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LITERATURA DE CORDEL

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Acolhida;
https://www.youtube.com/watch?v=jUNhJeOesG0

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ORIGEM

O termo “Cordel” é de herança portuguesa. Essa manifestação


artística foi introduzida por eles no país no final do século XVIII.
Na Europa, ela começou a aparecer no século XII em outros
países, tais quais França, Espanha, Itália, popularizando-se com o
Renascimento.
Em sua origem, muitos poetas vendiam seus trabalhos pendurados
em cordões, nas feiras das cidades, com isso a denominação de cordel.
Todavia, com o passar do tempo e o advento do rádio, da televisão, da
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internet sua popularidade foi decaindo
Principais Características

Esse tipo de manifestação tem como principais caraterísticas a oralidade e


a presença de elementos da cultura brasileira. Sua principal função social
é de informar, ao mesmo tempo que diverte os leitores;

A literatura de cordel é uma tradição literária regional;

Sua forma mais habitual de apresentação são os “folhetos”, pequenos livros


com capas de xilogravura que ficam pendurados em barbantes ou cordas,
e daí surge seu nome;

A literatura de cordel é considerada um gênero literário geralmente feito


em versos.

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Possui uma essência cultural muito forte, pois relata tradições culturais
regionais e contribui bastante para a continuidade do folclore
brasileiro;

São baratos e por isso atingem um grande público e isso acaba sendo
um incentivo à leitura;

Quando os textos são considerados romances temos alguns recursos


muito utilizados na narrativa, como: descrição de personagens,
monólogos, súplicas, preces por parte do protagonista;

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Em relação à linguagem e ao conteúdo, a
literatura de cordel tem como principais
características:

Linguagem coloquial (informal);

Uso de humor, ironia e sarcasmo;

Temas diversos: folclore brasileiro, religiosos, profanos, políticos, episódios


históricos, realidade social...;

Presença de rimas, métrica e oralidade.

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ELEMENTOS FUNDAMENTAIS

Estrofes: sextilha (6 versos), setilha (7 versos), décima (10 versos), quadra (4 versos).

Versos: setissílabo ou heptassílabo (7 sílabas), decassílabo (10 sílabas).

Rimas: pobre e rica (fácil e difícil)


A rima é uma palavra com som final semelhante a outra palavra.

Métrica: quantidade de sílabas em cada verso. Os versos mais utilizados no cordel são os
de 7 e 10 sílabas. Usa-se a elisão e a 7a sílaba tônica para metrificar um verso.

Oração: A história escrita no folheto.

Declamação/Leitura: Ritmo moderado e constante. Clareza na exposição das palavras.

Cantoria de Cordel: utilização de melodias tradicionais de violeiros repentistas, aboios ou


algumas músicas de forró tradicional (como mulher rendeira, por exemplo). 7
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DIFERENÇA ENTRE CORDEL E REPENTE

A literatura de cordel e o repente são duas manifestações populares e


culturais distintas. Embora sejam parecidas, cada um possui suas
peculiaridades.

O repente, feito pelos repentistas, é baseado na poesia


falada e improvisada, geralmente acompanhado de
instrumentos musicais.

Já o cordel, feito pelos cordelistas, é uma poesia


popular, com traços de oralidade divulgada em folhetos.

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Vamos conhecer um pouco sobre
dois grandes cordelistas nordestinos:

PATATIVA DO ASSARÉ

J. BORGES 9
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PATATIVA DE ASSARÉ E J.
BORGES
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Patativa do Assaré
(Antônio Gonçalves da Silva)

Nasceu em 1909, era cego de um olho desde os 4


anos de idade, aos 5 já fazia versos . Alfabetizou-se
aos12 anos, ficando apenas alguns meses na escola,
foi considerado um autodidata. Morreu em 2002, aos
93 anos.
BELTRÃO, Eliana Lúcia Santos. Diálogo: língua portuguesa, 7º ano/Eliana Lúcia Santos Beltrão, Tereza Cristina S. Gordilho. – Ed. Renovada. – São Paulo: FTD, 2009 –
(Coleção Diálogo).

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J. Borges
(José Francisco Borges)

Nasceu em Bezerros, cidade do agreste pernambucano, é


um dos artistas mais celebrados da América Latina. É
considerado um gênio da arte popular, já ministrou aulas
sobre xilogravura e cultura do cordel em vários países.
BELTRÃO, Eliana Lúcia Santos. Diálogo: língua portuguesa, 7º ano/Eliana Lúcia Santos Beltrão, Tereza Cristina
S. Gordilho. – Ed. Renovada. – São Paulo: FTD, 2009 – (Coleção Diálogo).

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