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Saúde Coletiva

↪ O que é Saúde Coletiva?


É o efeito das interações socioeconômicas de uma sociedade com o ambiente.
Ou seja, a saúde coletiva tem como objetivo prevenir o desenvolvimento de
patologias e os demais problemas de saúde.

↪ Processo Saúde x Doença


Antigamente, o programa de saúde se resumia unicamente a assistência. A
medida que as novas necessidades surgiam, o modelo tinha de se adequar a
elas. Deste modo, tornou-se mais abrangente.

MODELO → Atenção integral a saúde.

● Promoção ● Proteção ● Recuperação

O adoecimento é causado por vários fatores. Diante disso, conclui-se que


saúde não significa apenas não estar doente. Deve se considerar também os
seguintes aspectos:

● Alimentação ● Habitação ● Educação ● Lazer

● Acesso à saúde ● Renda

HOMEOSTASIA → Equilíbrio

↪ Teoria mística:
● Doenças são causadas por deuses.

● Desequilíbrio de espirito

● Não é possível prever, pois pode ser causada por pecado de gerações
antecedentes.

● A cura não depende só do homem.

↪ Teoria Hipocrática ou dos humores:


● 4 elementos fundamentais: Fogo, água, terra e ar.

● Relacionado ao clima.

● Desequilíbrio de fluidos corporais.


↪ Teoria dos Miasmas:
● As causas das doenças são os ares, gases, odores.

● Significa Poluição.

● Deu origem a palavra malária: Mal ar

● A consequência dessa crença resultou em adoção de medidas como enterrar


mortos e dejetos. Coleta de lixo.

↪ Teoria da Unicausalidade:
● Teoria dos germes de Pasteur.

● Biologia experimental para apontar a etimologia.

↪ Teoria da Multicausalidade:
● Todas as teorias reunidas.

● Aceita atualmente.

● Estilo de vida.

● Genética.

● Físico e espiritual.

↪ Princípios do SUS:
● Em 1988 foi publicada a Constituição Federal que continha o Sistema Único
de Saúde.

Lei 8080/90:

● A saúde é um direito fundamental do ser humano e dever do Estado.

● O conjunto das ações e serviços de saúde constitui o SUS.

● Universalidade: Garantia de atenção a todo e qualquer individuo.

● Integralidade: Perceber o individuo como um todo, considerando os


aspectos físicos, espirituais, sociais e subjetivos.

● Equidade: Fornecer atendimento especial aos que mais precisam,


atendendo todas as demandas e necessidades.

↪ Princípios Organizativos:
● Regionalização e Hierarquização: Os serviços devem ser organizados em
forma crescente de complexidade e que atenda as demandas de cada
localidade.

● Descentralização e comando único: Redistribuir poder e responsabilidade


entre os três níveis de governo.

● Participação popular: A população deve participar da formação do sistema,


avaliando e controlando a execução das politicas publicas de saúde.

↪ Níveis de complexidade:
● Primário: Atenção básica que resolve 80% das demandas de saúde. Baixa
complexidade. Devem promover prevenção e promoção a saúde, como por
exemplo, as UBS’s.

● Secundário: Atenção de média complexidade, que deve solucionar 15% dos


problemas de saúde. O que não pode ser resolvido pela atenção básica, deve
ser passado para a secundária, que conta com médicos especialistas. (UPA,
SAMU, policlínicas.)

● Terciário: Os demais problemas de saúde não assistidos pelos níveis


anteriores são repassados ao terceiro, que por sua vez conta com tecnologia
de alta complexidade, alto custo, grande números de leitos, muitas
especialidades. (Hospitais regionais, urgência e emergência, hospitais
especializados.)

↪ Vigilância Epidemiológica:
● Contexto Histórico:

As politicas de saúde no Brasil foram surgindo conforme a necessidade.


Antigamente, as pessoas que precisavam de assistência médica tinham acesso
apenas a curandeiros e pessoas sem formação profissional, restringindo seus
tratamentos a conhecimentos empíricos, uso de ervas e plantas.

● Período Colonial:

Com a chegada da família real ao Brasil em 1808, houve a necessidade de


medidas de promoção á saúde, pois o ambiente poderia prejudicar a família
real através da falta de higiene básica. No ano da chegada dos portugueses, foi
fundada a primeira faculdade de medicina no país, mas apesar da formação de
muitos médicos, o acesso a eles era restrito a pessoas com condições
financeiras. Os mais pobres se valiam ainda de curandeiros, clinicas
filantrópicas que eram mantidas pela igreja. A assistência à saúde era
exclusiva ao tratamento de doenças, não havia ainda ações que visassem
prevenção de doenças, tendo em vista que no processo saúde-doença, só se
considerava a ausência de doenças para ter alguém como saudável. Hoje já se
percebe aspectos sociais, psíquicos e físicos.

● Período pós Brasil Império:

Uma das primeiras ações de prevenção de doenças no Brasil foi vacinação em


massa, iniciativa de Oswald Cruz, que não foi bem vista pela população,
considerando que com a falta da divulgação de ações preventivas a doenças, a
população não entendia a importância. Apesar de Oswald Cruz ter boas
intenções, o modo pelo qual era feita a vacinação remetia a intervenções
militares. Resultando, deste modo, o movimento REVOLTA DA VACINA. O.C.
também programou o serviço de profilaxia que consistia em isolamento e
desinfecção das residências. Isso era feito de modo muito autoritário e como
não se manteve medidas de promoção à prevenção, as casas já apresentavam
más condições sanitárias, pouco tempo após a desinfecção. Diante disso,
sabe-se que o pré-requisito para se prevenir doenças é programa de ensino e
aprendizagem, que tem como objetivo promover mudanças comportamentais
que resultem em promoção de saúde individual e coletiva.

● Campanha de erradicação da Varíola (anos 60/70):

● Busca ativa de casos de varíola


● Detecção precoce de surtos
● Bloqueio imediato da transmissão da doença

● A erradicação da varíola foi base para a organização de sistemas de


Vigilância Epidemiológica.

● O que é Vigilância Epidemiológica?

Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou


prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes
de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

↪ Responsabilidades da Vigilância Epidemiológica:


● Controlar as doenças;
● Avaliar as medidas adotadas no combate às mesmas;
● Divulgar informações;
● Coletar, processar e analisar dados do país.

↪ Critérios de inclusão no sistema de vigilância:


Magnitude:

● Elevada frequência, grandes contingentes populacionais


● Altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos
potenciais de vida perdidas

Potencial de disseminação:

● Vetores ou outras fontes de infecção


● Risco à saúde coletivo
● Elevada transmissibilidade

Transcendência:

● Severidade:
● Letalidade
● Necessidade de hospitalização, sequelas
● Relevância social: estigma, sequelas
●Relevância econômica:
● Restrições comerciais
● Redução da força de trabalho
● Absenteísmo escolar e laboral
● Custos assistenciais e previdenciários

Vulnerabilidade (do agravo):

● Disponibilidade instrumentos de prevenção e controle


da doença:
● Vacinas
● Medicamentos
● Tipo de transmissão

Compromissos internacionais:

● Metas continentais ou mundiais


● Controle
● Eliminação
● Erradicação de doenças
● Acordos firmados entre países e/ou organismos
internacionais

Epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde:

● Situações emergenciais
● Notificação imediata de todos os casos suspeitos
● Delimitar a área de ocorrência
● Elucidar o diagnóstico
● Medidas de controle aplicáveis
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