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AGE  

como a hiperglicemia crônica conduz aos danos celulares e teciduais


 
observados nessa doença, a formação dos produtos de glicação avançada, também
chamados AGEs (do inglês, Advanced Glycated End-Products),  Por meio da geração de
radicais livres, da formação de ligações cruzadas com proteínas ou de interações com
receptores celulares, os AGEs promovem, respectivamente, estresse oxidativo, alterações
morfofuncionais e aumento da expressão de mediadores inflamatórios via clássica da
reação de Maillard, também denominada glicação aproximadamente, 10% dos AGEs
ingeridos com a dieta são absorvidos,PREPARAÇÃO MAIS RICA SÃO CARNE
VERMELHA FRANGO QUEIJO GRELHADO BATATA FRITA MARGARINA E
SALGADINHOS

Entre os mecanismos endócrinos envolvidos na etiopatogênese da SOP, está o padrão de


secreção de gonadotrofinas, com hipersecreção característica de hormônio luteinizante
(luteinizing hormone – LH), evento patognomônico dessa síndrome, com aumento na
amplitude dos pulsos(16) e consequente produção aumentada de androgênios,
predominantemente testosterona.

tem sido demonstrado que mulheres portadoras de SOP têm menor sensibilidade hipotalâmica
ao retrocontrole feito pelos estrogênios e progesterona de origem ovariana.(17,18) O
recrutamento e a ativação folicular ocorrem de maneira bastante intensa, porém com menor
atresia dos folículos em estágios iniciais,(19) o que confere ao ovário a morfologia policística.

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio metabólico que interfere no processo
normal de ovulação em virtude de desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos,
associada a resultados de exames laboratoriais que mostram níveis de androgênios
aumentados e manifestam-se em quantidade elevada de pelos na mulher, queda de cabelo,
manchas na pele, acne, irregularidade menstrual e infertilidade. e é considerada a
endocrinopatia mais comum durante a vida reprodutiva da mulher, com prevalência que varia
entre 5 e 10% das mulheres em idade fértil.
Uma pequena redução do peso (5%) é capaz de melhorar o hiperandrogenismo e o padrão de
anovulação presentes nas portadoras dessa síndrome

objetivos do tratamento da SOP não são apenas relacionados aos fatores reprodutivos, mas,
também, à prevenção de comorbidades associadas2 . Portanto, algumas medidas não-
farmacológicas, como dieta e atividade física, têm papel fundamental no tratamento dessa
doença.

Mulheres portadoras de SOP tem maior risco para desenvolver obesidade, infertilidade,
diabetes mellitus tipo 2 (DM 2), doenças cardiovasculares, esteatose hepática, apneia do sono,
depressão e câncer de endométrio3 . Também, a ação dos androgênios não se limita aos
órgãos sexuais, pode agir em sítios como os ossos e músculos, como os das vias aéreas e do
miocárdio

hipertensão arterial costuma ser observada somente em mulheres com diagnóstico de SOP
obesas

O aumento do risco de diabetes tipo 2 e doença cardiovascular na SOP está intimamente


associado ao IMC

Dietas ricas em fibras reduzem os níveis de estrogênio em mulheres na pósmenopausa e


acredita-se que uma alimentação com baixo teor de fibras possa levar ao aumento das
concentrações de estrogênio e androgênios circulantes. Além disso, a elevada ingestão de
lipídios parece diminuir os níveis da globulina carreadora de hormônios sexuais (SHBG),
aumentando, em consequência, a disponibilidade de androgênios e estrogênios no tecido alvo.

A dieta com redução de carboidratos foi associada com melhora de fatores de riscos
coronariana8 . dietas hiperprotéicas com redução, modificação ou restrição de carboidratos.
Estas dietas contribuem para a redução mais efetiva de peso, somando ao maior poder
saciedade das proteínas, se comparadas a carboidratos e lipídios9

Além disso, alterando o tipo de carboidrato para produzir uma resposta glicêmica mais baixa.
Índice glicêmico (IG) é também proposta para melhorar a saciedade e os parâmetros
metabólicos

A evidência para melhorar a sensibilidade à insulina com dietas ricas em proteínas e melhorias
discutíveis e metabólicas não são melhores na SOP preocupação que as alterações metabólicas
e risco cardiovascular podem aumentar com alta proteína dietas, particularmente, com
grandes quantidades de carne vermelha. No geral, parece que a dieta composição não é um
componente-chave das dietas para SOP desde que a ingestão calórica seja reduzida
substancialmente.

Todavia, essa apresentação-chave ou/a abordagem dialoga a dieta mediterrânea (DM), que
predispõe na sua constituição alimentar: frutas, legumes, verduras adicionais e nozes. Mas
deverá compor uma maior ingestão de grãos integrais e azeite Os pacientes da dieta DM
perderam, significativamente, mais peso, tiveram maior sensibilidade à insulina, e tiveram
inflamação endotelial vascular significativamente menores marcadores do que aqueles na
dieta regular. Após o período do estudo, 50/90 dos pacientes com dieta DM não eram mais
classificados como tendo síndrome metabólica, enquanto apenas 12/90 do grupo de controle
poderiam ser reclassificados. Essas diferenças também foram vistos em um estudo transversal
de mulheres SOP americanas e italianas

benefícios da suplementação como a vitamina D e do cálcio na função hormonal36,37, do


ômega-3 na melhoria da função da sensibilidade à insulina38 e dos ácidos graxos poli-
insaturados (PUFA) na modulação do perfil androgênicos3

mulheres com SOP têm uma elevada prevalência de deficiência de vitamina D, e as correlações
da concentração sérica de 25(OH)D com vários sintomas metabólicos também foram
demonstradas nesta síndrome, sugerindo que a vitamina D pode desempenhar um papel na
patogênese da SOP43 . Estudos têm demonstrado associações entre as concentrações de
25(OH)D e vários sintomas da SOP, incluindo RI, infertilidade e hirsutismo44. Evidências
demonstram o papel benéfico da vitamina D em um espectro de processo patológico incluindo
DM2, DCV, câncer e doenças imunológicas.

As mulheres com SOP e níveis baixos de 25(OH)D haviam aumentado significativamente a RI,
aumento do tecido adiposo intra e intermuscular e de triglicerídeos, assim com a
suplementação de vitamina D, houve diminuições significativas na massa de gordura e
melhorias na sensibilidade à insulina ao longo de 12 semanas de intervençãoAs mulheres com
SOP e níveis baixos de 25(OH)D haviam aumentado significativamente a RI, aumento do tecido
adiposo intra e intermuscular e de triglicerídeos, assim com a suplementação de vitamina D,
houve diminuições significativas na massa de gordura e melhorias na sensibilidade à insulina
ao longo de 12 semanas de intervenção também foi avaliado os efeitos da suplementação de
vitamina D na função reprodutiva das mulheres com SOP.Como resultados, o número de
folículos dominantes durante 2-3 meses de acompanhamento foi maior no grupo de cálcio -
vitamina D – metformina, do que nos outros dois grupos4 foi observado que houve aumento
significativo das concentrações séricas de vitamina D nessas mulheres (15.15 – 28.62 μg/ml),
aumento da secreção de insulina (melhora na RI), aumento do HDL e diminuição dos
triglicerídeos5

Através dos estudos, consideramos que há uma relação entre a vitamina D e a função
reprodutiva, de fato, pois, observando que baixas concentrações séricas de 25(OH)D estão
associadas a irregularidades ovulatórias e menstruais. E “[...] as altas concentrações de
vitamina D foram associadas a uma maior probabilidade de gestações bem sucedidas, e um
efeito benéfico da suplementação de vitamina D sobre a disfunção menstrual

A influência da suplementação de 1500mg de Ômega 3 diariamente em mulheres


diagnosticadas com a Síndrome do ovário policístico por 6 meses. Compararam-se ao grupo
controle variáveis bem caraterísticas e elevadas na síndrome como níveis hormonais
(testosterona, LH (hormônio luteinizante), insulina, taxas inflamatórias, IMC (índice de massa
corpórea), glicose em jejum e hirsutismo (excesso de pelos corporais). Ou seja, a
suplementação de Ômega-3 foi efetiva no controle dos sinais e sintomas presentes em
mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos38 . Os ácidos graxos insaturados trans da
dieta aumentam o risco de infertilidade quando consumidos no lugar de carboidratos ou de
ácidos graxos insaturados, encontrados, principalmente, em óleos vegetais. Por outro lado,
consumo de alimentos com elevado teor de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) costuma
ser recomendado para pacientes com SOP. Evidências experimentais indicam que os PUFAs
melhoram a ação da insulina em tecidos periféricos e diminuem a secreção de insulina pelo
pâncreas52

SANTOS, Thaís Silva et al. ASPECTOS NUTRICIONAIS E MANEJO ALIMENTAR EM


MULHERES COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS. Revista Saúde em Foco –
Edição nº 11 – Ano: 2019

A droga mais utilizada e que apresenta maior segurança é a metformina. As pacientes


candidatas à utilização da metformina devem apresentar funções hepática e renal normais9
(D). Com o objetivo de evitar os efeitos colaterais gastrointestinais, a droga deve ser
administrada às refeições e deve-se iniciar o tratamento com uma dose mais baixa (500mg por
dia) e ir aumentando progressivamente (até 2000mg por dia)9(D). A utilização isolada da
metformina (1500mg/dia a 2000mg/dia) promove a ovulação em 78% a 96% das pacientes2

JUNQUEIRA, Paulo Augusto de Almeida; FONSECA, Angela Maggio da; ALDRIGHI, José
Mendes. Síndrome dos ovários policísticos. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 49,
p. 13-14, 2003.

A Dieta pode interferir nas condições endócrinas e metabólicas presentes na SOP, uma vez que
a alimentação é capaz de regular o metabolismo dos esteroides e a secreção de LH. Consumir
alimentos pobres em fibras ocasionam por exemplo o aumento das concentrações de
androgênios circulantes e estrogênios

recomendações para mulheres com SOP refletem observações anteriores sobre o efeitos
benéficos das dietas com baixo teor de gordura e o impacto negativo das dietas com alto teor
de carboidratos [146] As mudanças dietéticas recomendadas incluem equilibrar a ingestão de
energia, limitar a saturação e gorduras trans e mudando em direção ao consumo de gorduras
insaturadas, aumentando a ingestão de frutas e vegetais e limitar a ingestão de açúcares
simples e sal, que englobam o conceito atual de uma “dieta saudável” [147] Essas opções são
intrínsecas aos hábitos alimentares de certas dietas regionais, como a dieta mediterrânea
(MD), uma dieta baseada em vegetais pobre em animais alimentos de origem ruim e alimentos
processados que se caracterizam por um alto consumo de azeite virgem (EVO), nozes e
leguminosas e que tem sido associado a uma melhoria no risco de diabetes e RI em indivíduos
com SOP e peso corporal excessivo

A adesão a um MD está associada a uma redução da inflamação, bem como à diminuição


regulação das vias imunológicas celulares e humorais relacionadas à atividade da doença e
progressão [149] Além disso, o MD é uma dieta de baixa carga glicêmica rica em antioxidantes
- potencial redutores de estresse oxidativo [150] O MD também inclui considerações de estilo
de vida, como o envolvimento em atividades físicas regulares atividade, que foi relatada para
melhorar a RI em mulheres com SOP [151] Mulheres com SOP e peso corporal excessivo que
realizaram atividade física de forma consistente por pelo menos 12 semanas experimentou
uma redução significativa na adiposidade central e insulina sensibilidade [151], revelando
outros efeitos benéficos em uma série de medidas de saúde, incluindo controle glicêmico [

idade da superóxido dismutase, pode regular citocinas, proteínas quinases e certas Página 20
Nutrientes 2021 , 13, 1848 20 de 32 moléculas de adesão. A curcumina demonstrou ser eficaz
na síndrome metabólica [199] Ele atua como um sensibilizador de insulina Além disso,
quando as mulheres com SOP foram suplementadas com curcumina em combinação nação
com metformina, 80 ou 500 mg por dia três vezes ao dia durante 3 meses, o os autores
relataram uma redução significativa no HOMA-IR, QUICKI e LDL-C e um HDL-C aumenta

CALCATERRA, Valeria et al. Polycystic Ovary Syndrome in Insulin-Resistant Adolescents with


Obesity: The Role of Nutrition Therapy and Food Supplements as a Strategy to Protect
Fertility. Nutrients, v. 13, n. 6, p. 1848, 2021.

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