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Caderno Jurídico
v. 1, n. 3, ago/dez. 2022 - Teresina
ISSN: 2764-832X
Editorial
Diretoria da Seccional Piauiense DIRETORIA ESAPI
(Gestão 2022/2024) Diretor Geral
Thiago Anastácio Carcará
Presidente: Celso Barros Coelho Neto Vice-Diretora
Vice-presidente: Daniela Carla Gomes Freitas Leda Maria Eulálio Dantas Luz Costa
Secretária Geral: Raylena Vieira Alencar Soares Diretor Administrativo
Secretário Geral Adjunto: Auderi Martins Carneiro Filho Ivonaldo da Silva Mesquita
Diretor Tesoureiro: Marcus Vinícius de Queiroz Nogueira Diretora de Ensino
Marcele Roberta Pizzato
CONSELHEIROS SECCIONAIS Diretora Acadêmica
Maria Fernanda Brito Do Amaral Ravana Medeiros Costa Soares Basílio
Maria Da Conceição Carcará Diretor Pesquisa de Pós-Gradução
Kadmo Alencar Luz Fabrício de Farias Carvalho
Damásio de Araújo Sousa Diretor de Eventos e Relações Institucionais
Alexandre Augusto Batista de Lima Jhon Kennedy Teixeira Lisbino
Herval Ribeiro Diretor de Interiorização das Ações da Escola
Hilbertho Luis Leal Evangelista Johilse Tomaz da Silva
William Palha Dias Netto
Shardenha Maria Carvalho Vasconcelos CONSELHO SUPERIOR
José Sérgio Torres Angelim José Augusto de Carvalho Mendes Filho
Thiaga Leandra Alves Ribeiro Learth Patrícia Caldas Meneses Pires Ferreira
Astrobaldo Ferreira Costa Roberto Cajubá da Costa Britto
Mauro Benício Da Silva Júnior Joseli Lima Magalhães
José Urtiga de Sá Júnior
Luciano José Linard Paes Landim COORDENADORES ESAPI
Dione Cardoso De Alcântara Coordenador da Residência Jurídica
Francisca Juliana Castello Branco Evaristo de Paiva Thiago Edirsandro Albuquerque Normando
Andréa Bandeira Paz Coordenadores do Curso de Iniciação à Advocacia
Andreya Lorena Santos Macêdo Silvia Cristina Carvalho Sampaio Santana
Graciane Pimentel de Sousa Aurélio Lobão Lopes
Myrthes Barreira dos Reis Coordenadora de Eventos
Wilson Spindola Rodrigues Silva Michelle Thamyles Melo Abath
James Araújo Amorim Coordenadores de Pesquisa
Justina Vale de Almeida Gesio de Lima Veras
Juliana Oliveira Soares Cassio Luz Pereira
Marenize Leite Macena Coordenadora de Comunicação
Antônio Augusto Pires Brandão Samila Barbosa Milhomem
Raíssa Mota Ribeiro Coordenador de Interiorização das Ações da Escola
Ariane Caiane Melo Mota Daniel da Costa Araújo
Carlos Washington Cronemberger Coelho Coordenador de Atividades de Extensão
Edvaldo Oliveira Lobão Frank Lucio Dantas Noronha
Hamilton Ayres Mendes Lima Júnior Coordenadora de Biblioteca e Salas de Estudos
Carolina Lamarca Leal Areias Nayara Figueiredo de Negreiros
Silvia Cristina Carvalho Sampaio Santana Coordenadores das Ferramentas Digitais da Advocacia
Cheyla Maria Paiva Ferraz Ponce Helldânio Muniz Barros
Cleiton Aparecido Soares da Cunha Coordenador de Relações Institucionais
Adriano Silva Borges Howzembergson de Brito Lima
Luiz Mário de Araújo Rocha Coordenador de Altos Estudos da Advocacia
Darlan da Rocha Martins Antônio Augusto Pires Brandão
Luiza Virginia Macêdo Sales Coordenador de Programa de Interface da Advocacia
Francisco de Sousa Vieira Filho Berilo Pereira da Motta Neto
Jedean Gericó de Oliveira Coordenador de Ações para Jovem Advocacia
Ravana Medeiros Costa Soares Basílio Pedro Marcelo de Carvalho Sousa
Rafael Orsano de Sousa Coordenadora de Ações para Mulher Advogada
Karolinna Vasconcelos Pereira Letícia dos Santos Sousa
Mara Raylane De Sousa Reis Coordenadora de Pós-Graduação
Rafael Fonseca Lustosa Vitória Andressa Loiola dos Santos
Jhon Kennedy Teixeira Lisbino Coordenador de Ensino
Williams Cardec da Silva Victor Hugo Leal Silva
Denize de Maria Dias Gomes e Silva Coordenador de Memória e Cultura
Luiz Alberto Ferreira Júnior Jose Augusto Lima Nery Barbosa
Silvânia Maria Luz Leal
Aureliano Marques Da Costa Neto DIRETORIA CAAPI
François Lima de Barros Presidente
Beatriz de Sousa Talmy Tércio Ribeiro da Silva Júnior
Ruan Oliveira Leal Vice- Presidente
Danielle dos Santos Araripe Maria Dalva Fernandes Monteiro
Lady Kelly Câmara Lemos de Santana Terto Secretária Geral
Alexia Leal de Carvalho Torres Ravennya Muara Oliveira Silveira Moreira
Mayza Allen Lopes Cerqueira Amorim Secretaria Geral Adjunta
Marineri Alves de Sousa Jória Maria Batista Nunes Soares
Tesoureiro
CONSELHO FEDERAL Josélio Sálvio Oliveira
Èlida Fabrícia Oliveira Machado Franklin Suplentes Diretoria
Shaymmon Emanoel Rodrigues de Moura Sousa Gerson Luciano Damasceno de Moraes
Carlos Augusto de Oliveira Medeiros Júnior Manuela Veras Coimbra Maciel
Jamylle Torres Viana Vieira de Alencar Leite Lima Conselho Fiscal
Isabella Nogueira Paranaguá de Carvalho Drumond Glayerlane Soares Silva
José Vagner Fonseca Nunes Filho
Lucas Matheus Resende Feitosa
Suplente Conselho Fiscal
Francisca Fábia Viana Monteiro
CONSELHO EDITORIAL
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Sumário
01 DEVER DE COERÊNCIA: (DOIS
PESOS E DUAS MEDIDAS)
Reis Friede
06 JURISPRUDÊNCIA REGIONAL
TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA 22ª REGIÃO
Decisão Judicial
03 IDENTIDADE DE GÊNERO E
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Elishorranna Lima Soares
08 AFINAL, O METAVERSO É PARA
HUMANOS?
Alexandre Bento Bernardes
de Albuquerque
11 A VITIMOLOGIA E O PROCESSO
PENAL BRASILEIRO DENTRO
DA EXPLICAÇÃO PELA NÃO
17 LEGISLAÇÃO E A POLÍTICA
FINANCEIRA NACIONAL DE
SUBSÍDIOS PARA O TRANSPORTE
FORMALIZAÇÃO DE DENÚNCIAS COLETIVO URBANO
DE “CRIMES CONTRA A DIGNIDADE
SEXUAL” (LEI 12.015/09) Eder Santos de Moraes
12 ESPERANÇA GARCIA É
RECONHECIDA PELO CONSELHO
PLENO COMO A PRIMEIRA
18 ASSÉDIO ELEITORAL E FAKES
NEWS: INGREDIENTES QUE
TEMPERAM AS CAMPANHAS
ADVOGADA BRASILEIRA POLÍTICAS DE 2022
NOTÍCIA JURÍDICA Alaídes da Silva Oliveira
de Araújo
14 A ESCOLA SUPERIOR DE
ADVOCACIA DO PIAUÍ, REALIZOU
O SEGUNDO PROCESSO
20 CONHEÇA OS PRECEDENTES
EXISTENTES NAS TURMAS
RECURSAIS DOS JUIZADOS
SELETIVO PARA A CONTRATAÇÃO ESPECIAIS DO PIAUÍ QUE PODEM
Sumário
DE PROFESSORES DA ESA-PI SER UTILIZADOS DESDE A
NOTÍCIA ESA PETIÇÃO INICIAL, QUANTO NOS
RECURSOS
DECISÃO JUDICIAL
15 A CONTRIBUIÇÃO DO TEXTO
LITERÁRIO À COMPREENSÃO DA
CIÊNCIA JURÍDICA
21 FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO:
O DESAFIO DE CONHECER E GERIR
OS RECURSOS PÚBLICOS
Giuliano Campos Pereira Danilo de Sousa Silva
23 BENEFÍCIOS E DESAFIOS DA
UTILIZAÇÃO DO PREGÃO
ELETRÔNICO NA ADMINISTRAÇÃO
29 DIÁLOGO COMPETITIVO, UMA
MODALIDADE DE LICITAÇÃO DO
FUTURO
PÚBLICA MUNICIPAL
Diego Otávio de Carvalho
Bruna Ohana Silva Brito
24 JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO
DA SAÚDE – COMO OS
DIABÉTICOS PODEM CONSEGUIR
30 PARTICIPAÇÃO DA COMISSÃO
DE DIREITO DAS FAMÍLIAS E
SUCESSÕES
TRATAMENTOS E MEDICAÇÕES?
Ana Letícia Sousa Arraes de
Amanda Maria Assunção Resende
Moura
25 A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA AO CRIME DE
PECULATO SOB A ÓTICA DOS
31 LOAS, BENEFÍCIO ASSISTENCIAL
À PESSOA COM DEFICIÊNCIA E/
OU IDOSO E A POSSIBILIDADE DE
TRIBUNAIS SUPERIORES CONCESSÕES PARA MAIS DE UM
Camila de Meneses Brito MEMBRO DA MESMA FAMÍLIA
Camilla Fernanda Coelho
dos Santos
26 QUALIFICAÇÃO EM TODO
O ESTADO: I FÓRUM DA
ADVOCACIA DOS CARNAUBAIS
32 POEMA DA TRANSFORMAÇÃO
Luana Maria de Carvalho
Castelo Branco
DISCUTE TEMAS RELACIONADOS
A EFETIVAÇÃO DE DIREITOS
SOCIAIS.
Sumário
NOTÍCIA ESA
27 .JULGAMENTO DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
TJPI | APELAÇÃO CRIMINAL
33 PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA
DE RENDA E SUA IMPORTÂNCIA
PARA A EFETIVAÇÃO DAS
DECISÃO JUDICIAL GARANTIAS FUNDAMENTAIS E
EFETIVAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
DIGNIDADE HUMANA
Bruna Cristine Ferreira Silva
28 INAPLICABILIDADE DAS
CAUTELARES ALTERNATIVAS:
ABORDAGEM CONSTITUCIONAL
34 O PAPEL DOS PROTAGONISTAS
DA JUSTIÇA E O AVANÇO DA
PARTICIPAÇÃO SOCIAL COMO
FORMA ALTERNATIVA DE
Pedro Vinicius Marques de
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
Ribamar & Pedro Igor Sousa
de Oliveira SOBRE O PRISMA HUMANÍSTICO
Vitória Loiola
Sumário
Ingridy Luana Abreu Sousa
EVE R
D ÊNCIAD E
CO E R Dois Pesos e Duas Medidas
Reis Friede
Desembargador Federal. Mestre e Doutor em Direito e Professor da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
CO E R Ê NC IA
12 CADERNO JURÍDICO Dezembro/2022
CADERNO JURÍDICO ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA DO PIAUÍ ARTIGO
INTRODUÇÃO
À Lei 14.133/2021:
o novo marco legal das
contratações públicas
FOTO DE
CAMERON CASEY
INTRODUÇÃO
O dever de licitar está previsto na Constituição de 1988 no inciso XXI
do art. 371, que trata dos princípios e normas gerais da Administração
Pública. A competência de a União legislar sobre normas gerais de licitação
e contratação, está disposta nos termos do inciso XXVII do art. 222 e no
caput do art. 175. Nesse compasso, tem-se a legislação que irá disciplinar
todas essas aquisições, sendo estas, a Lei nº 8.666/93, a Lei nº 14.133/2021,
Lei 10.520/02 e Lei 12.462/2011- Regime Diferenciado de Contratação.
Entretanto, a NLLC – Nova Lei de Licitações e Contratos, Lei 14.133/2021
revogará em abril de 2023 toda a legislação citada, como consequência,
também, de seus regulamentos.
A EXISTÊNCIA PARADIGMÁTICA
DA LEI Nº 8.666/93
A Lei nº 8.666/93 durante 28 (vinte e oito) anos tem sido ícone das
licitações públicas, e bastante criticada por seu método procedimental,
burocrático e retrógrado, sendo todos os seus procedimentos realizados
de forma presencial, contendo duas fases de recursos, o que propicia a
lentidão no processo, porém, foi finalmente substituída. Entretanto, para
surpresa de muitos a NLLC trouxe uma redação bastante procedimental
(Instrução normativa nº 05/2017), trazendo novos paradigmas e elementos
de Governança.
(...)
INTRODUÇÃO À Lei 14.133/2021
(...)
(...)
CONCLUSÃO
A Nova Lei de licitação surgiu em um momento difícil (pandemia), em
INTRODUÇÃO À Lei 14.133/2021
4 Ver artigo publicado por Vieira, Antonieta Pereira e Furtado, Madeline Rocha. As
Regulamentações da Lei nº 14.133/2021- o que ainda virá por aí? Disponível em: https://www.
novaleilicitacao.com.br/2022/08/02/as-regulamentacoes-da-lei-no-14-133-2021-o-que-ainda-
vira-por-ai/
IDENTIDADE DE
GÊNERO
E PREVIDÊNCIA SOCIAL
Elishorranna Lima Soares
Advogada. Especialista em Gestão Pública com Ênfase em Licitações e Contratos.
Especialista em Direito Constitucional e Administrativo. Pós-graduanda em
Direito Previdenciário e Trabalho.
PHOTO BY ELYSSA
FAHNDRICH ON UNSPLASH
UMA REFLEXÃO
ACERCA DA GESTÃO
DO CONFLITO
FAMILIAR PELO
CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL
Elton Costa
Servidor efetivo do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Compõe o
gabinete e atua como Conciliador Judicial na 3ª Vara Cível da Comarca de Caxias –
Família, Sucessões, Infância e Juventude, Tutela, Curatela e Ausência - Mestrando
em Direito e Gestão de Conflitos (UNIFOR). Especialista em Direito de Família
e Sucessões (ESAPI). Conciliador Judicial (ESMAM). Capacitado em Mediação
Familiar (ESMPMA). Capacitado em Conciliação e Mediação Extrajudicial (SAPIENS).
Professor da Pós-graduação em Família e Sucessões da ESAPI.
ESTUDOS E RESULTADOS
A resposta ocorreu
no mesmo período em
reunião do desembargador
Fernando Lopes Silva Neto,
então corregedor do TJ, com
o presidente Celso Barros
Neto e demais membros
da diretoria da OAB/PI.
Ao longo do percurso, os
estudos seguiram sendo
atualizados por membros
da Seccional e integrantes
do IBDFAM/PI, atualmente presidido
Para tanto, os representantes da
pela advogada Cláudia Paranaguá,
seccional sugeriram mais um estudo de
em reuniões e audiências com a
impacto orçamentário para identificar
participação de representantes de
se há a possibilidade de permanecer
instituições públicas.
seis varas de Família e que sejam
Já neste ano de 2022, a nova diretoria criadas duas varas de Sucessões.
da Ordem apresentou atualizações dos
Mais informações:
estudos com resultados das capitais
do Maranhão e Paraíba, na defesa do https://s.migalhas.com.br/S/D0FF75
aprimoramento do Direito de Família
e Sucessões Brasileiro. Isso ocorreu
JURISPRUDÊNCIA REGIONAL
Processo Relator
00001281-13.2021.5.22.0003 Manoel Edilson Cardoso
OJC Data de julgamento
2a Turma 25/10/2022
Classe Data de publicação
Órgão: 2ª Turma
RELATOR : DESEMBARGADOR MANOEL EDILSON CARDOSO
No acórdão o Relator da 2ª Turma do TRT, Des Manoel Edilson Cardoso, expôs “É cediço que são
requisitos essenciais da alteração contratual lícita a ausência de prejuízo, direto ou indireto, ao
trabalhador e o mútuo consentimento. Assim dispõe o art. 468 da CLT, sob pena de nulidade da
cláusula infringente desta garantia. Ademais, as normas regulamentares aderem ao contrato
de trabalho, obrigando ambas as partes, sendo que eventuais alterações posteriores somente
atingem os contratos que forem celebrados ulteriormente, exceto quando mais benéficas,
segundo entendimento jurisprudencial consolidado nas Súmulas nºs 51 e 288 do C. TST.”
DECISÃO JUDICIAL
O Acórdão completo está disponível pela consulta do TRT 22 com acesso pelo
número do processo
https://siscle.trt22.jus.br/jurisprudencia-beta/acordao/pesquisa-acordao.jsf
27 CADERNO JURÍDICO Dezembro/2022
CADERNO JURÍDICO ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA DO PIAUÍ ARTIGO
NOTÍCIA ESA
AFINAL, O
METAVERSO
É PARA HUMANOS?
O que se acompanha diariamente nas redes sociais e nos portais digitais são
mensagens, notícias e publicidades sobre o metaverso. É um produto para todos
e que disponibilizará inúmeros benefícios. O embarque na “onda” do momento
está aberto, muitos verificam tecnicamente o que é este salto para a sociedade,
alguns utilizam a oportunidade do momento para negócios e nós, reles mortais,
tentando aprender e apreender sobre esta nova oportunidade.
As apresentações realizadas nas redes e nos e-mails recebidos para
cursos afirmam haver falta de profissionais capacitados para trabalhar com esta
tecnologia, ao mesmo tempo um forte temor de perda de vagas de trabalho em
razão da mesma tecnologia, veja que há movimento recente em empresas de
tecnologia, matérias da exame 1 afirmam neste sentido.
O mercado sofrerá alterações e todos devem se preparar para os ventos das
mudanças. O Doutor em Direito do Trabalho Jouberto Cavalcante muito bem
resume uma preocupação “Sem deixarmos de reconhecer os aspectos positivos
da tecnologia, estamos convencidos de que as implementações tecnológicas não
param de mudar as relações sociais, os processos de produção e as relações
de trabalho, desencadeando também reflexos negativos, como as patologias
decorrentes da intensificação do trabalho e o desemprego tecnológico em
diversos setores da economia”.
1 https://exame.com/negocios/demissoes-em-massa-startups-legislacao-brasileira-o-que-
-fazer/) e da G4 (https://g4educacao.com/portal/demissao-em-massa-nas-startups/
A MEDIDA PROTETIVA
DE URGÊNCIA COMO UM
IMPORTANTE MECANISMO
DE PREVENÇÃO E
ENFRENTAMENTO
À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
IMAGEM DE FREEPIK
CELERIDADE PROCESSUAL
NOS JUIZADOS ESPECIAIS
CÍVEIS: FACULDADE DA
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
COMO ALTERNATIVA
Francisco Sobrinho
Advogado atuante há mais de 08 anos, especialista em Direito Público e
Privado pela Escola de Magistratura do Piauí; especializando em Direito
Constitucional e Administrativo pela ESA/PI; consultor jurídico; coordenador de
execuções e processos trabalhistas estratégicos do Escritório Audrey Magalhães
Advogados Associados.
C E S SO PE NAL
LOG IA E O PRO E L A
A V ITIM O PLI C AÇ Ã O P
TR O DA E X
R A S IL E IRO DEN N Ú N C IA S DE
B A Ç ÃO DED E
LIZ
NÃO FORMA
ES CO NTRA A
"CRINMIDADE SEXUAL"
D IG (LEI 12 .015/0
9)
Para abrir a mentes e corações para o assunto fica uma citação de Mailô de
Menezes Vieira Andrade em sua obra intitulada “ Ela não mereceu ser estuprada”:
Destaca-se que dentro dos crimes contra a liberdade sexual, existe uma
dificuldade ainda maior da formalização da denúncia por medo de todo o
procedimento que se inicia após a comunicação oficial dos atos, tendo em
vista que a vítima direta o tempo todo tenta provar, contra um sistema que
não lhe ajuda, que foi vítima de um crime.
É importante lembrar que mesmo a nomenclatura de crimes contra a
dignidade sexual só foi aplicada após a entrada em vigor da lei 12.015 de
2009, anteriormente eram descritos como “ Crimes contra a honra “ pela
legislação pátria.
Dentro desse espectro ainda precisa-se falar sobre o julgamento de um
crime, normalmente em um julgamento se é questionado se houve ou não o
cometimento de um ato penalmente culpável ou, caso tenha existido o ato,
se o mesmo tem algum atenuante ou agravante que influencie no crime,
ou até mesmo se o ato, apesar de penalmente culpável, não se encontra
dentro de um rol onde mesmo culpável, não seja cabível uma punibilidade
conforme a lei determinar.
No caso de julgamentos de crimes contra a honra, temos outro
fator primordial, vítima de uma cultura de uma sociedade feita com um
pensamento corporativista masculino, onde a vítima, geralmente é uma
mulher, tem toda sua vida devassada, meio que tentando encontrar um
meio de “respaldar” o ato brutesco e criminoso cometido.
Trata-se de um julgamento onde primeiro, infelizmente, são analisadas
todas as possibilidades para que a vítima esteja mentindo ou esteja
querendo ganhar algo com aquilo, meio que transformando a vítima em
criminoso por boa parte do julgamento, apenas após todo esse processo
maçante e massacrante, onde são utilizadas fotos da vítima de biquíni ou
com roupas curtas como sendo uma ode, uma abertura ao ato sexual com
qualquer homem que o queira.
Percebe-se que a vítima num processo como tal, sofre diversas
importunações durante todo o procedimento, as vezes sendo tratada como
um simples objeto, e que tentam diminui-la por sua vida sexual pregressa,
seus atos e atitudes tentando responsabiliza-la pelo ato ocorrido, as vezes o
(LEI 12.015/09)
simples fato de a vítima ter tido relações sexuais anteriormente com outras
pessoas, ou até mesmo a troca dos hoje famosos “nudes” é utilizado como
“prova irrefutável “ pela pessoa acusada de que não haveria tido crime.
Fica claro que há falta de denúncias formais, bem como a decisão por não
prosseguimento com as ações passa claramente pela Vitimologia, pela dificuldade
sentida pela vítima dentro do Processo e da falta de apoio jurídico a elas. A verdade
é que não apenas pela dificuldade pelo processo em si, mas principalmente
pelo valor que será dado a sua palavra e consequentemente com a dificultosa
condenação do possível acusado, deixando o crime não somente impune mas
podendo a vítima ser processada civilmente ou até mesmo criminalmente por
isso.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ANDRADE, Mailô de Menezes Vieira. “Ela não mereceu ser estuprada”: A cultura do estupro nos
casos penais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.
ARRAES, Arriélle Devoyno. O valor da palavra da vítima de estupro perante o estado juiz e
o réu no processo penal. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) – Centro
Universitário Curitiba, Unicuritiba, Curitiba, 2018. Disponível em: https://www.unicuritiba.edu.br/
images/tcc/2018/dir/ARIELLE-DEVOYNO ARRAES.pd f. Acesso em: 22 jun. 2021.
BITENCOURT, César Roberto. Tratado de direito penal. 12. ed. São Paulo: Saraiva, volume 4,
2018.
_______. Lei n.º 12.403, de 4 de maio de 2011. Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941 – Código de Processo Penal, Publicada no DOU de 05.05.2011. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm. Acesso em: 15 jan.
2020.
______. Lei n.º 13.772, de 19 de dezembro de 2018. Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de
2006 (Lei Maria da Penha), e o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
Publicada no DOU de 20.12.2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2018/Lei/L13772.htm. Acesso em: nov 2022
DIOTTO, Nariel. SOUTO, Raquel Buzatti. Aspectos históricos e legais sobre a cultura do estupro
no Brasil. Artigo produzido no PIBIC – UNICRUZ. XIII Seminário Internacional- Demandas Sociais
(LEI 12.015/09)
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
O tema foi abraçado pelo CFOAB pela então presidente da Comissão Nacional
da Mulher Advogada (CNMA) e hoje presidente da OAB-BA, Daniela Borges, e a
então presidente da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade (CNPI) da OAB,
hoje conselheira federal Silvia Cerqueira (BA). Ambas fizeram o requerimento
em nome da história de Esperança Garcia ainda na gestão 2019-2022, que foi
também encampado pelas atuais presidentes dos órgãos, Cristiane Damasceno,
na CNMA, e Alessandra Benedito, na CNPI.
O reconhecimento a Esperança Garcia ocorreu sob a liderança e o trabalho
de pesquisa da saudosa professora e advogada piauiense, Maria Sueli Rodrigues
de Sousa, que presidiu a Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB/PI
(2016-18), período em que coordenou a produção do “Dossiê Esperança Garcia”,
estudo responsável por reconhecer o título a Esperança Garcia como a primeira
advogada do estado do Piauí e por tornar conhecidos nacionalmente seu nome
e sua história como símbolo de resistência para o Direito.
Mais informações:
https://www.oab.org.br/noticia/60503/esperanca-garcia-e-reconhecida-pelo-
conselho-pleno-como-a-primeira-advogada-brasileira
PORTARIA 6/2022
sustentação oral por arquivo de vídeo nas Sessões Virtuais de Julgamentos para os processos judiciais
eletrônicos do PJe.
§1º Nas hipóteses de cabimento de sustentação oral previstas no regimento interno das
Turmas Recursais (Resolução Consolidada PRESI n. 33/2021), fica facultado à Procuradoria-Geral da
República, à Advocacia-Geral da União, à Defensoria Pública da União e aos advogados habilitados nos
autos encaminhar as respectivas sustentações por arquivo de mídia suportada pelo PJe (mp4), via
peticionamento eletrônico no referido sistema, após a publicação da pauta e até 48 horas antes do horário
designado para o início da sessão de julgamentos em ambiente virtual.
§2º Tal fato deverá ser comunicado à secretaria única das Turmas Recursais, por correio
eletrônico, no endereço sessao.01turec.pi@trf1.jus.br, mediante indicação do(s) número(s) do(s)
processo(s), endereço eletrônico e telefone para contato.
Art. 2º. Os casos omissos serão decididos pelo Presidente da 2ª Turma Recursal dos JEFs
do Piauí.
Art. 3º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Teresina/PI, 2 de setembro de 2022.
https://sei.trf1.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=17812639&infra_siste… 1/2
NOTÍCIA ESA
A CONTRIBUIÇÃO DO
TEXTO LITERÁRIO À
COMPREENSÃO DA
CIÊNCIA JURÍDICA
REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.
SILVA, Virgílio Afonso da. Direito constitucional Brasileiro.
1. ed. São Paulo: Edusp, 2021.
VERÍSSIMO, Érico. Incidente em Antares. 1. ed. Porto Alegre:
Globo, 1973.
DIREITO DIGITAL:
A NOVA ERA DA
ADVOCACIA
PÓS-MODERNA
Gabriel Nunes do Rêgo
Advogado e Mediador
LEGISLAÇÃO E A
POLÍTICA FINANCEIRA
NACIONAL DE
SUBSÍDIOS PARA
O TRANSPORTE
COLETIVO URBANO
LEGISL AÇÃO E A POLÍTICA FINANCEIRA NACIONAL DE SUBSÍDIOS PARA O TRANSPORTE COLETIVO URBANO