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Núcleo de Apoio á Saúde da Família

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE INCENTIVO À


SAÚDE DENTRO DA ESCOLA EM UMA VISÃO SISTEMICA

Pirenópolis

2019
SUMÁRIO
1- Introdução
2- Justificativa
3- Objetivos
3.1- Geral
3.2- Específicos
4- Metodologia
5- Contextualização teórica
6- Projeto de Intervenção
7- Referencial Bibliográfico
Introdução

Segundo a OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, saúde não é


somente ausência de doença, é também o bem estar do individuo e como ele
compreende suas relações com meio e com ele próprio. Em busca de compreender
como o individuo se comporta em suas relações sociais, como agente transformador
e transformado pela interação com o meio que vive, vamos dar ênfase às
instituições educacionais que atendem aos membros da população.

Neste contexto a equipe do NASF ira colaborar com as questões de


conflito entre os membros, contribuindo com as teorias e métodos inerentes a ele,
para prevenção de agravos, promoção da saúde, dos direitos humanos e da
cidadania.

Dentro do pensamento que educação engloba aspectos funcionais e


relacionais, almejamos aplicar através do Projeto de Intervenção, oferecendo
subsídios para atuação do educador, cuidadores e pais na tarefa cuidar das crianças
e adolescentes conscientizando-os de que suas ações têm consequências não só
no momento atual, mas também na formação para a vida adulta, diretamente no
caráter, personalidade e estilo de vida.
Justificativa

Viver saúde em sua totalidade é entender o todo, deve-se pensar no


sujeito como um ser biopsicosocial e compreender subjetividade do mesmo. A
escola interage com o sujeito que vem com sua individualidade, onde servidores
também têm a sua. Com a diversidade observa-se um desgaste emocional de
ambos os lados.

Vendo esse sujeito como um todo se pretende com o projeto trabalhar


com todas as áreas, biológico atuando com nutrição, fisioterapia e yoga, psicológico
e social com os respectivos profissionais da área. Todas elas se comunicam, o
indivíduo com a mente saudável consegue ter melhor consciência sobre
alimentação, postura e a pratica do exercício físico libera hormônios que são
essencias para o bem-estar, esse conjunto de atividades atua no indivíduo em sua
totalidade gerando resultado também na relação social e familiar.

A partir de essa integração alertar a comunidade e escolar sobre as


possíveis consequências de uma vida não saudável, tal intervenção possibilitara que
tanto escola, quanto alunos e familiares percebam que juntos fica mais fácil
enfrentar problemas, pois juntos, comunidade e escola, poderão tomar medidas que
contribuirá para o bem estar dos servidores, jovens e crianças.

O projeto será de grande valia sobre a relação do humano em sociedade


pensando no equilíbrio das relações do mesmo, pois se percebe que a pós-
modernidade trouxe alguns desajustes para sociedade como um todo.
Objetivos

Geral

Propor um projeto de intervenção para implantação de um programa de


incentivo à saúde do servidor, aluno e família. Atuando sobre melhor qualidade de
vida por meio da prática de esporte, alimentação saudável com vistas à melhoria da
saúde biopsicosocial de cada indivíduo.

Especifico

 Gerar informações sobre os aspectos que promovem a qualidade de


vida.
 Conscientizar sobre importância da prática regular de atividade física e
promover mudança de hábitos saudáveis.
 Orientar alunos, educadores, país e familiares na busca de ações
coletivas preventivas.
 Realizar debates e reflexões sobre os fatores sociais, familiares e
econômicos.
 Contribuir no processo de promoção de saúde da comunidade.
METODOLOGIA

De acordo com os dados do IBGE ano de 2010 o município de Pirenópolis


tem uma população total de 24.749 habitantes. Atualmente a rede publica de ensino
e composta por doze (12) escolas municipais, três (3) creches e oito (8) escolas
estaduais. Nos meses de Abril e Maio de 2019 aconteceu o PSE – PROJETO
SAÚDE NA ESCOLA, onde a equipe do NASF e ESF atuou dando suporte a equipe
de saúde no município. Baseado nessa vivencia foi observado algumas
problemáticas na saúde dos alunos e servidores

O que chamou a atenção e foi um grande fator que nos fez entender
como o promotor de todos os aspectos levantados é o desgaste emocional e
psicológico que gera desequilíbrio entre todas as partes envolvidas no processo de
educar. O sedentarismo, má alimentação e falta de relacionamento entre os alunos
com os pais e professores afeta o todo.

No método de estimativa rápida foram triados pela nutricionista 2187


alunos, sendo 62% dos alunos acima do peso e 28% obesos. Foram realizadas 134
triagens pela psicóloga, sendo estes pré-selecionados pela escola. Na sua
observação em campo percebeu os alunos desmotivados e ausência afetiva dos
pais e também professores despreparados par lidar com os mesmos.

Para implantação do projeto necessitamos da aprovação de secretaria de


saúde, secretaria de educação e parceria com do esporte. Apresentaremos o projeto
e as etapas e serem cumpridas e em conjunto definir um cronograma de atividades.

Os profissionais que compõe o NASF que desenvolveram as atividades


com o professores, alunos e pais são: assistente social,fisioterapeuta, psicólogo e
professor de yoga.
CONTEXTUALIZAÇÃO TEORICA

O homem é uma integração bio-psico-social e tem estado vulnerável a uma


constante crise de identidade; seres humanos que não solucionam conflitos reais,
mas evidencia uma patologia atual, a incapacidade de solucionar conflitos reais com
o humano real através do equilíbrio mental e de suas relações. Desta forma, o
homem engloba aspectos biológicos, psicológicos, sendo formado por seres
orgânicos que formam o corpo, que está submetido ao aspecto social que envolve
suas relações com os outros individuais e com a realidade que o cerca, enfrentando
os desafios e as provas da vida.

Para Bello (2004) é através das relações entre as pessoas que o mundo vai
criando formas conforme o ponto de vista de cada indivíduo, dando sentido a
realidade, e os processos cognitivos resultam em uma idéia de escape da realidade
em caso de frustrações, para que o homem não fique preso em uma armadilha do
consciente.

De acordo com Mancebo (2002), a ciência da área social e humana tem


focado atenciosamente os seus estudos em relação às construções sociais
formadas pelos sujeitos e a maneira como eles se relaciona, sendo sua análise
realizada por meio da antropologia em decorrência de suas contribuições para o
cenário contemporâneo, em seu contexto histórico.

Para Mendes (2006) na atual sociedade contemporânea o individualismo esta


aumentando, haja vista que as pessoas preferem se isolar, e manter relações
sociais somente quando for preciso, se tornando menos sentimentais e menos
humanos, preocupado apenas com a matéria em si, reduzindo os sentimentos e
emoções que possuem aos poucos, ao passo que mais se apega as matérias desta
vida, e é por causa disso, do individualismo que muitas pessoas entram em conflitos
interno, como frustrações, inseguranças, medo, doença, entre outros. Por isso, é
imprescindível as relações sociais, as trocas de experiências para facilitar a melhor
vivência das pessoas e mais segurança na forma de viver a vida.

Compreender o sujeito sistematicamente e enxergá-lo no todo analisando as


partes, ele e resultado das suas interações, nessa visão se junta o aluno, família e
escola com professor, família e escola como sistemas em desenvolvimento e
ajustamento, ou seja, eles se influenciam mutuamente.

Segundo a Carta Brasileira de Prevenção Integrada na Área da Saúde


(CONFEF, 2015 p. 14),

[...] A Prevenção e Promoção da Saúde devem ser consideradas


conjuntamente pelas suas proximidades e raízes comuns no bem-estar de
cada indivíduo. O bem-estar das pessoas está invariavelmente dependente
da genética e da cultura de vida das pessoas, expressa pelos estilos de vida
e ambientes em que vivem. A Prevenção e Promoção da Saúde na sua
interação devem ser entendidas como ações relativas ao protagonismo
contemporâneo de enfretamento a desafios referentes à Saúde e Qualidade
de Vida, em que ocorrem evidências de responsabilidade civil de
organizações, gestores e pessoas da sociedade. A Prevenção e Promoção
da Saúde devem ser desenvolvidas nas perspectivas da
interdisciplinaridade e da intersetorialidade, incluindo dimensões sociais,
políticas, econômicas e culturais, além dos setores das diferentes áreas de
conhecimento e atuação humanas.

Fazendo a união de todas as partes e pensando sobre o


desenvolvimento continuo do individuo se trabalha sobre todas as esferas, fazendo
uma junção e motivando todas as partes envolvidas.

Conforme Bzuneck (2000, p. 9) “a motivação, ou o motivo, é aquilo que move


uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar de curso”. A motivação pode
ser entendida como um processo e, como tal, é aquilo que suscita ou incita uma
conduta, que sustenta uma atividade progressiva, que canaliza essa atividade para
um dado sentido (BALANCHO e COELHO, 1996). Neste caminho, NOT (1993)
afirma que “toda atividade requer um dinamismo, uma dinâmica, que se define por
dois conceitos: o de energia e de direção”. No campo da psicologia esse dinamismo
tem sua origem nas motivações que os sujeitos podem ter. Portanto, observa-se a
forte presença de motivação por meio de determinada atividade. Uma forma de
exemplificar este processo e que ocorre por meio da análise das às competências
adquiridas,tornar-se competente em seu meio social, leva o individuo a motivação.

Uma habilidade motora específica nos esportes pode ser desenvolvida e este
fator é capaz de acionar o desejo de se empreender tal atividade com determinado
empenho. O reforço externo, relativo à desempenho das habilidades adquiridas
vindo dos pais e conhecidos, possibilita o incentivo a motivação. Se a desempenho,
ao adquirir um aperfeiçoamento, então, poderá levá-la a uma boa auto-estima, e
também à motivação interna.
A diversidade de atrativos que as gerações atuais encontram tem
impossibilitado em muitos casos o envolvimento do individuo com o desenvolvimento
intelectual e o comprometimento com o universo escolar e família. A motivação e a
desmotivação estão ligadas a diversos fatores internos e externos, contextuais e
pessoais, que influenciam diretamente na intensidade do desejo de aprender e
adquirir novos conhecimentos, fatores esses que se alteram de um indivíduo para o
outro, lembrando que a motivação é uma energia psíquica do ser humano. A pré-
disposição dos professores no desenvolvimento de suas aulas; o incentivo da
família; a própria expectativa de futuro que vai influenciar no seu interesse pela
melhora, assim como muitos outros fatores de cunho psicológico que vão contribuir
para o seu empenho nas atividades em geral.
Projeto de Intervenção

Com o apoio dos pais e responsáveis iniciar o trabalho com os alunos da


comunidade.

PÚBLICO ALVO: Professores, alunos e pais.

1. Os alunos promover uma feira de culinária, onde cada aluno


executara uma receita junto com seus pais ou cuidadores.

2. Os alunos de realizar um campeonato de jogos entre as


escolas, onde será inserido apoio nutricional e incentivo a atividade física e
com isso envolver a comunidade e escola.

3. Com os professores de todas as unidades oferecer apoio psicológico,


nutricional, fisioterapia e yoga para promover bem estar e melhora na relação
com os mesmos.

RECURSOS
 Promover um comitê de divulgação de métodos.
 Membros da secretaria de educação e esporte.
 Mobilização da escola e professores.
REFERENCIAS

BELLO, Ales A. Fenomenologia e ciências humanas. Bauru: Edusc, 2004.

MANCEBO, Deise. Modernidade e produção de subjetividade: Breve percurso


histórico. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sciarttext&pid=S1414-98932002000100011 > Acesso em: 24 junho. 2019.

MENDES, J. M. Como inserir a espiritualidade no processo terapêutico. Revista


Servir, 54, 158-164, 2006

CONFEF. Carta brasileira de prevenção integrada na área da saúde. Na


perspectiva da Educação Física; Sistema CONFEF. Fórum Nacional de Prevenção
Integrada da Área de Saúde, p. 14; setembro de 2015. Disponível em: <
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/30> Acesso em: 25 junh0. 2019.

BALANCHO, M. J. S.; COELHO, F. M. Motivar os alunos, criatividade na relação


pedagógica: conceitos e práticas. 2. ed. Porto, Portugal: Texto, 1996

BZUNECK, J. A. As crenças de auto eficácia dos professores. In: F.F. Sisto, G.


de Oliveira, & L. D. T. Fini (Orgs.). Leituras de psicologia para formação de
professores. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2000.

NOT, Louis. As pedagogias do conhecimento. São Paulo: DIFEL, 1993.


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