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Juiz de Fora
2020
Este referencial teórico abordará o perfil de competências dos servidores
técnico-administrativos em educação (TAE) em instituições federais de ensino
superior (IFES), um pouco do contexto histórico e normativo, com destaque à
política de reestruturação e expansão do ensino superior popularmente conhecida
como REUNI, e características da carreira, ingresso e envolvimento do TAE no
processo de ensino-aprendizagem, dialogando com autores como Araújo, Silva e
Dantas (2017, 2018), Sanseverino e Gomes Júnior (2014), Martins e Ribeiro (2018),
Castro (2017) e Coutinho, Diogo e Joaquim (2008).
O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais (Reuni) teve como principal objetivo ampliar o acesso e a
permanência na educação superior. Instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril
de 2007 (BRASIL, 2007), sendo uma política que fez parte do Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE), criado no mesmo ano. O Reuni significou um
projeto de expansão da estrutura física das universidades para democratizar o
acesso da população ao ensino superior. Consequentemente, houve a necessidade
de contratação de mais técnicos administrativos de nível médio e superior,
implicando no aumento significativo de concursos públicos para TAEs, com
diferentes formações e perfis, conforme nos apontam Araújo, Silva e Dantas (2017,
2018) e Castro (2017).
Ressalta-se aqui que o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos
em Educação (PCCTAE), no âmbito das IFES vinculadas ao Ministério da Educação
(MEC), homologado pela Lei 11.091/05, estabeleceu a divisão por especialização do
trabalho, uma vez que tal plano se estruturou em níveis de classificação de acordo
com a qualificação exigida. Dessa forma, como abordado por Castro (2017), a
referida categoria profissional se tornou heterogênea em relação ao
desenvolvimento do trabalho relacionado às atividades meio das instituições, o qual
compete ao corpo técnico das mesmas, como indicado por Martins e Ribeiro (2018).
Ainda em relação à Lei 11.091/05, destacam-se as atribuições gerais
regulamentadas em seu artigo 8º:
Art. 8º São atribuições gerais dos cargos que integram o Plano de
Carreira, sem prejuízo das atribuições específicas e observados os
requisitos de qualificação e competências definidos nas respectivas
especificações:
I - planejar, organizar, executar ou avaliar as atividades inerentes ao
apoio técnico-administrativo ao ensino;
II - planejar, organizar, executar ou avaliar as atividades técnico-
administrativas inerentes à pesquisa e à extensão nas Instituições
Federais de Ensino;
III - executar tarefas específicas, utilizando-se de recursos materiais,
financeiros e outros de que a Instituição Federal de Ensino disponha,
a fim de assegurar a eficiência, a eficácia e a efetividade das
atividades de ensino, pesquisa e extensão das Instituições Federais
de Ensino.
§ 1º As atribuições gerais referidas neste artigo serão exercidas de
acordo com o ambiente organizacional.
§ 2º As atribuições específicas de cada cargo serão detalhadas em
regulamento. (BRASIL, 2005)
REFERÊNCIAS