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OSCILAÇÕES DO HUMOR

1-IDENTIFICAÇÃO
Nome:
CPF:
Idade:
Solicitante:
Nº Inscrição no CRP:
Finalidade

2-DESCRIÇÃO DA DEMANDA
Maria, sub-gerente de investimentos de 26 anos, foi espontaneamente a um consultório
psiquiátrico devido às “oscilações de humor” que estavam destruindo seu relacionamento
com o namorado.
Ela afirmou que sua briga mais recente começou porque ele estava ligeiramente atrasado para
um encontro. Gritou com ele e, então, sem motivo aparente, terminou o relacionamento.
Ficou desanimada depois, sentindo-se culpada e autocrítica. Quando ligou para o namorado a
fim de fazer as pazes, ele se recusou, afirmando que estava cansado de suas “explosões de
TPM”. Ela então se cortou superficialmente no antebraço, o que ela havia descoberto ser um
método confiável para reduzir a ansiedade desde que era adolescente. Afirmou que essas
oscilações de humor surgiam do nada, todos os meses e suas características eram de tensão,
agressividade verbal, ansiedade, tristeza e arrependimento.
Afirmou que as oscilações de humor sempre se iniciavam entre 7 e 10 dias antes do início do
ciclo menstrual, “como uma TPM horrível”. Suas menstruações eram regulares. As mamas
ficam sensíveis, o corpo incha, o apetite aumenta e ganha-se peso. Quase ao mesmo tempo
em que sua menstruação se iniciava, sentia-se “subitamente bem”. Negou uso de álcool ou de
substância ilícita e não tinha história de sintomas psicóticos, maníacos ou obsessivos. Negou
pensamentos suicidas e tentativas de suicídio anteriores, bem como internações psiquiátricas.
3.PROCEDIMENTOS
Pessoas ouvidas no processo:
Número de encontros:
Duração do processo realizado:

APRESENTAR OS RECURSOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS UTILIZADOS ESPECIFICANDO O REFERENCIAL TEÓRICO


METODOLÓGICO QUE FUNDAMENTOU SUA ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E CONCLUSÃO. CITAR AS PESSOAS
OUVIDAS NO PROCESSO DE TRABALHO DESENVOLVIDO, AS INFORMAÇÕES, NÚMEROS DE ENCONTROS OU
TEMPO DE DURAÇÃO.

4.ANÁLISE

A sra. Maria apresenta oscilações do humor, irritabilidade, auto agressão não suicida (cortes),
instabilidade interpessoal, ansiedade, tristeza, retraimento social, redução da concentração e
da energia e anedonia. Também descreve sintomas físicos como aumento do apetite, falta de
destreza, fadiga e inchaço. Esses sintomas são graves o suficiente para prejudicar seus
relacionamentos sociais e seu funcionamento no ambiente de trabalho.

5.CONCLUSÃO

Essa história poderia se encaixar em uma série de transtornos psiquiátricos, mas a sra.
Maria também indica que esses sintomas ocorrem apenas durante um período de tempo
limitado, antes do início de sua menstruação. Em outros momentos do mês ela é otimista,
cheia de energia e animada. O desaparecimento dos sintomas depois do início da menstruação
é fundamental para o diagnóstico de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) do DSM-5.
A sra. Maria relata um período de 7 a 10 dias de sintomas pré-menstruais, o que figura no
extremo mais duradouro do espectro de duração dos sintomas de TDPM. Algumas mulheres
apresentam sintomas no início da ovulação que duram duas semanas, mas uma duração mais
breve dos sintomas é mais comum. Entre as mulheres com sintomas pré-menstruais, os dias
mais sintomáticos, em média, são os quatro dias anteriores e os dois dias seguintes ao início da
menstruação. O comportamento de autolesão, por meio de cortes, não é típico do TDPM. O
baixo controle de impulsos sugere traços borderline além dos sintomas do TDPM. Transtornos
comórbidos não excluem o diagnóstico de TDPM. Muitos transtornos psiquiátricos apresentam
exacerbações durante o período pré-menstrual, mas nesses casos a paciente não volta à
normalidade depois do início do período menstrual. A sra. Maria sugere
que sofre de “TPM”, ou tensão pré-menstrual, que é uma condição médica e não um
diagnóstico do DSM-5. Os critérios para TPM geralmente são menos rigorosos do que para
TDPM e não requerem um componente afetivo.
O TDPM não está associado a anormalidades nos níveis circulatórios de estrogênio ou de
progesterona. Em vez disso, mulheres com TDPM parecem ser mais sensíveis às flutuações
hormonais normais do corpo lúteo. Os níveis de hormônio no sangue, portanto, não fazem
parte da avaliação diagnóstica. Embora se espere que contraceptivos hormonais ajudem com
os sintomas, mulheres que tomam contraceptivos orais frequentemente continuam a
apresentar sintomas de humor pré-menstrual (como se observa no caso da sra. Maria).
Um componente fundamental para se estabelecer o diagnóstico de TDPM é uma
história longitudinal precisa. Relatos retrospectivos de sintomas costumam ser imprecisos
na área psiquiátrica, e isso vale também para sintomas pré-menstruais. Escalas validadas
estão disponíveis para avaliar o TDPM, como o Registro Diário de Gravidade de Problemas.
Nesse estágio inicial de avaliação, o DSM-5 indicaria que a sra. Maria apresenta um
diagnóstico provisório de TDPM. Somente depois do registro dos sintomas ao longo de dois
ciclos menstruais seria possível afirmar que ela apresenta TDPM nos termos do DSM-5.

NA CONCLUSÃO INDICAM-SE OS ENCAMINHAMENTOS E INTERVENÇÕES, O DIAGNÓSTICO, PROGNÓSTICO E


HIPÓTESE DIAGNÓSTICA, A EVOLUÇÃO DO CASO, ORIENTAÇÃO OU SUGESTÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO.

( Local – Data )

Nome do Profissional
CRP __/_____

RUBRICA-SE DA PRIMEIRA ATÉ A ÚLTIMA LAUDA, ASSINANDO A ÚLTIMA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Hartlage SA, Freels S, Gotman N, Yonkers K: Criteria for premenstrual dysphoric disorder: secondary analyses of relevant
data sets. Arch Gen Psychiatry 69(3): 300–305, 2012

Yonkers KA, O’Brien PM, Eriksson E: Premenstrual syndrome. Lancet 371(9619):1200–1210, 2008

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