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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO


CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE CARAÚBAS
CURSO: ENGENHARIA CIVIL

WEBERT ARAÚJO OLIVEIRA

DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA EM PYTHON, PARA ANÁLISE DE


VIGAS PELO MÉTODO DAS SEÇÕES.

CARAÚBAS - RN
2018
1

WEBERT ARAÚJO OLIVEIRA

DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA EM PYTHON, PARA ANÁLISE DE


VIGAS PELO MÉTODO DAS SEÇÕES.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Engenharia civil
da Universidade Federal Rural do Semi-
Árido – UFERSA, como requisito parcial
para obtenção do título de Engenheiro civil.

Orientador(a): Manoel Denis Costa


Ferreira.

APROVADO EM: 13 / 09 / 2018

CARAÚBAS - RN
2018
3

© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira
responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as
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9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva

ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor
(a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

AOLIV Araújo Oliveira, Webert.


EIRAd DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA EM PYTHON, PARA
ANÁLISE DE VIGAS PELO MÉTODO DAS SEÇÕES. / Webert
Araújo Oliveira. - 2018.
70 f. : il.

Orientador: Manoel Denis Costa Ferreira.


Monografia (graduação) - Universidade Federal
Rural do Semi-árido, Curso de Engenharia Civil,
2018.

1. Engenharia estrutural. 2. Python. 3. Método


das seções. 4. Vigas. 5. Relatório. I. Costa
Ferreira, Manoel Denis, orient. II. Título.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi
desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e
gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas
da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de
Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado
às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.
4

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Claudia Maria de Araujo e


Francisco Welinton Pereira de Oliveira,
meu primo Diogo Araujo e a todos os meus
amigos por todo apoio e ajuda que me
proporcionam.
5

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer inicialmente a Deus, por toda proteção e benção que me


proporciona todos os dias.
A minha mãe Claudia Maria de Araujo, pois sem ela não poderia estar aqui.
Agradeço a todo o esforço, dedicação e dificuldades pela qual passou para que este
momento se realizasse.
Ao meu pai Francisco Weliton Pereira de Oliveira por todo o auxílio dado e
principalmente por ser esse homem que me espelho e busco inspiração para me
tornar uma pessoa melhor a cada dia.
Ao meu primo Diogo Araujo dos Santos por todo o apoio e confiança dada, ao
longo de toda minha vida.
Agradeço ao meu orientador Manoel Denis Costa Ferreira pela confiança
depositada em mim e por todos os ensinamentos repassados para meu
desenvolvimento e para a realização deste trabalho.
Agradeço a minha família em Caraúbas, Alexandre Junior, Anderson Nunes,
Dennys Lacerda, Luana Ferreira, Arthur Batista, João Marcos, e Tulio Sales. Pois sem
eles eu jamais chegaria onde estou hoje, sou grato por todos os momentos que
passamos durante nossa formação e levarei todos comigo para sempre.
Meus amigos, Fredson Gomes, Fernanda Beatriz, Hallyson Galdino Marcos
Alves, Renata Oliveira e Maria Lopes, obrigado por todo suporte na minha caminhada.
Quero agradecer por toda a ajuda e momentos felizes passados ao lado dos
meus demais amigos de faculdade, Anderson Milano, Helder Holanda, Italo Jonas,
entre outros.
Agradeço a Amalia Estefany (Tcho) minha irmã de vida, por estar ao meu lado
todo esse tempo, por todo apoio e ajuda dada para enfrentar todas as dificuldades e
problemas durante toda minha jornada.
A Maria Larissa por todos os conselhos e apoio nos momentos mais difíceis da
minha caminhada.
Aos meus amigos Ronndinelle Lucena, Renan Almino, entre outros, por toda a
ajuda.
Por fim agradeço a todos que me ajudaram durante minha trajetória.
6

RESUMO

Neste trabalho serão apresentados conceitos importantes sobre as matérias de


resistência dos materiais, como a flexão, projetos de vigas entre outros. Tais tópicos
são fundamentais para a engenharia estrutural. Assim, serão abordados diversos
assuntos importantes para tal área, como: os elementos básicos, as forças influentes
nas estruturas e as metodologias criadas para evoluir esse ramo da engenharia. O
objetivo do trabalho foi o desenvolvimento de um programa com a linguagem de
programação python, que tem como função apresentar ao seu usuário a resolução de
problemas estruturais para análise de vigas, por meio do método das seções. Como
resultado, o programa apresentará um relatório com todos os passos, equações,
resoluções e gráficos utilizadas pela metodologia abordada para análise de vigas. Por
fim, foram feitas algumas considerações sobre vantagens oferecidas pelo programa,
assim como, algumas sugestões para seu aprimoramento, além da análise de
exercícios propostos por livros para verificação de plotagem de diagramas para os
esforços internos.

Palavras-chave: Engenharia estrutural. Python. Método das seções. Vigas. Relatório.


7

ABSTRACT

In this paper, important concepts will be presented on materials resistance, such as


bending, beam designs and others. Such topics are critical to structural engineering.
Thus, several important issues will be addressed in this area, such as: the basic
elements, the influential forces in the structures and the methodologies created to
evolve this branch of engineering. The objective of this work was the development of
a program with the programming language python, whose function is to present to the
user the resolution of structural problems for the analysis of beams, using the method
of the sections. As a result, the program will report on all the steps, equations,
resolutions and graphs used by the methodology discussed for beam analysis. Finally,
some considerations were made about the advantages offered by the program, as well
as some suggestions for its improvement, as well as the analysis of exercises
proposed by books to check plot diagrams for internal efforts.

Key words: Structural engineering. Python. Method of sections. Beams. Report.


8

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - BLOCO E SISTEMA ESTRUTURAL COM ASSOCIAÇÃO DE BLOCOS. ................................................ 16


FIGURA 2 - UTILIZAÇÃO DE BARRAS COMO VIGA E PILAR. ............................................................................ 17
FIGURA 3 - ASSOCIAÇÃO DE BARRAS (TRELIÇA). ........................................................................................ 17
FIGURA 4 - REPRESENTAÇÃO DE UMA MEMBRANA. .................................................................................... 18
FIGURA 5 - REPRESENTAÇÃO DE UMA PLACA. ............................................................................................ 18
FIGURA 6 - VIGA. ..................................................................................................................................... 19
FIGURA 7 - TIPOS DE CARREGAMENTOS. ................................................................................................... 21
FIGURA 8 - APOIO TIPO PINO. ................................................................................................................... 23
FIGURA 9 - APOIO TIPO ROLETE. ............................................................................................................... 24
FIGURA 10 - APOIO TIPO ENGASTE............................................................................................................ 24
FIGURA 11 - VIGA SIMPLESMENTE APOIADA. .............................................................................................. 25
FIGURA 12 - VIGA ENGASTADA. ................................................................................................................ 25
FIGURA 13 - VIGA EM BALANÇO COM APOIO FIXO E ROLETE. ....................................................................... 26
FIGURA 14 - TRAÇÃO SIMPLES.................................................................................................................. 26
FIGURA 15 - FLAMBAGEM. ........................................................................................................................ 27
FIGURA 16 - FORÇA CORTANTE. ............................................................................................................... 28
FIGURA 17 - MOMENTO FLETOR................................................................................................................ 28
FIGURA 18 - MOMENTO TORÇOR. ............................................................................................................. 29
FIGURA 19 - INTERFACE DO PROGRAMA ECLIPSE. ...................................................................................... 31
FIGURA 20 - REPRESENTAÇÃO DE BARRA E NÓ.......................................................................................... 32
FIGURA 21 - REPRESENTAÇÃO DE CARGA PONTUAL................................................................................... 32
FIGURA 22 - REPRESENTAÇÃO DO APOIO. ................................................................................................. 33
FIGURA 23 - DADOS FORNECIDOS PELO USUÁRIO ...................................................................................... 33
FIGURA 24 - APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA ESTRUTURAL ......................................................................... 34
FIGURA 25 - REPRESENTAÇÃO DE DCL DESENVOLVIDO PELO PROGRAMA. ................................................. 34
FIGURA 26 - EQUAÇÕES PARA REAÇÕES DE APOIO. ................................................................................... 35
FIGURA 27 - DCL COM SECCIONAMENTO DA VIGA. ..................................................................................... 36
FIGURA 28 - EQUAÇÕES PARA O PRIMEIRO TRECHO................................................................................... 36
FIGURA 29 - EQUAÇÕES PARA O SEGUNDO TRECHO .................................................................................. 37
FIGURA 30 - REPRESENTAÇÃO DE DIAGRAMA DE ESFORÇO NORMAL. .......................................................... 37
FIGURA 31 - REPRESENTAÇÃO DE DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE. ...................................................... 38
FIGURA 32 - REPRESENTAÇÃO DO DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR........................................................... 38
FIGURA 33 - APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO EM HTML............................................................................. 38
FIGURA 34 - PROBLEMA ESTRUTURAL COM CARREGAMENTO DISTRIBUÍDO E FORÇAS PONTUAIS. .................. 39
FIGURA 35 - PROBLEMA ESTRUTURAL DESENVOLVIDO COM O PROGRAMA. .................................................. 40
FIGURA 36 - REPRESENTAÇÃO DO DCL. ................................................................................................... 40
FIGURA 37 - CÁLCULO DAS REAÇÕES DO PROBLEMA ESTRUTURAL. ............................................................ 40
FIGURA 38 - SECCIONAMENTO DA VIGA PELO MÉTODO DAS SEÇÕES. .......................................................... 41
FIGURA 39 - EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS PARA O PRIMEIRO TRECHO. .......................................... 41
FIGURA 40 - SEÇÃO DO TRECHO BC PARA O EXEMPLO 5.47. ..................................................................... 42
FIGURA 41 - EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS PARA A SEGUNDA SEÇÃO. ............................................ 42
FIGURA 42 - DIVISÃO PARA O TRECHO CD. ............................................................................................... 42
FIGURA 43 - EQUAÇÕES PARA A ÚLTIMA SEÇÃO. ........................................................................................ 43
FIGURA 44 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE PROPOSTO PELO LIVRO. .................................................. 43
FIGURA 45 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE DESENVOLVIDO PELO PROGRAMA ..................................... 44
FIGURA 46 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR OBTIDO PELO LIVRO. ........................................................... 44
FIGURA 47 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR APRESENTADO POR MEIO DO PROGRAMA.............................. 44
FIGURA 48 - PROBLEMA PROPOSTO PELO LIVRO........................................................................................ 45
FIGURA 49 - PROBLEMA ESTRUTURAL DESENVOLVIDO COM O PROGRAMA. .................................................. 45
9

FIGURA 50 - DCL DO PROGRAMA. ............................................................................................................ 46


FIGURA 51 - OBTENÇÃO DAS REAÇÕES. .................................................................................................... 46
FIGURA 52 - DIVISÃO DA VIGA EM SEÇÕES................................................................................................. 47
FIGURA 53 - EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS................................................................................... 47
FIGURA 54 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE DO PROGRAMA. ............................................................... 47
FIGURA 55 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR FEITO PELO PROGRAMA. ...................................................... 48
FIGURA 56 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE APRESENTADO PELO LIVRO. ............................................. 48
FIGURA 57 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR DO LIVRO. ........................................................................... 48
FIGURA 58 - PROBLEMA ESTRUTURAL PROPOSTO PELO LIVRO. .................................................................. 49
FIGURA 59 - PROBLEMA PROPOSTO PELO PROGRAMA. .............................................................................. 49
FIGURA 60 - IMAGEM DO DCL PARA O EXERCÍCIO. ..................................................................................... 50
FIGURA 61 - EQUAÇÕES E VALORES DAS REAÇÕES PRESENTES NA VIGA..................................................... 50
FIGURA 62 - PRIMEIRO SECCIONAMENTO DA VIGA. ..................................................................................... 51
FIGURA 63 - EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS PARA O PRIMEIRO TRECHO. ......................................................... 51
FIGURA 64 - SEÇÃO PARA O SEGUNDO TRECHO DA VIGA. ........................................................................... 51
FIGURA 65 - EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS PARA O TRECHO BC. ................................................................... 52
FIGURA 66 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE FEITO PELO PROGRAMA. .................................................. 52
FIGURA 67 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR DO PROGRAMA.................................................................... 52
FIGURA 68 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE REALIZADO PELO LIVRO. .................................................. 53
FIGURA 69 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR OBTIDO PELO LIVRO. ........................................................... 53
FIGURA 70 - EXERCÍCIO PROPOSTO. ......................................................................................................... 54
FIGURA 71 - PROBLEMA ESTRUTURAL APRESENTADO PELO PROGRAMA. ..................................................... 54
FIGURA 72 - DESENVOLVIMENTO DO DCL. ................................................................................................ 54
FIGURA 73 - CÁLCULO DAS REAÇÕES........................................................................................................ 55
FIGURA 74 - SEÇÃO REFERENTE AO TRECHO AB. ...................................................................................... 55
FIGURA 75 - EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS PARA A PRIMEIRA SEÇÃO. ............................................ 56
FIGURA 76 - SEÇÃO PARA O TRECHO BC. ................................................................................................. 56
FIGURA 77 - EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS PARA O SEGUNDO TRECHO. ......................................................... 56
FIGURA 78 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE. ...................................................................................... 57
FIGURA 79 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR. ......................................................................................... 57
FIGURA 80 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE FEITO PELO LIVRO. .......................................................... 58
FIGURA 81 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR EXECUTADO PELO HIBBELER. .............................................. 58
FIGURA 82 - PROBLEMA PROPOSTO 6.38. ................................................................................................. 58
FIGURA 83 - PROBLEMA EXPOSTO PELO PROGRAMA. ................................................................................. 59
FIGURA 84 - DCL REFERENTE AO EXERCÍCIO PROPOSTO. .......................................................................... 59
FIGURA 85 - REAÇÕES DESENVOLVIDAS PELO ENGASTE. ........................................................................... 60
FIGURA 86 - SEÇÃO DO TRECHO AB. ........................................................................................................ 60
FIGURA 87 - EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS PARA A VIGA ANALISADA. ............................................. 60
FIGURA 88 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE FEITO PELO PROGRAMA. .................................................. 61
FIGURA 89 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE DESENVOLVIDO PELO LIVRO. ............................................ 61
FIGURA 90 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR REALIZADO PELO PROGRAMA. .............................................. 62
FIGURA 91 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR RESULTANTE DO LIVRO. ....................................................... 62
FIGURA 92 - REPRESENTAÇÃO DE PROBLEMA COM CARGA EM FORMA DE PARÁBOLA. .................................. 63
FIGURA 93 - IMPLANTAÇÃO DE DADOS NO PROGRAMA. ............................................................................... 63
FIGURA 94 - PROBLEMA E DCL PROPOSTO PELO PROGRAMA COM 3 DIVISÕES. ........................................... 64
FIGURA 95 - PROBLEMA E DCL PROPOSTO PELO PROGRAMA COM 7 DIVISÕES. ........................................... 64
FIGURA 96 - VALORES DAS REAÇÕES COM 3 DIVISÕES. .............................................................................. 65
FIGURA 97 - VALORES DAS REAÇÕES COM 7 DIVISÕES. .............................................................................. 65
FIGURA 98 - DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE FEITO PELO PROGRAMA. .................................................. 66
FIGURA 99 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR OBTIDO PELO PROGRAMA. ................................................... 67
10

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
1.1. OBJETIVOS GERAIS .................................................................................................................. 13
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................... 13
2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 14
2.1. ENGENHARIA ESTRUTURAL.................................................................................................... 14
2.2. ANÁLISE ESTRUTURAL ............................................................................................................ 15
2.3. ELEMENTOS ESTRUTURAIS .................................................................................................... 16
2.3.1. Blocos ...................................................................................................................................... 16
2.3.2. Barras ...................................................................................................................................... 17
2.3.3. Lâminas ................................................................................................................................... 18
2.3.4. Lajes ......................................................................................................................................... 19
2.3.5. Vigas ........................................................................................................................................ 19
2.3.6. Pilares ...................................................................................................................................... 19
2.3.7. Elementos de fundação e elementos complementares ..................................................... 20
2.4. FORÇAS ATUANTES NAS ESTRUTURAS................................................................................ 20
2.4.1. Força ........................................................................................................................................ 20
2.4.2. Forças atuantes em edifícios ................................................................................................ 20
2.5. DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS .................................................................................................. 21
2.6. EQUILÍBRIO ................................................................................................................................ 22
2.6.1. Equilíbrio estático externo .................................................................................................... 22
2.6.2. Equilíbrio estático interno ..................................................................................................... 22
2.7. TIPOS DE APOIO ....................................................................................................................... 23
2.7.1. Apoio tipo pino ....................................................................................................................... 23
2.7.2. Apoio tipo rolete ..................................................................................................................... 23
2.7.3. Apoio tipo engaste ................................................................................................................. 24
2.8. TIPOS DE VIGAS ........................................................................................................................ 24
2.8.1. Viga simplesmente apoiada ou viga simples ...................................................................... 24
2.8.2. Viga engastada ou viga em balanço ..................................................................................... 25
2.8.3. Viga em balanço ou com apoios fixos e rolete ................................................................... 25
2.9. TRAÇÃO SIMPLES OU AXIAL.................................................................................................... 26
2.10. COMPRESSÃO SIMPLES E FLAMBAGEM ............................................................................... 27
2.11. FORÇA CORTANTE ................................................................................................................... 27
2.12. MOMENTO FLETOR .................................................................................................................. 28
2.13. MOMENTO TORÇOR ................................................................................................................. 29
2.14. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO PYTHON ........................................................................... 29
2.14.1. Classes .................................................................................................................................... 30
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 31
3.1. ECLIPSE ..................................................................................................................................... 31
3.2. DETERMINAÇÃO DE CLASSES PARA FORMAÇÃO DAS VIGAS ........................................... 32
3.3. DESENVOLVIMENTO DOS TIPOS DE APOIO .......................................................................... 32
3.4. DETERMINAÇÃO DO PROBLEMA ESTRUTURAL ................................................................... 33
3.5. DESENVOLVIMENTO DO DIAGRAMA DE CORPO LIVRE ....................................................... 34
3.6. CALCULO DAS REAÇÕES......................................................................................................... 34
3.7. MÉTODO DA SEÇÃO ................................................................................................................. 35
3.8. EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS............................................................................... 36
3.9. DIAGRAMAS DE ESFORÇO CORTANTE E MOMENTO FLETOR ........................................... 37
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................... 39
11

4.1. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA COM CARREGAMENTO UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDO


E DUAS CARGAS PONTUAIS .............................................................................................................. 39
4.2. VIGA ENGASTADA COM CARREGAMENTO LINEARMENTE DISTRIBUÍDO ......................... 45
4.3. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA COM CARREGAMENTO UNIFORME DISTRIBUÍDO E
CARGA PONTUAL ................................................................................................................................ 49
4.4. VIGA ENGASTADA COM CARREGAMENTO UNIFORME DISTRIBUÍDO, CARGAS PONTUAIS
E MOMENTO ATUANTE ....................................................................................................................... 53
4.5. VIGA ENGASTADA COM CARREGAMENTO TRAPEZOIDAL DISTRIBUÍDO AO LONGO DE
SEU EIXO .............................................................................................................................................. 58
4.6. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA COM CARREGAMENTO PARABÓLICO DISTRIBUÍDO AO
LONGO DE SEU EIXO .......................................................................................................................... 62
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 68
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 69
1. INTRODUÇÃO

Com a emancipação da população para os centros urbanos, as cidades tinham


a necessidade de se desenvolver e crescer cada vez mais a cada dia. Com isso, houve
durante muito tempo um crescimento que muitas vezes ocorria de forma horizontal e
desordena em diversos lugares. Devido às limitações tecnológicas de antigamente,
os projetos desenvolvidos pelos profissionais de engenharia da época eram
executados por meio de fundamentação das suas experiências e por isso, se
tornavam muitas vezes arriscados e antieconômicos.
Posteriormente, os projetos estruturais devido sua grande importância, fez com
que se virasse imprescindível que os engenheiros responsáveis por essas
construções passassem a ter noção nos mais variados campos para minimizar os
riscos nas obras. Assim, esses profissionais passaram a conhecer e saber que
materiais utilizar, de acordo com suas obrigações e atributos dos mesmos.
Os projetos estruturais têm por função a idealização de uma estrutura
consentindo a todos os requisitos de segurança, utilização, condições econômicas,
estética, questões ambientais, condições construtivas e exceções legais param qual
ela foi projetada. Desse modo, o projeto estrutural passa por múltiplas fases até
chegar à documentação que permite a sua construção.
Dentre as etapas pelo qual o projeto passa, a análise estrutural é uma das
principais, pois ela vai mostrar de uma forma ideal como essa estrutura irá se
comportar (MARTHA, 2010).
As vigas, são todo e qualquer componente delgado que tolera carregamentos
sobrepostos perpendicularmente a seu eixo longitudinal. Elas podem ser classificadas
de acordo com seu grau de estabilidade, variando a forma como estarão apoiadas.
Este trabalho tem por objetivo desenvolver um programa que possibilite a
geração de gráficos para os valores de esforços cortantes e momentos fletores para
qualquer distância dentro do comprimento da viga, assim como, apresentar ao usuário
um relatório com todos os procedimentos e equações utilizadas para se chegar aos
valores das solicitações impostas a viga.

Webert Araújo Oliveira, Página 12


1.1. OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver um programa por meio da linguagem de programação python,


capaz de apresentar ao seu usuário um relatório com todos os dados e cálculos
utilizados para análise de vigas, como, diagrama de corpo livre, as equações de apoio,
os valores de momento fletor e esforço cortante, assim como seus gráficos.

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Realizar um estudo dos esforços de força cortante, momento fletor e reações


de apoios sobre as vigas;
• Desenvolver um relatório por meio do software com todas as equações para as
reações nos apoios, momentos fletores e esforços cortantes;
• Apresentar os gráficos de momento fletor e esforço cortante no programa;

Webert Araújo Oliveira, Página 13


2. REVISÃO DA LITERATURA

Para entender melhor o tema, é necessário o esclarecimento de alguns


conceitos imprescindíveis para o transcorrer do trabalho. Assim, esse capítulo
proporcionará tais considerações que serão essenciais em todo o trabalho.

2.1. ENGENHARIA ESTRUTURAL

O projeto e a realização de estruturas são uma parte da engenharia Civil, onde


vários engenheiros buscam se aprimorar. A Engenharia Estrutural aborda sobre o
planejamento, projeto, construção e manutenção de sistemas estruturais para
transporte, moradia, trabalho e lazer (MARTHA, 2010).
Uma estrutura é um empreendimento por si próprio, como exemplo disso têm
as pontes e os estádios de esporte, ou pode ser aproveitada como o esqueleto para
outras estruturas, como edifícios e teatros. Uma estrutura pode ainda ser desenvolvida
por variados materiais, tais como: aço, concreto, madeira, pedra, materiais não
convencionais (materiais que utilizam fibras vegetais, por exemplo), ou materiais
sintéticos (plásticos, por exemplo). Ela deve resistir aos intemperes, a solicitações que
são conferidas ao longo da sua vida útil e, em muitas partes do mundo, a terremotos
(MARTHA, 2010).
A estrutura é um grupo de elementos, onde possui diversas passagens pelo
qual as forças que atuam sobre ela precisam transitar até chegar ao seu destino. Para
transferir um combinado de forças até o solo pode-se empregar poucos ou muitos
caminhos. Uma estrutura com muitos caminhos tende a mostra-los de forma mais
estreita, a estrutura com poucos caminhos sofre com um maior acumulo de forças em
cada um, forçando-os a serem mais amplos (REBELLO, 2000).
Graças ao acréscimo no desenvolvimento demográfico e à movimentação
populacional do meio rural para o meio urbano, tem-se notado um aumento expressivo
na procura por áreas acessíveis nos ambientes citadinos (SOUSA, 2008).
Desse modo, para que as áreas existentes possam ter seu emprego
maximizado, a construção em meio urbano foi obrigada a acender em altura, ao invés
da ampliação em planta como acontecia antigamente. Com isso, para se projetar
edificações cada vez mais altas, passou-se a abusar da área no subsolo de modo a
rentabilizar o espaço e a abastecer local para garagem (SOUSA, 2008).
Webert Araújo Oliveira, Página 14
As habitações sejam para fins residenciais, comerciais ou industriais, carecem de
uma composição ou um conjunto de composições que lhes acordem de apoio,
adaptando equilíbrio, segurança e condições de emprego aceitáveis as suas
utilizações (GLORIA, 2003).

2.2. ANÁLISE ESTRUTURAL

A análise estrutural constitui obter as forças internas e deslocamentos em todos


os pontos, determinados pelas cargas de projeto. Os projetistas definem as forças
internas nos elementos significativas para dimensionar tanto os membros como as
ligações entre eles.
De acordo com a NBR 6118, o objetivo da análise estrutural é determinar os
efeitos das atuações em uma estrutura, com o fim de executar verificações de estados
de limite e de serviço. A análise estrutural admite colocar as repartições de esforços
internos, tensões, deformações e deslocamentos em uma parte ou em toda a estrutura
(ABNT NBR 6118, 1978).
A análise mais usada de uma estrutura sugere em um conjunto de barras
unidimensionais integradas e, por muito tempo, foram acertadas as ligações como
pontos nodais, imaginando-se os seus comportamentos como nós rígidos ou
rotulados, em formas de rotações respectivas e da difusão do momento fletor entre as
barras (RIBEIRO, 1998).
Após a análise estrutural, temos as etapas do projeto que é utilizado para definir
os elementos da edificação que farão parte da estrutura. Em diversas estruturas
habitua-se avaliar, quanto à superestrutura, exclusivamente o esqueleto, ajustado por
vigas e pilares (FONTES, 2005).
São verificados nessas etapas, portanto, o sistema estrutural tomado, onde os
elementos habituais são combinados por pilares, vigas e lajes maciças. São
aproveitadas lajes nervuradas, lajes sem vigas, apoiadas espontaneamente nos
pilares, lajes suspensas por tirantes, entre outros sistemas (FONTES, 2005).

Webert Araújo Oliveira, Página 15


2.3. ELEMENTOS ESTRUTURAIS

As estruturas de obras são bastante complicadas, assim, não admitem um


procedimento numérico generalizado. Assim, é parte da análise estrutural racionar as
estruturas em elementos mais simples, identificando o comportamento estrutural
capital de cada parte, para uni-los aos modelos da teoria das estruturas (KAEFER,
2000).
Os elementos estruturais têm contestações em suas formas geométricas,
dessa forma dá para se saber quais deles irá admitir moldar alguns tipos de sistemas
estruturais. Assim os elementos estruturais, quanto a sua geometria podem ser
classificados como: bloco, barra e lâmina (REBELLO, 2000).
Dentro dos projetos estruturais o ajuste de blocos, barras e lâminas simulam as
lajes, vigas e pilares no modelo mecânico. Esses elementos são de extrema
importância em qualquer obra efetivada hoje. Eles são conhecidos por aperfeiçoarem
o esqueleto do projeto dando assim sua sustentação.

2.3.1. Blocos

O bloco tem suas três dimensões em mesma ordem de grandeza. Eles só


podem ser empregados quando estão adjuntos, fazendo com que ocorra a ação de
forças internas aproximando-os. Se for aplicada uma força externa que tenda a os
aproximar e que evite que deslizem entre si, podem criar um sistema estrutural capaz
de vencer vãos retos. Um exemplo é o sistema de ponte em balanços sucessivos
(REBELLO, 2000). Ver figura 1.

Figura 1 - Bloco e sistema estrutural com associação de blocos.

Fonte: REBELLO (2000).


Webert Araújo Oliveira, Página 16
2.3.2. Barras

A barra tem o comprimento de uma das dimensões maior que as outras. É um


elemento estrutural muito aproveitado para suspender cargas, como um cabo, para
aguentar cargas como um pilar, ou vencer vãos, como as vigas. A agregação de
barras pode formar sistemas estruturais complexos, em formato de treliças, pórticos e
grelhas. (REBELLO, 2000). Ver Figuras 2 e 3.

Figura 2 - Utilização de barras como viga e pilar.

Fonte: REBELLO (2000).

Figura 3 - Associação de barras (treliça).

Fonte: REBELLO (2000).

Webert Araújo Oliveira, Página 17


2.3.3. Lâminas

Nas lâminas o seu comprimento e largura sobressaem em relação a espessura.


Alguns exemplos de lâminas são as lonas e lajes. As lâminas que apresentam
propriedades análogas às lonas são conhecidas por membranas, são muito finas e
oferecem resistência ao seu plano. As membranas tendem a aceitar as formas dos
carregamentos que atuam nelas. As lâminas que proporcionam atributos iguais às
lajes são chamadas de placas. Possuem uma alta rigidez e apresentam a capacidade
de vencer vãos (REBELLO, 2000). Ver Figuras 4 e 5.

Figura 4 - Representação de uma membrana.

Fonte: REBELLO (2000).

Figura 5 - Representação de uma placa.

Fonte: REBELLO (2000).

Webert Araújo Oliveira, Página 18


2.3.4. Lajes

Outro tipo de elemento estrutural são as lajes, que por sua vez, apresentam
estruturas bidimensionais, volta e meia horizontais. Configura os pisos dos cômodos.
É projetada para contrapor de forma direta às cargas verticais que iram agir sobre o
piso, e é solicitado predominantemente à flexão. Nas suas aplicações mais simples,
as lajes aliviam as cargas verticais atuantes no piso e o seu peso em vigas de apoio
(KAEFER, 2000).

2.3.5. Vigas

As vigas são elementos unidimensionais, mais encontradas de forma


horizontal, onde uma de suas funções é vencer os vãos entre os pilares, servindo de
apoio para as lajes, alvenarias de tijolos e algumas vezes a outras vigas. É solicitado
predominantemente à flexão. Esses elementos são dimensionados para absorver
esforços de cisalhamento graças seus carregamentos e de esforços de torção se
suportarem platibandas ou pertencerem a estruturas tridimensionais (KAEFER, 2000).
Ver Figura 6.

Figura 6 - Viga.

Fonte: Autoria própria.

2.3.6. Pilares

Os pilares são unidimensionais, encontrados verticalmente, asseguram o vão


vertical do pé-direito dando apoio às vigas e é exigido para compressão (KAEFER,
2000).

Webert Araújo Oliveira, Página 19


2.3.7. Elementos de fundação e elementos complementares

Além dos elementos básicos há outros elementos como os de fundação,


sapatas, radiers e blocos sobre estacas. São responsáveis por distribuir a carga total
da estrutura para o solo. Existe também os elementos complementares como
escadas, caixas de água e muros de arrimos (KAEFER, 2000).

2.4. FORÇAS ATUANTES NAS ESTRUTURAS

É de seriedade imprescindível que ao se realizar qualquer obra de estruturas,


saibam-se as forças que agem nos elementos estruturais atuais na construção, pois,
a partir dessa consignação, será selecionado o tipo de material que será empregue
assim como os apoios que necessitarão ser utilizados, entre outras medidas que
devem ser adotadas.

2.4.1. Força

O conceito de força está intrínseco com os conhecimentos de massa,


aceleração, direção e sentido. Força é uma grandeza vetorial, porque para defini-la
corretamente não é necessário apenas quantificá-la, mas, também, indicar sua
direção e sentido (REBELLO, 2000).

2.4.2. Forças atuantes em edifícios

É absolutamente substancial que as forças que atuam nas edificações sejam


muito bem analisadas, na sua magnitude, direção e sentido, para que a visão
estrutural seja coerente com a abertura que essas ações devem andar até o solo e
para que os elementos estruturais sejam bem dimensionados (REBELLO,2000).
As forças externas existentes nas edificações são chamadas de cargas. As
cargas constantes (ou permanentes) são as que acertam ao longo da vida útil da
estrutura e cargas casuais (ou acidentais) as que acontecem de forma ocasional. As
cargas permanentes advêm devido as forças gravitacionais atuantes na estrutura. Já

Webert Araújo Oliveira, Página 20


as cargas acidentais possuem vários tipos como: peso de pessoas ou carros, força do
vento entre outros (REBELLO, 2000).

2.5. DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS

A repartição de cargas através de uma estrutura pode advir de variações de um


ponto para outro. Os carregamentos que apresentam intensidade semelhante ao
longo do elemento estrutural são designados cargas uniformes, já as que variam são
ditas como cargas variáveis. De acordo com sua geometria as cargas podem ser:
distribuídas sobre uma área, sendo conhecidas como cargas superficiais. Espalhada
sobre uma linha, chamadas de cargas lineares. E centrada sobre um ponto,
denominadas cargas pontuais ou concentradas (REBELLO, 2000).
Tais elementos podem sofrer com a ação de diversos tipos de carregamentos.
Por exemplo, caso uma carga seja aplicada em uma área muito pequena, pode ser
avisado como uma carga concentrada ou pontual, que não passa de uma força
simples (HIBBELER, 2010). Ver Figura 7 (c).
Tem-se ocasiões em que o carregamento está alastrado pelo eixo dos
materiais, essas cargas são representadas como carregamentos distribuídos. Esse
tipo de força é medido por sua intensidade (HIBBELER, 2010). Ver Figura 7 (a) e (b).
O último modo de carregamento conhecido são os binários, ilustrados por
momentos que atuam sobre o balanço dos elementos estruturais (HIBBELER, 2010).

Figura 7 - Tipos de carregamentos.

(a) Distribuído (b) Distribuído (c) Pontual

Fonte: Rebello (2000).

Webert Araújo Oliveira, Página 21


2.6. EQUILÍBRIO

Em meio as propriedades esperadas para as estruturas, a mais importante é


que, quando submetidas aos mais diferentes tipos de carga, possam permanecer em
equilíbrio durante toda a sua vida útil. Um item está estabilizado quando não ocorre
alteração no estado das forças que atuam sobre ele. Há dois tipos de equilíbrios, o
estático e o dinâmico. O estático é quando o objeto está em repouso. Já o dinâmico
acontece quando o elemento se encontra em movimento (REBELLO, 2000).

2.6.1. Equilíbrio estático externo

Para que um elemento estrutural se encontre em estado de equilíbrio estático


em seu plano, é necessário que ele não se movimente vertical ou horizontalmente e
nem gire (REBELLO, 2000).

“Uma estrutura que se encontra em condições mínimas necessárias


de estabilidade é denominada isostática. Quando as condições de
estabilidade estão acima das mínimas dizemos que a estrutura é
hiperestática. Quando as condições de estabilidade estão abaixo das
mínimas dizemos que a estrutura é hipoestática, tendem a cair” (REBELLO,
2000).

Para saber se uma estrutura é hipo, iso ou hiperestática necessita-se avaliar


suas possibilidades de movimento quando submetida a vários tipos de carregamento.
É necessário verificar em que direções os vínculos admitem movimentos (REBELLO,
2000).

2.6.2. Equilíbrio estático interno

Para que ocorra o equilíbrio interno, é essencial que as seções que compõem
o elemento estrutural não se desloquem na vertical, na horizontal e nem girem. A
ruptura de um elemento estrutural se dá devido à perda de equilíbrio interno, ou seja,
as tensões do material causam algum deslocamento respectivo entre as seções.
Existe uma semelhança direta entre o que incide dentro do elemento estrutural e as
deformações externas visíveis (REBELLO, 2000).
Webert Araújo Oliveira, Página 22
2.7. TIPOS DE APOIO

Os elementos estruturais precisam de materiais de apoio que impossibilite a


sua movimentação em alguns sentidos para que não aconteçam problemas com a
estrutura.

2.7.1. Apoio tipo pino

Esse tipo de apoio é responsável por evitar a translação em qualquer direção,


sem evitar a rotação de elementos como pilares e vigas nas suas extremidades. É um
tipo de apoio mais restrito (GERE, 2004). Ver Figura 8.

Figura 8 - Apoio tipo pino.

Fonte: Rebello (2000).

2.7.2. Apoio tipo rolete

O apoio do tipo rolete tem como função impedir a movimentação vertical dos
elementos estruturais, admitindo sua translação na horizontal e sua rotação. Esse tipo
de apoio permite uma maior mobilidade se comparado com o pino (GERE, 2004).
Observar Figura 9.

Webert Araújo Oliveira, Página 23


Figura 9 - Apoio tipo rolete.

Fonte: REBELLO (2000).

2.7.3. Apoio tipo engaste

Nesse tipo de suporte os elementos estruturais não transladam em nenhuma


direção e nem tem rotação no lado engastado, mas possui livre movimento no outro
extremo (GERE, 2004). Ver Figura 10.

Figura 10 - Apoio tipo engaste.

Fonte: REBELLO (2000).

2.8. TIPOS DE VIGAS

Um dos elementos de maior estima em projetos estruturais são as vigas. Elas


são imprescindíveis em obras de todos os portes onde tem o objetivo de enviar os
esforços verticais recebidos da laje para o pilar ou para transmitir uma carga
concentrada, caso sirva de apoio a um pilar.

2.8.1. Viga simplesmente apoiada ou viga simples

As vigas podem ser rotuladas pelo modo como estão apoiadas. Por exemplo,
uma viga com um apoio de pino, ou articulação, em uma extremidade e um apoio de
Webert Araújo Oliveira, Página 24
rolete na outra é habitualmente conhecida como uma viga simplesmente apoiada ou
viga simples (GERE, 2004). Ver Figura 11.

Figura 11 - Viga simplesmente apoiada.

Fonte: REBELLO (2000).

2.8.2. Viga engastada ou viga em balanço

Outro tipo de viga são as engastadas ou em balanço, nesse caso a peça possui
uma das extremidades fixa por um apoio engastado. Dessa forma, as reações de força
e momento irão ocorrer no lado engastado (GERE, 2004). Ver Figura 12.

Figura 12 - Viga engastada.

Fonte: Autoria própria.

2.8.3. Viga em balanço ou com apoios fixos e rolete

Há também as vigas em balanço que apresentam um apoio fixo em uma


extremidade e um apoio móvel em um determinado ponto do eixo da barra, com a
peça se desdobrando após o suporte móvel. Para esse caso a parte depois do apoio
móvel se torna análoga à viga em balanço, exceto que o eixo poderá girar no ponto
onde se encontra o suporte móvel (GERE, 2004). Ver Figura 13.

Webert Araújo Oliveira, Página 25


Figura 13 - Viga em balanço com apoio fixo e rolete.

Fonte: Autoria própria.

2.9. TRAÇÃO SIMPLES OU AXIAL

A tração simples ocorre quando um elemento sofre com a ação de forças ao


longo do seu eixo de forma perpendicular a ele, estando, portanto normal ao plano da
seção (HIBBELER, 2010).

“Uma barra quando submetida a forças externas normais à sua


seção, sofre um aumento no seu tamanho, na direção do seu eixo. A força de
tração simples se distribui ao longo de toda a seção e o equilíbrio interno será
obtido quando o material for suficientemente resistente para reagir às tensões
de tração simples” (REBELLO, 2000).

Os elementos estruturais empregados nos mais variados tipos de obras podem


ser considerados de acordo com o tipo de carga que suportam. Por exemplo, uma
barra carregada axialmente tolera forças cujos vetores são direcionados ao longo de
seu eixo podendo ocorrer tração ou compressão no elemento (GERE, 2004). Ver
Figura 14.

Figura 14 - Tração simples.

Fonte: REBELLO (2000).

Webert Araújo Oliveira, Página 26


2.10. COMPRESSÃO SIMPLES E FLAMBAGEM

Itens estruturais longos e esbeltos quando expostos a uma força de


compressão axial, graças suas grandes dimensões essa carga poderá ser satisfatória
para originar uma deflexão ou uma oscilação lateral no elemento. A essa deflexão
chamamos de flambagem (HIBBELER, 2010).

“Uma barra quando submetida a forças externas normais à sua seção, sofre
uma diminuição no seu tamanho. Neste caso pode ocorrer a perda da
estabilidade da peça bem antes que seja atingida a tensão de ruptura à
compressão do material. A este fenômeno de perda de estabilidade dá-se o
nome de flambagem” (REBELLO, 2000).

A flambagem distingue integralmente o comportamento das barras submetidas


à tração para as impostas a compressão. Esse acontecimento estar sujeito a diversos
fatores, como: a intensidade da força, o modulo de elasticidade do material, o
comprimento da barra, a forma e dimensões das seções, entre outras. Ver Figura 15.

Figura 15 - Flambagem.

Fonte: REBELLO (2000).

2.11. FORÇA CORTANTE

Os esforços cortantes são forças de cisalhamento que cresce interno a viga,


por conta dos carregamentos que são apostos nesse elemento (HIBBELER, 2010).
Ver Figura 16.

“A força cortante ocorre paralela às seções da barra e pode variar ao


longo do seu comprimento. É sempre máxima junto aos apoios. No caso da

Webert Araújo Oliveira, Página 27


força cortante, o equilíbrio interno se dá quando o material é suficientemente
resistente para reagir às tensões de tração e de compressão inclinadas
devidas à tendência de escorregamentos verticais e horizontais das seções”
(REBELLO, 2000).

Figura 16 - Força cortante.

Fonte: REBELLO (2000).

2.12. MOMENTO FLETOR

Além das forças de cisalhamento internas, os carregamentos atuantes na viga


acabam por provocar momento fletor nela. Esse momento gera tensões normais na
seção transversal do elemento estrutural (BEER, 2011). Observar Figura 17.

“Quando um par de forças de mesma direção e sentido contrário,


chamado de binário, atua, ocorrerá um giro. A esse giro dá-se o nome de
momento. Alguns binários são produzidos por um par de forças ativas, outros,
por um par de forças ativas e reativas. Quanto mais afastadas estiverem as
forças do binário, maior a intensidade do giro, que depende da intensidade
das forças e da distância entre as linhas de ação” (REBELLO, 2000).

Figura 17 - Momento fletor.

Fonte: REBELLO (2000).


Webert Araújo Oliveira, Página 28
2.13. MOMENTO TORÇOR

Uma barra em torção suporta torques que possuem seus vetores de momento
direcionados ao longo do eixo (GERE, 2004). Ver Figura 18.

“No momento torçor as seções giram com o eixo da barra mantendo-


se reto. A torção provoca além do giro relativo entre as seções transversais,
um escorregamento longitudinal das seções horizontais. O equilíbrio interno
se dá quando o material tiver resistência o suficiente para reagir às tensões
de tração e de compressão resultantes da tendência de escorregamento
transversal e longitudinal das seções” (REBELLO, 2000).

Figura 18 - Momento torçor.

Fonte: REBELLO (2000).

2.14. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO PYTHON

Segundo Mark Lutz e David Ascher (2007):

Python é uma linguagem de programação de propósito geral, frequentemente


aplicada em funções de script. Ela é comumente definida como uma
linguagem de script orientada a objetos – uma definição que combina suporte
para POO com orientação global voltada para funções de script. Na verdade
as pessoas frequentemente usam o termo “script”, em vez de “programa”,
para descrever um arquivo de código Python.

Essa linguagem possui estruturas de dados de alto nível e uma abordagem


simples, mas eficaz, para a programação orientada a objetos. Contendo uma elegante
sintaxe e tipagem dinâmica, juntamente com a sua natureza interpretada, tornando
essa como sendo uma linguagem ideal para scripts e desenvolvimento rápido de

Webert Araújo Oliveira, Página 29


aplicações em muitas áreas na maioria das plataformas (ROSSUM, 2012, p. 1). Dessa
forma, Python é uma linguagem orientada a objetos, onde tais objetos possuem dados
próprios.

2.14.1. Classes

Objetos são abstrações computacionais que simulam entidades, com suas


características (atributos) e atos (métodos) que estas podem conseguir. A classe é a
estrutura básica do paradigma de orientação a objetos, que representa o tipo do
objeto, um modelo a partir do qual os objetos serão criados (BORGES 2010).
Os atributos são estruturas de dados que armazenam informações sobre o
objeto e os métodos são funções associadas ao objeto, que descrevem como o objeto
se comporta (BORGES 2010).

Webert Araújo Oliveira, Página 30


3. METODOLOGIA

Neste capitulo será abordado os métodos, as técnicas e ideias que foram


utilizados para o desenvolvimento e andamento do referente trabalho. Para a sua
realização, foram feitos estudos no campo da resistência dos materiais, para se ter
uma noção dos esforços atuantes nos elementos estruturais, tendo um foco nas vigas
e na área de programação para o desenvolvimento do programa.
Após todo o estudo foram aplicados métodos e utilizadas algumas das
principais bibliotecas presentes na linguagem python, para se ter, todo o
desenvolvimento do programa, apresentando desde os dados do problema inicial, até
a resolução final das equações de esforço cortante e momento fletor nas seções
estabelecidas, assim como, a disposição de seus gráficos.

3.1. ECLIPSE

Foi escolhido inicialmente um programa onde fosse possível trabalhar de forma


livre e com facilidade na linguagem python. O software escolhido para tal função foi o
eclipse. Onde por meio dele é plausível laborar projetos, como a criação de
programas, geração de banco de dados, em diversas linguagens de programação,
entre elas destacam-se a linguagem C, C++ e python.
Para o desenvolvimento de todo o trabalho foram utilizadas diversas
bibliotecas, para representação gráfica e resolução de operações matemáticas, dentre
as bibliotecas utilizadas temos a matplotlib, numpy e sympy. Ver figura 19.

Figura 19 - Interface do programa eclipse.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 31
3.2. DETERMINAÇÃO DE CLASSES PARA FORMAÇÃO DAS VIGAS

Por meio do programa eclipse foi feito a criação de classes, onde, cada uma
apresentava as características e efeitos ao qual as vigas podem estar expostas, para
assim, dá início ao projeto e conseguir fazer a representação de forma gráfica de tal
elemento estrutural. Com isso, foram desenvolvidas classes para determinação dos
nós e barras, a fim de se fazer a representação do elemento e outras para as forças
pontuais e distribuídas, para se ter os efeitos nas vigas. Nas figuras 20 e 21, pode-se
ver como ficaram as representações de tais classes.

Figura 20 - Representação de barra e nó

Fonte: Autoria própria.

Figura 21 - Representação de carga pontual.

Fonte: Autoria própria.

3.3. DESENVOLVIMENTO DOS TIPOS DE APOIO

Após a criação das classes básicas, pode-se criar os demais elementos


presentes na viga, nesse caso os apoios, que foram determinados por meio das
restrições de movimentação presente em cada nó, observando as vinculações
atuantes nas direções x e y, assim como, a possibilidade de giro. Ver figura 22.

Webert Araújo Oliveira, Página 32


Figura 22 - Representação do apoio.

Fonte: Autoria própria.

3.4. DETERMINAÇÃO DO PROBLEMA ESTRUTURAL

Com a obtenção de todas as características e efeitos presente no elemento


estrutural, pode ser feito a criação do problema estrutural, onde o usuário, entrará com
todos os dados disponíveis sobre sua viga, como, tamanho, tipo de vinculação, forças
e etc. E a partir dessas informações o programa desenvolvido, voltará com uma
representação gráfica da viga apresentando os atributos e propriedades escolhidas.
Na figura 23, pode-se ver alguns dos dados que serão descritos pelo usuário e na 24
um exemplo de como ficará seu elemento com todas as informações explicitadas.

Figura 23 - Dados fornecidos pelo usuário

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 33


Figura 24 - Apresentação do problema estrutural

Fonte: Autoria própria.

3.5. DESENVOLVIMENTO DO DIAGRAMA DE CORPO LIVRE

Um dos primeiros passos para resolução de problemas estruturais com vigas,


é a criação do diagrama de corpo livre (DCL), onde por meio dele, pode-se observar
todas as forças atuantes no elemento estrutural, sejam elas cargas solicitantes
pontuais ou distribuídas ao longo das barras, há também a possibilidade de ocorrência
de momentos requerentes no elemento, assim como, as forças compostas nos
apoios, tidas como reações as solicitações impostas na viga. Desse modo, com as
classes, funções, bibliotecas e informações utilizadas para obtenção do problema
estrutural, desenvolve-se o DCL do problema em questão. Na figura abaixo tem-se a
representação do DCL de um determinado problema proposto.

Figura 25 - Representação de DCL desenvolvido pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

3.6. CALCULO DAS REAÇÕES

O passo seguinte ao desenvolvimento do DCL é descobrir os valores das forças


presentes nos apoios, conhecidas por reações. Sua obtenção é conferida a partir da

Webert Araújo Oliveira, Página 34


resolução de equações encontradas por meio do somatório de todas as forças
presentes em cada direção, vertical e horizontal, além, da equação para os
carregamentos e momentos encontrados a partir do nó inicial. Para isso, foram
utilizadas bibliotecas para exposição das equações e resolução das mesmas. Assim,
usou-se a matplotlib para apresentação das formulações e a sympy, responsável por
resolver e determinar os valores das reações, tanto verticais como horizontais. Na
figura 26, é observado a representação criada pelo programa para as equações.

Figura 26 - Equações para reações de apoio.

Fonte: Autoria própria.

3.7. MÉTODO DA SEÇÃO

Com as reações de apoio calculadas e seus valores definidos, o passo seguinte


é o traçado de um novo DCL, dessa vez, seccionando sua viga de acordo com seus
carregamentos. No método escolhido para apresentação do relatório, o elemento em
estudo, será dividido a medida em que ocorrer a mudança no carregamento imposto
a viga, assim consiste na metodologia da seção. Com isso, por meio de algumas
funções de condição e biblioteca de plotagem, o programa mostrará ao usuário uma
representação de seu elemento com as devidas seções que o mesmo terá de sofrer
para a resolução de suas equações de esforços internos. Na figura seguinte, tem-se
um exemplo de tal diagrama.

Webert Araújo Oliveira, Página 35


Figura 27 - DCL com seccionamento da viga.

Fonte: Autoria própria.

3.8. EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS

A partir das seções realizadas na viga, o próximo passo para o relatório é a


mostra das equações dos esforços internos presentes no seu elemento. Essas
formulações são explicadas de acordo com cada trecho em que ocorreu a divisão da
viga. Assim, as equações que podem estar presentes em um problema estrutural, são:
equações para forças normais, que atuam paralelamente ao eixo horizontal da viga,
equações de esforços cortantes, onde se tem todos os carregamentos e reações
impostos de forma perpendicular ao elemento e as equações para o momento fletor.
Dessa forma, como no cálculo das reações, foram utilizadas funções
condicionantes, além de bibliotecas gráficas e de resolução matemática para
implantação desse passo no relatório final. Na figura 28 tem-se um exemplo das
equações de esforços internos, para o primeiro trecho da viga e na ilustração seguinte
há representação para o segundo trecho.

Figura 28 - Equações para o primeiro trecho.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 36


Figura 29 - Equações para o segundo trecho

Fonte: Autoria própria.

3.9. DIAGRAMAS DE ESFORÇO CORTANTE E MOMENTO FLETOR

Após a obtenção dos esforços e momentos internos, em cada trecho da sua


viga, o programa apresentará ao usuário como último passo de resolução do problema
a disposição dos diagramas de momento fletor e esforço cortante, atuantes em todo
o elemento.
Tais representações foram criadas por meio da biblioteca matplotlib, que por
meio da inserção das equações resolvidas no passo anterior, faz a plotagem dos
gráficos. A seguir estão apresentados exemplos desses diagramas, nas figuras 30, 31
e 32.

Figura 30 - Representação de diagrama de esforço normal.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 37
Figura 31 - Representação de diagrama de esforço cortante.

Fonte: Autoria própria.

Figura 32 - Representação do diagrama de momento fletor.

Fonte: Autoria própria.

Para a visualização de todo o relatório, foi utilizado um método de programação


onde o mesmo é importado completo para um arquivo em HTML, de modo, que ao
abrir tal arquivo possa ser observado todos os passos do relatório desenvolvido, com
todos os detalhes. Na figura 33 pode-se ver um pouco de como o relatório é
apresentado ao usuário.

Figura 33 - Apresentação do relatório em HTML.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 38
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste tópico serão expostos os resultados adquiridos com o desenvolvimento


do programa, analisando o que foi apresentado com exemplos e exercícios de alguns
livros de resistência dos materiais, como o Hibbeler (2010) e o Beer (2011). Em todos
os problemas será utilizado o método das seções para sua resolução, uma vez que,
o programa desenvolvido apresenta a mesma metodologia. Para que assim, possam
ser feitas as devidas análises sobre o funcionamento e qualidade de resposta do
programa.

4.1. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA COM CARREGAMENTO


UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDO E DUAS CARGAS PONTUAIS

Para o caso 5.47 do livro do Beer 5ª edição, capitulo 5. Tem-se uma viga
biapoiada, com um carregamento uniformemente distribuído ao longo de toda a viga
juntamente com duas cargas pontuais nos nós B e C (ver Figura 34). Será realizado
o traçado dos diagramas de momento fletor e esforço cortante para a viga.

Figura 34 - Problema estrutural com carregamento distribuído e forças pontuais.

Fonte: Beer (2011).

Nesse exemplo, o primeiro passo para sua resolução por meio do programa
apresentado é a implantação dos dados que o problema oferece. Com isso, é feito a
plotagem do problema estrutural para o relatório (ver figura 35).

Webert Araújo Oliveira, Página 39


Figura 35 - Problema estrutural desenvolvido com o programa.

Fonte: Autoria própria.

Em seguida temos a apresentação do DCL, para o problema, exibindo todas as


forças atuantes na viga, assim como as reações presentes, graças aos seus apoios.
Com a imagem do DCL (figura 36), o passo seguinte para resolução do exercício é a
determinação dos valores de cada reação (ver figura 37).

Figura 36 - Representação do DCL.

Fonte: Autoria própria.

Figura 37 - Cálculo das reações do problema estrutural.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 40


Dessa forma, ocorreu a divisão dos elementos em trechos, de acordo com o
método das seções (figura 38) e com isso, foram obtidas as equações dos esforços
normal, cortante e fletor, para cada seção (ver figura 39).

Figura 38 - Seccionamento da viga pelo método das seções.

Fonte: Autoria própria.

Figura 39 - Equações dos esforços internos para o primeiro trecho.

Fonte: Autoria própria.

O mesmo procedimento foi realizado para a segunda seção como podemos


observar na figura 40. Juntamente com sua seção pode-se observar as equações
desse trecho (ver figura 41).

Webert Araújo Oliveira, Página 41


Figura 40 - Seção do trecho BC para o exemplo 5.47.

Fonte: Autoria própria.

Figura 41 - Equações dos esforços internos para a segunda seção.

Fonte: Autoria própria.

Para o trecho CD também houve uma divisão devido a mudança entre a força
pontual do nó C e a distribuída presente na última parte da viga. Assim, podemos ver
nas figuras 42 e 43 esse seccionamento e as equações de momento e esforço para
aquela barra.

Figura 42 - Divisão para o trecho CD.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 42
Figura 43 - Equações para a última seção.

Fonte: Autoria própria.

Por fim, são foram feitas as plotagens de seus diagramas para cada esforço,
com o intuito de se fazer uma análise do elemento exposto. Após o desenvolvimento
de todo o relatório, percebesse uma igualdade em todos os valores e representações
gráficas do programa com a resolução do exercício por meio do autor do livro (ver
figuras 44, 45, 46 e 47).

Figura 44 - Diagrama de esforço cortante proposto pelo livro.

Fonte: Beer (2011).

Webert Araújo Oliveira, Página 43


Figura 45 - Diagrama de esforço cortante desenvolvido pelo programa

Fonte: Autoria própria.

O livro nos mostra uma solução geral para quaisquer valores de carregamento
e tamanho do elemento. Atribuindo informações para o programa, é possível perceber
que não se tem diferenças nos traçados mostrando assim uma eficiência do programa.

Figura 46 - Diagrama de momento fletor obtido pelo livro.

Fonte: Beer (2011).

Figura 47 - Diagrama de momento fletor apresentado por meio do programa.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 44
Assim como nos gráficos anteriores, a semelhança entre o diagrama de
momento fletor feito pelo livro e programa, nos mostra mais uma vez a efetividade
para resolução do problema que foi proposto.

4.2. VIGA ENGASTADA COM CARREGAMENTO LINEARMENTE DISTRIBUÍDO

O problema 5.4 do livro do Beer 5ª edição, capitulo 5 e página 336 mostra uma
viga engastada com carregamento linearmente distribuído ao longo do eixo da viga
(ver Figura 48). O problema pede para que seja realizado o traçado dos diagramas de
momento fletor e esforço cortante nessa viga.

Figura 48 - Problema proposto pelo livro.

Fonte: Beer (2011).

Neste problema o autor não nos fornece dados, para que possamos inseri-los
no programa, se fazendo necessário a suposição das informações iniciais para
entrada no programa. Assim, por meio desses dados pode ser feito a plotagem do
problema estrutural. (ver figura 49).

Figura 49 - Problema estrutural desenvolvido com o programa.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 45


Com a representação do exercício, a passo seguinte foi o desenvolvimento do
diagrama de corpo livre, onde foi explicitado todas as forças e reações atuantes na
viga estudada (ver figura 50). A partir do DCL, foram calculados os valores para as
reações verticais atuantes no elemento, como mostra a figura 51.

Figura 50 - DCL do programa.

Fonte: Autoria própria.

Figura 51 - Obtenção das reações.

Fonte: Autoria própria.

Após encontrados os valores das reações, foi feito o seccionamento da viga


(figura 52), para se determinar as equações dos esforços internos no seu trecho (figura
53).

Webert Araújo Oliveira, Página 46


Figura 52 - Divisão da viga em seções.

Fonte: Autoria própria.

Figura 53 - Equações dos esforços internos.

Fonte: Autoria própria.

Como último ponto para o desenvolvimento do relatório foi obtido a plotagem


dos diagramas para esforço cortante e momento fletor (ver figuras 54 e 55). Executado
todos os passos e finalizado o relatório pode ser feito a análise para as reações
encontradas e traçados determinados.

Figura 54 - Diagrama de esforço cortante do programa.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 47
Figura 55 - Diagrama de momento fletor feito pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

De Acordo com os resultados propostos pelo livro e fazendo uma comparação


com o relatório do programa, observou-se semelhança no traçado do gráfico de
momento fletor e pelo esforço cortante. Ainda foi apresentado os valores encontrados
para as reações. Desse modo, o programa satisfez todas as exigências propostas
pelo exercício (ver figuras 56 e 57).

Figura 56 - Diagrama de esforço cortante apresentado pelo livro.

Fonte: Beer (2011).

Figura 57 - Diagrama de momento fletor do livro.

Fonte: Beer (2011).


Webert Araújo Oliveira, Página 48
4.3. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA COM CARREGAMENTO UNIFORME
DISTRIBUÍDO E CARGA PONTUAL

O problema 5.10 do livro do Beer 5ª edição e capitulo 5 dos problemas propostos,


temos uma viga biapoiada com carregamento uniformemente distribuído entre o seu
primeiro trecho AC, além de uma carga pontual no seu último nó, no trecho CB (ver Figura
58). A questão pede para se obter os valores máximos de momento fletor e esforço
cortante da viga, mas vamos nos deter apenas aos traçados dos diagramas que são o
foco desse trabalho.

Figura 58 - Problema estrutural proposto pelo livro.

Fonte: Beer (2011).

A partir dos dados fornecidos pelo livro, foi feito a plotagem do primeiro passo
do relatório, com a apresentação do problema estrutural para o usuário, com base nos
dados inseridos no programa inicialmente (ver figura 59).

Figura 59 - Problema proposto pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 49


Com problema estrutural apresentado o próximo passo foi a obtenção do DCL,
para o exercício com todas as forças presentes no elemento (ver figura 60). Por meio
do DCL, foram obtidas as equações para o cálculo das reações encontradas na viga.
Seus valores estão expostos na figura 61.

Figura 60 - Imagem do DCL para o exercício.

Fonte: Autoria própria.

Figura 61 - Equações e valores das reações presentes na viga.

Fonte: Autoria própria.

Encontradas as reações, foi realizado o seccionamento da viga me duas


seções para realização das análises de seus esforços internos, afim de se descobrir
suas equações para cada trecho e assim poder montar os diagramas de tais forças.
Nas figuras 62 e 63, pode ser visto a primeira seção da viga, assim como, suas
equações.

Webert Araújo Oliveira, Página 50


Figura 62 - Primeiro seccionamento da viga.

Fonte: Autoria própria.

Figura 63 - Equações dos esforços para o primeiro trecho.

Fonte: Autoria própria.

O processo se repete para o próximo trecho, neste caso tem-se duas divisões
devido a mudança de carregamento que ocorre no elemento entre a carga distribuída
e a força pontual. Assim como no primeiro trecho, temos a ilustração de sua nova
seção (figura 64) e suas equações (figura 65).

Figura 64 - Seção para o segundo trecho da viga.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 51


Figura 65 - Equações dos esforços para o trecho BC.

Fonte: Autoria própria.

Com a obtenção de todas as equações pode ser feito então a plotagem dos
diagramas de esforço cortante e momento fletor, para assim fazer suas análises de
acordo os gráficos apresentados pela resolução do livro. Nas figuras 66 e 67 temos a
ilustração desses diagramas propostos pelo programa.

Figura 66 - Diagrama de esforço cortante feito pelo programa.

Fonte: Autoria própria.


Figura 67 - Diagrama de momento fletor do programa.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 52
Ao final do relatório com a obtenção de todas os valores e gráficos necessários
para o problema foi feito a análise juntamente com os diagramas propostos pelo livro
e ao observar as figuras 68 e 69, temos uma semelhança nos traçados, nos mostrando
que o programa conseguiu mais uma vez resolver e apresentar os resultados do
exercício.

Figura 68 - Diagrama de esforço cortante realizado pelo livro.

Fonte: Beer (2011).

Figura 69 - Diagrama de momento fletor obtido pelo livro.

Fonte: Beer (2011).

4.4. VIGA ENGASTADA COM CARREGAMENTO UNIFORME DISTRIBUÍDO,


CARGAS PONTUAIS E MOMENTO ATUANTE

No livro do Hibbeler 7ª edição, capitulo 6, há um exemplo com uma viga engastada


que apresenta um carregamento uniforme distribuído no seu primeiro trecho, além de
duas cargas pontuais em dois pontos do elemento, um deles sendo na extremidade e um
momento atuante na extremidade da viga (ver Figura 70). O Exemplo pede para
representar graficamente os diagramas de momento fletor e esforço cortante da viga
assim como suas equações em cada trecho.

Webert Araújo Oliveira, Página 53


Figura 70 - Exercício proposto.

Fonte: Hibbeler (2010).

Inserindo os dados iniciais do problema no programa, temos a representação


de seu elemento com todas as suas cargas atuantes e seu apoio determinando o tipo
de viga analisada. A ilustração da figura 71 mostra todas essas informações, para
início de resolução.

Figura 71 - Problema estrutural apresentado pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

Desse modo, a próxima etapa para resolução da atividade é o desenvolvimento


do DCL que ode ser visto na figura 72 e com ele observar as forças e reações
presentes no elemento, para que com isso se obtenha os valores dessas reações (ver
figura 73).

Figura 72 - Desenvolvimento do DCL.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 54
Figura 73 - Cálculo das reações.

Fonte: Autoria própria.

O próximo passo é fazer o seccionamento da viga, para este exemplo serão


feitas duas divisões sendo elas entre a carga distribuída e as forças pontuais, como
se tem no método onde se secciona sempre na mudança de carregamento. Assim
para o primeiro trecho temos a seguinte imagem de sua seção (figura 74) e equações
de esforço cortante e momento fletor (figura 75).

Figura 74 - Seção referente ao trecho AB.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 55


Figura 75 - Equações dos esforços internos para a primeira seção.

Fonte: Autoria própria.

Seguindo o raciocínio anterior temos a divisão da segunda seção entre as duas


cargas pontuais e o momento. Com isso, obtemos o segundo trecho dividido
apresentado na figura 76 e junto do mesmo as suas equações de esforços internos
como mostra a figura 77.

Figura 76 - Seção para o trecho BC.

Fonte: Autoria própria.

Figura 77 - Equações dos esforços para o segundo trecho.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 56


Para finalizar o relatório deste exercício foram executados os diagramas dos
esforços por meio de suas equações para cada trecho e com isso, pode ser observado
e comparado com os gráficos presentes no problema. Os diagramas desenvolvidos
pelo programa são vistos nas figuras abaixo.

Figura 78 - Diagrama de esforço cortante.

Fonte: Autoria própria.

Figura 79 - Diagrama de momento fletor.

Fonte: Autoria própria.

Nas figuras 80 e 81 Temos a resposta do livro, apresentando seus gráficos, por


meio de suas equações. Ao se comparar com os diagramas desenvolvidos pelo
programa vemos sua igualdade e com isso temos mais um tipo de problema que pode
ser solucionado.
Webert Araújo Oliveira, Página 57
Figura 80 - Diagrama de esforço cortante feito pelo livro.

Fonte: Hibbeler (2010).

Figura 81 - Diagrama de momento fletor executado pelo Hibbeler.

Fonte: Hibbeler (2010).

4.5. VIGA ENGASTADA COM CARREGAMENTO TRAPEZOIDAL DISTRIBUÍDO


AO LONGO DE SEU EIXO

No exemplo 6.38 do livro do Hibbeler 7ª edição, capitulo 6. Pede para simular


graficamente os diagramas de momento fletor e esforço cortante para uma viga engastada
com carga trapezoidal posicionada ao longo da viga (ver Figura 82).

Figura 82 - Problema proposto 6.38.

Fonte: Hibbeler (2010).

Webert Araújo Oliveira, Página 58


Assim como nos problemas anteriores, foi utilizado os dados fornecidos no
exemplo para desenvolvimento do relatório e posteriormente feito sua análise,
comparando com o resultado do livro. Dessa forma, na figura 83 temos o problema
executado pelo programa, realizando assim o primeiro passo para obtenção do
relatório.

Figura 83 - Problema exposto pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

Em seguida temos o desenvolvimento do diagrama de corpo livre e juntamente


com ele as equações em x, y e do momento no ponto A, para o cálculo das reações
desenvolvidas pelo engaste presente na viga. O DCL está representado na figura 84
e os valores das reações na imagem 85.

Figura 84 - DCL referente ao exercício proposto.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 59


Figura 85 - Reações desenvolvidas pelo engaste.

Fonte: Autoria própria.

Por não existir troca de carregamento ao longo do elemento, neste caso a carga
trapezoidal atua sozinha em toda a viga, foi feito apenas uma divisão no trecho para
se obter seus esforços internos. Com isso, nas figuras abaixo temos a seção e suas
equações.

Figura 86 - Seção do trecho AB.

Fonte: Autoria própria.

Figura 87 - Equações dos esforços internos para a viga analisada.

Fonte: Autoria própria.


Webert Araújo Oliveira, Página 60
Por fim, temos a execução dos diagramas por parte do programa para
completar o relatório e assim analisar se seus resultados condizem com os
apresentados pela resolução do livro. Observando os gráficos de ambos temos mais
uma vez a obtenção do mesmo resultado, resultando em mais um tipo de problema
que pode ser resolvido por meio do programa proposto. Nas figuras que seguem tem-
se o desenvolvimento de cada meio para os diagramas.

Figura 88 - Diagrama de esforço cortante feito pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

Figura 89 - Diagrama de esforço cortante desenvolvido pelo livro.

Fonte: Hibbeler (2010).

Webert Araújo Oliveira, Página 61


Figura 90 - Diagrama de momento fletor realizado pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

Figura 91 - Diagrama de momento fletor resultante do livro.

Fonte: Hibbeler (2010).

4.6. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA COM CARREGAMENTO PARABÓLICO


DISTRIBUÍDO AO LONGO DE SEU EIXO

Para este exemplo será avaliado a capacidade do programa de resolver um


problema com carregamento parabólico, por meio da aproximação dessa carga com
segmentos de retas, fazendo com que a mesma apresente um comportamento linear.
Na figura 92 temos a apresentação do problema.

Webert Araújo Oliveira, Página 62


Figura 92 - Representação de problema com carga em forma de parábola.

Fonte: Hibbeler (2010).

Para resolução de tal problema, foi feito a divisão dessa viga em vários
segmentos de modo que sua carga tivesse um comportamento linear ao longo das
divisões. Com os dados fornecidos foi montado o seguinte script no programa para
resolução da viga (ver figura 93).

Figura 93 - Implantação de dados no programa.

Fonte: Hibbeler (2010).

Com isso, foram feitas essas repartições até que ocorresse uma convergência
nos valores de suas reações, onde em determinado ponto não houvesse uma
mudança brusca nos resultados encontrados. Assim, foram feitos testes com até 8
Webert Araújo Oliveira, Página 63
divisões da viga e sua carga. Nas figuras 94 e 95 temos algumas dessas repartições,
a primeira com 3 e a segunda com 7.

Figura 94 - Problema e DCL proposto pelo programa com 3 divisões.

Fonte: Autoria própria.

Figura 95 - Problema e DCL proposto pelo programa com 7 divisões.

Fonte: Autoria própria.

Para obtenção do valor da carga distribuída em cada trecho foi utilizado a


equação de w apresentada pelo problema da figura 92. Com isso cada força era
sessenta vezes a distância do seu trecho. Com o DCL feito para as divisões, foram

Webert Araújo Oliveira, Página 64


calculados os valores de suas reações. Nas ilustrações abaixo temos as diferenças
entre as reações com 3 divisões e com 7.

Figura 96 - Valores das reações com 3 divisões.

Fonte: Autoria própria.

Figura 97 - Valores das reações com 7 divisões.

Fonte: Autoria própria.

Após 8 repartições, os valores apresentados tinham uma variação pequena em


seu valor (ver tabela 1). dessa forma, com a convergência desses valores e fazendo
a resolução de tal exemplo a mão temos uma coerência nos resultados do programa,
visto que os valores das reações para esse caso são de 40 kN em VA e 120 kN em
VH. Se continuássemos a fazer mais interações chegaríamos a tal valor fechado.

Webert Araújo Oliveira, Página 65


Tabela 1 - Valores das reações em cada divisão.

DIVISÕES VA (kN) VC (kN)


2 49,95 130,05
3 44,24 124,31
4 42,71 122,29
5 41,69 121,51
6 41,35 120,87
7 40,70 120,93
8 40,72 120,52
Fonte: Autoria própria.

Dessa forma, o programa desenvolveu para o seu relatório as seções de cada


trecho e com elas as equações para o esforço cortante e momento fletor em cada
divisão. E a partir dessas equações, foram executados os diagramas para os dois
tipos de esforços, que podem ser vistos nas figuras 98 e 99.

Figura 98 - Diagrama de esforço cortante feito pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

Webert Araújo Oliveira, Página 66


Figura 99 - Diagrama de momento fletor obtido pelo programa.

Fonte: Autoria própria.

Após feita todas as análises dos casos, temos que suas exigências foram
executadas com perfeição pelo programa, mostrando que o mesmo apresenta grande
confiabilidade e que é capaz de resolver qualquer tipo de exercício sobre análise de
vigas, quanto ao traçado de diagramas além da resolução de suas equações e
obtenção dos valores das reações.
Assim como nos livros, o programa apresenta o sentido para o gráfico de
momento fletor invertido, uma vez que para se ter melhor visão e análise os valores
negativos desse diagrama se apresentam acima do eixo y, enquanto os positivos
ficam abaixo.

Webert Araújo Oliveira, Página 67


5. CONCLUSÃO

Neste capítulo serão abordadas algumas informações sobre os resultados obtidos em


todo o trabalho. De forma geral o programa se mostrou eficiente e com ótimo desempenho
para os tipos de vigas analisadas, alcançando os diagramas com dados de forma
generalizada inseridos pelo usuário. O mesmo ainda demonstrou versatilidade em seu
manuseio.
Conforme a modernidade nos nossos tempos o programa mostrou ser uma
ferramenta muito útil, principalmente para professores e alunos que muitas vezes
utilizam do método das seções para resolução de seus problemas e com eles tem-se
uma economia de tempo visto que o mesmo irá apresentar todas as informações
necessárias para o usuário. Serve também para realizar comparações com exemplos
feitos manualmente onde se pode analisar todas as equações e imagens para se ter
o resultado coerente.
Um diferencial do programa é a apresentação de um relatório completo onde se
obtém diversas equações e todas as imagens para resolução dos problemas,
tornando-o assim muito mais detalhado, visto que o usuário poderá acompanhar o
desenvolvimento de sua solução passo a passo e não apenas com os valores finais
apresentados, como acontece com outros programas.
A partir dos resultados obtidos pode ser visto que em todos os problemas
propostos o programa desenvolveu os diagramas de forma semelhante a resposta do
livro atingindo o objetivo do presente trabalho.
Para aperfeiçoamento futuro do programa, pode ser feito a implantação de
diversos fatores influentes na viga como, seção e material, para se ter um cálculo de
suas dimensões, deslocamentos e deformações. Além de poder ser feito a
implantação de um método para resolução de vigas hiperestáticas tornando assim o
programa universal para quaisquer tipos de viga, com qualquer carregamento,
dimensões e material.
Outra implantação pode ser o desenvolvimento de um relatório para o cálculo de
vigas armadas, demonstrando um passo a passo de todo o dimensionamento, desde
obtenção de suas cargas até obtenção de sua área de aço.

Webert Araújo Oliveira, Página 68


6. REFERÊNCIAS

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de concreto armado – NBR6118. Rio de Janeiro, 1978.

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2005. 137 f. Dissertação (mestrado em engenharia de estruturas) – Escola de
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HIBBELER, R.C. Resistência dos materiais. Tradução de Arlete Simille Marques. 7.


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KAEFER, L.F. Desenvolvimento de uma ferramenta gráfica para análise de pórticos


de concreto armado. 2000. 260 f. Dissertação (Mestrado em engenharia) – Escola
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REBELLO, Y. C. P. A concepção estrutural e a arquitetura. 1. Ed. São Paulo: Zigurate


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RIBEIRO, L. F. L. Estudo do comportamento estrutural de ligações parafusadas


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Webert Araújo Oliveira, Página 69


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Webert Araújo Oliveira, Página 70

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