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Maratona TJRJ Analista Sem Especialidade Dir Constitucional CEBRASPE
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Renato Borelli
Juiz Federal do TRF1. Foi Juiz Federal do TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público
e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da Fazenda como
Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia, com especialização em
Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.
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2.6 Poder Judiciário. 2.6.1 Disposições gerais. 2.6.2 Órgãos do poder Judiciário.
2.6.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça.
Willian Carneiro Bianeck. A porta dos fundos do Judiciário: o quinto constitucional e o nepotismo.
Internet: (com adaptações).
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É correto afirmar que o quinto constitucional, referido no texto, será composto por mem-
bros do Ministério Público e da advocacia que
a. tenham, pelo menos, dez anos de carreira, para atuar em todos os tribunais superiores.
b. tenham, pelo menos, cinco anos de efetiva atividade profissional e reputação ilibada.
c. sejam indicados em lista tríplice pelos respectivos órgãos de classe.
d. serão nomeados após escolha, pelo Poder Executivo, a partir de lista tríplice enviada
pelo respectivo tribunal.
e. serão nomeados após escolha, pelo STJ, a partir de lista sêxtupla indicada pelos órgãos
de representação das respectivas classes.
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GABARITO
1. A 16. D
2. A 17. D
3. E 18. C
4. C 19. C
5. B 20. D
6. A 21. E
7. C 22. C
8. C 23. A
9. C 24. C
10. B 25. C
11. C
12. E
13. C
14. A
15. C
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GABARITO COMENTADO
Letra a.
O item I é norma de eficácia contida.
O item II é norma de eficácia plena.
O item III é norma de eficácia limitada.
Vamos entender melhor!
Norma constitucional de eficácia contida ou prospectiva é aquela que, de imediato, no
momento em que a Constituição é promulgada ou entra em vigor, ou diante das inovações
introduzidas por meio das Emendas à Constituição, possui condições de produzir todos
os seus efeitos, admitindo, porém, que legislação posterior reduza a sua abrangência.
São, assim, normas de aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral.
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O item I é norma de eficácia contida, pois, apesar de produzir efeitos de imediato, permite
que lei posterior restrinja o seu alcance por meio da imposição de limitações ao exercício de
determinados trabalhos, ofícios ou profissões.
Noutra via, as normas constitucionais de eficácia plena são aquelas dotadas de aplicabilidade
direta, imediata e integral, já que, no momento em que a Constituição entra em vigor, estão
aptas a produzir todos os seus efeitos, independentemente de regulamentação
infraconstitucional.
É o caso do item II, tendo em vista que, desde a sua entrada em vigor, o art. 5º, LXIX, da CF
está apto a produzir todos os seus efeitos, admitindo e impondo a concessão de mandado
de segurança nas hipóteses por ele contempladas, independentemente de regulamentação
infraconstitucional.
Por fim, as normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que não têm aptidão
para produzir todos os seus efeitos quando da entrada em vigor do texto constitucional,
dependendo de norma regulamentadora infraconstitucional a ser editada posteriormente
pelo Poder, órgão ou autoridade competente, ou até mesmo de integração por meio de
emenda constitucional, caracterizando-se pela aplicabilidade indireta, mediata e reduzida.
Enquadra-se no conceito o art. 14, § 9º, da CF, indicado no item III, afinal a produção
completa dos seus efeitos depende da edição de lei complementar especificando novos
casos de inelegibilidade. Antes disso, não será possível declarar qualquer pessoa inelegível
com base tão somente no dispositivo constitucional em análise.
Letra a.
Os fundamentos da República Federativa do Brasil estão previstos no art. 1º da Constituição
Federal. São eles:
• Soberania;
• Cidadania;
• Dignidade da pessoa humana;
• Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e
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• Pluralismo político.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
Letra e.
Acerca da organização contemporânea do Estado brasileiro, anote:
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Letra c.
a. Errado. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, equiparam-se aos brasileiros naturalizados,
desde que requeiram a nacionalidade brasileira, conforme o art. 12, II, “b”, da CF.
b. Errado. De acordo com o art. 5º, XVIII, da CF, “a criação de associações e, na forma da
lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal
em seu funcionamento”.
c. Certo. Segundo o art. 5º, incisos IV e XIV, da CF:
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Letra b.
O direito de certidão está previsto no art. 5º, XXXIV, “b”, da CF e independe do pagamento
de taxas e da comprovação de estado de pobreza ou de insuficiência de recurso, sendo
gratuito para todos.
Vejamos:
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No mesmo sentido, também são gratuitos para todos o direito de petição (art. 5º, XXIV, “a”),
o habeas corpus e o habeas data (art. 5º, LXXVII) e a ação popular, salvo comprovada má-
fé (art. 5º, LXXIII).
a) e d) Errados. Nos termos literais da Constituição Federal, art. 5º, LXXVI, a certidão de
casamento e a certidão de óbito são gratuitas apenas para os reconhecidamente pobres.
c. Errado. De acordo com o art. 5º, LXXIV, da CF, a assistência jurídica integral e gratuita
tem como destinatários aqueles que comprovarem insuficiência de recursos.
e. Errado. Quanto às associações, o que a Constituição Federal garante é que poderão ser
criadas para qualquer fim lícito, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento,
de modo que somente poderão ser compulsoriamente dissolvidas após decisão judicial
transitada em julgado, bem como somente poderão ter as suas atividades compulsoriamente
suspensas mediante decisão judicial.
Vejamos:
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Por ser ato lesivo ao patrimônio público, a transação irregular feita pelo secretário de pós-
-graduação poderá ser impugnada por meio de ação popular.
Nessa situação, a legitimidade para propor a ação popular será
a. de Rafael, apenas.
b. de Rafael ou da Associação Amigos da Universidade Pública.
c. da Associação Amigos da Universidade Pública, apenas.
d. da Associação Amigos da Universidade Pública, de Rafael e de Juan, em litisconsórcio.
e. de Rafael ou de Juan.
Letra a.
Na situação narrada, apenas Rafael tem legitimidade para propor ação popular. Isso porque
somente poderá ser autor de ação popular o cidadão, assim considerado o brasileiro nato
ou naturalizado que esteja no pleno gozo de seus direitos políticos.
Com efeito, os estrangeiros, como é o caso de Juan, não poderão ocupar o polo ativo, bem
como os apátridas, as pessoas jurídicas (Súmula 365 do STF) e os brasileiros que estejam
com os seus direitos políticos suspensos ou perdidos na forma do art. 15 da CF.
Sobre o tema, vejamos:
Certo.
O habeas corpus, previsto no art. 5º, LXVIII, é o remédio constitucional destinado à proteção
da liberdade de locomoção. Trata-se de uma ação com legitimidade universal, podendo
ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, bem como
pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública.
A impetração de habeas corpus, portanto, não está condicionada a representação por
advogado, razão pela qual Carlos poderá impetrar o remédio heroico em seu próprio favor.
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Art. 654. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem,
bem como pelo Ministério Público.
Letra c.
A questão encontra amparo no art. 15 da CF, que trata das hipóteses de perda e suspensão
dos direitos políticos.
Vejamos:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Conforme doutrina majoritária, são causas de suspensão dos direitos políticos as situações
elencadas nos incisos II, III e V, isto é:
• incapacidade civil absoluta;
• condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; e
• condenação em ação de improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Por seu turno, são causas de perda dos direitos políticos as situações elencadas nos
incisos I e IV, quais sejam:
• cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; e
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Certo.
A Constituição Federal contempla, no art. 14, § 1º, que o alistamento eleitoral e o voto são
facultativos para os analfabetos, os maiores de 70 anos e os maiores de 16 e menores de
18 anos.
Vejamos:
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d. inconstitucional, pois a regulamentação sobre energia nuclear só pode ser realizada por
lei estadual, a ser editada pela assembleia legislativa local.
e. constitucional, desde que exista lei federal prévia estabelecendo aquela localidade como
endereço de uma das usinas nucleares a serem construídas no Brasil.
Letra b.
Conforme o art. 22, XXVI, da CF, compete privativamente à União legislar sobre atividades
nucleares de qualquer natureza.
Vejamos:
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Letra c.
A situação narrada configurou hipótese de desmembramento por anexação.
Previsto no art. 18, § 3º, o desmembramento pode ocorrer de duas formas: por anexação
ou por formação.
Segundo Pedro Lenza:
• “Desmembramento anexação — a parte desmembrada vai anexar-se a um Estado
que já existe, ampliando o seu território geográfico. Não haverá criação de um novo
Estado. Tanto o Estado primitivo permanece (só que com área e população menores)
como o Estado que receberá a parte desmembrada continua a existir (só que com área
e população maiores);
• desmembramento formação — a parte desmembrada se transformará em um ou mais
de um Estado novo ou Território Federal, que não existia.
Reforçando, nos dois casos o Estado originário não desaparecerá, não ocorrendo a
perda de sua identidade. Apenas perderá parte de seu território e da população.” 1
Errado.
A partir da Constituição Federal de 1988, restou vedado aos municípios criar Tribunais,
Conselhos ou órgãos de contas municipais.
Nesse sentido, art. 31, § 4º, da CF:
1
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 23. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
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Certo.
A competência para legislar sobre procedimentos em matéria processual é concorrente à
União, aos Estados e ao Distrito Federal (art. 24, XI, da CF).
Na competência concorrente, incumbe à União estabelecer normas gerais sobre a matéria
(art. 24, § 1º, da CF), cabendo aos demais entes federados legitimados o exercício da
competência suplementar complementar. Isto é, observando as normas gerais, irão
editar regramentos específicos compatíveis com as suas necessidades e destinados a
complementar as normas gerais existentes (art. 24, § 2º, da CF).
No caso de omissão da União, inexistindo lei federal disciplinadora de normas gerais, os
Estados e o Distrito Federal poderão suplementar a União e legislar, também, sobre normas
gerais, para atender a suas peculiaridades, exercendo competência legislativa plena (art.
24, § 3º, da CF).
Nesse sentido, é correto afirmar que os estados-membros têm competência para editar
normas a fim de estabelecer procedimentos em matéria processual, podendo se basear em
peculiaridades locais para legislar nessa situação.
Vejamos os dispositivos constitucionais citados:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
XI/procedimentos em matéria processual;
(...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer nor-
mas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplemen-
tar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário.
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Letra a.
a. Certo. É o que estabelece o art. 53 da CF, que consagrou, em favor dos parlamentares
federais (Deputados e Senadores), a denominada imunidade material (ou inviolabilidade
parlamentar), pela qual serão invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos, desde que proferidos em razão de suas funções parlamentares,
no exercício e relacionados ao mandato.
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
b. Errado. Conforme o art. 46 da CF, o Senado Federal é composto por representantes dos
estados e do Distrito Federal, apenas!
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal,
eleitos segundo o princípio majoritário.
c. Errado. Os Senadores serão eleitos para mandatos de 8 anos (e não para mandatos de
4 anos!), nos termos do art. 46, § 1º, da CF.
Art. 46, § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
d. Errado. De acordo com o art. 53, § 1º, os Deputados e Senadores, desde a expedição
do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (e não
perante o Superior Tribunal de Justiça!).
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Art. 53, § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julga-
mento perante o Supremo Tribunal Federal.
e. Errado. Os Senadores da República são eleitos, cada qual, com DOIS suplentes.
Certo.
A Constituição Federal, no art. 58, § 3º, define que:
Letra d.
Nesse sentido, preceitua o art. 70 da CF/88 que:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, apli-
cação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
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Letra d.
Todos os itens estão certos!
A questão versa sobre as atribuições do Presidente da República.
I: CERTO! O Brasil adotou como sistema de governo o presidencialismo e neste as
funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo encontram-se concentradas nas mãos de
uma única pessoa, o Presidente da República.
II: CERTO! É o que estabelece o art. 84, VII, da CF:
III: CERTO! Conforme o art. 49, II, da CF, é da competência exclusiva do Congresso
Nacional autorizar o Presidente da República a permitir que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos
previstos em lei complementar.
Com efeito, o art. 84, XXII, dispõe que, em tais casos excepcionais previstos em lei
complementar, será do Presidente da República a competência privativa para permitir que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
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Observem:
Com base nisso, o CEBRASPE considerou correto afirmar que ao Presidente da República
cabe permitir que forças estrangeiras transitem em território nacional ou nele permaneçam.
Certo.
É o que permite o art. 84, VI, “b”, da CF.
Vejamos:
Certo.
De acordo com o art. 86, § 1º, II, da CF, o Presidente da República ficará suspenso de
suas funções nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pelo Senado
Federal.
Vejamos:
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2.6 Poder Judiciário. 2.6.1 Disposições gerais. 2.6.2 Órgãos do poder Judiciário.
2.6.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça.
É correto afirmar que o quinto constitucional, referido no texto, será composto por mem-
bros do Ministério Público e da advocacia que
a. tenham, pelo menos, dez anos de carreira, para atuar em todos os tribunais superiores.
b. tenham, pelo menos, cinco anos de efetiva atividade profissional e reputação ilibada.
c. sejam indicados em lista tríplice pelos respectivos órgãos de classe.
d. serão nomeados após escolha, pelo Poder Executivo, a partir de lista tríplice enviada
pelo respectivo tribunal.
e. serão nomeados após escolha, pelo STJ, a partir de lista sêxtupla indicada pelos órgãos
de representação das respectivas classes.
Letra d.
a. Errado. Com exceção do TST (CF, art. 111-A), não existe quinto constitucional nos tribunais
superiores (STF, STF, TSE e STM).
b. Errado. O art. 94 da CF exige mais de 10 anos (não são 5 anos!) de efetiva atividade
profissional e reputação ilibada.
Vejamos:
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de
dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com
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mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de
representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
Letra e.
a. Errado. Conforme o art. 103-B, § 4º, V, da CF, o CNJ poderá exercer sua competência
de revisão de ofício ou mediante provocação (e não apenas por provocação!), estando
vinculado a um limite temporal.
Observe:
b. Errado. O CNJ TEM competência para zelar pela autonomia do Poder Judiciário (art.
103-B, § 4º, I, da CF).
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c. Errado. O CNJ é composto por membros com mandato de DOIS anos, admitindo-se uma
reeleição, na forma do art. 103-B, caput, da CF:
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de
2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
d. Errado. O CNJ é presidido pelo Presidente do STF ou, na sua ausência, pelo Vice-
Presidente do STF (e não pelo Presidente do STJ!), consoante o art. 103-B, § 1º, da CF:
e. Certo. É o que estabelece o art. 103-B, § 4º, V, da CF, que foi estudado na explicação na
alternativa “a”.
Certo.
O § 4º do art. 103-B da CF elencou algumas das atribuições conferidas ao CNJ no exercício
do controle administrativo, financeiro e funcional do Poder Judiciário, estando entre elas o
dever de representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública
ou de abuso de autoridade.
Vejamos:
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Letra a.
Na situação hipotética, a competência originária para julgamento do mandado de segurança
contra ato ilícito praticado pelo Tribunal de Contas da União será do STF.
É o que impõe o art. 102, I, “d”, da CF:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, ca-
bendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
(...)
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o man-
dado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câ-
mara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral
da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
Letra c.
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As funções essenciais à Justiça estão previstas no Título IV, Capítulo IV, da Constituição
Federal, sendo imprescindíveis para uma correta prestação da atividade jurisdicional. Da
leitura do texto constitucional (arts. 127 e seguintes), constata-se que integram a categoria:
• Ministério Público (art. 127);
• Advocacia Pública (art. 131 e seguintes, que inclui os Procuradores dos
Estados e do DF);
• Advocacia privada (art. 133); e a
• Defensoria Pública (art. 134).
Correta, portanto, a alternativa C!
Letra c.
a. Errado. O Ministério Público NÃO é um órgão de controle vinculado ao Legislativo,
mas instituição dotada de independência e autonomia, essencial à função jurisdicional do
Estado.
Obs.: em verdade, parte da doutrina considera que o Ministério Público não integra nenhum
dos “poderes” do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário). Outros, contudo, defen-
dem que é uma instituição vinculada ao Poder Executivo.
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vin-
culado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei com-
plementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e
assessoramento jurídico do Poder Executivo.
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c. Certo. Realmente, o art. 127 define o Ministério Público como uma instituição permanente,
de modo que, ao lado da defensoria pública e da advocacia pública e privada, integra as
funções essenciais à justiça.
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