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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
Andrey Augusto Rocha de Carvalho
Yuri Rodrigues Fernandes
Bianca Rodrigues dos Santos
Camila de Souza Alvez

Trabalho de Sociologia

Taubaté –SP
2019
 
1. Durkheim: e a construção social da realidade das “minorias”
Durkheim trata das “representações coletivas”, ou seja, “os modos como a sociedade
vê a si mesma e ao mundo que a rodeia”. E dos fatos morais “coisas agradáveis de que
gostamos e que desejamos espontaneamente”. As “representações coletivas” formam
parte da consciência comum ou coletiva que corresponde ao “conjunto das crenças e
dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade (que) forma
um sistema que tem vida própria. Ela produz ‘um mundo de sentimentos, de ideias, de
imagens’ e independe  das maneiras pelas quais cada um dos membros dessa
sociedade venha a manifestá-la porque tem uma realidade própria e de outra
natureza. A consciência comum recobre ‘áreas’ de distintas dimensões na consciência
total das pessoas, o que depende de que seja ou segmentar ou organizado o tipo de
sociedade na qual elas se inserem. Quanto mais extensa é a consciência coletiva, mas a
coesão entre os participantes da sociedade examinada”. 

No Brasil, existem “minorias”, grupos que embora juntos sejam a “maioria” aparecem 
como “diferentes” e “desiguais”, como mulheres, negros, indígenas, LGBTQ dentre
outros. Tais diferenças formam parte de nossa “consciência coletiva”? Como explicar
uma possível “coesão” entre os participantes dessa sociedade face à desigualdade?

Resposta: Podemos afirmar que tais diferenças não importam para uma parte da
sociedade, mas ainda é um pensamento visto com preconceito perante uma outra
grande maioria. Levando em conta a consciência coletiva, podemos afirmar que tais
diferenças não importam para a grande parte que não é ligada a preconceitos ou
esteriótipos, não formando parte de uma consciência coletiva. Segundo Durkheim a
dessemelhança entre os indivíduos é algo nítido, porém, com a simpatia podemos
estabelecer para cada indivíduo uma especialização, levando a uma divisão que
estabelece uma interdependência e autonomia. A divisão pode ser em áreas
políticas, científicas, em quaisquer outras áreas da sociedade, mas considerando a
especialização de cada indivíduo e lhe dando a auto-capacitação garantimos a ele a
consciência individual e nesse ritmo a comunidade ganha um espaço menor e
abrimos espaço para a personalidade autônoma sem dessemelhanças. A divisão de
funções só se é obtida em uma sociedade organizada e a função que cada indivíduo
representa demanda seu lugar na sociedade. E após o a diferenciação de cada
membro, podemos obter o processo de diferenciação que levaria a consciência
própria os tornando auto dependentes de sí mesmos. 

2. Durkheim: e a evolução dos direitos do trabalho


Durkheim afirma que as mudanças são desejáveis. Algumas seriam fluidas (como as
correntes sociais, dos movimentos coletivos, as correntes de opinião, ou ideias sobre
casamento ou natalidade). Outras são mais rígidas (como as regras jurídicas, morais,
dogmas religiosos e sistemas financeiros). 

A evolução dos direitos estaria numa relação entre as mudanças mais fluidas
(movimentos, mudanças nos costumes, nas opiniões) e as mais rígidas, como as leis,
ou novas relações entre costumes e moral. 

Como a evolução dos direitos do trabalho se enquadra na evolução das mudanças no


mundo atual?

Resposta: A evolução nos direitos do trabalho se enquadra pelo simples fato de que
com a evolução se devem estabelecer mudanças que possam se adequar a tais leis
novas.

Com mudanças surgindo, surgem-se novas leis, novas perspectivas, sejam elas
rudimentares ou não. Mesmo seguindo um padrão, as mudanças nas leis devem
acompanhar as mudanças estabelecidas pelo indivíduo e pela proposta da sociedade
em conjunto a ela.

Durkheim: autonomia na educação

Para Durkheim, existem, em nós, dois seres: um individual e outro coletivo. O coletivo
está em nós nas crenças religiosas, nas tradições nacionais ou profissionais e nas
opiniões coletivas de toda espécie. Seu conjunto forma o ser social. “O objetivo da
instrução pública, por exemplo, é constituir a consciência comum, formar cidadãos
para a sociedade e não operários para as fábricas ou contabilistas para o comércio, “o
ensino deve portanto ser essencialmente moralizador; libertar os espíritos das visões
egoístas e dos interesses materiais; substituir a piedade religiosa por uma espécie de
piedade social”. 

Por outro lado, ele afirma que nas sociedades onde se desenvolve uma divisão do
trabalho, a consciência comum passa a ocupar uma reduzida parcela da consciência
total, permitindo o desenvolvimento da personalidade. Com isso, mais se desenvolve a
diferenciação social, mas isso não diminui a coesão. “Ao contrário, faz com que ‘a
unidade do organismo’ seja tanto maior quanto mais marcada a individualidade das
partes’. Uma solidariedade ainda mais forte funda-se agora na interdependência e na
individuação dos membros que compõem essas sociedades!”

Hoje em dia é comum dizer-se que a escola deve preparar os alunos para o mercado
de trabalho. Também é necessário prepará-los para que tenha sua própria
individualidade e o desenvolvimento de sua autonomia. Por outro lado, há fortes
pressões para as escolas se adequarem a ideias religiosas das famílias. 

Com a educação chamada a responder pela autonomia e o exercício da cidadania, para


o mercado de trabalho e conviver com as pressões religiosas ou morais das famílias: i)
é possível relacionar esses fatores? ii) quem decide: Estado, famílias, igrejas, mercado,
movimentos sociais, partidos? iv) no dia a dia da vida escolar dos alunos, como essas
questões aparecem e são (ou não) resolvidas?
Respostas:

Questão 1: Os fatores podem ser relacionados, mas devem ser separados por
questões de princípio. O aluno deve ser preparado para o mercado de trabalho pois
só com um emprego ele obtém sua autonomia, o que por consequência gera seus
próprios pensamentos e conceitos. O fator religioso deve ser levado em conta da
aceitação do indivíduo e não algo imposto por escolas ou segundos, o indivíduo
gerado sua autonomia de pensamento é totalmente capaz de estabelecer se quer
seguir qualquer tipo de dogma.

Questão 2: A decisão de implantar o individuo no mercado de trabalho cabe


exclusivamente ao estado para lhe gerar lucro, com isso se coloca o indivíduo em
escolas. A escola tem a função de prepara-lo para o mercado de trabalho e lhe passar
a base de conhecimento para isso, logo levando o individuo a sua capacitação de
auto escolha. Podemos dizer que a principal decisão cabe ao estado, pois sem ele
não temos uma base estabelecida, porém essa base se deve a sociedade que se
desenvolveu.

Questões 3: Podemos se dizer que essas questões surgem mais em rodas de


conversas, já que muitas pessoas se consideram mais uma massa de futuros
trabalhadores para o estado. A questão do auto pensamento se deve crédito ao
próprio indivíduo, mais o pensamento pré-imposto de reflexão vem implantado por
segundos. Graças a esses segundos se desenvolve a auto capacitação de
pensamentos reflexivos. Elas não são resolvidas, já que é algo imposto pela
sociedade e estado, pode se dizer que elas são debatidas e as ideias passadas de
indivíduos para indivíduos, eles concordando ou não entre sí.

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