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RESUMO

DIAGNÓSTICO
EM
PATOLOGIA
RESIDENTEBUCO
Resumo: Diagnóstico em Patologia

Desenvolvido por:
Jordana Davi Rodrigues
Acadêmica do 9º Período de Odontogia pela Faculdade Pitágoras de Uberlândia
Administradora do perfil @residentebuco no Instagram

Fontes:
O resumo foi elaborado com base nos livros dispostos em editais de residência
de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. O conteúdo pode apresentar
erros de digitação e interpretação. Use esse resumo apenas como um guia, o
verdadeiro conhecimento está nos livros.

VENDA PROIBIDA
Tópicos

1. Lesões Fundamentais

2. Indicações e Contraindicações da Biópsia


Lesões Fundamentais
Formulário de Biópsia:
 Dados do paciente (nome, idade, sexo, cor de pele, contato);
 Dados do profissional requisitante);
 Tipo de biópsia (incisional, excisional, tecido ósseo, tecido mole, dente);
 História clínica de quando apareceu a lesão, como foi a descoberta, sinais e
sintomas, doenças do paciente, hábitos e vícios, uso de medimentos;
 Descrição da lesão como localização, coloração, textura, consistência, tamanho,
extensão (foto se possível);
 Hipóteses diagnósticos;
 Radiografia

A descrição baseia-se no detalhamento:


Início; Duração; Sintomatologia
Formato; Localização; Limites
Cor; Tamanho; Base
Consistência; Superfície
Textura; Contorno ou Borda
Única / Múltiplas

Sintomas

Os sintomas mais associados às lesões cutâneas são: prurido, dor, parestesia, ardência,
herpetiforme.

Localização

Basta descrever o sítio anatômico onde encontra-se a lesão: disseminada, dorso da


língua, vestibular do dente 36, etc.
Bordas
Maligna: Borda fina, irregular, contorno definido.

Benigna: Submucosa, subcutânea, encapsulada, bem ou pouco demarcada


(infiltrativa).

Formas e Tamanhos

Puntiforme: Arredondadas de aproximadamente 1mm.

Lenticular: Ovaladas, do tamanho de uma lentilha.

Numular: Arredondadas, forma de “moeda”.

Arciformes: Em forma de arco.

Lesões grandes em pouco tempo,


Anulares: Em forma de anel. agressivas, pode ser maligna.

Tamanho: Aproximado em mm ou cm.

Coloração
Normocorada: Coloração normal

Eritematosa: Coloração vermelha, devido à vasodilatação.

Purpúrica: Coloração vermelha a vermelho-violácea, devido ao extravasamento de


hemácias do vaso. Não desaparece à digito-pressão.
vasos superficiais vasos profundos

Equimose ou Hematoma: Mancha devido ao extravasamento de sangue do vaso,


quando ultrapassa 1 cm de diâmetro.
Hipo, Hiper ou Normocrômica: Coloração mais clara, mais escura ou na mesma
tonalidade da pele, respectivamente.

Acrômica: Coloração totalmente sem pigmento, “branco nacarado”.

Outras alterações de cor: Basta descrever a tonalidade observada, acastanhada,


esverdeada, múltiplas tonalidades de marrom, etc.

Inserção
Séssil: Base completamente aderida à superfície da pele ou mucosa.

Pediculado: Somente parte da lesão está implantada na pele ou mucosa.

Papilar: Crescimento tecidual com numerosas projeções superficiais.

Consistência
Pastosa: Lesão cística ou tumor adiposo benigno.

Emborrachada: Benigna ou neoplásicas.

Dura: Mineralizada ou calcificada.

Textura
parecidas porém

Erosão: Perda parcial da integridade da epiderme.

Exulceração: Perda parcial da integridade da epiderme um pouco mais profunda,


podendo atingir, em alguns pontos, a derme superficial.

Escamas: Lâminas de queratina, que podem se destacar da lesão.


Crosta: Resíduo espesso e endurado, decorrente do ressecamento de conteúdo seroso
ou líquido exposto da lesão.

Fissura: Fenda linear, estreita na pele, podendo ser rasa ou profunda.

Fístula: Pertuito interno na pele, por onde ocorre drenagem de material proveniente
de foco inflamatório ou infeccioso.

Liquenificação: Espessamento da pele com acentuação dos sulcos, decorrente de


coçadura crônica.

Esclerose: Perda do pregueamento natural da pele, alternado sua consistência,


tornando-se lisa e endurada, evoluindo com o desaparecimento dos sulcos cutâneos.

Vegetação: Crescimento exofítico, superfície elevada, irregular, úmida ou seca.

Verrucosa: Superfície elevada, aspecto de verruga, seca, áspera.

Atrofia: Adelgaçamento da pele, devido à diminuição dos elementos constituintes do


tecido.

menor Morfologia Básica


Mancha ou Mácula
Alteração de cor da mucosa ou pele, sem relevo. Acompanha a tonalidade da mucosa
adjacente, podendo variar desde cor branca até a preta. Normalmente apresenta borda
homogênea; margem lisa.
 Melanoma: Borda irregular com variação de cor.
 Azul/ Acinzentada: Pigmento endo ou exógeno.
 Marrom/ Preta: Melamina
 Vermelha/ Roxa: Intraepitelial; hemoglobina.
 Branco: Queratina *Use os quadros no canto
direito para representar a
 Esbranquiçada: Edema epitelial fibronoso lesão fundamental.
 Branco-amarelada: Pseudo membrana
Placa
Lesão elevada, com superfície plana/rugosa/lisa. Bem delimitada de
tamanho variável e coloração branco ou branco-amarelada.
Extensão maior que a altura.

Pápula
Elevação sólida, circunscrita, inferior 0,5cm de diâmetro – múltiplas.
Altura maior que a extensão.

Nódulo
Elevação sólida, circunscrita, superior a 0,5cm de diâmetro – único;
isolado. (Até 3 cm)

Urtica
Lesão em relevo, com edema, coloração vermelho-róseo. Decorrente
de edema dérmico.
Elas se diferem no tamanho. Ambas são virais;
autoimunes; ou de doenças mucocutâneas.

Vesícula
Elevação circunscrita de 0,5cm ou menos de diâmetro, fluído claro –
múltiplas; agrupadas; coalescentes. (> ou = 3mm)
Vesícula = Bolha

Bolha
Elevação circunscrita superior a 0,5cm de diâmetro – únicas; isoladas.
(> 3 a 5mm)

Pústula
Elevação circunscrita de 0,5cm com exsudato purulento (semelhante
a bolha).

Abcesso
Coleção purulenta profunda, que em geral cursa com sinais flogísticos.
Erosão
parecidas porém

Perda do tecido epitelial, sem exposição de tecido conjuntivo.

Úlcera
Perda do epitélio e exposição do tecido conjuntivo subjacente.
Traumática; infecciosa; neoplásica.

Necrose
Aspecto enegrecido, acinzentado ou amarelado, corresponde à
morte súbita dos tecidos, com odor fétido.

Tumefação
Aumento volumétrico difuso seja de ordem inflamatória infecciosa ou
neoplásica, independente do processo que originou. Proliferação;
cistos; aumento de gânglios.

Diagnóstico Diferencial

 Histórico e apresentação clínica;


 Potencial patogênico;
 Localização da doença.
Indicações e Contraindicações da Biópsia
O que é biópsia?
Remoção de tecido de um indivíduo vivo para estudo histopatológico, buscando
diagnosticar uma lesão e diferenciá-la em benigna ou maligna, podendo confirmar
ou excluir uma hipótese diagnóstica clínica, indicar a melhor opção de tratamento e
auxiliar no prognóstico da doença.
Quando fazer a biópsia?
Quando houver aumento ou expansão da lesão, alteração em sua aparência.

Indicações:
 Lesões brancas, vermelhas ou negras, sendo que estas devem ser removidas por
completo (ex: leucoplasia, eritroplasia)
 Úlceras que não mostrarem cicatrização em 15 dias
Acompanhar de 7-14 dias
tomografia para diagnóstico.

 Lesões com característica de malignidade


Radiografia é melhor que a

com ou sem tratamento.


 Mudanças hiperceratóticas ou tumefação persistentes
 Lesões apicais em progressão e lesões ósseas
 Lesões diagnosticadas radiograficamente, como cistos, pois podem apresentar
proliferações epiteliais ou representar verdadeiros ameloblastomas; sendo
utilizada para diferenciar esses cistos
 Alterações de tecidos moles
 Diagnóstico e auxiliar no tratamento de lesões fúngicas, bacterianas e virais
 Confirmar lesões malignas nos exames citológicos classes IV e V no Papanicolau.
As biópsias são contraindicadas em lesões vasculares ou em casos de doenças
sistêmicas que impeçam o procedimento.
Indicado para massa cervical.
A biópsia pode ser dividida em quatro tipos principais: Aspiração de células.

Citologia Oral Aspiração / Punção Explorativa


Esfoliativa ou por escovação. Usa-se um swab ou É realizada com o uso de uma agulha e uma seringa
escova especial para coletar células de uma lesão e, para penetrar uma lesão e aspirar seu conteúdo.
em seguida, o material é transferido para uma Pode ser realizada para verificar apenas se há ar ou
lâmina de vidro, e fixado para posterior análise. fluido no interior da lesão ou para coletar material
Ex: Lesões bolhosas (herpes) – punção aspirativa por agulha fina (PAAF).

Incisional Excisional
É um exame que recolhe uma parte representativa Consiste na remoção total da lesão e do perímetro
da lesão e de tecido sadio para estudo do tecido normal circunjacente, podendo a excisão
histopatológico. O tecido ideal deve ser estreito e de toda a lesão ser o seu tratamento definitivo.
profundo.
Bordas da lesão possui áreas de necrose, o ideal é realizar a remoção do
centro da lesão (áreas leuplásicas e eritematosas). Deve-se retirar várias

Biópsia Aspirativa
 Feita rotineiramente antes da incisão de lesões radiolúcidas dos maxilares
amostras da mesma lesão envolvendo tecido sádio.

 Indicada para qualquer lesão intraóssea antes da exploração cirúrgica ou para


lesões que supostamente contenham fluido em seu interior.
Pus – Processo inflamatório ou infeccioso
Cor Palha – Lesão cística *utilizada em localizações profundas
Ar – Cavidade óssea traumática
Sangue – Lesão vascular, normalmente O canhão da seringa é a parte que mais
apresenta células, seu material é o ideal para ser
Amarelo Citrino – Odontogênico
dispensado na lâmina para análise.
Vela Derretida – Ceratocisto

Biópsia Incisional
Indicada se a área sob investigação se apresenta difícil de ser excisada devido ao seu
grande tamanho ou localização perigosa, ou sempre que houver suspeita de
malignidade (lesões > 1 cm).

Biópsia Excisional
Margem cirúrgica livre do envolvimento tumoral.

 Lesões pequenas (< 1 cm de diâmetro) de aspecto benigno


 Indicado para qualquer lesão que possa ser removida sem mutilação do paciente
Margem negativa ou margem clara:

 Lesões pigmentadas ou as vasculares pequenas também devem ser removidas


por completo e encaminhadas a biópsia.

Outros tipos de biópsias:

Biópsia por Pinça Saca-Bocado Biópsia por Punch


Indicada para lesões de difícil acesso, que Instrumento cilíndrico oco, seno que na boca é
apresenta como desvantagem o mais utilizado no palato, língua e gengiva.
“esmagamento” de parte do tecido, bastante
utilizada em ginecologia.

Diascopia ou Vitropressão Biópsia de Congelamento Transoperatória


Compressão da lâmina contra a lesão, nota-se Há urgência no diagnóstico e a amostra é
isquemia (esbranquiçada). A etiologia pode ser enviada para análise durante o procedimento.
arterial. Lesão roxa pode ter origem vascular. (CO² – Micrótomo – Leitura (incisional ou
excisional)

Biópsia por Curetagem


Lesões císticas.
Técnicas e Princípios Cirúrgicos de Biópsia Intraóssea ou de Tecidos Duros

Retalho Mucoperiosteal
Lesões estão localizadas dentro ou adjacentes aos maxilares, lesões de tecido duro.
1. Evitar estruturas neurovasculares
2. Incisões devem ser sobre osso sadio, para a cicatrização
3. Retalho deve ser de 4mm a 5mm de margem óssea sadia
4. Espessura total e incisados através de mucosa, submucosa e periósteo, enquanto
que a dissecção do osso é sempre feita subperiostealmente

Janela Óssea
 Acesso às lesões centrais é feito por uma janela na cortical óssea
 O tamanho da janela depende do tamanho da lesão e da proximidade com
estruturas anatômicas normais
 Fragmentos da janela óssea devem ser submetidos a exame anatomopatológico,
com o espécime primário.

Remoção do Espécime (Biópsia Excisional)


Uso de curetas para a remoção e posterior irrigação e inspeção da cavidade.
1. Remoção do material
2. Lavagem com solução fisiológica para remoção de excesso de sangue
3. Imediatamente colocado em solução de formal 10%, com volume 20x a peça, em
um frasco com boca larga.
4. Informar o patologista o material que está sendo enviado e as radiografias.
Referências

Miloro, M. et al. Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson. São Paulo:Santos, 2 ed., vol I e II,
2008.

NEVILLE, B.W.;ALLEN,C.M.; DAMM,D.D.;et al. Patologia: Oral & Maxilofacial. 2ª Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004

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