os parâmetros básicos, objetos do Plano Diretor.

Capítulo IV

DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL

Art. 157 A política de desenvolvimento rural será planejada, executada e avaliada na forma que dispuser o Plano de
Desenvolvimento Rural aprovado pela Câmara Municipal, para cada quadriênio, com a participação efetiva das classes
produtoras, trabalhadores rurais, técnicos e profissionais da área e dos setores de comercialização, armazenamento e
transporte, levando em conta, especialmente:

I - as condições de produção, comercialização e armazenagem, prestigiada a comercialização direta entre produtor e


consumidor;

II - a utilização e desenvolvimento da propriedade em todas as suas potencialidades;

III - a habitação, educação e saúde para o produtor rural;

IV - a garantia de vias de acesso para escoamento da produção;

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V - a execução de programas de recuperação e conservação do solo, reflorestamento e aproveitamento dos recursos


naturais;

VI - a proteção do meio ambiente;

VII - o incentivo ao cooperativismo, ao associativismo e ao sindicalismo;

VIII - a assistência técnica e extensão rural, em articulação com os órgãos Estaduais e Federais;

IX - a infra-estrutura física e social no setor rural.

Capítulo V

DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA

Art. 158 O Município utilizará de uma política fiscal, com incidência do imposto sobre a propriedade territorial urbana, em
forma progressiva em relação aos imóveis que, desviados de sua destinação agrícola, venham a ser utilizados como
sítios de lazer.

Art. 159 O Município, nos termos da Lei, prestará assistência aos trabalhadores rurais, aos pequenos agricultores e as
suas organizações.

Art. 160 O Município destinará, anualmente, como incentivo à produção agrícola destinada ao abastecimento, como
meio de promoção ao pequeno produtor rural e para sua promoção, técnica, valor correspondente à parcela do Imposto
Territorial Rural a quem tem direito, nos termos do art. 158, II da Constituição Federal.

Capítulo VI

DO MEIO AMBIENTE

Art. 161 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Art. 162 É dever do Poder Público elaborar e implantar, através de lei, Plano Municipal de Meio Ambiente que
contemple:

I - água potável;

II - águas pluviais;

III - águas servidas;

IV - resíduos sólidos;

V - nascentes e mananciais;

VI - encostas e mata nativa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 163 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 164 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

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Art. 165 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 166 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 167 O Município criará e instalará o Conselho Municipal do Meio Ambiente, órgão colegiado, autônomo e
deliberativo, composto paritariamente por representantes do Poder Público, entidades ambientalistas e representantes
da sociedade civil.

§ 1º Cabe ao chefe do Poder Executivo Municipal a iniciativa para criação do Conselho Municipal do Meio Ambiente.

§ 2º O Conselho Municipal do Meio Ambiente analisará a necessidade de o Município criar a Fundação Municipal do
Meio Ambiente.

§ 3º Todas as ações voltadas à proteção ambiental deverão obedecer rigorosamente às Legislações Federal e Estadual,
que tratem do assunto. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 168 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 169 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 170 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 171 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 172 São áreas de proteção permanente:

I - as áreas de proteção de nascentes de rios;

II - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da flora, bem como aquelas que servem como o local de pouso
ou reprodução de espécies migratórias.

Capítulo VII

DOS TRANSPORTES

Art. 173 O transporte é um direito social do cidadão. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 174 O Poder público municipal deverá efetuar o planejamento e a operação do sistema de transporte local.

§ 1º O Executivo Municipal definirá, segundo o critério do Plano Diretor, o percurso, a freqüência e a tarifa do transporte
coletivo e de linhas municipais.

§ 2º A operação e a execução do sistema serão feitos de forma direta, ou por concessão ou permissão, nos termos que
a Lei estabelecer.

Capítulo VIII

DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 175 O Município promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.

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Parágrafo Único - A política municipal de defesa do consumidor, definida com a participação de suas entidades
representativas, levará em conta a necessidade de:

I - promoção de interesses e direitos dos destinatários e usuários finais de bens e serviços;

II - criação de programas de atendimento, educação e informação do consumidor;

III - medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e
serviços;

IV - articulação com as ações Federais e Estaduais na área.

TÍTULO VI

DA ORDEM SOCIAL

Capítulo I

DA EDUCAÇÃO

Art. 176 A educação, direito de todos, dever do Estado, do Município e da família, será promovida e inspirada nos ideais
de igualdade, da liberdade, da solidariedade humana, do bem estar social e da democracia, visando ao pleno exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Parágrafo Único - A educação prestada pelo Município de Curitibanos atenderá a formação humanística, cultural, étnica
e científica da população.

Art. 177 o Ensino do Município será ministrado de acordo com os seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;

IV - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

V - gratuidade de ensino nos estabelecimentos oficiais;

VI - valorização dos profissionais de ensino, garantias, na forma da Lei, planos de carreira para o Magistério Público
Municipal, com piso salarial profissional e ingresso, exclusivamente, por concurso público de provas e títulos,
assegurando-se regime jurídico único para todas as instituições mantidas pelo Município;

VII - o município assegurará transporte gratuito aos estudantes comprovadamente carentes, especialmente os do interior
do Município, cujas localidades não ofereçam condições para a continuidade dos estudos;

VIII - promover a integração, da escola e a comunidade;

IX - gestão do ensino público municipal através de livre nomeação do Chefe do Poder Executivo, na forma da lei
específica. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

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§ 1º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 2º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

X - garantia do padrão de qualidade;

XI - organização de currículos e calendários adaptados à realidade de cada escola.

Art. 178 O Município organizará e manterá sistema de ensino próprio com extensão correspondente às necessidades
locais de educação geral e qualificação para o trabalho, respeitadas as diretrizes e bases fixadas pela legislação federal
e as disposições supletivas da legislação estadual.

§ 1º Deverá ser organizado o Conselho Municipal de Educação no Município e suas atribuições, organização,
composição, número de membros e normas para o seu funcionamento serão objeto de Legislação Complementar.

§ 2º Caberá ao Chefe do Poder Executivo Municipal indicar o Presidente do Conselho de que trata o § 1º.

Art. 179 Os recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino compreenderá:

I - o mínimo exigido pela Legislação Federal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

II - as transferências especiais da União e do Estado.

Parágrafo Único - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2008)

Art. 179-A Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 180 O sistema de ensino do Município compreenderá obrigatoriamente:

I - serviços de assistência educacional que assegurem condições de eficiência escolar aos alunos necessitados,
compreendendo garantias de cumprimento da obrigatoriedade escolar;

II - entidades que congreguem professores e pais de alunos com o objetivo de colaborar para o funcionamento eficiente
de cada estabelecimento de ensino. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

III - oferta de creches e pré-escolar para as crianças de zero a seis anos;

IV - ensino fundamental, gratuito para todos, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

V - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência física, mental ou sensorial;

VI - condições físicas adequadas para o funcionamento das escolas;

VII - membros do magistério em número suficiente para atender a demanda escolar;

VIII - atuação prioritária, no ensino fundamental e pré-escolar.

Parágrafo Único - com atendimento ao educando através de programas suplementares de alimentação, assistência à
saúde, material didático.

Art. 181 Os planos e projetos necessários à obtenção de auxílio financeiro Federal e Estadual, necessários aos

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programas de educação do Município serão elaborados pela Administração do Ensino Municipal.

Art. 182 É facultado ao Município:

I - firmar convênios de intercâmbio e de cooperação financeira com entidades públicas ou privadas para prestação de
orientação e assistência na criação e manutenção de bibliotecas públicas nas sedes dos Distritos do Município.

II - promover, mediante incentivos especiais ou concessão de prêmios e bolsas, atividades e estudos de interesse local,
de natureza científica ou socioeconômica.

Capítulo II

DO TURISMO

Art. 183 O Município promoverá e incentivará o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.

Capítulo III

DA CULTURA

Art. 184 O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura municipal e
apoiará e incentivará a valorização e difusão das manifestações culturais.

§ 1º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

§ 2º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 184-A Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 185 Constituem patrimônio cultural do Município os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente
ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação ou à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artísticas e culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológicos, paleontológicos, ecológicos e
científicos.

Art. 186 O Poder Público Municipal, com a colaboração da comunidade promoverá e protegerá o patrimônio cultural do
Município por meio de inventários, registros, vigilância tombamento e desapropriação, além de outras formas de
acautelamento e preservação.

§ 1º Cabe à administração pública do Município, na forma da Lei, a gestão da documentação e as providências para
franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

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§ 2º A Lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.

§ 3º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural do Município serão punidos na forma da Lei.

Art. 187 Deverá ser organizado o Conselho Municipal de Cultura e sua organização, composição, número de membros,
bem como as normas para o seu funcionamento serão objeto de legislação complementar, cabendo ao Poder Executivo
a indicação de seu Presidente.

Capítulo IV

DO DESPORTO

Art. 188 Cabe ao Município apoiar e incrementar as práticas desportivas na comunidade, observados:

I - autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;

II - destinação de recursos públicos para a promoção do desporto educacional;

III - tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional;

IV - educação física como disciplina de matrícula obrigatória;

V - a prática de atividades desportivas pelas comunidades, facilitando-se o acesso às áreas públicas destinadas à
pratica de esportes;

VI - o desenvolvimento de práticas desportivas para pessoas portadoras de deficiências.

Art. 188-A Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 189 Deverá ser organizado o Conselho Municipal de Esportes no Município e sua organização, composição,
número de membros e fixação de normas para o seu funcionamento serão objeto de legislação complementar, cabendo
ao Poder Executivo indicação de seu Presidente.

Art. 190 O Poder público Municipal incentivará o lazer como forma de promoção social.

Capítulo V

DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 191 O Município prestará, em cooperação com o Estado e a União, Assistência Social a quem dela necessitar,
objetivando:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à deficiência.

II - a promoção da integração ao mercado de trabalho.

III - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária.

IV - o amparo à criança, ao adolescente e ao idoso carente.

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Parágrafo Único - As ações do Governo Municipal na área da Assistência Social serão desenvolvidas com base nas
seguintes diretrizes:

I - criação de um Conselho Municipal de Assistência Social com a finalidade de colaborar com o Poder Executivo.

II - a organização, composição, número de membros, fixação de normas para o seu funcionamento serão objeto de
legislação complementar, cabendo ao Poder Executivo a indicação de seu Presidente.

Capítulo VI

DA FAMÍLIA

Art. 192 A família, base da sociedade, tem proteção especial do Município, observados os princípios das Constituições
Federal e Estadual.

Parágrafo Único - Incumbe ao Município, no âmbito de sua competência e em articulação com os órgãos Federais e
Estaduais, promover:

I - programas de planejamento familiar, fundados na dignidade da pessoa humana, na paternidade responsável e na livre
decisão do casal, através de recursos educativos e científicos, proporcionados gratuitamente, vedada qualquer forma
coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas;

II - assistência educativa à família em estado de privação.

Capítulo VII

DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 193 O Poder Público Municipal assegurará a criança e ao adolescente os direitos previstos nas Constituições da
União e do Estado.

§ 1º O Município criará e manterá organismos estruturados para dar cumprimento às ações de atendimento à criança ou
ao adolescente infrator ou de conduta social irregular será, prioritariamente, atendido no âmbito familiar e comunitário.

§ 2º A medida de internação será aplicada como último recurso, malogrados os esforços de outras alternativas, e pelo
menor espaço de tempo possível.

§ 3º A internação em estabelecimento de recuperação dependerá de processo legal e técnico e será restrita aos casos
previstos em Lei.

Capítulo VIII

DOS IDOSOS

Art. 194 O Município, em articulação com o Estado, implementará política destinada a amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, observado o seguinte:

§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados, preferencialmente, em seus lares.

§ 2º Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos é garantida a gratuidade nos meios de transportes coletivos urbanos e
rurais.

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§ 3º Definição das condições para criação e funcionamento de asilos e instituições similares, cabendo ao Poder Público
acompanhar e fiscalizar as condições de vida e o tratamento dispensado aos idosos.

§ 4º O Município prestará apoio financeiro às iniciativas comunitárias, bem como as instituições beneficentes e
executoras de programas de atendimento ao idoso.

Capítulo IX

DO DEFICIENTE

Art. 195 O Poder Público Municipal assegurará as pessoas portadoras de deficiência os direitos previstos nas
Constituições Federal da União e da Estadual.

Parágrafo Único - O Município, isoladamente ou em cooperação, manterá programas destinados à assistência às


pessoas portadoras de deficiência, com o objetivo de assegurar:

I - respeito aos direitos humanos;

II - tendo discernimento, ser ouvida sempre que esteja em causa o seu direito;

III - não ser submetida a intromissões arbitrárias e ilegais na vida privada, na família, no domicílio ou correspondência;

IV - exprimir livremente sua opinião sobre todas as questões, consoante a idade e maturidade;

V - atendimento médico e psicológico;

Capítulo X

DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 196 A Comunicação é bem cultural e direito inalienável de todo o cidadão, devendo estar a serviço do
desenvolvimento integral do povo e da eliminação das desigualdades e das injustiças.

Parágrafo Único - A manifestação do pensamento, a expressão e a informação sob qualquer forma, processo ou veículo
não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nas Constituições Federal e Estadual.

Capítulo XI

DA SAÚDE

Art. 197 A saúde é direito de todos os Munícipes e dever do Poder Público, assegurada mediante políticas sociais e
econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para promoção e recuperação.

Art. 198 O direito à saúde implica os seguintes direitos fundamentais:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte e lazer;

II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

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III - opção quanto ao tamanho da prole;

IV - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação da saúde, sem qualquer discriminação;

V - proibição de cobrança ao usuário pela prestação de serviços de assistência à saúde, públicos ou contratados, desde
que o paciente não opte por acomodações diferenciadas nos casos de internação hospitalar.

Art. 199 As ações e serviços de saúde são de natureza pública, devendo sua execução ser feita, preferencialmente,
através de serviços oficiais e, supletivamente, através de serviços de terceiros.

Art. 200 As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem o Sistema
Municipal de Saúde, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - distritalização dos recursos, serviços e ações;

II - integralidade da prestação das ações de saúde, adequadas as realidades epidemiológicas;

III - deverá ser organizado o Conselho Municipal de Saúde e sua organização, composição, número de membros e
fixação de normas para o seu funcionamento serão objeto de legislação complementar, cabendo ao Chefe do Poder
Executivo a indicação de seu Presidente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

IV - deverá ser organizado o Conselho Municipal de Combate ao Uso de Drogas e Entorpecentes, e sua organização,
composição, número de membros e fixação de normas para o seu funcionamento serão objeto legislação complementar,
cabendo ao Chefe do Poder Executivo a indicação do seu Presidente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

Art. 201 O Sistema Municipal de Saúde será financiado com recursos do orçamento do Município, do Estado, da
seguridade social, da União, além de outras fontes.

§ 1º Os recursos financeiros do Sistema Municipal de Saúde serão administrados pela Secretaria Municipal de Saúde e
Fiscalizados pelo Conselho Municipal de Saúde.

§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções a instituições privadas com fins lucrativos.

§ 3º as instituições privadas poderão participar de forma suplementar do Sistema Municipal de Saúde, mediante contrato
público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 19/2016)

Art. 202 Ao Município compete:

I - a assistência à saúde;

II - garantir aos profissionais de saúde a isonomia salarial, admissão através de concurso, incentivos à capacitação e
reciclagens permanentes, condições adequadas de trabalho para a execução de suas atividades em todos os níveis;

III - a direção do SUS no âmbito do Município em articulação com a Secretaria Estadual de Saúde;

IV - a elaboração e atualização periódica do plano municipal de saúde, em termos de prioridades e estratégias


municipais, em consonância como o plano estadual de saúde e de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de
Saúde;

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V - a elaboração e atualização de propostas orçamentárias do SUS para o Município;

VI - a proposição de Projetos de Lei, que contribuam para viabilizar e concretizar o Sistema Unificado de Saúde - SUS;

VII - a compatibilização e complementação das normas técnicas do Ministério de Saúde e da Secretaria Estadual de
Saúde e de acordo com a realidade Municipal;

VIII - a administração e execução das ações e serviços de saúde e de promoção nutricional, de abrangência municipal
ou intermunicipal;

IX - a formulação de política de recursos humanos na esfera municipal, de acordo com as políticas nacional e estadual
de desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;

X - o acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores de morbimortalidade no âmbito do Município;

XI - o planejamento e execução das ações de vigilância e epidemiologia no âmbito do Município, em articulação com o
Estado.

XII - o planejamento e execução das ações de controle do meio ambiente e de saneamento básico, em articulação com
os demais órgãos governamentais;

XIII - a execução da política nacional de insumos e equipamentos para a saúde; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2016)

XIV - a complementação das normas referentes às relações com o setor privado e a celebração de contratos com
serviços privados de abrangência municipal;

XV - a execução, aos programas e projetos estratégicos para o enfrentamento das prioridades nacionais, estaduais e
municipais, assim como situações emergenciais;

XVI - o planejamento e execução das ações de controle das condições e dos ambientes de trabalho e dos problemas de
saúde com eles relacionados;

XVII - a celebração de consórcios intermunicipais para formação de Sistemas de Saúde quando houver indicação
técnica e consenso das partes.

Art. 203 A assistência à saúde é livre à iniciativa privada no âmbito do Município.

Parágrafo Único - As instituições privadas, como farmácias e hospitais, clínicas ou similares deverão manter serviços de
atendimento emergencial ou plantões de acordo com as normas emanadas da Secretaria Municipal de Saúde.

Art. 204 Ficam asseguradas, preferencialmente, a assistência e ações de saúde à infância, gestantes, portadores de
necessidades especiais e idosos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2016)

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS (Vide revogação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/2016)

Art. 1º O Prefeito Municipal, o Presidente da Câmara de Vereadores e os Vereadores prestarão, no ato de promulgação
da Lei Orgânica, o compromisso de mantê-la, defendê-la e cumpri-la.

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Art. 2º Simultaneamente com o pleito eleitoral de 3 de outubro de 1.990 se fará consulta plebiscitária à população para
a criação do Distrito de Núcleo Tritícola.

Art. 3º A Câmara de Vereadores de Curitibanos terá o prazo de até 150 (cento e cinqüenta) dias a contar da
promulgação desta Lei Orgânica para elaborar, votar e promulgar o seu Regimento Interno.

Art. 4º A Lei complementar criará guarda municipal montada destinada à proteção dos bens, serviços e instalações do
Município.

Parágrafo Único - Para consecução do objetivo do caput deste artigo, o Município poderá celebrar convênio com a
Polícia Militar do Estado.

Art. 5º O Poder Executivo, no prazo de um ano, a contar da promulgação desta lei, concluirá o cadastramento dos bens
municipais de que trata o art. 102.

Art. 6º O Poder Executivo enviará, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da promulgação desta Lei Orgânica,
Projeto de Lei propondo a criação da Fundação Municipal de Esportes.

Art. 7º O Poder Executivo, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar da promulgação desta Lei Orgânica, enviará
a Câmara, Projeto de Lei, concedendo isenção e benefícios às pessoas carentes do Município, compreendendo:

I - caixão;

II - translado;

III - terreno no cemitério municipal ou gaveta;

IV - isenção das taxas.

Art. 8º O Poder Executivo Municipal elaborará e remeterá à Câmara de Vereadores até 30 de novembro de 1999, o
Plano de Cargos e Salários do Município, suas autarquias e fundações públicas. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 3/1999)

Art. 9º O Prefeito Municipal, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, encaminhará ao Poder Legislativo, Projeto de Lei
que vise à promoção da defesa do Consumidor.

Art. 10 O Município implantará, através de Lei especial, as normas de proteção aos deficientes físicos, pelas ações:

I - Adequação dos prédios públicos, de forma a permitir fácil acesso, especialmente nas escolas com implantação de
rampas antiderrapantes.

II - Adequação de logradouros e passeios públicos para que deficientes físicos e visuais transitem com facilidade.

III - Exigência de condições físicas de acesso aos deficientes em locais como: restaurantes, lojas, cinemas, hotéis e
estabelecimentos comerciais.

Art. 11 O Município mandará imprimir esta Lei Orgânica para distribuição nas escolas e entidades representativas da
comunidade, gratuitamente, de modo a fazer-se a mais ampla divulgação do seu texto.

Art. 12 Os Poderes Executivos e Legislativo, no prazo de trinta dias da entrada em vigor desta Lei, convocarão as
Associações e entidades representativas de todos os segmentos do Município, para formação de um Comitê

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Permanente para Mudança da Capital para o Município de Curitibanos, obedecidos os seguintes princípios:

I - O Comitê fará publicidade e atuará com vistas a mobilizar a opinião pública no sentido de votar favoravelmente para a
transferência da Capital do Estado para o Município de Curitibanos, quando da realização da Consulta plebiscitária a ser
realizada dia 7 de setembro de 1.993.

II - Para a consecução de seus objetivos, o Comitê elegerá sua Diretoria em Pleito direto, com orçamento e contas
próprias, submetidas anualmente à aprovação da Câmara Municipal de Vereadores.

III - O Comitê será regido por estatuto próprio.

IV - O Comitê se extingue com a homologação do resultado da consulta plebiscitária pela Justiça Eleitoral.

§ 1º O Poder Executivo, poderá destinar verbas para o Comitê, de acordo com as suas possibilidades, mediante
prestação de contas forma de lei.

§ 2º O Comitê buscará recursos, também, na iniciativa privada local e de todo o Estado.

Art. 13 O Poder Executivo Municipal elaborará e remeterá à Câmara de Vereadores até 30 de novembro de 1999, o
Plano Rodoviário Municipal, estabelecido à sigla, numeração cronológica e a distância das Rodovias Municipais.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1999)

Art. 14 O Município elaborará e remeterá à Câmara de Vereadores, o programa de organização e promoção do Turismo
para cumprimento do art. 183 no prazo de 180 dias, a contar da promulgação da Lei Orgânica.

Art. 15 Até que seja promulgada Lei Complementar, fica concedido aos servidores públicos municipais de Curitibanos:

I - Licença-maternidade de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração;

II - Licença-paternidade de 15 (quinze) dias, sem prejuízo da remuneração.(Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 8/2011)

Art. 16 Até que seja promulgada Lei Complementar regulamentando a matéria, os adicionais de insalubridade e
periculosidade de que trata o art. 54, V, da lei Complementar Municipal nº 26/2002 são os mesmos do art. 12, da Lei
Federal nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, incidentes sobre o vencimento.(Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 9/2011)

Curitibanos, em 04 de abril de 1990.

VEREADORES

SIDINEZ FURLAN

Presidente

WANDERLEY TEODORO AGOSTINI

Vice-Presidente

CELSO DOMINGOS TAGLIARI

1º Secretário

ADEMAR KAZURO OGAWA

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2º Secretário

REINALDO ASSIS PELLIZZARO

Relator Geral

JOÃO FORMENTO

Presidente da Comissão de Sistematização

LAERTE ANTÔNIO BORELLA

Relator da Comissão de Finanças Orçamento

LUIZ FERNANDES POPINHAK FRANÇA

Presidente Comissão Finanças Orçamento

MARCOS ANTONIO MACHADO FARIAS

Relator da Comissão da Ordem Social

PAULO CARAMURU FERREIRA

Membro Comissão Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

SÁLVIO ZULMAR DE SOUZA

Sub-Relator

SÍLVIO GRANEMANN CALOMENO

Relator Comissão Desenvolvimento Urbano e meio ambiente

VALDIR PICOLI

Presidente da Comissão da Ordem Social

Esse conteúdo não substitui o publicado no Diário Oficial do Município.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 15/02/2021

Nota: Este texto disponibilizado não substitui o original publicado em Diário Oficial.

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