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Exposição Flávio de Carvalho

a
1 7. BIENAL DE SÃO PAULO
14 de outubro a 16 de dezembro de 1983

PAVILHÃO ENGENHEIRO ARMANDO ARRUDA PEREIRA


PARQUE IBIRAPUERA
SÃO PAULO BRASIL
17.a BIENAL DE SÃO PAULO

DIRETORIA EXECUTIVA

Luiz Diederichsen Villares Presidente


Celso Neves 1.0 Vice-presidente
Justo Pinheiro da Fonseca 2.° Vice-presidente
Sylvio Luís Bresser G. Pereira
Mário Pimenta Camargo
Mário Salazar Gouvêa
Roberto Muylaert
Stella Teixeira de Barros

CONSELHO DE ARTE E CULTURA

Walter Zanini Presidente


Ulpiano Bezerra de Meneses Secretário
Paulo Sérgio Duarte
Donato Ferrari
Sheila Leirner
Glauco Pinto de Moraes
Luiz Diederichsen Villares

CURADORIA

Walter Zanini
Rui Moreira Leite

PESQUISA

Rui Moreira Leite


PATROCíNIO

GOVERNO FEDERAL
Ministério de Educação e Cultura - Funarte
Ministério das Relações Exteriores

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO


Secretaria de Estado da Cultura

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO


Secretaria Municipal de Cultura

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APOIO CULTURAL
AGRADECIMENTOS

Aos familiares do artista, Dona Lucia Crissiuma e Paulo R. de Carvalho, que facilitaram o acesso à documentação e ao
conjunto de obras de sua coleção.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
A Lidia Kliass, Cassio M'boy, Paolo Maranca, Yolanda Penteado, Marta Rossetti Batista, Cilda Dias da Silva, Dulce
Carneiro, Gilberto Ramos, Dr. Frank Julian Philips, Sangirardi Jr., Telê Porto Ancona Lopez, Aparecida e Paulo Men-
des de Almeida, Olinto Moura, João Falchi Trinca, Gilda e Antonio Cândido de Mello e Souza, Azis Simão, Fernando
Goldgaber, Florence Tavares da Silva, Gilberto Freyre, Embaixatriz Tuni Murtinho, Maria Luiza Strauss, Yone Soares
de Lima, Hideo Onaga, João Carvalhal Ribas, Eduardo MaHei, Wanda Silva Neves, Gerda Brentani, Marilu e Eduardo
dos Santos, José Roberto Graciano, Hélio Mattar, Marcelo M. Bernardini e Aracy A. Amaral pela atenção e auxílio no
acesso à documentação.
Às instituições públicas e aos colecionadores que colaboraram das mais variadas formas e consentiram em ceder as
obras de Flávio de Carvalho:
Biblioteca Municipal Mário de Andrade, São Paulo
Instituto de Estudos Brasileiros, USP, São Paulo
Museu de Arte Brasileira da F AAP, São Paulo
Museu de Arte Contemporânea, USP, São Paulo
Museu de Arte de São Paulo, São Paulo
Museu de Arte Moderna, São Paulo
Pinacoteca do Estado, São Paulo
Palácio do Governo, Campos do Jordão
Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador
Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Roma
Santusa Andrade, São Paulo
Antonio Rangel Bandeira, São Paulo
Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello, Rio de Janeiro
Vera d'Horta Beccari, São Paulo
Napoleão de Carvalho, São Paulo
Regina Chnaidermann, São Paulo
Israel Dias Novaes, São Paulo
Geraldo Galvão Ferraz, São Paulo
Luigi Fiocca, São Paulo
Renée d' Amico Fourpome, São Paulo
Newton Freitas, Rio de Janeiro
João Moreira Garcez Filho, São Paulo
Severo Fagundes Gomes, São Paulo
Dr. Chaim Hamer, São Paulo
Afonso Brandão Hennel, São Paulo
Cláudia e Ibrahim Eris, São Paulo
Lidia Kliass, São Paulo
Fúlvia e Adolpho Leirner, São Paulo
Dinah Lopes Coelho, São Paulo
Renato Magalhães Gouvea, São Paulo
João Marino, São Paulo
Paulo Egydio Martins, São Paulo
Mario Masetti, São Paulo
Fernando Barjas Millan, São Paulo
Nicanor Miranda, São Paulo
Roberto A. Neves, São Paulo
Magda Nogueira, São Paulo
Hideo Onaga, São Paulo
Rodolfo Ortemblad Filho, São Paulo
Dr. Frank JulianPhilips, São Paulo
Gilberto Ramos, Rio de Janeiro
Sangirardi J r ., Rio de Janeiro
Eduardo dos Santos, São Paulo
Carlos da Silva Prado, Bragança Paulista
Fernando Soares, São Paulo
Érico Stickel, São Paulo
Armando de Campos Toledo, São Paulo
Ernesto WoH, São Paulo
Martin Wurzmann, São Paulo
SUMÁRIO

3 Introdução a Flávio de Carvalho/Walter Zanini


18 Introduction to Flávio de Carvalho/Walter Zanini
23 O artista plástico Flávio de Carvalho/Rui Moreira Leite
47 O arquiteto Flávio de Carvalho/Rui Moreira Leite
61 Flávio de Carvalho, cenógrafo/Nicanor Miranda
65 Flávio de Carvalho/Sérgio Milliet
69 Flávio de Carvalho/Newton Freitas
73 Flávio 1 2 3 - Louco Lunático InfantiljSangirardi Jr.
77 Cronologia/Rui Moreira Leite
85 Introdução à bibliografia do artista/Rui Moreira Leite
88 Bibliografia
97 Relação de exposições
101 Relação de obras na exposição
121 Documentação exposta
Mulher Depreciada Recolhe-se em Posição Uterina, 1932; óleo/Coleção Museu d~ Arte de São Paulo.

2
INTRODUÇÃO A FLÁVIO DE CARVALHO
Walter Zanini

Apresentar o artista plástico e arquiteto Flávio de Car~ penhado na figura humana e em ininterruptas buscas da
valho à luz de novas pesquisas é o principal objetivo profundeza fislognomônica, do retrato, é um meio fun-
desta exposição do Núcleo histórico da 17.a Bienal. Al- damental dessa investigação dialética que reúne o concep-
guns outros aspectos marcantes de sua atividade foram tual e a práxis, o plano sensível e a morfologia.
conjugados àquele corpo maior da mostra através de uma
documentação selecionada. A intenção dos organizadores A pessoa e a obra de Flávio de Carvalho criaram sem
é, assim, a de ressaltar os dois pólos referidos e ao mes- dúvida uma aura carismática. Mas sua contribuição fe-
mo tempo tornar possível uma melhor compreensão dos cunda de estudioso e artista está longe de desfrutar de
propósitos interdisciplinares do artista e do intelectual, um justo reconhecimento nas avaliações da cultura con-
instigando o interesse para uma obra de grande 'comple- temporânea do país. A obra do pintor e principalmente
xidade cultural. do desenhista tem sido objeto da atenção crítica, porém
a diversidade dos seus talentos não escapou da fama de
De forma meritória concorre para o alargamento dos uma dispersão maluca, de um obstáculo à afirmação de
estudos sobre Flávio de Carvalho o trabalho - parcial. sua capacidade artística. Não faltaram assim os que no
mente efetuado com bolsa da F APESP - do pesquisa- passado o viram como indivíduo fragmentário. Numa
dor Rui Moreira Leite. A ele deve-se o levantamento época de especialização como esta, não é realmente fácil
sistemático, em adiantado estado, das obras do artista admitir a sobrevivência de homens aptos a uma visão do
pertencentes a coleções públicas e particulares. Sua tare- mundo através de formas múltiplas de linguagem que
fa estendeu-se paralelamente ao inventário dos projetos e interpretam a realidade.
realizações do arquiteto, da produção teatral e coreográ-
fica, bem como do animador cultural, do autor de livros, Não será entretanto senão pelo conhecimento de sua obra
ensaios e artigos de várias naturezas, do conferencista, multímoda que encontraremos o exato caminho para
do homem das experiências públicas, de viagens e explo- apreciarmos devidamente o personagem. Sua contribui-
rações míticas. ção cultural, se não perde a cada apreciação isolada das
partes, ganha significado pleno quando considerada con-
Neste catálogo figuram textos críticos, biográficos e de textualmente. Os rumos multimediais que se fizeram
introdução bibliográfica de Rui Moreira Leite, ao lado sentir na evolução recente da arte, emanados de Marcel
dos artigos de Newton Freitas e Sérgio Milliet (1), além Duchamp, com quem Flávio de Carvalho possui certos
dos depoimentos solicitados aos escritores Sangirardi Jú- ângulos relacionáveis, permitiram sem dúvida seu melhor
nior e Nicanor Miranda, que conheceram de perto Flávio entendimento. Até onde nos é dado saber, ele nada tem
de Carvalho. A escolha das obras e da documentação foi de gratuito ou caprichoso correspondendo, ao contrário,
efetuada conjuntamente por este curador e Rui Moreira a par de aguda sensibilidade, a um pensamento e ação de
Leite. inegável seriedade e coerência.

Dado essencial das preocupações de .Flávio de Carvalho A dano de Flávio de, Carvalho, e quando são passados dez
foi a evolução biológica e mental do homem. Será neces- anos de sua morte, tem prevalecido a informação pouco
sário um dia esclarecer em que medida ele atinge nesses aprofundada. A seu respeito há com certeza dados dos
domínios, por entre toda a erudição e brilho que demons- mais conhecidos e outros menos observados além daque-/
tra, a reflexão original. Não é entretanto difícil dar-se les completamente ignorados. Sem dúvida, o pintor e o
conta da vitalidade que norteou suas inumeráveis teorias desenhista foram bastante divulgados: ao longo de qua-
projetadas não raro em ações comportamentais, como renta anos sempre estiveram presentes em exposições de
prática psicológica e sociológica. Estudos psicanalíticos maior ou menor vulto, inclusive Bienais. As rumorosas
que desenvolvia desde jovem resultariam na intervenção ações que realizou na rua atraíram a atenção popular.
provocatória em procissão de Corpus Christi, relatada e Enquanto isso, o arquiteto permaneceu numa posição
analisada no livro Experiência n. o 2. Houve entre outros bastante incômoda e marginalizada. Os vários livros do
seus empenhos a~uele muito especial, dirigido ao conhe- escritor excelente terão sido mais citados do que lidos
cimento históric e às razões subliminares da evolução - à exceção talvez de Experiência n. O 2 - e sabe-se
do vestuário, qu o conduziriam em certo momento ao geralmente muito pouco dos inúmeros textos pubHcados
desejo de influenciar a moda realizando o seu passeio em jornais e revistas, assim como das comunicações que
público de blusa e saiote. A obra do artista plástico, em- apresentou elJ). congressos de filosofia e psicotécnica, psi-

3
cologia, arquitetura, estética etc. Há sempre citações das
fortes influências que recebeu de Darwin e Freud (deven-
do acrescentar-se, entre outras mais, a de Nietzsche, a
quem pretendia dedicar um templo), porém não houve
quem abordasse a questão. Nenhum estudioso do moder-
nismo deteve-se no autor vanguardista de teatro e dança.
O criador de uma nova maneira de vestir para os trópi-
cos e as teorias que desenvolveu sobre o assunto aguar-
dam uma tese universitária. Em compensação, o anima-
dor cultural motivou freqüentes entusiasmos, muito em-
bora também essa atuação, principalmente nos anos 30,
exija atenção mais acurada. O crítico de arte e esteta são
praticamente desconhecidos. Há ainda nessa trajetória
singular outros ângulos de versatilidade, como o das
expedições aventurosas, que lembram romances de ficção,
em busca da deusa branca do Amazonas ou do núcleo de
gafanhotos em Mato Grosso.

Tão fascinante e envolvente quanto a obra é a própria


figura de Flávio de Carvalho. Mário de Andrade notara
esse homem de alta estatura, "fisicamente grande, ven-
dendo saúde, cheio de força física", cuja "criação revela
fortemente o seu ser físico" (2). O porte atlético escondia
entretanto uma personalidade tímida (3). O tímido com-
pensava-se nas atitudes agressivas ou de contestação, que
lhe valeram perseguições, inimizades e o próprio escárnio.
Ateu, ideologicamente progressista, sensível ao pensa-
mento de esquerda mas desencantando-se da URSS ao
conhecê-la em 1934, não se inclinava a partidarismos
políticos.

Muitos dos seus traços de caráter, entre eles o da gene-


rosidade, foram curtidos em reportagens, entrevistas e
artigos de imprensa e são anedotário fértil da vida cultu-
ral paulista. Flávio de Carvalho, que descendia de família
nobre fluminense, soube conservar até os anos maduros
a aura da infância. A timidez não era freio para inibi-lo
quanto a atitudes excêntricas ou de repercussão. O gen-
tleman, como o sense of humour, devia certamente muito
aos anos de vivência na Inglaterra onde realizou sua for-
mação profissional de engenheiro, um título do qual
sempre fez questão.

O dom precoce do artista desenvolveu-se com aprendiza-


gem igualmente feita na Inglaterra e houve nele, no re-
torno ao Brasil, demorado período embrionário, estudado
neste catálogo e presente na mostra, em que demonstra
circunscrito aspecto temático. Em fins dos anos de 1920
tomara-se admiração arte chegando a hxperlênCia n.O 3: lançamento do
copiá-la (4). Na década de 1930 impõe-se o artista expres- ruas do ;.:entro de São

4
5
sionista ,também atraído pelo surrealismo. Estas duas si-
tuações de linguagem mesclar-se-ão por vezes, e delas ele
não se afastará, assumindo uma posição combativa diante
das correntes concretas que se afirmariam entre nós no
início dos anos de 1950 (5). A concentração nesses cam-
pos da expressão, com primazia do primeiro (houve nele
absorção do cubismo, visível na escultura, e da abstração
lírica e informal, na pintura), e a iconografia restrita que
privilegia o retrato e a figura feminina, em termos de
desenho e pintura, tornará sua produção das mais uni-
tárias.

A penetração no estado psíquico dos modelos que retra-


tou é das preocupações fundamentais do artista, que de-
dica outro tanto da atenção à captação da força erótica
do corpo da mulher assim como à sua análise visceral.
_Algumas afinidades podem ser estabelecidas entre a
veemência sígnica de Flávio de Carvalho e a caligrafia
barroca de Kokoschka . No retrato ateve-se ao vigor dos
traços, diferenciando-se, por exemplo, da evolução em
sentido diluente que caracteriza a dramática percepção
existencial de Giacometti (um artista que ele certamente
admirava). A seu modo apegado aos elementos sensoriais,
tanto no retrato como na figura interna, é original na
busca da persona. Longe dos convencionalismos da veros-
similhança, propôs-se a discernir nas disponibilidades da
imagem os elementos psicológicos definidores. Nesse pro-
cesso de construção mental, os meios gráficos e plásticos
que prevaleceram foram a descontinuidade freqüente da
linha (a carvão e a nanquim, sobretudo) e a pincelada
untuosa. Alcançou uma consistência propriamente de es-
tilo ao individualizar a linguagem pela saturação de cores
fortes e neutras setorizadas e a escritura que apela ao
gesto. Fragmentos gráficos ou pictóricos enlaçam-se con-
vulsamente por vezes deixando zonas abertas que convi-
dam a participação do olhar espectador. "Dissocia-se, re-
talha-se, decapita-se para ver o que está por dentro",
afirma' ele ao definir o expressionismo (6) . A exposição
comprovará o nível por ele alcançado nos anos de 1930 e
1940. Até pela década de 1950 preservou seu nível, antes
de enfraquecer bastante na última fase . Entre as obras
principais de sua pintura, acham-se os retratos de Mário
de Andrade, Ungaretti, Nicolas Guillén e Murilo Mendes
e, no desenho, a série de sua mãe morrendo.

As qualidades plásticas de Flávio de Carvalho se fizeram


sentir na escultura, onde sua presença é esporádica, com
momentos de brio. Uma peça em gesso levada para o
Mulher Sentada Esperando, 1928, aquarela bronze, extravagantemente pensada de início para servir
Coleção Roberto A. Neves. de monumento funerário do pai (que ainda era vivo) e a

6
Retrato de Oswald de Andrade)
1939, aquarela
Coleção Israel Dias Novaes.

7
Retrato do Cineasta
Alberto Cavalcanti)
1950, carvão.

8
que deu sucessivamente outros nomes, é definida por
volumes ortogonais cubistas, avançados para a escultura
em geral retardatária do Brasil de 1930. Assemelham-se
a esse sistema formal projetos de monumentos daquela
década em que submete a geometrização e irreprimíveis
intenções expressionistas. Diferencia-se depois na mode-
lagem do Monumento ao Prisioneiro Político Desconhe-
cido e nos elementos lineares pouco convincentes do Mo-
Retrato do Poeta Italiano Ungaretti, 1941, óleo
numento a García Lorca. Coleção Galeria Nacional de Arte Moderna
e Contemporânea, Roma.
o arquiteto é consistente, porém não demonstrou apli-
cação assídua. Sobre seus rasgos de invenção, Luiz Carlos
Daher produziu recentemente um primeiro recenseamen-
to crítico ao tratar do arquiteto e do expressionismo (7) .
Neste catálogo aparecem novos dados e as reflexões de
Rui Moreira Leite. Flávio de Carvalho foi o que se pode- Mulher Sentada , 1946 , carvão
ria dizer um perdedor de concursos. Os vários projetos Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.
que realizou foram sistematicamente repelidos pela men-
talidade acadêmica. Só excepcionalmente puderam ser
concretizados. Ele divide com Warchavchik o pioneiris-
mo da arquitetura moderna do país. Ao racionalismo
funcional do seu contemporâneo, opunha a subjetividade
poética que anima sua obra inteira. Em 1927 e 1928, o
projeto do Palácio do Governo de São Paulo e os da
Universidade de Minas Gerais, respectivamente, estariam
entre os primeiros a serem recusados pelos júris. Dos
poucos que se aperceberam do seu poder inovador, num
ambiente de perseverança do Ecletismo, foram Álvaro
Moreyra (8) e Carlos Drummond de Andrade (9). As idios-
sincrasias de Flávio de Carvalho reencontram os antigos
veios históricos do individualismo arquitetônico que re-
montam ao maneirismo de Miguel Ângelo . Sua vivência
e cultura internacionais, suas assimilações do pragmatis-
mo cubista eram transpassadas para o seu "mentalismo"
e expressionismo. Há nele, ao mesmo tempo, uma cons-
ciência organicista que se ajusta a teorias que expôs sobre
o homem e o meio de vivência.

Os projetos trazidos para a exposição, entre eles aquele


inédito das casas da alameda Lorena (construídas), per-
mitirão nova avaliação de um trabalho que, aos elãs pu-
ramente poéticos (o salão trapezoidal da residência de
Valinhos), sabia também juntar imaginativas condições
práticas. Nos seus sonhos urbanísticos estava uma con-
cepção que ultrapassava as soluções exclusivamente téc-
nicas do planejamento. O urbanismo era para ele sobre-
tudo instinto artístico consciente das imposições da socie-
dade industrializada.

9
Figura Feminina) 1952, nanquim
Coleção Eduardo dos Santos.

Três Mulheres) 1957, nanquim/Coleção Eduardo dos Santos.

Retrato de Maria Karfska) 1949, carvão/Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

10
11
Das muitas leituras que nos oferece a obra de Flávio de NOTAS
Carvalho, uma das mais estimulantes é a do criador do
Teatro da Experiência, palco efêmero do Bailado do Deus
Morto. A trama da dança e das palavras sarcásticas cele-
bram o fim de deus (animal e antropológico). A atmos-
fera das palavras, ruídos e certamente dos movimentos (1) Publicados com o mesmo título, Flávio de Carvalho) respec-
coreográficos era herdeira legítima de Dadá. Ao lado de tivamente na plaqueta Botella aI Mar, de Buenos Aires, 1948,
e no Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo) a 5 de
Oswald de Andrade, coube-lhe sem dúvida um papel na maio de 1962.
renovação da dramaturgia nacional.
(2) Mário de Andrade, "Flavio de Carvalho". Diário de S. Paulo,
No dizer de Sérgio Milliet - um dos mais argutos críti- São Paulo, 4 ago. 1934.
cos de Flávio de Carvalho - haveria nele "deduções in-
teligentes, embora discutibilíssimas" (0). É necessário re- (3) Referência encontrada amiúde nas crônicas de Quirino da
ver este juízo. Nos horizontes especulativos e de ação de Silva.
Flávio de Carvalho (nas teorias de tipo biológico, antro-
(4) Cf. depoimento prestado ao A. por Custódio R. Carvalho,
pológico, psicológico, sociológico, artístico, técnico e tio do artista, já falecido, a 8 de outubro de 1982.
outras que fervilhavam em seu cérebro), situam-se variá-
veis do conhecimento que buscam a ciência no plano que (5) Além dos muitos depoimentos seus que podem ser consul-
valora o investimento da imaginação, acoplando dados tados na imprensa, registro sua atitude no júri do III Salão
artificialmente separados pela metodologia contemporâ- Paulista de Arte Moderna. Ele brigou até onde pôde para
nea. Flávio de Carvalho aproxima as fronteiras da ciência deslocar as obras de todos os artistas concretos para a seção
de Arquitetura, considerando-as meramente "decorativas",
e da arte e contribui para a compreensão do significado
de nossa natureza e de nosso comportamento. À distância (6) L'Aspect Psychologique et Morbide de l'Art Moderne. Co·
de todas as soluções rotineiras e pedestres, investiga a municação apresentada ao II Congres International d'Esthé-
verdade não conformado às reduções da ciência forma- tique et de Science de l'Art, realizado em Paris, em 1937
lista ou da arte meramente retinal. Inclui na sua empresa (extrait da Librairie Félix Alcan).
perceptiva e conceitual a sagacidade de uma fina sensi-
(7) Cf. Arquitetura e Expressionismo. São Paulo, Faculdade de
bilidade. Arquitetura e UrbanismojUSP, 1979. Dissertação de mes-
trado, revista e publicada sob o título Flávio de Carvalho:
Resta muito a dizer de Flávio de Carvalho. Não se trata Arquitetura e Expressionismo, São Paulo, Projeto Editores,
de cobri-lo da adjetivação fácil que hoje campeia no 1982.
tratamento crítico dos artistas da casa. Estamos no caso
diante de um ser humano de porte, de um investigador (8) Ver Enrico Schaeffer: Gregori Warchavchik e Flávio de Car-
valho - Último depoimento dos dois grandes arquitetos)
da mente e de um artista universal. Seu universalismo publicação do Diretório Acadêmico Oscar Niemeyer da Fa-
contrariava contumazes fervores nacionalistas interessa- culdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, Mogi das
dos em descartá-lo, o que momentaneamente consegui- Cruzes (SP), 1974, p. 9.
ram. Flávio é um exemplo de atitude que transcede a voz
do ateliê e que se impõe por uma atuação pública. As (9) Cf. Antonio Crispim, pseudo [Carlos Drummond de Andra-
de]. "Um ante-projecto de universidade". Diário de Minas,
novas gerações, enriquecidas pela problemática concep- Belo Horizonte, 4 novo 1928.
tual, encontram sem dúvida nesse homem/idéia toda uma
riqueza precursora que o torna referência fundamental (10) Sérgio Milliet. De Cães) de Gatos) de Gente. São Paulo,
para nossa atualidade. Martins, 1964, p. 101-3.

Decoração para Baile das 4 Artes no Clubinho, 1951.

14
Projeto para Palácio do Governo do Estado de São Paulo, fachada, 1927.

Casa na alameda Lorena, 1936-38.

16
Retrato de Murilo Mendes,
óleo, 1951, Col. Gilberto
Chateaubriand Bandeira de Mello.

17
CARVALHO

Flávio de Carvalho himself, as


created a charismatic aura.
tribution as a scholar artist is
acknowledgement
rary culture evaluations.
rily that of the designer, been
attention, however the diversity his talents
escape the reputation of an in sane dispersion, of an
obstacle to the assertion of his artistic ability. Thus, many
were the ones who in the past saw him as a fragmentary
individual. In a specialization period such as this, it is not
really easy to admit the survival of men capable of a
vision of the world through multi pIe language shapes
interpreting reality.

it will not be but by the knowledge of


multiform work that we will find the exact path to duly
appreciate the character. His cultural contribution, if it
does not lose at each isolated the
acquires complete meaning
The multimedia paths that were felt m
evcJlUlt1C)ll. emanating from
Carvalho has certain
fi.LLWilJll--'

for his
Nicanor lYlJlranaa) we
de Carvalho The sellêctlon
o corresponding, to
made to a thinking

18
he received from Darwin and Freud (mentioning, among not depart, assuming a combat posltlOn face to the
others, Nietzche's, to whom he intended to dedica te a currents of local concrete art which would stay with us
temple); however, there was no one to tackle the matter. during the 50's (5). Concentration on these expression
No modernism scholar studied the theater and dancing fields, especially on the first one (in him there was
vanguardist author. The creator of a new wardrobe to be cubism absorption, visible in sculpture, and lyric and
worn in the tropics and the theories he developed on the informal abstraction in painting) and the restricted icono-
matter await a university thesis. As a compensation, the graphy which privileges the feminine portrait and figure,
cultural activador brought about frequent enthusiasm, in terms of drawing and painting, renders his production
although also for this activity, mainly during the 30's, a most unique.
more accurate attention is required. The art critic and
aesthete are practically unknown. There are still in this The penetration in the psychic state of the models he
singular path other versatility angles such as adventurous portrayed is one of the artist's fundamental concerns,
expeditions, reminding fiction romances, in search of the who dedicates as much attention to the capture of the
white goddess of the Amazon or of the locust nucleus in woman's body erotic strength as to its visceral analysis.
Mato Grosso. Some affinities can be established between Flávio de
Carvalho's sign vehemence and Kokoschka's baroque
Just as fascinating and involving as the work is Flávio calligraphy. In the portrait, he limited himself to the
de Carvalho as an individual. Mário de Andrade had stroke vigorousness, differing, for example, from evolu-
noted this tall man, "physically large, very healthy, full tion in the diluent sense which characterizes the existen-
of physical strength", whose "creation strongly reveals tial dramatic perception of Giacometti (an artist he
his physical being" (2). However, the athletic figure hid a certainly admired). In his way, attached to the sensorial
timid personality (3). Shyness was compensated through elements, both concerning portraits and the whole figure,
aggressive and contestational attitudes, which brought he is original in the search of the persona. Far f tom the
him persecutions, hostilities and even mockery. An conventionalism's verisimilitude, he proposed to distin-
atheist, ideologicallY progressist, sensitive to the leftist guish in the image availabilities, the defining psycho-
ideas, whilst disillusioned by the USSR when he visited logical elements. In this mental construction process, the
it in 1934, he did not tend to political partisanships. prevailing graphic and plastic means were the frequent
discontinuity of the line (primarily charco aI and China
Many of his character traces, among them that of gene- ink) and the unctuous brush stroke. He attained a proper
rosity, were used in reports, interviews and newspaper style consistency upon individualizing the language by
articles, and are a fruitful collection of anecdotes of the saturation of strong and neutral sectorized colors and the
São Paulo culturallife. Flávio de Carvalho, who descen- writing appealing to the gesture. Graphic or pictorial
ded from a noble family from the State of Rio de Janeiro, fragments tie convulsively, at times leaving open are as
knew how to preserve childhood's aura until the late which call for participation of the viewer's eye. "One
years. Shyness was not a brake to inhibit him regarding dissociates, shreds, decapitates, to see what is inside", he
eccentrical and repercussive attitudes. The gentleman, as says upon defining expressionism (6). The exhibit will
well as his sens of humor, certainly owed much to the evidence the level he attained in the 30's and 40's. Until
years he lived in England, where he completed his the 50's, he maintained his level, prior to weakening in
professional schooling as engineer, a title to which he the last phase. Among his painting's main works are the
always attached great importance. portraits of Mário de Andrade, Ungaretti, Nicolas Guillén
and Murilo Mendes, and, regarding drawing, the series
The artistic precocious talent was developed during of his mother dying.
learning, also in England, and upon returning to Brazil,
he went through a lengthy embryonic period, studied in Flávio de Carvalho's plastic qualities are felt in sculpture,
this catalog and present at the exhibit, in which he where his presence is sporadic, with bright moments. A
demonstrates a limited thematic spectrum. In the late piece in plaster carried to bronze,extravagant1y thought
20's, he very much admired the art of the insane, having at first to serve as funereal monument for his father
even copied it (4). In the 30's the expressionist artist, also (while he was still alive) , and to which he successively
attracted by surrealism, won his way. These two language gave other names, i8 defined by cubist orthogonal vo-
situations will some times mingle, and from them he will lumes, advanced for the generally lagging sculpture in

19
Brazil of the 30's. Monument designs of that decade in anthropological) .
which he subjects geometrization to irrepressible ex- certainly that of the Ch<Jre:ograt=lhy
pressionist intentions, are similar to this formal system. legitima te heiress. Along
Re differentiates himself afterwards in the Monument to no doubt had a role in the
the U nknown Political Prisoner and in the unconvincing vation.
linear elements of the Monument to García Lorca.
In Sérgio Milliei' s - one
The architect is consistente, however he did not show most sharp critics in him there were "intelligent
assiduous application. About his flights of invention, Luiz deductions although very disputable ones" (0). It is
Carlos Daher recently produced a first criticaI survey, necessary to review this judgment. In Flávio de Carva-
when discussing the architect and the expressionism (7). Iho's specuIative and action horizons (in the theories on
In this catalog, there is new data, as well as reflections biological, anthropological, psychological, sociological,
by Rui Moreira Lente. Flávio de Carvalho was what artistical, technical subjects as well as in others which
could be caIled a contest loser. The several projects he swarmed in his brain), there are variables of knowIedge
performed were systematically refused by the academic which search science in the plane valorizing imagination's
mentality. Only exceptionally were they materialized. investment, coupling data artificiaIly separated by the
With Warchavchik, he divides the modern architecture contemporary methodology. Flávio de Carvalho brings
pioneerism in the Country. To the functional rationalism together the frontiers of science and of art, and con-
of his time, he opposed poetical subjectivity which acti- tributes to the comprehens10n of the significance of our
vates his entire work. In 1927 and 1928, the São Paulo nature and behavior. At a distance of alI routine and
Government Palace and the University of Minas Gerais pedestrian solutions, he investigates truth, declining
projects were respectively among the first ones to be reductions of formalist science or of mere retinal art. In
refused by the juries. Among the few who perceived his his perceptive and conceptual enterprise, he includes the
innovating power, in an Ecletism perseverance ambient, sagacity of a fine sensitivity.
were Alvaro Moreyra (8) and Carlos Drumond de Andra-
de (9). Flávio de Carvalho's idiosyncrasies met again the There is stm much to be said about Flávio de Carvalho.
former historical veins of architecture individualism I t 1S not to cover him with easy adjectivation
which goes back to Michelangelo's mannerism. Ris inter- exists today in the criticaI treatment of the house artists.
national experience and culture, his assimilations of the In this case, we are facing a great human being, an
cubist pragmatism were transferred to his "mentalism" investigator of the mind, and a universal artist. Bis
and expressionismo In him, there is, at the same time an universalism contradicted customary nationalist
organizational conscience which fits the theories he re- interested in discarding him, in what they momentarily
ported on man and his lHe environment. succeeded. Flávio 1S an example of attitude which
transcends the voice of the atelier and imposes
The projects brought to the exhibit, among them the itseH through public action. New generations, enriched
unpublished one for the Alameda Lorena houses (built) by the conceptual probIematic, no doubt find in this
wiIl aIlow for a new evaluation of a work rather than the man/idea a complete forerunner richness, rendering him
purely poetical momentums (the trapezoidal room at the a reference to our present.
Valinhos home); he also knew how to join imagina tive
practical conditions. In his urbanistic dreams, there was
a concept that went further than the planning's exclu-
sively technical solutions. For him, urbanism was above
alI an artistical instinct, conscious of the industrialized
society's impositions.

Among the many written pieces in Flávio de Carvalho's


work, one of the most stimulating ones is that of the
creator of the Teatro da Experiência, ephemeral stage of
the Dead God BaIlet. The dance's plot and that of the
sarcastic words celebra te the end of the god (animal and

20
NOTES

(1) Published under the same title, Flávio de Carvalho, respec·


tively in the brochure Botella aI Mar, Buenos Aires, 1948,
and in the Literary Supplement of the newspaper O Estado
de S. Paulo, on May 5, 1962.

(2) Mário de Andrade, "Flávio de Carvalho", Diário de S. Pau-


lo, São Paulo, August 4, 1934.

(3) Reference often found in Quirino da Silva's chronic1es.

(4) Acc. to statement to the author by the late Custódio R.


Carvalho, artist's unde, on October 8, 1982.

(5) Aside from many of his statements which may be found


in the press, his attitude at the IH Salão Paulista de Arte
Moderna jury is worth mentioning. He fought as much
as he could to relocate the works of aH concrete artists to
the Architecture section, considering them merely "deco-
rative".

(6) L'Aspect Psychologique et Morbide de l'Art Moderne. Com-


munication made to the II Congres International d'Esthé-
tique et de Science de l'Art, held in Paris, in 1937 (extrait
Librairie Félix Alcan).

(7) Acc. to Arquitetura e Expressionismo. São Paulo, Faculda-


de de Arquitetura e UrbanismojUSP, 1979. Master thesis,
revised and published under the title Flávio de Carvalho:
e Expressionismo, São Paulo, Projeto Editores,

(8) See Enrico Schaeffer: Gregori Warchavchik e Flávio de Car-


valho - Último depoimento dos dois grandes arquitetos,
published by the Diretório Acadêmico Oscar Niemeyer of
the Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, Mo-
gi das Cruzes (SP), 1974, p. 9.

(9) Acc. to Antonio Crispim. pseudo (Carlos Drummond de An-


drade)."Um ante-projecto de Universidade". Diário de Mi-
nas, Belo Horizonte, novo 4, 1928.

(lO) Sérgio Milliet. De Cães, de Gatos, de Gente, São Paulo,


. Martins, 1964, p. 101-3.

21
Retrato de ' Marion
Konder Schteinitz,
1938, óleo/Coleção
Família Dr. Custódio
Ribeiro dé Carvalho.

22
o ARTISTA PLÁSTICO FLÁVIO CARVALHO
Rui Moreira Leite

A obra plástica de Flávio de Carvalho encerra complexi- quando contribui de maneira para a vinda de
dade considerável. Marcado pelo expressionismo e sur- obras importantes do exterior. Expõe com regularidade
realismo, ele exerce sua atividade sob o signo da inquie- em mostras coletivas, até provocar novo impacto, em
tação e da procura, mantendo-se como "uma curiosidade 1948, com vigorosa individual no Museu de Arte de São
estética disponível" (1). Paulo, posteriormente exibida em Buenos Aires. A partir
de então, estabelecidas em São Paulo as primeiras gale-
Em 1932 realiza experiências surrealistas próximas às de rias de arte moderna, passa a dispor de espaço com certa
Arp e Picabia; desenhos seus de dois anos mais tarde freqüência. Seguem-se novas individuais no exterior: Ro-
revelam a familiaridade com Matisse, que transparece ma, em 1956, e Paris, em 1958. O reconhecimento chega
ainda no Retrato de Marion Konder Schteinitz, de 1938. tardio com a premiação atribuída pelo júri internacional
A intensa vibração colorística dos retratos, somada à de- da 9. a Bienal de São Paulo, em 1967.
formação das figuras, leva a considerar o expressionismo
alemão, e talvez Nolde e Kokoschka, como ponto de De seus estudos na Inglaterra conservam-se desenhos e
partida. pastéis, cujo interesse é apenas documental, à exceção de
Cabeça do Meu Modelo (1918), que se destaca pelos tra-
Nesta visão retrospectiva de seus mais de cinqüenta anos ços esfumados e uso de um cromatismo intenso, atenua-
de dedicação às artes plásticas, cabe destacar a unidade do já em Retrato de Marina Crissiuma (1922), realizado
profunda de seu trabalho, moldada pelo equilíbrio tenso logo após seu regresso ao país. Auto-retrato (1923) insi-
e pela densidade nascidos da busca de um estilo (2) • nua a vibração dos trabalhos posteriores, fazendo uso do
empastamento e do relevo obtido pelo uso de um pincel
Flávio de Carvalho pertence à segunda geração moder- sem pêlos. A aquarela tem certo destaque nos trabalhos
nista. Sua formação é marcadamente européia. Ainda dos anos 20, possivelmente por permitir que o artista a
antes de iniciar estudos na França, seu interesse pelo de- ela se dedique nos intervalos de seu trabalho como cal-
senho é despertado por revistas de ilustração inglesas O ). culista. Retrato (1925), Retrato do Eng. Silva Neves
E é na Inglaterra que, como estudante de engenharia (1928), Mulher Sentada Esperando (1928) são represen-
civil, passa a freqüentar o curso noturno da King Edward tativas do momento em que a delicadeza irá cedendo lu-
the Seventh School of Fine Arts. gar ao vigor e à deformação (5) •
No regresso, afirma sua presença entre os modernos de
Desse período são as ilustrações que realiza para comen-
São Paulo pela participação nos salões e como organiza-
tários sobre espetáculos de bailado publicados na impren-
dor de exposições e conferências. Realiza, no entanto,
sa, em que combina a linearidade com a sugestão do
uma obra à margem do grupo, recusando qualquer com-
movimento.
promisso com a concepção nacionalista em voga, optando
firmemente pela investigação pessoal.
O início dos anos 30 caracteriza-se pela confluênd~ de
Até o início dos anos 30, sua atividade como artista plás- estilos que marca em definitivo a produção de Flávio
tico é conhecida apenas através da imprensa, por ilustra- Carvalho. Realiza trabalhos de nítida filiação surrealista,
ções e projetos de monumentos (4) publicados, sem regu- bem como retratos e nus expressionistas. Entre os primei-
laridade, a partir de 1927. ros situam-se as ilustrações de Experiência n.O 2 e os óleos
A Inferioridade de Deus (1931) e Ascensão Definitiva
Em 1931 expõe, pela primeira vez, no Salão Moderno da Cristo (1932).
Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1934, apre-
senta-se no 1.° Salão Paulista de Belas Artes e, em junho A Inferioridade de Deus remete diretamente às ilustra-
desse mesmo ano, inaugura sua primeira individual, mos- ções. Ao centro, a cabeça, definida por traços em rosa,
tra que reúne 131 trabalhos e que se transforma em apóia-se em uma superfície redonda, da qual emerge,
escândalo artístico-policial. imensa, uma perna, cujo pé está sobre o degrau de uma
escadaria que leva a um ambiente urbano, sugerido por
Segue em viagem para a Europa, onde permanece por silhuetas de edifícios e um lampião, do qual se avoluma
cinco meses, realizando contatos com artistas e freqüen- enorme chama à direita da composição; à es-
tando museus e galerias. O retorno ao Brasil é marcado querda, um vazio cinza com uma forma geometrizada em
em especial por sua participação nos Salões de Maio, negro.

23
Retrato do Eng. Silva Neves, 1928,
aquarela/Coleção Roberto A. Neves.

24
Cabeça do Meu Modelo, 1918, pastel
Coleção Família Dr. Custódio
Ribeiro de Carvalho.

25
Ilustração de A Experiência n.O 2, 1931.

A Inferioridade de Deus, 1931, óleo


Coleção Gilberto Chateaubrianda Bandeira de Mello.

26
Le Corbusier visto por
Flávio de Carvalho, 1928.

Ascensão Definitiva de Cristo é uma composição bastan- define a figura por planos de angulação acentuada, ten-
te diversa, em que ressalta a preocupação com o equilí- dendo aos poucos à simplificação (8), que pode ser obser-
brio em formas e cores. O centro do quadro é dominado vada ainda no projeto para o painel em feltro Volúpia
pela sugestão de um rosto ao qual se sobrepõe uma cha- (1932).
miné definindo a série de signos restante: mastros, ca-
nhões e bandeirolas (6). Em seu regresso da Europa, em 1935, Flávio de Carvalho
ilustra a série de entrevistas que publica na imprensa com
No desenho, compõe uma série de caricaturas para a im- pequenos retratos, caricaturais em sua maioria (Roger
prensa: Le Corbusier (1929), Autocaricatura (1932), Caillois, Gustavo H. Minella, Jose! Turneau, T. Tomoe-
Ghandi (1933), Prof. Pedro de Alcântara (1933), todas da) Krishnamurti) Prof. Seracky) Gibb Smith).
caracterizadas pela economia de traços também presente
no Retrato de Tarsila (1928 c.).

A série de nus realizados a caneta, de 1934, revela a


facilidade de traço na captação da gestualidade natural
dos corpos, que a avizinha à de Matisse.

Oposto a esses trabalhos é o Retrato de Elsie Houston


(1930), em que praticamente não faz uso da linha; o
nanquim estabelece com o suporte uma relação próxima
àquela da xilogravura.

Dá início a sua galeria de retratos com os óleos Carlos


Prado (1933), Carmen de Almeida (1931), Elsie Hous-
ton (1933), Mme. Bruger (1933), Esther Bessel (1933)
e Vera Vicente de Azevedo (1934). São composições ex-
pressionistas, realizadas a partir de oposições cromáticas
e gradações de tom. As deformações ainda surgem conti-
das, mas denotadoras da psicologia dos retratados. A pin-
celada muito fluida chega ao escorrimento, como em Re-
trato (1933).

Os nus são trabalhos de um cromatismo mais rico, de


pinceladas densas que chegam ao empastamento, como
em De Manhã Cedo (1931). As figuras, de estilização
alongada, são definidas por áreas de cor em Ante Projeto
para Miss Brasil (1931) e Pensando (1931). Este último,
ao contrário dos anteriores, traz a pincelada fluida dos
retratos. Já em Mulher Depreciada Recolhe-se em Posi-
ção Uterina (1932) faz uso de pigmento dissolvido em
óleo de linhaça, o que dá à composição relevo caracterÍs-
tico, levando ainda a limites extremos a distorção da
figura e o contraste (7) •

Na paisagem, realiza uma primeira série de aquarelas e o


único óleo que compôs com esse motivo: Viaduto Santa
Efigênia à Noite (1934), marcado pelo colorido próximo
àquele dos retratos e por uma luminosidade difusa.

Na escultura, projeta peças de inspiração cubista, em que


Nu Sentado, 1934, caneta/Coleção
Mário de Andrade, IEB, USP.

Retrato de Mme Bruger, 1933,


óleo/ Coleção Família Dr. Custódio
Ribeiro de Carvalho.

Pensando, 1931, óleo/ Coleção Fernando Barjas Millan.

28
Volúpia, 1932, guache e nanquim/Coleção particular.

Viaduto Santa Efigênia à Noite,


1934. óleo/
Coleção João Moreira Garcez Filho.

29
Roger Caillois visto por Flávio de Carvalho, 1935.

Retrato, 1937, óleo


Coleção Rodolfo Ortemblad Filho.
30
Nos óleos então realizados, abandona as pequenas super- né Drouin (1948), Minha Professora de Canto (1948),
fícies, adensa e alarga as pinceladas, introduz aos poucos Madale·na Nicol (1949), Maria Kareska (1949), Murilo
novas cores. Assim acontece em Retrato (1937), Baro- Mendes (1950), Elizabeth Nobiling (1950), Alberto Ca-
nesa M. (1937) e Mulher Esperando (1937), que trazem valcanti (1950).
já uma nova estilização das figuras, mas cuja contenção
cromática lembra ainda a experiência anterior. Marion o nanquim a pincel, a técnica mais empregada nos dese-
Konder Schteinitz (1938) define de certo modo o campo nhos feitos a partir dos anos cinqüenta, traz algo do vigor
de seus trabalhos posteriores, pelo arrojo da combinação e gestualidade da pintura, como em Bonadei) Prisioneiro
proposta: rosa, violeta, vermelho, verde, azul e amarelo. da Luz, dos Volumes e das Trevas (1946), Volúpia
No desenho, deixa a linearidade ainda presente em Brasil (1947), Mulher (1947) e Retrato (1947).
Gerson (1937), especialmente nos nus realizados a cane-
ta; assim como na escultura, as superfícies lisas cedem às
asperezas do material: Cabeça de Adolescente (1938),
Cabeça de Índia (1938), Mulher Reclinando-se (1938).

A aquarela, como a estabelecer um contraponto com a


agressividade do óleo, é de grande delicadeza (9): Mulher
Sentada de Vestido Vermelho (1938) é um testemunho
dessa produção.

Mário de Andrade (1939) caracteriza novo período na


composição dos retratos a óleo, marcado pela agudização
na apreensão da psicologia do modelo. É o próprio Mário
quem testemunha: "Quando olho para o meu retrato pin-
tado pelo Segall me sinto bem. É o eu convencional, o
decente, o que se apresenta em público. Quando defronto
o retrato feito pelo Flávio, sinto-me assustado, pois vejo
nele o lado tenebroso de minha pessoa, o lado que eu
escondo dos outros" (0).

A série prossegue com Oswald de Andrade e Julieta


Bárbara (1939), Ungaretti (1941), Jorge Amado (1945),
Pablo Neruda (1947), José Lins do Rego (1948), Nicolas
Guillén (1948), Maria Kareska (1950), em que apenas a
emoção, o poder de sugestibilidade do modelo, norteia
o trabalho: a tinta é aplicada diretamente sobre a tela
sem qualquer esquema preconcebido. São, no entanto,
pinturas às quais não faltam desenho e equilíbrio, apesar
da aparente extravagância do colorido e da composição.

No desenho a carvão, a partir do início dos anos 40, evo-


lui até a adoção das linhas de força, presentes já em Pau-
la H oover (1943), "sugeridas pelo espetáculo do assun-
to" e que respondem tanto pelo equilíbrio quanto pelo
vigor da sugestão (11). Nessa seqüência de trabalhos, ins-
creve-se a Série Trágica (1947), em que Flávio registra
os momentos de agonia da mãe, em nove pranchas que
fazem lembrar Kathe Kollwitz. São muitos trabalhos e,
em especial, retratos: Patrícia Galvão (1945), Geraldo Retrato do Escritor Brasil Gerson, 1937, carvão
Ferraz (1945), Nina (1948), Newton Freitas (1948), Re- Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

31
Lavínia Viotti (1939) e Teresa d'Amico (1940) são dos
últimos retratos realizados a caneta, que o artista parece
ter substituído pelo lápis: Wanda Joyce (1943), Yonne
Stamato (1946) e Cristian Bües Quillabampa (1947).

Na aquarela, o período é marcado pela paisagem, com as


séries de Minas (1941), Paquetá (1946) e Cuzco (1947); Mulher Deitada, 1938, caneta/Coleção Rodolfo Ortemblad Filho,
pelo retrato, com Cabeça de Sangirardi (1939) e Oswald
de Andrade (1939), e pela figura feminina, com Menina
de Vermelho (1946) e Medusa (1946).

Em 1948 compõe uma série de nus a óleo, em que oscila


entre o delinear suave das figuras e o trato vibrátil da
pincelada, que marca Suntuoso, Lúbrico, Dramático.
Realiza nesse momento, com o mesmo colorido em que
se destacam terra, azul, amarelo e verde, sua única incur-
são pela natureza-morta: Flores.

Continua a desenvolver no óleo o que denomina "linhas


de forças psicológicas", cuja captação depende "de uma
introspecção subjetiva entre modelo e artista". São re-
presentadas por cores e formas que surgem "em equilí-
brio a um dado momento". Define como básico no retra-
to "a compreensão da personalidade humana obtida pela
colocação em evidência das possibilidades dramáticas e
'líricas do personagem" (12). Acrescenta ao conjunto as
peças Murilo Mendes (1951), José Geraldo Vieira (1951),
Ana Maria Fiocca (1951), Ivone Levi (1951), Paul Rivet
(1952), Camargo Guarnieri (1953), Yara Bernete (1953)
e Ernesto Wolf (1954).

A partir de então um maior rigor na distribuição e áreas


das cores norteia as composições: Presença Perpé-
tua do Tempo (1954), Velame do Destino (1954) e Es-
tudo para Nossa Senhora da Noite (1954) são expressões
dessa mudança de rumo que se estende ao retrato, como
em Niomar Moniz Sodré (1955). Em Nossa Senhora do
Desejo (1955) esse rigor se acentua; a figura, que obe-
dece à disposição triangular, é definida em três planos
sucessivos. Sobrevêm então as composições abstratas Pai-
sagem Interior (1955) e Paisagem Mental (1955). Em
1956, como a sublinhar o fim da fase, expõe um conjun-
to dessas obras na Galeria l'Obelisco, em Roma.

É o momento em que o desenho a nanquim atinge ex-


pressão definitiva nas séries de retratos e nus femininos.
Entre os primeiros, Jean Lurçat (1954), Berta Singer-
mann (1955), Maria Kareska (1955) e Carvalhal Ribas Cabeça de Adolescente, 1938, gesso
(1955) (13). Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

32
Mulher Sentada de Vestido
Vermelho, 1938, aquarela
Coleção Fernando Soares

33
Retrato de Mário de Andrade, 1939, óleo/
Coleção Biblioteca Municipal Mário de Andrade, São Paulo.

Retrato de Jorge Amado, 1945, óleo/Coleção Jorge Amado.

34
Retrato de Paula Hoover)
1943, carvão/Coleção
Vera d'Horta Beccari.

35
Série Trágica) 1947, carvão
Coleção Museu de Arte Contemporânea.

Série Trágica) 1947, carvão


Coleção Museu de Arte Contemporânea.

36
Retrato de Nina) 1948, carvão
Coleção Família Dr. Custódio
Ribeiro de Carvalho.

o Pintor Bonadei Prisioneiro


da Luz) dos Volumes e das Trevas:
1946, nanquim
Coleção Severo F agundes Gomes.

37
A escultura, à parte os modelos realizados para os con- NOTAS
cursos de monumentos (14), conhece ainda uma última (1) Mário de Andrade. "Flavio de Carvalho". Diário de S. Paulo,
peça com Cabeça de Maria Kareska (1950 c.), em que São Paulo, 4 ago. 1934.
abandona a aspereza dos trabalhos anteriores, chegando (2) Geraldo Ferraz. "Flávio de ,".J<1.1, va1LUV.

quase à superfície lisa em terracota. Dias, Três Pintores, Três


São Paulo, 12 set. 1948.
Na aquarela, realiza as séries de Ouro Preto (1951) ç (3) Flávio Motta. ao Estudo do Art N ouveau no
Brasil. São p.14.
Araguaia (1952). A primeira é a retomada das composi-
ções executadas dez anos antes, quando de uma viagem (4) "Em memoria das victimas do hydro avião 'Santos Dumont',
o monumento que lhes vae ser erigido e o projecto do enge-
a Minas com Caio Prado J r., em que cresce o registro de nheiro Flavio de Rezende Carvalho". Diário da Noite, São
detalhes e o colorido se aviva. A segunda, fruto de uma Paulo, 26 dez. 1928; "Um Monumento Funerario Modernis-
expedição à ilha do Bananal, desdobra-se em paisagens e ta". Diário da Noite) São Paulo, 27 jan. 1930; e "Um Monu-
mento Modernista será erguido na necropole do Araçá".
retratos de índios carajás. Nos retratos, destaca-se a série Suplemento O Jornal) São Paulo, 23 fev. 1930.
de Maria Kareska, tomada por um jogo de luminosidade
(5) Mário de Andrade comenta depreciativamente essa evolu-
e transparências. ção: "Um dia elle manejou com vigor a aquarella, como
prova o seu Retrato do Pintor. Hoje, mesmo na aquarella,
Os últimos anos são marcados pela pesquisa técnica e me parece que elle confunde vigor com grosseria", in "O
pelo uso de novos materiais. Salão Paulista II". Diário de S. Paulo) São Paulo, 4 fev. 1934.
(6) Outra composição de 1932, Retrato Ancestral) completa o
A partir de 1967, dedica-se à gravura, de início à litogra- conjunto de óleos surrealistas; o desenho, porém, não deixa
nunca de trazer novas composições marcadas por esse veio,
fia, em seguida à água-forte. Em 1972, completa duas em especial suas capas e ilustrações.
séries; uma, em lito, vendida por um sistema de mala (7) Gilbert Chase. Contemporary Art in Latin America) New
direta; outra, em água-forte, para álbum produzido por York, Free Press, 1970, p. 189.
Júlio Pacello lançado apenas em 1974, um trabalho que (8) Compare-se o Monumento às Vítimas do Hidroavião ((Santos
não chega a amadurecer, embora nem sempre seja desti- Dumont (1928) com o Monumento a Santo Antônio (1931),
JJ

tuído de interesse. projetos apenas desenhados, no intervalo entre os quais,


em 1930, produz o Monumento Funerário Modernista) do
qual realiza um modelo em gesso (e posteriormente cópia
Em 1967 produz extensa set1e de nus femininos em em bronze folheado), recebido assim por um crítico quando
aquarela, técnica que combina no ano seguinte com o de sua exibição no 1.0 Salão Paulista " ... uma 'esculptura'
nanquim em nus femininos e retratos, apresentados em que não sei se é um frade de pedra ou vaso babylonico para
enfeite de jardim. Pode ser ainda uma porção de coisas ao
individual na Art Galeria. gosto do observador". Osv. da Sylveira. "Percorrendo o
Salão Paulista IV". Folha da Noite) São Paulo, 6 fev. 1934.
Em 1970 inicia os trabalhos, em tinta fosforescente par0 (9) "Já com Flávio de Carvalho temos a impressão de
luz negra, desenvolvendo nova série de retratos e de nus. aquarela representa um desdobramento da I-lI::J' "VJl1411U4UI::.
que há nesta de brutal, de provocador, agressivo
exprime-o no óleo. Suas aquarelas são de uma grande
o desenho a nanqulm será presa de um maneirismo em cadeza, brumosas, ariscas, de uma sensibilidade."
que o traço perde muito de sua força expressiva; os últi- Sérgio Milliet. "Aquarelistas de São . O Estado de S.
mos anos serão os da resistência a essas concessões, fruto Paulo) São Paulo, 25 novo 1938.
talvez das encomendas que surgirão especialmente a par- (10) Mário de Andrade. "Um Salão de Feira". Diário de S. Paulo)
tir de 1967, quando de sua premiação pela Bienal de São São Paulo, 21 out. 1941.
Paulo. (11) Flávio de R. Carvalho, "Considerações sobre o desenho".
Artes Plásticas) São Paulo, ano I, (2): 3, set./out. 1948.
A seqüência de sua obra a óleo é marcada quase que ex- (12) Flávio de R. Carvalho apud Laís Moura. "Flávio de Carva-
clusivamente pelo retrato e, embora apresente momentos lho". Artes) São Paulo, ano I, (4) n.p., fev. 1966.
de alta qualidade na expressão plástica, carece da inquie- (13) Do acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York.
tação dos períodos anteriores. Essa inquietação que fez a (14) Prisioneiro Político Desconhecido) 1952; 1954.
obra de Flávio de Carvalho caracterizar-se durante todos (15) Mário de Andrade. "Flavio de Carvalho". Diário de S. Paulo,
aqueles anos como "uma interrogação em marcha" (15) • São Paulo, 4 ago. 1934.

38
Coleção Família t triz
l?~ra Rib'
r.ACustodl0 Kalina
eIrO d1940
J ' caneta
e Carvalho.

Retrato de' . B"ues Quillab


e rtstzan
Coleção Ed~:~aJ 1947, lápis
o dos Santos.

39
Menina de Vermelho} 1946, aquarela
Coleção Cláudia e lbrahim Eris.

Rancho de Pescadores} Paquetá} 1946, aquarela


Coleção Gilberto Ramos.

40
Suntuoso, Lúbrico, Dramático, 1948, óleo
Coleção Manoel C. Tavares da Silva.

Catedral de Cuzco ao Amanhecer, 1947, aquarela


Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho

41
í"\

Mulher Sentada, 1955, nanquim


Coleção Jocy de Oliveira.

f p.r ~ o .... , .4. "r -;v, ~ o C Lt:"A-"!t\j[.. ~ ::> o <...y


'De" ~ 1:>. , ' ~ 4% 1) r

Estudo para Nossa Senhora


da Noite, 1954, óleo
Coleção Mário Masetti.

42
Retrato do Pintor Jean Lurçat, 1954, nanquim
Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

í-

Retrato de Yvonne Levi, 1951, óleo


Coleção Museu de .Arte Brasileira.

43
Cabeça de Maria Kareska) 1950 C., terracota
Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

Vista de Ouro Preto) 1951, aquarela


Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

44
Retrato de Maria
Kareska, 1956, aquarela
Coleção Armando de
Campos Toledo.

45
Projeto para Farol de Colombo, perspectiva, 1928.

46
o ARQUITETO FLÁVIO DE CARVALHO
Rui Moreira Leite

o concurso de fachadas para o Palácio do Governo do deles, intitulado Projeto em Estilo Cubista para a Uni-
Estado de São Paulo, em fins de 1927, é a oportunidade versidade de Minas Gerais, caracteriza-se por um trata-
para o início da atuação de Flávio de Carvalho como ar- mento mais detalhado nas elevações frontal e lateral,
quiteto, após cinco anos de aborrecimentos em seu traba- sugerindo painéis ou vitrais. A exemplo do que fizera
lho como calculista de estruturas metálicas e de concreto Mário de Andrade por ocasião do concurso para o Palá-
em escritórios de engenharia. cio do Governo, Carlos Drummond de Andrade comenta
os projetos em artigo publicado no Diário de Minas (4).
A exposição dos projetos, em janeiro do ano seguinte,
consagra a iniciativa. Sua proposta, apresentada sob o O primeiro conjunto de trabalhos completa-se com a
pseudônimo de "Efficacia", ganha as atenções do público apresentação de sua proposta para o Palácio do Congres-
na exposição e espaço na imprensa. Faz do palácio uma so do Estado de São Paulo, em fevereiro de 1929. Em
verdadeira fortaleza à prova de golpes, com baterias an- um repertório formal já definido pelos projetos anterio-
tiaéreas, base de aviação e holofotes. Os volumes distri- res, acentua-se agora a verticalidade: são sete planos su-
buem-se a partir do eixo de simetria representado pelo perpostos (5).
conjunto de elevadores. A construção desenvolve-se em
cinco planos: porão, rés-do-chão, parte nobre, moradia Apesar do vocabulário racionalista com que compõe os
do presidente e base de aviação. No interior do palácio, memoriais, as referências básicas de sua prática projetual
no hall de festas e no de banquetes, dois painéis decora- são o expressionismo alemão e o futurismo italiano. Sua
tivos representando um grupo de dançarinas e um quadro atuação tem acentuado aspecto polêmico, substituindo
da vida rural (1). sozinha todo o movimento, fazendo de cada novo projeto
um manifesto (6) •
Em março de 1928 apresenta projeto para Embaixada
Argentina no Rio de Janeiro, sendo eliminado nas pre- Segue-se o período de realizações concretas. Em 1935
liminares do concurso. Sem abandonar a escala monumen- inaugura-se em São Paulo, na rua Barão de Itapetininga
tal do projeto anterior, foge, ainda que timidamente, da com Dom José de Barros, loja com fachada em alumínio
rigorosa simetria característica daquele primeiro conjunto segundo projeto seu, que aparece reproduzido em folheto
de trabalhos (2). A construção compõe-se também de cin- de propaganda de fins desse ano, em que comunica sua
co planos: rés-do-chão, salão de festas, parte nobre, resi- mudança de endereço para a praça Marechal Deodoro (7).
dência e cobertas horizontais com praça de esportes. Em 1936 tem início a construção do conjunto de dezes-
sete casas na alameda Lorena com rua Rocha Azevedo.
É ainda de 1928 a participação de Flávio de Carvalho no A inauguração acontece em junho de 1938, quando Flá-
concurso internacional para o Farol de Colombo, a ser vio já se encontra às voltas com as obras da casa da fazen-
construído na República Dominicana. Nesse projeto, da Capuava, em Valinhos.
curiosa combinação da linguagem do futurismo com a
herança pré-colombiana, destaca-se o uso da cor. Nas o grupo de casas destaca-se na paisagem urbana de São
grandes plataformas compostas em arcos, emprega o ver- Paulo. São dez casas com frente para a rua e a alameda
de; nos dois troncos de pirâmide que as travam e no e outras sete internas ao conjunto, com frente para uma
conjunto de blocos que sobre elas se apóiam, o amarelo; pequená praça, a que se tem acesso pela alameda Lorena.
na torre do farol, o vermelho. O interior não é menos As residências que compõem o "L" da Lorena com Ro-
sugestivo, com painéis decorativos inspirados em arte e cha Azevedo apresentam características inusitadas. Em
mitologia tolteca, maia e asteca. No salão do museu, um algumas, a fachada é composta por um volume curvo
grupo de estatuária gigantesca representa o Homem e a sobre o qual fica o solário, com um guarda-sol de concre-
Mulher do Novo Mundo. Destacado pela comissão de to; na sustentação do avanço semicircular, uma coluna
seleção do concurso, reproduzido no álbum de projetos que mergulha em um espelho d'água. Em outras, os ele-
lançado por ocasião da convocação para a segunda etapa, mentos da fachada combinam-se de forma a sugerir um
obtém larga repercussão (3). rosto. Não é sem conflito com os moradores do bairro e
verdureiros de uma feira das imediações que as casas
A aplicação rigorosa da simetria observa-se ainda em são aceitas (8). Aqui Flávio pode experimentar suas teo-
mais dois projetos que encerram a atuação de Flávio nes- rias sobre conforto físico e psicológico, que toma como
se ano, ambos para a Universidade de Minas Gerais. Um determinantes do projeto.

47
Projeto para Farol do Colombo,
interior, 1928.

Projeto para Farol de Colombo,


salão do Museu, ~928.

48
Projeto para Palácio do Governo
do Estado de São Paulo, vista
noturna com holofotes, 1927.

Projeto para Palácio do Governo do Estado de São Paulo, vista aérea, 1927 .

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49
Projeto para Palácio do Congresso do
Estado de São Paulo, 1929.

Projeto para Embaixada Argentina, 1928,

Projeto para Universidade de Minas Gerais, 1928.

50
o conforto físico é associado ao maior volume de ar das
salas e às aberturas reguladas, que permitem, segundo ele,
ter ar fresco no verão e calor no inverno. Pensa com isso
eliminar a utilização do ar condicionado, cujo custo é
"impróprio para casas de aluguel". O conforto psicológico
é dado pela escolha das cores, selecionadas "para evitar
que provocassem irritação ou melancolia, deixando o ha-
bitante em estado de equilíbrio anímico, portanto livre de
se lançar num ou noutro pólo emotivo, sem que haja pro-
vocação por parte das paredes da casa" (9).

A casa da fazenda Capuava traz as marcas do primeiro


conjunto de projetos, na monumentalidade e forma do
salão central, que recorda os volumes da base do Farol
de Colombo. Concebida dentro de "uma visão poética",
a casa é "um produto puro da imaginação, tentando criar
uma maneira ideal de viver" (10). E nela, tão ou mais im-
portante que a arquitetura, é a decoração, fundamental
na criação do ambiente inusitado da moradia, marcada- Loja com fachada em alumínio, em São Paulo, na esquina
mente a do salão central, de teatralidade calculada, com das ruas Barão de Itapetininga e Dom José de Barros, 1935.
suas cortinas em tiras de cores variadas, máscaras indíge-
nas, lareira com água corrente e iluminação para forma-
ção de vapor colorido. A piscina, com iluminação sub-
aquática, reforça o efeito da visão frontal, refletindo a
fachada do salão que parece emergir da mata de eucalip-
tos. Do salão, desprendem-se como asas as varandas em Nessa época, Flávio de Carvalho dá início à construção
vigamento de concreto. Os quartos são distribuídos em de um edifício na praça Oswaldo Cruz em São Paulo,
duas alas onde se encontram também a cozinha, o living, onde antes se localizava a residência da família. Por deso-
banheiros, o escritório e a sala ancestral, em que os mó- bediência às normas da legislação, as obras são interrom-
veis e objetos fazem recordar a casa da família do artista pidas. Sem interesse em rever o projeto, negocia o prédio
na praça Oswaldo Cruz. Nos quartos, destacam-se a cama inacabado com uma construtora (12).
fixa, com o estrado montado sobre uma base de tijolos,
e o revestimento da parede junto à pia, em alumínio, Em 1955 projeta, a pedido do maestro Eleazar de Car-
também presente na cozinha, banheiros e em uma placa valho, a Universidade Internacional de Música. O Monu-
refletora no teto do salão central CI1). mento à Universidade, marco inicial da obra, e maugu-
rado a 16 de setembro do ano seguinte, em Guaratin-
guetá, mas o projeto é abandonado.
Essa fase de realizações esgota-se em si mesma. A inexis-
tência de clientes ou o desinteresse de Flávio por proje- Flávio de Carvalho participa ainda de dois concursos in-
tos convencionais levam-no de volta à rotina dos concur- ternacionais: para o edifício Peugeot, em Buenos Aires, e
sos, em que é sistematicamente derrotado, como no caso para a organização Pan-americana da Saúde, em Washing-
das duas diferentes soluções para o Paço Municipal de ton, em 1961. No Brasil, participa dos concursos para a
São Paulo, apresentadas em 1939 (com variante em Assembléia Legislativa de São Paulo (1959), Paço Muni-
1946) e 1952. cipal de Valinhos (1966), Teatro Municipal de Campinas
(1967) e Biblioteca Municipal da Bahia (1968).
Os projetos de 1939 e 1946 são quase que alternativas
de uma mesma proposta: torre sobre plataforma. O de Nova encomenda surge com a possibilidade de constru-
1952, ao contrário daqueles, que são inseridos como ção de uma igreja em Pinhal, mas a iniciativa pessoal de
marcos na paisagem urbana, apresenta a solução para o Arnaldo Florence não encontra recursos para sua viabi-
entorno, além do das edificações. lização.

51
Folheto de instruções para o
uso das casas, 1938.

Casa na alameda Lorena, 1936-38.

Casa na alameda Lorena, interior.

52
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Sala Ancestral, na casa da Fazenda Capuava, em Valinhos. (Foto Dulce Carneiro)

Casa da Fazenda Capuava,


interior do salão central.
(Foto Dulce Carneiro)

54
Destes trabalhos destacam-se o Paço Municipal de Vali- Pelo menos até que uma nova geração de profissionais
nhos e a igreja em Pinhal, nos quais parece reencontrar- abandone o racionalismo frio, de fórmulas acabadas, pelo
se com a linguagem dos primeiros projetos, dando às exercício livre da imaginação criadora, que tem em Flávio
construções características de monumentos. Na igreja, de Carvalho um precursor.
essas características são dadas pela estatuária que a en-
volve; no paço, pela utilização da forma de pirâmide para NOTAS
a edificação, enquanto as áreas cobertas nas laterais suge-
(1) "O novo Palacio do Governo e o projecto modernista". Diá-
rem uma aproximação formal com a casa da Fazenda Ca- rio da Noite} São Paulo, 4 fev. 1928, 1 il.; "Ainda o ator-
puava. doante projeto 'Efficacia'''. Diário da Noite, São Paulo, 6
fev., 1928, 2 il.
A repercussão da atividade de Flávio de Carvalho en- (2) "A Embaixada Argentina vae ter sede propria encerrou-se
quanto arquiteto foi bastante limitada. Em um primeiro hontem o concurso de ante-projectos". O Jornal, Rio de Ja-
momento, contribuiu sem dúvida para questionar a práti- neiro, 2 mar., 1928, 2 il.; "O Palacio da Embaixada Argen-
ca projetual reinante com sua ação demolidora em con- tina julgamento dos projectos dos architectos brasileiros".
Revista de Engenharia, São Paulo, (47): 46, jun. 1928.
cursos oficiais. No entanto, sua experiência acabou não
sendo incorporada pelas gerações que se seguiram. Os (3) Albert Kelsey. Programas y reglas de la segunda etapa del
concurso para la selección dei arquitecto que construirá el
únicos marcos concretos deixados por seu trabalho estão Faro Monumental que las naciones del mundo erigirán en
comprometidos: o conjunto de casas da Lorena, pelas la República Dominicana a la memória de Cristobal Colón
deformações a que foi e continua sendo submetido; a junto con el informe del jurado internacional los diseiíos y
casa da Fazenda Capuava, em Valinhos, pelo descaso da otros muchos también some tidos a la primera etapa [New-
YorkJ, Unión Panamericana, 1931, p. 94-96, 13 il. Ao
entidade responsável por sua conservação. Assim, tudo contrário da informação corrente, Flávio não ganhou menção
leva a pensar que seu nome não deixará as notas de pé honrosa por seu projeto, que apenas aparece reproduzido no
de página a que a historiografia da arquitetura moderna álbum mencionado.
o condena. (4) Antonio Crispim, pseudo [Carlos Drummond de Andrade].
"Um ante-projecto de universidade". Diário de Minas, Belo
Horizonte, 4 nov., 1928.
(5) Câmara, senado, administração, biblioteca; expediente, gale-
rias, público; expediente, descanso; câmara deputados e sena-
do reunidos, administração, expediente; câmara deputados e
senado reunidos, galerias para o público; museu, biblioteca;
coberturas.
(6) Cf. entrevista concedida por Geraldo Ferraz à pesquisa "In-
trodução à Arquitetura Contemporânea em São Paulo" (São
Paulo, IDART), a 11 de junho de 1978.
(7) Seu endereço anterior como arquiteto fora o da rua Cristo-
vam Colombo, 1, onde também se localizava o Instituto de
Engenharia de São Paulo.
(8) Péric1es do Amaral. "S. Paulo tem dezessete casas verdadei-
ramente próprias para a gente morar!" (Arquitetura). Proble-
mas, São Paulo, ano 1 (8) :53-56, maio 1938.
(9) Flávio de Carvalho, apud. art. cito de Péric1es do Amaral.
(lO) Flávio de Carvalho, apud. Dulce G. Carneiro, "A Casa de
Flávio de Carvalho". Casa e Jardim, São Paulo, (40): 37,
jan./fev. 1958.
(11) A idéia inicial era de que essa placa fosse móvel, o que
permitiria iluminação zenital durante o dia e vista do céu
durante a noite, mas o mecanismo necessário para realizar a
operação resultou por demais complicado.
(12) Cf. depoimento de Paulo Mendes de Almeida a Rui Moreira
Leite, 9 maio 1982.
Casa da Fazenda Capuava, 1938. (Foto Dulce Carneiro)

55
Projeto para Paço Municipal de São Paulo, 1952.

Projeto para Paço Municipal de São Paulo, 1939, maquete.

57
Projeto para Igreja Catedral de Pinhal, 1969.

Projeto para a Universidade Internacional de Música e Artes Cênicas, plano geral, 1955.

Projeto para Paço Municipal de Valinhos, 1966.

58
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59
Mãos de Cabelo, aquarela, figurino para bailado A Cangaceira, com música de Camargo Guarnieri , 1954.

60
FLÁVIO DE CARVALHO, CENÓGRAFO
Nicanor Miranda

Flávio de Carvalho - o homem e u artista ,não é musIca. O cenógrafo Flávio de percebeu argu-
possível tratar de ambos, em pequenino espaço e breve tamente o problema. Sentiu-se reptado e ideou cenário
tempo. Toda personalidade complexa, multifária, deman- que, pela sua composição, colorido, volume e linhas, é
da biografia pormenorizada. Impossibilitado de abordar exceção entre tudo que se produziu entre nós. Vale dizer:
as várias facetas do seu talento artístico, limitar-me-e! a o mais notável cenário concebido por um cenógrafo na-
discorrer sobre o cenógrafo de bailado. cional e que nada fica a dever aos melhores estrangeiros
que têm sido apresentados entre nós" (Diário de S. Pau-
Principiarei asseverando que na minha diuturna freqüen- lo, 4 de janeiro de 1951). Hoje acrescento sem temor de
tação do meio artístico nacional e estrangeiro, durante erro: superava todos os estrangeiros.
mais de meio século, Flávio foi o artista plástico brasi-
leiro mais culto que conheci. Para empregar termo da Para o Bailado do Deus Morto) Flávio ideou um cenário
arte em que ele foi mestre - a arquitetura - , direi que de fundo preto. Os atores usavam máscaras alumínio
o seu embasamento científico e artístico originou-se da e camisolas brancas. No centro metade direita do palco
discência na Universidade de Durham e na King Edward havia, postada, uma coluna de alumínio, vasada em três
the Seventh School of Fine Arts, as duas na Inglaterra. distâncias simétricas, do chão ao topo. O efeito espeta-
A formação cultural teve vigorosa influência nas suas cular, esplêndido, era causado pela projeção de luzes
concepções artísticas. A criatividade nascia, em grande sobre os panos brancos e o alumínio.
parte, da filosofia que esposava.
Para o bailado de Camargo Guarnieri, Flávio imaginou,
Durante os muitos anos que com ele conV1V1, sempre inicialmente, oito fios quase paralelos, divididos em dois
notei o profundo interesse que nutria pela antropologia grupos de quatro, cortados por cinco fios transversais,
filosófica. Em 1937, a seu rogo, li no Congresso In ter- sendo um grupo de três e outro de dois. Após demorado
nacional de Estética, em Paris, a comunicação L)Aspect estudo, no entanto, chegou à conclusão de que o efeito
Psychologique et Morbide de tArt Moderne, mui apre- cênico, para todos os fins, seria mais ativo se, em vez de
ciada pelo auditório. fios, fossem largas fitas. Ao mesmo tempo, modificou
totalmente a distribuição espacial das fitas, de sorte a
No decorrer de quatro séculos, da Renascença até princí- não mais lembrarem, nem de longe, os primitivos fios.
pios do atual, os cenógrafos insistiram em apresentar Contudo, o jogo de fios cruzantes foi aproveitado para o
décors que reproduziam ou simulavam ambientes. Que- bailado de Prokofiev.
riam "representar". Sempre dentro dos mesmos cânones.
Desde Serlio e Bibiena até inícios da centúria atual, os A idéia fundamental da cenografia de Flávio era que o
cenários obedecem às mesmas diretrizes que os mestres artista deve "representar" muitíssimo menos do que ou-
do pretérito traçaram e impuseram. No começo do pre- trora, porque hoje pode alcançar resultados surpreenden-
sente século, precisamente nos segundo e terceiro decê- tes graças aos múltiplos e excepcionais recursos da ilu-
nios, dois artistas plásticos revolucionaram a cenografia minação. Mormente se souber instruÍr os eletricistas a
do bailado: Salvador Dali, com Bacanal e Colóquio Sen- projetarem luzes e colorir o palco com poderosos efeitos.
timental) e Pavel Tchelitchev com Orleus, Errante e The A esse respeito, a lição mais autorizada que o Brasil re-
Cave 01 Sleep. cebeu foi quando da exibição da ópera norte-americana
Porgy and Bess, em nossos teatros. Quarenta eletricistas
É possível, quase certo, que alguém julgue exagerado o trabalhavam com máquinas especiais. Os efeitos lumino-
que vou afirmar. Mas antes de dizê-lo, recorro ao sábio sos eram magníficos. Mas pasme o leitor: o espe-
conselho de Goethe: "O crítico, em vez de negar-se a si táculo norte-americano foi quatro anos após
mesmo, deve relacionar, com precisão, os seus sentimen- a criação de Flávio para o de Camargo Guarnieri.
tos e idéias com os do artista de quem fala". Assim, não
me arreceio em afirmar que incluo Flávio entre aqueles Se o Bailado do Deus Morto continha assunto - os so-
dois renomados artistas. E não é hoje que o afirmo. Há luços no primeiro ato e a confissão e o fim do deus, no
mais de trinta anos, redigindo a crítica do Grupo Expe- segundo - , o bailado de Camargo Guarnieri era uma
rimental de BaIlet, me referi ao bailado de Camargo obra abstrata. Ora, na peça dançante, a temática, a es-
Guarnieri, nos seguintes termos: "A peça mais brilhante sência artística é a organização do ritmo em grande esca-
do insigne compositor paulista exigia cenário à altura da la e isso só pode ser sustentado pelo espírito musical do

61
Cenário, figurinos e máscaras para o Bailado do Deus Morto, 1933 .

Cenário para bailado com sinfonia de Camargo Guarnieri, 1951.

62
Foto do espetáculo Ritmos de Prokofiev; apresentado no Teatro Cultura Artística em 1956,

coreógrafo. Diferença enorme, sem dúvida. Foi isso que


Flávio captou muito bem, fazendo que as largas fitas,
ideadas plasticamente, articulassem junção com a dança.

Aquela mesma idéia de funcionalidade que imprimiu à


arquitetura das casas da alameda Lorena e da Fazenda
Capuava, ele a injetou na ideação cenográfica. É mister,
porém, elucidar essa funcionalidade no caso da cenogra-
fia. Tenho convicção de que no subconsciente dele, ou
mesmo no consciente, vivia atuante a concepção leibnit-
ziana da linha. O que não é para estranhar, pois era exce-
lente sabedor da geometria descritiva. Dessa maneira, a
função são as diversas linhas que variam segundo a posi-
ção de um ponto, a abscissa, a coordenada, a corda, a
tangente ...

Conhecia a força da linha. Sabia que ela era vida e movi-


mento, alma do desenho, mestra e dominadora de todas
as artes plásticas. Da potência da linha nascia todo o
vigor do seu desenho e, quando não, sangue e carne,
como na Série Trágica. A execução não cansava de supe-
rar a concepção, principalmente no caso dele, pois um
longo e duradouro labor de artífice estabelecia a livre
comunicação dos sentimentos com os movimentos. Por-
que era possuidor de todos esses segredos é que se tor-
nou o desenhista extraordinário que a 9. a Bienal de São
Paulo premiou, coroando a sua consagração e
in ternacional.

63
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Ficha de inscrição para o Clube dos Artistas Modernos.

64
FLÁVIO DE CARVALHO
Sérgio Milliet

o clube era embaixo do viaduto Santa Ifigênia, em anos originalidade. Uma brota de sua perma-
ainda sem arranha-céus. Flávio de Carvalho pontificava, nente e insaciável não em ten-
inventando manifestações escandalosas de arte moderna. tar a execução de nem deixa de topar
Até polícia intervinha no negócio, e o lugar não se reco- qualquer aventura suscetível proporcionar uma
mendava à sociedade muito pacata e muito burguesa da compreensão mais profunda homem ou um simples
São Paulo de então. Freqüentei pouco o local, mas lá se prazer. Assim como se entusiasmou pela maneira mais
viam, amiúde, Di Cavalcanti, Antonio Gomide, Paulo cômoda de morar, ou dietético
Mendes de Almeida, Arnaldo Barbosa e outros. Houve vida" ,
depois todos os salões, com Quirino da Silva, e a colabo- técnica pictórica ou se entrega à análise de uma teoria
ração sempre barulhenta de nosso grande desenhista. Só sociológica ou antropológica de deduções inte-
vim, porém, a ter maior intimidade com o artista quando ligentes, embora discutibilíssÍmas. Trata-se de um homem
começou a receber em seu ateliê da rua Barão de Ita- de espírito enciclopédico, de um intelectual do Renasci-
petininga. mento, que se teria realizado em qualquer dos ramos de
sua atividade, mas preferiu borboletear pelo domínio
Culto e irriquieto, Flávio não podia contentar-se com a vasto e complexo do humano, simplesmente.
atividade de pintor. Multiplicava-se, participando de con-
cursos internacionais de arquitetura, escrevendo livros, Ficará na história das artes do Brasil ou tão-somente no
administrando fazendas, criando fábricas. anedotário dela? Creio que, de um jeito ou de outro,
ficará. Certos retratos seus, de uma penetração psicoló-
Como arquiteto, planejara e mandara construir uma série gica extraordinária, não irão nunca para o dos
de casas de formas estranhas e que proclamava inteira- museus. No porão nunca os porão ... Estou pensando
mente funcionais. Mas Paulo Ribeiro Magalhães, caçoan- em seu Mário de Andrade, da Biblioteca Municipal, em
do, observava: "Frias no inverno e quentes no verão", seu Ungaretti, em seu Lins do Há mais, porém;
há seus desenhos de mulheres que, mesmo sem as conhe-
De Flávio há pouco que contar; não por carecerem de cer, temos a impressão de ter encoJtlU'ad:o
pitoresco seus feitos e gestos, mas porque tudo já foi
contado, por ele próprio ou pelos amigos. Suas aventuras Sua versatilidade levou-o a um exibicionismo, para mui-
são públicas e notórias, desde a idéia estapafúrdia de tos chocante, para outros divertido, através do qual como
não se descobrir diante de uma procissão, relatada no que compensa sua incapacidade bem de escolher.
livro Experiência n. o 2, até a invenção da moda masculi- Escolher é renunciar ao que se deixou de lado e Flávio
na para climas quentes. não quer, como Gide, nada do mundo. .. nem
os ossos. Renunciaria entretanto a tudo em prol de uma
o que também se tornou lendário a seu respeito foi o verdade de que se convencesse filosoficamente. Por isso
pão-durismo. Afirmam as más línguas que para não per- virou, repente, vegetariano. O homem do bom bife
der alguns centavos, possivelmente roubados em cada inglês e uísque passou a comer capim e beber limonada.
tijolo, fechou sua olaria. A reputação é tão injusta quan- Não me espantará da vida fizer
to a de Carvalho Pinto, homem também lúcido demais a peregrinação ao cremar a carne
para ser esbanjador, porém capaz de se mostrar generoso cansada e alcançar o sem
quando necessário. estardalhaço, sem notícias nos e tu-
multuárias.
Presidente do Clubinho, sua iniciativa (de Flávio) de
mandar fazer uma porta de ferro, a fim de barrar os Quando o conheci, acabava de inventar uma veneziana
penetras, prestou-se a mil e uma gozações. Zombaram da baratíssima para ser vendida à gente favelas. Justi-
"funcionalidade" da solução, como de tantas outras que ficava sua iniciativa com a possibilidade de ganhar mi··
encontrou e explicava meio em tom de troça, mas que lhões. Mas, embora seja de pobre que se tira
decorriam de intenções razoabilíssimas. O fato é, no caso, porque o rico não o aplica-o,
que ninguém a mandou tirar e está prestando ótimos burros de
serviços.

Uma coisa não se negará nunca a Flávio de a

65
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fabricadas em 4 perfI.
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Anúncio das persianas de alumínio em Revista Anual do Salão de Maio, 1939.

66
rnauguração da primeira exposição individual. Ao centro, Flávio de Carvalho.

porque, no íntimo, Flávio de Carvalho é um reformador a mim mesmo propostos. Ei-Io de volta da Califórnia,
moralista. Um quase pastor protestante. E quem não aonde foi participar de um congresso de filosofia. Se suas
compreender todas as contradições que se enroscam e teses convenceram ou não, não sei. Mas tenho certeza de
enrolam dentro dele não o compreenderá jamais. que interessaram todo mundo e suscitaram discussões
acaloradas. Nada do que ele faz é indiferente.
Vou pela rua Barão de I tapetininga e vejo-o perseguido
por moleques a gritarem "peru, peru". Foi o Quirino da (Texto publicado no Suplemento Literário de O Estado de S.
Silva quem inventou a brincadeira. E Flávio irritado mas Paulo, em 5 de maio de 1962, e republicado no livro De Cães, de
Gatos) de Gente, de Sérgio Milliet, em 1964.)
ao mesmo tempo contente.

Não desejava e não desejo que estas cromcas assumam


ares de crítica, nem mesmo de contribuições para a re-
constituição de um passado. Com Flávio, entretanto, vão
os meus comentários caminhando para uma apreciação
do homem e do artista de um ponto de vista nada pito-
resco. O homem é por demais complexo, o artista por
demais importante, e não sobra espaço para grandes
piadas.

O meio artístico de São Paulo foi durante algum tempo


dominado pela personalidade de Flávio de Carvalho. Ti-
nha seu lugar marcado nesta galeria, não se enquadra,
porém, dentro da moldura que eu escolhera. Lamento-o,
cheguei a achar que o devia deixar de lado; não conside-
rei justo, porém, ignorá-lo, apesar de sair fora dos moldes

67
Retrato do Escritor Newton Newton Freitas.

68
FLÁVIO DE CARVALHO
Newton Frei tas

o primeiro que chama a atenção na personalidade de beck não aprenderam deles senão o elemento essencial
Flávio de Carvalho é sua aparente dispersão, isto é, a de suas novelas: suas fórmulas mágicas.
desproporção entre o que cria e abarca, e o que a vida
pode lhe oferecer em prol dessas mesmas realizações. o que é mais curioso nesta subdivisão multicelular da
Assistimos ao desdobramento de uma atividade humana especialização, contra a qual estão os católicos (num sen-
anti técnica , antiespecializada por excelência. Não é sim- tido diverso a que me quero referir), pois o cria e traba-
plesmente o pintor, o desenhista, o ilustrador, o artista lha em sua significação filosófica de que o homem deve
que dentro de sua estrita especialidade maneja o pincel manter uma estreita relação de pensamento e de ofício,
ou o lápis. É o artista que escreve, que investiga, que é que o especialista longe de aprofundar, longe de ganhar
pensa, que pinta, que desenha, que constrói. Mistura e nesta penetração isolada de sua arte, afasta-se da essência
difunde sua inventiva entre duas, três, dez atividades real da proposta enunciada por sua arte, e esta, despoja-
da dos atributos essenciais e humanos, decai e morre.
diferentes, complementárias algumas, opostas outras. Ao
Creio que contra os intuitivos (líricos) e os especialistas
mesmo tempo em que se dedica a experiências diretas
(técnicos), a arte brasileira conseguiu formar uma espécie
das reações da multidão (sua famosa Experiência n.O 2),
de arte regional, interessante pela desnudez dos atributos
não deixa de planejar edifícios, escrever artigos, livros, pelos quais podia perdurar. Precisamente em São Paulo,
discutir, pronunciar conferências, montar suas obras de Estado desprovido de caráter regionalista, isto é, de pi-
teatro e ser, ainda dentro desse tumulto sentimental, o toresco regionalismo, onde a cidade é sempre nova, reno-
pintor Flávio de Carvalho. É assim, pois, a negação do vada incessantemente e a tal ponto que uma turista
homem moderno qUê tem que ser especializado para so- norte-americana chegou a dizer: Será muito bonita quan-
breviver artisticamente. Diz-se em abono dessa tese que, do se terminar de construir . .. de São Paulo, sem popu-
havendo a cultura humana ultrapassado em volume e em lações firmemente arraigadas porque os velhos troncos
extensão as proporções de capacidade do cérebro de um não puderam e não poderão jamais escapar à violenta
homem, este deve isolar-se dentro de uma especialidade penetração das correntes imigratórias, neste São Paulo
para, pelo menos, aprofundar-se num ramo e chegar a sem o pitoresco do Nordeste, sem o caráter da Bahia,
suas últimas conseqüências. E assim vemos nossos músi- nem os típicos contornos do Sul, de São Paulo saíram e
cos encerrados em biombos sonoros e os pintores passar saem os movimentos destinados a' revoluções artísticas.
anos, cativos, em prisões de cores. E vemos, por isso, o De seu núcleo antipersonalista, anti-regionalista, antina-
absurdo de os contatos humanos se tornarem cada vez cionista, tão internacionalista que se chegou a dizer que
mais difíceis e áridos, porque nada mais cansador e exaus- era uma tradução européia, surgiu o movimento mais sé-
tivo que a convivência com qualquer grupo isolado, ainda rio e mais profundo da moderna cultura brasileira.
quando se trate de artistas puros e de verdadeiro inte-
resse. Sempre se salvam, ou têm mais possibilidade de Recapitulando, veremos que os valores destinados a per-
salvação, os escritores e os médicos dessa desumanização durar surgiram de São Paulo, apesar da aparente falta de
da cultura, pelo contato obrigado com as distintas igrejas essência nacional. Não creio que seja mera casualidade
fechadas, sonoras ou de cores, tão estancadas como a dos que as figuras mais notáveis no campo artístico, no que
jogadores de futebol ou a dos políticos. Na realidade, se refere ao vanguardismo, nasceram ou se desenvolve-
que haverá de mais desalentador para um leigo bem-in- ram em São Paulo. Partindo do ponto de vista amplo
tencionado que penetrar no meio teatral ou no dos joga- de que a cultura é una e universal, o grupo dos artistas
dores profissionais? A roda gira sempre, inevitavelmen- modernos, desde a famosa revolução de 1922, com sua
te, em torno do mesmo eixo, e o leigo desiste do contato Semana de Arte Moderna, defendeu sempre a tese da re-
ou morre de tédio. Impossível desconhecer que existem novação em todos os terrenos, sem falsos pudores de pro-
exceções, mas chega-se modernamente até este máximo vincialismo. Com o transcurso do tempo, vemos que
de especialização: escritores ignorante,s que apenas sabem aqueles gritos despavoridos que pareciam não correspon-
rudimentos de gramática, mas que têm a seu favor o dom der a nenhuma realidade vivente, permaneceram, desbra-
inspirado da ficção. Cobrem assim as deficiências de cul- varam o terreno e deram possibilidades para os que sur-
tura com o aperfeiçoamento técnico; disfarçam o desco- giram depois. Desta vanguarda, que não foi jamais regio-
nhecimento do drama que descrevem com a experiência nalista nem nacionalista, o Brasil pôde recolher os frutos
de outros escritores. .. Nesse aspecto, posso assegurar dum movimento cultural que aspirou apenas a agitar o
que os discípulos de John dos Passos, Malraux, Stein- ambiente, projetar o país fora de suas vastas fronteiras.

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E não creio igualmente que seja coincidência que saíram Quando a investigação se cansa neste sentido, constrói
de São Paulo os escritores e artistas menos especializa- casas, estende planos fabulosos unindo a fria geometria
dos e mais humanamente renascentistas, nesse esforço a uma fantástica imaginação construtiva. E o tempo que
por abarcar várias ramas e penetrá-las. Mário de Andrade lhe sobra sempre o impulsa para outras mais profundas
é um típico exemplo do que afirmo e Flávio de Carvalho penetrações. E então sai à rua à caça de indivíduos para
também. retratá-los em poses espontâneas, refletindo, nesse vai-e-
vém inconstante da gente das ruas, a alma verdadeira das
Depois desta parábola para situá-lo, voltemos a esta car- multidões.
reira inquieta e insatisfeita de Flávio de Carvalho. Sabe-
mos que ele esteve sempre na vanguarda e hoje, por Tenho a impressão de que a sede de contato com os ma-
curiosa coincidência, quando os próprios revolucionários teriais manejáveis que a terra oferece só se apagaria to-
se sentem preocupados pelas diretivas que lhes exigem talmente em Flávio de Carvalho, se se munisse de uma
menos expansão, menos abstração, mais fixação popular, roca, de um forno de padeiro, de instrumentos para cavar
isto é, mais especialização, Flávio de Carvalho permane- a terra, de muito barro para fazer pratos e potes de cerâ-
ce na vanguarda. Pertence ao grupo que vem dizendo mica. Comendo coisas plantadas por ele, mas tendo sem-
coerentemente: o artista tem de ser livre, tanto como pre perto de si um amplo elemento de investigações
pode ser um homem condicionado às exigências de sua atmosféricas. Tecendo suas próprias roupas, algumas
natureza e situação de pertencer ao mundo. Livre para vezes como artesão e outras como aprendiz, Flávio de
lutar, principalmente, pela liberdade, sem partidos, sem Carvalho polariza sua força inventiva num plano monu-
outra bandeira que a que seu lenço lhe possa oferecer mental de uma ponte, ou num vasto sistema de irrigação
numa barricada ou uma saia de mulher numa luta de do solo, ou na planificação de uma cidade imaginária,
rua. Bandeira individual, pequena, mas sua. Talvez este dotada dos maiores aperfeiçoamentos da época moderna.
retorno anarquista pareça uma volta ao tempo em que a
maquinaria era incipiente e recente. Mas o erro consiste Porque uma coisa é evidente: a in quietude artística de
em que o homem pensa lutar com forças iguais e se es- que está dotado, ao mesmo tempo que lhe exige este
quece que seu maior poder está nessa potência espiritual, contato direto com a matéria plástica e humana, não pode
que se expande em torrente e corrói a própria base da deslocar-se demasiado do seu centro atual; nenhuma de
força organizada. Nada é mais forte que um ser conscien- suas atitudes, por mais renascentistas que nos pareçam,
te e puro, disposto a jogar-se por uma idéia. não estão em conflito com o telégrafo sem fios, a tele-
visão e o cimento armado. Quando inventa e põe no mer-
Julgo de uma coerência lúcida toda a obra de Flávio de cado um sistema de persianas de alumínio, é fundamen-
Carvalho, sem recorrer ao existencialismo, nem à psica- talmente o inventor que se entende perfeitamente com
nálise, nem ao marxismo. Simplesmente ele é um homem Le Corbusier. E é de Le Corbusier esta definição de Flá-
que crê no homem. Como elementos básicos cravados em vio de Carvalho tão natural e lógica: révolutionnaire ro-
sua própria vida, não despreza nenhuma estaca que lhe mantique, apesar de parecer-me este senhor pouco ro-
sirva para edificar sua casa. Traz, dos pássaros, a cor das mântico e bastante revolucionário.
penas; e das nuvens, se as pode alcançar, a ligeireza úmi-
da. Da carne, ainda mesmo da materna, arranca o pen-
samento que transforma sua pintura em algo familiar a
todos, algo que nos obriga a dizer: é um corpo vivo e
sangrento. E da experiência viva e cheia de cores, suas
lascivas mulheres, as que não evita incluir no refinamen-
to sensualista mechões negros de cabelos. Aos amigos,
ainda aos mais chegados, lhes descobre o esqueleto, ex-
pondo-lhes entre mil linhas esquemáticas, convergentes,
que nos dão de repente a chave do que buscávamos. Tam-
bém reserva para esses amigos as pinturas pastosas, man-
chadas e violentas. E do povo recolhe esse pó da terra (Texto publicado no álbum Flávio de Carvalho, em Buenos Aires,
dourada que nenhuma multidão, ainda a mais pobre e em 1948, e republicado na revista Cultura, edição janeiro-abril
disforme, deixa de oferecer. de 1949.)

71
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Projeto de traje para


a expedição dos gafanhotos,
final dos anos 30.

72
FLÁVIO 1 2 3 _.- LOUCO LUNÁTICO INFANTIL
Sangirardi J r .

Estou escrevendo estas linhas no dia de Corpus Christi. pública, com um projeto do Paço Municipal de São Pau-
Quinquagésimo segundo aniversário de uma ruidosa ex- lo. Além do monumental edifício do paço, criou um plano
periência de Flávio de Carvalho: no centro de São Paulo, urbanístico de amplas perspectivas, destacando a praça
ele meteu-se no meio de uma procissão, de boné na cabe- das Sete Torres, prevista para o parque D. Pedro II e
ça e caminhando em sentido contrário ao do cortejo reli- destinada a sediar as repartições da prefeitura paulistana.
gioso. Sua intenção era estudar a psicologia das multi- Não foi aceito. Como não foi aceita a grande estátua de
dões, através da reação dos fiéis. A reação foi que quase Santo Antônio, de cimento armado, tendo no colo um
o lincharam. Pouco tempo depois, Flávio publicava o livro menino Jesus de vidro, com intensa luz interior. Como
Experiência n.O 2, ilustrado com desenhos seus, no qual não foi aceita, ainda, uma escultura de grande beleza plás-
relatou e analisou a aventura. Poucos sabem qual foi a tica e dramaticidade, que ele tinha feito para o jazigo
sua experiência n.O 1: fingir que estava se afogando e perpétuo da família. Foi criada a pedido de seu próprio
gritar desesperadamente por socorro. Não deu resultado. pai, que recusou o trabalho depois de pronto, declarando,
Nem livro. peremptório: "Quando eu morrer, proíbo que ponham
essa coisa em cima de mim!"
Flávio de Carvalho gostava de causar escândalo. Não só
para se divertir, como para chocar a burguesia. Aliás, ele Flávio usava muito o alumínio. A descrição, escrita, do
era de família burguesa, filho de um fazendeiro rico. projeto do Paço Municipal previa que "o gabinete do
Formou-se em engenharia na Universidade de Durham, prefeito será revestido de lambris de alumínio [com tais
Inglaterra. Era homem de recursos. E, pelas suas atitu- e tais especificações] e as latrinas do prédio terão o mes-
des desabusadas e pouco comuns, gente mal-informada mo revestimento que o gabinete do prefeito". A capa de
considerava-o louco varrido. RASM, a Revista do III Salão de Maio, era de alumínio.
Eram de alumínio as persianas que ele fabricou, algumas
Em 1956, seguido por grande número de curiosos, Flávio de lâminas coloridas com uma solução de permanganato,
percorreu as ruas centrais de São Paulo envergando es- popularíssima na época como remédio contra blenorra-
tranho vestuário de verão, por ele desenhado. Consistia gia. Empregou largamente o alumínio como revestimento
num saiote, um exótico chapéu de abas largas, blusa fol- de superfícies na sua casa em Valinhos, que os moradores
gada de mangas bufantes, sapatilha e meia arrastão. Uma do lugar chamavam de casa-avião. E presente estava tam-
zona! O escarcéu provocado pelo desfile do figurino es- bém o alumínio nas casas que projetou e construiu na
tival, todavia, foi apenas um capítulo. Em ocasiões inu- alameda Lorena; tais casas, hoje totalmente adulteradas,
meráveis, Flávio foi alvo do ódio zoológico dos muares, eram as únicas do mundo em que o morador, ao receber
por causa de sua arte de vanguarda. Como, por exemplo, as chaves, recebia também uma bula com o "MODO DE
o Bailado do Deus Morto, que tanta celeuma provocou e USAR - Casas frescas no verão e quentes no inverno".
que levou a polícia a fechar o seu Teatro da Experiência,
no dia seguinte ao da estréia. Flávio de Carvalho gostava de pintar retratos e figuras
humanas. A óleo, guache ou aquarela, trabalhava com
Indiferente aos ataques que sofria - e até se divertindo invulgar rapidez. Jamais vi Flávio traçar qualquer esboço
com eles - , Flávio de Carvalho vivia em constante ebu- prévio a lápis ou carvão. Foi assim que fez, em minutos,
lição, gerando planos e sonhos, poucos dos quais conse- alguns retratos meus. Num deles, a nanquim, desenhado
guiu realizar. em noite com artista e modelo algo empilecados, ele me
retratou sentado numa cadeira, nu, com a mão direita
Planejou e organizou com minúcias uma expedição ao sopesando os testículos, trabalho que jamais foi exposto.
rio das Mortes, com a finalidade precípua de localizar e
estudar o berço dos gafanhotos na América do Sul, que Era sempre com grande garra que nosso herói se entre-
o naturalista Oliveira Filho, por detrás de suas barbas gava a qualquer trabalho. No III Salão de Maio (1939),
apostólicas, afirmava estar localizado no planalto dos cuidava pessoalmente dos menores detalhes. Houve um
Parecis, perto do rio Arinos, onde as plantas são ricas grande jantar de confraternização no recinto da mostra.
em sílica, defesa natural contra os terríveis ortópteros. A No centro do salão, foi montado um estrado, para exibi-
"expedição dos gafanhotos", que contava com a adesão ção da dança dos leques, com três bailarinas japonesas
da pintora Tarsila do Amaral, jamais saiu de São Paulo. que havíamos contratado no bairro da Liberdade. Em
meio ao jantar, como faltasse ligar os refletores sobre
Flávio de Carvalho participou, em 1952, de concorrência o estrado, Flávio andava de um lado para outro, com
um megafone: "Cadê a vaca do eletricista? Cadê a vaca
do eletricista?" Encontrada a vaca do eletricista e liga-
dos os refletores, o espetáculo teve início, logo inter-
rompido quando o pintor Manuel Martins gritou "viva
a China!" e as japonesas se retiraram, indignadas.
Flávio de Carvalho era um homem realizador. Ao mesmo
tempo, tinha algo de lunático, o que motivou sério aci-
dente, por volta de 1940. Flávio estava no meio da rua
Barão de Itapetininga, procurando o número de um pré-
dio, quando a roda de um ônibus passou-lhe em cima do
pé direito, esmagando-o. Teve que ficar em absoluto re-
pouso. Morava então numa casa da rua Dom José de Bar-
ros (n. o 270), que tinha na frente um canteiro com pés de
tabaco e, nos fundos, a fábrica de persianas de alumí-
nio, cujo único operário era um carpinteiro japonês. Para
proteger o pé imobilizado, o japonês fez um "sapato",
ou seja, uma caixa de pinho toda facetada, que o paciente
fechava atando vistosa fita azul. Apesar dos tratamentos,
o pé não melhorava. Veio um cirurgião renomado, que
quis operar, fazendo uma incisão em nervo da virilha.
Veio uma rezadeira, trazida pela professora Sebastiana
de Morais. Veio por fim, com o pintor Lasar Segall, um
médico judeu fugitivo da Alemanha nazista, que exami-
nou detidamente e receitou: "O único remédio é andar".
Flávio, aos poucos, foi dando alguns passos. Logo, medin-
do o pé com um paquímetro, anunciava, animado, que
estava desinflamando à velocidade de 0,56 milímetro por
dia. Pouco depois já caminhava pelo centro da cidade, de
muletas. E aos amigos e conhecidos, que queriam saber
o que havia acontecido, ele entregava uma papeleta im-
pressa, onde tudo era contado com os mínimos detalhes,
sob o título: Histórico do Pé.
Flávio de Rezende Carvalho foi notável desenhista e Ilustração do livro Experiência n.O 2, 1931.
pintor, engenheiro civil, arquiteto e decorador, teatrólo-
go, escritor e bombardino de minha banda de música -
a Lira Musical Flor dos J abaquaras - , na qual os instru-
mentos eram imitados vocalmente. A banda exibia-se
num programa de rádio que hoje chamariam de happe-
ning, feito de improviso e com todas as loucuras imagi-
náveis. E era de se ver o entusiasmo e a seriedade com
que Flávio ia até os estúdios da Rádio Cultura, no distan-
te bairro do Parque J abaquara, exclusivamente para fazer
a sua parte como bombardino.
Tinha um espírito bastante infantil, dirão vocês. Mas
isso freqüentemente é a marca do gênio. Vejam o retra-
to de Einstein com a língua de fora.
Flávio de Carvalho e Eva Harms
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1983. durante a expedição amazônica, 1958.

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o levantamento sistemático que realizava da vida e obra de Flávio de Rezende Carvalho encontrava-se em seu estágio
final quando aceitei o convite para participar da organização desta exposição. Ressalto no entanto aqui a necessidade de
confrontar ainda as datas de uns poucos projetos e eventos com fontes primárias, tarefa indispensável pelas imprecisões
já identificadas na biografia de autoria do próprio artista, a que recorri apenas em último caso no estabelecimento da
cronologia.

A bibliografia em periódicos aqui apresentada é muito reduzida em função do espaço disponível, mas selecionada tendo
em vista apresentar referências às obras, projetos, experiências e exposições mais significativas.

Devo ainda esclarecer que as obras são relacionadas pelos títulós originais, estabelecidos a partir de exaustiva consulta
a catálogos de exposições. A impossibilidade de apresentar determinadas obras é em parte compensada por sua repro-
dução nesta publicação, e que por outra parte evita reproduzir trabalhos que, mais conhecidos, já o foram repetidas vezes.

Rui Moreira Leite

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CRONOLOGIA
Rui Moreira Leite

1899 Nasce a 10 de agosto, filho de Raul de Rezende Carvalho e


Ophelia Crissiuma de Carvalho, em Amparo da Barra Man-
sa, no Rio de Janeiro.
1900 A família muda-se para São Paulo.
1908 Inicia seus primeiros estudos na Escola Americana, em São
Paulo.
1911 É internado por seus pais no Lycée Janson de Sailly, em
Paris.
1914 Em viagem pela Inglaterra, é surpreendido pela eclosão da
I Guerra Mundial; não pode voltar ao continente por não
possuir passaporte. Inscreve-se no Clapham College, em Lon-
dres.
1916 c. Transfere-se para o Stonyhurst College.
1918 c. Ingressa no Armstrong College da Universidade de Dur-
ham, em Newcastle, onde cursa engenharia civil, e no curso
noturno da King Edward the Seventh School of Fine Arts.
Casa em que nasceu o artista, em Amparo da Barra Mansa,
1922 Conclui o curso na Universidade (24 jun.) e regressa ao Estado do Rio de Janeiro.
Brasil.
1923 Trabalha como calculista de estruturas de concreto para a
Barros Oliva & Cia., em São Paulo.
1924 Transfere-se para o escritório Ramos de Azevedo, onde per-
manecerá nos três anos seguintes.
1926 Estabelece ateliê na rua Cristovam Colombo, 1, 3.° andar,
sala 32, em São Paulo.
1927 Conclui seu projeto para o Palácio do Governo, manifesta-
ção pioneira da arquitetura moderna no Brasil.
1928 Inaugura-se a exposição de projetos para o Palácio do Go-
verno: o projeto de Flávio de Carvalho, apresentado sob o
pseudônimo de Efficacia, é o mais comentado pela imprensa
e pélo público (jan.).
Apresenta projetos para Embaixada Argentina, no Rio de
Janeiro, e para Universidade de Minas Gerais, em Belo
Horizonte.
Participa do concurso internacional para o Farol de Colombo.
Projeta Monumento às vítimas do Hidroavião Santos Du-
monto
1929 Apresenta projeto para o Palácio do Congresso em São
Paulo.
Ingressa na Sociedade Comercial e Construtora, que aban-
dona no mesmo ano.
Em São Paulo, encontra-se com Le Corbusier, com quem
troca idéias em reunião em casa de Paulo Prado.
1930 Participa do IV Congresso Pan-americano de Arquitetos co-
mo delegado antropófago, apresentando as palestras A Cidade
do Homem Nu e Antropofagia no Século XX.
Projeta residência para seu primo Nelson Ottoni de Rezende
e Monumento Funerário Modernista, para o jazigo da famí-
lia no cemitério do Araçá.
1931 Realiza sua Experiência n.O 2, em que enfrenta os fiéis da
procissão de Corpus Christi com boné na cabeça e quase é
linchado.
Publica o livro Experiência n.O 2, que tem ainda nesse ano
segunda edição (ambas de 3.000 exemplares).
Participa da XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes, no
Rio de Janeiro, o salão moderno organizado durante a curta
gestão de Lúcio Costa na Escola de Belas Artes.
Projeta Monumento a Santo Antônio.
1932 Combate na Revolução Constitucionalista.
Projeta fortificações em Guaratinguetá.
Estabelece ateliê na rua Pedro Lessa, 2, em São Paulo.
Funda o Clube dos Artistas Modernos (CAM) com Di Ca-
valcanti, Gomide e Carlos Prado (23 nov.).
Participa do concurso de selos dos Correios do Brasil. Flávio aos 2 anos de idade.

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1933 Organiza ciclo de conferências e exposições no CAM e cuida
pessoalmente de sua divulgação pela imprensa.
Cria o Teatro da Experiência, onde apresenta espetáculo de
sua autoria, o Bailado do Deus Morto. O teatro é fechado
pela polícia.

1934 Participa do 1.0 Salão Paulista de Belas Artes (jan.).


Apresenta projeto para concurso de monumento ao Soldado
Constitucionalista.
Inaugura sua primeira exposição de pintura (28 jun.).
A exposição é fechada pela polícia, cinco quadros são apreen-
didos (12 jul.). A exposição é reaberta por ordem judicial a
26 de julho e se encerra a 8 de agosto.
Viagem à Europa. Participa dos Congressos de Filosofia e
Psicotécnica realizados em Praga (1-15 set.), viaja pela Eu-
ropa desenvolvendo grande conjunto de trabalhos que per-
manecerão inéditos.

1935 Regressa a São Paulo (fev.), iniciando publicação de entre-


vistas realizadas durante a viagem.
Realiza, no Instituto de Engenharia, a conferência A Pintura
do Som e a Música do Espaço, sobre a obra do artista
tcheco Arne Hosek (mar.).
Participa da tentativa de organização de nova associação de
modernos de São Paulo, Quarteirão, com Paulo Emílio Salles
Gomes, Décio de Almeida Prado, Oswald de Andrade e
Vêra Vicente de Azevedo.
Estabelece ateliê na praça Marechal Deodoro, 2392, 1.0
andar, sala 104, em São Paulo.

1936 Viaja com um grupo de engenheiros paulistas à Argentina.


Publica Os Ossos do Mundo, livro de impressões de viagem
prefaciado por Gilberto Freyre.
Inicia a construção do conjunto de casas da alameda Lorena.

1937 Participa da exposição do 1.0 Salão de Maio e do ciclo de


conferências então realizado, com sua tese O Aspecto Psico-
lógico e Mórbido da Arte Moderna, enviado a seguir ao
Congresso de Estética e Ciência da Arte em Paris, onde a Flávio com os pais, em Paris, por volta de 1911.
apresentação do trabalho é feita por Nicanor Miranda.
Estabelece ateliê na praça Marechal Deodoro, 236, 2.° andar,
ap. 201, em São Paulo.

1938 Participa da organização do 2.° Salão de Maio, sendo res-


ponsável pela participação dos surrealistas e abstracionistas
ingleses do grupo de Herbert Read.
Palestra na Rádio Cultura, A Casa do Homem no Século Xx.
Inaugura o conjunto de casas da alameda Lorena, com co-
quetel oferecido à imprensa (9 jun.).
Constrói a casa da Fazenda Capuava. Projeta persianas verti-
cais de alumínio, que produz e comercializa através de sua
firma Tropicalumínio que tem como vendedor Rebollo Gon-
J

zales.

1939 Toma banho nu na fonte das Lagostas, na praça Júlio Mes-


quita, em companhia de Quirino da Silva.
Participa dos concursos para o viaduto do Chá, matadouro
de Carapicuiba e Paço Municipal.
Organiza, com a colaboração de Sangirardi Jr., o III Salão
de Maio, edita RASM, que incorpora o catálogo da mostra.
Estabelece ateliê na rua Dom José de Barros, 270.
Participa do 2.° Salão da Sociedade Francisco Lisboa, em
Porto Alegre.

1940 Participa do V Congresso Pan-americano de Arquitetos em


Montevidéu.
Expõe no V Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, em
São Paulo, e no 2.° Salão de Belas Artes do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre.

1941 Participa do 1.0 Salão da Feira Nacional de Indústrias e do


VI Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos. Realiza palestra
na Galeria Prestes Maia durante a exposição de desenhos de
crianças inglesas - A Percepção na Criança.
Realiza viagem a Minas Gerais em companhia de Caio Pra-
do Jr. Flávio de Carvalho na Inglaterra, por volta de 1920.

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1942 Falece seu pai, Raul de Rezende Carvalho (mar.).
Participa do VII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos.
1943 Enviado pelos Diários Associados ao Paraguai, em seu re-
gresso realiza conferência O Berço da Civilização do Mundo
e Notas sobre a Cultura Guarani, no recinto da exposição
de Carlos Prado (set.). Publica a série Rumo ao Paraguai
pelo Diário de S. Paulo.
Reside na praça Oswaldo Cruz, 138. O Teatro da Experiên-
cia revive dez anos depois de seu fechamento, em espetáculo
para Roger Caillois.
1944 Encerra a série Rumo ao Paraguai (mar.). Participa da expo-
sição Modern Brazilian Paintings na Royal Academy of Arts,
em Londres.
1945 Comercializa a produção da Fazenda Capuava em estabeleci-
mento situado na alameda Lorena ("A Vaca").
1946 Apresenta nova proposta para o Paço Municipal de São
Paulo.
Participa da Exposição de Pintura Moderna em Homenagem
Póstuma a Mário de Andrade.
Estabelece ateliê na rua Barão de Itapetininga, 297, 10.°
andar.
1947 Falece sua mãe Ophelia Crissiuma de Carvalho. Realiza a
Série Trágica, em que registra sua agonia.
Participa do VI Congresso Pan-americano de Arquitetos, em
Lima, onde retrata o líder aprista peruano Haya de la Torre.
Tenta estabelecer indústria de alimentos (Convalsa, Con-
servas Valinhos S.A.), projeto abandonado no mesmo ano.
1948 Realiza exposição individual no MASP com duração de uma
semana, ao fim da qual pronuncia tumultuada conferência
sobre sua pintura.
Inaugura exposição em Buenos Aires, na Galeria Viau.
Publica álbum de reproduções na Argentina, com apresen-
tação de Newton Freitas.
1949 Participa das mostras coletivas patrocinadas pelo Ministério
da Educação e Saúde no Rio de Janeiro: a realizada na inau-
guração do Edifício Sul América e a Exposição de Pintura
Paulista, organizada pela Galeria Domus de São Paulo.
1950 É um dos artistas escolhidos para representar o Brasil na
XXV Bienal de Veneza, e participa com as mesmas obras da
Mostra d'Arte Brasiliana, realizada em Roma.
1951 Realiza exposição individual na Galeria Domus, em São Pau-
lo, em que, além de óleos, desenhos e aquarelas, apresenta
projetos de arquitetura e cerâmicas.
Participa da 1.a Bienal de São Paulo e do I Salão Paulista
de Arte Moderna.
Projeta cenários luminosos para sinfonia de Camargo Guar-
nieri.
1952 Realiza exposição individual de desenhos no Museu de Arte
Moderna em São Paulo (fev.).
Decoração para o baile de carnaval no Restaurante Prato de
Ouro.
Participa da exposição Artistas Brasileiros, no Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro.
Participa da exposição Civelli à ilha do Bananal, sobre a
qual realiza conferência no Clubinho (20 ago.).
Apresenta projeto para concurso internacional de escultura
Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido, em Lon-
dres.
1953 Decoração para baile de carnaval no Instituto de Arquite-
tos do Brasil, São Paulo.
Participa da 2. a Bienal de São Paulo e do júri do III Salão
Paulista de Arte Moderna.
1954 Apresenta projeto para Monumento a Anchieta, em concurso
internacional de escultura (vencido por Bruno Giorgi), e
para Monumento ao Café, em concurso promovido pelos
Diários Associados.
Decoração para baile de carnaval do Circo PioHn.
Cenário e figurinos para o bailado A Cangaceira, com mú-
sica de Camargo Guarnieri. Flávio de Carvalho em seu retorno ao Brasil, pbr volta de 1922.

79
1955 Participa de coletivas em Lugano e Neuchatel, na Suíça, e
da III Bienal de São Paulo.
Projeta Universidade Internacional de Música e Artes Cêni-
cas para Guaratinguetá, a convite de Eleazar de Carvalho, e
o monumento à mesma universidade.
Inicia sua coluna Casa Homem Paisagem no Diário de S.
Paulo.

1956 Inicia publicação da série de artigos A Moda e o Novo Ho-


mem.
Lança seu novo traje de verão para homens, executado por
Maria Ferrara, em passeata pelas ruas do centro de São
Paulo.
Faz conferência no Clubinho, em que demonstra as vanta-
gens do seu new look.
Realiza exposição individual na Galeria l'Obelisco, Roma.
É eleito presidente do Clubinho.
Projeta cenário para bailado com música de Prokofiev, no
Teatro Cultura Artística.

1957 Inicia a publicação da série Notas para Reconstrução de um


Mundo Perdido, com o título Os Gatos de Roma.
É recusado pela Bienal de São Paulo, expondo na mostra
paralela Doze Artistas de São Paulo.
Tem obras adquiridas pelo Museu de Arte Moderna de New
York (o óleo Retrato do Poeta Pablo Neruda, e os dese-
nhos Retrato do Psiquiatra Carvalhal Ribas e Três Mu-
lheres).
Premiado com medalha de ouro por seu cenário e figurinos
para o bailado A Cangaceira, na I Bienal de Artes Plásticas
do Teatro (medalha que só é entregue em 1963).
Realiza individuais na Galeria Ambiente, em São Paulo, e
na Montmartre Jorge, no Rio de Janeiro.

1958 Conclui a série Notas para Reconstrução de um Mundo


Perdido.
Participa de expedição ao alto rio Negro, organizada pelo
Serviço de Proteção ao fndio, tentando rodar um filme
sobre uma tribo de índios louros e a Deusa Branca que lhe
deu origem. Desentende-se com o chefe da expedição, amo-
tina-se e o desafia para um duelo a tiros. Tendo este se
recusado e procurado abrigo no porão de uma das embar-
cações, assume o comando da expedição.
Realiza exposição individual na Galeria Helene Dale, em
Paris.

1959 Projeto para Assembléia Legislativa, em São Paulo.


Cenários para Calígula de Camus, no Teatro de Alumínio,
na praça das Bandeiras.
Realiza exposição individual na Galeria KLM, em São Paulo.

1960 Realiza individual na Galeria São Luís, em São Paulo.

1961 Participa dos concursos internacionais para o Edifício Peu-


geot, em Buenos Aires; e para o da Organização Pan-ameri-
cana da Saúde, em Washington.

1962 Apresenta suas Notas para Reconstrução de um Mundo Per-


dido, em seminário realizado pela Faculdade de Medicina
da Universidade da Califórnia.
Estabelece ateliê na avenida Ipiranga, 81, ap. 1608.

1963 Tentativa de organização de retrospectiva de sua obra no


Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, durante a gestão
de Carmen Portinho.
Sala Especial na VII Bienal de São Paulo.

1964 Participa do concurso para o monumento Mãe, dos Diários


Associados.

1965 Recebe a grande medalha de ouro no XIV Salão Paulista


de Arte Moderna, em São Paulo.
Cenários e figurinos para o bailado Tempo, no Teatro Ruth
Escobar. Projeto para Monumento às Vítimas do Hidroavião
Individual de Retratos, no Clubinho. Santos Dumont, 1928.

80
-
Monumento Funerário Modernista, 1930, modelo em gesso Projeto para Monumento a Santo Antônio, 1931.
Coleção Museu de Arte Moderna da Bahia.

Projeto para Monumento ao Soldado


Constitucionalista, 1934.

81
1966 Palestra sobre moda na Rex Gallery.
Individuais no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, e
na Galeria do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em Porto
Alegre.
Participa do concurso de projetos para o Paço Municipal
de Valinhos.
Conferência Arte como Grafia da História, na Chelsea Art
Gallery, em São Paulo.

1967 É premiado pelo júri internacional da 9. a Bienal de São


Paulo.
Realiza individual na Art Galeria, ocasião em que pronuncia
a conferência O Bailado do Deus Morto e Motivos que Le-
vam ao Abandono de Deus.
Lança o álbum 32 Desenhos na Galeria Atrium.
Participa do Seminário de Tropicologia do Recife, organi-
zado por Gilberto Freyre.
Apresenta projeto para o concurso do Teatro Municipal de
Campinas.
Concorre à presidência do IAB pela chapa da oposição.
Tem sala especial permanente no Museu de Arte Brasileira,
FAAP, inaugurada com mostra retrospectiva.

1968 Realiza decoração, para baile de carnaval, no Teatro Mu-


nicipal de São Paulo.
Projeta e constrói o Monumento a Garda Lorca, inaugurado
em cerimônia que conta com discurso de Pablo Neruda.
Realiza individuais no Jequitimar Guarujá (jan./fev.), na
Galeria Miani (ago.), na Galeria Art. (out./nov.) e na Prefei-
tura de Valinhos.
Participa do concurso de projetos para Biblioteca Municipal
da Bahia, em Salvador.

1969 Preside a comissão de artes plásticas do Centro Cultural


Garda Lorca, formada por Maria Leontina, Maria Eugênia
Franco, Geraldo Ferraz, Francisco Petit e Alfredo Volpi.
Realiza mostra individual na Galeria Azulão, em São Paulo.
Projeta, a pedido de Arnaldo Florence, a igreja Catedral de
Pinhal.
Projeto para Monumento ao Café, 1954.
1970 Realiza expOSlçao no Museu de Arte Moderna, São Paulo,
com J. Toledo, e, na Minigaleria do USIS, com Walter Lewy
e Edl, com trabalhos em tinta fosforescente, presente do
cônsul Alan Fisher.
Projeta Monumento às Forças Expedicionárias Brasileiras.

1971 Projeta Monumento aos Guararapes, no Recife, e painel de


azulejos no Instituto de Arquitetos do Brasil, em São Paulo.
Expõe com Moussia Pinto Alves na galeria Girassol, em

Tem sala especial na XI Bienal de São Paulo.

1972 O teatro de Arena se propõe a montar o Bailado do Deus


posteriormente abandonado.
mostras Semana de 22, no MASP, em São
Anos de Arquitetura Moderna, no Museu de
Arte do Rio de Janeiro.
Concorre à vaga da Academia Paulista de Letras, com apoio
de de Hollanda e Luís Martins, como candi-
datura à de Alfredo Buzaid, então ministro da
Justiça.

1973 de sala em homenagem a Maria Martins e


a XII Bienal de São Paulo, que não chegaria
a
Realiza no departamento de História da Faculdade
de e Ciências Humanas da Universidade de São
Paulo.
Filma O Comedor de Emoções) produção de J. Toledo, que
peI·ma.ne<:e inacabado.
internado na Santa Casa de Valinhos.
inaugurada na Galeria Girassol, com J. Toledo. Projeto para Monumento à Universidade Internacional
a 4 de de Música e Artes Cênicas, 1955.
A ~t~"u.,~ hl~
~U.A ~~tt.

Projeto para Monumento a Garda Lorra. 1968.

83
Ilustração para artigo série "A Moda e o Novo Homem " ,publicada pelo Diário de S. Paulo.

84
INTRODUÇÃO À BIBLIOGRAFIA DO ARTISTA
Rui Moreira Leite

A presente introdução tenta recompor a trajetória dos guIar na imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo,
escritos de Flávio de Carvalho a partir de um levanta- qual cabe destacar a polêmica com Geraldo Ferraz por
mento exaustivo de seus artigos e entrevistas em jornal, ocasião do 1.0 Salão de Maio, em 1937, quando apresenta
manuscritos inéditos e conferências. o trabalho O Aspecto Psicológico e Mórbido da Arte
Moderna} enviado ao II Congresso Internacional de Ciên-
Seus primeiros escritos são artigos e entrevistas publica- cia da Arte, em Paris (3).
dos na imprensa paulista em meados dos anos 20. Refe-
rem-se à arquitetura, comentam eventualmente espe- No ano seguinte, a convite de Sangirardi Jr., pronuncia
táculos e exposições então realizados. Sua adesão à antro- na Rádio Cultura a palestra A Casa do Homem no Século
pofagia de Oswald de Andrade e Raul Bopp em sua fase XX, que, com algumas alterações, seria sua comunicação
radical é marcada pela participação do artista no IV Con- ao V Congresso Pan-americano de Arquitetos, em Mon-
gresso Pan-americano de Arquitetos com as palestras A tevidéu, dois anos mais tarde (4) •
Cidade do Homem Nu e Antropofagia no Século XX.
Data igualmente dessa fase o projeto do volume de en- Em 1939 a organização do III Salão de Maio e a publi-
saios Brasil/Freud, que integraria a Bibliotequinha An- cação da RASM ensejam novo conjunto de escritos de
tropofágica (1) • importância: O Manifesto do 111 Salão de Maio e Um
Plano de Seis Anos, cartas programáticas do movimento;
e Recordação do Clube dos Artistas Modernos e A Epo-
Em 1931 publica Experiência n.O 2, que tem, ainda nesse
péia do Teatro da Experiência e o Bailado do Deus Mor-
ano, sua segunda edição. Trata-se de obra escrita mais
to, sistematização de sua atuação no CAM, no início dos
divulgada, que traz, além do relato do episódio da pro-
cissão e sua análise pormenorizada, um curiosíssimo con- anos 30.
junto de ilustrações. É em função desse trabalho que
Em 1941, com seu estudo A Percepção na Criança, parti-
recebe o convite para participar do VIII Congresso de
cipa do ciclo de conferências realizadas na Galeria Prestes
Filosofia realizado em Praga em 1934.
Maia por ocasião da exposição de desenhos de crianças
inglesas.
A Editora Nacional encomenda-lhe na ocaSlao um livro
de viagens, pedido que dá origem a Os Ossos do Mundo. o ano de 1943 é o da expedição ao Paraguai como "en-
A viagem permite-lhe desenvolver, além desse livro, nu- viado em missão geopolítica", experiência que se desdo-
meroso conjunto de escritos: Mecanismo da Emoção bra na conferência O Berço da Civilização do Mundo e
Amorosa, apresentado como comunicação especial ao Notas sobre a Cultura Guarani e na série de artigos Ru-
VIII Congresso de Psicotécnica que se segue àquele de mo ao Paraguai, cuja publicação se inicia ainda nesse ano
filosofia anteriormente mencionado; Origens da Arte pelo Diário de S. Paulo (5).
Popular, desenvolvimento de anotações realizadas a par-
tir de visitas a museus etnográficos europeus; O Homem Quatro anos mais tarde, sua participação no VI Congres-
Desmontável, esboço de peça teatral; A I nquietude do so Pan-americano de Arquitetos leva-o a Lima, viagem
Ocidente, a que nos remete em nota de Os Ossos do que dá origem a nova série de artigos, publicados então
Mundo. por O Estado de S. Paulo (6).

Em seu regresso da Europa, dá início à publicação de uma Em 1948, por ocasião de sua exposição no Museu de Arte
série de entrevistas, entre elas as realizadas com Herbert de São Paulo, realiza conferência defendendo a indivi-
Read, Roger Caillois, Man Ray, Tristan Tzara, André dualidade do artista diante da opinião pública. Em 1952
Breton e Ben Nicholson (2). nova palestra, desta vez tratando das observações feitas
sobre os índios carajás, realizadas quando de sua partici-
Realiza, ainda em 1935, a conferência A Pintura do Som pação junto à expedição Civelli à ilha do Bananal.
e a Música do Espaço, sobre a obra do pintor tcheco
Arne Hosek. A publicação de Os Ossos do Mundo se No ano seguinte anuncia a conclusão de Meridiano Sul,
atrasa pela recusa da Editora Nacional em aceitá-lo, e o que define como "interpretação psicológica e geopolítica
livro é lançado somente em fins do ano seguinte pela da história continente sul-americano" (7). Essa
Ariel, do Rio de Janeiro. Prossegue sua colaboração irre- que permaneceu inédita, representa possivelmente o de-

85
Caderno de anotações de viagem, 1934.
Notas para os Ossos do Mundo.

Caderno de anotações de viagem, 1934.


Notas para O Mecanismo da Emoção Amorosa.

Programa do Congresso Internacional de Psícotécníca, Praga, 1934.

senvolvimento das senes anteriores sobre Paraguai e NOTAS


Peru e de um capítulo abandonado final de (1) Raul Bopp. Cobra Norato, 6. ed. Rio de Janeiro. Liv. São
Os Ossos do Mundo: José, 1956, p. 9.
(2) A publicação desse material prossegue até 1939, em diversos
de uma coluna no Diário de S. órgãos de imprensa. A série é inicialmente publicada, com
alguma regularidade, pelo Diário de S. Paulo.
(3) Deuxieme Congres International dJEsthétique et de Science
de f Art. Librairie Félix Alcan, 1937, T.2 p. 412-5; Ni-
canor Miranda. "O Brasil no Congresso de Esthetíca". O
Estado de S. São Paulo, 17 novo 1937.
(4) Flávio de R. Carvalho. "A máquina e a casa do homem no
XX". Dom Rio de Janeiro, 2 mar. 1940;
Panamericano - actas y traba-
IVlr.ntf>"j(~pn Talleres Gráficos Urte y Curbelo, 1940,

Esses dois textos são e se (5) Essa tentativas anterio-


res. Em tenta salr Fawcett
com financiamento dos de uma série de
Em fins dos anos por meio de uma
dos gatantlot<)S do SuL
(6) "A resistência passiva no
Titicaca".
(7) Walter Zanlni. "Conversa com Flávio de Carvalho". Tribuna
da Rio de Janeiro, 27 jun. 1953.
(8) Relacionada com esses escritos está a n.O lan-
de um traje de verão homens, no
de S. Paulo artigo não integra a série A
Moda e o Novo Homem) "Nova moda para o novo homem",
de 24 jun. 1956.
(9) Flávio de Carvalho. "Vestuário e In: Contribuição
Paulista à São Paulo, 1974, p. 69. '

86
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nella o philosopho italiano. Diário de S. Paulo, São Paulo, 8 set. Notas para a Reconstrução de um Mundo Perdido I-LXI. Diário
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Sciencia e Lyrismo, algumas palavras com o demonologo francez
Roger Caillois. Diário de S. Paulo, São Paulo, 10 set. 1935, 1 il.
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88
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AINDA o atordoante projecto "Efficacia". Diário da Noite, UM THEATRO que escandalizou - o sr. Flavio de Carva-
São Paulo, 6 fev. 1928, 2 il. lho fala à PIa te a a respeito do "Bailado do Deus Morto".
A Platea, São Paulo, 20 novo 1933. (entrevista)
CRISPIM, Antonio, pseudo [Drummond de Andrade, Car-
los]. Um ante-projecto de Universidade. Diário de Minas, 1934 GERSON, Brasil. A exposição do homem incrivel. A Platea,
Belo Horizonte, 4 novo 1928 São Paulo, 28 jun. 1934

EM MEMORIA das victimas do hydro aVIa0 "Santos Du- EXPOSIÇÃO de Pintura Moderna de Flavio de Carvalho.
mont" - o monumento que lhes vae ser erigido e o Diário de S. Paulo, São Paulo, 28 jun. 1934
projecto do engenheiro Flavio de Rezende Carvalho. Diá-
rio da Noite, São Paulo, 26 dez. 1928, 1 il. DIVERSOS quadros da exposição de pintura de Flavio de
Carvalho apprehendidos pela policia. Diário da Noite, São
1930 UM MONUMENTO funerario modernista. Diário da Noite, Paulo, 12 jul. 1934
São Paulo, 27 jan. 1930. (entrevista)
FERRAZ, Geraldo. Os maus costumes de um delegado de
UM MONUMENTO modernista será erguido na necropole costumes. Diário da Noite, São Paulo, 13 jul. 1934
do Araçá. Suplemento O Jornal, São Paulo, 23 fev. 1930.
(entrevista) BRAGA, Rubem. Caso de policia. Diário de S. Paulo, São
Paulo, 13 jul. 1934
COMO os architectos modernistas de São Paulo encaram o
proximo Congresso Pan-americano. Diário da Noite, São A JUSTIÇA condemnou a prepotencia policial mandando
Paulo, 22 maio 1930. (entrevista) reabrir a exposição do pintor Flavio de Carvalho. Diário
de S. Paulo, São Paulo, 26 jul. 1934
UMA THESE curiosa "A Cidade do Homem Nu". Diário
da Noite, São Paulo, 1 jul. 1930.
ANDRADE, Mário de. Flavio de Carvalho. Diário de S.
Paulo, São Paulo, 4 ago. 1934
CRISPIM, Antonio, pseudo [Drummond de Andrade, Car-
los]. A anthropophagia no século XX. Minas Geraes, Belo
Horizonte, 10 jul. 1930. 1935 OS POVOS soffrem mais! na Europa cada vez mais velha
Flavio de Carvalho fala aos Diarios Associados ao regres-
sar de uma longa viagem pelo velho mundo. Diário da
1931 UMA EXPERIENCIA sobre a psychologia das multidões da Noite, São Paulo, 7 fev . 1935. (entrevista)
qual resultou serio disturbio . O Estado de S. Paulo, São
Paulo, 9 jun. 1931.
A PINTURA do som e a musica do espaço - a conferencia
NÃO se descobriu á passagem da procissão e quasi foi lyn- hontem do sr. Flavio de Carvalho no Instituto de Enge-
chado. Diário de S. Paulo, São Paulo, 9 jun. 1931. nharia. Diário de S. Paulo, São Paulo, 29 mar. 1935

FERRAZ, Geraldo. Experiência numero dois. Correio da 1937 XAVIER, Lívio. Os ossos do mundo . Diário de S. Paulo,
Tarde, São Paulo, 29 set. 1931. São Paulo, 5 fev. 1937. Livros Novos

1932 LUIZ, José, pseudo [Drummond Andrade, Carlos]. O homem OLIVEIRA, Nelson Tabajara de . Os ossos do mundo. Bole-
da rua. Minas Geraes, Belo Horizonte, 11 fev . 1932. tim de Ariel, Rio de Janeiro, anno VI , (6) : 167, mar. 1937

CLUBE dos Artistas Modernos. Diário da Noite, São Paulo, O ASPECTO Psychologico e Morbido da Arte Moderna -
24 dez. 1932. (entrevista) conferencia realizada pelo Sr. Flavio de Carvalho no Pri-
meiro Salão de Maio. Diário de S. Paulo, São Paulo, 22
1933 EM TORNO da exposição de cartazes promovida pelo Clube jun. 1937
dos Artistas Modernos - o cartaz adquiriu na vida mo-
derna a força de uma arma disse á Folha da Noite o enge- MIRANDA, Nicanor. O Brasil no Congresso de Esthetica.
nheiro Flavio de Carvalho. Folha da Noite, São Paulo, 18 O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17 novo 1937
jul. 1933. (entrevista)

BRAGA, Rubem . Theatro da Experiencia - um laboratorio 1938 AMARAL, Péricles do. S. Paulo tem dezessete casas verda-
onde se procura crear para o Brasil, uma nova arte thea- deiramente proprias para a gente morar! Problemas, São
traI palavras e detalhes expostos pelo sr. Flavio de Carva- Paulo, ano I , (8) : 53-6, maio 1938
lho do Clube dos Artistas Modernos. Diário de S. Paulo,
São Paulo, 10 novo 1933. (entrevista) CASAS frescas no verão e quentes no inverno - o architec-
to Flavio de Carvalho offerece um "cock-tail" á imprensa
FALCÃO, Brasil. Theatro de Experiencia. Diário de S. Pau- na inauguração do primeiro grupo de casas de sua cons-
lo, São Paulo, 16 novo 1933 trução. Folha da Manhã, São Paulo, 10 jun. 1938, 1 il.

94
1941 INICIADA a série de palestras na exposição de pinturas de 1958 ULTIMAM-SE os preparativos da expedição que percorrerá
escolares da Grã-Bretanha - o escritor Flávio de Carva- regiões desconhecidas visitando afluentes do rio Negro.
lho falou ontem, na Galeria Prestes Maia, sobre o tema Diário de 5. Paulo) São Paulo, 24 ago. 1958
"A percepção na criança." Diário de 5. Paulo) São Paulo,
5 dez. 1941 RENú, Gustavo. Flávio de Carvalho realiza a sua experiên-
cia n.O 4. Revista do Globo) Porto Alegre, 20 set. 1958
1943 AS FRONTEIRAS estratégicas do Brasil estão fixadas nas
margens do rio Paraguai - entrevista concedida pelo en- PLAYBOY at Work. Time) laün american edition, La Haba-
genheiro Flávio de Carvalho sobre o momentoso assunto. na, VoI. LXXII, (14): 17, 22 dez. 1958
Diário de 5. Paulo) São Paulo, 2 set. 1943
EXPERIÊNCIA nas selvas amazônicas: Flávio de Carvalho
CONFERÊNCIA do escritor Flávio de Carvalho. Diário de e a Deusa Proibida. O Tempo) São Paulo, 28 dez. 1958
5. Paulo) São Paulo, 12 set. 1943
1959 TRANSFORMAÇÃO do vale do Paraíba em Centro Inter-
NUMA FESTA original reviveu ontem o "Teatro da Expe- nacional de Arte. O Globo} Rio de Janeiro, 23 novo 1959,
riência" de 1933. Diário de 5. Paulo) São Paulo, 25 set. 3 i1. (entrevista)
1943
1962 O HOMEM e a civilização. O Estado de 5. Paulo) São Pau-
1948 MARTINS, Ibiapaba. A volta de Flávio de Carvalho. Cor· lo, 18 jan. 1962
reio Paulistano) São Paulo, 29 ago. 1948. Notas de Arte
MILLIET, Sérgio. Flávio de Carvalho. Suplemento Literário
O ARTISTA que se preza não pinta para nenhum público de O Estado de 5. Paulo) São Paulo, 5 maio 1962
declarou às Folhas o pintor Flávio de Carvalho que vai
expor em Buenos Aires. Folha da Noite) São Paulo, 6 set. 1963 SALA especial para Flávio de Carvalho. O Estado de 5.
1948 Paulo) São Paulo, 4 maio 1963

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(7,8): 122-3, outjnov. 1948

1949 FREITAS, Newton. Flávio de Carvalho. Cultura) Rio de Ja-


neiro, ano I, (2): 267-269, janjabr. 1949

1951 MARTINS, Ibiapaba. A Exposição de Flávio de Carvalho.


Correio Paulistano) São Paulo, 26 out. 1951

1952 ONAGA, Hideo. Flávio de Carvalho entre os caraJas - o


conhecido arquiteto, artista e escritor pronunciará uma
conferência sobre a expedição Civelli à ilha do Bananal.
Folha da Manhã) São Paulo, 17 ago. 1952

1956 FLÁVIO de Carvalho surpreende a cidade ao apresentar a


indumentária do futuro. Diário de 5. Paulo) São Paulo,
19 out. 1956

FLÁVIO de Carvalho exibe seu traje no Clube dos Artistas.


Folha da Tarde) São Paulo, 20 out. 1956

LINGUANOTTO, Daniel. Flávio de Carvalho estreou seu


new look - é de nylon e de brim, acalma os nervos,
evita as guerras, previne resfriados. Manchete) Rio de Ja-
neiro, (236): 72-75, 27 out. 1956

FLÁVIO de Carvalho em Roma. Correio da Manhã) Rio de


Janeiro, 15 novo 1956

FLÁVIO de Carvalho expõe na galeria Obelisco de Roma.


Folha da Noite) São Paulo, 4 dez. 1956

1957 FLÁVIO de Carvalho apoiado por outros artistas dispostos


a agir judicialmente contra o julgamento da Bienal. Diário
da Noite) São Paulo, 28 mai. 1957

95
Catálogo da primeira exposição individual. 1934.

96
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

1934 1. a Exposição de Pintura de Flávio de Carvalho, rés-do-chão


do Prédio Alves Lima, rua Barão de Itapetininga, 10, São
Paulo, 27 jun./15 jul.

1948 Exposição de Pinturas e Desenhos de Flávio de Carvalho,


Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, ago./set.
Exposición de Pinturas y Dibujos de Flávio de Carvalho,
Galeria Viau, Buenos Aires, 20/30 out.

1951 Exposição do Pintor Flávio de Carvalho, Galeria Domus, São


Paulo, out./nov.

1952 Flávio de Carvalho, Desenhos, Museu de Arte Moderna, São


Paulo, fev.

1956 Flávio de Carvalho, Galeria l'Obelisco, Roma, 1/15 novo

1957 Desenhos, Galeria Ambiente, São Paulo, abro


Desenhos, Galeria Montmartre Jorge, Rio de Janeiro, dez.

1958 Flávio de Carvalho, Galeria Hélene Dale, Pariz dez.

1959 Flávio de Carvalho, KLM, São Paulo.

1960 Flávio de Carvalho - Desenhos, Galeria de Arte São Luís,


São Paulo, novo

1963 Flávio de Carvalho, Sala Especial na VII Bienal de São Pau-


lo, São Paulo, set./ dez.

1965 Retratos de Flávio de Carvalho, Clube dos Artistas e Ami-


gos da Arte, São Paulo, out./nov.

1966 Flávio de R. Carvalho 1966, Galeria do IAB, Porto Alegre,


abr./mai. Catálogo da exposição individual em Buenos Aires,
Flávio de Carvalho, Museu de Arte Moderna, São Paulo, na Galeria Viau, 1948,
dez.

1967 Exposição Retrospectiva Flávio de Carvalho, Art Galeria,


São Paulo, 1/30 jun.
Flávio de Carvalho, Museu de Arte Brasileira, São Paulo,
nov./dez.

1968 Flávio de Carvalho, Jequitimar, Guarujá, jan./fev.


Flávio de Carvalho - Aquarelas, Galeria Miani, São Paulo,
ago.
Flávio de Carvalho - Aquarelas 2, Art Galeria, São Paulo,
15/30 out.
Retrospectiva Flávio de Carvalho, Prefeitura de Valinhos,
Valinhos.

1969 Retrospectiva das Obras de Flávio de Carvalho, Galeria Azu-


lão, São Paulo, ago./set.

1971 Flávio de Carvalho, Sala Especial na XI Bienal de São Paulo,


set./nov.

1973 Retrospectiva Flávio de Carvalho, Museu de Arte Brasileira,


São Paulo, jun.
Gravuras e Desenhos, Galeria Arte Aplicada, São Paulo, jun.
Exposição de Flávio de Carvalho, Museu de Arte Contem-
porânea, São Paulo, 28 jun./17 set.
L

Catálogo da exposição individual em Roma.


na Galeria 1956.

97
EXPOSIÇÕES COLETIVAS

1931 XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes, Escola Nacional 1953 2. a Bienal do Museu de Arte Moderna, São Paulo, dez./fev.
de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1954 Arte Contemporânea) exposição do acervo do Museu de Arte
1934 1. Salão Paulista de Belas Artes, São Paulo, jan.
0

Moderna, São Paulo.


1935 Sala de Arte de São Paulo, Salão de Chá da Casa Alemã,
São Paulo, jun./jul. 1955 1. a Exposição Oficial de Pintura em Atibaia, Atibaia, jun.
Incisioni e Disegni Brasiliani, Vila Ciani, Lugano, 18 set./
1937 1. Salão de Maio, Esplanada Hotel, São Paulo, maio.
0
16out.
III Bienal do Museu de Arte Moderna) São Paulo, jan./out.
1938 2. Salão de Maio, Esplanada Hotel, São Paulo, jun.
0
Arts Primitifs et Modernes Brésiliens) Musée d'Ethnographie,
Neuchatel, 19 nov./28 fev.
1939 III Salão de Maio, São Paulo, jul.
2. Salão da Associação Francisco Lisboa, Porto Alegre.
0
1956 50 Anos de Paisagem Brasileira, Museu de Arte Moderna,
São Paulo, fev./mar.
1940 2. Salão de Belas Artes do Rio Grande do Sul, Instituto de
0
Exposição do Retrato Moderno, Palácio da Indústria, São
Belas Artes, Porto Alegre, novo Paulo, dez,/jan.
V Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, São
Paulo. 1957 Arte Moderno en Brasil, Museo Nacional de Bellas Artes,
Buenos Aires, 25 jun./28 jul.
1941 VI Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, São Paulo, jan. Siete Dibujantes Brasilefíos, Instituto de Cultura Uruguayo-
Exposição de Pintura e Escultura dos Artistas de São Paulo, Brasilefio, Punta del Este, jul.
Sociedade Sul-rio-grandense, São Paulo. Siete Dibujantes Brasilefíos, Instituto de Cultura Uruguayo-
I Salão de Arte, Feira Nacional de Indústria, São Paulo, Brasilefio, Montevidéu, ago.
set./out. Doze Artistas de São Paulo, Saguão das Folhas, São Paulo,
set./out.
1942 VII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, galeria Prestes Arte Moderno en Brasil, Museo de Arte Contemporáneo,
Maia, São Paulo, jul. Santiago, 16 set./6 out.
I Bienal das Artes Plásticas do Teatro, São Paulo.
1944 Exhibition of Modern Brazilian Paintings, Royal Academy of
Arts, Londres, nov./dez.
1958 Exposição de Pintores Paulistas, Instituto Tecnológico da
1946 X Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, Galeria Prestes Aeronáutica, São José dos Campos, jun.
Maia, São Paulo, jan.
Exposição de Pintura Moderna em Homenagem Póstuma a 1959 Ausstellung Brasilianischer Kunstler) Haus der Kunst, Muni-
Mário de Andrade, Galeria de Arte Itá, São Paulo, 21 fev./ que, jun./set.
9 mar. Brasilianische Kunst des Gegenwart, Stadtischer Museum,
Exposición de Pintura Contemporánea Brasilefía, Instituto de Leverkusen, 27 nov./10 jan.
Extensión de Artes Plásticas, Universidade do Chile, San- Quarenta Artistas do Brasil, galeria São Luís, São Paulo.
tiago, 12/30 novo
1960 Moderne Braziliaanse Kunst, Centraal Museum, Utrecht,
1947 Exposição Conjunta de Pintura e Escultura de Artistas de 17 mar./15 maio.
São Paulo, Galeria Domus, São Paulo, fev. Coleção Leirner, Galeria de Arte da Folha, São Paulo, jun.
XI Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, Galeria Prestes
Maia, São Paulo, set./out. 1962 Mostra Inaugural) Galeria do Clube dos Artistas, São Paulo,
mar.
1948 1. Exposição Artes Plásticas, Galeria Domus, São Paulo,
0

16/31 jul. 1963 Pintura e Escultura Contemporâneas, Museu de Arte Com-


temporânea da USP, Centro de Ciências, Letras e Artes de
1949 Exposição de Pintura Paulista, Ministério da Educação e Campinas, Campinas, jul./ago.
Saúde, Rio de Janeiro, jun.
I Salão Bahiano de Belas Artes) Hotel da Bahia, Salvador, Pintura e Escultura Contemporâneas, Museu de Arte Con-
1/30 novo temporânea da USP, Escola de Artes Plásticas de Ribeirão
Exposição de Pintura e Escultura, Edifício Sul América, Rio Preto, Ribeirão Preto, 16/28 set.
de Janeiro. Pintura e Escultura Contemporâneas, Museu de Arte Con.-
temporânea da USP, Faculdade de Filosofia, Ciências e Le-
1950 Exposição de Peças Pertencentes à Coleção de Mário de An- tras de Marília, Marília, 9 nov./1 dez.
drade, Museu de Arte Moderna, São Paulo, fev./mar. Exposição de Arte do Século XX, Museu de Arte Contem-
XXV Esposizione Biennale Internazionale d)Arte, Veneza. porânea da USP, Pavilhão da Escola Industrial "Prof. a Anna
II Salão Bahiano de Belas Artes) Hotel da Bahia, Salvador) de Oliveira Ferraz", Araraquara, dez.
1/30 novo
Mostra d)Arte Moderna Brasiliana, Associazione Italo-Brasi- 1964 Goeldi Coleção Nelson Mendes Caldeira, Museu de Arte
liana, Roma, 4/16 dez. Brasileira, São Paulo, mar.
O Nu Como Tema, Instituto Brasil-Estados Unidos, Rio de
1951 1. a Bienal do Museu de Arte Moderna, São Paulo, out./dez. Janeiro, abr./maio.
Arquitetura na Bienal de São Paulo, Museu de Arte Mo- Coleção Ernesto Wolf, Museu de Arte Moderna, Rio de Ja-
derna, São Paulo, out./ dez. neiro, ago./ set.
I Salão Paulista de Arte Moderna, Galeria Prestes Maia, São Seleção de Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto
Paulo, nov./dez. Wolf, Museu de Arte Moderna, São Paulo, out./nov.
1952 Exposição de Artistas Brasileiros, Museu de Arte Moderna, Arte no IAB) Arquitetos) Pintores, Instituto dos Arquitetos
Rio de Janeiro, abro do Brasil, São Paulo, out.
Artistes Brésiliens, Salon de Mai, Paris.
Exposicion de Pintura) Dibujos y Grabados Contemporáneos 1965 XIV Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, jun.
dei Brasil, Museu de Arte Contemporáneo de la Universidad 8. a Bienal de São Paulo, São Paulo, set./nov.
de Chile, Santiago, out. The Emergent Decade, Salomon Guggenheim Museum, New
Mostra Internacional de Arte, Mainichi Newspapers, Tóquio. York, dez,/jan.

98
1966 Art of Latin America since I ndependence, Yale University 1977 Colecionadores das Arcadas, Museu de Arte Moderna, São
Art Gallery, New Haven, fev. Paulo, 4/21 ago.
Art of Latin America since Independence, University of
Texas Art Museum, Austin, fev. 1979 Arte no Brasil - Uma História de Cinco Séculos, Museu de
Arte de São Paulo, jan./abr.
1967 9." Bienal de São Paulo, São Paulo, set./ian. História da Tipografia no Brasil, Museu de Arte de São
3.° Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy, Paulo.
Itapetininga, 4/26 novo
1980 Arquitetura Moderna em São Paulo - 1925 a 1937, Secre-
1968 4.° Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy, taria Municipal de Cultura - IDART, São Paulo, 13 abr.
Itapetininga, 27 out./24 novo Aspectos da Cenografia e do O Teatro Paulista
do Início do Século à Década 40, Secretaria Municipal
1969 Panorama da Arte Atual Brasileira 1969, Museu de Arte Mo- de Cultura - IDART. São Paulo, 6 iul./5 out.
derna, São Paulo, abro
Oswaldo Goeldi e Flávio de Carvalho, Museu de Arte Bra- 1982 Do Modernismo à Bienal, Museu de Arte Moderna, São
sileira, São Paulo, jun. Paulo, jun.
Exposição Coletiva, Galeria de Arte Com. Alberto Bonfi- Brasil 60 Anos de Arte Moderna Coleção Gilberto Cha-
glioli, São Paulo, nov. teaubriand, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 12 jul./
V Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy, 26 set.
Itapetininga, novo
Entre a Mancha e a Figura, Museu de Arte Moderna, Rio
1970 Exposição Coletiva, Galeria de Arte Com. Alberto Bonfiglio- de Janeiro, set./out.
li, São Paulo, abro Pinacoteca Municipal, Centro Cultural São Paulo, São Paulo,
Flávio de Carvalho e ]. Toledo, Museu de Arte Moderna, set./out.
São Paulo, jun. 80 Anos de Arte Brasileira, Prefeitura de Marília, dez.
Black Light Art, Minigaleria USIS, São Paulo, jun. 80 Anos de Arte Brasileira, Faculdade de Artes e Comunica-
1. a Mostra de Arte de Limeira, Lions Clube de Limeira, ções, Bauru, dez./ian.
Limeira, 26 jul./2 ago. Gravadores e Gravuras, Centro Cultural São Paulo, São Pau-
VI Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kennedy, lo, dez./ian.
Itapetininga, 31 out./lO novo
Panorama da Arte Atual Brasileira - Pintura, Museu de 1983 80 Anos de Arte Brasileira, Fundação Clóvis Salgado, fev./
Arte Moderna, São Paulo. mar.
80 Anos de Arte Brasileira, Ribeirão Preto, mar.
1971 Moussia Flávio de Carvalho, Galeria Girassol, Campinas,
15/30 jun. Del 600 ai Modernismo, Museo de Bellas Artes, Caracas,
Artistas Nacionais, Paço das Artes, São Paulo.
abr./mai.
Panorama da Arte Atual Brasileira - Desenho, Gravura,
Museu de Arte Moderna, São Paulo.
VII Salão de Arte de Itapetininga, Casa Presidente Kenne-
dy, Itapetininga, 1/15 novo

1972 A Semana de 22 - Antecedentes e Conseqüências, Museu


de Arte de São Paulo, maio.
50 Anos de Arte Moderna no Brasil, A Galeria, São Paulo.
set.
Obras Doadas pelo Brasil, Museu de Arte Contemporânea,
Skopje, Iugoslávia, 1/20 set.
2." Exposição Internacional de Gravura, Museu de Arte Mo-
derna, São Paulo, set.
Arte/Brasil 50 Anos Depois/Hoje, Collectio, São Paulo,
nov./dez.
50 Anos de Arquitetura Moderna, Museu de Arte Moderna,
Rio de Janeiro.

1973 A Figura, Collectio, São Paulo, 19 fev./10 mar.


Flávio de Carvalho e ]. Toledo, Galeria Girassol, Campinas.
maio/jun.
Alguns Aspectos do Desenho Brasileiro, Instituto Brasil-Es-
tados Unidos, Rio de Janeiro, jun.
NUGRASP Gravures, Galerie Debret, Paris, 11 out./9 novo
XII Bienal de São Paulo, São Paulo, out./nov.
Image du Brésil, Manhattan Center, Bruxelas, novo

1974 Tempo dos Modernistas, Museu de Arte de São Paulo, ago./


set.
Mostra da Gravura Brasileira, Fundação Bienal de São Pau-
lo, nov./dez.

1975 O Tema é Mulher, Galeria Azulão, São Paulo, out./nov.


SPAM e CAM, Museu Lasar SegaU, São Paulo, nov./dez.

1976 Os Salões, Museu Lasar Segall, São Paulo, jun./jul.


Aspectos do Modernismo no Brasil, Centro de Convivência
Cultural, Campinas, out. Capa de RASM, Revista Anual do Salão de Maio, 1939.

99
Velame do Destino, 1954, óleo/Coleção Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello.

100
RELAÇÃO DE OBRAS NA EXPOSIÇÃO i~

ARQUITETURA 3. A Cangaceira, 1954. BaIlet do IV Centenário


a) Estudos para figurinos (aquarela)
1. Projeto para Palácio do Governo do Estado de São Paulo, 1927 b) Estudo para cenário (guache)
a) Fachada (foto) 4. Ritmos de Prokofiev, 1956. Teatro Cultura Artística
b) Vista noturna com holofotes (foto) a) Foto do espetáculo
c) Vista aérea (original) b) Maquete do cenário (foto)
2. Projeto para Embaixada Argentina, 1928
a) Elevação frontal e lateral (foto)
DECORAÇÃO DE INTERIORES
3. Projeto para Farol de Colombo, 1928
a) Perspectiva (foto) 1. Projeto para decoração do Teatro Municipal, 1936
b) Salão do Museu (foto) a) Estudos (originais)
c) Salão de Festas (foto) 2. Decoração para Baile das 4 Artes no Clubinho, 1951
d) Croquis e estudos (originais) a) O Pensador de Rodin (foto)
4. Projeto para Universidade de Minas Gerais, 1928 3. Decoração para Baile das 4 Artes do Clubinho no
a) Fachada (foto) Restaurante Prato de Ouro, 1952
b) Perspectiva (foto) a) Estudos (originais)
5. Projeto em Estilo Cubista para a Universidade de Minas 4. Decoração para Baile das 4 Artes do Clubinho no
Gerais, 1928 Circo Piolin, 1954
a) Fachada (foto) a) Estudos (originais)
b) Estudos (originais) b) Fotos
6. Projeto para Palácio do Congresso do Estado de São Paulo,
1929 MONUMENTOS
a) Perspectiva (foto)
b) Estudo (original) 1. Projeto para Monumento às Vítimas do Hidroavião
7. Projeto para uma Vila na alameda Lorena, 1936 Santos Dumont, 1928
a) Plantas (cópias heliográficas) a) Desenho (foto)
b) Fachadas em desenho (fotos) 2. Monumento Funerário Modernista, 1930
c) Instruções para o uso (foto) a) Modelo em gesso (foto)
d) Interior (foto)
3. Projeto para Monumento a Santo Antônio, 1931
8. Fazenda Capuava, 1938 a) Desenho (foto)
a) Vista frontal (foto)
b) Perspectiva (foto) 4. Projeto para Monumento ao Soldado Constitucionalista, 1934
c) Vista lateral (foto) a) Desenho (foto)
d) Maquete (foto) b) Maquete (foto)
9. Projeto para Paço Municipal de São Paulo, 1939 5. Projeto para Monumento ao Prisioneiro Político
a) Maquete (foto) Desconhecido, 1952
a) Modelo (foto)
10. Projeto para Paço Municipal de São Paulo, 1952
a) Perspectiva (original) 6. Projeto para Monumento a Anchieta, 1954
a) Modelo (foto)
11. Projeto para Universidade Internacional de Música e Artes
Cênicas, 1955 7. Projeto para Monumento ao Café, 1954
a) Plano geral (original) a) Estudo (cópia)
12. Projeto para Assembléia Legislativa de São Paulo, 1959 8. Projeto para Monumento a Universidade Internacional
a) Perspectiva (cópia heliográfica) de Música, 1955
a) Maquete (foto)
13. Projeto para Edifício Peugeot, 1961
a) Fachada (original) 9. Projeto para Monumento a Garcíia Lorca, 1968
a) Estudo (original)
14. Projeto para Organização Pan-americana da Saúde, 1961
a) Perspectiva (original) 10. Projeto para Monumento à FEB, 1970
a) Estudo (original)
15. Projeto para Paço Municipal de Valinhos, 1966
a) Visão frontal, mural de azulejos, planta da situação
(original) EXPERIÊNCIAS
16. Projeto para Teatro Municipal de Campinas, 1967
a) Perspectiva (original) 1. Experiência n.O 2, 1931
a) Ilustrações do livro Experiência n.O 2 (fotos)
17. Projeto para Biblioteca Municipal da Bahia, 1968
a) Perspectiva (cópia heliográfica) 2. Expedição ao berço dos gafanhotos da América do Sul,
fins dos anos 30
18. Projeto para Igreja Catedral de Pinhal, 1969 a) Projeto de traje (foto)
a) Perspectiva (cópia heliográfica)
3. Experiência n.O 3, 1956
a) Maria Ferrara ajusta o traje (foto)
CENOGRAFIA E FIGURINOS b) Flávio de Carvalho no lançamento do traje de verão (foto)
c) Estudo para traje de verão (original)
1. Bailado do Deus Morto, 1933. Teatro da Experiência d) Blusão (original)
a) Cena do espetáculo (guache)
b) Foto do espetáculo 4. Expedição Amazônica, 1958
a) Eva Harms e Flávio de Carvalho (foto)
2. Sinfonia de Camargo Guarnieri, 1951. Teatro Municipal b) O grupo diante de uma embarcação (foto)
a) Cena do espetáculo (guache) c) Flávio de Carvalho envergando o traje especialmente
b) Foto do espetáculo concebido para a expedição (foto)

* Abreviaturas utilizadas: s/ = sobre, Ass.=assinado, d.=datado, c.s.d.=canto superior direito, c.s.e.=canto superior esquerdo, c.i.d.=
canto inferior direito, c.i.e.=canto inferior esquerdo, Cal. = coleção, s/a=sem assinatura, s/d=sem data.

101
ESCULTURA 17. Retrato de Oswald de Andrade e Julieta Bárbara, 1939.
Óleo s/tela, 130 x 97. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho
1939. Cal. Museu de Arte Moderna da Bahia
1. Cabeça de Adolescente} 1938. Gesso, 40 alto x 30 proL x 23
largo Ass. e d. atrás na base, no próprio gesso: FLAVIO 18. Retrato do Poeta Italiano Ungaretti, 1941. Óleo s/tela, 110
DE CARVALHO 1938. Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro x 97. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1941. Cal.
de Carvalho Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Roma
2. Cabeça de Índia} 1938, C. Gesso, 40 alt. x 30 prof. x 23 largo 19. Mulher Morta com Filho, 1946. Óleo s/tela, 50 x 61, Ass.
S/a, s/do Cal. Dinah Lopes Coelho e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1946. Cal. Afonso Brandão
Hennel
3. Cabeça de Maria Kareska} 1950 C. Terracota, 35 alto x 27
proL x 23 largo S/a, s/do Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro 20. Retrato de Nicolas Guillén, 1948. Óleo s/tela, 110 x 80.
de Carvalho S/a, s/do Cal. Chaim Hamer
21. Retrato de José Lins do Rego, 1948. Óleo s/tela, 81 x 65.
Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1948. Cal. Museu
PINTURA de Arte Contemporânea, USP

22. Nu Teatral, 1949. Óleo s/tela, 60 x 73,5. Ass. e d. c.s.d.:


Óleos: flavio de r. carvalho 1949. Cal. Esnerto Wolf

23. Retrato de Maria Kareska, 1950. Óleo s/tela, 110 x 80. Ass.
1. Auto-retrato} 1923. Óleo s/madeira, 52,5 x 47,5. Ass. c.s.d.: e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1950. Cal. Museu de Arte
flavio de carvalho, s/do Cal. Rui Moreira Leite Brasileira, FAAP
2. De Manhã Cedo, 1931. Óleo s/tela, 49 x 36,5. Ass. e d. 24. Retrato de Murilo Mendes, 1951. Óleo s/tela, 100 x 70.
c.s.d.: flavio de carvalho 1931. Cal. Renato Magalhães Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Cal. Gilberto
Gouvêa Chateaubriand Bandeira de Mello
3. Pensando} 1931. Óleo s/tela, 30 x 52. Ass. e d. c.s.d.: fla-
25. Retrato de Anna Maria Fiocca} 1951. Óleo s/tela, 70 x 66.
vio de carvalho 1931. Cal. Fernando Barjas Millan
Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Cal. Palácio
4. Anteprojeto para Miss Brasil, 1931. Óleo s/tela, 43 x 28. Bela Vista
Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1931. Cal. Fulvia e
Adolpho Leirner 26. Retrato de Yvonne Levi} 1951. Óleo s/tela, 101 x 70. Ass. e
d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Cal. Museu de Arte
5. A Inferioridade de Deus, 1931. Óleo s/tela, 54,5 x 73. Ass. Brasileira, FAAP
e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1931. Cal. Gilberto Chateau-
briand Bandeira de Mello 27. Velame do Destino} 1954. Óleo s/tela, 65 x 73. Ass. e d.
c.s.d.: flavio de r. carvalho 1954. Cal. Gilberto Chateau-
6. Mulher Depreciada Recolhe-se em Posição Uterina} 1932. briand Bandeira de Mello
Óleo s/tela, 31 x 55, Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho
1932. Cal. Museu de Arte de São Paulo 28. Estudo para Nossa Senhora da Noite, 1954. Óleo s/tela,
7. Ascensão Definitiva de Cristo, 1932. Óleo s/teia, 75 x 60. 55 x 54. Ass. e d. flavio de r. carvalho 1954. Cal. Mario
S/a. s/do Cal. Pinacoteca do Estado Masetti

8. Composição, 1932. Óleo sobre tela, 59 x 55. Ass. e d. 29. Presença Perpétua do Tempo, 1954. Óleo s/tela, 65 x 70.
c.s.d.: flavio de carvalho 1932. Cal. João Marino Ass. e d. c.s.d. flavio de r. carvalho 1954. Cal. Família Dr.
Custódio Ribeiro de Carvalho
9. Retrato do Arquiteto Carlos da Silva Prado, 1933. Óleo s/
tela, 46 x 33. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1933. Cal. 30. Paisagem Mental, 1955. Óleo s/tela, 73 x 92. Ass. e d.
Carlos da Silva Prado c.s.d.: flavio de r. carvalho 1955. Cal. Família Dr. Custódio
Ribeiro de Carvalho
10. Retrato de Mme Bruger, 1933. Óleo s/tela, 44,5 x 36,5. Ass.
e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1933. Cal. Família Dr. Custó- 31. Auto-retrato, 1965. Óleo s/tela, 90 x 67. Ass. e d. c.s.d.:
dio Ribeiro de Carvalho flavio de r. carvalho 1965. Cal. Museu de Arte Moderna
11. Retrato de Elsie Houston, 1933. Óleo s/tela, 46 x 37,5. 32. Retrato do Psicanalista Frank Julian Philips} 1972. Óleo
Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1933. Cal. Família Dr. s/tela, 90 x 67. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1972.
Custódio Ribeiro de Carvalho Cal. Dr. Frank Julian Philips
11a. Retrato} 1933. Óleo s/tela, 45 x 32 cm. Ass. e d. c.s.d.: flavio
de carvalho, 1933. Cal. Paulo Egydio Martins 33. Retrato do Psicanalista Wilfred R. Bion, 1973. Óleo s/tela,
90 x 67. Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1973. Cal.
12. Viaduto Santa Efigênia à Noite, 1934. Óleo s/tela, 38 x 48. Dr. Frank Julian Philips
Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1934. Cal. João Moreira
Garcez Filho
13. Mulher Esperando, 1937. Óleo s/tela, 73 x 60. Ass. e d. Pastéis:
c.s.d.: flavio de carvalho 1937. Cal. Erico Stickel
34. Mulher Sentada, 1918. Pastel, 30 x 24. S/a e d. c.i.d.: 1918.
14. Retrato da Baronesa M., 1937. Óleo s/tela, 93 x 73,5. S/a, Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho
s/do Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho
15. Retrato, 1937. Óleo s/tela, 72 x 59. Ass. e d. c.s.d.: flavio 35. Cabeça do Meu Modelo, 1918. Pastel, 35,5 x 24,5. S/a, s/do
de carvalho 1937. Cal. Rodolfo Ortemblad Filho Cal. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho
16. Retrato da Sra. Marion Konder Schteinitz, 1938. Óleo s/te- 36. Retrato de Marina Crissiuma, 1922. Pastel, 45 x 30. Ass.
la, 81 x 65. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1938. Cal. c.Le.: Flavio de Carvalho. Cal. Família Dr. Custódio Ri-
Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho beiro de Carvalho

102
Aquarelas, guache e tinta fosforescente: DESENHO

37. Retrato, 1925. Aquarela, 21,5 x 22. Ass. e d. c.i.d.: Flavio 1. Nu Sentado, 1934. Caneta, 39,5 x 28,5. Ass. e d. c.s.d.:
de Carvalho 1925. Col. Família Dr. Custódio Ribeiro de FLAVIO DE CARVALHO 1934. Col. Instituto de Estudos
Carvalho Brasileiros, USP
38. Retrato do Eng. Silva Neves, 1928. Aquarela, 30 x 20. Ass. 2. Nu Sentado) 1934. Caneta, 39,5 x 25,5. Ass. e d. c.s.d.:
e d. eLe.: 1928 Flavio de R. Carvalho. Col. Roberto A. Neves FLAVIO DE CARVALHO 1934. Col. Instituto de Estu-
dos Brasileiros, USP
39. Mulher Sentada Esperando, 1928. Aquarela, 31 x 17. Ass.
c.i.d.: Flavio de R. Carvalho. Col. Roberto A. Neves 3. Retrato do Escritor Brasil Gerson) 1937. Carvão, 56 x 36.
Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1937. Co!.
40. Volúpia, 1932. Nanquim e guache, 12 x 24. Ass., s/do CoI. Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho
particular, São Paulo
4. Mulher Deitada, 1938. Caneta, 38,5 x 38,5. Ass. e d. c.s.d.:
41. Mulher Sentada de Vestido Vermelho, 1938. Aquarela, 50 x FLAVIO DE CARVALHO 1938. Col. Rodolfo Ortemblad
36. Ass. e d. c.s.d.: flavio de carvalho 1938. Col. Fernando Filho
Soares
5. Mulher Posando, 1938. Caneta, 40,5 x 50. Ass. e d. c.s.d.:
42. Retrato de Oswald de Andrade, 1939. Aquarela, 44 x 31. FLAVIO DE CARVALHO 1938. Col. Museu de Arte de
Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1939. Col. Is- São Paulo
rael Dias Novaes
6. Nu Sentado, 1938. Caneta, 52, x 40. Ass. e d. c.s.d.: FLA-
43. Cabeça de Sangirardi, 1939. Aquarela, 44 x 32. Ass. e d. VIO DE CARVALHO 1938. Col. Nicanor Miranda
c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1939. Col. Sangirardi Jr.
7. Mulher Sentada, 1938. Caneta, 49,5 x 38,5. Ass. e d. c.s.d.:
44. Medusa, 1946. Aquarela, 60 x 40. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO FLAVIO DE CARVALHO 1938. Col. Rui Moreira Leite
DE R. CARVALHO 1946. Col. Gilberto Ramos
8. Retrato da Escultora Teresa d'Amico, 1940. Caneta, 50,5 x
38,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1940. Co!'
45. Menina de Vermelho, 1946. Aquarela, 83 x 66. Ass. e d. Renée d' Amico Fourpome
c.s.d.: flavio de r. carvalho 1946. Col. Claudia e Ibrahim
Eris 9. A Atriz Dora Kalina, 1940. Caneta, 47,3 x 40,3. Ass. e
d. c.s.d.: FLAVIO DE CARVALHO 1940. Col. Família
46. Rancho de Pescadores, Paquetá, 1946. Aquarela, 48 x 66. Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho
Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1946. Col. Gilberto
Ramos 10. Nu Sentado, 1942. Nanquim, 49,5 x 35. Ass. e d. c.s.d.:
FLAVIO DE R. CARVALHO 1942. Col. Eduardo dos
47. Casa no Porto, Paquetá, 1946. Aquarela, 48 x 67. Ass. e d. Santos
c.s.d.: flavio de r. carvalho 1946. Col. Museu de Arte Bra-
sileira, FAAP 11. Retrato de Paula Hoover, 1943. Carvão, 65 x 51. Ass. e d.
c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1943. Col. Vera d'Hor-
48. Retrato do Eng. Silva Neves, 1947. Aquarela, 32 x 23. ta Beccari
Ass. e d. c.s.d.: Flavio de R. Carvalho 1947. Col. Roberto
A. Neves 12. Retrato de Wanda Joyce, 1943. Lápis, 58,5 x 49,5. Ass.
e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1943. Col. Museu
49. Catedral de Cuzco ao Amanhecer, 1947. Aquarela, 50 x 70. de Arte de São Paulo
Ass. e d. c.s.d.: flavio de r. carvalho 1947. Col. Família
Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 13. Retrato do Escritor Geraldo Ferraz, 1945. Carvão, 65 x 51
Ass. e c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1945. Co!.
50. Velha Praça ao Anoitecer, 1947. Lápis e aquarela, 51 x 66.
Geraldo Galvão Ferraz
Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. CoL 14. Mulher Sentada, 1946. Carvão, 65 x 50. Ass. e d. c.s.d.:
Ernesto Wolf FLAVIO DE R. CARVALHO 1946. Col. Família Dr. Custó-
dio Ribeiro de Carvalho
51. Vista de Ouro Preto, 1951. Aquarela, 22 x 31. Ass. e d.
c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Col. Família Custódio 15. O Pintor Bonadei Prisioneiro da Luz) dos V olumes e das
Ribeiro de Carvalho Trevas, 1946. Nanquim, 66 x 46. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO
DE R. CARVALHO 1946. Col. Severo Fagundes Gomes
52. Igreja em Ouro Preto, 1951. Aquarela, 31 x 22. Ass. e d.
c.s.d.: flavio de r. carvalho 1951. Col. Família Custódio 16. Yone Stamato, 1946. Lápis, 47,5 x 67,7. Ass. e d. c.s.d.:
Ribeiro de Carvalho FLAVIO DE R. CARVALHO. Col. Família Dr. Custódio
Ribeiro de Carvalho
53. Retrato de Maria Kareska, 1956. Aquarela, 85 x 60. Ass.
e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1956. Col. Ar- 17. Retrato, 1946. Lápis, 60 x 46,5. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO
mando de Campos Toledo DE R. CARVALHO, Col. Eduardo dos Santos
54. Mulher Deitada, 1967. Aquarela, 50 x 70. Ass. e d. c.s.d.: 18. Série Trágica, I, 1947. Carvão, 66,2 x 51. Ass. e d. c.s.d.:
flavio de r. carvalho 1967. Col. Museu de Arte Brasileira, FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte
FAAP Contemporânea, USP
55. Mulheres, 1968. Nanquim e aquarela, 50 x 70. Ass. e d. 19. Série Trágica, lI, 1947. Carvão, 69,6 x 50,5. Ass. e d. c.s.d.:
c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1968. Col. Dinah Lo- FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte
pes Coelho Contemporânea, USP
56. Duas Mulheres, 1970. Tinta fosforescente, 70 x 50. Ass. e 20. Série Trágica, IlI, 1947. Carvão, 69,7 x 50,1. Ass. e d. c.s.d.:
d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1970. Col. Eduar- FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte
do dos Santos Contemporânea, USP

103
21. Série Trágica, IV, 1947. Carvão, 69,7 x 50. Ass. e d. c.s.d.: 42. Nu, 1955. Nanquim, 70 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO
FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte DE R. CARVALHO 1955. Col. Eduardo dos Santos
Contemporânea. USP
43. Mulher Sentada, 1955. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.:
22. Série Trágica, V, 1947. Carvão, 68,4 x 51,3. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Luigi Fiocca
FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte
Contemporânea, USP 44. Mulher Sentada, 1955. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.:
FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Museu de Arte
23. Série Trágica, VI, 1947. Carvão, 66,1 x 50,9. Ass. e d. c.s.d.: Brasileira, FAAP
FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte
Contemporânea, USP 45. Mulheres, 1956. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.: FLA-
24. Série Trágica, VII, 1947. Carvão, 69,4 x 50,4. Ass. e d. VIO DE R. CARVALHO 1956. Col. Família Dr. Custódio
c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Ribeiro de Carvalho
Arte Contemporânea, USP
46. Mulher Sentada, 1956. Nanquim, 100 x 60. Ass. e d. c.s.d.:
25. Série Trágica, VIII, 1947. Carvão, 64,3 x 50,4. Ass. e d. FLAVIO DE R. CARVALHO 1956. Col. Napoleão de Car-
c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. CoL Museu de valho
Arte Contemporânea, USP
47. Três Mulheres, 1957. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.:
26. Série Trágica, IX, 1947. Carvão, 68,6 x 51. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1957. Col. Família Dr. Custó-
FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. Museu de Arte dio Ribeiro de Carvalho
Contemporânea, USP
48. Três Mulheres, 1957. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.:
27. Retrato, 1947. Nanquim, 64 x 47. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO FLAVIO DE R. CARVALHO 1957. Col. Família Dr. Custó-
DE R. CARVALHO 1947. Col. Regina Chnaiderman dio Ribeiro de Carvalho

28. Retrato de Cristian Bües Quillabampa, 1947. Lápis, 67 x 45. 49. Mulher Sentada, 1957. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.:
Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1947. Col. FLAVIO DE R. CARVALHO 1957. Col. Família Dr. Custó-
Eduardo dos Santos dio Ribeiro de Carvalho
29. Retrato, 1947. Lápis, 63 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE 50. Três Mulheres, 1957. Nanquim, 68,4 x 98. Ass. e d. c.s.d.:
R. CARVALHO 1947. Col. Eduardo dos Santos FLAVIO DE R. CARVALHO 1957. Col. Eduardo dos
Santos
30. Figuras, 1948. Caneta, 32,5 x 48. Ass. e d. c.s.d: FLAVIO
DE R. CARVALHO 1948. Col. Eduardo dos Santos 51. Retrato, 1961. Nanquim, 75 x 50. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO
DE R. CARVALHO 1961. Col. Martin Wurzmann I
31. Retrato de Nina, 1948. Carvão, 58,5 x 74. Ass. e d. c.s.d.:
FLAVIO DE R. CARVALHO 1948. Col. Família Dr. Custó-
dio Ribeiro de Carvalho 52. Retrato da Escritora Magda Nogueira, 1961. Nanquim, 78,5
x 54. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1961.
32. Retrato do Escritor Newton Freitas, 1948. Carvão, 58 x 47.
Col. Magda Nogueira
Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1948. Col.
Newton Freitas 53. Mulheres, 1961. Nanquim, 63 x 95,5. Ass. e d. c.s.d.: FLA-
VIO DE R. CARVALHO 1961. Col. Museu de Arte
33. Retrato de Maria Kareska, 1949. Carvão, 56,5 x 54,5. Ass. Moderna
e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1949. Col. Fa-
mília Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho 54. Três Mulheres, 1962. Nanquim, 62 x 96. Ass. e d. c.s.d.:
FLAVIO DE R. CARVALHO 1962. Col. Gilberto Chateau-
34. Nu, 1950. Nanquim, 80 x 52. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO briand Bandeira de Mello
DE R. CARVALHO 1950. Col. Lídia Kliass
55. Mulher Sentada Tricotando, 1963. Nanquim, 58 x 47. Ass.
35. Figura Feminina, 1952. Nanquim, 80 x 50. Ass. e d. c.s.d.: e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1963. Col. Eduar-
Flavio de R. Carvalho 1952. Col. Eduardo dos Santos do dos Santos
36. Retrato do Pintor Jean Lurçat, 1954. Nanquim, 70 x 50. 56. Três Mulheres, 1964. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.:
Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1954. Col. FLAVIO DE R. CARVALHO 1964. Col. Eduardo dos
Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho Santos
37. Mulher Sentada, 1955. Nanquim, 100 x 70. Ass. e d. c.s.d.: 57. Sonho, 1965. Nanquim, 50 x 68. Ass. e d. c.s.d.: FLAVIO
FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Família Dr. Custó- DE R. CARVALHO 1965. Col. Eduardo dos Santos
dio Ribeiro de Carvalho
38. Mulheres, 1955. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.: FLA- 58. Retrato de Hideo Onaga, 1965. Nanquim, 70 x 50. Ass.
VIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Família Dr. Custódio e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1965. Col. Hideo
Ribeiro de Carvalho Onaga

39. Mulheres, 1955. Nanquim, 70 x 100. Ass. e d. c.s.d.: FLA- 59. Duas Mulheres, 1966. Nanquim, 70 x 50. Ass. e d. c.s.d.:
VIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Família Dr. Custó- FLAVIO DE R. CARVALHO 1966. Col. Museu de Arte
dio Ribeiro de Carvalho Moderna

40. Mulher Sentada, 1955. Nanquim, 61 x 46. Ass. e d. c.s.d.: 60. Duas Mulheres, 1966. Nanquim, 70 x 50. Ass. e d. c.s.d:
FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Poeta Antonio FLAVIO DE R. CARVALHO 1966. Col. Museu de Arte
Rangel Bandeira Moderna

41. Três Mulheres, 1955. Nanquim, 49 x 69. Ass. e d. c.s.d.: 61. Retrato da Pintora Santusa, 1968. Nanquim, 70 x 50. Ass.
FLAVIO DE R. CARVALHO 1955. Col. Eduardo dos e d. c.s.d.: FLAVIO DE R. CARVALHO 1968. Col. San-
Santos tusa B. Andrade

104
Estudos de Movimento do Bailado Russo de De Basile, 1944.

Decoração para Baile das 4 Artes


do Clubinho, no Circo Piolin, 1954.

Lançamento do traje de verão em 1956.

105
De Manhã Cedo, 1931, óleo
Coleção
Renato Magalhães Gouvea

106
Retrato de Elsie Houston) 1933, óleo
Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

Retrato da Baronesa M.) 1937, óleo


Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho .

107
Flores, 1948, óleo/Coleção Manoel C. Tavares da Silva.

Retrato de Maria Kareska, 1950, óleo


Coleção Museu de Arte Brasileira.

108
Paisagem Mental, 1955, óleo/ Coleção Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

109
Homem, 1933, aquarela
Coleção Mário de Andrade
Instituto de Estudos
Brasileiros.

110
Medusa, 1946, aquarela
Coleção Gilberto Ramos.

111
Mulher Sentada) 1937, nanquim
Coleção Jorge Amado.

112
Nu, 1950, nanquim/Coleção Lidia Kliass.

Retrato, 1947, nanquim/Coleção Regina Chnaiderman.

113
,.LJUU,u:uo dos Santos.

114
Mulher Sentada) 1955, nanquim/Coleção Museu de Arte Brasileira.

Três Mulheres, 1962, nanquim/Coleção Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello.

115
Mulher
Sentada Tricotando
1963, nanquim/Coleção
Eduardo dos Santos.

116
Gustavo Minella visto por Flávio de Carvalho, 1935.

Mulher Posando) 1938, caneta/Coleção Museu de Arte de São Paulo.

117
Retrato de Wanda Joyce, 1943, lápis/Coleção Museu de Arte de São Paulo,

118
Y olZe Stamato, 1946, Família Custódio Ribeiro de Carvalho.

119
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Carta de Flávio de Carvalho a Carlos Drummond de Andrade, 1930.

120
DOCUMENTAÇÃO EXPOSTA

LIVROS DE AUTORIA DE Folheto de instruções para o uso das casas da Alameda Lorena,
1938. Cal. Gilberto Ramos
FLÁVIO DE CARVALHO:
Cartão de agradecimento de pêsames, 1942. Arquivo Mário de
Experiência n.O 2, São Paulo, Irmãos Ferraz, 1931. Cal. Rui Mo- Andrade, IEB, USP
reira Leite
Cartão do estabelecimento comercial "A Vaca", 1945. Cal. Gil-
Os Ossos do Mundo, Rio de Janeiro, Ariel, 1936. Cal. Rui Mo- berto Ramos
reira Leite
Cartão para divulgação do traje de verão, 1958. Arquivo Bienal
A Origem Animal de Deus e o Bailado do Deus Morto, São Pau- de São Paulo
lo, Difusão Européia do Livro, 1973. Cal. Rui Moreira Leite

Originais: ,'<
PUBLICAÇÕES ILUSTRADAS POR
FLÁVIO DE CARVALHO: Exemplar de Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade,
com dedicatória do autor a Flávio de Carvalho, 1930.
Raul BOPP. Cobra Norato) São Paulo, Irmãos Ferraz, 1931 (ca-
Carta de Flávio de Carvalho a Carlos Drummond de Andrade,
pa). Cal. Rui Moreira Leite
28 jul. 1930. Cal. Carlos Drummond de Andrade
Movimento. São Paulo, (1), jul./ago./set. 1935 (contracapa). Cal.
Instituto de Estudos Brasileiros, USP Exemplar de O Homem e o Cavalo, de Oswald de Andrade, com
dedicatória do autor a Flávio de Carvalho, 1934
René THIOLLIER. A Louca do Juquery, São Paulo, Livraria
Teixeira, s.d. (1939). Cal. Maria Nazareth Thiollier Convite para a 1.a Exposição de Pintura endereçado a Mário de
Andrade, 1934. Cal. Mário de Andrade, IEB, USP
Jornal das Artes. São Paulo, ano I, (3), jun. 1949 (capa). Cal.
Rui Moreira Leite Catálogo da La Exposição anotado por Mário de Andrade, 1934.
Cal. Mário de Andrade, IEB, USP
Jacy de OLIVEIRA. O 3.° Mundo, São Paulo, edição da autora,
1959 (capa e il.). Cal. Rui Moreira Leite Caderno de anotações da viagem à Europa, 1934-35

Oswald de ANDRADE. Memórias Sentimentais de João Miramar, Exemplar de Misere de la Poésie de André Breton, com dedi-
São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1964 (capa). Cal. Rui catória do autor a Flávio de Carvalho, 1934
Moreira Leite
Carta de Flávio de Carvalho a Clóvis Graciano, 1.0 set. 1939. Co1.
Oswald de ANDRADE. Poesias Reunidas, São Paulo, Difusão Clóvis Graciano
Européia do Livro 1966 (capa). Cal. Rui Moreira Leite
Exemplar de Poesias, de Mário de Andrade, com dedicatória do
autor a Flávio de Carvalho

DOCUMENTOS VÁRIOS Exemplar de Residencia en la Tierra, de Pablo Neruda, com de-


dicatória do autor a Flávio de Carvalho

Impressos:
CATÁLOGOS E CONVITES DE
Cartão de visita, praça Oswaldo Cruz, 1. 1928 c. Arquivo Má-
rio de Andrade, IEB, USP EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS:
Álbum de Projetos, 1930. Coleção Mário de Andrade, IEB, USP
La Exposição de Pintura de Flávio de Carvalho, Rua Barão de
Folheto de propaganda, 1930 (retrato de Elsie Houston). Arqui: I tapetininga , lO, São Paulo, 27 jun./15 jul. 1934. Cal. Mário de
vo Mário de Andrade, IEB, USP Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros, USP

Folheto de propaganda do escritório de arquitetura, 1935. Cal. Exposición de Pintura y Dibujos de Flávio de Carvalho) Galería
Mário de Andrade, IEB, USP Viau, Flórida 530, Buenos Aires, 15/30 out. 1948. Cal. Rui
Moreira Leite
Folheto de propaganda de Os Ossos do Mundo, 1936. Cal. Wal-
ter Zanini
Cartão de visita, praça Marechal Deodoro, 236, 1937. Cal. Ana 1,Os documentos ongmais, salvo explicitação em contrário, per-
Maria Martins tencem à coleção da Família Dr. Custódio Ribeiro de Carvalho.

121
Exposição do Pintor Flávio de Carvalho, Galeria Domus, São Pau- 2.° Salão de Maio, ESj;Jlall1acla Hotel, São Paulo, jun. 1938. Cal.
lo, out./nov. 1951. Cal. Grifo Galeria de Arte Mário de Andrade, USP
Flávio de Carvalho - Desenhos) Museu de Arte Moderna, São Revista Anual do Salão de Maio, São Paulo, (1), 1939.
Paulo, fev. 1952. Arquivo Bienal de São Paulo. Moreira Leite
Flávio de Carvalho; Galeria l'Obelisco, Roma, 1/15 novo 1956. V.O Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos) São 1939.
Arquivo Bienal de São Paulo Cal. Mário de Andrade, IEB, USP
Retratos de Flávio de Carvalho) Clube dos Artistas Amigos das VII Salão do Sindicato dos Artistas Prestes
Artes, São Paulo, out./nov. 1965. Cal. Rui Moreira Leite Maia, São Paulo, 1942. Cal. Mário de L HíUU"U'-,

Flávio de R. Carvalho - 1966, IAB de Pintura e Escultura de Artistas de São


do Sul, Porto Alegre, abr./mai. 1966. Cal. São Paulo, fev. 1947. Cal. Rui Moreira
Flávio de Carvalho) Museu de Arte Brasileira, FAAP, São Paulo, Leite
nov./dez. 1967. Cal. Rui Moreira Leite Exposição de Pintura e Saúde,
Retrospectiva das Obras de Flávio de Carvalho, Galeria Azulão, Rio de Janeiro, jun. 1949. Bienal
São Paulo, ago./set. 1969. Cal. Rui Moreira Leite de São Paulo
XXV Exposizione Biennale Internazionale Veneza, 1950.
Arquivo Bienal de São Paulo
CATÁLOGOS E CONVITES DE
EXPOSIÇÕES COLETIVAS: 18 set.j16 ouL

XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes, Escola Nacional de


Flávio de Carvalho e ]. Toledo) Museu de Arte Moderna de São
Belas Artes, Rio de Janeiro, set. 1931. Cal. Mário de Andrade,
IEB, USP Paulo, São Paulo jun. 1970. Cal. Rui Moreira Leite.

1.° Salão Paulista de Belas Artes, São Paulo, jan. 1934. Cal. Má- Campinas, 15/30
rio de Andrade IEB, USP
1.° Salão de Maio, Esplanada Hotel, São Paulo, maL 1937. Cal. Flávio de Toledo, Galeria 'JíJL<W"V.l, Campinas, maL/
Rui Moreira Leite jun. 1973. Strauss

Cartão do estabelecimento comercial "A Vaca", onde o artista vendia Produtos da Fazenda 1945,

122
Dedicatória de André Breton a
Flávio de Carvalho, 1934.

Capa para Memórias Sentimentais


de João Miramar) de Oswald de Andrade, 1964.

123
CATÁLOGO

EDITORA
Maria Otilia Bocchini

DIRETORES DE ARTE
Donato Ferrari
Julio Plaza
Antonio Celso Sparapan

DOCUMENTAÇÃO E CATALOGAÇÃO
I vo Mesquita

NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Sonia Salzstein-Goldberg

VERSÃO PARA O INGLÊS


Silvia Kempenich

PREPARAÇÃO E REVISÃO DE TEXTO


Amir de Andrade
Régine Ferrandis
Regina Andrade Tirelo

SECRETÁRIA EDITORIAL
Odete Pacheco

DATILOGRAFIA
Zelaine Mathias de Carvalho
Gidalva Maria Carvalho Costa
Ana Lúcia Zincaglia

FOTOGRAFIA
Fotos não creditadas: Leonardo Crescenti NetojGrafitti
Capa e pág. 5: Bando de Dados
Pág. 54 e 55: Dulce Carneiro

CARTAZ
Hirokazu Ishikawa

COMPOSIÇÃO E FOTOLITOS
Linoart Ltda.

IMPRESSÃO
Pancrom

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