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Curso: Teórico CFO-PMMG 2021


Data:
Disciplina: Direito Administrativo
Professor: Núbia de Paula
Bloco: 18 a 21

S
Monitor: Jéssica Weingarten

SERVIÇOS PÚBLICOS

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Toda atividade prestada pela Administração Pública (direta ou indireta) e seus delegatários, sob o

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regime total ou parcialmente público para atender necessidades primárias ou secundárias da
sociedade.

 Princípios que regem os serviços públicos


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1) Princípio da Regularidade ou Eficiência: Art. 6º da Lei 8987/95
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Exige-se dos prestadores de serviço público uma execução eficiente no que diz respeito a
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qualidade e quantidade adequadas as necessidade da sociedade.


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2) Princípio da Continuidade: significa permanência.


O Princípio da continuidade tem como consequência situações, em que haverá a interrupção do
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serviço público e isso não representará violação a este princípio. (art. 6, §3º)
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Dessa forma, poderá haver interrupção do serviço público sem que seja caracterizada uma violação
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ao princípio da continuidade nos seguintes casos:

a) Sem necessidade de aviso prévio:


 Situação de emergência
b) Após aviso prévio: o aviso prévio é essencial, sem ele haverá violação ao princípio da
continuidade.
 Inadimplemento do usuário: o aviso prévio deverá ser feito com antecedência mínima de 15
dias. A partir do 16º dia a contar do aviso pode ser feito o corte até o 90ªdia.
 Razões de ordem técnica – para atualização do serviço

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3) Princípio da modicidade das tarifas


As tarifas devem ser o mais baixo possível, para que o serviço seja o mais acessível possível.
Art. 11, Lei 8987/95 – Fontes Alternativas de Receitas: irão propiciar a modicidade das tarifas.
São os permissivos previstos nos contratos, em que a administração autoriza os prestadores a
fonte alternativa de receita.

4) Princípio da Universalidade ou Generalidade: o serviço público deve ser estendido ao maior


número possível de interessados. Estes devem ter tratamento isonômico.

 Classificação dos serviços públicos

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_ Quanto à possibilidade de delegação:

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a) Indelegáveis: podem ser prestados somente pela Administração Pública, através de seus

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órgãos, agentes e entidades. Dessa forma, não podem ser repassados para que o particular preste
(não integram a administração pública direta ou indireta.
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b) Delegáveis: podem ser prestados tanto pela administração pública quanto pelo particular.
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Esses particulares receberão por contrato administrativo ou autorização a permissão para executar
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o serviço público.
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_Quanto a obrigatoriedade de utilização:


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a) Compulsórios: essenciais para a coletividade. Por isso, não podem ser recusados pelo usuário.
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Em consequência disso, o simples fato de estarem disponíveis ao usuário já autoriza a cobrança,


que é feita por taxa, impostos ou contribuições. Ex: taxa de coleta de resíduos sólidos, taxa de
incêndio.
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O não pagamento não autoriza a suspenção do serviço.


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b) Facultativos: são de utilidade para a coletividade. O usuário aceita ou não utilizar o serviço e
pagará pelo consumo. O não pagamento pode acarretar na suspensão do serviço. São cobrados
mediante tarifa/preço público. Ex,: transporte público, água, telefonia, etc.

_Quanto aos destinatários:

a) Serviços Gerais/ uti universi/indivisíveis: não é possível identificar quem utilizou e quanto foi
utilizado. A remuneração se dá por impostos ou remunerações. Ex.: iluminação pública, segurança
pública

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b) Serviços individuais/ uti singuli/ divisíveis: é possível saber quem usou e qunto usou do
serviço. Por isso, são remunerados por tarifa ou taxa.

 Remuneração do serviço público:

1) Compulsório: remunerado por taxa, imposto ou contribuição (art. 145, II, CR/88 e súmula
vinculante 19 e 41, súmula 545 do STF)

1.1 Uti singuli (divisível): remuneração por taxa (ex. taxa de esgoto)
1.2 Uti universi (indiviível): remuneração por imposto ou contribuição

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2) Facultativo:

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2.1 Uti singuli: tarifa/preço público

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2.2 Uti universi: não admite cobrança

 Formas de delegação do serviço público U


Particulares executaram o serviço público. Esse particular sempre será pessoa jurídica de direito
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privado, em casos excepcionais será pessoa física, mas de qualquer forma não integrará a
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administração pública. Esse particular receberá a delegação por ato ou contrato para prestar o
serviço público.
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São institutos da delegação:


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a) Autorização: art. 21, XI e XII da CR/88


É ato administrativo discricionário, precário (não gera direito adquirido) e sempre por prazo
determinado. É ato constitutivo e gera direitos ao autorizatário.
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Chega ao destinatário através de decreto ou portaria. Por isso, não há licitação.


O

Possui interesses privados do autorizatário, na verdade, não há a repasse de um serviço público,


mas sim uma autorização para prestação de um serviço público que primariamente de é interesse
do autorizatário e, somente em segundo plano, tem –se um interesse público.
Ex.: autorização para vendedores ambulantes durante o Carnaval.

b) Permissão: art. 21, XI e XII da CR/88 e lei 8987/95


Incumbe ao poder público, na forma da lei, concessão de permissões.
A permissão é contrato administrativo, portanto a licitação é obrigatória. Esse contrato será de
adesão. Será contrato precário e, por isso, não acarreta direito adquirido ao permissionário
(Informativo 117 do STF). O permissionário terá direito a indenização se provar que teve dano.

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O permissionário será pessoa física ou jurídica de direito privado.


A natureza jurídica das permissões é serviço delegado para atender necessidades da coletividade,
que podem ser primárias ou secundárias.
O permissionário responde diretamente por sua conta e risco. Portanto, a responsabilidade será
objetiva e direta. O poder concedente somente responderá em caráter subsidiário.

c) Concessão: art. 21, XI e XII da CR/88, lei 8987/95 e lei 11079/04


A concessão pode ser comum regida pela lei 8987/95 e a concessão especial regida pela lei
11079/04

S
_Regras gerais da concessão
Toda concessão é um contrato administrativo, precedido de licitação na modalidade concorrência

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e sempre por prazo determinado. É um contrato administrativo não precário, portanto a rescisão
antes do prazo gera direito a indenização.

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O concessionário será pessoa jurídica de direito privado e consórcio de empresas.
U
O poder concedente (art. 2, Lei 8987/95) será os entes federativos.
T
 Concessão Comum (Lei 8987/95)
S

A concessão comum será preferível, pois a remuneração do serviço público será feita
exclusivamente pelo usuário que pagará tarifa/preço público.
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O concessionário será pessoa jurídica ou consórcio de empresas. A responsabilidade será direta e


objetiva do concessionário.
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A formalidades dessa concessão são: contrato administrativo, autorização legislativa prévia,


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publicação de ato com justificativa da delegação (conveniência e oportunidade que levaram a


concessão), abertura de processo licitatório na modalidade concorrência, contrato por prazo
determinado.
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A alteração subjetiva do contrato (subcontratação) é possível, desde seja parcial, haja autorização
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expressa no edital, autorização expressa no contrato administrativo e anuência prévia do poder


concedente. A exigência de previa anuência do poder concedente se justifica na responsabilização
subsidiária que este tem perante os danos causados pela concessionária.
A remuneração da concessionária é feita mediante tarifa e paga pelo usuário. O valor da tarifa é
definido na proposta vencedora da licitação.

Existem duas modalidades:


a) Concessão de serviço público: o objeto do contrato será apenas um serviço público
b) Concessão de serviço público precedida de obra pública: o objeto será um serviço público,
mas antes de sua prestação será necessária a realização de obra pública. A obra pública pode ser

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obra nova, melhoramento, acréscimo, etc. Ex.: praça de pedágio (antes de explorar o pedágio, é
preciso construir a praça de pedágio). Atenção!! Não existe concessão para apenas execução de
obra pública.

 Concessão de serviço público especial (Lei 11079/04)


Utilizada em caráter excepcional. A contraprestação do poder concedente (parceiro público) é
requisito obrigatório. Portanto, não existe concessão especial sem pagamento pelo poder
concedente, que pagará tudo ou apenas parte da remuneração.

_Características:

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1) Toda concessão especial é obrigatória a criação de uma Sociedade de Propósito Específico,
que irá implantar e gerir a parceria. Essa sociedade empresária terá prazo determinado, que será

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o mesmo da concessão. A Sociedade de propósito específico será exclusiva, cada PPP terá a sua.

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Deverá ser constituída antes da implantação do contrato.
2) Valor mínimo do contrato será de 10 milhões de reais.
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3) A concessão especial terá prazo mínimo de 5 anos e máximo de 35 anos, incluídas as
prorrogações.
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4) Repartição objetiva dos riscos. A responsabilidade da concessão especial é compartilhada. A
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divisão da responsabilidade será dividida conforme previsto em contrato.


5) O parceiro somente irá receber quando iniciar a execução do serviço.
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É vedado nas concessões especiais contratos inferiores a 10 milhões de reais e comprazo inferior
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a 5 anos e superior a 35 anos. Também não é possível contratos com objeto exclusivo para
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construção de obra pública.

Modalidades de concessão especial:


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a) Concessão patrocinada (PPP): o poder concedente paga parte do serviço público. A


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contraprestação é parcial, no limite de até 70% do contrato, salvo se houver autorização legislativa,
quando poderá pagar porcentagem maior. O usuário pagará tarifa.
b) Concessão administrativa: o poder concedente paga 100% do serviço público, pois a própria
administração é a usuária. Há contraprestação total.

 Extinção dos contratos


1) Encampação: forma unilateral de extinção do contrato. É uma prerrogativa da administração
pública. É a retomada do serviço público pelo poder concedente, durante o prazo da concessão,
por motivo de interesse público. A administração pública irá fundamentar com base na conveniência
e oportunidade, ou seja, o particular não deu causa a extinção do contrato. Portanto, a

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administração deverá previamente indenizar o concessionário. Lembrando que a concessão não é


ato precário, por isso enseja indenização. É necessário que exista lei autorizativa.

2) Caducidade: forma unilateral de extinção do contrato. É uma prerrogativa da administração


pública. A caducidade terá como motivação o descumprimento contratual, total ou parcial, pelo
concessionário. A caducidade será uma consequência, por isso, alguns requisitos devem estar
presentes:
1º) é necessário que administração notifique o concessionário sobre o problema com estipulação
de prazo para sanar o vício
2º) Não sendo sanadas as irregularidades, haverá instauração de processo administrativo, em que

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será concedido o contraditório e ampla defesa.
3º) Comprovadas as irregularidades, poderá haver a decretação da caducidade pelo poder

O
concedente. A declaração de caducidade é uma faculdade da Administração

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Tendo em vista que a caducidade se deu por culpa do concessionários, ele deverá indenizar a
administração pública. U
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