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Manual Iluminacao Publica
Manual Iluminacao Publica
MANUAL DE
ILUMINAÇÃO
PÚBLICA
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SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDU
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPEL
Manual de Iluminação Pública
RESUMO
Apresentação e Contextualização;
Este trabalho surgiu da necessidade de Legislação e Aspectos Básicos;
apresentar um manual de boas práticas
de gestão do sistema de iluminação Gestão de Redes de Iluminação
Pública;
pública aos municípios do Estado do
Paraná, tendo como objetivo subsidiar a Aspectos Econômicos e Tributários;
Administração Municipal com conteúdo Aspectos Relativos a
para a adequada operação, manutenção Operação, Administração e
e posterior expansão do sistema de Manutenção;
Iluminação Pública. Além de abranger
também a institucionalização, Eficiência Energética;
implantação e implementação ou Medição e Faturamento;
revisão da COSIP para o custeio das
Modelo de Lei para Instituição
atividades desse sistema.
e Regulação da COSIP;
Para tal, este manual destina-se ao Metodologia de Formação de Preço da
corpo técnico responsável pela gestão COSIP.
da iluminação pública das prefeituras
municipais, onde procura-se abordar to- Palavras-chave: Gestão de
dos os temas relevantes como: Iluminação Pública do Paraná,
Iluminação Pública
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Manual de Iluminação Pública
O gerenciamento do acervo de
iluminação pública dos municípios já foi
prestado pelas concessionárias
distribuidoras de energia. Contudo, por
determinação da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), amparada
pelo inciso V do art. 30 da Constituição
Federal, a gestão de todo esta acervo
foi transferida integralmente para os
municípios, que têm, portanto,
competência de organizar e prestar,
diretamente ou sob regime de
concessão ou contratação, os serviços
públicos de interesse local.
AGRADECIMENTOS
Equipe técnica:
COPEL:
Laudair Lauxen
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Manual de Iluminação Pública
Lourival Lovato
Maristela Pereira
Purkot Nivia
Mara Lubas
Rozemery Zimpel
Paranacidade:
Jorge Goelzer
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Manual de Iluminação Pública
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 18
2. ASPECTOS LEGAIS ..................................................................................... 20
2.1. Regulamentação dos Serviços de Iluminação Pública ................................. 20
2.2. Custeio do Sistema de IP ............................................................................. 23
2.3. Outorga para prestação do serviço público .................................................. 26
2.4. Acervo de Iluminação Pública....................................................................... 26
3. PLANEJAMENTO E GESTÃO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA.. 28
3.1. Formas de gestão do sistema de iluminação públicaErro! Indicador não definido.
3.2. Gestão do sistema de iluminação pública .................................................... 29
3.2.1. Execução da gestão por meio da administração municipal direta ................ 30
3.2.2. Execução dos Serviços por terceiros (Processo licitatório) .......................... 30
3.2.3. Fornecimento de material ............................................................................. 30
3.3. Consórcios .................................................................................................... 30
3.4. Parceria Público-Privada (PPP) .................................................................... 30
3.4.1. Estruturação dos projetos de PPP ................................................................ 31
3.4.2. Licitação do projeto de PPP.......................................................................... 31
3.4.3. Software de Gestão e Cadastro Georreferenciados do s pontos de IP ........ 31
4. MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DE REDES DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA ... 31
4.1. Limites de responsabilidades no sistema de iluminação pública .................. 32
4.2. Principais componentes do sistema de iluminação pública .......................... 33
4.3. Aspectos contábeis a serem considerados .................................................. 33
4.4. Configurações para manutenção no sistema de Iluminação Pública ............ 33
4.4.1. Iluminação pública de comando individual ................................................... 33
4.4.2. Iluminação pública de comando em grupo ................................................... 34
4.5. Acordo operativo ........................................................................................... 34
5. ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS ............................................ 35
5.1. Classificação e Cadastro .............................................................................. 35
5.1.1. Ligações especiais de equipamentos de trânsito ......................................... 36
5.1.2. Ligações em vias internas de condomínios .................................................. 37
5.2. Conferência de carga da iluminação pública e ligações especiais ............... 37
5.2.1. Implantações e alterações de carga da iluminação pública .......................... 38
5.3. Medição ........................................................................................................ 38
5.4. Faturamento ................................................................................................. 39
5.4.1. Cálculo do consumo de energia elétrica no sistema de iluminação pública . 39
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Manual de Iluminação Pública
GLOSSÁRIO
transparente em acrílico, em
aneel: Agência Nacional de Energia policarbonato ou em poliestireno, que
Elétrica, autarquia em regime especial, permite difundir a luz. O difusor ideal
vinculada ao Ministério de Minas e possui prismas curvilíneos
Energia -MME, criada em dezembro de
1996. A Agência regula e fiscaliza as construídos na superfície externa, que
atividades de geração, transmissão, direcionam o fluxo luminoso em uma
distribuição e comercialização de distribuição uniforme, sem ofuscar a
energia. Também media conflitos entre visão.
consumidores e agentes do mercado e
entre os próprios agentes; concede, dimer: Dispositivo que possibilita variar
permite e autoriza instalações e o fluxo luminoso das lâmpadas numa
serviços de energia; homologa reajustes instalação, a fim de ajustar a
tarifários; assegura a universalização e iluminância. É um recurso utilizado
a qualidade adequada dos serviços normalmente apenas em lâmpadas
prestados, e estimula investimentos e a incandescentes. Os dímeres que
competição entre os agentes do setor. trabalham apenas com resistores de
potência não economizam energia, pois
bulbo da lâmpada: Envoltório de vidro apenas contrabalançam a potência
que protege o seu filamento e dá forma entre a lâmpada e o resistor
à lâmpada.
Eletrobrás: Criada em 1961, a Centrais
candela: (do latim vela) é a unidade de Elétricas Brasileiras S/A é uma empresa
medida básica do Sistema Internacional pública, vinculada ao MME. Holding das
de Unidades para a intensidade concessionárias federais de geração e
luminosa. Ela é definida a partir da transmissão de energia elétrica, a
potência irradiada por uma fonte Eletrobrás tem como subsidiárias a
luminosa em uma particular direção. Companhia Hidrelétrica do São
Seu símbolo é cd. Francisco (Chesf), Eletronorte,
Eletrosul, Furnas e Companhia de
consumidor de baixa Renda: Geração Térmica de Energia Elétrica
Consumidor residencial atendido por (CGTEE). Possui metade do capital de
circuito monofásico que, nos últimos 12 Itaipu Binacional. Congrega, ainda, o
meses, tenha tido consumo mensal Centro de Pesquisas de Energia
médio inferior a 80 kWh/mês. Os Elétrica (Cepel) e opera os programas
consumidores que gastam entre 80 e do governo na área de energia como o
220 kWh/mês também serão considera- Procel, Luz no Campo e Reluz.
dos de baixa renda, mas os critérios
ainda serão definidos pela Aneel. A Fator de potência: Razão entre a
definição consta da Lei 10.438 (2002). potência ativa
[W] e a potência aparente [VA]. De
consumidor do subgrupo b4: Unidade forma semelhante, o fator de potência
consumidora caracterizada como pode ser obtido pela razão entre a
iluminação pública. energia ativa [Wh] e a energia aparente
[VAh].
difusor da luminária: O difusor da
luminária é um sistema ótico
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Figura 1 - Cronologia da Implantação da Iluminação Pública- Capitais do Brasil
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forma que possa ser executada a partir permitida, caso o edital assim disponha,
do ano seguinte. a participação de empresas em
consórcio. Habilitados, os licitantes
2.3. Outorga para prestação do apresentarão suas propostas atendendo
serviço público aos requisitos preestabelecidos no
edital e qualquer pessoa poderá obter
A titularidade da prestação do serviço certidão sobre atos, contratos, decisões
público de energia elétrica – de ou parece- res relativos à licitação ou às
interesse predominantemente local – é próprias concessões ou permissões.
dos Municípios, conforme estabelecido,
ain da que implicitamente, no art. 30, 2.4. Acervo de Iluminação Pública
inciso V, da Constituição Federal de
1988 – CF/88: A Constituição Federal determina
em seu art. 30 que a prestação do
Art. 30. Compete aos Municípios: serviço público de iluminação pública é
de competência dos municípios e, em
V - Organizar e prestar, diretamente seu art. 149-A, possibilita a esses entes
ou sob regime de concessão ou a instituição de contribuição para
permissão, os serviços públicos de
custeio do referido serviço, que por sua
interesse local, incluído o de
vez, pode ser arrecadada por meio da
transporte coletivo, que tem caráter
essencial. fatura de energia elétrica, o que já
ocorre na maioria dos municípios do
A concessão de serviço público é estado do Paraná.
basicamente, o contrato administrativo
formal (firmado mediante licitação, na Portanto, coube ao órgão regulador
modalidade de concorrência), que tem do setor de energia elétrica determinar
como objetivo a delegação da execução junto às distribuidoras de energia
de um serviço do Poder Público ao elétrica, acerca do disposto no art. 218
particular, que se remunerará dos da REN 414/2010, o qual previa a
gastos com o empreendimento e dos efetiva transferência dos ativos de
ganhos normais do negócio, através de
iluminação pública ao Poder Público
uma tarifa cobrada aos usuários. O
Poder Público, a fim de desencadear o Municipal, com o propósito de dar
processo que objetive a concessão, cumprimento ao que dispõe a
publicará ato justificando a conveniência Constituição Federal.
da respectiva outorga e já definindo
objeto, área e prazo. Na prática, a responsabilidade pelo
Subsequentemente, publicará o edital acervo de iluminação pública agregou
de licitação - nos termos das Leis novas tarefas para as administrações
Federais 8.666/93, 8.883/94 e 8.987/95 públicas municipais, seja pela
(art. 18)- sob a modalidade da operacionalização direta das redes -
concorrência, observados os feita pela equipe da prefeitura ou por
dispositivos da lei estadual.
autarquia própria - ou indireta, por meio
da contratação, via licitação, de
Os interessados habilitar-se-ão com
a apresentação de documentação empresas especializadas, incluindo as
relativa à habilitação jurídica, próprias concessionárias.
qualificação técnica e econômico-
financeira e regularidade fiscal, sendo
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TE = Tarifa de Energia
(B4a kWh= R$ 0,28468, vigor:
24.06.2019);
ICMS = Imposto sobre circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços
(29,00%, vigor: 24.06.2019);
PIS = Programa de Integração Social
(1,06%, vigor: 01.09.2019);
COFINS = Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social
(4,86%, vigor: 01.09.2019).
Fonte valor da tarifa e dos tributos
COPEL, em 10.10.2019.
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ampliação e modernização do
sistema de iluminação pública;
pagamento do fornecimento da
energia elétrica do sistema de
iluminação pública, e
pagamento de materiais, salários
e demais componentes de custos
existentes para a prestação de
serviços de iluminação pública.
Onde:
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Receitas decorrentes da IP
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FONTE DE PESQUISA
PROGRAMA PARANAINTERATIVO
Elenco de Dados:
ͫ Demográficos: População, situação Urbana ou Rural, Densidade
Demográfica, Grau de Urbanização, Número de Domicílios, Área do
Território, etc;
ͫ Equipamentos urbanos: Educação e Segurança;
ͫ Infraestrutura: Pavimentação, Iluminação Pública, Rede de
Drenagem Pluvial, Rede de Abastecimento de Água e Rede de
coleta de Esgotos;
ͫ Legislação Urbanística: Zoneamento, Perímetro Urbano e Sistema Viário;
ͫ Indicadores Sociais: IPDM e IDH.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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World Bank Group. Iluminando Cidades Brasileiras: Modelos de negócio para Eficiência
Energética em Iluminação Pública. 2016. 123p. Disponível em: <http://wbg-
eficienciaip.com.br/pdfs/1613639_EE_ Lighting_Portuguese_Web.pdf>.
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